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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

ESPECIALIZAÇÃO DO PROFISSIONAL

Por: Marco André Silva de Oliveira

Orientador Prof. Jorge Tadeu

Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

ESPECIALIZAÇÃO DO PROFISSIONAL

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Logística Empresarial.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço minha família, meus amigos de universidade, do trabalho, os mestres que me passaram conhecimentos e todas as pessoas que contribuíram, para este grande momento.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu pai, minha mãe(in memoriam), e meus filhos.

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RESUMO

A logística é relativamente recente, nas empresas privadas, mas muita antiga nas forças militares e estatais, pois desde de Roma antiga e dos medievais já se utilizava da logística no seu amplo sentido. Hoje no mundo globalizado a logística, é quem demonstra o grau de competitividade, e vem cada vez mais sendo utilizada amplamente nas empresas grande, médio e pequeno porte, para maior dinamização e otimização das operações e dos custos. Sabendo-se, que para utilização ampla da logística, necessita dos sistemas operacionais. Estes sistemas têm uma grande capacidade gerencial, dando uma funcionalidade operacional e usual. Entretanto, para utilização destes sistemas, temos que ter profissionais especializados, capacitados e adequados as novidade e necessidades da área. Concluo que para atuar na área logística, o profissional tem que ter uma renovação contínua de aprendizado, para melhor operar o sistema, e assim elevando o grau de competitividade de sua empresa.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho formou-se na aplicação de pesquisa bibliográfica com conteúdo dos autores: Bowersox (1996), Jiambalvo (2002), Porter (1998), Christopher (2009), Johnson e Kaplan (1996), incluindo artigos publicados na internet e sites de categorias. Com esta pesquisa, foi possível apresentar aos profissionais as exigências da profissão.

Esta análise contribui para desenvolver a proposta pedagógica, da qualificação profissional do operador por estabelecer a prioridade das competências (conhecimentos, habilidades, funcionalidades, usabilidade, técnicas e atitudes) que são necessárias, e serão desenvolvidos, pelos operadores logísticos, nos armazéns, centros de distribuições e no transporte de cargas para o melhor desempenho da profissão.

A pesquisa baseou-se em dados quantitativos e qualitativos que foram tratados por meio de análise bibliográfica descritiva e de conteúdo. A seguir, apresentam-se os resultados da pesquisa, organizados por temas de estudo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – A História da Logística 10

1.1 - A importância da Logística

para as Empresas Brasileiras 16

CAPÍTULO II – O Mercado 20 2.1 - Qualidades Totais nos Serviços de Logística 22

CAPÍTULO III – A Especialização do Profissional 31 CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43 ÍNDICE 44

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INTRODUÇÃO

Trata-se, sem dúvida, de um tema de grande atualidade e evidente relevância, pois a logística é considerada um dos principais obstáculos ao desenvolvimento das empresas, mas também fator determinante para garantir a competitividade dela.

A empresa moderna exige rapidez e otimização do processo de movimentação de materiais, interna e externamente. Esta situação ganha maior relevância quando se trata de pequenas empresas ou operações de exportação ou importação.

A raiz do problema é estrutural e externa às empresas, pois recai sobre os poderes públicos a responsabilidade pela melhoria na infra-estrutura do País, que necessita de maior modernização, intermodalidade e integração. No entanto, as medidas tomadas para melhoria da infra-estrutura de transporte no Brasil não acompanham as rápidas mudanças que as empresas devem se submeter para permanecerem no mercado.

E qualquer atraso na adaptação a essas mudanças pode gerar perda de competitividade e ainda dificultar o processo de crescimento das empresas. Dessa forma, compete aos executivos criarem soluções inovadoras, aproveitando não somente a criatividade, mas, sobretudo a sua capacidade técnica para acompanhar os desafios mercadológicos e vencer os obstáculos logísticos próprios do País.

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Este trabalho monográfico tem como objetivo a demonstração da necessidade especialização do profissional logístico em todos os processos da área de atuação, é fundamental, para a evolução das novas tecnologias de informação, comunicação e novos métodos de trabalho, no entanto é na área de distribuição e expedição que a logística deve ser aprimorada.

No primeiro capítulo é sobre a história da logística do surgimento a sua utilização; no segundo capítulo é abordado o mercado e toda sua importância nas empresas, e de uma economia globalizada. No terceiro capítulo mostra-se a grande demanda por profissionais com ofertas de bons salários para área, e uma grande necessidade de especialização do profissional, para desenvolver bem as atividades exigidas

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CAPÍTULO I

HISTÓRIA DA LOGÍSTICA

A logística é a área responsável por prover recursos, equipamentos e informações para execução de todas as atividades de uma empresa. Entre as atividades da logística estão o transporte, movimentação de matérias, armazenamento, processamento de pedidos e gerenciamento de informações. Logística é arte de comprar, receber armazenar, separar, expedir, transportar e entregar o produto ou serviço, na hora e no local certo, como menor custo possível. De acordo com Dicionário Aurélio, Logística vem do francês e tem como uma de suas definições “ a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento entre outros porem para fins operativos ou administrativos.”

Outros historiadores defendem que a palavra Logística vem do antigo grego logos que significa razão, cálculo, pensar e analisar, já o Oxford English dicionário define como “O ramo da ciência militar responsável por obter, dar manutenção e transportar material, pessoas e equipamentos. Desde os tempos bíblicos os líderes militares já se utilizavam da logística.

As guerras eram longas e geralmente distantes, eram necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários um planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, que envolviam a definição de uma rota, nem sempre o mais curta, pois era necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e distribuição de equipamentos e suprimentos. Por meio de seus estudos Barker (2005, p. 87) concluiu que o avanço Persa em 480 A.C. sobre a Grécia, mesmo sendo os persas derrotados, foi um dos mais grandiosos exercícios logísticos da Antiguidade e envolveu grandes esforços para abastecer mais de duzentos mil homens em território hostil.

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Uma das grandes lendas na Logística, que inspirou outros grandes lideres como Júlio Cesar e Napoleão e que ate hoje inspira as grandes empresas, foi Alexandre o Grande, da Macedônia. Seu império alcançou diversos países, incluindo a Grécia, Pérsia e Índia, com a morte do seu pai, assumiu o trono o seu império durou apenas 13 anos, até a sua morte em 323 a.C ao0s 33 anos. Seu sucesso não foi um acidente. Ele foi capaz de superar os exércitos inimigos e expandir seu Reinaldo graças a fatores como: inclusão da logística em seu planejamento estratégico, detalhado conhecimento doa exércitos inimigos, inovadora incorporação de novas tecnologias de armamentos, desenvolvimento de alianças e manutenção de um simples ponto de controle, era ela que centralizava todas as decisões, gerenciando o sistema logístico e incorporando-o ao plano estratégico.

