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Escola Superior de Enfermagem do Porto UCC Cuidar Ensino Clinico de Enfermagem Comunitária Ano Letivo: 2014/2015

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Guião –Aparelho Reprodutor e Métodos Contracetivos

1. Introdução

Muitos fatores determinam a escolha de um contracetivo. O aconselhamento é fundamental para uma boa adesão a um método de contraceção. Os utentes devem ser informados corretamente e de forma clara sobre os métodos de contraceção disponíveis e devem escolher livremente de acordo com a sua condição médica, as suas necessidades e as suas expectativas.

Os profissionais de saúde que fazem aconselhamento contracetivo devem ser competentes na informação prestada, sobre forma correta de utilização, eficácia, vantagens e desvantagens, efeitos secundários, riscos e benefícios não contracetivos dos vários métodos.

Deve ser incluído no aconselhamento informação sobre contraceção de emergência reforçando-se as noções sobre as condições determinantes à sua utilização, acessibilidade, forma de administração e conduta posterior. Os profissionais de saúde devem informar sobre a importância da prevenção de infeções sexualmente transmissíveis.

(DGS,2008)

2. Desenvolvimento

2.1 Sistema Reprodutor Masculino

No que diz respeito aos órgãos genitais externos, fazem parte o escroto (bolsa que contém os testículos e mantém uma temperatura adequada para a produção de espermatozoides) e o pénis (apresenta uma forma cilíndrica e é revestido por uma pele fina e móvel, que na extremidade forma uma prega, o prepúcio que recobre a glande).

Dos órgãos genitais internos, fazem parte os testículos (onde são produzidos as células sexuais necessárias para a reprodução - espermatozoides), os epidídimos (onde

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são armazenados os espermatozoides produzidos nos testículos), os canais deferentes (conduzem as células sexuais), a próstata e as vesiculas seminais (responsáveis pela produção de secreções que nutrem e permitem a mobilidade dos espermatozoides).

O aparelho reprodutor masculino encontra-se ligado ao sistema urinário, existindo órgãos que fazem simultaneamente parte dos dois, nomeadamente a uretra e o pénis.

Os testículos são as gónadas masculinas e são protegidos por uma bolsa, que se denomina escroto.

A partir da puberdade, os testículos vão produzir testosterona. A testosterona é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e apoia a espermatogénese (desenvolvimento de espermatozoides).

É na puberdade que se desenvolvem os carateres sexuais secundários. São estes: a mudança da voz, o desenvolvimento da massa muscular, o aumento do pênis e dos testículos, o aparecimento de acne, o aparecimento de pelos púbicos e nas axilas e também o aparecimento da barba.

O espermatozoide é a célula reprodutora masculina. Os espermatozoides são produzidos nos testículos; os testículos encontram-se numa bolsa, externa ao corpo, e que mantem uma temperatura ideal para a formação dos espermatozoides (menos 2ºC do que a parte interna do corpo). Após serem produzidos, os espermatozoides ficam armazenados no epidídimos até estarem completamente desenvolvidos.

Quando estiverem completamente desenvolvidos, os espermatozoides serão libertados pelo homem através da ejaculação (movimento do esperma para fora da uretra).

O esperma é constituído pelos espermatozoides e líquido seminal e prostático que são muito importantes para a sobrevivência destes.

(Seeley et al.2005)

Os “Sonhos Molhados” ou tecnicamente chamados de Ejaculações Espontâneas podem começar a partir dos 12 anos. A ejaculação espontânea, como o nome indica, é a libertação de esperma pela uretra, que pode ocorrer durante a noite quando os rapazes estão a dormir. É normal que aconteçam e indicam que o corpo se está a desenvolver

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corretamente. Podem não ocorrer em todos os rapazes mas quando acontece é uma situação normal.

2.2 Sistema Reprodutor Feminino

No que diz respeito a órgãos sexuais externos encontramos a vulva. A vulva é o conjunto de formações externas que protegem a vagina e o orifício urinário como os grandes lábios e os pequenos. Na vulva também se encontra o clitóris.

