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A COSTA EXPERIÊNCIAS INESQUECÍVEIS EM PORTUGAL. PORTUGAL É UM PAÍS ENVOLTO EM TONS DE AZUL. O país mais a sul da

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Academic year: 2021

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PORTUGAL É UM PAÍS ENVOLTO EM TONS DE AZUL. O país mais a sul da Europa encontra-se entre os azuis infinitos do céu, tantas vezes sem nuvens, e os azuis incomparáveis do mar revolto. Nesta finisterra, o continente europeu mergulha dramaticamente no oceano Atlântico, que abraça o país de norte a sul. O Atlântico tem estado indissociavelmente ligado à identidade de Portugal. Tem atraído civilizações desde sempre. A desertificação do interior de Portugal, na verdade, não é nada de novo − as pessoas sempre se instalaram mais facilmente na linha costeira. De frente para o vasto oceano, e com os olhos postos no horizonte, os marinheiros aventuravam-se a descobrir lugares desconhecidos. A importância do oceano Atlântico para Portugal é lendária e inegável.

Os mais de 800 quilómetros de costa do país estão repletos de surpresas. A linha costeira muda drasticamente de lugar para lugar, e o mesmo acontece com a água, do azul-escuro da Costa de Prata para o quase transparente da Arrábida, e o azul-celeste no Algarve. Há praias do tamanho de um campo de futebol sem uma única alma e baías minúsculas, com cenários ao estilo de Onde Está o Wally? Dunas sem fim, falésias colossais e cavernas escondidas. Praias icónicas e conhecidas contrastando com as secretas, acessíveis apenas por mar ou através de trilhos desafiantes. Quase sem ondas ou com turbilhões imparáveis. Paraísos para os surfistas ou indicadas para as crianças. Há para todos os gostos, para todos os desejos, para todos os dias e todas as estações do ano. Poucos países albergam uma linha costeira tão épica como Portugal. Descobrir ao máximo esta maravilha ziguezagueante da natureza significa ir para além dos caminhos mais percorridos. Desde a Costa Verde, no Norte, até ao sotavento algarvio, há quilómetros e quilómetros de tesouros escondidos e banhos salgados.

A COSTA

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SERIA ERR ADO PENSAR QUE O INTERIOR DE PORTUGAL não tem ofertas refrescantes. Especialmente as regiões mais montanhosas do centro e norte de Portugal têm cursos de água abundantes, que abrem o seu caminho através de massas monumentais de xisto ou granito. Cascatas e quedas d’água mergulham em piscinas naturais nas mais deslumbrantes paisagens. O mais conhecido dos lugares é, sem dúvida, o Parque Nacional da Peneda-Gerês. Siga os caminhos dos rios Homem, Cávado, Lima, Rabagão e Arado – apenas para citar alguns − e os seus afluentes. Mas mesmo no pico do verão, a sensação de sardinha em lata é fácil de evitar se estiver disposto a levar consigo as suas botas de caminhada. As paisagens tendem a ser um pouco mais idílicas quando não há carros estacionados mesmo ao lado. Mesmo as regiões mais áridas de Trás-os-Montes oferecem muitos banhos de água doce aos visitantes, como a albufeira do Azibo e as praias fluviais nos Parques Naturais de Montesinho e Alvão. No centro de Portugal, a região das Beiras é um autêntico parque de diversões de verão. Na serra da Freita, na serra do Açor e na serra da Lousã, por entre aldeias de xisto e ardósia, as oportunidades aquáticas são mais que muitas. E mesmo que se encontre no abrasador Alentejo, tem os lagos das albufeiras de Montargil e Alqueva para se refrescar, rodeados de sobreiros e olivais. O interior de Portugal não é menos digno de um destino de verão do que a costa. Mas mesmo no inverno, lugares como estes são escapadelas muito gratificantes. Sinta a verdadeira força dos muitos cursos de água de Portugal, rugindo pelas montanhas, por entre enormes penhascos. E o melhor de tudo isto? Terá tudo para si. Palavra.

AS QUEDAS D’ÁGUA, ALBUFEIRAS E PRAIAS FLUVIAIS

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15 1 0 0 E X P E R I Ê N C I AS I N E S Q U E C Í V E I S E M PO RT U GA L