Alexandre foi o primeiro a empregar uma equipe especialmente treinada de engenheiros e contramestres, além da cavalaria e infantaria. Esses primitivos engenheiros desempenharam um papel importante para o sucesso de Alexandre o Grande, pois tinham a missão de estudar como reduzir a resistência das cidades que seriam atacadas. Os contramestres, por sua vez, operacionalizavam o melhor sistema logístico existente naquela época. Eles seguiam à frente dos exércitos com a missão de comprar todos os suprimentos necessários e de montar armazéns avançados no trajeto. Aqueles que cooperavam eram poupados e posteriormente recompensados; aqueles que resistiam, eram assassinados. O exército de Alexandre o Grande consumia diariamente cerca de 100 toneladas de alimentos e 300.000 litros de água. O exercito de 35, 000 homens de Alexandre o Grande não podia carregar mais do que 10 dias de suprimentos, mas mesmo assim, suas tropas marcharam milhares de quilômetros, a uma média de 32 quilômetros por dia. Seu exército percorreu 6.400 km, na marcha do Egito à Pérsia e Índia, a marcha mais longa da história. Outros exércitos se deslocavam a uma média de 16 ou 17 quilômetros por dia, pois dependiam do carro de boi, que fazia o transporte dos alimentos. Um carro de boi se deslocava a aproximadamente 3,5 quilômetros por hora, durante 5 horas até que os animais se esgotassem. Cavalos moviam-se a 6 ou 7 quilômetros por hora, durante 8 horas por dia. Eram necessários 5 cavalos para transportar a mesma carga que um carro de boi. Também inovou nos armamentos. Seus engenheiros desenvolveram um novo tipo de lança,

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chamada sarissa, que tinha 6 metros de comprimento, largamente utilizada pela infantaria.

Com esse armamento derrotou um exército combinado de persas e gregos de 40.000 homens perdendo apenas 110 soldados. Em 333 a.C., seu exército derrotou um exército de 160.000 homens comandados por Darius, rei da Pérsia, na batalha de Amuq Plain. Devido a esse sucesso, a grande maioria das cidades se rendeu ao exército macedônico sem a necessidade do derramamento de sangue. Assim, Alexandre o Grande criou o mais móvel e mais rápido exército da época. Em 218 a.C, o general Aníbal inovou durante a Segunda Guerra Púnica entre Cartago e Roma, utilizando elefantes para o transporte de 60.000 homens e suprimentos na travessia dos Pirineus em direção à Itália. Apesar dos avanços verificados no passado, apenas no século 17 a logística passou a ser utilizada dentro dos modernos princípios militares.

Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada às atividades militares. Nesse período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra a logística passou a ser adotada pelas empresas. Apesar dessa evolução até a década de 40, havia poucos estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente, foi então que surgiu o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP (Material Requiriments Planning), Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações, para moldes mundiais de operação. Essas são algumas das atividades envolvidas na logística, que são dívidas nas principais: Transporte, manutenção de estoques, processamento de pedidos, distribuição e as secundarias: armazenagem, manuseio de matérias, embalagem, Suprimentos, planejamento e sistema de informação entre outros.

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No Brasil, a história da Logística é ainda muito recente, e podemos destacar Anos 70 Desconhecimento do termo e da abrangência a logística, informática ainda era um mistério e de domínio restrito. Iniciativas no setor automobilístico, principalmente nos setores de movimentação e armazenagem de peças e componentes em função da complexidade de um automóvel. Nos Anos 80 em 1984, é criada o primeiro Grupo de Benchmarking em logística; A Associação Brasileira de Supermercados cria um departamento de Logística analisar as relações em 1984, para discutir e entre Fornecedores e Supermercados. É criado o Pálete Padrão Brasileiro, conhecido como PBR e o projeto do veiculo urbano de carga. Nos Anos 90, chega a estabilização da economia, com o plano Real e foco na administração dos custos. Evolução da microinformática e da Tecnologia de Informação, com o desenvolvimento de software para o gerenciamento de armazéns como o WMS - Warehouse

Management System, códigos de barras e sistemas para Roteirização de

Entregas. Entrada de 06 novos operadores logísticos internacionais (Ryder, Danzas, Penske, TNT, McLane, Exel) e desenvolvimento de mais de 50 empresas nacionais.

O termo supracitado tem sido considerado como um fator diferencial na competitividade empresarial e acabou se tornando uma palavra em moda nos últimos tempos. Em contrapartida a essa tendência contemporânea, Merlo (2002) afirma que o conceito é conhecido e aplicado há centena de anos, citando exemplos como a aplicação da Logística pelos guerreiros medievais para posicionar tropas de combate em locais estratégicos e manter seus exércitos abastecidos de suprimentos. Cita ainda, que a partir da Segunda Guerra Mundial a Logística surge como ciência, tornando-se a partir de então, ferramenta estratégica para sobrevivência. Segundo o Council of Logistc

Management, entidade americana que possui milhares de associados em todo

o mundo, logística é o processo de planejar, programar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do cliente. Bowersox (1996) enfatiza que a Logística diz respeito à obtenção de produtos e serviços no lugar e tempo

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desejados. Inclui também na sua concepção a idéia de integração das atividades da empresa.

Ainda, Ballou (1993) concebe Logística focalizando-a como a atividade que diminui a distância entre a produção e a demanda, incluindo nesse conceito o fluxo de produtos e serviços e a transmissão de informação. Para resumir, Logística envolve armazenagem e transporte. Em Comércio Eletrônico, não basto ter um excelente site, um excelente produto e um excelente preço. É essencial uma excelente entrega: os produtos devem estar nos lugares certos, na hora certa, nas quantidades certas, ao menor custo possível, garantindo a satisfação do cliente e a maximização da rentabilidade do fornecedor. Apesar de a Logística ser um conceito aplicado há centenas de anos conforme afirma Merlo (2002), os fatores de mudança para a perspectiva global e a dimensão mundial da oferta de produtos / serviços realçam a importância dos canais de distribuição na globalização. Nesse contexto, a Logística empresarial tem se transformado numa das principais ferramentas estratégicas para a obtenção de vantagens competitivas ou até mesmo para a sobrevivência das empresas.

A Logística empresarial envolve a integração de informações, transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem, facilitando o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, tornando disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momento em que são desejados. Durante os primeiros anos de estudo, a Logística foi considerada somente para transporte e armazenagem de produtos e materiais. Com a mudança do paradigma de como fazer negócios e de seu aprimoramento, a Logística é hoje, muito mais do que esses dois aspectos: um conceito amplo que cuida de todas as interações, movimentações e distribuição de suprimentos por toda a cadeia produtiva de forma integrada, chegando à cadeia de distribuição ou abastecimentos propriamente dita, atuando de acordo com o moderno conceito de SCM – Supply Chain Management.

