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ANAIS. Palavras-chave: Docentes de pós-graduação. Produção científica. Congresso Brasileiro de Custos.

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ANAIS

ESTUDO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS DOCENTES DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS DO

BRASIL NO CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS

ODIR LUIZ FANK ( ofank@al.furb.br , odirfank@hotmail.com ) UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

GEOVANNE DIAS DE MOURA ( gdmoura@al.furb.br , geomoura@terra.com.br ) UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

RITA BUZZI RAUSCH ( rausch@furb.br ) UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

RESUMO

O estudo objetiva identificar os professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis do Brasil que mais apresentaram estudos científicos aprovados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009. Realizou-se estudo descritivo, por meio de levantamento bibliográfico, com abordagem bibliométrica e análise quantitativa. Verificou-se que na maioria das pesquisas têm-se como autores 1 professor e mais 2 alunos. O professor da UFPR, Lauro Brito de Almeida possui o maior número de artigos aprovados (11). Em segundo lugar com 10 artigos, estão os professores Antônio Artur de Souza da UFMG e Nelson Hein da FURB.

Palavras-chave: Docentes de pós-graduação. Produção científica. Congresso Brasileiro de

Custos.

1 INTRODUÇÃO

Verifica-se um considerável desenvolvimento qualitativo dos programas de pós-graduação no Brasil e também uma evolução significativa nas pesquisas científicas. Lima (2006 p.35-36) menciona que esse crescimento é seguido de perto pelo controle central do chamado Sistema Nacional de pós-graduação, através da CAPES, “[...] que se empenha em diminuir a força da expansão quantitativa dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu e preocupa-se em conferir a este nível de ensino um padrão de qualidade dito internacional, tão bem preconizado e aceito no clima das políticas neoliberais”.

As características dos cursos de pós-graduação Stricto Sensu no Brasil foram definidas e fixadas pelo Parecer nº 977/65 do Conselho Federal de Educação (CFE). Com o Parecer surgiram as primeiras definições de pós-graduação, sendo estabelecida a estrutura dos programas e definidos os seus objetivos.

Com o crescimento dos programas de pós-graduação Stricto Sensu ocorreu um incremento nas pesquisas científicas no país, pois os programas de pós-graduação Stricto Sensu objetivam a formação de profissionais que desenvolvam a pesquisa. Com as pesquisas cientificas, os professores melhoram a sua qualificação, obtendo novos conhecimentos que podem ser repassados para os alunos nas suas atividades em sala de aula.

Oliveira (2002) ressalta que a divulgação dos trabalhos em congressos e periódicos é um dos principais meios para a comunicação científica, tanto em âmbito nacional quanto

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internacional. O autor ressalta que o conhecimento que as produções científicas geram propicia um inigualável valor a diferentes áreas, servindo de suporte para a criação e disseminação de avanços, proporcionando o desenvolvimento científico. Seguindo, o autor menciona que os periódicos estimulam a qualidade da pesquisa e proporcionam o progresso do conhecimento, melhorando a formação dos docentes, através da seleção e divulgação dos trabalhos científicos.

Quando ocorre a formação de professores e pesquisadores qualificadores aumenta a construção de uma sociedade mais justa, proporcionando a consolidação do Brasil entre os países mais desenvolvidos e inserindo o país num mercado cada dia mais globalizado, preparando-o para os desafios que se apresentam, melhorando a distribuição de renda, a correção das injustiças sociais e melhorando o padrão de vida da sociedade. (BRASIL, 2005).

Baseado no desenvolvimento dos programas de pós-graduação Stricto Sensu, na importância do progresso das pesquisas científicas e sua importância na formação dos docentes, elaborou-se a seguinte questão problema: Quais professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis do Brasil que mais apresentaram estudos científicos aprovados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009?

Como objetivo o estudo busca identificar os professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis do Brasil que mais apresentaram estudos científicos aprovados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009.

Como objetivos específicos o estudo busca identificar a quantidade de artigos publicados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009, quantidade de artigos publicados por professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu e quantidade de autores de cada artigo que possui professores como autor ou co-autor, a fim de verificar se os professores dos programas estão realizando suas pesquisas individualmente ou com a colaboração de alunos ou também com outros professores.

O estudo torna-se relevante por demonstrar uma panorâmica acerca da produção científica dos docentes dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis, os quais são os responsáveis pela formação de novos docentes que irão trabalhar nas instituições de ensino superior nos cursos de ciências contábeis. O estudo tem ainda como relevância identificar o docente e o programa de pós-graduação que mais produzem artigos científicos no Congresso Brasileiro de Custos.

