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REGISTRO BIBLIOGRÁFICO E INTERCÂMBIO DE DADOS EM AMBIENTES INFORMACIONAIS BIBLIOGRAPHIC RECORD AND EXCHANGE DATA IN ENVIRONMENTS INFORMATIONAL

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EIXO TEMÁTICO:

Alternativas para organização e representação da informação

REGISTRO BIBLIOGRÁFICO E INTERCÂMBIO DE DADOS EM

AMBIENTES INFORMACIONAIS

BIBLIOGRAPHIC RECORD AND EXCHANGE DATA IN

ENVIRONMENTS INFORMATIONAL

Ana Paula Grisoto - apaulamori7@gmail.com

Bacharel em Biblioteconomia – UNESP – Marília – SP

RESUMO

A evolução das tecnologias proporcionou ao profissional da informação maior agilidade no processo de organização das informações, mas exige o desenvolvimento de métodos que possibilitem a otimização nos processos de representação e que favoreçam a interoperabilidade entre sistemas com vistas à extensibilidade e a flexibilidade no acesso e na recuperação da informação. Desse modo, estudou-se as diretrizes da Descrição de Recursos e Acesso (RDA), os modelos conceituais Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (FRBR) e Requisitos Funcionais para Dados de Autoridade (FRAD) e o formato de intercâmbio de dados bibliográficos MARC21, como instrumentos que desempenham papel de relevância em ambientes informacionais digitais. Para tanto, buscou-se por meio do levantamento e documentação bibliográfica sobre os temas estudados, depreender conceitos como subsídios para a construção de registros bibliográficos e na realização de sua aplicação no módulo de catalogação do sistema gerenciador de bibliotecas Koha. Verificou-se que a aplicação do esquema RDA para a construção de registros bibliográficos utilizando o formato MARC21 se apresentou adequada para o intercâmbio de dados bibliográficos; o esquema RDA conduz ao favorecimento da interoperabilidade entre sistemas a partir da modelagem da base de dados com a utilização do modelo conceitual FRBR e a percepçao da relevância de tais instrumentos.

Palavras-Chave: Catalogação automatizada. Requisitos funcionais para registros bibliográficos (FRBR). Requisitos funcionais para dados de autoridade (FRAD). Descrição de recursos e acesso (RDA). Padrão de metadados MARC21.

ABSTRACT

The evolution of technology has provided the information professional agility in the process of organizing information, but requires the development of methods that enable the optimiza-tion processes of representaoptimiza-tion and to encourage interoperability between systems with a view to extensibility and flexibility in access and retrieval the information. Thus, we studied the guidelines of Resource Description and Access (RDA), the conceptual models Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR) and Functional Requirements for Authority Data (FRAD) and interchange format MARC21 bibliographic data as instruments which play important role in digital information environments. Therefore, we sought through surveys and scientific literature on the subjects studied, inferred concepts such as subsidies for the

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con-struction of bibliographic records and the achievement of its application in the cataloging module of Koha library management system. It has been found that the application of RDA to the construction scheme of bibliographic records using the format presented MARC21 suita-ble for exchanging bibliographic data; RDA scheme leads to favoring interoperability between systems from the database modeling using FRBR conceptual model and the perception of the relevance of such instruments.

Keywords: Automated cataloging. Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR). Functional Requirements for Authority Data (FRAD). Resource Description and Ac-cess (RDA). MARC21 metadata standard.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente vivenciamos o aumento constante de informações e dados, o que torna a organização dos mesmos indispensáveis. Desse modo, a evolução das tecnologias proporcionou ao profissional da informação maior agilidade no processo de organização dessas informações, porém com o seu crescimento desordenado principalmente em ambientes informacionais digitais é preciso criar mecanismos capazes de possibilitar a simplicidade, interoperabilidade semântica, consenso internacional, extensibilidade e flexibilidade na recuperação da informação.

Neste contexto, o problema de pesquisa pauta-se em verificar a relevância do papel dos registros biliográficos em ambientes informacionais digitais.

As tecnologias em informação têm possibilitado aplicações de novos modelos descritivos, como exemplo tem-se o esquema para Descrição de Recursos e Acesso (RDA), os Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (FRBR), os Requisitos Funcionais para Dados de Autoridade (FRAD) e o formato de intercâmbio e padrão de metadados MARC21, que permitem a organização e o armazenamento da informação, em ambientes informacionais digitais.