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A responsabilidade operacional da logística está diretamente relacionada com a disponibilidade de matérias-primas, produtos semi-acabados e estoques de produtos acabados, no local onde são requisitados, ao menor custo possível. Tanto o interesse quanto às novidades relacionadas à Logística têm origem na combinação de áreas tradicionais em uma iniciativa estratégica integrada. No novo contexto econômico, a implementação das melhores práticas logísticas tornou-se uma das áreas operacionais mais desafiadoras e interessantes da administração nos setores públicos e privados. Porém essa desafiadora e importante área operacional não se interessa apenas na contenção ou redução dos custos, mas sim na compreensão de como algumas empresas se utilizam dela para obter vantagens competitivas proporcionando aos clientes um serviço superior. Segundo Porter (1998) define duas formas de obter vantagens competitivas. Uma delas é através da liderança de custos e a outra por diferenciação. No e-commerce, a principal forma de obter vantagem competitiva por liderança de custo é através de um planejamento estratégico de toda a estrutura logística da organização. Obter competitividade em diferenciação é possível através dos serviços oferecidos ao cliente, sua qualidade e aspectos de inovação no ambiente digital, mas também, através dos sistemas logísticos.

A liderança de custos é obtida quando a empresa consegue obter um custo cumulativo da execução das atividades de valor mais baixo que o custo da concorrência. Uma estratégia de enfoque (transporte, armazenagem, embalagem, entre outros) pode fornecer um meio para a obtenção de uma vantagem de custo.

A logística representa para os negócios via Internet a principal atividade de valor envolvida em seu processo, e utilizar-se da estratégia de enfoque em logística são uma maneira pela qual o comércio eletrônico pode obter vantagens competitivas por liderança de custos.

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1.1 - A importância da Logística para as Empresas

Brasileiras

Atualmente as Empresas Brasileiras vivem momentos extremamente desafiadores. Este novo cenário é caracterizado pela busca por maior competitividade, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos e serviços adequados às expectativas dos Clientes e maior desenvolvimento e motivação de seu capital intelectual (seus recursos humanos). Para superar estes desafios, algumas Empresas buscam tomar ações voltadas para redução de custos de uma forma isolada (através da eliminação de posições em seu quadro de colaboradores, eliminação do cafezinho, controle de ligações telefônicas e outras tão conhecidas). Estas ações, às vezes se fazem necessárias, no entanto, quando tomadas de forma isolada, não garantem o resultado desejado. Por outro lado, temos Empresas que enxergam a Logística como uma estratégia competitiva bastante eficaz. Estas Empresas planejam e coordenam suas ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo desde o Fornecimento da Matéria Prima até a certeza de que o Cliente teve suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou serviço entregue. O resultado é a superação dos desafios apresentados e conseqüentemente um melhor posicionamento no mercado. Como pontos centrais da Logística podem destacar:

• Visão integrada e sistêmica de todos os processos da Empresa. A ausência deste conceito faz com que cada área / departamento da empresa pense e trabalhe de forma isolada. Isto gera conflitos internos por poder e faz com que os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro dela mesmos;

• Fazer com que as “coisas” (materiais e informações) se movimentem o mais rápido possível, conseguindo assim otimizar os investimentos em ativos (estoques);

• Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do seu processo. Seus Fornecedores, Colaboradores, Comunidade e Clientes são como elos de uma corrente e estão intimamente interligados. Por isso, devemos sempre avaliar se suas necessidades e expectativas estão sendo plenamente atendidas;

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• O Planejamento (Estratégico, Tático e Operacional) e a constante Avaliação de Desempenho, por meio de indicadores, são ferramentas gerenciais essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema logístico.

Um dos objetivos da logística é aumentar o grau de satisfação do cliente. Para atingir esta meta, é necessário aplicá-la às áreas funcionais, com especialização profissional nos campos de atividades:

Função de projetos e tecnologias: unificação dos componentes; projeto orientado à facilidade de manutenção; sincronização da vida útil dos componentes de montagem; projeto de produtos facilmente transportáveis; modularização da embalagem; projeto orientado à segurança, com economia dos componentes de matérias-primas, recuperação e reutilização das mesmas;

Função de abastecimento de materiais e componentes: abastecimento sincronizado com a produção; abastecimento com um

Lead Time breve: abastecimento de materiais e componentes de

qualidade elevada; abastecimento a custos limitados; abastecimento que responda com flexibilidade às variações da produção;

Função de produção: permitir a manutenção de uma excelente qualidade; comprimir o estoque e o que existe na produção;

Função de distribuição física: breve Lead Time entre o recebimento dos pedidos e a expedição; distribuição física com expedições sem erros, respeitando os tempos de entrega desejados dos clientes, custos reduzidos, em condições de responder aos piques da demanda;

Função de marketing e de venda: reorganização dos canais distributivos até os clientes; modalidades de distribuição dos empenhos de distribuição física entre os encarregados das vendas, modalidades ideais relativas aos serviços de entregas, ideais do after

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1.1.2 - VANTAGEM COMPETITIVA

O gerenciamento logístico pode proporcionar uma fonte de vantagem competitiva, com uma posição de superioridade duradoura sobre os concorrentes, em termos de preferência do cliente, alcançada através da logística.

A fonte da vantagem competitiva é encontrada primeiramente na capacidade de a organização diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em segundo lugar, pela sua capacidade de operar a baixo custo e, portanto, com lucro maior. O sucesso no mercado depende de um modelo simples baseado na trilogia: " companhia, seus clientes e seus

concorrentes”.

“Competição baseada no tempo” é uma idéia à qual retornaremos Várias vezes ao assunto. A compreensão do tempo tornou-se uma questão crítica para administração. Os ciclos de vida do produto estão cada vez menores, clientes e distribuidores exigem pronta entrega e os usuários finais estão mais dispostos a aceitar um produto substituto se a sua primeira escolha não estiver disponível imediatamente. Por estas razões, e de suma importância a especialização e aperfeiçoamento do profissional operador, que será o responsável direto pela entrega. A globalização dos setores, e, portanto das cadeias de suprimentos, é inevitável. Mas para possibilitar a plena realização dos benefícios potenciais das redes globais, é preciso adotar uma perspectiva mais ampla para a cadeia de suprimentos. Pode-se dizer que a vantagem competitiva para a corporação global cada vez mais virá do gerenciamento competente da complexa rede de relações e fluxos que caracteriza as cadeias de suprimento e de uma especialização profissional, a qual definirá a eficácia das operações logística.

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CAPÍTULO II

O MERCADO

Entende-se por logística o conjunto de todas as atividades de movimentação e armazenagem necessárias, de modo a facilitar o fluxo de produtos do ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, como também dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, obtendo níveis de serviço adequados aos clientes, a um custo razoável.

Inicialmente, a logística foi utilizada na área militar de modo a combinar da forma mais eficiente, quanto a tempo e custo, e com os recursos disponíveis realizar o deslocamento das tropas e supri-las com armamentos, munição e alimentação durante o trajeto, expondo-as o mínimo possível ao inimigo.