Justifica-se a opção pelo Congresso Brasileiro de Custos pelo fato de possuir conceituação A no Qualis CAPES e ser um dos mais respeitados eventos do Brasil na área contábil, contando com a participação de professores, pesquisadores, profissionais e alunos de todas as regiões do país, tornando-se no decorrer dos anos um espaço privilegiado para apresentação e discussão de conhecimentos.

O artigo está estruturado em seis seções, iniciando com essa introdução. Em seguida, ressalta os programas de pós-graduação Stricto Sensu no Brasil e a importância da pesquisa no desenvolvimento da docência. Após, aborda a metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa. Em seguida, é feita a descrição e a análise dos dados, e por último, apresentam-se as considerações finais.

2 PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU NO BRASIL

Os cursos de pós-graduação apresentam um crescimento considerável no cenário nacional. Para Velloso (2002), a pós-graduação atingiu uma dimensão significativa no conjunto do sistema de ensino superior, podendo ser considerado o melhor capítulo da política de ensino superior no país nas últimas décadas. O autor ressalta que com a implantação de políticas ocorreu o fomento dos programas de pós-graduação Stricto Sensu no Brasil.

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Foi através do Parecer nº 977/65 do Conselho Federal de Educação (CFE) que foram definidas e fixadas às características dos cursos de pós-graduação Stricto Sensu no Brasil. Este Parecer foi responsável pela definição do objetivo do mestrado e do doutorado.

Para Lima (2006, p.36) com a publicação do Parecer nº 977/65 ocorreram às primeiras definições dos cursos de pós-graduação. Portanto, os cursos de pós-graduação no Brasil podem ser definidos como: “[...] o ciclo de estudos regulares em seguimento à graduação, sistematicamente organizados, visando desenvolver e aprofundar a formação adquirida no âmbito da graduação e conduzindo à obtenção do grau acadêmico [...].” (LIMA, 2006, p.36). Ainda conforme o autor, os cursos de pós-graduação segundo o Parecer de 1965, estão estruturados nos níveis de mestrado e doutorado, tendo como objetivo proporcionar ao estudante:

[...] aprofundamento do saber que lhe permita alcançar elevado padrão de competência científica ou técnico-profissional [...] oferecer dentro da universidade o ambiente e os recursos adequados para que se realize a livre investigação científica e onde possa afirmar-se a gratuidade criadora das mais altas formas da cultura universitária [...] ( LIMA, 2006, p.37).

O mestrado se justifica como um grau autônomo, pois proporciona maior competência científica ou profissional para aqueles que o desejam. O doutorado aplica-se a qualquer área do conhecimento, preparando o pesquisador para dedicar-se a carreira científica ou para a carreira acadêmica universitária (LIMA, 2006).

Velloso (2002, p.35) ressalta que esse modelo seqüencial de pós-graduação brasileiro, onde o mestrado precede o doutorado foi criado objetivando o aperfeiçoamento dos quadros docentes do ensino superior e a formação de pesquisadores científicos independentes, tornando-se um centro formador de pesquisadores, estimulando o questionamento.

O nível de pós-graduação só ganha notoriedade quando, no governo militar, com o advento da Lei 5.540/68, Lei de Reforma Universitária, inicia-se a reformulação das políticas educacionais pelo ensino superior, com as manifestações da sociedade civil interessada em promover a modernização do ensino, iniciando a formação de docentes de contabilidade, responsáveis pela formação de futuros contadores. (CUNHA e LEITE 1996)

Ainda de acordo com Cunha e Leite (1996), a Reforma Universitária de 1968 pode ser resumida em: a) departamentalização, que objetiva maximizar o uso de recursos financeiros, instalações e recursos humanos, b) matrícula por disciplina, que busca reduzir os custos de capital e de recursos humanos, c) criação de ciclos de estudos básicos, que visam suprir a deficiência na formação discente, d) vestibular unificado por região em relação a uma mesma área de conhecimento, evitando a ociosidade de vagas, e) criação das licenciaturas, f) institucionalização da pós-graduação. Os autores ressaltam que a Reforma Universitária de 1968, em nível de pós-graduação buscou qualificar professores para o ensino superior, capacitando pessoal para atuar nos setores públicos e privados e estimular a produção de conhecimento científico vinculado ao desenvolvimento do país.

O desenvolvimento dos cursos de pós-graduação no Brasil está diretamente ligado com a criação de órgãos que são importantes para o desenvolvimento da pesquisa no país. Com a criação do Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES, ocorreu à implantação da pesquisa no Brasil e estimulou o surgimento dos programas de pós-graduação no país. O CNPq foi fundado em 15 de janeiro de 1951, através da Lei 1.310, pelo então presidente da república Eurico Gaspar Dutra. O órgão foi criado com o objetivo de promover e estimular a formação de recursos humanos nas áreas científica e tecnológica, cooperação com as universidades brasileiras e intercâmbio com instituições estrangeiras. (CNPq, 2010).