Sendo assim é necessário que se tenha

[...] a adoção de padrões, normas e modelos internacionais, fruto de esforços coletivos na área de representação bibliográfica para o intercâmbio de informações. O desenvolvimento constante das tecnologias da informação e de comunicação tem possibilitado o avanço metodológico, como é o caso dos modelos metadados, que propiciam novas práticas para a organização e tratamento da informação digital, proporcionando diferentes mecanismos de busca e recuperação. (ALVES; SOUZA, 2007, p. 21).

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Os metadados são

[...] atributos que representam uma entidade (objeto do mundo real) em um sistema de informação. Em outras palavras, são elementos descritivos ou atributos referenciais codificados que representam ca-racterísticas próprias ou atribuídas às entidades; são ainda dados que descrevem outros dados em um sistema de informação, com o intuito de identificar de forma única uma entidade (recurso informa-cional) para posterior recuperação. (ALVES, 2010, p. 47).

Os dados foram criados e são utilizados pelos seres humanaos para explicar os pensamentos e experiências. A criação e o registro desses dados possibilitaram sua perpetuação para outras pessoas e sem eles isso seria impossível. As tecnologias e os sistemas são utilizados para aumentar a capacidade nativa dos seres humanos e a de adquirir dados e lidar com as necessidades.

Os dados são adquiridos de diversas formas seja pelo uso de tecnologia ou pelos diversos sentidos que o homem possui, tais como o olfato, audição, paladar, etc. (DEBONS, 2008). Para o uso desses dados e informações é necessessário que se tenha uma organização e segundo Debons (2008, p. 92, tradução nossa),

[…] existem numerosos esquemas disponíveis para a organização da informação. Estes incluem sistemas de classificação, indexação, catalogação, os índices de citação, o agrupamento, termos associativos, e outros auxiliares diretamente relacionadas com a recuperação da informação.

A utilização desses esquemas são importantes para que o documento seja recuperado e a recuperação da informação é uma atividade intrinseca à recuperação do conhecimento. Os documentos recuperados não trazem necessariamento o conhecimento desejado e portanto algumas estratégias são necessárias para o acesso, ou seja para que a informação seja relevante o suficiente para se tornar conhecimento (DEBONS, 2008).

Os grandes avanços da tecnologia, principalmente com a evolução dos computadores que

[…] processam dados capturados de eventos, auxiliam na transmissão das características (dados). do evento ocorrido no tempo e espaço, expande nossa consciência de mundo sobre nós e ajuda nosso entendimento nestes eventos, permitindo-nos respondê-los. (DEBONS, 2008, p. 56, tradução nossa).

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Possibilitaram um melhor tratamento dos dados, informações e conhecimento, abrindo uma gama de oportunidades para as operações e controle, o que resulta em grande desafio ao profissional da informação. Pois ele deve trabalhar e garantir o tratamento e funcionamento adequado para os sistemas de informação, bem como o intercâmbio dos dados em ambientes informacionais digitais.

Assim, o objetivo geral deste trabalho é analisar registros bibliográficos, a partir do estudo: das diretrizes propostas pela Descrição de Recursos e Acesso (RDA), dos modelos conceituais Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (FRBR) e Requisitos Funcionais para Dados de Autoridade (FRAD) e do formato de intercâmbio de dados bibliográficos MARC21, como instrumentos que desempenham papel de relevância em ambientes informacionais digitais.

Os objetivos específicos são abordar o conceito do RDA, FRBR, FRAD e MARC21; Identificar os gerenciadores de bibliotecas que utilizam os modelos conceituais em módulos de catalogação; Demonstrar a construção de um registro bibliográfico a partir do esquema de catalogação RDA, das orientações do modelo conceitual FRBR e dos elementos contidos no formato de intercâmbio e padrão de metadados MARC21; Manipular o Módulo de Catalogação do Sistema de Gerenciamento de Bibliotecas Koha, apresentando a visualização do registro.

