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Stop Motion como recurso didático-pedagógico para as aulas de Sociologia

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VI Encontro Nacional sobre o Ensino de Sociologia na Educação Básica

06 a 08 de julho de 2019

Grupo de Trabalho: GT08 – O universo digital no espaço das metodologias de ensino de Ciências Sociais/Sociologia na Educação Básica:

experiências, lacunas e perspectivas

Stop Motion como recurso didático-pedagógico para as aulas de Sociologia

Ellen Pyles Pereira Alves (UEL) Geralda de Paula Zaganini (UEL)

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Stop Motion como recurso didático-pedagógico para as aulas de Sociologia

Ellen Pyles Pereira Alves1 Geralda de Paula Zaganini2

Resumo

Os jovens que adentram a escola devem ser reconhecidos em suas diversidades e especificidades, sendo valorizados os saberes a partir de seus contextos e realidades.

Para isso, faz-se necessário que o professor, aliado dos conteúdos sociológicos, busque meios eficazes de apresentação destes em sala de aula. Uma vez que a educação deve emancipar o homem, os conteúdos precisam sair dos livros e adentrar o mundo concreto dos alunos, ou seja, eles devem vivenciar na prática o que se aprende na escola.

Desenvolveremos então, uma proposta que visa a aplicabilidade de conteúdos da Sociologia, “Socialização e Instituições Sociais”, no 1. Ano do Ensino Médio, a partir do uso de aparelhos celulares e a utilização da técnica de Stop Motion, como forma de vivenciar o conhecimento sociológico.

Ensino de Sociologia; Stop Motion; Socialização; Família

Introdução

A Sociologia no Ensino Médio tem como objetivo primordial a formação do jovem estudante para a autonomia de reflexão e exercício da cidadania, em todos os âmbitos de sua vida social.

Apesar de ter sido pensada e defendida no Brasil, há mais de um século, enquanto disciplina no segundo grau, a Sociologia somente teve garantida sua obrigatoriedade em 2008. Seu percurso na educação, foi sendo construído com

1 Mestranda em Sociologia pelo Profsocio (Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional)/UEL. Especialista em Ensino de Sociologia pela mesma instituição. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Professora de Sociologia no Ensino Médio das redes privada e pública no município de Arapongas, Paraná. Contato: eppyles@gmail.com

2 Mestranda em Sociologia pelo Profsocio (Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional)/UEL. Especialista em Metodologia de Ensino de Sociologia, Ensino de Filosofia e Educação Especial- Faculdade São Braz. Professora de Sociologia e de apoio na Educação Especial no ensino médio, professora de Fundamentos do Trabalho no Ensino técnico, ambos na Rede Estadual do Paraná na cidade de Londrina. Contato: geralda_zaganini@yahoo.com

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períodos de intermitência, onde por vezes ocupou seu espaço como coadjuvante, dentro de outras disciplinas ou apenas como componente curricular ou em tema transversal, como quando foi retirada durante os governos ditatoriais, aparecendo dentro das disciplinas de Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política do Brasil.

Assim, com um pouco mais de uma década de história recente de permanência e obrigatoriedade, o ensino de Sociologia vêm sendo regularmente considerado como objeto de pesquisa de teses e monografias, principalmente com o advento do Programa de Mestrado Profissional em Rede – ProfSocio, que objetiva ofertar capacitação continuada para os profissionais já atuantes na área, proporcionando embasamento teórico e produção de pesquisa, tanto para análise da prática pedagógica, como para aperfeiçoamento de metodologias de ensino e pesquisa.

Neste contexto, muitos professores de Sociologia, vêm pesquisando, revisitando e se lançando na produção de metodologias que consigam despertar ou mobilizar os estudantes para a reflexão crítica dos conteúdos. Em nosso favor, inicialmente, temos o encargo de sermos anunciadores da “imaginação sociológica” conceito proposto por Charles Wright Mills, que consiste em olhar o mundo que nos cerca com outros olhos, ou seja, olhos de estranhamento, que leva a desnaturalizar tudo o que está a nossa volta, promovendo o pensar de forma mais crítica e autônoma sobre nossa realidade.

