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Pedro Bloch (41) linkedin.com/in/pedro-bloch-04661ba7. + Revista Móbile

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Este e-book é uma parceria da Revista Móbile com o autor Pedro Bloch. Pedro tem 24 anos, e é graduado e pós-graduado pela PUCPR em administração de empresas. Possui quatro anos de experiência em operações comerciais de varejo on-line. Atualmente, é Key Account de marketplace na Electrolux. Apaixonado por tecnologia, inovação e pelo desenvolvimento de uma carreira comercial sólida em e-commerce.

A Revista Móbile é uma editora especializada em comunicação para o setor moveleiro e em 2020 completa 40 anos de

existência. A Revista Móbile atua na publicação de revistas impressas e digitais, realiza anualmente o prêmio Top Móbile - marcas mais lembradas, além de ações customizadas para seus clientes. Também mantém os portais emobile.com.br que é atualizado com notícias diariamente e o moveisparacasa.com.br. Entre em contato com o jornalismo pelo e-mail jornalismo@ revistamobile.com.br. Não deixe de ler, também, as revistas Móbile Lojista, Fornecedores e Sob Medida na versão digital – com vídeos, áudios e galerias de imagens – e também no celular, baixando o aplicativo disponível para iOS e Android. Aproveite para salvar o Portal eMóbile na barra de favoritos do seu navegador e não perca mais as notícias do setor moveleiro. (41) 9 9534 2032 linkedin.com/in/pedro-bloch-04661ba7

Pedro

Bloch

+

Revista

Móbile

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INTRODUÇÃO

INOVAÇÃO DE REDES VAREJISTAS ON-LINE DURANTE A PANDEMIA E A ASCENSÃO DE CATEGORIAS

SECUNDÁRIAS ANTES DO CORONAVÍRUS

A MUDANÇA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR EM TEMPOS DE PANDEMIA

O DESEMPENHO DE PEQUENOS NEGÓCIOS ON-LINE MUDANÇAS CAUSADAS NO VAREJO E TENDÊNCIAS PARA UM CENÁRIO PÓS-COVID19

CONCLUSÃO

Sumário

1

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2.1

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3.1

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O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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A

credita-se que mais de um quarto da população mundial morreu pelos efeitos da gripe espanhola no ano de 1918 e segundo especialistas, as prevenções sugeridas à população eram similares às da Covid-19. O próprio presidente do Brasil em exercício na época, Rodrigues Alves contraiu a doença e faleceu. (Redação Galileu, 2020). A falta de tecnologia atrelada a processos rudimentares de previsão e análise de dados fez com que a maior parte da população recorresse a medicamentos caseiros para o tratamento dos primeiros infectados. Segundo o Instituto Brasileiro de Cachaça, houve um aumento significativo na comercialização do produto e uma das principais receitas adotadas contra o combate à gripe é hoje conhecida como a “Caipirinha” (El País, 2020).

INTRODUÇÃO

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Marcin Kempa on Unsplash

O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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De acordo com o renomado cientista Albert Einstein, “no meio da dificuldade vive a oportunidade” e no incerto cenário atual, há um

aumento médio de mais de 400% no número de empresas no Brasil que migraram suas operações para o digital e mais de 4 milhões de novos clientes de acordo com a Abcomm (Época Negócios, maio 2020). Após os primeiros casos da pandemia forem registrados em Wuhan na China, o varejo físico iniciou seu processo de retração forçada devido às questões sanitárias que englobam o Covid-19.

Datas tradicionais do comércio físico como Páscoa e dia das mães

apresentaram queda média de 35% e 59,2% respectivamente segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Agência Brasil, 2020). O cenário pandêmico forçou empresas e empresários

nacionais a acelerarem seus esforços e investimentos para conquistarem uma maior representatividade na venda on-line e segundo pesquisa feita pela consultoria americana AT Kearney, o Brasil está entre os dez países mais promissores para as vendas on-line em todo o mundo. (UOL,2020). Com o aumento dos casos e as restrições físicas, o comércio eletrônico cresce acentuadamente em função do processo de digitalização forçada do mercado e contribui ativamente para a mudança dos hábitos de compra do consumidor, apresentando opções viáveis e rápidas para diversas demandas dos clientes finais.

