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Este suplemento comercial faz parte integrante do Diário de Notícias de 7 de abril de 2015 e não pode ser vendido separadamente

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(1)

REABILITAÇÃO

RESPIRATÓRIA

DPOC

TRATAMENTOS | ESPECIALIDADES | CONSELHOS | INFORMAÇÕES

Maior autonomia para os doentes respiratórios

Uma doença que não pode permanecer desconhecida

abril

MÊS DO PULMÃO

CONHECER OS SINTOMAS, APOSTAR NA PREVENÇÃO

E NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÓNICAS

ABRIL.2015 revista gratuita Es te su ple me nto co me rci al faz pa rte in teg ran te do D iár io de N otí cia s d e 7 de ab ril de 2 01 5 e n ão po de se r v en did o s ep ara da me nte Capa.indd 1 30-03-2015 18:34:55

(2)

02 . caBEÇA abril.2015

Acreditamos que em conjunto com médicos e outros profissionais de saúde podemos contribuir para a melhoria da qualidade de vida e autonomia dos doentes respiratórios crónicos.

Para isso contamos com uma equipa de profissionais competentes, com experiência e know-how para o apoiar em cada fase do tratamento respiratório domiciliário, desde a prescrição passando pela monitorização da adesão do doente à terapia.

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Linde: Living healthcare

Linde Saúde,

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(3)

abril.2015

editorial

.

03

N

ficha técnica

PUBLICAÇÃO da Unidade de Soluções

Comerciais Multimédia da Global Media Group Coordenação SOFIA SOUSA

Edição e Redação ANDRÉ SOUSA

Design e Coordenação de Arte SOFIA SOUSA Paginação PATRÍCIA COELHO

e CRIATIVOS LISBOA Publicidade LUÍS BARRADAS (Diretor Comercial Diretos

Sul), PAULO BRUNHEIM

sumário

É uma realidade preocupante: apenas

0,1% dos indivíduos com doença respiratória

crónica em Portugal participam em programas

de reabilitação respiratória

Números que contrastam com a realidade europeia, em que a reabilitação respiratória é uma ferramenta de elevada afirmação na estratégia de tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e restantes doenças respiratórias crónicas. O caso português peca por falta de informação e urge criar, junto dos vários intervenientes, uma consciência alargada da importância desta prática clínica no esforço de melhoria da qualidade de vida e autonomia dos doentes.

Um centro de referência

O AIR Care Centre da Linde Saúde assume-se como uma resposta óbvia a este panorama. Uma equipa altamente quali-ficada, motivada e com um foco claro na proximidade com os doentes. Longe de ser a antítese à visão de tratamento hospitalar das doenças respiratórias crónicas, a reabilitação respiratória deve ser encarada como o complemento óbvio ao tratamento medicamentoso, abordando de forma integrada e personalizada doenças que assumem as especificidades próprias dos doentes afetados e merecem uma concentração de esforços multidis-ciplinar que inclua os doentes numa estratégia de tratamento pragmática.

A REABILITAÇÃO

RESPIRATÓRIA

Apoio Apoio logístico

Acreditamos que em conjunto com médicos e outros profissionais de saúde podemos contribuir para a melhoria da qualidade de vida e autonomia dos doentes respiratórios crónicos.

Para isso contamos com uma equipa de profissionais competentes, com experiência e know-how para o apoiar em cada fase do tratamento respiratório domiciliário, desde a prescrição passando pela monitorização da adesão do doente à terapia.

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04

CONHECER Os sintomas da DPOC, cuja identificação é vital

06

TRATAMENTO O processo detalhado de reabilitação respiratória

12

TESTEMUNHOS Reabilitação repiratória na primeira pessoa

13

TABACO Os malefícios do tabagismo

08

ESPECIALISTA Visão esclarecida do Dr. Carvalheira Santos

10

OPINIÃO Respira, uma associação de relevo em Portugal

14

NUTRIÇÃO Alimentação adequada, por Dra. Maria Pais Vasconcelos

(4)

04 . conhecer abril.2015

U

Quatro letras

a conhecer

Uns impressionantes 14% da população portuguesa-com mais de 40 anos são afetados por esta doença, que de certa forma se assume como um companheiro silencioso da nossa sociedade. Falta informação, escla-recimento público que garanta uma maior consciência acerca da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC),

uma condição clínica muitas vezes incapacitante, de caráter progressivo e cuja reversão dos danos causados é difícil e diminuta.

