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FRONTEIRAS E TERRORIALIDADES DO TURISMO: CASO DE PANORAMA-SP. Eixo temático: TERRITÓRIOS E TERRITORIALIDADES FRONTEIRIÇAS

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FRONTEIRAS E TERRORIALIDADES DO TURISMO: CASO DE PANORAMA-SP

Willian Ribeiro da Silva1 Claudemira Azevedo Ito2

Eixo temático: TERRITÓRIOS E TERRITORIALIDADES FRONTEIRIÇAS

RESUMO: Na atualidade, a atividade turística está se tornado um dos principais motores da economia mundial e está em plena expansão. Consequentemente, apropriando-se e consumindo espaços e paisagens e criando novas territorialidades. Neste sentido, o foco central deste artigo é analisar as territorialidades e relações de fronteira estabelecidas pelo turismo em Panorama - SP, tanto no imaginário quanto no “concreto”. O município de Panorama - SP passou por grandes transformações que foram motivadas pela formação de um lago artificial decorrente da construção da Usina Hidrelétrica Sergio Motta. As transformações ocorridas no município são de ordem econômica, social e ambiental. É enfatizando a importância de estudos nesta área que, através da coleta de dados, conhecimento detalhado dos fatos históricos e levantamento bibliográfico, temos a oportunidade de compreender as novas dinâmicas territoriais que se instalaram neste município e a possibilidade de analisar as políticas mitigadoras que foram realizadas pela CESP e suas relações com o turismo e suas “marcas” territoriais.

PALAVRAS-CHAVE: Fronteiras, Terrorialidades, Turismo

1 INTRODUÇÃO

O turismo atualmente se destaca como uma das principais atividades econômicas e que esta em plena expansão em nível mundial, tornando este segmento como uma das principais fontes de acumulação do capital. Apesar de sua magnitude, este serviço ainda se encontra em

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UFMS – Universiddade Federal do Mato Grosso do Sul. willianribeiro2001@yahoo.com.br 2

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fase de expansão, uma vez que parte significativa da população mundial não dispõe de recursos para a prática do turismo. Mesmo diante desta realidade socioeconômica, o turismo ocupa papel relevante na economia mundial, situando-se entre os três maiores produtores geradores de riquezas. (RODRIGUES, 1997, p.17).

No Brasil, o turismo como atividade econômica é relativamente recente e, como características, se apropria das áreas naturais e das riquezas histórico-culturais do País, transformando-as em mercadorias turísticas. Como menciona (Boullón, 2002, p.79), “o espaço turístico é consequência da presença e distribuição territorial dos atrativos que, não devemos esquecer, são a matéria prima do turismo”, e, muitas vezes, as atividades turísticas são inseridas no espaço, sem planejamento prévio e adequado, o que acaba prejudicando a população e o ambiente.

O modo como se dá a apropriação de uma determinada parte do espaço geográfico pelo turismo depende da política pública de turismo que se leva a cabo no lugar. À política pública de turismo cabe o estabelecimento de metas e diretrizes que orientem o desenvolvimento socioespacial da atividade, tanto no que tange à esfera pública como no que se refere á iniciativa privada. Na ausência da política pública, o turismo se dá à revelia, ou seja, ao sabor de iniciativas e interesses particulares. Cruz (2000, p. 09) O Brasil tem grande potencial turístico, pois conta com uma variedade de atrativos turísticos que são produzidos utilizando-se de paisagens naturais e culturais, valorizadas no mundo moderno. Isso faz com que várias partes do País se tornem atrativas para a implantação do turismo. Com relação ao turismo e à utilização da paisagem, Cruz (2002), aborda que:

O turismo é a única prática social que consome, fundamentalmente, espaços, sendo este consumo por meio da apropriação do espaço pelo turismo, ou seja, por meio das formas de consumo (serviços de hospedagem, de restauração, de lazer, bem como o consumo da paisagem) que estabelece entre turista e lugar visitado. (CRUZ, 2002, p. 109).