Essa criticidade presente no ensino e prática da Sociologia, configura-se num conhecimento em que a crítica científica não acontece configura-sem uma crítica social. Florestan Fernandes foi um dos precursores da linha teórica do pensamento crítico no Brasil e segundo ele,

o pensamento crítico descortina as diversidades, as desigualdades e os antagonismos, apanhando os fenômenos sociais por diferentes perspectivas analíticas, capazes de compreender os grupos e classes sociais em sua situação histórica. Para ele, o conhecimento sociológico crítico configura-se em uma autoconsciência científica da sociedade, com a sociologia assumindo o caráter de uma técnica racional de consciência e de explicação das condições de existência e do curso dos eventos histórico-sociais (FERNANDES, F. apud PARANÁ, 2008, p. 69).

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Dessa forma, entendemos também, a importância de uma prática pedagógica e metodologias de ensino e pesquisa que façam sentido e possam trazer significado aos estudantes. Procuramos assim, elaborar uma estratégia pedagógica que possa promover a compreensão de saberes, ou até mesmo a construção de novos saberes, a partir de conteúdos científicos da Sociologia, de forma que estes sejam apresentados e entendidos como relevantes e desafiadores para a vida dos estudantes.

Nessa perspectiva, o novo indicador da aprendizagem escolar consistirá na democratização do domínio teórico do conteúdo e no seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais a que deve responder. Esse procedimento, uma nova atitude do professor e dos alunos em relação ao conteúdo e à sociedade: o conhecimento escolar passa a ser teórico-prático. Implica que seja apropriado teoricamente como um elemento fundamental na compreensão e na transformação da sociedade" (GASPARIN, 2011, p.2)

Para isso, buscamos fazer uso da ferramenta de tecnologia de informação e comunicação mais presente no cotidiano dos estudantes com os quais trabalhamos, o celular, e, mais especificamente, a função de fotografia, pretendendo trazer novas perspectivas de uso e finalidade para esse aparelho e suas funções. Dado que:

Os saberes sociológicos são construídos a partir da sistematização teórica e prática do processo social e a ação concreta dos homens delimita o campo de análise sociológica; além disso, a dinâmica da vida social oferece as ferramentas fundamentais para a sistematização do conhecimento (PARANÁ, DCEs-Sociologia, 2008, p. 47).

Da mesma forma, as práticas oportunizadas pelo programa de mestrado ProfSocio, propiciou-nos articulação para utilizarmos as ferramentas e levarmos as metodologias apreendidas até a prática cotidiana com nossos estudantes de ensino médio.

Em dezembro de 2018, a Universidade Estadual de Londrina ofertou a oficina de criação: Uso de stop motion para criação de conteúdos/materiais de sociologia, para os estudantes do Curso de Ciências Sociais e mestrandos do programa ProfSocio, pelo professor Alex lima. Essa atividade nos possibilitou uma experiência prática com a produção de stop motion e contribuiu com

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embasamentos teóricos para a construção de uma proposta de intervenção pedagógica, em que buscamos apresentar uma forma de introduzir a aplicação dessa técnica em um plano de aulas com a temática: Socialização primária e Instituição familiar.

Dado isso, apresentaremos então, essa proposta de intervenção pedagógica sobre a temática “Socialização e Instituições Sociais”, utilizando como ferramenta para produção final e prática dos alunos, o uso do celular e da técnica de animação “stop motion”. Percorreremos pelo viés da Sociologia crítica, em que os conteúdos devem ser apresentados aos alunos com o objetivo de propiciar “as bases para a compreensão de como as sociedades se organizam, estruturam-se, legitimam-se e se mantêm, habilitando-os para uma atuação crítica e transformadora” (PARANÁ, 2008, p. 67).