O maior culpado por esta patologia é, como em muitas questões relacionadas com as doenças do pul-mão, o tabagismo. O consumo ou a exposição passiva

Uma das doenças com maior incidência em Portugal, a DPOC

ainda não é suficientemente conhecida no nosso país, acarretando

consequências graves para a população

sabia que

A tosse e expetoração persistentes são os principais sinais de alerta de DPOC.

(5)

abril.2015

conhecer

.

05

aos elementos que constituem o tabaco são efetiva-mente a maior causa para esta doença, mas também ambientes com elevada poluição, poeiras e fumos as-sociados a certas práticas industriais podem espoletar a DPOC, geralmente em grupos de risco caracterizados não só pelos comportamentos ou meio ambiente, mas também pela idade, onde a maior incidência se regista nos indivíduos com mais de 40 anos.

A importância do diagnóstico

A fase inicial da doença instala-se de forma pouco evi-dente, com sintomas que são frequentemente ignorados ou menorizados. Os primeiros sinais de alerta são tos-se e expetoração persistentes, que não cedem mesmo após tratamento com medicamentos. Adicionalmente, a dificuldade em respirar e o cansaço físico devem ser encarados como uma ameaça séria e um sinal de mo-tivação maior para consultar o seu médico e proceder a um diagnóstico.

O diagnóstico precoce desta doença é aliás um fator crítico para prevenir a sua agudização. Através de uma espirometria, ou seja, a medição da função pulmonar dos indivíduos, baseada numa experiação forçada, recolhen-do os darecolhen-dos sobre a quantidade de ar que uma pessoa consegue soprar e durante quanto tempo. Trata-se de um procedimento simples e não invasivo, mas ainda assim

fundamental para o início do tratamento da DPOC, re-tardando os seus efeitos e minimizando o seu impacte na qualidade de vida dos doentes. A DPOC caracteriza-se por uma resposta inflamatória anómala dos pulmões, resultante da inalação de partículas ou gases nocivos já mencionados. As alterações patológicas pulmonares decorrentes resultam na diminuição do calibre das vias aéreas respiratórias e destruição do tecido pulmonar, com consequências nas trocas gasosas que constituem a respiração e no débito aéreo, resultando em situações de dispneia (falta de ar), que são tendencialmente maiores se não se proceder ao tratamento adequado.

Melhores hábitos

Esse tratamento pode incluir, consoante a gravidade do diagnóstico, a administração de fármacos sob a for-ma de inaladores (broncodilatadores e corticoides) ou mesmo a ventilação realizada no domicílio, que em casos de maior gravidade pode ser de longa duração.

Para retardar a evolução da doença com sintomas extremos, deve ser levada a cabo a cessação dos com-portamentos de risco, como o consumo do tabaco. O exercício físico e a nutrição correta são igualmente vi-tais e constituem, a par da educação e aconselhamento para a DPOC, aspetos fundamentais para a reabilitação respiratória.

//

PARA EVITAR ESTE TIPO DE CASOS

MAIS AVANÇADOS, COM SINTOMAS

EXTREMOS, DEVE SER LEVADA A CABO

A CESSAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS

DE RISCO, COMO O CONSUMO

DO TABACO

(6)

06 . Tratamento abril.2015

As doenças respiratórias crónicas afetam de forma

profunda a vida dos doentes. No seu tratamento, é

essencial ver cada pessoa de forma personalizada,

num elemento de grande proximidade

A

A reabilitação respiratória é uma intervenção abrangente, integrada e multidisciplinar, que responde às várias alterações de que sofrem os doentes respiratórios crónicos – a nível pulmonar, musculoesqueléti-co, psicológimusculoesqueléti-co, nutricional e do seu equilíbrio. Por isso, a reabilitação recorre a vários profissionais, para que com o seu contributo e conhe-cimentos possam de forma interdis-ciplinar estabelecer um programa individualizado para cada doente.