Nos órgãos genitais internos fazem parte a Vagina, o cérvix (faz a separação entre a vagina e o útero), o útero (órgão em forma de pêra invertida), as trompas de Falópio (que conduzem o óvulo até ao útero) e os Ovários. (Seeley et al.2005)

Os ovários são as gónadas femininas responsáveis pela formação do Óvulo e pela produção de Estrogénio e Progesterona.

Desde criança, as raparigas produzem estrogénio mas numa quantidade pequena o que não produz efeitos visíveis, mas na puberdade a produção de estrogénio e progesterona aumenta. (Seeley et al.2005)

Devido ao aumento do estrogénio e da progesterona na puberdade, vão ocorrer mudanças no corpo da Mulher.

O estrogénio é responsável pelo/a:

 Crescimento do corpo dos órgãos sexuais;

 Desenvolvimento dos carateres sexuais secundários que são o aparecimento de pelos púbicos e nas axilas, crescimento das mamas e o arredondar das ancas;  Maturação dos órgãos reprodutores e preparação do útero para a gravidez.

A progesterona completa a preparação da mucosa uterina, o que a torna apta para a gravidez, e estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias.

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O óvulo é a célula reprodutora feminina. É libertado pelo Ovário apenas uma vez por ciclo menstrual, esta altura é chamada de período fértil que é quando a mulher pode engravidar.

Quando o óvulo é fecundado por um espermatozoide dá origem ao zigoto. A fecundação ocorre quando o espermatozoide encontra o óvulo na trompa de Falópio e se une a ele. (Seeley et al.2005)

A menstruação consiste numa perda de sangue vaginal que ocorre todos os meses e pode durar entre 2 a 7 dias. Esta perda de sangue ocorre devido à descamação da parede que reveste o útero (endométrio).

A menstruação acontece porque o útero estava preparado para receber um óvulo fecundado (zigoto), mas como não recebeu, o endométrio descama para poder crescer novamente e preparar-se para receber o zigoto no próximo ciclo menstrual.

A primeira menstruação tem o nome de Menarca. A idade em que surge a menarca pode variar entre os 10 e os 16 anos.

Quando surge a menarca é indicador de que a mulher já tem os órgãos reprodutores amadurecidos e portanto já pode ter filhos.

No Ciclo Menstrual distinguem-se dois ciclos que se interrelacionam. Estes são o Ciclo Ovárico e o Ciclo Uterino.

O ciclo menstrual inicia-se no primeiro dia da menstruação, dura em média 28 dias e termina no primeiro dia da menstruação seguinte. Algumas mulheres têm ciclos mais curtos de até 21 dias enquanto outras tem ciclos mais longos que podem ir até aos 35 dias.

O ciclo ovárico está associado aos fenómenos que decorrem regularmente durante o ciclo menstrual nos ovários da mulher e compreende duas fases: a fase folicular e a fase luteínica. Esta última tem sempre uma duração de 14 dias, podendo o tempo da primeira fase ser variável. Estas duas fases são separadas pela ovulação, que ocorre por volta do 14º dia do ciclo.

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A fase folicular caracteriza-se pelo rápido desenvolvimento e maturação de um folículo ovárico, contendo no seu interior um óvulo. Já a fase luteínica, caracteriza-se pelo desenvolvimento do corpo amarelo que produz estrogénios e progesterona, cujo papel é preparar o útero para uma eventual fecundação, tratando-se de uma estrutura que se desenvolve a partir dos restos do folículo ovárico. Se não ocorrer fecundação, o corpo amarelo degenera no final do ciclo ovárico e inicia-se um novo ciclo.

No início do ciclo menstrual o hipotálamo aumenta a libertação de GnRH e há um aumento da sensibilidade de GnRH por parte da adeno-hipófise. Isto leva à produção e libertação através da adeno-hipófise de uma pequena quantidade de FSH e LH. Numa fase folicular tardia o aumento dos níveis elevados de estrogénios tem um efeito feedback positivo em relação á secreção de LH e FSH pela adeno-hipófise levando assim a um aumento dos níveis destas hormonas imediatamente antes da ovulação.