A partir da importância do turismo, e dos fluxos relacionados às atividades turísticas, este segmento deve ser planejado e fiscalizado, para que possa contribuir para o desenvolvimento da população local, dando oportunidade de melhorar a qualidade de vida, realizando a inclusão social desta, paralelo com a preservação do meio ambiente. Neste sentido Rodrigues (1997) observa que:

apesar das suas potencialidades, a atividade turística não tem vindo acompanhada de um planejamento adequado, não tem propiciado espaço para a participação da população local, nem tem propiciado o entrosamento

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entre vários segmentos sociais envolvidos. Esse fato acabou criando inúmeros conflitos e entraves a um modelo de desenvolvimento sustentável. (RODRIGUES, 1977, p. 56)

Atualmente o turismo se destaca pelo seu potencial socioeconômico e pela sua capacidade de produzir e transformar os espaços, transformando estes em mercadoria. Sendo assim, o mesmo se tornando a nova engrenagem de acumulação do capital. A atividade turística se caracteriza pela sua dinâmica de absorver investimentos da esfera publica e privada, o que produz novas configurações que atingem o espaço e a sociedade.

Esse panorama vem passando por transformações, que são proporcionadas pela implantação do turismo, como as mudanças no processo produtivo do município, que condicionam um (re)ordenamento do território.

O turismo é uma das mais novas modalidades do processo de acumulação, que vem produzindo novas configurações geográficas e materializando o espaço de forma contraditória, pela ação do Estado, das empresas, dos residentes, e dos turistas. (CORIOLANO, 2007b, p. 45).

O município de Panorama localiza-se no estremo Oeste do Estado de São Paulo, na divisa com Mato Grosso do Sul, tendo como coordenadas latitude 21º21’23” Sul e longitude 51º51'35" Oeste. O município pertence à 10ª Região Administrativa do Estado, que tem como cidade sede Presidente Prudente, e conta com uma população de 13.944 habitantes, segundo dados do IBGE (2009). (Figura 1).

O município de Panorama - SP faz fronteira com Mato Grosso do Sul e esta relação sempre esteve presente em seu desenvolvimento com a ligação, através da balsa, que era utilizada para o escoamento da produção e a locomoção da população entre os estados.

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Panorama tem relação intrínseca com o meio ambiente por estar inserido na estrutura da paisagem do rio Paraná. Desde a fundação da Cidade, essa paisagem esteve atrelada, impulsionando a economia local, como as instalações de várias olarias e cerâmicas, a pesca e atualmente o turismo.

Nenhuma outra atividade consome, elementarmente, espaço, como faz o turismo e esse é um fator importante da diferenciação entre o turismo e outras atividades produtivas. È pelo processo de consumo dos espaços pelo turismo que se gestam os territórios turísticos. (CRUZ, 2000, p. 17).

Recentemente Panorama vem se destaca no turismo, e tem como principal atrativo a beleza natural do Rio Paraná, entre outros, como a pesca, eventos que são realizados anualmente como, Pan Verão, carnaval, e a travessia do rio Paraná. Para que Panorama se tornasse atrativo ao turismo, houve investimentos dos setores privado e publico, principalmente na infraestrutura e equipamentos relacionados ao turismo, dando novas características a economia da cidade e (re)configurando o espaço.

2 JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa propõe analisar o desenvolvimento do turismo em Panorama - SP, e seus desdobramentos, para que se possamos compreender, os impactos, e a relação entre a sociedade e o meio ambiente, e sua representação no espaço. Pretende-se desvendar a dinâmica territorial e o desenvolvimento do turismo em Panorama - SP. Para tal, foram realizadas análises dos processos histórico, econômico, político e ambiental, verificando-se as transformações. Dessa forma, esta pesquisa, contribui para diagnóstico das atividades

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turísticas do município de Panorama, quanto à infraestrutura e seus equipamentos, impactos pela implantação do turismo ambiental, social, e cultural. Dentro desta perspectiva é analisado o planejamento e políticas direcionadas ao turismo e seus impactos junto à população. Entre as perspectivas apontadas o artigo intentara realizar uma ligação entre a fronteira e esta atividade que ocupa os espaços, e muitas vezes criando diversas fronteiras, como a fronteira entre o turista e a comunidade local, além do privilegio desta área de estudo esta situada em uma área de fronteira interna, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, possibilitando diversas dinâmicas territoriais e fronteiriças.

