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Programa. da Lista para a Direcção do Colégio de Especialidade de Cirurgia Oral OMD

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Academic year: 2021

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Programa

da Lista para a Direcção do Colégio de Especialidade de Cirurgia Oral

OMD

Notas breves de um Programa de acção da lista candidata à Direcção do Colégio de Especialidade de Cirurgia Oral presidida por Jerónimo Fernandes. O Colégio de Especialidade de Cirurgia Oral é constituído por todos os médicos dentistas especialistas em Cirurgia Oral que constam da lista publicada e que nesta data se compõe de 138 colegas, aos quais me dirijo e a quem nos apresentamos para este processo eleitoral em curso.

Razões de uma candidatura

Desde a década de 1990 que me envolvi, colaborei e contribuí para a diferenciação, divulgação e organização da especialidade de Cirurgia Oral em Portugal

Fui sócio fundador e primeiro Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Oral.

Em Junho de 1998 organizei no Porto o 1º Congresso de Cirurgia Oral em Portugal, com a presença de grande parte ou da quase totalidade das personalidades que em Portugal se dedicavam à Cirurgia Oral e de muitos outros estrangeiros, em palestras e apresentações, discussões de temas deste âmbito profissional. Na sequência deste evento e da minha capacidade de mobilização de meios, boas vontades, de agregação de interesses e objectivos, foi constituída a EFOSS, European Federation of Oral Surgery Societies.

Também, e em decorrência do ambiente de animação e do despertar de vontades e inquietações pela evolução numa área onde a Medicina Dentária se encontrava pouco diferenciada, com os médicos dentistas subordinados a outros profissionais concorrenciais no mesmo campo específico, com falta de meios e interesses que levassem a uma maior e continuada diferenciação e afirmação neste âmbito, foi assumida a necessidade de se proceder à nomeação de um grupo inicial de médicos dentistas que, por reconhecido mérito, competência e exercício profissional diferenciado, passaram a ser os iniciadores desta especialidade em Portugal. E, assim, foram nomeados por reconhecimento e mérito, e como tal outorgado o título de especialistas em Cirurgia Oral pela OMD a António Felino, Germano Rocha, Jerónimo Fernandes e João Carvalho.

Depois de um período de grande entusiasmo com a institucionalização da especialidade, a existência dos primeiros especialistas cuja actividade e

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diferenciação na época era encarada com a perspectiva e propósito de iniciar um processo evolutivo e consistente que conduzisse à definição de um núcleo fundador do Colégio de Especialidade de Cirurgia Oral, esperava-se que tal tivesse feito o seu caminho, o fosse fazendo. Porém, tal não se verificou.

Era expectável que esse grupo de especialistas propusesse, debatesse e promovesse as normas, regulamentos e demais regras que organizassem um modelo de trabalho e de normas que fosse permitindo a formação e diferenciação de novos colegas nesta especialidade, através de definição de conteúdos programáticos, meios e métodos de avaliação para a regulamentação de um processo de transição e de validação de especialização. Uma vez que isto não aconteceu, e o processo sofreu um interregno de cerca de duas décadas em que se quedou numa letargia evidente, prejudicial e que coartou o desenvolvimento e a afirmação da Cirurgia Oral em Portugal, eis que há cerca de quatro anos o processo entrou numa nova fase que aqui nos trouxe, aquela fase em que nos encontramos para sedimentar a regulação da especialidade de Cirurgia Oral em Portugal.

Somos, portanto, e nesta data após a finalização do período de transição concluído no ano de 2019, cento e trinta e oito especialistas em Cirurgia Oral reconhecidos pela OMD e legalmente investidos com essa competência e diferenciação profissional que temos a responsabilidade de prosseguir e tomar em mãos a defesa da idoneidade desta área do saber e de exercício profissional.

É, pois, a este universo dos especialistas que constituem o Colégio de Especialidade de Cirurgia Oral que me dirijo particularmente e a cada um. Lidero uma equipa constituída por colegas de várias gerações, de diversas origens em termos de formação e diferenciação profissional pré e pós-graduada.

Lidero uma equipa com sensibilidade histórica, com vivência de mais de três décadas de Cirurgia Oral em Portugal, que esteve por dentro dos momentos mais representativos na evolução desta especialidade da Medicina Dentária, e que sempre acompanhou e contribuiu para o progresso e melhoria desta área, que a todos nos une.