Os fenómenos que ocorrem frequentemente durante o ciclo menstrual nos ovários da mulher são controlados pela libertação hormonal. A FSH é a principal responsável pelo início do desenvolvimento dos folículos primários e a sua eclosão.

O pico de LH na corrente sanguínea ocorre antes e em maior grau do que o pico de FSH, e determina a ovulação e a transformação do folículo que eclodiu em corpo amarelo. Depois da ovulação os estrogénios produzidos pelo folículo diminuem e ocorre um aumento de progesterona à medida que o corpo amarelo se desenvolve. Depois da formação do corpo amarelo, os níveis de estrogénios e de progesterona tornam-se mais elevados do que antes da ovulação, dando origem a um efeito de feedback negativo sobre a libertação de GnRH pelo hipotálamo e consequentemente a libertação de LH e FSH através da adeno-hipófise diminui.

No caso de ocorrer fecundação, forma-se uma placenta que inicia a secreção da hormona HCG (gonadotrofina coriónica humana), que impede a degeneração do corpo amarelo. Também neste caso os níveis de estrogénios e de progesterona continuariam aumentados e a menstruação não ocorreria. (Seeley et al.2005)

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Se não ocorrer fecundação, não se produzindo a HCG, o corpo amarelo degeneraria e os níveis de estrogénios e progesterona diminuiriam e ocorreria a menstruação.

O ciclo uterino está relacionado com alterações que ocorrem durante o ciclo menstrual ao nível do endométrio. Em relação a este ciclo é possível considerar três fases: a menstrual, a proliferativa, e a fase secretora. (Seeley et al.2005)

As mudanças que ocorrem ao nível do útero devem-se à ação das hormonas ováricas, os estrogénios e a progesterona. Se houver fecundação e, consequentemente, implantação do embrião, o ciclo uterino é interrompido, não ocorrendo fase menstrual. (Seeley et al.2005)

A fase menstrual é caracterizada pela degeneração e eliminação da maior parte do endométrio, que resulta da rotura de vasos sanguíneos, evidenciando-se por uma hemorragia vaginal. Esta fase marca o início do ciclo uterino e dura cerca de cinco dias. A fase proliferativa está relacionada com a reconstituição do endométrio através da multiplicação celular, tornando-se este mais espesso, restabelecendo-se a rede de vasos sanguíneos e as glândulas tubulosas. Esta fase dura cerca de nove dias e decorre entre o 5º e o 14º dia do ciclo (num ciclo de 28 dias). Por último, na fase secretora a espessura do endométrio continua a aumentar atingindo a espessura máxima e as suas glândulas segregam substâncias nutritivas, ficando o útero preparado para a fixação de um eventual embrião. Esta fase, por sua vez, dura cerca de 14 dias. (Seeley et al.2005)

3. Métodos Contracetivos

Servem para prevenção da gravidez, durante as relações sexuais ;alguns, permitem proteção contra IST’s e devem ser adaptados a cada pessoa!

Os Métodos Naturais

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… Implicam períodos de abstinência; implicam maior rigor; requer treino; implica um bom conhecimento do Ciclo menstrual; não protege contra as DST´S! tem um elevado risco de gravidez!

3.1 Preservativo Masculino

O preservativo masculino, também é uma proteção flexível, concebida para ser usada sobre o pénis em ereção, durante o ato sexual.

Porquê usar preservativo?

O preservativo masculino ajuda a prevenir uma gravidez não desejada e é a melhor forma de evitar as infeções de transmissão sexual, como o VIH (vírus de imunodeficiência humana), a infeção por clamídia e gonorreia. Protege menos bem no caso das infeções que se espalham por contacto cutâneo como o herpes, a sífilis e o HPV (papiloma vírus humano).

Eficácia

São seguros na prevenção da gravidez se utilizados corretamente em todas as relações sexuais. Se houver rotura: a) Numa fase do ciclo com risco de gravidez, considerar a contraceção de emergência; b) Se houve risco de transmissão de ITS, recorrer ao médico assistente.