Socialização e Instituição Social Família

Compreendemos a importância dos estudantes conhecerem a sociedade em que estão inseridos e construírem a partir dela um olhar crítico e participação ativa, entendemos também que o ensino de Sociologia tenha relevante participação nesse processo. Dentro disso, conhecer como as regras, normas, valores são formados e formam expectativas de comportamentos sociais estabelecidos e internalizados faz parte do campo de estudo que compreende a Socialização e Instituições Sociais.

Depreendemos que a socialização forma o indivíduo que vive em sociedade, através dela ele aprende imita e identifica comportamentos, estabelece e internaliza experiências. Assim, as ações compartilhadas e repetidas socialmente passam a ser aceitas e legitimadas como padrão de comportamento num grupo social. A esse conjunto de padrões de comportamento, que servem como modelo para as ações dos indivíduos, chamamos Instituição Social. A família, escola, igreja são exemplos de Instituições Sociais que socializam e moldam o indivíduo.

Sendo assim, tanto o processo de socialização, quanto as Instituições Sociais devem ser apresentadas aos alunos e estudadas com um olhar crítico com vistas à mudança que apresentam em épocas e culturas diferentes. “As instituições devem ser estudadas em sua dinâmica, sempre conflituosa,

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conhecendo suas faces conservadoras ou quando apontam para práticas revolucionárias. É compreensível a explicação de fenômenos sociais aduzindo que esses fenômenos possuem origens “naturais”: as instituições sociais criadas pelos homens são “artificiais” e, portanto, mutáveis e descartáveis” (PARANÁ, 2008, p. 75).

As Diretrizes Curriculares propõem a análise da instituição familiar, escolar e religiosa. Nessa proposta, optamos por abordar a primeira instituição onde ocorre as primeiras formas de socialização dos indivíduos, a instituição família.

Stop Motion e aplicabilidade como recurso didático pedagógico

O Stop Motion consiste numa técnica de animação de fotografias ou imagens de objetos parados. O efeito de animação acontece por conta das várias fotografias tiradas destes objetos, onde vão se realizando pequenos movimentos ou alterações no cenário que os envolve. Assim, quando editadas, essas imagens são colocadas em sequência e por um aplicativo ou software de edição de vídeos, cria-se a impressão de movimento.

A sequência de imagens nas animações é medida por fps (frames por segundo) que medem quantas fotografias são necessárias para cada segundo a fim de dar a ilusão ao movimento. Para se fazer um stop motion é necessário, no mínimo, 5 fps. O nosso cérebro interpreta como movimento a ilusão que é feita exibindo-se vários quadros (frames) consecutivos em um curto período de tempo.

Apesar de ter sido popularmente conhecida na década de 1990, essa técnica de animação vem sendo utilizada na produção de filmes há mais de um século pelo cinema, e ainda hoje grandes produções de longa metragem voltados para o público infantil utilizam-na como recurso. Da mesma forma, é possível encontrar muitos sites explicativos, que apresentam produções amadoras e uma grande diversidade de materiais, para que qualquer pessoa com os materiais básicos necessários possa produzir sua própria animação. (Em anexo, links sugeridos)

Para ser desenvolvida em sala de aula é necessário os seguintes materiais: um celular com câmera fotográfica, um tripé e uma fonte de luz. É

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importante também que a produção seja desenvolvida em equipes, pois para a execução do trabalho precisa dividir as tarefas. As equipes precisam de, no mínimo, três integrantes: um que movimente os personagens, outro que tire as fotos e um que anote e cuide do cenário.

Para a edição das fotos utiliza-se um software de edição de vídeos no computador ou celular e, para esse momento, será necessário a utilização de um notebook ou computador. Podemos perceber que é uma atividade que utiliza materiais de uso comum e pode ser amplamente desenvolvida pelos estudantes.