À medida que a economia mundial vai se tornando cada vez mais globalizada, e o Brasil vai incrementando gradativamente o seu comércio exterior, a logística passa a ter um papel acentuadamente mais importante, pois comércio e indústria consideram o mercado mundial como os seus fornecedores e clientes. Tendo em vista que, habitualmente, são utilizadas diferentes modalidades de transporte, moedas, sistemas cambiais, políticas de incentivo ou contenção pelos países, querem na importação ou exportação, a logística internacional requer alguns cuidados dispensáveis quando se opera unicamente com o mercado doméstico. No nosso continente sul americano, temos que otimizar mais as operações logísticas, com o aumento de transporte ferroviário e hidrovias, que são subutilizadas, com isso aumentando as transações comerciais e turísticas.

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Casos recentes de exemplos que provocaram efeitos na logística das empresas são: o terremoto no Japão, que afetou o porto Kobe e parte das importações provenientes desse país, e os problemas no balanço de pagamentos do México que resultou, principalmente, em direcionamento das exportações. O “Jornal do Comércio” noticiava, em janeiro de 1995, que pela primeira vez a globalização da economia sentia a crise financeira e monetária do México, que também repercutiu nos países europeus.

Devido ao número de operações necessárias para realização das operações de comércio exterior, exige-se que os volumes transacionados, geralmente também sejam superiores àqueles comercializados no mercado doméstico. Nesse caso, o volume compensa os custos dessas atividades adicionais. A diferença de magnitude dos volumes por embarque, comparada com transações realizadas normalmente no mercado nacional, por si só já exige uma estrutura física diferente ao longo da cadeia, de modo a manter o custo final da transação o menor nível possível e comercialmente viável.

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2.1 – Qualidades totais em Serviço de Logística

Entende-se por Qualidade o atendimento das necessidades do cliente continuamente. Baseia-se na prevenção de aspectos relativos à Não-Qualidade tais como: erros, defeitos na realização de serviços por falta de especialização profissional e na produção de bens, tempo desperdiçado, demoras, falhas, falta de segurança nas condições de trabalho, erro na compra de produtos, serviço desnecessário e produtos inseguros. Há algumas características associadas a serviços que diferenciam essa atividade da fabricação de produtos e, por isso, precisam ser consideradas, quando aplicadas as técnicas de Qualidade Total. Serviços são produzidos e consumidos simultaneamente, ou seja, não podem ser estocados para serem consumidos posteriormente, e isto significa que qualquer defeito na produção do serviço já afetou o consumidor, o que não ocorre necessariamente na produção de bens. Na indústria é possível prevenir a ocorrência de defeitos, antes que o mesmo seja oferecido ao mercado. Na prestação de serviços, o cliente geralmente percebe os defeitos embora o prestador de serviço nem sempre, e isso afeta a satisfação do cliente.

A quantificação de defeitos na indústria é mais simples de ser realizada, enquanto no setor de serviços os defeitos ficam mais facilmente encobertos. Como, por exemplo, quantificar o efeito sobre as vendas de um cliente que é mal atendido ou que não recebe um telefonema de retorno ou a providência de um serviço executado com defeito. No setor de serviços quem presta o serviço freqüentemente fica distante de quem o controla.

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As necessidades e preferências do cliente constituem o coração de qualquer Programa de Qualidade Total. Um dos papas da Qualidade Total, o Dr. Deming (2007), apresentou 14 pontos fundamentais a serem observados na implantação de um programa de Qualidade na área de serviços que são apresentados sucintamente na relação abaixo:

1 - Melhore constantemente a qualidade de produtos e serviços. É um objetivo sem fim.

2 - Adotem a nova filosofia

3 - Elimine a necessidade de inspeção em massa;

4 - Pare de escolher fornecedores apenas com base nos preços. 5 - Melhorem o sistema continuamente

6 - Instituam o treinamento e retreinamento no próprio serviço 7 - Institua liderança;

8 - Elimine o medo;

9 - Quebrem barreiras entre departamentos

10 - Eliminem slogans, exortações e objetivos arbitrários para a força de trabalho

11 - Eliminem cotas numéricas para a força de trabalho e objetivos numéricos para administração

12 - Criem orgulho pela habilidade profissional

13 - Instituam um programa vigoroso de educação e melhoria para cada um 14 - Façam cada um na empresa tomar os passos para acompanhar a transformação.

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Um problema em se avaliar o desempenho usando apenas medidas financeiras como lucro, retorno sobre investimento (ROI) e lucro residual (LR) sobre valor econômico (EVA), é que as medidas financeiras significam “olhar para o passado.” Ou seja, elas se atêm ao desempenho financeiro passado em vez de apontar o que os gerentes estão fazendo para criar valor para os acionistas no futuro. Temos que Ter uma visão ampla, para satisfazer o cliente.

Uma abordagem que trata dessa limitação é o BALANCED

SCORECARD, uma técnica desenvolvida por Robert Kaplan, um professor de

Harvard, e David Norton, um consultor. Em um ambiente como o atual, onde a excelencia empresarial é exigida continuamente, o grande desafio do sistema de informação gerencial, em face da competitividade, está em fornecer informações corretas e oportunas para que os gestores possam tomar decisões acertadas. Neste contexto, surge o BSC como uma ferramenta organizacional que pode ser utilizada para gerenciar importantes processos gerenciais: estabelecimento de metas individuais e de equipe, remuneração, alocação de recursos, planejamento e orçamento, feedback e aprendizado estratégico.

Nessa nova forma de gerenciamento, destaca-se como instrumento da maior importância, a construção de uma estrutura de indicadores estratégicos que possua abrangência e coerência compatível com a nova era do conhecimento e que permite, sobretudo, considerar a importância crescente dos valores intangíveis diante dos tradicionais valores físicos.

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2.1.2 - O QUE É O BALANCED SCORECARD?

É um conjunto de medidas elaboradas para quatro dimensões são: financeira, clientes, processos internos e inovação. Normalmente uma empresa que usa o BALANCED SCORECARD determina de três a cincos medidas à estratégia da empresa para obtenção de sucesso.

Medidas

Financeira A empresa está atingindo Lucro Operacional

suas metas financeiras ? Retorno sobre ativos

Crescimento da receita

Fluxo de caixa das Operações Redução das despesas ADM

Clientes A empresa está atendendo às

expectativas dos clientes ? Satisfação de clientes

Retenção de clientes Obtenção de novos clientes Market share

Pontualidade de entrega

Tempo de atendimento dos pedidos

Processos A empresa está melhorando Taxas de defeitos

Internos seus processos internos críticos ? Tempo de produção

Perspectiva Financeira

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Inovação A empresa está melhorando Montante gasto em treinamento de

sua capacidade de inovar funcionários

Satisfação de empregados Retenção de empregados Número de novos produtos Vendas de novos produtos como percentual da receita total Número de patentes

A DIMENSÃO ATRAVÉS DA MEDIÇÃO

É fundamental no BALANCED SCORECARD a idéia que enfatizamos em todo o trabalho – “você obtêm aquilo que você mede!” Se você acredita que a satisfação de cliente é fundamental para o seu sucesso, então é melhor medi-la de modo que os gerentes dirijam sua atenção a ela. Se você acredita que reduzir o tempo do ciclo de produção (tempo que leva para fabricar um produto), é um fator crítico de sucesso, então direcione os gerentes para reduzir esse tempo avaliando seu desempenho com base nesse aspecto.

