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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Luiz Roberto Barradas Barata. Secretário Estadual de Saúde COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Luiz Roberto Barradas Barata

Secretário Estadual de Saúde

COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS

Clélia Maria S.S. Aranda – Coordenadora

COORDENAÇÃO DO PROGRAMA ESTADUAL DE DST/ AIDS

CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO EM DST/AIDS

Maria Clara Gianna – Coordenadora

Arthur O. Kalichman – Coordenador Adjunto

Elvira M. Ventura Filipe – Gerente da Divisão de Prevenção

ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE DA MULHER

Tânia Di Giácomo do Lago - Coordenadora

Coordenação da elaboração do plano e revisão do texto

Naila Janilde Seabra Santos – PE- DST/AIDS – SES-SP

Ivone Aparecida de Paula– PE- DST/AIDS – SES-SP

Analice de Oliveira – PE- DST/AIDS – SES-SP

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PLANO INTEGRADO DE ENFRENTAMENTO DA FEMINIZAÇÃO

DA EPIDEMIA DE DST/AIDS NO ESTADO DE SÃO PAULO

1. Mulheres e AIDS: uma relação delicada

Embora inicialmente vinculado aos homens que fazem sexo com homens (HSH), particularmente nos países industrializados

e na América Latina, o HIV se disseminou rapidamente entre os demais segmentos da sociedade alcançando paulatinamente

mulheres, crianças e homens com prática heterossexual.

No estado de São Paulo (ESP), embora ainda haja um maior número de pessoas do sexo masculino notificadas com AIDS, é

maior a velocidade de crescimento da epidemia entre as mulheres.

Constata-se o impacto da epidemia nas mulheres, em nosso Estado, pela redução da relação masculino/feminino (proporção

de casos notificados em homens e mulheres), que passou de 27 homens para cada uma mulher em 1984, para 2/1, a partir de 1996.

No ESP, o aumento do número de casos em mulheres trouxe, como conseqüência, um maior número de casos em crianças

por transmissão vertical. A obrigatoriedade do oferecimento do teste anti-HIV no pré-natal, a partir de 1994, e a introdução da

quimioprofilaxia com ARV (antiretrovirais) na gestação, parto e primeiras semanas de vida do bebê, tem feito cair, progressivamente,

o número de crianças infectadas pelo HIV.

De 1980 até junho de 2007, foram notificados 155.302 casos de AIDS no ESP, dos quais 46.023 são mulheres.

Analisando-se os dados referentes aos casos de AIDS entre mulheres no Estado, obAnalisando-servamos três faAnalisando-ses distintas em termos de maior risco para

a infecção do HIV (Santos et al 2002). A primeira fase, do início da epidemia até 1986, quando a transmissão pela via sexual era a

mais importante, sendo, naquele momento, as parcerias com homens bissexuais e transfundidos as mais freqüentes, além da

transmissão pela transfusão sangüínea. Na segunda fase, de 1987 a 1990, a maior proporção de casos estava relacionada ao uso

de drogas injetáveis, quer porque as mulheres fossem usuárias, quer porque fossem parceiras sexuais de homens usuários; e na

terceira fase, de 1991 até o presente, a prática heterossexual voltou a ser a principal situação de risco apontada pelas mulheres com

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AIDS, agora com uma menor importância relativa dos parceiros usuários de drogas injetáveis, e maior proporção de outras

parcerias, como homens com multiplicidade de parcerias sexuais.

Em estudo realizado entre 1983 a 1992 por Santos (1994), verificou-se que a principal forma de transmissão do HIV, entre

mulheres notificadas no ESP, era a prática heterossexual e dessas 43,8% relatavam parceria sexual única no momento do

diagnóstico e 37,2% foram identificadas como "donas de casa".

Atualmente, tomando-se o total de casos femininos notificados desde 1983, podemos afirmar que a maioria das mulheres,

em nosso meio, se infectou pelo HIV através de relações heterossexuais.

Sem dúvida, as questões de gênero, ou seja, as formas diferenciadas de poder estabelecidas entre homens e mulheres

acabam por torná-las mais vulneráveis à infecção (Nichiata, 2005).