A eficácia depende da utilização correta e sistemática. Quanto mais frequente for a utilização, maior será a experiência no uso correto e maior será a eficácia.

Armazenamento

Deve ser respeitado o prazo de validade inscrito na embalagem e evitado o seu armazenamento em locais sujeitos a humidade ou temperaturas elevadas.

Utilização correta

1. Remover cuidadosamente o preservativo da embalagem (na abertura do invólucro, não utilizar objetos cortantes, e ter também cuidado com as unhas ou anéis) e verificar para que lado se desenrola (na maioria, apenas se faz para um dos lados).

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2. Colocar o preservativo antes de iniciar o contacto com o corpo da(o) parceira(o). 3. Colocar o preservativo sobre o pénis ereto, mantendo pressionada a zona do reservatório para evitar a acumulação de ar na extremidade coletora e desenrolar até à sua base, (ver figura).

4. Se não se desenrolar facilmente provavelmente estará virado do “avesso”. Se tal acontecer, tente outra vez com um novo preservativo.

5. Assegure-se de que ele permanece colocado durante o ato sexual. Se sair, coloque um outro preservativo.

Como se retira?

• Logo após a ejaculação, (depois da saída do esperma) e ainda com o pénis erecto, segurar o rebordo do preservativo e cautelosamente afastar o pénis do corpo da(o) parceira(o).

• Tirar o preservativo, apenas quando já não estiver em contacto com o corpo da parceira, tendo o cuidado de não derramar esperma. Verificar se não houve rasgaduras ou estragos no mesmo.

• O preservativo removido deve ser colocado no lixo, num local seguro, depois de se ter dado um nó na extremidade para que o esperma não saia (nunca deite na sanita). Recomendações especiais

• Sempre que houver nova relação sexual (vaginal, oral ou anal), deve ser utilizado um novo preservativo.

• Os preservativos não devem ser guardados no carro, no bolso das calças ou na carteira, nem em locais que atinjam temperaturas extremas de calor ou frio, devendo ser respeitado o prazo de validade.

• É desaconselhada a utilização de preservativo masculino e feminino em simultâneo, pela possibilidade de rotura.

• A eficácia do preservativo é maior quando utilizado de forma regular. Informação

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• Os preservativos masculinos, são distribuídos gratuitamente nos Centros de Saúde / Hospitais e Centros de Apoio à Juventude com consulta de Planeamento Familiar. • Podem ser comprados em Lojas, Farmácias, Supermercados, e máquinas de vending em locais públicos.

• Quando os adquirir certifique-se de que cumprem as normas europeias e exibem o símbolo de qualidade CE e verifique o prazo de validade inscrito na embalagem. (DGS,2008)

3.2 Pílula

A pílula impede que ocorra a ovulação e desta forma deixa de existir a possibilidade de uma gravidez. Aquando da toma da mesma, os ciclos menstruais tornam‐se regulares, as dores e o fluxo de sangue menstrual diminuem. Esta diminuição do fluxo é um efeito normal durante a toma da pílula. A pílula não diminui a fertilidade.

Como se toma?

Quando se inicia ou muda de pílula: começar a embalagem no 1º dia da menstruação. A toma da pílula faz‐se segundo o esquema: 1 comprimido por dia, 21 dias seguidos, parando durante 7 dias, intervalo em que aparece a menstruação, e retoma-se ao 8º dia, mesmo que ainda se esteja menstruada.

Qual a melhor forma de não a esquecer?

É associar este hábito a um hábito diário que já tenha. Por exemplo, escovar os dentes à noite. Colocar a embalagem num copo com a escova e a pasta de dentes, pode ser uma boa ideia. A toma à noite tem a vantagem que na manhã seguinte ainda tem uma nova hipótese de se voltar a lembrar, quando voltar a escovar os dentes... Um alarme no telemóvel também pode ser outra ideia.

