• Nenhum resultado encontrado

UM ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UM ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

UM ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE AFETIVIDADE E

APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE

APRENDIZAGEM

FONSECA, Gisele Montagnoli da gisapedagogia@hotmail.com COSTA, Nayara Ferreira da

nay.fc@hotmail.com CAETANO, Luciana Maria (Orientadora)

luma.caetano@uol.com.br Universidade Estadual de Maringá

Psicologia da Educação

INTRODUÇÃO

Conhecer como os professores entendem o conceito de afeto e se existe alguma relação com o processo de ensino é uma questão intrigante. Foi a partir desta e de outras dúvidas relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem que nos propomos a analisar qual a contribuição do afeto na relação professor-aluno como fator favorecedor do sucesso no trabalho com alunos portadores de dificuldades de aprendizagem. Este foi o nosso objetivo principal para iniciar o Projeto de Iniciação Cientifica - PIC- intitulado O conceito de afeto na relação professor e aluno com dificuldade de aprendizagem.

A pesquisa buscou conceituar dificuldades de aprendizagem e afetividade, mostrou alguns resultados de pesquisas relacionadas ao tema e por fim apresenta a análise dos resultados obtidos por meio dos questionários aplicados aos professores. É importante ressaltar que o termo dificuldades de aprendizagem não possui uma única e exata definição, portanto no estudo realizado não nos atemos em uma definição própria.

Nossos estudos embasados na teoria psicogenética nos possibilitaram entender que afetividade e inteligência são indissociáveis. Para Piaget (apud De Souza, 2003, p. 57):

(2)

Inteligência e afetividade são diferentes em natureza, mas indissociáveis na conduta concreta da criança, o que significa que não há conduta unicamente afetiva, bem como não existe conduta unicamente cognitiva;

A afetividade interfere constantemente no funcionamento da inteligência, estimulando-o ou perturbando-o, acelerando-o ou retardando-o; A afetividade não modifica as estruturas da inteligência, sendo somente o elemento energético das condutas.

A afetividade é a energia do processo educativo, contudo inferimos que ainda falta conhecimento desta relação para os professores. Os resultados da pesquisa nos levaram a inferir que envolvimento, proximidade e atenção não são compreendidos em sua totalidade pelos docentes.

Para De Souza (2003) a afetividade é a energia da ação, ela pode favorecer ou retardar o processo de aprendizagem. Contudo essa energia não modifica as estruturas cognitivas, ou seja, não se pode mudar o fato de um aluno possuir problemas neurológicos que afetam a aprendizagem apenas com manifestação afetiva, mas se pode auxiliá-lo, de modo a contribuir para que essa criança sinta-se mais confiante.

A intenção em realizar a pesquisa deve-se à carência de estudos sobre a relação entre afeto, professor-aluno e aprendizagem. Durante nossos estágios observamos o crescente número de crianças com queixas de dificuldades de aprendizagem, como as mesmas são tratadas em sala de aula e como os professores lidam com essa questão. Percebemos que quase sempre essas crianças perdem o desejo por aprender simplesmente porque não se sentem estimuladas.

Diante destas circunstâncias nos motivamos a entender como a afetividade pode influenciar para o sucesso dos alunos, em especial daqueles ditos com dificuldades de aprendizagem. Neste sentido este trabalho visa apresentar os resultados do projeto de iniciação cientifica concluído neste ano.

Um estudo documental

Com base nos estudos de Dell’Agli (2008), Osti (2004), De Souza (2003), consideramos que a dimensão afetiva precisa ser admitida para o sucesso do processo educativo. A afetividade não pode ser dissociada da vida, portanto também faz parte da

(3)

aprendizagem. Quando a criança percebe que é estimulada, que o professor está envolvido e atento com o que ela faz, a aprendizagem tende a ser significativa.

Para a melhor compreensão sobre os conceitos de dificuldades de aprendizagem e da relação afetividade e processo educativo a pesquisa contou ainda com uma pesquisa documental realizada por meio da internet na base de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online). Por intermédio da palavra- chave: dificuldades de aprendizagem, a partir da qual foram encontrados 231 artigos, sendo que 180 deles são datados de 2005 a 2012 o restante dos 51 artigos tem data de 2004 a 1977.