Segundo Villela (1996) mesmo cientes de que correm riscos de contaminação, muitas vezes a prevenção ao HIV não faz

sentido para as mulheres, por elas viverem em um contexto de muitos riscos e poucas perspectivas. Outras mulheres julgam, apesar

de conhecer as formas de transmissão, que estão livres do risco, pois relacionam o mesmo a situações moralmente negativas. E,

finalmente, algumas mulheres que se reconhecem em risco de aquisição do HIV e discutem isto com seus parceiros, não

conseguem fazer com que haja co-responsabilidade na prevenção.

Para revertermos todo este quadro é necessário abrirmos a discussão sobre as questões ligadas à sexualidade e à

afetividade nas relações entre homens e mulheres. Apesar da propagada liberação feminina, as mulheres ainda têm um poder de

deliberação sobre sua vida sexual muito menor do que os homens quer seja por submissão emocional, cultural ou econômica, com

conseqüente baixa possibilidade de negociação para a adoção de métodos de prevenção às DST/HIV/AIDS, como o uso regular de

preservativos.

Vale destacar que, embora nossas estatísticas oficiais não apresentem nenhum caso de transmissão do HIV entre mulheres

que fazem sexo com mulheres, a maioria dos profissionais e serviços não costuma investigar a existência de relações homossexuais

femininas, partindo do pressuposto de que a ocorrência da infecção pelo HIV ou outra infecção sexualmente transmissível deve-se a

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relação heterossexual. Ainda que se reconheça o maior risco de aquisição das doenças sexualmente transmissíveis nas relações

com penetração, não podemos minimizar a possibilidade de risco das relações homossexuais femininas.

O Programa Estadual de DST/AIDS tem incentivado a testagem anti-HIV da população, buscando realizar diagnóstico

precoce, e a ampliação de projetos de prevenção em todas os segmentos da população, assim como investimento no trabalho de

adesão ao tratamento com antiretrovirais, para as pessoas já diagnosticadas.

Entretanto, apenas um diálogo aberto e claro, que leve as pessoas a entenderem a possibilidade de transmissão do HIV

através das relações sexuais desprotegidas, como um fato concreto, nos dias de hoje, e não relacionado apenas a alguns grupos

que se exponham a riscos específicos, pode fazer as pessoas, em particular as mulheres, refletirem sobre a real importância da

adoção de medidas de prevenção às DST/HIV/AIDS.

Reconhecendo a relevância da participação das mulheres no atual perfil da epidemia de AIDS no Brasil, o Programa Nacional

de DST/AIDS e a Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, convidaram os estados da região Sudeste para uma

oficina, em agosto de 2007, em Belo Horizonte - MG, para discutir as linhas gerais de um Plano de Enfrentamento da Feminização

da Epidemia de AIDS no Brasil, a partir das quais cada Estado deveria elaborar um plano específico.

Em São Paulo, o Programa de DST/AIDS do ESP reunindo-se com a Área Técnica de Saúde da Mulher, e com

representantes de outras áreas técnicas da SES; outras secretarias estaduais; programas municipais de DST/AIDS e sociedade civil

elaboraram um Plano de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de AIDS e outras DST, definindo metas e ações no âmbito do

Estado de São Paulo, cientes de que é necessária uma ação conjunta de todas estas instâncias envolvidas para a concretização

deste plano.

Após a 1ª versão o mesmo permaneceu em consulta pública no site (www.crt.saude.sp.gov.br) do Centro de Referência e

Treinamento DST/AIDS por 30 dias.

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Foi, então, discutido na Câmara Técnica de DST/Aids, na Comissão de Políticas Públicas, na Câmara Técnica do COSEMS

e na Comissão Bipartite. Discutido ainda no Fórum de Gestores/AIDS, contemplando os 145 municípios prioritários e no II Encontro

de Cidadãs Positivas do estado de São Paulo.

Após aprovação em todas estas instâncias foi efetuada uma revisão do texto, consolidando as metas e ações propostas de

forma a facilitar o entendimento das mesmas e sua ligação com as atividades realizadas nos serviços de saúde.

Algumas articulações já tiveram inicio, como exemplo, com o Programa de Hepatites Virais e de Imunizações.