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MUITAS VEZES IGNOR ADAS PELOS VISITANTES, as serras portuguesas oferecem algumas das mais genuínas experiências de viagem. Viajar para aldeias aconchegadas entre colinas poderosas e vales verdejantes é conhecer uma outra face do país. Nesta terra selvagem e indomada, o tempo esfuma-se. Casas de pedra e antigas ruas calcetadas contam histórias de vidas comunitárias. Os moinhos de água, os espigueiros e os fojos dos lobos são relíquias do passado. A vida ainda corre ao ritmo das estações do ano. E cada uma delas tem o seu próprio encanto. As cadeias montanhosas de Portugal não são grande alívio para as temperaturas quentes no verão, mas o sol impiedoso vai levá-lo a quedas d’água e praias fluviais. À medida que o calor do verão diminui, as encostas começam a animar com a época das colheitas e são cobertas pela luz dourada do sol do outono. Tapetes de neve transformam o extremo norte e a serra da Estrela que, com os seus 1993 metros, é o ponto mais alto de Portugal continental, num país de maravilhas silenciosas. E, depois, chega a primavera e uma explosão de flores lilases e amarelas cobre as íngremes encostas em redor das Aldeias de Xisto. Visite as Aldeias Históricas na fronteira com Espanha para conhecer os castelos batidos pelo vento, nos cumes das colinas solitárias. O forte contraste entre o Portugal montanhoso, a norte do rio Tejo, e o relevo mais suave do sul, não significa que não existam aqui montanhas. A serra de São Mamede, com os seus castanheiros e medronheiros, tem um encanto único. Há incríveis cadeias montanhosas à beira-mar, como as de Sintra e da Arrábida, que se erguem como paredes verdes do oceano Atlântico. E, no Algarve, a serra do Caldeirão e a serra de Monchique provam que há mais a descobrir na região para além da costa. Este é um Portugal escondido, intemporal, resistente e mágico.

AS SERRAS

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CAMINHADAS

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PROVAVELMENTE, A MELHOR MANEIR A DE conhecer este país a fundo é

seguir os seus muitos trilhos. De curta ou longa distância, em solo pedregoso ou passadiços de madeira, íngremes ou planos − Portugal tem de tudo, para todos. Siga caminhos antigos, percorridos por celtas e romanos, pastores e pescadores, peregrinos e contrabandistas. Caminhe à sombra de árvores centenárias ou sob o sol impiedoso. Há excelentes Pequenas Rotas (PR) − caminhadas de um dia − em todo o comprimento e largura do país. A serra da Freita tem caminhadas fantásticas e variadas, extraordinariamente bem marcadas. Será arrebatado pelas maravilhas da serra da Estrela, outrora coberta de glaciares, a coroa de Portugal continental. E as caminhadas no vale do Douro são uma outra forma de compreender a icónica região vinícola. Planeie vários dias numa das muitas Grandes Rotas (GR). A Grande Rota do Côa faz com que caminhe por território selvagem, a Grande Rota Peneda-Gerês atravessa todo o único Parque Nacional de

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19 E X P E R I M E N T E . . .

Portugal e a Grande Rota Terras de Sicó leva-o através de uma das regiões mais autênticas do país que, de outra forma, não visitaria. O Trilho dos Pescadores, ao longo da Costa Vicentina, já ganhou um estatuto lendário, mas será que já considerou a Via Algarviana? Ou, talvez, a recém-criada Grande Rota do Guadiana? O mítico Caminho de Santiago português é, definitivamente, também um dos mais notáveis. Pode igualmente selecionar facilmente trilhos de um dia em todos estes percursos de longa distância.

Mapas detalhados e informações complementares sobre os percursos podem ser encontrados nas páginas de Internet das câmaras municipais ou nas agências de turismo locais. Uma última coisa antes de partir: cascas de banana e papel higiénico não fazem parte dos habitats naturais pelos quais irá caminhar. A decomposição leva muito mais tempo do que seria de esperar, por isso pense nos seus companheiros e futuros caminhantes e não deixe vestígios para trás.

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HÁ MAIS PAR A ALÉM DE LISBOA do que apenas paisagem. E há mais em Portugal do que apenas as suas «três cidades principais» − Lisboa, Porto e Coimbra. Pode ser muito estimulante passar uns dias numa das cidades menos conhecidas do país. Ninguém tende a associar Trás-os-Montes aos centros urbanos, mas existem cidades interessantes, como Miranda do Douro, nas margens dramáticas do rio com o mesmo nome, e Chaves. Esta última orgulha-se não só do seu pitoresco centro histórico, mas também do espetacular Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, projetado pelo famoso arquiteto Álvaro Siza Vieira. Viana do Castelo e Braga são pequenas cidades animadas e vibrantes, como só se vê no Minho. Rodeada pelas Montanhas Mágicas da região das Beiras, encontra-se a jovem e dinâmica cidade de Viseu, onde o medieval se entrelaça suavemente com o contemporâneo. Aveiro explode com cores, canais e Arte Nova. Rodeada de gado e cavalos, Santarém é a Capital do Gótico. Setúbal combina perfeitamente a onda de praia descontraída e as tradições dos pescadores com a atração de um bonito centro histórico. Montemor-o- -Novo, no Alentejo, acolhe tanto artistas como criativos. Mais do que uma simples porta de entrada para o Parque Natural da Ria Formosa, Olhão tem um extraordinário bairro cubista e os vibrantes edifícios do mercado municipal. E, tal como há vida urbana no campo, também há vida rural nos locais mais urbanos. Se vaguear um pouco para além dos percursos clássicos, até Lisboa e o Porto o farão, por vezes, duvidar se está na cidade ou numa aldeia no meio do campo.