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O CNPq, nos anos 90 criou a Plataforma Lattes e o Diretório de Grupos de Pesquisa, objetivando avaliar, acompanhar e direcionar as políticas e diretrizes de incentivo à pesquisa. A Coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) foi criada em 11 de julho de 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o papel de especializar pessoal em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país. Com o desenvolvimento das indústrias e a complexidade das organizações, surgiu a necessidade da formação de especialistas e pesquisadores nas mais diversas áreas de atividade. (CAPES, 2010).

Através do Decreto nº 86.791 de 1981, a CAPES foi reconhecida como órgão responsável pela elaboração do Plano Nacional de Pós-Graduação Stricto Sensu. A CAPES também é reconhecida como Agência Executiva do Ministério da Educação e Cultura junto ao sistema nacional de Ciência e Tecnologia, com o papel de elaborar, avaliar, acompanhar e coordenar as atividades relativas ao ensino superior.

Cunha, Martins e Cornachione Jr. (2008, p. 2) ressaltam que “o avanço brasileiro nas titulações e cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu mostra-se totalmente incipiente quando tratado sob a óptica da área de Ciências Contábeis”. O primeiro curso de mestrado em contabilidade foi criado pela Universidade de São Paulo - USP em 1970. No ano de 1975 formou os primeiros mestres em contabilidade do Brasil. Em 1978, a Universidade de São Paulo obteve a autorização para implantar o primeiro curso de doutorado no país. Atualmente no Brasil 4 instituições oferecem o curso de doutorado. Além da USP, em 2007 a Universidade de Brasília (UnB) implantou o doutorado. Em 2008 iniciou o Doutorado em Ciências Contábeis e Administração da Universidade Regional de Blumenau (FURB) e em 2009 da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE).

Velloso (2002) ressalta que a lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 contribuiu para o crescimento dos cursos de pós-graduação Stricto Sensu, pois a lei estabeleceu que as universidades tivessem no mínimo 1/3 de mestres e doutores no seu corpo docente a fim de que fossem credenciadas. Após, com a criação de centros universitários ocorreu o aumento da demanda por mestres e doutores, pois ocorreu o crescimento de cursos superiores no país. Esse crescimento no número de instituições de ensino e de cursos proporcionou o acesso ao ensino superior a uma quantidade considerável da população e forçou o aumento e a qualificação dos cursos de pós-graduação Stricto Sensu para atender essa demanda.

O Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010 ressalta que o desempenho da pós-graduação esta ligada a mobilização da comunidade acadêmica nacional, do processo contínuo de integração com a comunidade científica internacional, apoiado pela CAPES e o CNPq. Para esse processo funcionar adequadamente, torna-se necessário um planejamento de médio e longo prazo, incorporando um adequado sistema de avaliação institucional e financiamento do poder público. (BRASIL, 2005).

3 A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NO DESENVOLVIMENTO DA DOCÊNCIA

Para Marion e Marion (1998, p.1) “a universidade (ou qualquer instituição de ensino superior) é o local adequado para a construção de conhecimento para a formação da competência humana. É preciso inovar, criar, criticar para atingir esta competência”. Demo (1993, p. 53) ressalta que “o contato pedagógico próprio da universidade é aquele mediado pela produção/reconstrução de conhecimento”.

Cunha (1989, p.32) menciona que “unir ensino e pesquisa significa caminhar para que a educação seja integrada, envolvendo estudantes e professores numa criação do conhecimento comumente partilhado”. A autora complementa afirmando que através da

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pesquisa a realidade deve ser apreendida e não somente reproduzida.

Com isso, segundo Vasconcelos (1996), o processo de aprendizagem baseia-se no repensar e criar o conhecimento, num processo de reflexão, incentivando o docente na busca do saber, que poderá ser utilizado na sala de aula, inserindo os alunos nesse contexto de pesquisa. Vasconcelos (1996, p.22) complementa mencionando que “isso significa que os docentes devem assumir um papel de "professor investigador", um profissional dotado de uma postura interrogativa e que se revele um pesquisador de sua própria ação docente”.

Marion e Marion (1998 p.2) destacam que “é difícil pensar num bom professor de Contabilidade que não pesquise (que seja apenas um copiador de conhecimento alheio, ou um bom decifrador de livros textos). O bom professor não se define apenas pela aula, pela comunicação”. Os autores mencionam que o docente deve superar os obstáculos que são impostos, utilizando-se de maneiras diversificas de realizar uma pesquisa, não se prendendo demasiadamente em livros textos.