Frente aos avanços tecnológicos e transformações que vem ocorrendo no cenário do tratamento da informação, especialmente ao que tange a catalogação descritiva, novas formas de representar a informação são necessárias, inclusive para buscar soluções para o problema de intercâmbio de dados e interoperabilidade entre os sistemas informacionais. Portanto o presente trabalho justifica-se por abordar os conceitos do esquema para Descrição de Recursos e Acesso, dos modelos conceituais FRBR e FRAD e do formato de interâmbio e padrão de metadados MARC21 em busca de explicitar o papel dos registros bibliográficos em ambientes informacionais digitais.

A relevância científica está na abordagem temática que subsidiará os catalogadores na compreensão inicial sobre os instrumentos de trabalho para a descrição de recursos em ambientes digitais.

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E a relevância social pauta-se em esclarecer a importância da representação nos processos de acesso, recuperação, uso e reuso dos registros bibliográficos, assim fazendo com que seja possível a execução das tarefas do usuário na etapa de navegação no catálogo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Os seres humanos possuem a necessidade de se comunicar desde o inicio das civilizações, mesmo quando utilizavam pedras, fumaça, desenhos em cavernas. E hoje, passando para tecnologias mais desenvolvidas como a caneta e até as telas dos atuais computadores, para realizar a comunicação. Nesse contexto, o homem vêm desenvolvendo tecnologias que possibilitam o aumento de suas capaciadade nativas de se comunicar, resolver problemas, tomar decisões e de ter uma melhor condição de vida. (DEBONS, 2008).

A partir do desenvolvimento das Novas Tecnologias em Informação e da Ciência da Informação alguns cientistas, teóricos e filósofos foram fundamentais para o seu desenvolvimento e para que a relevância do tratamento da informação tivesse notoriedade.

Devido a tais características, esse trabalho aborda três perspectivas da Ciência da Informação utilizadas por Debons (2008) para contextualizar a evolução da mesma ao longo dos anos. As perspectivas são: filosófica, social e tecnológica. (DEBONS, 2008).

Na perspectiva filosófica temos Aristóteles, um dos estudantes de Platão, ele foi um filosofo grego muito importante e contribuiu com o sistema de pensamento na perspectiva filosófica, ele

[…] dividiu as ciências dentro da retórica (o uso de palavras) juntamente com a prática e produtividade. Ele também direcionou sua atenção para o papel das questões em desenvolvimento das categorias do conhecimento - uma questão importante para nosso entendimento da informação e conhecimento e assim, para a Ciência da Informação. (DEBONS, 2008, p. 13, tradução nossa).

Nesse sentido, para entender e discutia a informação, o filósofo da ciência, Karl Poper descreveu um sistema de três mundos. O primeiro mundo é o físico,

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onde vivemos, que possui matéria, energia, espaço e tempo. O segundo mundo é o reino da realidade subjetiva, que representa a visão de mundo do ponto de vista particular. O terceiro mundo é o conhecimento objetivo, onde está todo o conhecimento científico, que é acumulado pelas várias interações realizadas com a informação registrada. Segundo Debons (2008, p. 14, tradução nossa) “a atividade da ciência da informação é encontrar conexões entre esses três mundos”, ou seja, encontrar conexões com a informação registrada (explícita), informação subjetva (tácita) e com a informação científica (explícita).

Na perspectiva social, dois importantes historiadores Heid e Alvin descreveram o desenvolvimento humano em uma série de revoluções, chamada de as três ondas: a primeira é a revolução da agricultura, onde o homem deixa de ser nômade e passa a produzir seus alimentos e suas ferramentas simbolizaram a força humana. A segunda onda é a revolução industrial, onde novos materiais foram criados e desenvolvidos, nesta onda o homem aprendeu a utilizar novas fontes de energia para a sua sobrevivência. Neste contexto de modificações aconteceu o êxodo rural, as pessoas começaram a deixar o campo para morarem nas cidades para trabalharem nas fábricas, reestruturando a sociedade da época. A terceira onda é a revolução da informação, que consistiu na mudança de comportamento dos trabalhadores, que precisaram se adaptar com as tecnologias e a trabalhar juntamente com outras disciplinas. Com essas três ondas, vemos a evolução do homem e sua importância na evolução da tecnologia. (DEBONS, 2008).

Na perspectiva tecnológica a grande contribuição para a Ciência da Informação foi do visionário Vannevar Bush1, quando ele visionou a máquina que

facilitaria o armazenamento e a recuperação da informação, da Teoria da municação de Warren Weaver2, da Teoria Matemática da Comunicação de Shannon3, da Teoria

dos Sistemas e Cibernética do Wiener4.