É pela união de um projecto que nos deve agregar debaixo de valores partilhados e do maior denominador comum que apelo ao vosso apoio e ao vosso voto nesta lista.

É na qualidade de quem foi actor e protagonista desde os primórdios da existência desta especialidade e até hoje, que a conhece por dentro em diversas instituições e contextos que aqui estou e vos interpelo para a responsabilidade de se envolverem e darem o vosso contributo e apoio a esta lista que carrega características únicas, construtivas e agregadoras.

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De realçar o que queremos valorizar como corpo de princípios e valores que nos norteiam nesta missão, sublinhando a unidade que pretendemos imprimir nesta fase e prosseguir ao longo do mandato que nos propomos exercer.

Partilhamos e representamos valores de idoneidade, de integridade, independência, e norteados pela firme convicção de defesa da obrigação de consolidar e desenvolver a especialidade através de um processo de diálogo permanente com os agentes e instituições que possam dar o seu contributo para este objectivo: defesa intransigente da qualidade do exercício e da formação da Cirurgia Oral.

Temos a experiência e a competência capazes de concretizar os desígnios a que nos propomos, e que são, em síntese:

Propomos promover a reunião, colaboração, discussão e debate no seio da especialidade entre todos os colegas especialistas e instituições de ensino, formação e exercício profissional, que irá resultar do desenvolvimento da estratégia aqui delineada.

Assumimos e defendemos a importância das formações parciais em diversos serviços aos quais se deve poder avaliar e dar, ou não, capacidade formativa, validação de créditos cumulativos de um trajecto ou carreira que vai sendo construída e que não se confina a um período de formação intensiva findo o qual, com caracter temporário e exclusivo, a competência, proficiência e autonomia estejam na sua forma definitiva terminada e dada como adquirida, e como único modelo de formação.

Ainda, defendemos que os serviços e unidades de formação possam ter modelos de aprendizagem e exercício com parceria entre instituições que contribuem para uma prática e capacitação melhorada, diversificada e mais próxima do modelo de trabalho profissional que será o ambiente do futuro especialista em Cirurgia Oral.

Que estes programas de formação possam vir mesmo a evoluir para uma autonomia de propositura em que o candidato em formação se disponha em submeter o seu plano de formação prévia e que, atempadamente, possa através dele estabelecer um futuro menos incerto na sua concretização para a obtenção do título de especialista.

Deste modo, a formação em exclusividade, de três anos tal como está actualmente definida e de modo único como modelo de formação e diferenciação, ou em tempo parcial de cinco anos, por exemplo, acumulando formação em instituições ou serviços reconhecidos como idóneos, são algumas das possíveis sugestões a serem submetidas a proposta de alteração do presente Regulamento.

Também em questões relacionadas com as tabelas, sistematização e nomenclaturas, relações e valores de actos cirúrgicos, sua propositura, revisão e defesa do interesse e relevância da especialidade, através da auscultação de

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todos os membros do colégio de especialidade, são um dos nossos propósitos e compromissos.

A regulação da actividade cirúrgica, dos locais, meios e actividades, no que concerne à Cirurgia Oral, será uma das nossas obrigações, seja através do mandato e delegação de competências emanadas dos órgãos competentes da OMD quer elaborando proactivamente a recolha e disponibilização dessa informação para as entidades internas e externas que de algum modo se possam relacionar ou ter especial interesse nesta realidade ou problemática. O âmbito da Cirurgia Oral, a sua definição e enquadramento no actual contexto da prática da Medicina Dentária diferenciada, a sua progressiva diferenciação em qualidade e grau de exigência prática, de exercício profissional, serão um dos focos desta lista quando em exercício do mandato que se propõe exercer enquanto Direcção do Colégio de Especialidade.

Neste quadro, releva de grande importância e sensibilidade o relacionamento interinstitucional e com as áreas médicas afins, sejam as especialidades da Medicina, nomeadamente a Estomatologia, ORL, Oftalmologia, Anestesia, Cirurgia Geral, Cirurgia Maxilo-facial, Cirurgia Plástica, Oncologia, e outras, e ainda com as diversas especialidades da Medicina Dentária e médicos dentistas generalistas. Definir bem o âmbito da especialidade e defendê-lo com responsabilidade e competência.