Silva (2007) salienta que do docente deve partir a iniciativa e instigação pela pesquisa, buscando melhorar a aprendizagem e a produção de novos conhecimentos. “Para isto, no entanto, o docente deve ter um preparo, em sua formação, para lidar como a modificação do conhecimento científico, ou seja, ter o trato com o fazer prático do procedimento metodológico deste tipo de saber”. (SILVA 2007, p.53).

Nossa (1999, p.55) ao defender a atuação do professor de ciências contábeis em sala de aula, destaca que “no processo ensino-aprendizagem o professor é o agente ativo e deve ter como papel o elemento facilitador desse processo. Por isso, é fundamental a sua formação docente e profissional”. Desta forma, o professor é responsável em criar possibilidades de aprendizagem e formação aos seus alunos.

Para Zabala (1998), o docente necessita de meios teóricos que tornem a análise da prática reflexiva. Esses meios teóricos podem ser extraídos do estudo empírico e da determinação ideológica, permitindo fundamentar a prática. O autor ressalta que o professor universitário deve ter domínio técnico, na área de sua especialidade, e de competência científica, podendo questionar, recriar, relacionar os diversos conhecimentos e estimular o aluno na busca pela pesquisa e pelo conhecimento.

Venturini et al. (2008, p.2) destacam que o docente precisa buscar o desenvolvimento profissional, que se constitui em “[...] um conjunto de processos e estratégias que facilitam a reflexão dos professores sobre a sua própria prática, que contribuem para que os professores produzam novo conhecimento prático e sejam capazes de aprender a partir da sua experiência”. Os autores complementam que o desenvolvimento profissional do docente compreende processos de auto-questionamento, leituras, participações em encontros, cursos de formação, além da participação em projetos de pesquisa, interagindo com outros profissionais da área.

Para que o professor possa desenvolver o papel de pesquisador, a instituição de ensino deve oferecer suporte para que o mesmo através da pesquisa apresente resultados satisfatórios, produzindo novos conhecimentos e incentivando os alunos a busca de conhecimento por meio da pesquisa. De acordo com Silva (2007 p.53) “[...] espera-se que as Instituições que possuem um maior quantitativo de professores melhores qualificados (em termos de mestrado e doutorado), bem como maior número em regime de tempo integral, tenham uma tendência maior ao desenvolvimento de pesquisas”.

O meio acadêmico necessita de professores qualificados, motivados e com respaldo das instituições de ensino para que possam desenvolver pesquisas com melhor qualidade, proporcionando a geração de novos conhecimentos e estimulando os alunos para o desenvolvimento de pesquisas. Com o desenvolvimento do processo de pesquisas, os docentes se qualificam, adquirem novos conhecimentos que poderão ser utilizados na sua atividade em

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sala de aula, melhorando a qualidade das aulas, proporcionando melhor qualificação aos alunos e incentivando os mesmos a pesquisa.

4 METODOLOGIA

A pesquisa realizada quanto aos objetivos classifica-se como descritiva. Para Castro (1977, p. 66), “quando se diz que uma pesquisa é descritiva, se está querendo dizer que se limita a uma descrição pura e simples de cada uma das variáveis, isoladamente, sem que sua associação ou interação com as demais sejam examinadas”.

Com relação aos procedimentos, a pesquisa é bibliográfica. Gil (1999) menciona que este tipo de procedimento tem como principal direcionador a idéia de pautar seu desenvolvimento sobre material já elaborado, principalmente livros e artigos científicos.

O estudo pode ser considerado bibliométrico. Para Machias-Chapula (1998, p.134), uma pesquisa bibliométrica está orientada para “o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada”. Segundo Vanti (2002, p.153), uma pesquisa bibliométrica “é um conjunto de métodos de pesquisa que utiliza análise quantitativa, estatística e de visualização de dados, objetivando mapear a estrutura do conhecimento de um campo científico e servir de ferramenta para análise do comportamento do pesquisador na construção do conhecimento”.

Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é quantitativa. Richardson (1999, p. 70) afirma que a abordagem quantitativa:

caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc.

Dessa forma, este estudo buscou identificar os professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis do Brasil que mais apresentaram estudos científicos aprovados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009. O levantamento de dados nesse congresso teve como direcionador a seleção de artigos que apresentem professores como autores ou co-autores.

Primeiramente identificou-se por meio do portal da Capes-Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a listagem dos programas de mestrado e doutorado em ciências contábeis recomendados.