Como já discorremos aqui, achamos importante trabalhar os conteúdos em sala de aula contextualizando com a realidade vivida pelos estudantes. Entendendo que hoje, os jovens convivem mutuamente nos planos real e virtual, pensamos no stop motion como recurso para as aulas de Sociologia, já que este promove não só a criatividade, a interação, mas também amplia “outras capacidades ligadas às diversas dimensões humanas” (ZUBLER; LEITE, s/d, p.7), tais como cognitiva, estética, psicológica, sociocultural. Nesse sentido,

Essa arte (stop motion), todavia, não pode ser reduzida a uma técnica atrativa, mas tem determinada importância por constituir-se como um instrumento pedagógico rico em possibilidades de elaboração de sentidos diversos, a partir do processo de construção de conhecimentos e de suas expressões intrínsecas e extrínsecas, que acabam sendo contextualizadas pelos aprendizes no desenvolvimento dos trabalhos. (ZUBLER, E.; LEITE, J. s/d, p.7)

Assim, a atividade busca produzir em sala de aula animações que evidenciam na prática o conhecimento construído, contribuindo para a aprendizagem significativa, tanto no sentido técnico de elaboração da animação em si, quanto na expressão dos conceitos apreendidos nas aulas e a representação da realidade. Além de proporcionar uma atividade lúdica com a utilização de um recurso integrador e mobilizador de aprendizagem.

Desse modo, através do conteúdo Socialização e Instituições Sociais os estudantes poderão observar, conhecer e analisar suas percepções em relação a socialização e sobre a instituição família, resultando num processo de reflexão próprio das Ciências Sociais, o estranhamento dos eventos cotidianos em que estão imersos e a desnaturalização dessas construções sociais que compõem o

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mundo. Por último, os conceitos Sociológicos poderão ser reificados através da criação da animação, utilizando os aparelhos celulares em sala de aula.

Metodologia

A metodologia para produção do artigo, da intervenção pedagógica e o uso da técnica de stop motion foi a pesquisa bibliográfica.

Proposta de Intervenção Pedagógica

TEMA: Socialização primária e Instituição familiar

1. ANO/SÉRIE: 1º

2. NÚMERO DE AULAS: 05 3. OBJETIVOS:

 Compreender o conceito de socialização;

 Estabelecer relações entre o indivíduo e a sociedade;

 Compreender a socialização como um processo de integração dos indivíduos à sociedade e aos diferentes grupos sociais;

 Identificar e refletir sobre o processo de socialização primária;

 Entender o conceito de instituição social;

 Identificar e refletir sobre a família como instituição familiar;

 Relacionar os conceitos de socialização, relação do indivíduo e sociedade e instituição social família com a prática social;

 Apresentar análises, percepções e argumentos sociológicos na produção de animação de stop motion sobre a instituição familiar.

4. CONTEÚDOS:

Conteúdo Estruturante:

O processo de socialização e as instituições sociais.

Conteúdos Básicos:

Processo de Socialização. Instituição social familiar.

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Conteúdos Específicos:

O conceito de socialização; A socialização primária;

O conceito de instituição social;

A instituição social familiar e a sua relação com a socialização.

5. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Aula 1: Socialização

1. Solicitar aos estudantes que se reúnam em 5 ou 6 grupos. Em seguida, entregar uma questão sobre socialização para cada um dos grupos para que eles reflitam e respondam coletivamente. Sugerimos:

- Quem foram as primeiras pessoas com quem você se relacionou? - Qual foi sua primeira forma de comunicação com as pessoas que viviam com você?

- Havia regras em sua casa, quais eram?

- Você aprendeu formas de se comportar e se relacionar com os outros?

2. Apresentar o conceito de socialização, através da teoria sociológica, com leitura de pequenos textos/recortes e exposição do professor:

- Conceito de socialização: retirado do Dicionário de Sociologia, Allan G Johnson;

- Origem do conceito: retirado do livro Conceitos essenciais da Sociologia, Anthony Giddens e Philip W. Sutton, que traz a elaboração histórica e aplicação para os autores: Parsons, Mead e Cooley;

- O processo de socialização. Utilização do livro didático público: Sociologia em Movimento (vários autores), Ed. Moderna.