E ainda, a importância do desenvolvimento das relações com a Sociedade Portuguesa de Cirurgia Oral, que foi a primeira e até hoje a única associação legalmente constituída que agregou os interessados nesta especialidade.

Deste modo iremos propor e desafiar a SPCO para a realização de um Congresso conjunto a curto prazo, a realização de um Congresso autónomo, que esperamos vir a ser já presencial logo que terminado o actual constrangimento resultante do estado sanitário existente no país e a nível global.

Também através da participação activa no Congresso anual da OMD consolidando esta especialidade no panorama geral, através do estímulo e apoio a publicações, fóruns online, formação e informação aberta para a comunidade de Medicina Dentária em geral, e mesmo para a população, são algumas das linhas de acção que nos propomos desenvolver.

Será de grande importância uma interacção e partilha com as congéneres estrangeiras, desenvolver, colher as melhores práticas, alinhar com outros países e as suas instituições diferenciadas na área da Cirurgia Oral

E, pugnar pela evolução das equipas de colaboração multidisciplinares, hospitalares públicas e privadas, onde a traumatologia, a patologia oral e geral, a relação com o meio ambiente de bloco operatório são essenciais para a formação e desenvolvimento dos cirurgiões orais

Ter em atenção a questão dos sub sistemas de saúde, companhias de seguros e outros actores que no mercado da saúde e da prestação de cuidados, e

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quanto ao que as comparticipações e honorários diz respeito, vão evoluir para a exclusiva competência dos especialistas, sendo certo que a maior parte dos actos diferenciados de cirurgia oral vão ficar da exclusiva responsabilidade dos especialistas para efeitos destas questões e ainda para efeitos deontológicos, de boas práticas e de responsabilidade profissional.

Sim, este é um Programa ambicioso, é um programa muito ambicioso! Para o levar à prática temos toda a disponibilidade, vontade e capacidade de agregar as ideias e boas práticas da totalidade do universo que pensamos vir a representar.

A questão de o presidente do colégio não poder acumular em muitas deliberações onde é parte interessada, é mais valia da minha candidatura, e assumo esta qualidade diferenciadora em toda a sua plenitude e consequências!

Aqui, nesta lista, não existem conflitos de interesses, sim, leram bem, aqui nesta lista não existem conflitos de interesses!

Tenho disponibilidade total. Tenho um passado.

Tenho um projecto.

Não tenho dependências ou vínculos orgânicos ou institucionais nestas matérias, mas conheço bem todas as realidades.

Sou um agregador de pessoas, de relações, com ideias firmes, idoneidade, capacidade de trabalho, competência e saber lidar com as hierarquias e instituições a todos os níveis e em todos os ambientes organizacionais.

Represento duas gerações de médicos dentistas, separadas por dez anos da minha formação pré-graduada, e mais duas que se seguiram com as quais me relacionei, ajudei a formar e a escolher um caminho, a tantos que ainda hoje se reveem em mim, e naquele tempo em que os desinquietei e despertei para a nobre arte de exercer com técnica e saber a Cirurgia Oral.

Uma equipa abrangente, representativa, intergeracional, interinstitucional, de carácter nacional, vinda do início da história da Cirurgia Oral enquanto especialidade em Portugal e a querer passar para os seguintes, para a actual geração que está na sua pujança de capacidade de trabalho, com predisposição para mudar, inovar, reformar e melhorar, para deixar aos vindouros, aos que nos vão continuar e conduzir para o futuro o que de melhor temos e construímos, uma especialidade que abraçamos com paixão e dedicação total e permanente.

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- Garantir o rigor e a qualidade do exercício técnico, ético e deontológico da especialidade de Cirurgia Oral nas instituições onde se realizam actos de Cirurgia Oral diferenciados.

- Promover o prestígio, desenvolvimento e dinamismo na defesa da especialidade entre a comunidade dos especialistas, dos médicos dentistas em geral, a nível nacional e entre as congéneres internacionais.

- Contribuir para a melhoria da cooperação institucional entre os diversos serviços e centros de formação diferenciada apoiando a capacidade de desenvolvimento e acção formativa, académica, clínica e assistencial.