A próxima fase é a realização de uma oficina de trabalho com os 37 municípios do Estado onde a epidemia esta mais

concentrada, para que eles trabalhem as metas e ações colocadas no plano, de acordo com suas realidades. Serão efetuadas, mais

duas ou três, oficinas até envolver os 145 municípios prioritários para AIDS no ESP e através de discussões contínuas de suas

metas e ações, em todos os encontros, capacitações e oportunidades possíveis serão envolvidos, por efeito cascata, os demais

municípios.

Será elaborada uma proposta de monitoramento das ações previstas no Plano de Enfrentamento da Feminização da

Epidemia de AIDS e outras DST no estado de São Paulo.

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2. Contextos de vulnerabilidade

Quanto à vulnerabilidade das mulheres foram identificados:

2.1- Fatores socio-econômicos e culturais

Todas as mulheres com relações sexuais desprotegidas e/ou com baixa percepção do risco para as infecções pelas

DST/HIV/AIDS, com especial atenção para mulheres:

- em situação de pobreza e de exclusão social,

- pertencentes a grupos de mulheres historicamente estereotipadas, estigmatizadas e discriminadas (adolescentes, lésbicas,

transexuais, índias, negras, profissionais do sexo, etc),

- com dificuldades em se reconhecer e ser reconhecidas como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos,

- residentes em áreas rurais, aglomerados urbanos e assentamentos irregulares,

- em situação de rua,

- usuárias de drogas,

- inseridas em relações desiguais ou em situação de violência, do ponto de vista de gênero,

- subjugadas por dogmas e preconceitos ligados a práticas religiosas.

2.2 - Fatores ligados à vulnerabilidade programática

- dificuldades de acesso e acessibilidade as ações e serviços de saúde,

- dificuldades em acessar os diferentes equipamentos sociais (escolas, espaços de lazer, espaços de promoção e desenvolvimento

social),

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- falta de clareza dos profissionais em relação aos contextos locais de vulnerabilidade (análises situacionais para além da análise

dos dados epidemiológicos),

- dificuldades em reconhecer as mulheres, nas várias fases do ciclo de vida, como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos,

- dificuldades em ampliar o diálogo com a sociedade em geral e a articulação com a sociedade civil (informação, comunicação e

participação social),

- dificuldades em envolver os homens (definição de mensagens e estratégias de comunicação),

- dificuldades em desenvolver estratégias para advogar por e influenciar setores,

- necessidade de ampliação do diálogo com os conselhos gestores e outros (co-responsabilidades, gestão partilhada),

- necessidade de ampliação do diálogo com profissionais da saúde (sensibilização, co-responsabilização),

- dificuldade em cuidar na perspectiva da integralidade (para além das partes de seu corpo, clinica e escuta ampliada),

- necessidade de integração entre os diversos setores da saúde e de capacitação da atenção básica para a abordagem do tema

(promoção da saúde sexual e reprodutiva, prevenção de DST, diagnóstico precoce, aconselhamento, etc),

- dificuldades em capilarizar as ações integrais com equidade,

- dificuldade em garantir a continuidade e a sustentabilidade das ações (técnica e financeiramente),

- dificuldades de perceber contextos específicos de vulnerabilidades locais/regionais,

- dificuldade de integração entre os técnicos envolvidos, mais diretamente, nas ações da saúde e as prioridades políticas

estabelecidas pelos dirigentes (vulnerabilidade política dos trabalhadores).

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3. OBJETIVO GERAL

Nortear a implantação e a implementação de ações nos níveis estadual e municipal, visando à prevenção, o diagnóstico

precoce, o tratamento das DST e da AIDS e a promoção da saúde sexual e reprodutiva para as mulheres do Estado de São

Paulo.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS (OE) e METAS (M)

As metas foram elaboradas considerando os recortes de: raça/cor, etnia, orientação sexual, identidade de gênero e

geração. Buscando identificar as múltiplas dimensões que ampliam desigualdades e incrementam vulnerabilidades, assim

como visando garantir os princípios de equidade, universalidade e integralidade na atenção às mulheres.

Embora várias metas e ações, abaixo descritas, possam estar ligadas a mais de um dos objetivos específicos propostos,

serão agrupadas, para efeito prático, abaixo do(s) objetivo(s) específico(s) com que estão mais diretamente relacionadas.

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4.1. Objetivos específicos de 1 a 3, metas de 1 a 5.