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CONSIDERAÇÕES DO BALANCED SCORECARD

Na implantação do Balanced Scorecard há necessidade de conhecimento multidisciplinar. As quatro perspectivas do Balanced Scorecard exigem o conhecimento da área financeira para identificação dos indicadores de desempenho da perspectiva financeira, conhecimento da área comercial para identificação dos indicadores da perspectiva de clientes, conhecimento dos processos internos do negócio para identificação dos indicadores da perspectiva de processos internos e da área de recursos humanos para identificação dos indicadores da perspectiva de aprendizado e crescimento. Em função da abrangência dos indicadores utilizados, somente se torna possível sua construção nas organizações de grande porte quando são formadas equipes para tal fim, e tem que se ter grandes conhecimentos, fazendo-se necessário especialização Profissional. As equipes podem ser de caráter permanente ou temporário, dependendo da estrutura, modificações e disponibilidades da empresa. Percebe-se uma tendência de manter as equipes multidisciplinares na empresas já que posteriormente elas ficaram responsáveis pela manutenção e aperfeiçoamento das ferramentas. Para concluir, citam-se os autores Johnson; Kaplan (1996) que corroboram com a integração de diferentes áreas, afirmando que: Os contadores não deveriam deter o monopólio de sistemas de contabilidade gerencial... a tarefa é simplesmente importante demais para ficar com os contadores. O envolvimento ativo de engenheiros e gerentes operacionais será essencial no projeto de novos sistemas de contabilidade gerencial.

O sentido desta frase de maneira alguma minimiza a importância de uma das pessoas chaves da controladoria de gestão, os contadores, mas sim, enfatiza a necessidade de integração cada vez maior de pessoas provenientes de áreas distintas no intuito de estruturação de sistemas de custeio e outras ferramentas necessárias à gestão mais acuradas e com indicadores relevantes. Isto somente será viabilizado através da utilização de equipes multidisciplinares seja de caráter permanente ou temporário conforme discorrido no artigo.

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2.1.3 - Tecnologia a serviço da Logística

Cada vez mais a tecnologia aparece como ferramenta fundamental a serviço da logística. Não é apenas um fato e sim uma constatação. A Tecnologia vem sustentando e apoiando todos os setores de maneira vital e com a logística tornou-se indispensável se falarmos em produtividade e qualidade. Esta ferramenta está viabilizando processos industriais, comerciais e serviços. Se reportarmos a outros tempos verá uma transição continua neste sentido. Caminhamos rápidos com mudanças velozes e sem previsões de como vai ser, mas sabemos que não será mais como antes.

Recente pesquisa mostra que alguns setores terão um maior crescimento especialmente: o agronegócio, em função da demanda tecnológica investida em equipamentos: computadores de bordo, medição constante do tempo, através de serviços meteorológicos e profissionais especializados. São grandes os investimentos nesta área e principalmente em algumas regiões do país. Cada ano que passa o setor ganha mais força e sedimenta-se como o diferencial da balança comercial nas exportações.

A Tecnologia envolvida na logística está no armazenamento, na produção, na distribuição e nos serviços. Para exemplificarmos melhor basta olharmos o caminho logístico do produto desde a matéria prima até o consumidor. Quando retratamos isso há uma constatação de muita tecnologia envolvida não só em nível de processo produtivo, mas também do nível de gerenciamento que envolve hoje este mesmo processo. O produtor rural abastece-se de toda a tecnologia para obter resultados melhores e mais precisos. A produtividade rural não é mais só quantidade, claro que é importante, mas outro pensamento vem tornando a qualidade como prioritária e isso em conseqüência do pensamento voltado às exportações.

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O homem do campo está cada vez mais voltado ao mercado mundial. Isso traz mais tecnologia desde o software que irá utilizar para o gerenciamento do negócio até as máquinas mais modernas e pessoas qualificadas e ainda dos serviços do tempo.

O exemplo acima deixa claro uma mudança de pensamento e não se restringe apenas a um determinado setor. Há uma nova ordem mundial apontando novas necessidades, novos caminhos e é preciso caminhar com novos parâmetros de comportamento. E novamente aparece a tecnologia para reforçar esta nova ordem, pois esta determina algumas variáveis que não podemos ignorar: novos setores, softwares diferenciados, comportamentos mais flexibilizados, mercados com múltiplas necessidades.

Para conseguirmos atender toda esta demanda prevista e ainda a demanda reprimida precisamos investir pesado em mais tecnologia, mais capacitação e na expansão dos canais de distribuição. As empresas terão que investir mais em tecnologia como automação comercial e industrial, hardware e software. Claro que, essa tecnologia é de um custo substancial dentro da organização, mas ao mesmo tempo, é inevitável, e é um pressuposto para alcançar os resultados de produtividade e lucratividade.

Na logística, a automação comercial, industrial, hardware e software já é uma realidade sem volta quando falamos em armazenamento (WMS, código de barras, leitoras e impressoras de código de barras, hardware compatível), distribuição (administração da frota, roteirização, sistemas de informações geográficas, serviços de metereologia, hardware compatível (principalmente: o palmtop), GPS), produção (Sistema de administração da produção, hardware compatível, automação industrial) e para ressaltar: as pessoas que fazem de qualquer processo uma atividade única. É claro a evidência do mecanismo humano para todas estas operações na organização e sua fundamentação para resultados concretos. A Tecnologia cada vez mais necessita de qualificação. Na logística esta questão é bem relevante, pois carecemos ainda de qualificação em algumas áreas e em outras que ainda aparecerão em função de necessidades ainda reprimidas.

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Há muito que fazer na logística. Precisamos clarear mais a logística e usufruí-la não só como redução de custos, mas sim como uma solução integradora com outras partes da empresa e em paralelo com o mercado mundial.

Toda essa integração das partes dentro da organização é proporcionada pelo avanço da tecnologia não só para contribuir para a modernização, porém, para impulsionar a qualificação das pessoas exigindo mais e mais capacitação para as atividades e também o surgimento de outras áreas na logística que ainda não estão sendo implementadas na sua amplitude.

A logística é uma nova fronteira para as organizações das quais deverão saltar da eficiência para a super eficiência através da integração das atividades internas e externas e utilizando toda a tecnologia disponível para a obtenção da produtividade e lucratividade do negócio.

Nosso país está passando por um momento diferenciado. Indústrias buscando produzir mais, consumidores desejando por produtos inovadores, necessidade de investimento em infra-estrutura para suportar este "aquecimento" que, em alguns setores, está fazendo com que haja escassez de mão de obra qualificada. Fico feliz em perceber que, neste cenário, a logística passa a ser vista como um diferencial competitivo. Vejo também que, profissionais qualificados passam a ser mais valorizados no mercado, e que cresce o grupo de profissionais que buscam se capacitar para atender as demandas relacionadas a este novo cenário.