O período escolhido para análise foi de 2005 a 2012 por considerarmos que este é um período valioso por ser recente e pela quantidade de produções científicas que encontramos neste período visto que de 2004 a 1977 só foram publicados 51 artigos científicos relacionados à temática dificuldade de aprendizagem. Para averiguar este fato recorremos a Sanchéz (1998, apud Osti, 2004, p. 49), que dividi a história das dificuldades de aprendizagem em três etapas, iremos ressaltar a última etapa que é a que nos interessa agora, o autor declara que:

A última etapa, chamada de Etapa Projeção, começa a partir dos anos 90 e designa a evolução dos estudos nessa área, contando com a participação e incorporação de vários pesquisadores procedentes de outros campos e de vários países. Nesse período, o tema dificuldade de aprendizagem torna- se uma nova disciplina que envolve pais, profissionais e pesquisadores tanto do âmbito educacional como clinico, tendo todos em comum a busca por respostas. (SANCHÉZ, 1998, apud Osti, 2004, p. 49).

O objetivo maior em se realizar este levantamento foi verificar os estudos científicos que fazem relação entre dificuldades de aprendizagem e afetividade. Sendo assim dos 180 artigos datados de 2005 a 2012 consideramos que somente 15 abordam o tema afetividade nas pesquisas com a palavra – chave: dificuldades de aprendizagem. Chegamos ao resultado de 15 artigos por considerar que os demais artigos tratam da temática de dificuldades de aprendizagem em diferentes áreas. Estas temáticas em sua maioria envolvem idosos, estudantes de medicina, enfermeiros, transtornos específicas como TDHA, entre outros. Depois desta classificação excluímos também desta pesquisa todos os outros artigos que tratam de dificuldades de aprendizagem mais que não estão diretamente relacionados com afetividade.

(4)

Usamos como critérios para classificar os artigos que relacionam dificuldades de aprendizagem e afetividade os seguintes descritores na leitura dos resumos, conclusões e títulos.

 Afetividade;

 Relação professor – aluno;  Relacionamento em sala de aula;  Emoção;  Autoestima;  Autoconfiança;  Relação interpessoal;  Aspectos sociais;  Amizade;  Relação família;  Habilidades sociais;  Maturidade;  Características emocionais;

Iremos agora realizar uma breve análise dos 15 artigos tentando sempre relacionar e aproximá-los entre seus eixos de pesquisa. Todos estes artigos fazem menção ora para relação- professor aluno, ora para relação social, relação familiar e escolar, todos sempre fazendo alusão a afetividade.

Os artigos de Zuanetti e Fukuda (2011) e Rolfsen e Martinez (2008), relacionam dificuldade de aprendizagem das crianças com a baixa escolaridade de seus pais e responsáveis, afirmando assim o que Dell'Agli (2004, p. 43), em sua tese relata que medida em que criamos vínculos afetivos com objetos e pessoas, a afetividade parece destinada a orientar as condutas em relação aos sujeitos. Sendo assim a relação afetiva entre a criança e seus familiares influencia diretamente no processo de aprendizagem.

Acreditamos que os presentes artigos Feitosa, Prette e Prette (2009), Molina e Prette (2007), Bandeira, Rocha, Souza, Prette e Prette (2006), Molina e Prette (2006), fazem parte da mesma linha de pesquisa até porque dos artigos citados e relacionados há autores de mais de

(5)

um artigo aqui supracitados. Estes artigos fazem referência às relações sociais na escola onde os mesmos afirmam que só com uma intervenção pedagógica correta será possível combater o fracasso escolar. Estes artigos discutem as relações sócias com crianças com ou sem dificuldades de aprendizagem que está diretamente ligado a afetividade.

Podemos observar que nos estudos de Hazin, Frade e Rocha (2010), Crahay (2007) e Elias e Marturano (2005) sobre as relações sociais os autores ressaltam a necessidade de uma proposta de intervenção pedagógica correta e específica para cada aluno com dificuldades de aprendizagem, principalmente os que são repetentes ou que possuem problemas de comportamentos agressivos. Estes artigos fazem referência direta há relação professor - aluno dizendo que as conexões existentes entre aspectos afetivos e cognitivos no contexto da aprendizagem escolar, notadamente em termos das relações entre autoestima e desempenho escolar, estão estritamente relacionadas à abordagem do professor referente ao conteúdo mediado para o aluno e sua relação afetiva com o mesmo.