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Se tomar uma pílula fora da hora habitual, mas ainda durante as 12 horas seguintes, deve tomar nessa altura a pílula esquecida e a seguinte na hora habitual. Mesmo que a isto corresponda a tomar 2 pílulas no mesmo dia. Neste caso não é preciso mais nenhum cuidado contracetivo.

Se o esquecimento ultrapassar as 12 horas, deve continuar a tomar a embalagem

normalmente. Porém, durante os 7 dias seguintes (sem novos esquecimentos) tem de ter também outro cuidado contraceptivo. Por exemplo, o preservativo.

Se o esquecimento foi logo no início da embalagem e já teve relações sexuais, deve ser feita contraceção de emergência.

Quando deixam de ser eficazes?

Quando se acaba uma embalagem o efeito contracetivo passa. A mulher pode engravidar logo de seguida, sem qualquer problema, caso assim o deseje. O que interfere na eficácia?

Esquecer‐se de tomar, nem que seja um comprimido; tomar simultaneamente antibióticos; vomitar; ter diarreia; tomar outros medicamentos, como por exemplo, os anti‐epilépticos...

Quando se toma antibióticos ou se tem diarreia.

Não se pára a embalagem da pílula, mas enquanto durarem estes acontecimentos tem de se utilizar também outro método de contraceção (ex: preservativo).

Quando se vomita nas 2‐3 horas seguintes à toma da pílula, ela pode não ter sido absorvida. Nesse caso, aguarda‐se deixar de vomitar e toma‐se uma nova pílula dentro do período de 12 horas seguintes.

Se isto não for possível, considera‐se a

pílula “esquecida” e procede‐se como se explicou em “esquecimentos” Se já toma a pílula e vai começar uma nova medicação deve sempre perguntar ao médico que prescreve se esse tratamento vai diminuir a eficácia da contracepção. Quando se faz regularmente medicamentos que interferem com a pílula, deve‐se procurar outro método de contraceção.

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As pílulas não protegem das infeções de transmissão sexual (ITS). Faz por isso todo o sentido utilizar o preservativo como forma de as prevenir...mesmo que se utilize um método de contracepção seguro. A prevenção das ITS é um comportamento saudável.

(DGS,2008)

3.3- Anel Vaginal

É um método contracetivo feminino, constituído por um anel flexível com um diâmetro de 54 mm e 4 mm de espessura, impregnado de hormonas que se difundem através da parede da vagina numa dose diária constante.

Como atua?

O anel contracetivo liberta diariamente hormonas que entram na circulação sanguínea através da parede da vagina, e com isso impedem a libertação do óvulo e portanto a gravidez.

Quais as vantagens?

É um método muito eficaz.

Constitui uma opção para mulheres que se esquecem de tomar comprimidos

diariamente; que não têm horários regulares para tomar medicamentos, ou simplesmente que não gostam de repetir todos os dias a rotina de tomar um

contraceptivo.

É um método “invisível”.

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O anel introduz‐se na vagina de forma semelhante a um tampão, permanecendo colocado durante 3 semanas. Retira‐se no início da 4ª semana (altura em que se menstrua) e reinicia‐se um novo anel após a pausa de 1 semana (ver esquema abaixo). Na primeira utilização, se pretende obter o efeito contraceptivo logo na primeira

embalagem, deve começar‐se no primeiro dia da menstruação. Depois mantém‐se o modelo já descrito e que se exemplifica no esquema.

Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Anel 1 Anel 1 Anel 1 Pausa Anel 2 Anel 2 Anel 2 Pausa

As dúvidas:

Como fica introduzido na vagina, este método levanta algumas questões particulares... O anel coloca‐se e retira‐se sem dificuldade. Apesar da sua forma de anel, é

muito flexível e insere‐se como um tampão.

O anel não “cai”, assim como não caem os tampões. A vagina está envolvida

por músculos que mantêm a tensão e impedem que isso aconteça (excepto nas mulheres com prolapso, que por essa razão não podem usar este método).