1 Vannevar Bush foi engenheiro, inventor e político estadunidense, conhecido pelo seu papel

político no desenvolvimento da bomba atômica e pela ideia do memex — visto como um conceito pioneiro, precursor da world wide web.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Vannevar_Bush)

2 Warren Weaver foi matemático estadunidense, contribuiu com estudos na Teoria

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Para Debons (2008, p. 47, tradução nossa), a Ciência da Informação

[…] originou-se do tempo em que usávamos as mãos para sinalizar ou usávamos pedras na paria, passamos para o lápis, tinta, papel, livros e máquina impressora, e continuamos nos dias atuais com os computadores. Ciência da Informação é tão velha quanto a própria vida. Mas Ciência da Informação – o estudo da informação e sua criação, descoberta, uso, especialmente com o aumento dos computadores - nasceu no século XX.

Na história da humanidade tivemos várias evoluções que possibilitaram a transmissão de informações, fatos e ideias de uma localidade à outra e para gerações seguintes, com a criação do alfabeto, da linguagem e da escrita, com a criação do documento, da impressão e do livro.

As bibliotecas surgiram para administrar essas informações e garantir a segurança das mesmas. Com a criação das bibliotecas, em especial a biblioteca de Alexandria, a maior de sua época, começa-se também a preocupação de organização os documentos.

Mas, o escopo da biblioteca de Alexandria era diferente de atualmente, segundo Manguel (1999, p. 217),

[...] os volumes tinham que ser colecionados em grande número, pois o objetivo grandioso da biblioteca era abrigar a totalidade do conhecimento humano. Para Aristóteles, colecionar livros fazia parte das tarefas do intelectual, sendo necessário “a título de memorando”. A biblioteca da cidade fundada Poe seu discípulo [Teofrasto] deveria ser simplesmente uma versão mais vasta disso: a memória do mundo.

O objetivo das bibliotecas mais antigas se baseava na patente do recurso informacional, ou seja, o acesso era restrito e somente quem detinha algum tipo de influência e/ou era da alta sociedade é que podia ter acesso às informações, atualmente o objetivo das bibliotecas mudou completamente. O que se deseja é que cada vez mais os usuários tenham acesso à informação, de forma rápida e relevante, pois a informação

é parte integrante de nosso dia-a-dia, cada vez mais necessária ao desenvolvimento de competências e à execução de quase todas as

3 Claude Elwood Shannon foi matemático e engenheiro, autor da monografia The

Mathema-tical Theory of Communication.

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atividades humanas. Nesse contexto, insere-se o bibliotecário, profissional de quem são exigidas competências de localizar, selecionar, descrever, armazenar, disseminar e recuperar informações e documentos para o seu uso e reuso. (SANTOS, 2009, p.13).

Sendo que, o auxilio e desenvolvimento de mecanismos para o tratamento da informação sempre evoluiu conjunto as pesquisas dentro da área de Ciência da Informação, como também o desenvolvimento na disciplina de Catalogação, que fundamento principal busca a melhor representação e o acesso aos recursos informacionais.

A catalogação, é datada por volta de “1.300 a.C os tabletes com as primeiras informações bibliográficas de descrição física, encontrados em escavações hititas” (MEY, 1995, p. 12). Essa disciplina nasce a partir da necessidade de registrar as informações, em algum tipo de suporte.

Ou seja, a catalogação

[...] não é apenas uma técnica de elaborar catálogos ou de listar recursos informacionais, e sim um processo de decisão multidimensional, que através de uma estrutura sucinta e padronizada dos dados e informações sobre um item informacional ou documentário, tem como objetivo tornar o documento ou texto único, e ao mesmo tempo multidimencionar suas possibilidades de recuperação e uso. (MEY, 1987, p. 03).

Portanto, é importante entender a evolução da Ciência da Informação e seu estudo, desde as mais simples tecnologias até as grandes revoluções tecnológicas do século XXI, para compreendermos a importância dos sistemas, pois eles “[…] são meios que respondem a cada necessidade e requerimentos individuais e coletivos” (DEBONS, 2008, p. 63, tradução nossa) e dos computadores que fazem a transferência de dados.