Afirmando os estudos analisados nos artigos Dell'Agli (2010, p.67) reflete sobre a função do professor na relação professor-aluno. Para a autora o fator afeto é fundamental nesta relação e este não pode ser dissociado do fator inteligência.

Já Pauli e Ferreira (2009), realizaram um estudo específico, ou seja, com crianças adotivas, onde puderam comprovar que a adoção é simplesmente mais um dos muitos fatores que podem levar as crianças a apresentarem dificuldades de aprendizagem. Sendo assim o que acontece é que há uma tendência a rotular que crianças adotadas, de baixa renda ou de etnias diferentes apresentam dificuldades de aprendizagem.

Muller (2008) em sua pesquisa procurou entender os processos de socialização escolar em relação à transição de série e de escola e as relações de amizade entre as crianças. O resultado da pesquisa foi que cada criança tem uma maneira de lidar com estas situações e de estabelecer laços afetivos, mas apesar disto as crianças mais velhas até pelo fato de já terem certa experiência passam por estas etapas com mais facilidade. O estudo ressaltou que os processos de socialização escolar muitas vezes são paralelos às atividades realizadas em sala de aula. Sendo assim podemos sintetizar que a socialização é um processo relacional envolvendo simultaneamente a internalizarão e a mudança da sociedade por seus membros.

Nos artigos de Duarte e Rose (2006), Santos e Graminha (2006), Bartholomeu, Sisto e Marin (2006), Cunha (2005) notamos que dificuldade de aprendizagem esta sendo

(6)

diretamente tratada com afetividade mais precisamente no âmbito dos problemas emocionais. Isto porque tudo que acontece na vida da criança ira respingar na sua aprendizagem e também em seu comportamento dentro e fora da sala de aula. É importante que a relação professor- aluno seja protegido para que o professor possa mediar de forma correta o aprendizado do aluno. De acordo com isto Almeida, (1993, p.40) declara que:

Se os afetos, as emoções, têm íntima ligação com a inteligência e vice-versa, e se o ato de ensinar-aprender ocorre num processo relacional, vincular, necessariamente, essa relação terá de levar em consideração, no seu modus operandi, toda a variada gama de expressões dos afetos e das emoções, presentes na relação professor-aluno e, consequentemente, na transmissão e apropriação do conhecimento. (ALMEIDA, 1993, p.40).

Sendo assim devemos considerar que a afetividade está diretamente interligada as relações sociais e cognitivas da criança que e poderá ou não favorecer sua aprendizagem. Dito isto Dell’Agli (2008, p.189), constatou em seus estudos que podemos inferir que as crianças sem queixas de dificuldade manifestam de forma mais positiva seus estados afetivos, demonstrando melhor adaptação ao entorno escolar.

OBJETIVOS

O objetivo geral da pesquisa foi o de analisar qual a contribuição do afeto na relação professor-aluno como fator favorecedor do sucesso no trabalho com alunos com dificuldades de aprendizagem. Partindo deste objetivo elegemos como objetivos específicos: Realizar revisão bibliográfica sobre dificuldades de aprendizagem; Identificar os conhecimentos teóricos dos professores a respeito da temática: Dificuldade de Aprendizagem e Identificar procedimentos dos docentes com relação aos aspectos afetivos na construção da relação com os alunos com dificuldades de aprendizagem.

METODOLOGIA

A metodologia compreendeu a pesquisa bibliográfica e de campo. Para a realização da pesquisa de campo alguns professores foram entrevistados, e desta maneira tivemos a oportunidade de conhecer o conceito de afetividade que possuíam.

(7)

Aos professores de determinada escola municipal de Maringá, que oferece ensino para crianças do 1º ao 5º ano foram entregues um questionário para que fosse respondido. Os questionários foram preenchidos conforme os professores conversavam com a acadêmica pesquisadora, e nesse momento se pôde perceber que o significado para o termo afeto ainda é confuso para os mesmos.

O questionário aplicado aos professores composto por sete questões objetivava principalmente verificar quais os conceitos de afetividade e de dificuldades de aprendizagem para os mesmos. A partir dos conceitos apresentados pelos entrevistados tivemos a oportunidade de relacionar as definições apresentadas com os exemplos do cotidiano descritos pelos professores. Para a realização da pesquisa fizemos uma adaptação do instrumento utilizado por Dell’Agli (2008) em sua tese de doutorado. Segue modelo de instrumento utilizado:

Pense em um aluno seu com dificuldades de aprendizagem 1- Quem é esse aluno?