A estratégia do AIR Care Cen-tre assenta num programa de rea-bilitação respiratória caracterizado por uma grande abrangência, que olha para os doentes de uma forma global, sem se focar em apenas uma componente da doença. Só olhando para o doente no seu todo, pode ser operacionalizado um tratamen-to que seja adequado, atendendo às suas especificidades.

Pilares da Reabilitação

Respiratória

São essenciais para um tratamento bem-sucedido das doenças respi-ratórias crónicas e, em particular da doença pulmonar obstrutiva

Ver além

da doença

(7)

abril.2015

tratamento

.

07

crónica, os três pilares que defi-nem o programa de reabilitação do AIR Care Centre da Linde Saú-de: a avaliação e controlo clínico, exercício e educação. O programa do Air Care Centre tem uma dura-ção de 12 semanas, que contempla um acompanhamento próximo e intensivo, sendo as consultas com os vários especialistas (pneumolo-gista, fisiatra, fisioterapeuta, psicó-logo, enfermeiro e nutricionista), assim como os vários testes realiza-dos, vitais para elaborar um plano personalizado de acordo com as necessidades únicas dos doentes. Depois das 12 semanas de reabilita-ção no AIR Care Centre o doente tem ao seu dispôr um serviço de acompanhamento que pode ir até 1 ano, com reavaliações clínicas periódicas, ajustamentos do seu programa de exercício físico autó-nomo e reforço de estratégias de autogestão da doença. Este perío-do de acompanhamento é crucial para alguns doentes conseguirem efetivamente mudar comportamen-tos e manter os resultados obtidos durante as 12 semanas de treino e educação prévias.

Conhecimento e movimento

O centro de reabilitação respiratória da Linde Saúde foi pensado para uma crescente autonomia dos seus doentes. O objetivo do AIR Care Centre é dotar os participantes do

seu programa das ferramentas (físi-cas e psicológi(físi-cas) para serem autó-nomos no seu tratamento. Assim, e depois de inseridos no programa, os doentes têm acesso aos vários equi-pamentos de treino, destinados a trabalhar as componentes aeróbica e cardiovascular, a força, a flexibili-dade e o equilíbrio.

O treino é acompanhado pe-los fisioterapeutas, mas é também muito importante a autoavaliação do doente ao longo de todo o pro-cesso, recorrendo por exemplo à Escala de Borg, por forma a consi-derar o nível adequado de esforço físico que potencia os melhores resultados.

A componente educativa do programa de reabilitação respirató-ria do AIR Care Centre é composta por 11 sessões temáticas, que abor-dam várias componentes, tais como as dificuldades motoras nas tarefas quotidianas e como as ultrapassar, mas também questões do foro psi-cológico ou mesmo da afetividade e sexualidade, que não podem ser ignoradas na lógica de tratamento. A par desta verdadeira educação so-bre a doença, o acompanhamento por um nutricionista e um psicólo-go assegura as melhores condições para que o programa de reabilitação respiratória da Linde Saúde seja um esforço concertado, com impacte to-tal na melhoria da qualidade de vida dos seus doentes.

//

PROTOCOLOS

• Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa

• Associação dos Oficiais das Forças Armadas • Associação Respira • Associação Sindical Juízes

• SUB-SISTEMAS

(regime livre) • ADSE • IASFA • ADM • GNR • PSP • SAMS Quadros • CGD

O OBJETIVO DO AIR

CARE CENTRE É DOTAR

OS PARTICIPANTES DO

SEU PROGRAMA DAS

FERRAMENTAS (FÍSICAS

E PSICOLÓGICAS) PARA

ASSUMIREM A AUTONOMIA

NO SEU TRATAMENTO

(8)