3. Para problematizar a questão da importância da socialização para todos os indivíduos da sociedade e as oportunidades de acesso as instituições, pode-se levar os alunos à reflexão com a apresentação dos dados estatísticos dos últimos censos realizados pelo Instituto Brasileiro

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de Geografia e Estatística (IBGE) (em anexo), que revelam o aumento do número de pessoas com deficiência na última década em nosso país.

Após a apresentação dos dados, questionar aos alunos como nós somos integrados nos diferentes espaços e grupos sociais, se todas as pessoas possuem as mesmas possibilidades de participação e realização de suas atividades diárias em diversos ambientes sociais.

Aula 2: Instituição Social: Família.

1. Apresentar o conceito de instituição social através da teoria sociológica, com leitura de pequenos textos/recortes e exposição do professor: Recorte do texto: O que é uma instituição social, Peter Berger. BERGER, P. LUCKMANN, T. A construção social da realidade social. Petróplis: Vozes, 1985.

2. Formar uma roda de conversa, ensinar os alunos com técnica de dobradura a produzir uma casinha de papel com uma folha de sulfite. Em seguida, perguntar aos alunos: Quem mora na sua casa?

A partir das respostas, o professor dirige-se à lousa e vai anotando as configurações familiares apresentadas por cada um e suas repetições.

Ao término das apresentações, deve-se olhar para o quadro formado e refletir sobre a existência de diferentes ou similares formas de organização familiar expostas apenas em uma turma de estudantes, questionar também se esta é a realidade das pessoas que eles conhecem. 3. Leitura do artigo: “Novos arranjos familiares”, João Neto, Retratos a revista do IBGE, N. 6. ed. Dezembro 2017. Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/3ee 63778c4cfdcbbe4684937273d15e2.pdf>

4. Relacionar o conceito de instituição social com a socialização primária e a família.

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1. Apresentação da técnica Stop Motion: breve histórico; apresentação dos materiais necessários como softwares, aplicativos, celular e tripé, com apoio de vídeos e sites explicativos.

2. Apresentação de vídeos produzidos com a técnica e postados na internet por alunos de escolas públicas até por profissionais da área de telecomunicação.

3. Solicitar a formação de grupos de trabalho pelos aluno e propor a produção de roteiros críticos e criativos que contemplem a temática estudada a partir da técnica apresentada; entregar um roteiro impresso para cada grupo e explicar os passos da produção conceitual, contendo: tema, síntese, nome dos autores, quantidade de cenas e texto explicativo da sequência (Roteiro sugerido em anexo).

4. Pedir aos estudantes que tragam na próxima aula, materiais diversos para a produção da animação, como tampinhas de garrafa, palitos, brinquedos, alimentos, materiais recicláveis, papéis coloridos e/ou outro material que queiram utilizar. Utilizaremos também um celular por grupo para tirar a sequência de fotos.

Aula 4: Produção

Recursos: Sala com boa iluminação, laboratório de informática, computador ou notebook, internet, data show, caixa de som.

1. Preparar um ambiente com boa iluminação no colégio e iniciar a produção das fotos criando movimento das produções escritas. O professor passa pelos grupos auxiliando e esclarecendo dúvidas técnicas. 2. Terminado esse passo deve-se levar os grupos para o laboratório de informática para exportar o material e produzir sons ou trilha sonora para a animação.

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O professor reproduz no data show todos os stop motions produzidos pela turma como conclusão da atividade, com os grupos apresentando sua temática, perspectiva e avaliação das produções e da atividade em geral.

6. AVALIAÇÃO

Entendendo que a Avaliação é um processo contínuo e dialético dentro da sala de aula, os estudantes serão avaliados em sua participação durante as problematizações dos conteúdos, na produção do stop motion e, também uma auto avaliação da experiência proporcionada pela intervenção pedagógica. Além disso, segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008) é de suma importância que ao final desta proposta os estudantes estejam aptos a refletir sobre a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo e, também refletir sobre suas ações individuais, percebendo que estas são interdependentes na sociedade em que vivem (p. 108).