2- Ele tem diagnóstico?

3- Por que afirma que ele tem dificuldades de aprendizagem? 4- O que é dificuldade de aprendizagem?

5- Você considera que é importante o professor ter uma relação próxima com os seus alunos?

( ) Sim. Por quê? ( ) Não. Por quê? ( ) Sim e não. Por quê?

- Dê um exemplo de uma atitude de relação próxima de professor e aluno

6-Você considera que é importante que o professor tenha envolvimento com os seus alunos?

( ) Sim. Por quê? ( ) Não. Por quê? ( ) Sim e não. Por quê?

- Dê um exemplo de envolvimento na relação professor-aluno.

(8)

( ) Sim. Por quê? ( ) Não. Por quê? ( ) Sim e não. Por quê?

- Dê um exemplo de uma atitude de atenção em relação ao aluno.

RESULTADOS

Ao analisar as respostas dos docentes e compará-las ao diálogo com os mesmos notamos que o conceito de afeto para tais profissionais limita-se a estar próximo ao aluno, porém se trata de uma proximidade espacial, e não proximidade que possa se referir a compreensão, envolvimento, algo que o leve a conceber o aluno como sujeito que se expresse alem de suas ações cotidianas em sala de aula.

Quando Piaget citado por De Souza (2003) escreve sobre a importância da relação existente entre afeto e cognição significa que o autor imprimia nestes conceitos a ideia de enxergar a afetividade como fator favorecedor do aprendizado. Para que isso ocorra é necessário que o professor entenda que o aluno é um ser social, ainda em desenvolvimento, com necessidades emocionais, que não se limitam em adquirir os conhecimentos sistematizados que são ensinados.

Quando um aluno percebe que tem dificuldades em aprender os conteúdos desenvolvidos pelo professor, ele passa a sentir-se minimizado frente aos demais alunos. Esse sentimento de inferioridade interfere diretamente no processo de aprendizagem, e o que poderia ser apenas um obstáculo, acaba se tornando um impedimento para o sucesso escolar do mesmo.

Partindo do levantamento bibliográfico realizado inferimos que o processo educativo tende a ser significativo e de sucesso quando os professores manifestam proximidade, atenção e envolvimento com seus alunos, ou seja, quando manifestam a dimensão afetiva. Contudo, as respostas revelam um posicionamento politicamente correto por parte do professor. Não percebemos em nenhuma resposta algum tipo de reflexão teórica sobre a temática, ou mesmo o questionamento do que queríamos dizer com proximidade, atenção ou envolvimento.

(9)

Para Piaget (1930/1994 apud Dell’Agli, 2008, p.73), afetividade “[...] são os sentimentos propriamente ditos e, em particular, as emoções e as diversas tendências incluindo de modo particular a vontade, por concebê-la como a regulação de sentimentos elementares”. Podemos afirmar que afetividade e inteligência são insubstituíveis para o desenvolvimento pleno da criança, sendo importante que estejam presentes em sua formação humana.

Esse estudo evidenciou que os professores precisam aprofundar os seus conhecimentos sobre as relações de afeto em sala de aula para não manterem essa relação no âmbito do senso comum, sem considerar o afeto como energia que move a ação e aprendizagem.

CONCLUSÕES

A dimensão afetiva precisa ser considerada no processo educativo, visto que entender como o conceito de afeto é compreendido pelos professores é algo de fundamental importância, já que a relação entre afetividade e cognição é intrínseca. Com base na análise feita por Piaget (1954), que foi o precursor a analisar esta relação, este trabalho teve por objetivo geral a intenção de analisar qual a contribuição do afeto na relação professor-aluno como fator favorecedor do sucesso no trabalho com alunos que possuem dificuldades de aprendizagem. Para este autor, o afeto atua como propulsor para a aprendizagem, portanto sua ausência implica em total ou parcial fracasso no desempenho escolar.

Para a nossa fundamentação teórica nos embasamos em Dell’Agli (2008), que em sua tese de doutorado se objetivou a pesquisar os aspectos afetivos e cognitivos em crianças com e sem queixas de dificuldades de aprendizagem. Utilizamos ainda autores da teoria psicogenética, como De Souza, (2003), que descreve como a afetividade atua no processo de aprendizagem, de modo a favorecer o processo de assimilação e acomodação de novas informações, e ainda em Osti, (2004), que se propôs em sua dissertação de mestrado a investigar as diferentes concepções sobre dificuldades de aprendizagem na visão dos docentes.