08 . Especialista abril.2015

A importância da

Reabilitação

Respiratória

DR. ANTÓNIO CARVALHEIRO SANTOS PNEUMOLOGISTA

A DPOC É UMA

DOENÇA SISTÉMICA,

O QUE COMEÇA POR

AFETAR O PULMÃO,

SE NÃO FOR TRATADO,

ACABA POR AFETAR

OS OUTROS ÓRGÃOS

C

Contudo, constatamos que a reabilitação respiratória é uma realidade para apenas 0,1% dos doentes com DPOC em Portu-gal, num total de mais de 800 mil afetados, o que contrasta de forma flagrante com uma média europeia de 30 % e que em alguns países, como a Holanda, chega aos 70%. A reabilitação respiratória, no caso português, surge frequentemente num estado mais avançado da do-ença, quando os doentes se encon-tram num círculo vicioso em que o problema original, no pulmão, acaba por desenvolver problemas musculares, fruto do cansaço e do próprio receio do doente, que dão origem à não realização de ativi-dade física.

A DPOC é uma doença sisté-mica, o que começa por afetar o pulmão, se não for tratado, acaba por afetar os outros órgãos. Tudo está interligado, existe uma tríade entre pulmão, coração e músculo que não pode ser descurada e a reabilitação respiratória, em

par-ticular o treino de exercício, tem efeitos benéficos em todos eles. Não se pode apenas medicar para que existam melhorias sintomáti-cas, mas sim dar capacitação física e psicológica para que os doen-tes possam viver a sua doença de uma forma mais ajustada. Nestes moldes, um doente tem conheci-mento do que pode fazer, como pode fazer e quando o pode fazer. Hoje, existe um conceito forte de que a reabilitação respiratória deve fazer parte do tratamento das doenças respiratórias crónicas. Um conceito atestado por estudos científicos, com provas de que os doentes têm menos agudizações e, consequentemente, a menos visitas às urgências hospitalares e internamentos, necessitam de menos medicamentos e portanto acarretam menos custos económi-cos, sociais e pessoais. Um doente com melhor conhecimento e au-tonomia sobre a sua doença pode prevenir quer a sua agudização como o seu agravamento, e

sabe-Segundo as Normas

de Orientação Clínica

da Direção Nacional

de Saúde, a reabilitação

respiratória deve fazer parte

integrante do tratamento

de todos os doentes com

doença respiratória

crónica sintomática

(9)

abril.2015

Especialista

.

09

sabia que

Reabilitar é voltar a habilitar, voltar a capacitar, numa intervenção biopsicossocial.

se hoje que cada agudização tem efeitos cumulativos e que quanto mais tarde surgir essa primeira agudização no processo natural da doença, maior será a longevidade do doente.

A reabilitação respiratória as-sume assim uma importância foca-lizada a três níveis: para o doente, para a sociedade e para o Estado. É importante para o doente, porque a sua capacidade de realizar as suas atividades quotidianas, contribui para uma melhor integração social e familiar. O aumento da auto--ges-tão da sua doença traduz-se também numa avaliação e antecipação das variações da sua doença. A socie-dade ganha, por seu lado, indivíduos mais disponíveis em termos

qualita-tivos e quantitaqualita-tivos. Para o Estado, a reabilitação respiratória reverte-se numa sociedade mais equilibrada e numa redução dos custos associados à saúde.

O AIR Care Centre não nasceu por acaso. Já há muitos anos que a Linde Saúde se dedica aos cuidados respiratórios domiciliários e depa-ra-se no seu dia a dia com muitos doentes para os quais a reabilitação devia fazer parte integrante do seu tratamento.

A empresa sentiu que era a altura de investir nessa área e, para Portugal, é motivo de or-gulho que este seja o primeiro centro de reabilitação respiratória da Linde Saúde a nível mundial. Reabilitar é voltar a habilitar,

vol-tar a capacivol-tar, numa intervenção biopsicossocial. Investimos muito na educação, temos sessões que envolvem os familiares do doente, falamos abertamente sobre os tó-picos que podem ajudar o doente de forma global.

Apoiamo-nos numa equipa multidisciplinar e de elevadíssi-ma experiência, e é a partilha de conhecimentos que diferencia o nosso trabalho, numa relação que é impossível de operacionalizar num contexto hospitalar.