OE – 1. Diminuir a prevalência das DST, com conseqüente diminuição da probabilidade de transmissão do HIV para as mulheres;

OE – 2. Diminuir a incidência do HIV entre as mulheres;

OE – 3. Ampliar o acesso das mulheres aos insumos de prevenção das DST/AIDS;

M – 1. Implantar o tratamento por abordagem sindrômica das DST na rede básica dos municípios do Estado, priorizando os

municípios habilitados para recebimento do incentivo fundo a fundo (PAM), até 2011.

Ação: Pactuar junto aos municípios uma proposta de política em saúde que garanta a realização da Abordagem Sindrômica para

atendimento das DST na rede básica (SES, COSEMS).

M – 2. Ampliar em 50% a distribuição e o acesso aos preservativos masculinos para prevenção às DST/AIDS, e estimular seu uso

como método contraceptivo em conjunto com as ações de planejamento reprodutivo desenvolvidas pela Saúde da Mulher.

Ações: A - Estimular e orientar os gestores municipais a realizarem o planejamento de necessidades e a aquisição do insumo,

utilizando os espaços de gestão estadual, em tempo hábil, para implicar os orçamentos municipais e estadual;

B – Elaborar, através da CCD-SES-SP, ata de registro de preços para compra de preservativos masculinos;

C - Capacitar recursos humanos para o trabalho com logística de insumos;

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M – 3. Ampliar em 100% a distribuição do preservativo feminino e o acesso ao gel de lubrificação íntima para mulheres.

Ações: A - Garantir a inclusão do tema dos preservativos femininos e gel nos espaços de gestão, nas ações educativas e nas

capacitações profissionais;

B - Rediscutir os critérios de prioridade para distribuição do gel de lubrificação;

C - Articular a discussão no âmbito federal, de alternativas possíveis para ampliação dos repasses de preservativos femininos;

D – Incentivar a divulgação de documentos de referência e experiências no trabalho com os preservativos femininos e gel.

M – 4. Ampliar a cobertura vacinal e testagem para hepatite B.

Ações: A - Articulação com o Programa Estadual de Hepatites e Programa Estadual de Imunização para estudo da ampliação da

cobertura vacinal da Hepatite B e da testagem para hepatites B e C na rede básica de saúde, para atender a demanda espontânea;

B - Ampliação da testagem para hepatites B e C para 100% dos CTA e unidades referência em municípios sem CTA.

M – 5. Aumentar em 20% o número de municípios que farão adesão ao Projeto de Saúde e Prevenção nas Escolas do Estado de

São Paulo (SPE), a cada ano, até 2011.

Ações: A – Pautar discussão sobre o SPE no fórum de gestores de DST/AIDS, com o intuito de aumentar a adesão dos municípios;

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4.2. – Objetivos específicos de 4 a 8, metas de 6 a 12.

OE – 4. Aumentar a proporção de diagnósticos precoces da infecção pelo HIV nas mulheres;

OE – 5. Implementar o tratamento das mulheres vivendo com HIV/AIDS nos serviços especializados.

OE – 6. Aumentar o acesso das mulheres vivendo com HIV/AIDS às ações de atenção à saúde sexual e reprodutiva;

OE – 7. Implementar medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento das DST/AIDS nos serviços de atenção à saúde da mulher;

OE – 8. Sensibilizar os serviços de atenção às DST/AIDS e de Saúde da Mulher para captar e dar respostas a situações específicas

de vulnerabilidade;

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M – 6. Aumentar em 10% a proporção de mulheres testadas para o HIV, reduzindo na mesma proporção o número de diagnósticos

tardios, até 2011.

Ações: A - Elaborar norma técnica para inclusão de oferecimento do teste anti-HIV, com aconselhamento no atendimento

ginecológico e demais ações de planejamento reprodutivo da rede de saúde;

B - Ampliar a capacitação dos serviços de Saúde da Mulher para executar atividades de prevenção e diagnóstico precoce das

DST/AIDS;

C - Estimular a oferta do teste anti-HIV, com aconselhamento, como estratégia de prevenção, em todos os serviços de saúde e

inclusive junto às sociedades profissionais.

M – 7. Potencializar a resposta dos serviços especializados (SAE) e serviços hospitalares de referência, para atender à demanda das

mulheres vivendo com HIV.