Após a seleção dos programas de pós-graduação em Ciências Contábeis, buscou-se nos sites dos programas a relação dos professores que compõem o corpo docente. Os programas que não apresentaram esta informação de forma explícita na sua home page, foram excluídos da amostra. Assim, chegou-se a 229 docentes distribuídos nos 18 cursos dos 15 programas investigados conforme descritos no Quadro 1.

Curso Universidade Sigla

Mestrado 1

Doutorado

Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em

Contabilidade, Economia e Finanças FUCAPE

2 Mestrado Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ

3 Mestrado Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS

Mestrado 4

Doutorado Universidade Regional de Blumenau FURB

5 Mestrado Centro Universitário Álvares Penteado FECAP

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7 Mestrado Universidade Federal do Paraná UFPR

8 Mestrado Universidade Federal de Santa Catarina UFSC

Mestrado 9

Doutorado Universidade de São Paulo USP

10 Mestrado Universidade Federal de Minas Gerais UFMG

11 Mestrado Universidade Federal de Pernambuco UFPE

12 Mestrado Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ

13 Mestrado Universidade Presbiteriana Mackenzie UPM

14 Mestrado Universidade Federal da Bahia UFBA

15 Mestrado Universidade Federal do Espírito Santo UFES

Quadro 1 – Amostra de pesquisa correspondente aos Programas de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis

Fonte: CAPES (2010)

A população da pesquisa compreende os 964 artigos publicados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009. A amostra deste estudo refere-se aos 348 artigos que apresentem professores como autores ou co-autores. A escolha desse congresso deu-se devido ao fato de possuir conceituação A1 no Qualis CAPES e ser um dos mais respeitados eventos do Brasil na área contábil, contando com a participação de professores, pesquisadores, profissionais e alunos de todas as regiões do país, tornando-se no decorrer dos anos um espaço privilegiado para apresentação e discussão de conhecimentos. O período pesquisado foi de 2006 a 2009, pois se partiu do pressuposto de que essa linha temporal transmite segurança sobre a evolução da temática pesquisada.

No processo de coleta de dados, após seleção dos artigos, foi realizada, através de uma ficha padronizada por meio de uma planilha eletrônica do Microsoft Excel a tabulação dos dados.

5 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Esta seção contém a descrição e análise dos dados coletados. Primeiramente, descreve-se a evolução da quantidade de artigos publicados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009. Em seguida, apresenta-se a quantidade de artigos publicados por professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu; a quantidade de autores de cada artigo que possui professores como autor ou co-autor e; o ranking dos professores que mais aprovaram estudos científicos no período analisado.

Na Tabela 1 apresenta-se a evolução da quantidade de artigos publicados por área temática no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009.

Tabela 1 – Evolução da quantidade de artigos publicados por área temática no período de 2006 a 2009

ÁREAS TEMÁTICAS 2006 2007 2008 2009 TOTAL

Controladoria 46 52 61 61 220

Gestão de custos no setor governamental 25 25 31 27 108

Gestão de custos empresas agropec. e agronegócios 22 19 17 20 78

Gestão de custos empresas de comércio e de serviços 26 20 17 13 76

Gestão de custos ambientais e responsabilidade social 14 13 21 20 68

Gestão estratégica de custos 13 20 16 16 65

Ensino e pesquisa na gestão de custo 7 15 16 18 56

Gestão custos para micros, peq. e médias empresas 7 14 17 17 55

Novas tendências aplicadas à gestão de custos 8 10 20 12 50

Desenvolvimentos teóricos em custos 13 13 13 7 46

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Aplicação de modelos quantitat. na gestão de custos 8 6 8 3 25

Gestão de custos e tecnologia da informação 6 8 4 6 24

Gestão de custos logísticos e nas cadeias produtivas 4 7 7 6 24

Custos da qualidade 6 5 6 4 21

Gestão de custos nas empresas do terceiro setor 3 3 3 4 13

TOTAL 215 238 265 246 964

Fonte: dados da pesquisa

Conforme pode ser observado na Tabela 1, ocorreu um aumento na quantidade de trabalhos aprovados de 2006 a 2008, quando o número de trabalhos aprovados, subiu de 215 no ano de 2006, para 265 no ano de 2008. Nota-se também uma pequena diminuição na quantidade de artigos publicados no congresso no ano de 2009.

A área temática de Controladoria apresenta o maior índice de publicações, com 220 artigos de um total de 964. A área de Controladoria destaca-se com o maior número de artigos em todos os anos, tendo 46 artigos aprovados no ano de 2006, elevando-se para 52 artigos no ano de 2007, chegou a 61 artigos aprovados no ano de 2008 e manteve-se o mesmo número de artigos aprovados no ano de 2009, ou seja, ocorreu um aumento de trabalhos nessa área de 2006 a 2008, e houve uma estabilidade no ano de 2009.