3 METODOLOGIA

Para a análise da territorialização do turismo em Panorama - SP, a partir da implantação da usina hidrelétrica Sergio Motta, foram realizadas diversas etapa uma fundamentação e embasamento desta pesquisa, que vale ressaltar, se encontra em fase inicial. Entre as etapas podemos mencionar a revisão bibliográfica específica, para compreender os conceitos e temas que estarão presentes na discussão deste projeto. Uma análise histórico-documental e registros fotográficos, do município de Panorama - SP, que se faz necessário para compreender as transformações dos distintos momentos do município, enfatizando a atividade turística, a partir da construção da usina hidrelétrica Sergio Motta. Visitas in-loco que proporcionou realizar entrevistas junto à Secretaria Municipal de Turismo e autoridades locais, dando ênfase ao planejamento e inserção das atividades turísticas no município e a repercussão destas em âmbito regional, almejando também entrevistas com a população local, que possibilitarão a análise sobre a inclusão social, a partir da visão da população diante da atividade turística praticada em Panorama - SP.

A partir destas etapas realizadas possibilitou um conhecimento sobre as dinâmicas inseridas em Panorama - SP e seus desdobramentos, enfatizando os diversos setores da população.

4 RESULTADOS PRELIMINARES

4.1. O turismo e a fronteira

O conceito de fronteira é frequentemente utilizado pela geografia, sendo abordado de diversas formas, como fronteira territorial, fronteira natural, fronteira social ou econômica,

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mas neste artigo tentaremos fazer uma relação entre o conceito de fronteira com a atividade turística, transpondo para a área de estudo que se situa no município de Panorama - SP. Podemos considerar que Panorama - SP um laboratório de estudos sobre a temática turística e fronteiriços, pois este se encontra em processo de turistificação e localiza-se em área de fronteira interna, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, tendo uma ligação econômica e social, pois diversas dinâmicas se instalaram nesta região e são reforçadas pela relação entre os estados mencionados, através de obras publicas e impactos sócio-ambientais sofridos pela formação do lago da usina hidrelétrica Sergio Motta, que afetou os dois estados.

Outro aspecto de fronteira que podemos idealizar é a separação entre o turista e a população local, pois muitas vezes há um distanciamento, criando-se uma fronteira imaginaria que esta no sentimento do turista e da comunidade local. Em trabalho de campo realizado ficou claro o distanciamento da população local com algumas atividades praticadas no município, como o carnaval, o Pan-Verão, que apresenta um perfil de turista, jovem e que gera pouco para a economia local, sendo assim a população não aceita esta pratica de evento, que é um dos atrativos do município, dando a oportunidade de relacionar com o conceito de fronteira, criado pela população em relação à atividade e aos turistas que frequenta estes eventos.

A construção da ponte Mario Covas que liga o estado de São Paulo com Mato Grosso do Sul criou-se uma nova dinâmica fronteiriça entre estes estados, pois através desta construção aumentou o fluxo de pessoas nesta região aquecendo o comercio do município, quanto à visitação dos pontos turísticos de Panorama - SP. Antes a travessia entre os estados era realizada de balsa, no qual dificultava o acesso, pelos horários não serem flexíveis. Neste sentido podemos falar em uma dinâmica fronteiriça que se intensificou e se materializou através da ponte.

Estas dinâmicas fronteiriças apresentadas são dinâmicas que conferem através da materialização das ações do governo e do poder privado no espaço, que estão relacionados com formação do lago da usina e suas obras mitigadoras, no qual damos ênfase ao turismo do município de Panorama - SP. Nos próximos itens veremos com um maior detalhamento de cada característica que proporciona a atividade turística em Panorama - SP e seus desdobramentos sobre a sociedade e o meio ambiente.

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4.2. Panorama e suas novas dinâmicas territoriais

A economia de Panorama esteve por muito tempo atrelado à pecuária e á produção de tijolos e telhas, nos anos 80 as atividades ceramistas se expandiram consideravelmente no município, devido à grande quantidade de argila existente na beira do rio Paraná, estas eram as atividades que mais empregava população local, mas o setor cerâmico vem perdendo importância econômica, em contrapartida o turismo se destaca como possibilidade de desenvolvimento econômico e social do município.

O capital ao transformar o espaço em mercadoria, faz surgir novas atividades econômicas, como o ramo econômico das atividades do lazer e do turismo e do lazer. O turismo provoca profunda mudança sócio-espacial, redefine as singularidades espaciais além de reorientar os usos. (CORIOLANO, 2003, Pg. 32).