Considerações Finais

Esta proposta de Intervenção-pedagógica visa contribuir para o processo de estranhamento e desnaturalização da realidade, promovendo uma experiência, a utilização do stop motion como recurso pedagógico, em que se possa relacionar os conhecimentos assimilados com o dia a dia, na construção das relações sociais.

Conhecer a sociedade em que está inserido e construir a partir dela um olhar crítico é tarefa imprescindível para o indivíduo que quer viver e ser atuante nesta sociedade. É através da educação que isso acontece e cabe à escola ser mediadora desse processo e transmissora dos conteúdos necessários para a construção da autonomia, da criticidade e incentivar a expressão das subjetividades no jovem estudante, levando-o ao pleno conhecimento.

Nesse sentido, entendemos que o conhecimento deve fazer sentido na prática do estudante e que na sala de aula não cabe mais o ensino apenas por meio do discurso, a Sociologia deve garantir o desenvolvimento da Imaginação Sociológica, também por meio de novas linguagens e tecnologias.

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Para tanto, é necessário que o professor, além de estar capacitado teoricamente, busque conhecer a realidade de seus alunos, atualize-se com as tecnologias de informação, linguagens e todo aparato que faz parte da vivência e cultura juvenil. Com isso ele se respaldará para produzir e experimentar diferentes metodologias de ensino que possibilitem que o conteúdo disciplinar adentre a realidade do estudante, de maneira curiosa e criativa, proporcionando um novo olhar para as situações do seu dia a dia.

Referências Bibliográficas

GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 5. ed. Campinas: Autores Associados, 2011.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Sociologia. Curitiba, PR: SEED, 2008.

ZUBLER, E. P.P.; LEITE, J.R.M. A produção de stop motion: contribuições para desenvolvimento de capacidades na área de linguagem. Associação de Linguística Aplicada do Brasil. Anais Eletrônicos do 10° Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada. Disponível em:

<http://www.alab.org.br/images/stories/alab/CBLA/ANAIS2013/zubler-e-leite.pdf> Acesso em: jun. 2019

Anexos

Anexo 1 – Dados População com deficiência

Pesquisa População total Valores absolutos Percentual (%) Censo de 1872 10.112.061 89.621 0,89 Censo de 1890 14.333.915 -Censo de 1900 17.438.434 50.579 0,29 Censo de 1920 30.635.605 56.088 0,18 Censo de 1940 41.236.315 97.156 0,24 Censo de 1991 146.815.795 1.667.785 1,14

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Censo de 2000 169.872.856 24.600.256 14,48 Censo de 2010 190.755.799 45.606.048 23,91 Pessoas com deficiência Pesquisa População total

Fonte: Recenseamento do Brasil 1872-1920. Rio de Janeiro: Diretoria Geral de Estatística, 1872-1930; e IBGE,Censo Demográfico 1940/2010

(1) Com relação ao ano de 1872, os resultados já estão incluindo os 181.583 habitantes, estimados para 32 paróquias, nas quais não foi feito recenseamento na data determinada.

(2) As informações relativas à investigação sobre defeitos físicos no censo de 1890 somente foram publicadas para o Distrito Federal.

Dados mundiais:

Estima-se, que 10% da população mundial, aproximadamente 650 milhões de pessoas, sejam deficientes, 80% das quais vivem em países em desenvolvimento como Índia e China. Já nos países desenvolvidos as principais causas de deficiência são doenças crônicas e limitações de longo prazo.

(UN Convention on the Rights of Persons with Disabilities, 2006)

Anexo 2 – Roteiro para a produção do Stop Motion

(Instituto Caranguejo de Educação Ambiental. Joinville, s/d, s/p. Disponível em: <https://docplayer.com.br/10118460-Instituto-caranguejo.html>. Acesso em 29. Jun. 2019)

O que é Stop Motion?