Percebe-se ainda por meio da Tabela 1, um número elevado de pesquisas na área de gestão de custos no setor governamental, área que aparece em segundo lugar com um total de 108 artigos no período de 2006 a 2009.

Destaca-se negativamente, com uma redução de artigos aprovados, a área de gestão de custos de empresas de comércio e de serviços, que no ano de 2006 apresentou 26 artigos, no ano de 2007 reduziu-se o número nesta área para 20, com nova redução nos anos de 2007 e 2008 quando foram aprovados 17 e 13 artigos respectivamente.

A Tabela 2 apresenta a quantidade de artigos publicados por professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu no Congresso Brasileiro de Custos nos anos de 2006 a 2009.

Tabela 2 – Quantidade de artigos publicados por professores de cada IES

2006 2007 2008 2009 TOTAL IES % % % % % FURB 13 17 9 11 18 17 15 18 55 16 USP 12 15 17 22 16 15 7 8 52 15 UFSC 8 10 11 14 17 16 7 8 43 12 UFRJ 10 13 5 6 8 7 10 12 33 9 UFPR 5 6 7 9 12 11 6 7 30 9 UNISINOS 13 17 8 10 2 2 7 8 30 9 UFMG 4 5 5 6 7 6 6 7 22 6 PUC 3 4 3 4 4 4 5 6 15 4 UPM - - - - 7 6 7 8 14 4 UFPE 1 1 6 8 2 2 3 4 12 3 UFBA 1 1 3 4 3 3 4 5 11 3 FECAP 3 4 - - 6 6 1 1 10 3 UFRRJ 2 3 3 4 2 2 - - 7 2 UERJ - - 2 3 1 1 3 4 6 2 OUTRAS 3 4 - - 3 3 2 2 8 2 TOTAL 78 100 79 100 108 100 83 100 348 100

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Os dados da Tabela 2 demonstram que, de um total de 964 artigos publicados no Congresso Brasileiro de Custos, 348 deles possuem professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu como autores ou co-autores.

No ano de 2006 destacam-se os professores da FURB e da Unisinos, com 13 artigos aprovados, em seguida têm-se a USP com 12 e a UFRJ com 10 artigos de professores aprovados.

No ano de 2007 os professores da USP foram os que mais aprovaram artigos, um total de 17, que representa 22% do total de 79 artigos aprovados no ano. Em segundo lugar no ano de 2007 apareceu a UFSC com 11 artigos aprovados pelos seus professores e em terceiro lugar a FURB com 9 artigos de professores.

No ano de 2008, novamente destacou-se a FURB com 18 artigos de professores aprovados no congresso, que representou 17% do total de 108 artigos aprovados por professores no ano. Em segundo lugar apareceu a UFSC com 17 artigos aprovados pelos seus professores, seguido pela USP com 16 artigos de professores.

Em 2009, também destacou-se a FURB com 15 artigos de professores aprovados no congresso, que representou 18% do total de 100 artigos aprovados por professores no ano. Em segundo lugar apareceu a UFRJ com 10 artigos e em terceiro lugar aparecem a USP, UFSC, Unisinos e UPM, todas com 7 artigos de professores aprovados.

De maneira geral verificou-se que a FURB possui o maior número de artigos de professores aprovados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009, com 55 artigos, que representa 16% do total de 348 artigos aprovados. Destacaram-se também a USP com 52, a UFSC com 43 e a UFRJ com 33 artigos de professores no período.

A Tabela 3 apresenta a quantidade de autores de cada artigo aprovado, que contém professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu como autores ou co-autores no congresso, no período analisado, a fim de verificar se os professores dos programas estão realizando suas pesquisas individualmente ou com a colaboração de alunos ou também com outros professores.