A nossa relação com os doen-tes é, na verdade, uma intimidade que se conquista e que contribui para o doente obter melhores resultados, na verdade, uma inti-midade que se conquista.

//

(10)

10 . Opinião abril.2015

A

Prevenção e tratamento

atempado

O testemunho da Associação Respira, nome maior da defesa

dos interesses de doentes de doenças respiratórias em Portugal

A Respira tem tido, desde o seu iní-cio, a preocupação de dar resposta aos interesses dos doentes com DPOC. Atualmente, faz parte do Programa Nacional das Doenças Respiratórias, participa em reuniões de sociedades cientifica desta área, re-aliza atividades de formação e educa-ção a jovens com o objetivo de alertar para as causas da DPOC e promover a saúde respiratória e, com a ajuda de técnicos de cardiopneumologia, tem efetuado espirometrias a grupos de risco. Tem trabalhado com os orga-nismos oficiais no sentido de garantir que a medicação para estas doenças tenha maior comparticipação e para ver reconhecidas as comorbilidades associadas a esta patologia, muitas vezes incapacitantes, mas ainda sem enquadramento legal.

Estas quatro letras, DPOC, são a sigla de uma doença que ainda permanece desconhecida da maio-ria dos portugueses. É uma doença

sabia que

A Respira é uma associação de referência na defesa dos interesses e direitos das pessoas com DPOC.

(11)

abril.2015

opinião

.

11

que engloba várias patologias e que só recentemente viu valorizada pelas entidades oficiais e sociedades cienti-ficas a importância da sua prevenção, face ao seu maior fator desencadeante, o tabaco. Para que se inverta a situação de passar despercebida do grande público, é importante fazer campanhas de sensibi-lização para dar a conhecer os sintomas mais frequentes desta doença e alertar para os malefícios do tabaco, pois a prevenção é a principal arma

que temos contra a DPOC. A Respira considera nesse sentido fundamentais: a pre-venção do tabagismo na popu-lação muito jovem, na fase da pré-adolescência, com cam-panhas específicas; consultas gratuitas de Cessação tabágica; a implementação de uma rede de Espirometrias, a nível dos cuidados de saúde primários, que permitiria o diagnóstico precoce da DPOC; a informa-ção e o acompanhamento efe-tivo das pessoas com DPOC e outras doenças respiratórias.

A REABILITAÇÃO RESPIRATÓRIA FAZ

PARTE INTEGRANTE DO TRATAMENTO DAS

PESSOAS COM DPOC. INDISPENSÁVEL NOS

CASOS MAIS GRAVES, TEM COMO OBJETIVO

POTENCIAR AS CAPACIDADES DO DOENTE

ESTRATÉGIA DE DETALHE

O Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, único na Europa, fornece-nos normas de boas práticas clínicas e linhas de orientação para o diagnóstico e tratamento das doenças respiratórias. No entanto, cremos que ainda não conseguimos ultrapassar as assimetrias regionais entre os recursos disponíveis nos grandes centros urbanos e litoral versus o interior do País, pese embora o grande esforço feito pelos profissionais de saúde para proporcionar o acesso ao tratamento adequado a cada um dos seus doentes. A “massificação” também não é a nosso ver a solução para a qualidade de vida da pessoa com DPOC ou outra doença respiratória. Há que encontrar, para cada um, o tratamento farmacológico mais adequado e eficaz, e o tratamento não farmacológico, que pode ou não incluir a oxigenoterapia e ventiloterapia, e que passa pela educação e pela alteração de hábitos alimentares e de comportamentos, tanto do doente como da sua família, que é o seu suporte. A reabilitação respiratória faz parte integrante do tratamento das pessoas com DPOC. Indispensável nos casos mais graves, tem como objetivo potenciar as capacidades do doente. Os programas de reabilitação respiratória englobam sessões de exercício de treino de resistência ao esforço, de aprendizagem de técnicas de respiração e sessões educativas que visam aumentar o conhecimento do doente sobre vários temas, como a própria doença e seus sintomas, nutrição, stress e ansiedade, entre outros. O que se pretende é a redução da dispneia, a melhoria da tolerância ao esforço, a capacidade de conhecer alterações dos sintomas e prevenir agudizações, saber lidar com fatores geradores de stress e ansiedade e assim contribuir para melhorar a sua qualidade de vida e a inserção familiar e social. Existem ainda poucos Centros de Reabilitação Respiratória em Portugal e faria sentido que os mesmos passassem a ser centros de proximidade ou seja, tal como a rede de espirometrias, fossem implementados a nível dos cuidados de saúde primários. A Respira, atenta às necessidades não só dos seus associados, mas de todos os que têm doenças respiratórias crónicas irá em breve reeditar a Brochura Reabilitação Respiratória, que já pode ser consultada no site da associação, e que aborda esta temática relevante para quem sofre de doença respiratória.