1 . INTR ODUÇÃO O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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INOVAÇÃO DE REDES

VAREJISTAS ON-LINE

DURANTE A PANDEMIA

E A ASCENSÃO DE CATEGORIAS SECUNDÁRIAS

ANTES DO CORONAVÍRUS

O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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O

varejista Magazine Luiza declarou à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) que suas vendas on-line representaram nos primeiros meses do ano atual 53% do faturamento total da empresa comparado ao mesmo período do ano anterior. Já o comércio físico apresentaria crescimento de 8% na comparação dos dados caso não houvesse restrições à abertura de lojas em muitas regiões do país (Mercado & Consumo,2020). Por sua vez, o Mercado Livre, maior marketplace da América do Sul registrou durante a pandemia o ganho de mais de cinco milhões de novos clientes, além de superar seu recorde de entregas diárias com mais de 1,4 milhões de pedidos em um único dia (Revista Exame, 2020).

O reflexo visto nos dias atuais é resultado de um investimento recente de mais de R$ 3 bilhões injetados na operação do Brasil a fim de

acelerar entregas por meio de novos centros de distribuição regionais e inteligência artificial que buscam aproximar realizações de compra e venda de maneira local, barateando assim a última milha do frete pago. Para lojistas conectados ao Mercado Livre e demais redes on-line, a modalidade “fullfillment” tem-se popularizado e pequenos produtos de indústrias de bens de consumo que antes operavam por logística própria, hoje são transferidos para galpões de parceiros de negócio que realizam a entrega em até três dias úteis.

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Full-fillment”

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Segundo a B2W, grupo que contempla a Americanas.com e que possui a modalidade “fullfillment”, o custo do frete e o prazo de entrega do produto são cruciais para a escolha do cliente (B2W, 2020). Desta

forma, investimentos em novos modelos logísticos durante o período de quarentena podem significar um aumento de vendas consideráveis para lojistas. Efeitos similares da alta procura da cachaça durante a gripe

espanhola podem ser vistos com o crescimento em varejos on-line durante a pandemia do Covid-19. Segundo a revista Forbes, as ações da plataforma de videoconferência Zoom dispararam após o início da pandemia, passando de US$ 68 para US$ 150,25 no final de abril enquanto bolsas do mundo todo, como Ibovespa e Dow Jones apresentavam quedas de 30% em períodos similares (Forbes,2020).

No Brasil, além da alta procura por itens relacionados a saúde, houve um aumento de 12.423% nas vendas de apoio para flexão de braços entre os dias 20 de março e 13 de abril, além de 3.000% em bicicletas de spinning e 2.392% em halteres. Os dados foram apontados pela Centauro, que segundo o relatório da BTG pactual também se destacou no número 2 Classified as Internal de downloads de seu aplicativo para smartphones (Valor Investe,2020). Outros setores com aumentos consideráveis foram os de vendas de pulseiras inteligentes em 513% seguidos de 315% em videogames e 193% em roteadores e repetidores de sinal (Criteo, 2020). Além de tais dados, a Ebit/Nielsen apontou um aumento de 96% nas

O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia 2. INO VAÇÃO DE RE DE S V ARE JIS TAS ON-L INE

O2O”

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compras on-line em supermercados durante o período da pandemia (Globo,2020). A nova modalidade é reflexo do movimento de mercado chamado de “O2O” – on-line to off-line, conceito chinês que tem se popularizado por conta de restrições físicas ao varejo tradicional e que parte da ideia de ofertar produtos normalmente comercializados em lojas físicas, mas comprados pela internet.