Tabela 3 – Quantidade de autores por obra

IE S 1 d o ce n te 1 d o ce n te e 1 d is ce n te 1 d o ce n te e 2 d is ce n te s 1 d o ce n te e 3 d is ce n te s 1 d o ce n te 3 o u + d is ce n te s 2 d o ce n te s 2 d o ce n te s e 1 d is ce n te 2 d o ce n te s e 2 d is ce n te s 2 d o ce n te s e 3 d is ce n te s 3 d o ce n te s 3 d o ce n te s e 1 d is ce n te 3 d o ce n te s e 2 d is ce n te s T O T A L FURB 0 15 23 7 2 0 5 3 0 0 0 0 55 USP 1 18 9 8 4 2 5 4 0 0 1 0 52 UFSC 2 4 14 7 10 1 3 0 0 0 2 0 43 UFRJ 2 9 5 13 2 1 1 0 0 0 0 0 33 UFPR 3 5 8 4 4 0 1 5 0 0 0 0 30 UNISINOS 4 8 7 3 0 2 4 2 0 0 0 0 30 UFMG 2 4 4 7 2 0 2 1 0 0 0 0 22 PUC 0 1 3 1 0 0 8 0 0 0 2 0 15 UPM 2 4 2 1 1 0 1 2 0 1 0 0 14 UFPE 0 2 0 3 1 0 1 2 0 0 1 2 12 UFBA 2 0 5 1 2 0 1 0 0 0 0 0 11 FECAP 0 2 0 1 0 0 0 3 0 0 4 0 10 UFRRJ 0 4 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 7 UERJ 0 2 2 0 1 0 0 0 1 0 0 0 6 OUTRAS 2 2 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0 8 TOTAL 20 80 87 57 29 6 32 23 1 1 10 2 348

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ANAIS

Percebe-se por meio da Tabela 3, que dos 348 artigos analisados, apenas 20 são produzidos de maneira individual pelos professores dos programas, e que, os professores da Unisinos são os que mais realizam pesquisas individualmente, com 4 artigos aprovados no período, seguidos pelos professores da UFPR com 3 artigos.

Também é possível perceber por meio da Tabela 3 que a Unisinos e a USP aprovaram 2 artigos produzidos por 2 professores, e que, a UFSC e a UFRJ aprovaram 1 artigo cada uma, escrito por 2 professores. Somente a UPM aprovou 1 artigo produzido por 3 professores e, nenhuma IES aprovou artigos com 4 ou mais autores professores.

Verifica-se, portanto, que a maioria das pesquisas realizadas por professores ocorreram com a colaboração de alunos dos programas, sendo que a maioria dos artigos aprovados, possuem como autores 1 professor e mais 2 alunos, sendo 87 de um total de 348 artigos aprovados no período analisado. Destes 87 artigos, destca-se a FURB com 23 artigos aprovados que possuem como autores, 1 professor e 2 alunos.

Destacam-se ainda, os artigos que possuem como autores 1 professor e 1 aluno, que totalizaram 80 artigos. Destes 80 artigos, destaca-se a USP com 18 artigos aprovados que possuem como autores, 1 professor e 1 alunos.

Também aparecem em elevado número os artigos que possuem como autores, 1 professor e 3 alunos, que totalizaram 57 artigos. Destes 57 artigos, destaca-se a UFRJ com 13 artigos aprovados que possuem como autores, 1 professor e 3 alunos.

Na Tabela 4, demonstra-se os professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu que mais aprovaram estudos científicos no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009.

Tabela 4 – Ranking dos professores com maior número de publicações

Ranking Nome do autor que consta na lista IES do autor no

artigo N° Artigos

1 Lauro Brito de Almeida UFPR 11

2 Antônio Artur de Souza UFMG 10

2 Nelson Hein FURB 10

3 Ilse Maria Beuren FURB 9

3 Marcelo Alvaro da Silva Macedo UFRRJ 9

3 Sônia Maria da Silva Gomes UFBA 9

4 Altair Borgert UFSC 8

4 Carlos Alberto Diehl UNISINOS 8

4 Roberto Fernandes dos Santos PUC 8

4 Rogério João Lunkes UFSC 8

4 Samuel Cogan UFRJ 8

4 Sandra Rolim Ensslin UFSC 8

5 Ademir Clemente UFPR 7

5 AUSTER MOREIRA NASCIMENTO UNISINOS 7

5 Ernani Ott UNISINOS 7

5 Jorge Eduardo Scarpin FURB 7

5 Maria José Carvalho de Souza Domingues FURB 7

5 Neusa Maria Bastos F. Santos PUC 7

5 Romualdo Douglas Colauto UFMG 7

Fonte: dados da pesquisa

Observa-se, na Tabela 4, que o professor da UFPR, Lauro Brito de Almeida, é o professor com maior número de artigos publicados no Congresso Brasileiro de Custos, no período de 2006 a 2009, com 11 aprovações. Em segundo lugar, cada um com 10 artigos

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ANAIS

nesse evento, estão os professores Antônio Artur de Souza da UFMG e Nelson Hein da FURB.