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CAPÍTULO III

A ESPECIALIZAÇÃO DO PROFISSIONAL

Estima-se hoje que mais de 10 mil empresas atuem diretamente no segmento. A previsão é que, em 2011e os demais anos, a área de logística apresente um crescimento em torno de 40%, alavancado pelos bons desempenhos brasileiros nas exportações e futuros eventos esportivos, que serão realizados no país.

A verdade é que as empresas nunca estiveram tão atentas aos especialistas em logística, o que tem valorizado e levado às alturas os salários nesse segmento. Os salários começam em torno de R$ 1 mil, para trainees e podem chegar a R$ 3 mil para os analistas. No nível gerencial, a média salarial gira em torno de R$ 8 mil ou mais, dependendo da empresa e da experiência do profissional. Diretores podem chegar a ganhar mais de R$ 20 mil, de acordo com especialistas. Tudo isso porque a prática tem mostrado que quanto mais se investe em logística, menos se perde em termos de lucro e rendimentos. Estudos mostram que de 10 a 15% do preço final de um produto é destinado à logística.

Por isso, o grande desafio do setor é colocar o produto no lugar e no tempo certo, nas condições desejadas pelo consumidor. De acordo com este crescimento não é uma moda que vai embora há alguns anos, o investimento em logística é urgente e necessário porque os empresários ainda perdem muito com a falta de estruturação e normalização dos processos. "A logística é o segundo maior custo nas empresas: só perde para o produto. Já é hora desse ranking começar a mudar", alerta. Os executivos acham que a logística foi identificada como ponto de vantagem competitiva nas empresas, dentro do

supply chain e da cadeia de suprimentos das companhias. Qualquer empresa

pode produzir um produto - um xampu, por exemplo, se esse for o seu expertise. O fator de sucesso é a logística permitir que ele esteja sempre no ponto de venda.

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3.1 -

As Exigências da Profissão

O profissional de logística precisa ter conhecimentos específicos e atualizados para especializar-se neste mercado. O perfil esperado é de um profissional com curso superior em Ciências Exatas - Estatística Economia ou Engenharia; que tenha conhecimentos de técnicas de planejamento e otimização; conheça o básico de Logística e as ferramentas matemáticas utilizadas e ainda um profundo conhecimento em Tecnologia da Informação.

"Sem TI, hoje, o profissional de logística não faz absolutamente nada", afirma Arnaldo Vallim Filho, professor de Pós-Graduação em Logística da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Doutor em Logística pela USP.

É importante ainda ser fluente em inglês, português e espanhol e ter habilidade para trabalhar com pessoas; ter uma visão genérica sobre custos e vendas e muita criatividade, completa Alexandre Rocha, da ASLOG. Mas por que criatividade? - você pode se perguntar. Ele diz que é necessário ser muito criativo porque logística, como as outras áreas, não possui uma receita de bolo, há muitos pontos que interferem uma operação logística, que diferem de setor para setor. Além disso, o stress e a pressão por resultados nesta área é muito grande e as coisas acontecem muito rapidamente. Você vai precisar administrar esse stress e saber separar a vida profissional da pessoal. Mas, infelizmente, esse profissional completo ainda é minoria nas organizações. Como o investimento na área é muito recente a logística tem 10 anos de vida no Brasil apenas não houve tempo hábil para formar os especialistas e tampouco havia cursos específicos na área. A grande maioria dos profissionais não teve tempo de buscar uma especialização. Tem muita gente sem formação adequada, e a demanda por profissionais que tenham esse perfil é muito grande, avisa Vallim.

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3.1.1 – Como suprir a demanda por Profissionais

Logísticos

O profissional de logística precisa ter uma formação multidisciplinar, que inclui habilidades de negociação, visão integrada da cadeia produtiva e uso de tecnologia de informação, além de possuir raciocínio lógico e abstrato, boa gestão de rede ter relacionamento, conhecimento prático sobre fluxos produtivos, fluência em diversos idiomas e espírito de equipe.

De acordo com Hélio Meirim (2006), professor universitário e consultor da HRM Logística Consultoria Empresarial, as empresas de todo o mundo vivem um momento desafiador, cujo cenário é caracterizado pela busca por maior competitividade, maior desenvolvimento tecnológico, maior oferta de produtos e serviços adequados às expectativas dos clientes e maior desenvolvimento e motivação de seu capital intelectual (recursos humanos). Para superação destes desafios, algumas empresas buscam na logística o diferencial competitivo para se manterem no mercado, com isso planejam e coordenam suas ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo desde o fornecimento da matéria-prima até a certeza do perfeito atendimento ao cliente, explica. Então, para o sucesso destas estratégias logísticas, o professor julga necessário contar com profissionais qualificados e que possuam uma formação multidisciplinar.

“Conhecimentos sólidos de administração e uma visão sistêmica da empresa em sua cadeia produtiva são requisitos indispensáveis para o profissional de logística”, é o que diz Adelar Markoski (2006), professor dos cursos de graduação e pós-graduação em administração do URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões e da UNOESC – Universidade do Oeste de Santa Catarina e pesquisador da área de logística. Segundo ele, como o estudo e a utilização da logística no Brasil é recente, considerando a ascensão na última década, é comum encontrar, neste cargo, profissionais que migraram de atividades como gerente de materiais, PCP ou chefe de almoxarifado.

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Esta experiência é importante, mas não suficiente. Uma visão integrada da cadeia produtiva permite entender o fluxo de produtos/serviços, informações e recursos a montante e a jusante, transcendendo as fronteiras da empresa. É a atividade do profissional de logística, na concepção de logística interna, que vai permitir a inserção de sua empresa na cadeia produtiva e, conseqüentemente, colaborar para a criação da cadeia de valor agregado. Para Markoski (2006), a visão de que a logística é uma importante fronteira competitiva permite que empresas agreguem valor a seus produtos por meio de serviços, contudo, independente de qual etapa da cadeia a empresa está situada, o conhecimento do consumidor é decisivo em termos de competitividade. Desta forma, cabe ao profissional de logística dominar, também, a tecnologia disponível na troca de informações ao longo da cadeia, para a utilização de mecanismos como VMI, EDI, RF, ECR e WMS, entre outros disponíveis. Estes permitem aplicar um modelo estratégico de negócios no qual fornecedores, empresa e distribuidores agregam valor ao consumidor, conclui o pensamento.