No dia 15 de junho do presente ano, como resposta à crise, a B2W anunciou o início das vendas de McDonalds pelos aplicativos da

Americanas.com e Ame, revolucionando o mercado de fastfood, que agora pode ser pedido por meio de uma loja “one stop shop”, ideia

representativa para estabelecimentos que dispõem de inúmeros produtos ofertados a seus consumidores em um só lugar (Forbes,2020). O modelo propõe inovação no processo de experiência de compra do usuário

e consequentemente na fidelização do mesmo. Segundo Frederico

Trajano, presidente do Magazine Luiza, a pandemia acelerou a inovação e a criatividade no varejo e forçou que os lojistas investissem tempo e dinheiro para estruturação de suas operações on-line. Neste sentido, com a maioria das lojas físicas fechadas ou impossibilitadas de trabalhar normalmente por restrições governamentais ao comércio, o conceito de “dark store”, complementar a ideia de “O2O” – on-line to Offline ganha força em um cenário de pandemia.

O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia 2. INO VAÇÃO DE RE DE S V ARE JIS TAS ON-L INE

one stop

shop”

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A “loja escura”, como traduzida ao pé da letra, pode ser definida como uma loja que tem sua funcionalidade limitada a entrega e não é aberta ao público, ideal para a quarentena (Revista Exame, 2020). Deste modo, potencializando que cada uma das lojas físicas Magazine Luiza se transforme em um minicentro de distribuição regional. A principal vertente deste

conceito é realizar o “same day delivery”, termo em inglês que significa que o consumidor recebe o produto no mesmo dia da compra. Por outro lado, o presidente do Mercado Livre Brasil, Fernando Yunes, entende que o modelo ideal para o crescimento dos negócios não contempla lojas físicas.

“Não enxergamos da mesma forma que a concorrência, que coloca isso [lojas físicas] como uma vantagem. Quem era varejo tradicional e quer dar um passo para se tornar digital, conta com as lojas físicas que já estão construídas, mas tem ativos, depreciações, custos. E acaba usando aquele ponto da melhor forma possível, indo além do objetivo inicial de vender para as pessoas daquela região” (Revista Exame,2020). Deste modo, o Mercado Livre 3 Classified as Internal pretende abrir no ano atual 2.500 pontos “drop-off”, partindo do modelo logístico de entrega que contempla pontos específicos regionais para que vendedores da plataforma deixem seus produtos aos cuidados da logística própria do lojista.

O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

same

day

delivery”

drop-off”

2. INO VAÇÃO DE RE DE S V ARE JIS TAS ON-L INE

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A multinacional americana Uber já conta com tal tipo de serviço no Brasil e o utiliza para entrega de bens essenciais em curtas distâncias. A modalidade tem se popularizado na pandemia já que minimiza a necessidade de deslocamento do consumidor. Por outro lado, a Lojas Cem, uma das

únicas grandes redes varejistas que não opera on-line teve receita zero, segundo a revista Valor Econômico desde que as restrições ao comércio começaram e já enfrentou o fechamento de mais de 200 lojas além de 11 mil

colaboradores em férias coletivas (Sincovaga, 2020). Pelo baixo investimento em inovação, clientes estão

impossibilitados de realizar o pagamento de carnês, visto que precisam comparecer fisicamente a lojas, que hoje

estão fechadas em muitas cidades brasileiras (Valor Investe, 2020). Deste modo, a rede nacional com mais de 60 anos de história avista hoje concorrentes diretos em pleno processo de transformação comercial, aumentando suas participações de mercado em tempos de pandemia e proporcionando

experiências de compra cada vez mais completas a seus consumidores. 2. INO VAÇÃO DE RE DE S V ARE JIS TAS ON-L INE O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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2.1

A MUDANÇA DO

COMPORTAMENTO DO

CONSUMIDOR

EM TEMPOS DE PANDEMIA

Blake Wisz on Unsplash

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egundo pesquisas do Instituto Reclame Aqui, existem diferenças notórias em relação ao comportamento do consumidor no

período pré-pandêmico ao atual. Quando comparado dados de 15 de março a 16 de abril do ano de 2019 em relação ao mesmo período de 2020, conclui-se que houve aumento de 15% nas reclamações em março e 55% em abril, quando a maioria dos estados decretou a quarentena (Reclame aqui. 2020).

O considerável aumento é fruto do desarranjo operacional em empresas e cadeias logísticas, além da falta de investimento em tecnologia no varejo brasileiro ao longo dos anos (Reclame Aqui, 2020).