Estas investigações nos permitiram entender como a concepção sobre Dificuldades de Aprendizagem, Afeto e Relação professor-aluno interferem na concepção do processo de ensino e aprendizagem. Percebemos que muitas vezes os professores não tem clareza quando

(10)

afirmam que seus alunos possuem ou manifestam dificuldades no processo de aprendizagem em determinados conteúdos. Observamos ainda que, durante as entrevistas, os professores manifestaram estar enganados acerca do conceito de afeto, que para eles estaria relacionado apenas aos sentimentos, emoções. Que para os mesmos, em momento algum, o afeto tem relação com cognição, como nos mostraram os autores da psicogenética.

Com base em nossa pesquisa bibliográfica e na análise das entrevistas com alguns professores da rede municipal de ensino do município de Maringá, consideramos que o conceito de afeto não é entendido em toda sua dimensão pelos atores diretos do processo de ensino, os professores, e que a contribuição da afetividade é de fundamental importância para os alunos, e isso auxilia em muitos aspectos aos estudantes ditos “com dificuldades de aprendizagem”. Concluímos que proximidade, atenção, envolvimento também são erroneamente entendidos, e que tais aspectos influenciam positivamente para o sucesso dos alunos.

Todo processo educativo requer que tais aspectos sejam considerados, e para isso os professores precisam conhecer como o afeto funciona de modo a favorecer o processo de aprendizagem. Consideramos ainda que a afetividade é pouco estudada em cursos de formação de professores ou de formação continuada, e em conversa informal os pesquisados deixaram suas críticas sobre essa deficiência na formação, contudo, afirmaram que possuíam clareza sobre o conceito em questão.

REFERÊNCIAS

BANDEIRA, M.; ROCHA, S. S.; SOUZA, T. M. P. de; PRETTE, Z. A. P. D.; PRETTE, A. D. Comportamentos problemáticos em estudantes do ensino fundamental:

características da ocorrência e relação com habilidades sociais e dificuldades de aprendizagem. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X200 6000200009&lang=pt>. Acesso em: 13 abr. 2012.

BARTHOLOMEU, D.; SISTO, F. F; MARIN RUEDA, F. J. Dificuldades de aprendizagem na escrita e características emocionais de crianças. Psicol. estud., Abr 2006, vol.11, no.1, p.139-146.

(11)

CARNEIRO, G. R. S.; MARTINELLI, S. C. SISTO. Autoconceito e dificuldades de aprendizagem na escrita. Psicol. Reflex. Crit., 2003, vol.16, no.3, p.427-434.

CRAHAY, M. Qual pedagogia para aos alunos em dificuldade escolar? Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_

arttext&pid=S0100-15742007000100009&lang=pt>. Acesso em: 13 abr. 2012.

CUNHA, Claudia Araújo da. Escrita, maturidade emocional, operatoriedade e

criatividade num grupo de crianças de Uberlânida.Disponível

em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572005000200 010&lang=pt>. Acesso em: 26 abr. 2012.

DELL’AGLI, B. A. V. Aspectos afetivos e cognitivos da conduta em crianças com e sem

dificuldades de aprendizagem. Tese de Doutorado (Não publicada). Campinas: Faculdade

de Educação/UNICAMP, 2008.

DELL’AGLI, B. A. V. Dificuldades de aprendizagem: análise das dimensões afetiva e cognitiva. In: CAETANO, Luciana Maria. (org). Temas atuais para formação de

professores. São Paulo: Paulinas, 2010.

DE SOUZA, M. T. C. O desenvolvimento afetivo segundo Piaget. In: ARANTES, V. A. (org). Afetividade na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 2003. p. 53-70.

DUARTE, G. M.; ROSE, J. C. C. De. A aprendizagem simbólica em crianças com déficit

atencional. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382006000300004 &lang=pt>. Acesso em: 13 abr. 2012.

ELIAS, L. C. dos S.; MARTURANO, E. M. Oficinas de linguagem: proposta de

atendimento psicopedagógico para crianças com queixas escolares. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2005000100007&lang=pt>. Acesso em: 13 abr. 2012.