Em terceiro lugar, com 9 artigos aprovados, estão os professores Ilse Maria Beuren da FURB, Marcelo Álvaro da Silva Macedo da UFRRJ e Sônia Maria da Silva Gomes da UFBA. Com 8 artigos aprovados no período, e ocupando o quarto lugar no ranking, aparecem os professores Altair Borgert da UFSC, Carlos Alberto Diehl da Unisinos, Roberto Fernandes dos Santos da PUC, Rogério João Lunkes da UFSC, Samuel Cogan da UFRJ e Sandra Rolim Ensslin da UFSC.

Ocupando o quinto lugar no ranking, com 7 publicações no período, aparecem os professores Ademir Clemente da UFPR, Auster Moreira Nascimento da Unisinos, Enani Ott da Unisinos, Jorge Eduardo Scarpin da FURB, Maria José Carvalho de Souza Domingues da FURB, Neusa Maria Bastos F. Santos da PUC e Romualdo Douglas Colauto da UFMG.

Os demais professores dos programas não tiveram artigos publicados, ou obtiveram menos que 7 artigos publicados no Congresso brasileiro de Custos no período analisado, por isso, não aparecem no ranking da Tabela 4.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo teve como objetivo identificar os professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis do Brasil que mais apresentaram estudos científicos aprovados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009 e os resultados apresentados caracterizam o perfil dos artigos aprovados por professores.

Os dados da pesquisa revelam que ocorreu um aumento de trabalhos aprovados de 2006 a 2008 no Congresso Brasileiro de Custos, quando o número de trabalhos, subiu de 215 no ano de 2006, para 265 no ano de 2008, porém ocorreu uma pequena diminuição no ano de 2009 para 246.

A área temática de Controladoria apresentou o maior índice de publicações, com 220 artigos de um total de 964. A área de Controladoria destacou-se com o maior número de artigos em todos os anos, tendo 46 artigos aprovados no ano de 2006, elevando-se para 52 artigos no ano de 2007, chegou a 61 artigos aprovados no ano de 2008 e manteve-se o mesmo número de artigos aprovados no ano de 2009, ou seja, ocorreu um aumento de trabalhos nessa área de 2006 a 2008, e houve uma estabilidade no ano de 2009. Percebeu-se um elevado número de pesquisas na área de gestão de custos no setor governamental, área que apareceu em segundo lugar com um total de 108 artigos.

Destacou-se negativamente, com uma redução de artigos aprovados, a área de gestão de custos de empresas de comércio e de serviços, que no ano de 2006 apresentou 26 artigos, no ano de 2007 reduziu-se o número nesta área para 20, com nova redução nos anos de 2007 e 2008 quando foram aprovados 17 e 13 artigos respectivamente.

Os dados demonstram que, do total de 964 artigos publicados no Congresso Brasileiro de Custos, 348 deles, possuem professores dos programas de pós-graduação Stricto Sensu como autores ou co-autores e verificou-se que a FURB possui o maior número de artigos de professores aprovados no Congresso Brasileiro de Custos no período de 2006 a 2009, com 55 artigos, que representa 16% do total de 348 artigos. Destacaram-se também a USP com 52, a UFSC com 43 e a UFRJ com 33 artigos de professores no período.

Percebeu-se que dos 348 artigos analisados, apenas 20 foram produzidos de maneira individual pelos professores dos programas, e que, os professores da Unisinos são os que mais realizam pesquisas individualmente com 4 artigos aprovados no período, seguidos pelos professores da UFPR com 3 artigos.

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Verificou-se, que a maioria das pesquisas realizadas por professores ocorreram com a colaboração de alunos dos programas, sendo que a maioria dos artigos aprovados, possuem como autores 1 professor e mais 2 alunos, sendo 87 de um total de 348. Destacaram-se ainda, os artigos que possuem como autores 1 professor e 1 aluno, que totalizaram 80 artigos. Também apareceram em grande número os artigos que possuem como autores, 1 professor e 3 alunos, que totalizaram 57 artigos.

O professor da UFPR, Lauro Brito de Almeida, é o professor com a maior quantidade de artigos publicados no Congresso Brasileiro de Custos, no período de 2006 a 2009, com 11 aprovações. Em segundo lugar, cada um com 10 artigos nesse evento, surgem os professores Antônio Artur de Souza da UFMG e Nelson Hein da FURB. Em terceiro lugar, com 9 artigos aprovados, aparecem os professores Ilse Maria Beuren da FURB, Marcelo Álvaro da Silva Macedo da UFRRJ e Sonia Maria da Silva Gomes da UFBA.

Sugere-se para pesquisas futuras, aplicar outros parâmetros bibliométricos, comparar os resultados desta pesquisa com os de outros congressos nacionais, e até mesmo ampliar a amostra para revistas nacionais no âmbito da contabilidade.

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