Na opinião do professor de logística e marketing e consultor de empresa Waldeck Lisboa (2006), já que a logística está passando, naturalmente, para uma fase de participação total dentro de uma organização, o profissional tem de estar integrado ao planejamento estratégico desta organização, fazendo parte de sua criação. Vemos cada vez mais os resultados das técnicas operacionais e indicativos da logística participando de uma missão, visão, objetivos, metas, análise swot [a Swot Analysis estuda a competitividade de uma organização segundo quatro variáveis: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças], ou seja, tudo que incorpora a relação da empresa com fornecedores e clientes, afirma. No entanto, Lisboa Filho (2006) preocupa-se com a visão do empresário quanto à função da logística. Segundo ele, os empresários sabem da necessidade da logística, mas ainda não valorizam o profissional, principalmente na média e pequena empresa.

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Este acaba sendo apenas um empregado interno, que tem a obrigação de receber, armazenar e expedir mercadorias, além de fazer os devidos controles de estoque. “Nossa esperança está num crescimento proporcional: o empresário valorizando os processos logísticos e o profissional. E o profissional, por sua vez, preparando-se para o mercado”, revela. Lisboa Filho (2006) também destaca o desnorteamento do mercado na oferta acadêmica de conceituação logística moderna na preparação de profissionais. De acordo com ele, os universitários perceberam a oportunidade logística no futuro, mas as empresas ainda não assimilaram este nível de importância. A preparação focada somente nos materiais e conceitos afins não basta. O profissional de logística tem de estar preparado em outras profissões, como um advogado, um médico, um administrador, etc., salienta. Para ele, a visão do profissional tem de estar amplamente se alongando no mercado, seja em estratégia ou em qualidade de operação. O profissional de logística precisa conhecer todas as áreas e crescer em cada uma delas para consolidar a sua performance na organização, finaliza seu ponto de vista. Dalva Santana (2006), diretora de logística reversa e meio ambiente do Núcleo de Logística do Rio Grande do Sul, membro do CONDEMA - Conselho Municipal de Meio Ambiente, consultora e professora de logística empresarial, por sua vez, aponta os desafios dos profissionais da logística. Para ela, a oportunidade na área logística é um campo muito vasto, sendo preciso estar atento aos atributos necessários para manter a empregabilidade, termo definido como ações que devem ser operacionalizadas para garantir o direito de escolher seus passos futuros na carreira.

O que é necessário para garantir sua empregabilidade neste ramo? O que deve ser feito? Como agir? Estes são questionamentos que devem ser feitos todos os dias por estes profissionais, informa. Ela descreve que para o “crescimento” do profissional, é preciso desenvolver competências e habilidades. Há muitas maneiras de busca de conhecimento que devem ser exercidas durante toda a vida.

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Nas competências e habilidades cabe verificar se as suas estão dentro do perfil que a empresa espera e vice-versa. É estar preocupado na busca de desafios que o motivem na busca por resultados. É ter dentro de si uma certa pergunta: o que me faz ficar motivado? Será que estou preparado?, Diz.

As redes de relacionamento construídas ao longo da carreira e como é feita a gestão deste item também são pontos importantes lembrados por ela. Além de ser significativo o conhecimento, não apenas adquirido de maneira formal, mas também aquele que está sempre latente e, cada um: leituras, palestras, seminários, internet e reuniões informais. “Ter uma boa gestão da rede de relacionamento é uma maneira de aproximar-se mais de suas metas, agregando e compartilhando conhecimentos dentro e fora da rede. Já sobre ter perfil de servir e não de apenas ser servido é uma quebra de paradigmas, uma vez que, culturalmente aprende - se a ser servido. É interessante lembrar a seguinte frase de um americano: O que eu posso fazer pelo meu país, em vez da outra frase: ‘o que pode o meu país fazer por mim’. Isso denota o quanto mudou de lá para cá! No mundo empresarial também mudou muita coisa: passamos do ‘eu’ para o ‘nós, enfatiza.

A professora de logística empresarial também ressalta que é importante servir a equipe de trabalho com entusiasmo, “não deixar a chama apagar e apaixonar - se pelo o que está fazendo. Colocar intensidade no exercício da atividade e ‘incendiar’ sua equipe.” Também para Marcos Yamakawal (2006), professor/coordenador do curso de logística da Escola Técnica Estadual Bento Quirino, a visão do técnico em logística deve ser generalista, é necessário conhecer a empresa como um todo, principalmente no que se diz respeito a sua missão e visão.

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Para o professor, o perfil requerido no mercado é de um profissional voltado para a execução dos processos de planejamento, operação e controles de programação da produção de bens e serviços, programação de manutenção de máquinas e de equipamentos, compras, recebimento, armazenamento, movimentação, expedição e distribuição de materiais e produtos, utilizando tecnologia de informação na busca constante da melhoria da qualidade de produtos e serviços e redução dos custos. “Sua formação não se baseia somente nas habilidades técnicas da área operacional, como também na área administrativa em seus processos, rotinas e operações”, enfoca.

A este tipo de formação ampla, na opinião de Leonardo de Oliveira Pontual, professor universitário, coordenador de projetos acadêmicos da Faculdade Integrada do Recife - FIR e consultor incluem também a formação humanista. “Dentre as qualidades desse profissional eu destacaria: raciocínio lógico (precisa deduzir e subtender as causas de um problema); raciocínio abstrato (compreender a complexidade das variáveis e enxergar virtualmente e antecipadamente os impactos de uma ação sobre o mercado e a operação); visão sistêmica (precisa ter uma visão integrada dos recursos existentes na empresa e saber desenharem e entender os processos e procedimentos); relacionamento interpessoal (precisa saber conversar, motivar e influenciar pessoas); conhecimentos do marketing (precisa se colocar sempre no lugar do cliente, sem perder de vista o custo total); pró-atividade (precisa ser ligado, ativo, prever possíveis gargalos e agir, sempre). Além disso, precisa ter familiaridade com softwares de gestão e conhecer razoavelmente a língua inglesa, anuncia. É o que Hélio Vieira (2006), professor/pesquisador (graduação e pós-graduação), mestre e doutor em logística e transporte pela Universidade Federal de Santa Catarina, também valoriza: a soma do pessoal com o profissional. Entendemos que um profissional de logística, antes de tudo, tem de ser uma pessoa dinâmica e determinada, com uma boa dose de conhecimento prático sobre fluxos produtivos e, por outro lado, com um grande embasamento teórico sobre os conceitos, procedimentos, técnicas e métodos logísticos, assim como das principais tecnologias de informação envolvidas nos processos.

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A visão desse profissional deve ter um foco abrangente, ou seja, estar analisando um determinado processo sempre com a perspectiva da influência deste em processos posteriores. Como a própria logística é com uma visão sistêmica. Também pensa assim Jean Felizardo (2006), coordenador da Agência de Comércio Exterior da Faculdade Integrada do Ceará - FIC, professor de logística empresarial e internacional na graduação e pós-graduação da mesma faculdade. Para ele, o profissional de logística deve ter capacitação técnica e humana, ou seja, deve ter raciocínio lógico, flexibilidade, capacidade de relacionamento, ser integrador, bom negociador, além de possuir fluência em diversos idiomas, ter visão de futuro e não ter medo de mudar/inovar. Ter conhecimento do sistema integrado tanto da empresa quanto dos fornecedores e clientes. Bem como, conhecimentos das atividades para o comércio internacional, Yamakawal (2006), da Escola Técnica Estadual Bento Quirino: a visão do técnico em logística deve ser generalista Lígia (2006), da Faculdade Anchieta: cursos de logística vieram na contramão do ensino superior principalmente dos processos aduaneiros e dos fatores de escolha do modal e de unitização para a internacionalização dos produtos brasileiros”, acrescenta.