Segundo Mauricio Vargas, CEO Global do Reclame Aqui, “ se o consumidor se transforma, as empresas também se transformam. ” Neste cenário, o cliente apresentou maior exigência no momento das compras e seu índice de infidelidade cresceu 27% desde o início da pandemia, aumentando a comercialização de marcas que tem adotado posicionamento solidário e de transformação. Segundo um estudo realizado pelo instituto Croma Insights entre 4 Classified as Internal 15 de fevereiro e 29 de abril do ano atual, Itaú, Ambev e Magazine Luiza foram as empresas mais lembradas pelos brasileiros respectivamente, muito em função de suas ações durante o período

pandêmico (Revista Exame, 2020).

2. 1 A MUD ANÇA DO COMPOR TAME NTO DO CONSUMIDOR O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

Transfor-mação

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14 2. 1 A MUD ANÇA DO COMPOR TAME NTO DO CONSUMIDOR O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

O primeiro colocado da lista oferece linhas de crédito alternativas para

pequenos e médios empresários, aproveitando de certa forma a demora de posicionamento do Governo Federal para definições de pacotes de ajuda para pequenas empresas. Já a cervejaria adotou o posicionamento pautado na fabricação de álcool em gel para hospitais públicos, similar a rede varejista do interior de São Paulo, que doou respiradores a hospitais regionais e apresentou plano de expansão de revendedores como uma das soluções para uma “renda extra” da população. Tais ações são similares ao conceito de “Marketing 3.0” apresentado por Kotler e o enfoque na construção

de empresas mais humanizadas. Por fim, ainda segundo a pesquisa de comportamento de compras realizada pelo Instituto Reclame Aqui, o consumidor tem se tornado mais compreensivo ao momento vivido e tal

comportamento refletiu diretamente nas avaliações das empresas estudadas. Como exemplo, o setor de delivery e aplicativos para entrega absorveu

a demanda proveniente da quarentena. Com o crescente volume, o ifood passou de um índice de 74,28% de clientes que voltariam a fazer negócios para mais de 83% durante a epidemia e o aplicativo curitibano James saiu de um índice de solução de 33% para 87,6% no mesmo período abordado. Já nas redes varejistas, a shoptime seguida pela americanas.com lideram a lista dos marketplaces mais bem avaliados pelos consumidores com 89,81% e 85,19% em índices de recompra. Para Kotler, “os clientes são influenciados por tudo que veem e ouvem quando transacionam com a empresa. ” (Kotler, philip Marketing de Crescimento 2015, p.35).

Marketing

3.0

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O DESEMPENHO

DE PEQUENOS

NEGÓCIOS ON-LINE

Annie Spratt on Unsplash

O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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16 3. O DE SE MPE NHO DE PE QUE NOS NE GÓCIOS ON-LINE O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

E

nquanto as grandes redes e indústrias já usufruem de plataformas on-line a fim de comercializarem seu mix de produtos aos seus

clientes finais, pequenos lojistas iniciam mudanças em sua estrutura de vendas a fim de evitar sua falência. Segundo a ABCOMM, desde o início da quarentena em março, o Brasil abriu mais de uma loja on-line por minuto, alcançando a marca de mais de 107 mil novas lojas em dois meses (Época Negócios, 2020). Para Maurício Salvador, presidente da ABCOMM, “ Esse é o legado positivo de toda situação negativa que estamos vivendo. “ Como exemplo de 5 Classified as Internal pesquisa, levou-se em consideração os comércios físicos da região do Bom Retiro (SP), onde constatou-se que 75% dos lojistas físicos acolheram meios on-line para postergação do negócio (Época Negócios, 2020).

Por outro lado, comerciantes da rua 25 de março a partir de informações da Univinco (União dos lojistas da Rua 25 de março e adjacências) tem enfrentado dificuldades em relação a venda de produtos em sites. Segundo os dados,

mesmo com a divulgação de páginas de compra on-line, o faturamento ainda é baixo e não acompanha o restante do mercado digital (Revista PEGN, 2020). O fenômeno pode ser explicado pela baixa adesão dos públicos de classe baixa nas compras provenientes do comércio eletrônico em período pandêmico,

além da falta de investimentos dos comerciantes ao longo do tempo para uma migração gradual de suas receitas para outros canais de vendas.