Para a prática do turismo, a cidade necessita de atrativos, infraestrutura, equipamentos turísticos, que para Boullón (2002, p.54) “O equipamento inclui todos os estabelecimentos administrados pelo poder público ou pela iniciativa privada que se dedicam a prestar serviços básicos”, neste ponto de vista, a atividade turística dever ser planejada, para que haja uma política que controle e direcione esta atividade, ao desenvolvimento local, e a participação de toda a sociedade neste processo.

O município de Panorama esta vivendo um período de grandes modificações, no âmbito, econômico, social e ambiental, a partir da construção da usina hidrelétrica Sergio Motta em Porto Primavera - SP, que transformou o rio Paraná em um grande lago artificial, consequentemente interferindo em bens patrimoniais públicos e privados, no sistema viário, na distribuição de energia elétrica, saneamento, lazer e principalmente no meio ambiente.

Frente ao conjunto de impactos negativos causados no contexto regional pela implantação de dos projetos hidroenergéticos, a CESP e toda empresa, enquanto empreendedora torna-se obrigada a minimizar e mitigar ao máximo esses efeitos, perante o ambiente e a sociedade. (DIAS, 2003, p. 242)

Devido à formação do Lago Artificial Sergio Motta, como obra mitigadora, a Companhia Energética de São Paulo (CESP), construiu no município, o Balneário Municipal “Frederico Platzeck”, que se tornou um dos atrativos de Panorama, o balneário conta com uma praia artificial, de 18.000,00 m² com capacidade para 1.300 banhistas, segundo a secretaria de turismo do município, a empresa realizou outras obras, que deram novas características em

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âmbito local e regional, trazendo alguns benefícios em detrimento dos impactos ambientais causados. Como menciona DIAS, 2003:

Por outro lado, a implantação desse tipo de UHEs, possibilita o aparecimento da exploração de outras atividades, ou como se chama uso múltiplo das potencialidades criadas, como a navegação, irrigação, turismo etc. (DIAS, 2003, p. 248).

Entre as modificações que produziu novas características ao turismo em Panorama, esta a da inauguração da Ponte Governador Mário Covas (Figura 2), no Município vizinho de Paulicéia, que liga os estado de Mato Grosso do Sul e São Paulo, que aumentara o fluxo desta região, incorporando novas dinâmicas entre os estados, sendo a ponte também um atrativo.

Figura 2 - Ponte Governador Mário Covas- Paulicéia-SP- Brasilândia-MS

Fonte: Cezar Claudino Souza.

O turismo em Panorama tem como atrativo principal a paisagem do Rio Paraná, que é considerada mercadoria turística, que para SOUZA (2003), essa transformação da natureza em mercadoria pelo turismo, na perspectiva de um lucro maior, tem sido feita com voracidade, comprometendo a própria mercadoria principal, a natureza, e futuramente, a inviabilização da própria atividade turística.

O turismo usa e se apropria dos ambientes naturais e produzidos pelo trabalho para transformá-lo em espaço de lazer e consumo, gerando impactos positivos e negativos, que podem ser discutidos como uma questão de (in) sustentabilidade social e ambiental. (CORIOLANO, p. 175, 2005).

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Através da potencialidade turística do Rio Paraná, vários atrativos surgem em Panorama - SP (Figura 3), todos ligados direta e indiretamente, como a pesca esportiva, que atrai turistas de varias regiões, e que conta com infraestrutura e equipamentos para a realização desta atividade como, guias de pesca, marina, hotéis e pousadas para atender a demanda do turismo de pesca.

Figura 3- Infraestrutura de apoio à pesca no Município de Panorama - SP

Fonte: Claudemira Azevedo Ito – fev/2011

Além da pesca, há eventos que ocorrem anualmente, como o carnaval, que é realizado pela prefeitura municipal, o Pan Verão que se caracteriza como carnaval fora de época, que é organizado por iniciativa privada, a travessia do rio Paraná, que se tornou um evento tradicional, realizado desde 1966, sendo este realizado pela prefeitura do município, festa de ano novo, este evento é organizado pela prefeitura municipal, com shows ao vivo no balneário municipal.

As transformações ocorridas em Panorama são muito complexas, estão associadas a vários fatores, como o norteamento das políticas publica as modificações ambientais pelo setor privado e publico a transição da economia ceramista para turística, a especulação

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imobiliária às margem do rio Paraná, através dos loteamentos, todos estes fatores repercuti no espaço e na sociedade.