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Felizardo (2006) também alerta para o profissional não estar focado em capacitar-se somente na área de logística, mas também obter conhecimentos na área da psicologia do consumidor, educação do trabalhador (em relação a alocar o funcionário de acordo com as necessidades dos processos), ergonomia e meio ambiente (tanto para utilizar a logística reversa de pós-consumo quanto à logística verde). Ele deve entender que o processo de logística precisa ser disseminado na empresa, como se fosse à filosofia da organização, assinala. Múltipla habilidade deve ter o profissional, segundo Paulo Gonçalves (2006), professor universitário (graduação e pós-graduação) da Faculdade IBMEC/RJ (originada do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) e consultor de empresas, o que seria uma junção de técnica, informação e liderança.

O profissional de logística de hoje deve ter uma forte formação na área de matemática aplicada, seja ele graduado em engenharia ou administração. Ter um vasto conhecimento das técnicas inerentes à atividade (gestão de estoques, gestão de transporte, gestão de compras, supply chain, etc.). Possuir uma boa bagagem na área de tecnologia da informação, conhecendo, de preferência, softwares aplicativos destinados à gestão logística. Ter um perfil pró-ativo, ser criativo e, acima de tudo, contar com um grande espírito de equipe. Preferencialmente ter um perfil de liderança para gerenciar equipes multidisciplinares. Aliado a esse perfil básico é extremamente relevante que busque constantemente aperfeiçoamento, assim como conhecimentos das modernas técnicas aplicadas à gestão logística em seus diversos ramos de atividades. Lígia Guerra (2006), coordenadora do curso superior de tecnologia em logística da Faculdade Anchieta, também fala sobre a importância da educação formal para este profissional, que busca garantir o perfil profissiográfico desejado pelas organizações por meio de cursos superiores que oferecem conhecimentos e habilidades que podem garantir a qualificação.

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Além disso, ela apresenta uma importante novidade no setor educacional: a criação do Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia. Com o crescimento dos cursos de graduação em tecnologia, no final de julho, o Ministério da Educação – MEC, em sintonia com o setor produtivo, criou o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, cujo intuito é orientar os agentes envolvidos na oferta do ensino superior, enquadrando o profissional de logística na área de gestão e comércio, estabelecendo diretrizes curriculares com o objetivo de formar um profissional especializado em armazenagem, distribuição e transporte, que planeja, coordenam, gerencia, estabelece processos, identifica e negocia padrões de recebimento, armazenagem, movimentação e embalagens de materiais, explica. Segundo ela, os cursos de logística vieram na contramão do ensino superior, pois os primeiros deles nasceram na pós-graduação, formando especialistas profissionais de áreas distintas como engenheiros, administradores, economistas, arquitetos, etc., em seguida nasceram os cursos superiores de Tecnologia em Logística. Estes cursos superiores demonstram a necessidade de profissionais aptos a reconhecer e definir problemas, equacionar soluções por meio do pensamento estratégico, introduzir modificações no processo produtivo, atuando preventivamente, transferir e generalizar conhecimento e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo de tomada de decisões.

Também são buscados profissionais capazes de desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou inter-grupais; refletir e atuar, criticamente, sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, expressando - se de modo crítico e criativo diante de diferentes contextos organizacionais e sociais, adiciona a coordenadora.

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Além disto, deve possuir iniciativa, criatividade e determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, estar aberto a mudanças e consciente da qualidade e das implicações éticas de seu exercício profissional; desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidiana para o ambiente de trabalho e de seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável, completa Lígia. Ela relata, ainda, que o profissional será remunerado proporcionalmente às competências e habilidades que sua vida profissional cotidiana demandar, desde operações internas e/ou externas até multioperações, assim as redes de cooperação entre as organizações é que demandarão o profissional. É bom lembrar que o profissional deverá estar sempre preparado para assumir os modelos mais complexos desenvolvidos pelas Redes de Negócios, alerta. Ligia também soma às qualidades necessárias ao profissional logístico ser um empreendedor talentoso, criativo, feliz, auto-conhecedor do que faz, tomador de decisões velozes como a transmissão de informações.

Além disso, as pesquisas apontam para um conhecedor de processos complexos interconectado em networking. Assim, sua formação deverá ser técnica, porque lidará com modelagem e simuladores buscando lead times cada vez menores, com erros calculados durante as operações e custos baixos, e humanos, porque lidará com pessoas e precisará cada vez mais de qualidade de vida no trabalho, pois os líderes mais desejados são fascinantes e interessantes.

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CONCLUSÃO

Para se especializar de maneira adequada e suprir a demanda por Profissionais Logísticos, o profissional deve ter visão integrada e sistêmica de todos os processos da empresa. A ausência deste conceito faz com que cada área/departamento pense e trabalhe de forma isolada, gerando conflitos internos por poder, fazendo com que os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro dela mesmos; Fazer com que materiais e informações movimentem - se o mais rápido possível, otimizando os investimentos em ativos (estoques). Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do processo. Fornecedores, colaboradores, comunidade e clientes são como elos de uma corrente e estão intimamente interligados. Por isso, deve se sempre avaliar se as necessidades e expectativas estão sendo plenamente atendidas. Como planejar (estratégica, tática e operacionalmente) e avaliar constantemente o desempenho por meio de indicadores, e ferramentas gerenciais essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema logístico.

O profissional da área logística deve Possuir habilidades de negociação tanto no ambiente interno (com relação aos seus pares, clientes e fornecedores internos) como em relação ao ambiente externo (clientes, fornecedores, vizinhos e acionistas), e estar atento e atualizado em relação aos avanços tecnológicos que podem proporcionar melhorias nos processos logísticos e desenvolver uma visão de colaboração no sentido de compartilhar informações e recursos entre os elementos da cadeia de suprimentos, visando a que todos obtenham benefícios que serão revertidos para a cadeia como um todo.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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PORTER, Michael. Vantagem Competitiva nos Custos Operacionais. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I História da Logística 10

1.1 - A importância da Logística nas Empresas 16

Brasileiras 1.1.2 - Vantagem Competitiva 18

CAPÍTULO II O Mercado 19

2.1 - Qualidades Totais em Serviço de Logística· 21

2.1.2 - O que é Balanced Scorecard 24

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CAPÍTULO III

A Especialização do Profissional 30

3.1 - As Exigências da Profissão 31 3.1.2 Como Suprir a Demanda Por Profissionais 32 Logísticos

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

Referências

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