- Desenvolver as relações com as outras especialidades e com a Medicina Dentária generalista.

- Pugnar pelo envolvimento da Cirurgia Oral nos organismos e instituições que a nível nacional, Ministério da Saúde, DGS e outros, definem as políticas de natureza organizativa nas matérias relacionadas com a nossa especialidade. - Dinamizar a excelência dos centros de referência em Cirurgia Oral a nível nacional

- Envolver o Colégio de especialidade nas actividades académicas sempre que consultado para o efeito e posicionando o órgão representativo e mais diferenciado nesta matéria para uma colaboração activa com as instituições de ensino pré e pós-graduado, de investigação e formação.

Breves notas, acerca do Regulamento, rever e propor alterações

Revisão do actual Regulamento, e desenvolver propostas, critérios de idoneidade dos serviços, propor modelo de inquérito aos serviços com posterior análise, com metodologia concreta, definição da idoneidade formativa de todos os serviços que se proponham e da sua capacidade formativa.

Definição prévia, já, agora ou a curto prazo dos limites quantitativos no país em termos de formação de novos especialistas de modo que os novos possam ir sendo acomodados às necessidades e renovação geracional, e ainda pela progressiva diferenciação de actos e da sua abrangência. Dar esta orientação, através de consulta prévia ao universo de especialistas, às entidades competentes e através da OMD enquanto representante máxima da nossa classe profissional.

Propor reuniões com os internos em formação, e manter um contacto próximo com quem está nestes processos.

Propor a criação de um “logbook”, “Diário do Cirurgião Oral”, para registo de todas as actividades ao longo da formação especializada e que irá acompanhar o CV e demais documentação na fase final de avaliação, e que poderá ser um diário da vida de um cirurgião oral.

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Definir o modelo de exame final, melhorar o actual, depois de ouvir o universo dos especialistas, o Colégio de especialidade.

Promover formas de integração nas estruturas clínicas diferenciadas contribuindo para a correcta identificação dos serviços e unidades de referência de modo a garantir a sua credibilização através de desenvolvimento de auditorias sobre o cumprimento de boas práticas no seu funcionamento.

Enquadrar o âmbito de competências do Colégio de Especialidade e Cirurgia Oral

É um órgão de natureza técnica cujas sugestões, recomendações e decisões estão sujeitas a apreciação e ratificação pelo Conselho Geral.

Apesar desta limitação e enquadramento estatutário, e no âmbito da mesma definição dos Estatutos da OMD, o Colégio de especialidade tem uma área de actuação de grande amplitude, daí a necessidade de lhe dar consistência programática numa perspectiva de acção e apoio ao desenvolvimento dos fins e razões da sua existência. Por esta evidência se exige um conhecimento concreto e o mais detalhado possível de um plano de acção, de um programa tal como esta candidatura aqui o apresenta e o sujeita a debate e discussão para o necessário esclarecimento e melhoria.

Conselho Consultivo

Será um órgão de acompanhamento, de consulta sobre as grandes linhas de orientação estratégica relativas à coordenação, tendo como objectivo acompanhar e aconselhar através de uma visão externa e abrangente, a aplicação das melhores práticas na prossecução da missão e dos objectivos estatutários do Colégio de especialidade.

Este Conselho consultivo terá uma existência informal enquanto não se realizar a revisão do Regulamento que o acolha de modo formal e regulamentar, o que será realizado a curto prazo tal como as demais propostas de alteração a serem submetidas e instituídas a seu tempo e de acordo com os preceitos normativos e legais em vigor.

Constituição:

Presidente do Colégio de especialidade Um membro do Conselho Geral da OMD

Um membro designado por cada um dos Serviços de Cirurgia Oral das Faculdades de Medicina Dentária

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Uma lista que se propõe à Direcção do Colégio de Especialidade de Cirurgia Oral com História, com Ética, com Presente, e com Futuro para a nossa especialidade

Jerónimo Fernandes, Sérgio Pereira, Miguel Guimarães, Raquel Zita, Ana Lopes

Porto, 26 de Fevereiro de 2021 (corrigido em 6 de Março de 2021) José Jerónimo Macedo de Matos Fernandes

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Referências

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