Ações: A – Capacitar os profissionais para o atendimento das demandas clínicas específicas das mulheres e para as medidas de

prevenção secundária;

B – Criar um sistema de notificação para fazer a vigilância dos agravos que acometem especialmente as mulheres vivendo com

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M – 8. Estruturar ações de atenção à saúde sexual e reprodutiva contemplando as mulheres vivendo com HIV/Aids, até 2011.

Ações: A - Elaborar proposta de Política Estadual para Reprodução Assistida para PVHA;

B - Reorganizar os SAE de DST/Aids sob a ótica da saúde integral, incorporando e operacionalizando ações, através de protocolos

que contemplem as especificidades da saúde sexual e reprodutiva, das mulheres e casais vivendo com HIV/AIDS;

C - Inserir a população masculina incluindo homens jovens, nas atividades de planejamento reprodutivo (Pré- Natal do Homem).

M – 9. Estruturar ações de prevenção às DST/AIDS e atenção à saúde sexual e reprodutiva contemplando, especificamente, as

mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais, até 2011.

Ações: A - Implantar e implementar , em parceria com a Atenção Básica e Saúde da Mulher, um projeto de atenção integral às MSM

- Mulheres que fazem Sexo com Mulheres, nos municípios habilitados para recebimento do incentivo fundo a fundo (PAM);

B - Criar um grupo de trabalho (GT) para fortalecer o processo transexualizador do SUS no ESP;

C - Pactuar junto aos municípios a organização de uma rede referenciada de atenção integral às transexuais;

D - Implantar, nos serviços de DST/Aids e Saúde da Mulher, quesito orientação sexual e identidade de gênero em todos os

prontuários de atendimento.

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M – 10. Fomentar o debate sobre prevenção às DST/AIDS e os problemas de saúde sexual e reprodutiva da mulher negra,

combatendo o racismo institucional, em parceria com os movimentos sociais (negros e feministas).

Ações:

A - Incorporar as ações já previstas pelo Grupo Técnico de AIDS e Saúde da População Negra para o combate do racismo

institucional, tendo como estratégia a implementação do quesito raça/cor nos serviços de saúde. Garantir e monitorar a implantação

do quesito raça cor nos serviços de DST/AIDS e de Saúde da Mulher, utilizando-se o método de autoclassificação;

B - Sensibilizar os Programas Municipais para que, em parceria com a sociedade civil, propiciem a comunidade conhecer o problema

da epidemia e enfrentar os contextos de violência (física e psicológica) vivida pelas mulheres negras, garantindo sua participação na

definição de estratégias para o enfrentamento destes problemas.

C - Elaborar e distribuir material instrucional (folhetos, vídeos) para gestantes e profissionais, orientando sobre os exames do

pré-natal e doenças prevalentes, inclusive pré-eclampsia, chamando atenção para o risco acrescido de mortalidade materna entre as

mulheres negras.

D - Propor instrumento simplificado, anônimo, para registro de situações discriminação racial/racismo institucional sofridas por

mulheres, em 10 serviços de AIDS e 10 serviços de Saúde da Mulher.

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M – 11. Garantir o acesso às ações de prevenção às DST/AIDS e atenção à saúde sexual e reprodutiva das mulheres adultas

privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.

Ações:

A- Articular os Programas Municipais de DST/AIDS e as Áreas Técnicas da Saúde da Mulher com Secretaria de Administração

Penitenciária, Fundação CASA, agregando outros parceiros, para readequação das de prevenção ações e assistência às DST/AIDS

voltadas para a população feminina privada de liberdade.

B- Monitorar o cumprimento das ações de prevenção às DST/AIDS pactuadas entre Fundação CASA, Programas Municipais e

Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE).

C- Realizar encontro estadual para as diversas áreas da Fundação CASA para discutir uma proposta de atenção a saúde sexual e

reprodutiva e construir estratégias para a incorporação das ações.

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M – 12. Estruturar ações de prevenção as DST/Aids para mulheres profissionais do sexo, incluindo seus parceiros, na

rede básica de saúde, serviços especializados de assistência e centros de testagem e aconselhamento.