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17 3. O DE SE MPE NHO DE PE QUE NOS NE GÓCIOS ON-LINE O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

Compre

dos

pequenos

Segundo Cleverson Nonis, diretor de vendas de uma indústria moveleira nacional, “ a relevância e faturamento de empresas on-line é fruto de investimentos passados e uma quebra

na mentalidade dos lojistas. Ou seja, muitas empresas não conseguirão resultados tão expressivos em vendas on-line durante a pandemia pois contam com um forte investimento e concorrência de empresas que há anos vem se preparando para a ascensão do mercado eletrônico, como agora. ” O Rei do Armarinho caracteriza-se como case de sucesso em São Paulo, já que mudou seu posicionamento de mercado on-line, apresentando-se como fornecedor de matéria-prima atacado e não mais por unidade, desta forma cresceu sua participação nas operações para outras pequenas empresas (B2B) e alongou expressivamente as vendas por oportunidade, como exemplo: elásticos para máscaras.

Algumas empresas mudaram completamente sua atuação no mercado, a fintech Cora foi um dos exemplos. Com sua logo “compre dos pequenos” a plataforma on-line possibilita que consumidores finais comprem vouchers de produtos e serviços de pequenas empresas para serem usados após a pandemia.

Desta forma, auxiliando pequenos proprietários na antecipação de receitas a fim de que exista a continuidade do negócio em tempos de crise (Revista Exame,2020).

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Entende-se que o grande desafio para a

digitalização dos pequenos negócios é o fato de que metade das pequenas empresas no Brasil são familiares, e mesmo que exista confiança mútua no trabalho entre parentes, existem resistências a mudanças na maioria dos fundadores assim como falta de criatividade na perpetuação do negócio. (Sebrae,2020). Por outro lado, a digitalização dos pequenos negócios tem o poder de apresentar um nível de serviço mais elevado aos consumidores finais, uma vez que terão experiências de compra mais completas, mesmo comprando de redes menores.

Adli Wahid on Unsplash

3. O DE SE MPE NHO DE PE QUE NOS NE GÓCIOS ON-LINE O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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3.2

MUDANÇAS CAUSADAS

NO VAREJO

E TENDÊNCIAS PARA UM CENÁRIO

PÓS-COVID19

Neonbrand on Unsplash O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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20 3. 1 MUD ANÇAS C AUS AD AS NO V AREJO E TE NDÊ NCIAS O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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egundo o Sebrae, “algumas mudanças tendem a ser temporárias, acompanhando os estágios da doença e da crise em si. Outras, entretanto, têm a capacidade de modificar de forma mais

profunda hábitos sociais, impactando em modificações em longo prazo, seja no processo de compra, seja até mesmo nos mercados em geral, possibilitando a popularização de um produto, a desvalorização de um setor ou a criação de outro serviço. (Inovação Sebrae,2020). De acordo com o Ebit, a pandemia acelerou o processo de digitalização de inúmeras empresas e seus cronogramas a respeito de inovação e investimento em novos canais de venda. Segundo dados da Social Miner e OpinionBox, empresas de

inteligência de mercado, 22% dos entrevistados adquiriram produtos on-line de lojas que já haviam comprado em comércios físicos.

Além disso, 64% dos perguntados tem intenção de realizar compras tanto line quanto off-line e 31% gostariam de efetuar suas compras de maneira on-line retirando em lojas físicas (porta eMóbile, 2020). Para o report “The New Low Touch Economy” da consultoria de inovação Board Innovation, cedido pela escola Conquer, o varejo regular não vai evaporar, e sim evoluir” (Escola Conquer, 2020).