Assim, com o desenvolvimento do catálogo que segundo Mey (1995, p. 8) “[…] é um dos instrumentos mais antigos das bibliotecas” e cuja sua definição “é um canal de comunicação estruturado, que veicula mensagens contidas nos itens, e sobre os itens, de um ou vários acervos, apresentando-as sob a forma codificada e organizada, agrupadas por semelhanças, aos usuários desse(s) acervo (s)” (MEY, 1995, p. 9), foi muito importante para a história da Ciência da Informação e

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biblioteconomia, pois por meio dos catálogos que o usuário pode navegar e obter o acesso aos itens que lhe são necessários.

O primeiro a elaborar os objetivos do catálogo foi Charles A. Cutter, aceitos ainda nos dias atuais com algumas variações. Os objetivos eram fazer com que uma pessoa pudesse encontrar um livro, ver o que a biblioteca possui por meio do catálogo e que o mesmo ajudasse na escolha do livro. (MEY, 1995).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho caracteriza-se, quanto as suas formas de estudo e objetivos, de cunho bibliográfica e aplicada e a análise de seus resultados terá abordagem qualitativa.

O método de pesquisa constitui-se no levantamento e documentação bibliográfica sobre os temas do esquema para Descrição de Recursos e Acesso (RDA), dos Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (FRBR), dos Requisitos Funcionais para Dados de Autoridade (FRAD) e do formato de intercâmbio e padrão de metadados MARC21 em fontes primárias, secundárias e terciárias.

Sendo elas bases de dados nacionais e internacionais, livros, teses e trabalhos de conclusão de curso da biblioteca da Universidade Estadual Paulista - UNESP/Marília, artigos de revistas on line e nos recursos informacionais disponíveis no grupo de pesquisa Novas Tecnologias em Informação, para ter seus conceitos apreendidos como subsídios para aplicação desses instrumentos de construção de formas de representação.

A etapa prática se consolidou a partir da catalogação de um registro bibliográfico, o livro O pequeno príncipe de Antoine de Saint-Exupéry com o uso dos instrumentos estudados (RDA, FRBR, FRAD e MARC21), com a realização de análises demonstrativas das descrições nos diferentes instrumentos de trabalho por meio de quadros, figuras e com aplicação no módulo de catalogação do sistema gerenciador de bibliotecas Koha.

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4 RESULTADOS PARCIAIS OU FINAIS

A aplicação do esquema RDA na construção de um registro bibliográfico com a utilização do formato de intercâmbio e padrão de metadados MARC 21 permitiu verificar sua adequação para o intercâmbio de dados bibliográficos. E ainda que, a aplicação do esquema RDA conduz ao favorecimento do processo de interoperabili-dade na modelagem da base de dados a partir da utilização do modelo conceitual FRBR.

A manipulação do modulo de catalogação do sistema gerenciador de bibliote-cas Koha possibilitou a visão prática da aplicação do novo esquema de catalogação RDA e a construção de registro bibliográfico com a utilização do formato de inter-câmbio de dados bibliográficos MARC 21.

No quadro a seguir podemos observar a correspondencias dos elementos do esquema RDA com os campos do padrão de metadados MARC21.

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Fonte: Elaborada pela autora

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A Ciência da Informação evoluiu ao longo dos tempos juntamente com os avanços tecnológicos. Essa evolução possibilitada pelo homem que desde os primórdios da humanidade sempre se preocupou em transmitir suas ideias e pensamentos de um lugar ao outro e para gerações seguintes, criando mecanismos capazes de possibilitar a transmissão, o armazenamento e o acesso às informações. A evolução tecnológica foi de grande importância para a história da Biblioteconomia e para a Catalogação, no desenvolvimento de diversos instrumentos criados para facilitar o tratamento e possibilitar o acesso às informações contidas nos registros bibliográficos. Objetivando facilitar e atender o escopo da catalogação descritiva que pauta-se no tratamento, na descrição e acesso aos recursos informacionais e na construção de catálogos com o objetivo de facilitar as tarefas do usuário no ato de buscar, identificar, selecionar e obter informações.

O aumento constante de informações e de dados tornou indispensável seu tratamento, assim como a criação de novos mecanismos que sejam capazes de possibilitar a simplicidade, a flexibilidade e a interoperabilidade entre sistemas no acesso e na recuperação da informação.