Durante as relações sexuais não é necessário retirar o anel. Habitualmente os parceiros referem não sentir o anel e que não interfere com o normal desenrolar do ato sexual, mesmo que em alguns momentos se possam aperceber da sua presença. No entanto, pode ser retirado da vagina durante 3

horas sem diminuir a sua eficácia. Contudo, não é aconselhável fazê‐lo pelo risco de esquecimento. Se for recolocado mais de 3 horas depois, será necessário tomar medidas contraceptivas adicionais nos 7 dias seguintes.

Pode ser usado em simultâneo com o preservativo, espermicidas, ou lubrificantes.

As vaginites provocadas por fungos, assim como o seu tratamento, não diminuem a eficácia contracetiva do anel.

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O que pode interferir na eficácia do método?

A eficácia deste método não é afectada por episódios de vómitos ou diarreia. Não está ainda bem estabelecido se os antibióticos diminuem a segurança

contraceptiva. Por isso mesmo, nesta fase, quando se tomam antibióticos, será mais prudente usar também outro método (por exemplo o preservativo) enquanto dura o tratamento e nos 7 dias seguintes.

Existem alguns fármacos que podem interferir na sua eficácia. Antes de iniciar qualquer medicação pergunte, sempre, se ela interfere com o seu contracetivo. O anel contraceptivo não protege das infecções transmitidas sexualmente (ITS). Faz por isso todo o sentido utilizar também o preservativo como forma de as prevenir... mesmo quando se utiliza um método de contracepção seguro. A prevenção das ITS é um comportamento saudável.

(DGS,2008)

3.4- Adesivo

É um método contraceptivo constituído por um fino adesivo quadrado com 4,5x 4,5 cm, que se aplica sobre a pele.

O adesivo transfere diariamente através da pele para a corrente sanguínea as hormonas que inibem a libertação do óvulo.

Como usar?

Cada adesivo actua durante uma semana, ao fim da qual deve ser substituído por um no vo

adesivo. Um ciclo completo é formado por 3 adesivos semanais e uma semana em que n ão

se coloca nenhum adesivo e durante a qual surge uma hemorragia, mais ou menos igual à menstruação.

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Durante a semana de uso o adesivo nunca deve ser retirado, nem mesmo durante o banho. Se se verificar que está parcialmente descolado, deve ser retirado e colocado um novo.

Cola-se

o adesivo em pele seca, bem limpa e sem cremes. Não deve ser usado sobre a pele irritada ou com lesões. Pode ser aplicado nos braços, costas, abdómen ou nas nádegas, nunca sobre o peito. Para evitar reacções alérgicas, deve‐se alternar semanalmente o loc al.

Esquema de utilização do adesivo contracetivo Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Adesivo 1 Adesivo 2 Adesivo 3 Pausa Adesivo 4 Adesivo 5 Adesivo 6 Pausa Como iniciar?

Na primeira vez deve ser aplicado no primeiro dia da menstruação. Desta

forma, a

contracepção é eficaz desde o primeiro dia. Depois a colocação segue o esquema seman al descrito. No dia de mudança do adesivo a troca pode ser feita a qualquer hora, contudo, é aconselhável manter uma rotina para evitar esquecimentos.

Quais as vantagens?

Constitui uma opção para mulheres que se esquecem de tomar comprimidos diariamente; que não têm horários regulares para tomar medicamentos, ou simplesmente que não gostam de repetir todos os dias a rotina de tomar um contracetivo.

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O adesivo contracetivo não protege das infeções sexualmente transmissíveis (ITS). Faz por isso todo o sentido utilizar também o preservativo como forma de as prevenir... mesmo que se utilize um método de contracepção seguro. A prevenção das ITS é um comportamento saudável.

3.5- Implante

É um pequeno bastonete de plástico semirrígido, com quatro centímetros de comprimento e dois milímetros de diâmetro (com a dimensão de um pequeno fósforo).

Como atua?

O implante liberta diariamente uma pequena quantidade de hormona para a corrente sanguínea – progestagénio – que actua como contraceptivo de duas formas: • impedindo a ovulação (não há a libertação do óvulo); Tornando mais espesso o muco do colo do útero, o que dificulta a entrada dos

espermatozoides no útero.