Stop Motion é uma técnica de animação feita quadro a quadro através de fotos. Desse modo um objeto inanimado ganha vida, através de uma ilusão de movimentos providos de uma seqüência fotográfica. Em geral para fazer um segundo animação são necessários 15 a 24 quadros (fotos).

Materiais: Uma câmera fotográfica digital, um tripé e uma fonte de luz. Apesar de ser comum assistirmos vídeos feitos com massinhas, uma animação em stop motion pode ser obtida através de qualquer material: utensílios, lápis,alimentos, recortes de papel, brinquedos e até mesmo seres humanos! O importante é ser criativo e escolher um material que combine com a sua história!

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Produção da História: Um bom filme resulta da união entre conceito e técnica. A parte conceitual de um filme serve para organizar e proporcionar maior segurança e praticidade à sua animação.

Dentre os principais pontos da parte conceitual destacamos o story line, roteiro e story board.

 Story Line - é a forma de contar a história do modo mais objetivo o possível. O texto deve ser claro e atrativo ao ponto de despertar interesse pelo roteiro e animação, em geral não deve ultrapassar 5 linhas.

 Roteiro - Roteiro é a forma usada para descrever o começo, meio e fim da sua história. Além disso, ele expõe os diálogos e guia visualmente o cenário. Como fazer um roteiro? Pesquisando você vai encontrar várias formas de escrever um roteiro. No roteiro, deve ter a ação, aqui você deve lembrar de responder esses quatro ítens: quem, onde, tempo e ação que ocorrerá na cena.

 Story Board - Story Board se assemelha a uma história em quadrinhos que possibilita uma prévia de como será sua animação. Ele é fundamental, uma vez que ajuda a se ter uma ideia de como será o universo dos personagens, os enquadramentos e a duração da cena.

Como fazer o stop motion?

Esta é a parte técnica! Primeiramente procure um lugar tranquilo, sem muita movimentação ou variação de luz. Monte seu cenário sobre uma superfície estática como uma mesa. Utilize um tripé na hora de fotografar para não ocorrer oscilação durante as fotos e evite também que movimente a câmera. Com o auxílio de uma luminária faça proveito dos usos da luz. Ela pode tornar seu ambiente mais dramático, alegre e volumoso. E tome cuidado para não ocorrer a interferência de sombras indesejadas na sua animação! Ao fotografar, desligue o flash da máquina e lembre-se de ir anotando a quantidade de fotos, isso o ajudará a ter uma ideia da duração da cena e facilitará na hora de transformar suas fotos em animação.

 O trabalho em equipe. Nota-se que fazer tudo isso dá um pouco de trabalho não é? Apesar de demonstrar todo esse método é de suma importância ressaltar, que para se fazer uma animação é fundamental

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muita motivação e empenho. Além disso, é um trabalho que flui melhor quando feito em equipe. Ter alguém que movimente os personagens, outro que tire as fotos e um que anote e cuide do cenário irá agilizar a produtividade do seu filme.

 Anime seu Vídeo. Ao transferir as suas fotos para o computador, se achar conveniente, poderá separá-las por cenas, isso facilitará no momento de informar quantos frames por segundo é desejado. Para a edição, existem vários programas gratuitos, sugerimos o Monkey Jam e posteriormente o Windows Movie Maker, cujo o qual já vem instalado no Windows.

Anexo 5 – Links de exemplos de Stop Motion sugeridos.

https://pt.slideshare.net/fernandacamargogiannini/stop-motion-na-sala-de-aula https://boallen.com/fps-compare.html https://www.tecmundo.com.br/video/10926-o-que-sao-frames-por-segundo-.htm https://vimeo.com/993998 https://www.smashingmagazine.com/2008/12/50-incredible-stop-motion-videos/ https://br.pinterest.com/pin/80220437092471930/ https://www.youtube.com/watch?v=fedbEhshvww

Referências

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