O aumento da demanda por espaços de lazer e turísticos viabiliza investimentos por parte do setor imobiliário que atua no sentido de requalificar o espaço e promover sua refuncionalização, possibilitando a produção de unidades residências num espaço em processo de valorização, onde se destacam a produção de segundas residências (SÁNCHES, 1991, s/p).

Através da analise dos fatores mencionados, teremos uma visão do desenvolvimento turístico em Panorama - SP, compreendendo a realidade do desenvolvimento, se traz benefícios ou prejuízo e transtorno para a população, e para o meio.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através das transformações ocorridas no município de Panorama - SP pela atividade turística, pode se verificar que estas modificações esta atrelada a construção da usina hidrelétrica Engenheiro Sergio Motta em Porto Primavera - SP. Com a construção da usina hidrelétrica e a formação do lago artificial no rio Paraná, a Companhia Energética de São Paulo (CESP) realizou varias obras de caráter compensatório e mitigatório, pelos impactos sócio-ambientais causados. A realização de obras direcionadas direta ou indiretamente ao setor turístico, deram novas características ao município e a consolidação do turismo, que em períodos anterior não era mencionado como uma atividade econômica, pois esta se encontrava sem infraestrutura adequada e políticas que organizasse e direcionasse esta atividade.

O rio Paraná se tornou o principal atrativo, através de sua paisagem como se pode verificar através de vários atrativos e atividades que estão ligados direta e indiretamente, como a pesca esportiva, que atrai turistas de varias regiões, e que conta com infraestrutura e equipamentos para a realização desta atividade como, guia de pesca, marina, hotéis e pousadas para atender a demanda do turismo de pesca. Além da pesca, há eventos que ocorrem anualmente como o carnaval realizado pela prefeitura municipal, o Pan Verão que se caracteriza como carnaval fora de época, que é organizado por iniciativa privada, a travessia do rio Paraná, que se tornou um evento tradicional, realizado desde 1966, sendo este realizado pela prefeitura do município, festa de ano novo, evento organizado pela prefeitura municipal, com shows ao vivo no balneário municipal.

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Verificou-se que em Panorama está em curso o processo de turistificação, pois atualmente está em evidência a valorização de atributos paisagísticos, associados à natureza: águas límpidas, fauna e flora preservadas, entre outros. Ressalta-se que a apropriação de do espaço pelo turismo ocorre a partir de dinâmicas e demandas sócias, culturais e econômicas, e não somente a partir de características naturais da paisagem. Desta forma, a instalação e desenvolvimento de atividades turísticas em Panorama desenvolvimento é fruto das ações do poder público, aliado à iniciativa privada, assim como do contexto socioeconômico e social da população regional

REFERÊNCIAS

BULLON, Roberto C. Planejamento do espaço turístico. Bauru: Edusc, 2002.

CARLOS, Ana Fani Alessandri, YÁZIGI, Eduardo e CRUZ, Rita de Cássia Ariza da. (Org). Turismo - Espaço, Paisagem e Cultura. 3ª Ed. São Paulo: Hucitec.

CORIOLANO, Luzia Neide. Turismo de Inclusão. Fortaleza, FUNECE, 2007.

DIAS, Jailton. A construção da paisagem na raia divisória São Paulo –Paraná - Mato Grosso do Sul: um estudo por teledetecção. 2003. Tese (Doutorado em Geografia). Unesp, Presidente Prudente.

CRUZ, R C. Política de turismo e território. São Paulo: Contexto, 2000.

PETROCCHI, Mário. Turismo: planejamento e gestão. 2. ed. São Paulo: Futura. 1998. RODRIGUES, A. B. Turismo e desenvolvimento local. São Paulo: Hucitec, 1997.

RODRIGUES, A. B. Turismo e Ambiente, Reflexões e Propostas. São Paulo: Hucitec, 1997.

RODRIGUES. Adyr, Balastreri. Turismo, Modernidade e Globalização. 1a edição. São Paulo. Hucitec. 1997. 210p.

SÁNCHES, J.E. Espacio, economia y sociedad. Madrid: Siglo Véintiuno, 1991.

SOUZA, E. B. C. Natureza e consumo – a contraditória relação de sustentabilidade na atividade turística. Revista Ciência Geográfica. (AGB/Bauru). Bauru. Ano IX vol. IX, n.3, p. 253-258, set/out 2003.

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