FEITOSA, F. B.; MATOS, M. G. de; PRETTE Z. A. P. D.; PRETTE , A. D. Desempenho

acadêmico e interpessoal em adolescentes portugueses. http://www.scielo.br/ scielo.php?

script =sci_ arttext&pid=S1413-73722009000200006&lang=pt. Acesso em: 25 abr. 2012.

HAZIN, I.; FRADE, C.; FALCÃO, J. T. da R. Autoestima e desempenho escolar em

matemática: contribuições teóricas sobre a problematização das relações entre cognição e afetividade. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602010000100004&lang=pt>. Acesso em: 10 abr. 2012.

(12)

MOLINA, R. C. M.; PRETTE, A. D. Mudança no status sociométrico negativo de alunos

com dificuldades de

aprendizagem.Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141

3-85572007000200009&lang=pt>. Acesso em: 25 abr. 2012.

MOLINA, R. C. M.; PRETTE, Z. A. P. D. Funcionalidade da relação entre habilidades

sociais e dificuldades de

aprendizagem. Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141

3-82712006000100007&lang=pt>. Acesso em: 25 abr. 2012.

MULLER, F. Socialização na escola: transições, aprendizagem e amizade na visão das

crianças.

Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602008000200010&lang=pt>. Acesso em: 25 abr. 2012.

OSTI, A. As dificuldades de aprendizagem na concepção do professor. Dissertação de Mestrado (Não publicada). Campinas: Faculdade de Educação/UNICAMP, 2004.

PAULI, S. C. de; FERREIRA, M. C. R. Construção das dificuldades de aprendizagem em

crianças adotadas. http://www.

scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742009000300010&lang =pt.Acessoem 22 abr. 2012.

PIAGET, J. (1994). Las relaciones entre la inteligência y la afectividad en el desarrollo dell niño. In: DALAHANTY, G.; PERRÉS, J. (compiladores). Piaget y el psicoanálisis.

México: Ed. Universidad Autónoma Metropolitana. Originalmente publicado em 1954. ROLFSEN, A. B.; MARTINEZ, C. M. S. Programa de intervenção para pais de crianças

com dificuldades de aprendizagem: um estudo preliminar. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X2008000100016&lang=pt>. Acesso em: 13 abr. 2012.

SANCHÉZ, J. N. G. Historia y concepto de las dificultades de aprendizage. In: OSTI, A. As

dificuldades de aprendizagem na concepção do professor. Dissertação de Mestrado (Não

publicada). Campinas: Faculdade de Educação/UNICAMP, 2004.

SANTOS, P. L. dos; GRAMINHA, S. S. V. Problemas emocionais e comportamentais

associados ao baixo rendimento

acadêmico.

Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2006000100012&lang=pt>. Acesso em: 25 abr. 2012.

ZUANETTII, P. A.; FUKUDA, P. M. T. H. Aspectos perinatais, cognitivos e sociais e suas

(13)

<http://www.scielo.br/scielo.

Referências

Documentos relacionados

Objetivando, a partir do conhecimento do momento da ovulação, prédeterminar o periodo mais adequado para o momento da deposição do sêmen, resfriado e congelado, no trato reprodutivo

Não existe, por sua vez, relatos na literatura sobre os produtos de degradação do DEC, ivermectina e albendazol, sendo estes medicamentos utilizados em larga escala pela

Deste modo, este trabalho teve por objetivo investigar princípios de design de uma Sequência Didática (SD) sobre mitose e câncer, inspirada na história de

O entendimento da metáfora dentro-fora traz uma demarcação do que estaria dentro e fora do corpo por meio de sua superfície, a pele. Sendo esta, muitas vezes considerada como

36 Figura 1 Variação na concentração da glicose plasmática em cavalos marchadores durante o teste padrão de simulação de marcha em cavalos condicionados e não condicionados...

Além disso é necessário destacar o investimento significativo feito em comunicação pelo VIVADANÇA e a importância dela para a formação de públicos, afinal,

Segundo Miyashita (2013), o tratamento cirúrgico pode resultar em graves sequelas das estruturas anatômicas envolvidas na fisiologia da cavidade oral, a extensão

Este memorial tem como objetivo refletir sobre o processo de captação de recursos para o espetáculo teatral “Barbacena – Fragmentos da Loucura”, que resultou na elaboração de