(12)

12 . testemunhos abril.2015

PRIMEIRA PESSOA

No AIR Care Centre da Linde Saúde, o mais importante são as pessoas. As experiências

de quem por lá passa são a melhor forma de conhecer a filosofia deste centro.

Cármen Pereira é dona de uma mente

inquisitiva.

Foi a sua curiosidade que a levou até ao AIR Care Centre, depois de ler num jornal uma notícia acerca da inauguração deste centro. A bióloga marinha, agora reformada, foi confrontada com um diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crónica há cerca de dez anos, e agora que completa um ano de reabilitação respiratória reconhece as vantagens. “Sinto que com este programa lido melhor com os meus limites, ensinaram-me a viver melhor com a doença que tenho. Aprendi a respirar, que pode parecer algo intuitivo, mas respirar sobretudo com o abdómen, por exemplo, ao contrário de respirar com o tórax, permite uma respiração mais profunda.” Outro fator que lhe é importante é a equipa, composta por “pessoas que gostam do que fazem, excecionalmente dedicadas a nós, que ficam contentes com os nossos progressos. Ajudam a perceber melhor o que tenho e a sentir-me mais forte para lidar com a doença todos os dias, o que é uma grande conquista”.

Crisálida Neves, deparou-se há dois anos

perante um cenário preocupante.

“Sou médica pediatra e passei por uma fase complicada, em que tive de apoiar as minhas netas recém-nascidas, como avó e médica. Ignorei os sintomas da minha doença e acabei internada com uma pneumonia intersticial bilateral.” A partir daí começou o processo de reabilitação, para lidar com o cansaço que permaneceu devido à fibrose pulmonar residual. Referenciada pelo seu pneumologista, Crisálida Neves considera “muito importante abordar o tratamento de uma forma integrada, com exercício e acompanhamento psicológico, porque o pulmão acaba por ser o órgão das emoções, com grande impacte no bem-estar da mente.” Longe de se sentir restringida pelo programa do AIR Care Centre, Crisálida Neves confessa estar “a aprender a viver mais devagar, mas a fazer aquilo que eu quero. As terapeutas estão muito atualizadas, têm muita experiência e são muito competentes, para além de nos acompanharem de perto, com carinho!”.

(13)

13 . Prevenir abril.2015

Ganhar a luta

contra o fumo

U

O tabaco está na linha da frente dos

potenciadores para o desenvolvimento de doenças

respiratórias crónicas. A batalha contra os seus

efeitos não pode ainda ser dada como ganha

Um simples cigarro contém quase cinco mil substâncias químicas. Sim, leu bem. Conhecer esta lista de com-ponentes e compreender as suas con-sequências levaria muito mais tempo do que aquele que leva um cigarro a arder, e é o simbolismo dessa fuga-cidade que expressa a urgência em estabelecer estratégias eficazes para a cessação tabágica.

Um fumador de longa duração encurta a sua expectativa de vida em cerca de treze anos e em pelo menos 50% dos fumadores a causa de morte está relacionada diretamente com o consumo de tabaco. Para além das doenças cardiovasculares e cancros, o tabaco é também um elemento-chave no desenvolvimento de patologias do foro respiratório, nomeadamente a DPOC.