Neste contexto, o estudo de alguns intrumentos disponíveis atualmente aos catalogadores foi de extrema importância para explicitar sua importância em ambientes informacionais digitais e na construção de registros bibliográficos.

Assim, o levantamento e documentação bibliográfica sobre os temas RDA, FRBR, FRAD e MARC21, possibilitou a obtenção de subsídios teóricos que serviram como base para a aplicação de tais instrumentos na construção do um registro bibliográfico. Permitindo verificar a relevância de cada instrumento na criação do registro bibliográfico.

Desta forma a identificação de sistemas gerenciadores de bibliotecas que divulgam utilizar os modelos conceituais em seus módulos de catalogação permitiu verificar que alguns ainda não efetivam a autilização integral dos requisitos funcionais, e necessitam de uma reestruturação na modelagem de seu banco de dados para suportar adequadamente a apresentação das informações.

Entretanto, a aplicação do esquema RDA na construção de um registro bibliográfico com a utilização do formato de intercâmbio e padrão de metadados

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MARC21 permitiu verificar sua adequação para o intercâmbio de dados bibliográficos, apesar de o formato MARC não contemplar integramente os atributos definidos pelo esquema RDA.

E ainda que, a aplicação do esquema RDA conduz ao favorecimento do processo de interoperabilidade na modelagem da base de dados a partir da utilização do modelo conceitual FRBR.

A manipulação do modulo de catalogação do sistema gerenciador de bibliotecas Koha possibilitou a visão prática da aplicação do novo esquema de catalogação RDA e a construção de registro bibliográfico com a utilização do formato de intercâmbio de dados bibliográficos MARC21.

Portanto, a elaboração do registro bibliográfico, realizada a partir do esquema de catalogação RDA pode ser inserida em um catálogo de um sistema gerenciador de bibliotecas que utiliza o padrão de metadados MARC21 a atuar na interoperabilidade entre sistemas em ambientes informacionais, embora algumas informações sejam perdidas, a catalogação não deixa de ser exaustiva o que reflete em uma boa recuperação das informações.

Porém, assim como outros sistemas gerenciadores de bibliotecas, o sistema gerenciador de bibliotecas Koha também precisa de uma reestruturação na modelagem do banco de dados para suportar integralmente o RDA e os modelos conceituais FRBR e FRAD, para que a representação das informações seja estrutu-rada de modo a garantir a qualidade da execução das tarefas do usuário na etapa de navegação no catálogo.

Neste trabalho foram apresentados os campos do MARC21 de maior relevância para a construção do registro bibliográfico a partir do esquema RDA e os campos que podem ser utilizados na construção de outros registros bibliográficos a partir de outros itens.

As informações que não possuiram correspondência foram as que precisariam da reestruturação no banco de dados do gerenciador e de adequação do padrão de metadados MARC. Entretanto, o estudo aponta a consistência, relevância e contribuições que o novo esquema de catalogação possibilita a nova realidade que permeia o campo de atuação dos catalogadores e o tratamento da

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informação em ambientes informacionais digitais. O desenvolvimento dos modelos conceituas foi extremante importante para subisidirar criação do novo esquema e trazem consigo uma nova maneira de possibilitar o acesso às informações sobre o recurso bibliográfico.

REFERÊNCIAS

ALVES, M. D. R; SOUZA, M. I. F. Estudo de correspondência de elementos

metadados: Dublin Core e Marc21. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência

da Informação, Campinas, v. 4, n. 2, p. 20-38, jan./jun. 2007. Disponível em:

<http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/article/view/358/237>. Acesso em: 10 mar. 2013.

ALVES, R. C. V. Metadados como elementos do processo de catalogação. 2010. 132 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Faculdade de Filosofia

Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2010.

DEBONS, A. Information Science 101. United States of America: Scarecrow Press, 2008.

MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. Tradução: Pedro Maia Soares. 4. reimpr. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

MEY, E. S. A. Catalogação e descrição bibliográfica: contribuições a uma teoria. Brasília: Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal, 1987.

______. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995.

SANTOS, P. L. V. A. C. Catalogação: trajetória para um código internacional. Niterói: Intertexto, 2009.

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