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21 3. 1 MUD ANÇAS C AUS AD AS NO V AREJO E TE NDÊ NCIAS O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

Dessa forma, modelos de negócio que tanjam a omnicanalidade se fazem essenciais para a continuidade dos negócios em um cenário pós-pandemia, motivados pelo decréscimo nos índices de circulação de pessoas em

lojas físicas e uma eventual desconfiança sobre a doença mesmo após a descoberta da vacina. Os efeitos da quarentena no varejo vão muito além de apenas a migração para o digital, mas a tendência da abertura de novos canais de vendas antes inexplorados.

De acordo com a Social Miner e OpinionBox, 5,5% dos consumidores descobriram lojas on-line após assistirem a live de um artista e 5,2% por meio de interação com o QR Code. Para Amy Singer, diretora do Youtube na América Latina, “Há um sentimento de comunidade que as pessoas

encontram nos vídeos neste período de distanciamento social. Isso elevou os vídeos ao vivo a um novo patamar” (Revista Exame, 2020).

Deste modo, pode-se inferir que tais canais antes alternativos tem o

potencial de se tornarem espaços nobres para propagandas de empresas e serviços. Complementar a tal ideia, o shopstreaming é propenso a ganhar força em um período pós-pandêmico, já que apresenta transmissões

direcionadas ao público que procura algum produto e serviço. Segundo dados da consultoria americana iiMedia e KPMG, 7 Classified as Internal o shopping Shangai New World realizou transmissões ao vivo com 12 horas de duração que foram vistas por mais de 130 mil pessoas. Nos vídeos, vendedores

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22 3. 1 MUD ANÇAS C AUS AD AS NO V AREJO E TE NDÊ NCIAS O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

apresentam produtos e esclarecem dúvidas de clientes. Tal nicho de mercado deverá fechar no ano de 2020 com mais de 100% de crescimento em relação ao ano anterior, totalizando US$ 129 bi.

Para Dustin Pozzetti, sócio líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da KPMG, “As empresas estão reavaliando se a venda presencial é mesmo a melhor forma de experiência para o cliente. Poderemos ver uma mistura maior do mundo on-line com o off-line daqui para a frente”.

Além disso, segundo dados de pesquisas do mercado chinês realizados pela iiMedia Research, o número de consumidores que optaram por compras de pequenos lojistas aumentou de 19% para 38,6% e a procura dos clientes por produtos nacionais ao invés de importados subiu para 50,6% (Gazeta do Povo,2020).

Já no Brasil, os dados da Social Miner comprovam a tendência asiática, visto que 10% dos consumidores encontraram lojas on-line por meio de ações de incentivo aos pequenos negócios e 33% dos clientes preferiram desde o início da pandemia a realizar suas compras de proprietários menores. (Revista Emóbile,2020). Por fim, questões relacionadas a experiência do consumidor tendem a se tornar ainda mais importantes, visto que 26% dos clientes brasileiros valorizam a boa usabilidade e navegação dos sites e 25% consideram informações detalhadas do produto como fator determinante na hora da compra (Revista Exame, 2020).

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4

CONCLUSÃO

Julian Wan on Unsplash

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essa forma, pode-se concluir que a pandemia afetou diretamente as estruturas de negócios de pequenas e grandes empresas, além do hábito de compra do consumidor e sua jornada on-line. A transparência nos dados e a praticidade no momento da compra são fatores valorizados pelos clientes do “novo normal”, assim como experiências mais completas com as marcas, oferecendo ao consumidor novos nichos e oportunidades on-line, bem como sua rápida entrega.

Um consumo mais consciente e a preocupação com pequenos lojistas tendem a se apresentarem de maneira mais intensa, assim como o aumento da

procura de produtos com procedência nacional. Por fim, a possibilidade de compra de produtos e serviços por meio de soluções omnichannel acelerarão o processo de migração on-line de lojistas assim como a aderência de novos consumidores para o universo on-line.

4. Conclusão O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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Revista Galileu Galilei. 7 fatos sobre a gripe espanhola no Brasil. Disponível em:

htt- ps://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2020/06/7-fatos-sobre-gripees-panhola-no-brasil.html. Acesso em: 18 de julho. 2020.

Jornal El País. Em 1918, gripe espanhola espalhou morte e pânico e gerou a semente

do SUS. Disponível em: https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-03-16/em-1918-grip-eespanhola-espalhou-morte-e-panico-e-gerou-a-semente-do-sus.html. Acesso em 18 de julho.2020.