FUGAS URBANAS

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PLANEAR AS SUAS VIAGENS ou escapadelas em torno de celebrações tradicionais, festivais e rituais acrescenta algo completamente novo às viagens em Portugal. Em particular destaque ao longo deste livro estão celebrações populares que já marcavam o calendário dos nossos antepassados há mais de 2000 anos. Estes rituais foram, mais tarde, cristianizados para apagar as suas raízes pagãs. Embora já não sejam reconhecidas como tal, a maioria das festividades cristãs coincide com solstícios e equinócios, com o fim e o início das estações, a hibernação e a celebração da natureza e da vida. O dia de São Martinho, o Natal, o Carnaval e os Santos Populares, em junho, são apenas alguns exemplos. Testemunhar os rituais de inverno e o Carnaval no planalto de Miranda − onde as pessoas ainda estão profundamente ligadas às antigas raízes destas festividades − é uma experiência espetacular. Mas há também as surpreendentes celebrações da Páscoa de Castelo de Vide,

FESTIVAIS, FESTAS E TRADIÇÕES

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carregadas de influências judaicas. Ou a animada bênção dos animais, em junho, na pequena cidade de Vila Verde. As crianças vão a «banhos sagrados» no oceano, em Esposende, no dia da Romaria de São Bartolomeu do Mar. Depois de junho, agosto poderá ser o mês mais animado de Portugal. É quando milhares de portugueses emigrados regressam às suas aldeias, que prosperam com festividades de rua e procissões em honra dos santos padroeiros. Também as Festas Medievais de Óbidos e Santa Maria da Feira contribuem para a euforia do mês de agosto.

A gastronomia merece igualmente um lugar de destaque. O polvo é celebrado em toda a sua glória em Tavira, enchidos fumados em todo o Norte e queijos em Seia. E para além do espetacular tradicional, há o inovador, o surpreendente e o criativo, como os festivais Bons Sons, Músicas do Mundo, Imaginarius ou o MIMO Amarante.

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HÁ, EM MÉDIA, UM RESTAUR ANTE por cada 120 habitantes em Portugal, em comparação com um por cada 450 na Europa. Escusado será dizer que seria um desperdício absoluto não se entregar aos pratos e especialidades locais ao percorrer as estradas neste país. Mais do que em muitos outros lugares hoje em dia, o ritmo das estações ainda define as antigas receitas da gastronomia local. Fruta, legumes, carne e peixe de alta qualidade fazem de cada refeição algo que vale realmente a pena. Sem grandes molhos, apenas ingredientes puros. Quando estiver na costa, siga o cheiro de peixe grelhado na rua. A caldeirada de peixe da costa ocidental, a cataplana do Algarve e os percebes de Vila do Bispo ficarão na sua memória por muito tempo. Quando na serra, banqueteie-se com carne assada em fornos de lenha tradicionais, com a vitela produzida localmente no Gerês ou a posta

COMER E BEBER

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à mirandesa no planalto de Miranda. Se passar pela região da Bairrada, encontrará leitão assado no menu. Visite os mercados locais para elaborar um piquenique de cinco estrelas, com o melhor dos frutos da época, queijos locais, amêndoas, azeitonas e pão estaladiço. Portugal é slow cooking sem artifícios − apenas cozinha real e despretensiosa. E depois há os vinhos. Encontramos produção de vinho em literalmente todas as regiões de Portugal. Experimente o vinho verde, no Minho, o histórico vinho Callum, em Oleiros, o vinho do Porto, no vale do Douro, e os tintos do Alentejo, quentes e secos como o seu clima. Poucos lugares podem competir com a excelente relação qualidade/preço de Portugal. Visitar durante a vindima é uma grande oportunidade de ligação com as antigas regiões produtoras de vinho. Ou melhor: sujar as mãos nas vinhas e erguer o seu copo a Baco.

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JÁ LÁ VAI O TEMPO EM QUE FICAR em hotéis olvidáveis era quase a única opção quando se viajava. Nos últimos anos, assistiu-se a um grande crescimento das alternativas originais para passar as suas noites. Os vulgares apartamentos turísticos das cidades não se enquadram nesta categoria, mas o campo, em especial, está repleto de lugares perfeitos para ficar. Se estiver à procura de locais especiais para acampar, encontrará lugares exclusivos nas margens de rios tumultuosos. Acampar não é o seu forte? Então, o glamping pode ser. Procure tipis com vistas privilegiadas de céus estrelados ou casas de árvores aninhadas em bosques mágicos. Passe alguns dias numa aldeia medieval com calçadas empedradas, ao lado da lareira numa casa rústica de pedra. Muitas destas últimas têm o selo «Turismo Rural», atribuído às casas que foram requalificadas respeitando a arquitetura envolvente e utilizando os materiais tradicionais da região. Uma estadia numa quinta de uma região vinícola oferece um olhar íntimo sobre a produção de vinho e sobre a vida no campo, longe das multidões. Para uma combinação de história e luxo, procure as Pousadas de Portugal − monumentos históricos, como cidadelas, mosteiros e castelos, convertidos para alojamento. Há algo para todos os gostos e para cada orçamento. Especialmente se for para uma estadia na natureza durante vários dias, vale bem a pena o esforço de mergulhar na oferta interminável de lugares únicos para escapar à rotina diária.

FIQUE EM SÍTIOS ÚNICOS

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