Viver sem o tabaco

Tornou-se clara a influência do taba-co na DPOC. Vários estudos revela-ram a relação existente entre a dose

de tabaco consumido (número de cigarros fumados ou outras formas de tabaco) e a progressão da doen-ça, demonstrando que a cessação tabágica é a intervenção com maior impacte na longevidade dos doen-tes, independentemente do estádio de gravidade da doença em que se encontrem.

Esta situação prende-se com a capacidade da DPOC em tirar partido de pequenas alterações indi-viduais, que resultam da capacidade do organismo de cada indivíduo em montar uma resposta anti-inflamatória ao fumo do tabaco e aos seus compo-nentes tóxicos. Associado à perda da elasticidade pulmonar inerente ao en-velhecimento, o tabaco é um dos mais ativos motores de desenvolvimento da DPOC, pelo que a estratégia de pre-venção desta patologia só será bem-sucedida se acompanhada de um forte incentivo à cessação tabágica, no qual os cuidados de saúde primários representam aliados privilegiados.

//

EFEITOS DO TABACO

NA SAÚDE PULMONAR

Mais de cinquenta componentes do tabaco demonstraram ser carcinogénicos - Estimula a hipertrofia

das glândulas submucosas. - Aumenta a produção

de muco no pulmão e nos brônquios. - Dificulta a expetoração,

provocando tosse, bronquite crónica e asma. - Provoca lesões alveolares, fibrose e espessamento de artérias e veias. - Conduz ao edema

pulmonar, colapso e maior destruição dos alvéolos.

Os seus efeitos não são reversíveis.

(14)

14 . nutrição abril.2015

U

Alimentação influencia

a saúde respiratória

Um dos aspetos mais importantes que relaciona a alimentação e a respiração é o tipo de macronu-trientes que ingerimos: hidratos de carbono, proteínas, gorduras e fibras. Estes fornecem-nos a energia necessária para viver, através da sua metabolização, que é um processo que necessi-ta de oxigénio (O2) e que, como

produto final, liberta dióxido de carbono (CO2). Estes dois gases

são trocados com a atmosfera na inspiração e expiração e, por essa razão, a quantidade que se ingere pode interferir com a qualidade da respiração.

Os hidratos de carbono da ali-mentação são excelentes fontes de energia, mas no caso de sofrer de

DRA. MARIA PAES VASCONCELOS Nutricionista no AIR Care Centre

problemas respiratórios, como a DPOC, o seu aporte pode ter de ser um pouco mais reduzido, para ajudar a produzir menor quantida-de quantida-de CO2. No caso dos doentes

que estejam mais magros, com bai-xo peso, poderá ser útil aumentar um pouco a gordura ingerida (que produz menos CO2) em

substitui-ção dos hidratos de carbono (que produzem mais CO2).

Cuidados a observar

A fibra deve estar presente na alimentação, em geral entre 20 a 30 g por dia, mas com atenção de forma a evitar os gases intestinais, que podem interferir com os mo-vimentos respiratórios. Também o sal é dos minerais a que deve-mos prestar mais atenção, pois em excesso altera a distribuição dos fluidos no organismo, podendo provocar edemas.

Finalmente, vigiar o peso é muito importante: nem de mais, nem de menos. Um corpo bem nutrido consegue enfrentar algu-ma infeção com algu-mais facilidade do que as pessoas muito magras ou com excesso de peso. E se hou-ver uma alteração brusca que não consiga explicar, fale com o seu médico.

//

A saber

Preferir os alimentos ricos em hidratos de carbono complexos e ricos em fibra, como os cereais integrais, mas também fruta e vegetais, que são excelentes fornecedores de antioxidantes. Evite os açúcares simples como os doces e refrigerantes.Divida as refeições ao longo do dia, para que seja fácil tomá-las. Se for propenso a acumular gases, evite alimentos como o feijão, grão, couve-flor, alface, ou até a lactose (caso haja intolerância). A água deve ser bebida ao longo do dia e, dependendo do estado de saúde, pode ter de ser controlada para não haver exageros.

(15)

abril.2015

cabeça

.

015

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