Época Negócios. Comércio eletrônico ganha quatro milhões de novos clientes na

pan-demia e acentua crise no varejo físico. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/ Economia/noticia/2020/05/comercio-eletronico-ganhaquatro-milhoes-de-novos-clientes-na-pandemia-e-acentua-crise-do-varejo-fisico.html. Acesso 18 de julho.2020.

Agência Brasil. Pandemia deve provocar queda de 43% em vendas para namorados

no país. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020- 06/ pandemia-provoca-queda-de-431-nas-vendas-para-os-namorados-no-pais; Acesso 18 julho.2020.

Meu Negócio UOL. Brasil é o 8º país mais promissor do mundo para e-commerce.

Dis-ponível em: https://meunegocio.uol.com.br/academia/e-commerce/brasil-e-o-8-mercado-mais-promissor-do-mundo-para-o-e-commerce.html#rmcl. Acesso 18 de julho.2020. Mercado & Consumo. Ecommerce do Magalu registra crescimento de 73% no primeiro trismestre. Disponivel em: https://www.mercadoeconsumo.com.br/2020/05/27/e-com-mercedo-magalu-registra-crescimento-de-73-primeiro-trimestre/. Acesso 20 julho. 2020

Revista Exame. Mercado livre ganhou 5 milhões de novos clientes. Disponível em:

https://exame.com/negocios/coronavirus-mercado-livre-ganhou-5-milhoes-de-novoscli-entes/. Acesso 20 julho. 2020.

Refe-rências

Ref erências O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

(26)

26

Blog B2W. O que é buybox nos marketplaces e como posicionar minha oferta. Disponível

em: https://blog.b2wmarketplace.com.br/2017/11/27/o-que-e-o-buy-box-nosmarket-places/ .Acesso 20 julho. 2020.

Forbes. Pesquisa revela setores que estão se dando bem na crise causada pela

pandem-ia. Disponível em: https://forbes.com.br/forbes-insider/2020/04/pesquisa-revela-osse-tores-que-estao-se-dando-bem-na-crise-causada-pela-pandemia/ . Acesso 20 julho.2020.

Valor Investe. Carrefour, Centauro Casas Bahia ganham terreno na pandemia, diz BTG.

Disponível em: https://valorinveste.globo.com/mercados/rendavariavel/empresas/noti-cia/2020/07/16/carrefour-centauro-e-casas-bahia-ganham-terreno-napandemia-diz-btg. ghtml. Acesso 20 julho.2020.

Criteo. Novos hábitos de consumo e campeões de venda no novo cenário de

distancia-mento social. Disponível em: https://www.criteo.com/br/insights/novos-habitos-decon-sumo-e-campeoes-de-venda-no-novo-cenario-de-distanciamento-social/. Acesso 20 ju-lho.2020.

Globo. Vendas on-line de supermercados quase dobram após o coronavírus, entregas

atrasam e exigem investimentos das empresas. Disponível em: https://g1.globo.com/ economia/noticia/2020/04/07/vendas-on-line-de-supermercados-quasedobram-apos-o-coronavirus-entregas-atrasam-e-exigem-investimentos-das-empresas.ghtml. Acesso 20 julho.2020.

Forbes. Acordo permite venda de produtos do Mcdonalds na plataforma da B2W.

Dis-ponivel em: https://forbes.com.br/forbes-insider/2020/06/acordo-permite-venda-de-produtos-do-mcdonalds-na-plataforma-da-b2w . Acesso 20 julho.2020.

Revista Exame. Trajano, do magalu: supermercado não era foco no ano, mas virou

prioridade. Disponível em: https://exame.com/negocios/fred-trajano-do-magalu-brasilei-ro-emal-servido-em-supermercado-on-line/. Acesso 20 julho.2020).

Refe-rências

Ref erências O cre scime nt o do me rcad o o n-line e m t em po s de pand emia

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27

Revista Exame. Yunes, do Mercado Livre: “os vencedores no mundo não têm lojas físicas.

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