Ações:

A- Pautar discussão no Fórum de Gestores de DST/Aids

B- Capacitar os profissionais de saúde para atender a especificidades destas mulheres, visando diminuir o estigma e a

discriminação,

C- Produzir material de comunicação voltado para este grupo de mulheres e seus parceiros, com conteúdo de prevenção

em DST/Aids e acesso aos serviços de saúde, disponibilizando-o nos seus locais de trabalho,

D- Incentivar realização de ações extra-muros com essa população na Rede de Atenção Básica e Centros de Testagem e

Aconselhamento

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4.3. – Objetivo específico 9, meta 13.

OE – 9. Realizar um trabalho conjunto da área técnica de Saúde da Mulher e do Programa Estadual de DST/AIDS para atender às

vítimas de violência sexual no ESP.

M – 13. Ampliar a rede de atenção integral as adolescentes e mulheres vítimas de violência sexual garantindo os procedimentos de

prevenção, tratamento e profilaxia para DST/AIDS e oferecimento da contracepção de emergência até 2011.

Ações:

A- Pactuar com os gestores municipais a construção da rede de atendimento às vítimas de violência sexual, com capacitação dos

profissionais e integrando os serviços de referência para atendimento de crianças e adolescentes;

B - Implementar e integrar o sistema de notificação sobre violência e garantir a implantação da ficha de notificação de violência nos

serviços sob gestão estadual e municipal dos municípios prioritários.

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4.4. – Objetivo específico 10, metas 14 e 15.

OE – 10. Propiciar a produção de conhecimento para a comunidade e capacitação dos profissionais quanto aos fatores que

propiciam a vulnerabilidade das mulheres às DST/AIDS, em nosso meio.

M – 14. Qualificar a informação sobre os contextos de vulnerabilidade às DST/AIDS das mulheres no Estado de São Paulo.

Ações:

A - Realizar Seminário Estadual com Programas Municipais, universidades, institutos de pesquisa, mídia e sociedade civil para

discutir e construir estratégias para o enfrentamento no crescimento da epidemia das DST/AIDS nas mulheres.

B - Levantamento bibliográfico dos principais trabalhos sobre a temática, incluindo aqueles com dados epidemiológicos, para

atualização da informação.

C - Estimular regionais e municípios a utilizar os dados disponíveis nos diversos sistemas de informação existentes para

reconhecimento de vulnerabilidades locais/regionais e propor estratégias específicas de enfrentamento da feminização da epidemia.

D - Estimular a realização de pesquisa com mulheres, considerando as questões relativas à raça/cor/etnia, gênero e orientação

sexual, incluindo mulheres soropositivas para o HIV, para conhecer melhor os contextos de vulnerabilidade.

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M – 15. Realizar campanhas de comunicação e educação em saúde, voltadas para o aumento do auto cuidado e da percepção de

risco para aquisição das DST/AIDS que enfoquem conceitos de diversidade, raça/cor, gênero, direitos sexuais e reprodutivos, dando

ênfase ao empoderamento das mulheres, até 2011.

Ações:

A - Utilizar os diversos veículos de comunicação, principalmente mídias alternativas e estabelecer parceria com as mídias públicas.

B - Organizar um Encontro Estadual com os Programas Municipais e rádios comerciais, comunitárias e radialistas locais.

C - Viabilizar informação preventiva em impressos do Estado como holerites, conta de água e luz.

D - Incentivar a discussão no Conselho Empresarial

E - Desenvolver estratégias que atinjam, também, o universo masculino e produzir material de comunicação para locais de freqüência

predominantemente masculina.

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4.5. – Objetivo específico 11, metas 16 a 18.

OE – 11. Diminuir a transmissão vertical do HIV e da Sífilis Congênita.

As metas propostas para o alcance do objetivo 11 e para aumento da cobertura do papanicolaou (mais ligadas aos OE de 4

a 8) são objetos de planos específicos:

M – 16. Ter reduzido, até 2011, a taxa da transmissão vertical do HIV de 2,8 % para 1%.

M – 17. Ter eliminado a Sífilis Congênita, até 2011, atingindo um caso para cada mil nascidos vivos

M – 18. Aumentar a razão da cobertura de exame papanicolaou na faixa etária prioritária (25-59 anos) até 2011, em consonância

com a meta estabelecida no Pacto pela Saúde.

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