É um método contraceptivo muito seguro, sendo eficaz durante três anos, ao fim dos quais pode ser substituído por um novo, se a mulher assim o desejar.

Como e quando pode ser colocado?

‐ É aplicado sob anestesia local por baixo da pele, na face interna do braço. Colocar ou retirar o implante constituem procedimentos simples que se realizam em consulta. ‐ O implante deve ser colocado até ao 5º dia do ciclo menstrual, ficando a mulher desde logo protegida de uma gravidez não desejada. Se o implante for colocado em qualquer outro dia do ciclo é necessário utilizar outra forma de contracepção durante os 7 dias a seguir à colocação para que não haja risco de gravidez.

Quais as vantagens?

• É um método muito eficaz.

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torna‐o por si só um bom método para as mulheres que se esquecem com frequência de tomar a “pílula”.

• É um método “invisível”.

• Pode ser utilizado por mulheres que não podem ou não querem tomar estrogénios. • Pode ser usado durante a amamentação: não tem efeitos sobre o recém‐ nascido, nem diminui a produção de leite materno.

• A mulher pode engravidar logo após retirar o implante.

O que interfere na sua eficácia?

Alguns medicamentos podem diminuir a eficácia deste método, como por exemplo, os fármacos utilizados no tratamento da epilepsia e da tuberculose. Quando se inicia uma nova terapêutica deve‐se dizer que se utiliza este contraceptivo e indagar se existe alguma possibilidade de que diminua a eficácia do método.

O implante contracetivo não protege das infecções de transmissão sexual (ITS). Faz por isso todo o sentido utilizar o preservativo como forma de as prevenir mesmo que se utilize um método de contraceção segura. A prevenção das ITS é um comportamento saudável.

(DGS,2008)

3.6- Pilula do dia seguinte

Também conhecida como a “pílula do dia seguinte”. Mas saiba que pode ser utilizada nos 5 dias seguintes a ter tido relações sexuais sem protecção.

MESMO AS MULHERES QUE TÊM CONTRA‐INDICAÇÕES para o uso

habitual da

“pílula”, PODEM FAZER a CE com segurança, porque a dose é única e de curta duraçã o.

Quando deve ser usada?

Deve ser utilizada sempre que se teve relações sexuais desprotegidas e não se quer engravidar:

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»Quando não se estava a usar correctamente uma contracepção regular – por exemplo, esquecimentos na toma da pílula

»Quando a contracepção falhou – por exemplo, o preservativo rompeu ou ficou retido na vagina

Como obter CE?

Não é necessária receita médica, podendo por isso ser adquirida directamente numa farmácia. Os centros de saúde, urgências de ginecologia e centros de atendimento a jovens dispõem de CE para fornecer gratuitamente.

Como se toma?

Deve ser tomada nos primeiros 5 dias após as relações desprotegidas, sabendo‐se que quanto mais cedo for tomada, maior a sua eficácia.

Cada embalagem contem apenas 1 comprimido, que deve ser tomado com alimentos para diminuir a ocorrência de náuseas.

Que efeitos secundários podem ocorrer?

Podem surgir náuseas ou mais raramente vómitos. Estes efeitos são pouco frequentes (em menos de 20% dos casos) nas utilizadoras de CE só com progestativo. Contudo, pode ser preferível ingerir o comprimido com alimentos. Se vomitar nas 2‐3 horas após tomar o comprimido, deve ser repetida a toma.

Algumas mulheres podem ter uma perda de sangue alguns dias após o uso de CE. Pode surgir cefaleias , tonturas, fadiga ,diarreia, tensão mamária, e dor abdominal Estes sintomas desaparecem normalmente, sem necessidade de tratamento.

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Referências Bibliográficas:

Direcção Geral da Saúde. Programa Nacional de Saúde Reprodutiva. Lisboa: 2008. ISBN 978-972-675-182-3

SEELEY, Rod; STEPHENS, Trent; TATE, Philip - Anatomia & Fisiologia. 8ª Ed. Lisboa: Editora Lusociência, 2011.

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