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QUINHENTISMO LITERATURA COLONIAL LITERATURA INFORMATIVA. Desembarque de Cabral em Porto Seguro, por Oscar Pereira da Silva

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Texto

(1)

Literatura dos conquistadores,

séc. XV

QUINHENTISMO

LITERATURA COLONIAL

LITERATURA INFORMATIVA

A primeira missa no Brasil foi celebrada por Henrique de Coimbra, frade e bispo português, no dia 26 de abril de 1500, um domingo, na praia da Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no litoral sul da Bahia.

• Pintura de Victor Meirelles, 1861.

(2)

Contexto histórico

• Séc. XV e XVI: supremacia Ibérica – Portugal e Espanha

• Domínio marítimo, expansão territorial - COLONIZAÇÃO

• Contrarreforma Católica: 1545 – Concílio de Trento – Papa Paulo III

• A Igreja financiou muito da corrida expansionista

• Concílio de Trento: reforçou os dogmas cristãos, criou a Cia de

Jesus e investiu nas grandes navegações e na catequização das

colônias, além de fortalecer o poder da Inquisição Estatal (criada

em 1249, no Reino de Aragão, pela Rainha Isabel e o Padre Tomás

de Torquemada)

• A América do lado Português (Rei D. Manuel): os povos indígenas

eram ultrapassados em relação aos povos nativos do lado

espanhol: não dominavam a agricultura, engenharia civil...

 Ingenuidade indígena: contato “pacífico”

 Poder bélico luso e doenças do ocidente

 Catequização católica

 Escravização e aculturamento (ocidentalização do indígena)

(3)

Caráter do texto

Informativo-Literário

• Documentos : sobre os povos indígenas, natureza, clima, território e contato

• Descrição simples, detalhada/minuciosa:

 Comportamento, valores, cultura dos indígenas

 Averiguação do território pensando nos recursos naturais e ganhos

 Necessidade de Missão evangelizadora

• Narração/crônica: a melhor forma de informar ao Rei sobre o Novo Mundo

Descobrimento:

Devemos problematizar este termo, pois a terra que viria a se chamar Brasil já tinha sido e estava habitada

quando da chegada dos

portugueses: habitada pelos povos indígenas.

A história diz que os portugueses se perderam e vieram parar por aqui (Brasil); contudo éramos um excelente

ponto (estratégico) para se fazer uma

parada antes de prosseguir viagem numa nova rota para as especiarias das

(4)

Nudez das indígenas:

Ali andavam entre eles três ou quatro moças, muito novas e muito gentis, com cabelos muito pretos e compridos, caídos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha. (...)

Ideal salvacionista:

E, segundo o que a mim e a todos pareceu, esta gente, não lhes falece outra coisa para ser toda cristã do que nos entenderem (...) e bem creio que, se Vossa Alteza aqui mandar quem entre eles mais devagar ande, que todos serão tornados e convertidos ao desejo de Vossa Alteza. E, por isso, se alguém vier, não deixe logo de vir clérigo para os batizar; porque então terão mais conhecimento de nossa fé, pelos dois degredados que aqui entre eles ficam, os quais hoje também comungaram.

Visão do paraíso:

Essa terra, Senhor,

parece-me que, da ponta que mais

contra o sul vimos, até a

outra ponta que contra o

norte vem, que nós deste

ponto

temos

vista,

será

tamanha que haverá nela

bem vinte ou vinte e cinco

léguas de costa. Tem, ao

logo do mar, em algumas

partes, grandes barreiras,

umas vermelhas, e outras

brancas; e a terra por cima é

toda chã e muito cheia de

grandes arvoredos.

 Carta de Pero Vaz de Caminha: escrivão de Pedro Álvares Cabral

• Temas: nudez das indígenas, ideal salvacionista e visão do paraíso

• Contato com estranheza, porém, inicialmente, pacífico

• Diálogo direto com o Rei D. Manuel

Pero Vaz de Caminha, 1450-1500

(5)

Hans Staden

Jean de Léry

Alemão luterano Francês calvinista

Duas viagens ao Brasil (1557) Viagem à terra do Brasil (1557)

Tom de aventura Tom sociológico

Soldado luso; guerras contra os indígenas

Formação humanista: culto, aberto às diferenças

9 meses prisioneiro dos Tupinambás

2ª viagem: expedição à ilha de Santa

Catarina

• Por 2 anos percorreu o litoral

• Visão desumana do ritual antropofágico

• Condenado ao ritual antropofágico

• Descreveu os costumes,

características dos indígenas, e a fauna e flora da terra

Relativiza moralmente os hábitos indígenas, contrariando o conceito “bárbaro” do europeu

• Nudez feminina: defende as mulheres indígenas e crítica a mulher europeia • Antropofagia: riqueza de detalhes

maior que Staden

• Compara a conduta do indígena com a do europeu

Humanismo questionável: termos bem preconceituosos

Hans Staden, 1525-1576

(6)

Costumes Tupinambás:

Contratam os casamentos de suas filhas, ainda crianças, e logo que elas se fazem mulheres, cortam-lhes o cabelo da cabeça: riscam-lhes nas costas marcas especiais e lhes penduram no pescoço uns dentes de animais ferozes. (...) Quando terminadas estas cerimônias, entregam as filhas a quem as deve possuir e não celebram nenhuma outra cerimônia especial. Homem e mulher procedem decentemente e fazem os seus ajuntamentos às ocultas.

Ritual Antropofágico:

Uma vez esfolado, um homem o toma e lhe corta as pernas, acima dos joelhos, e também os braços. Vêm então quatro mulheres que apanham quatro pedaços, correndo com eles em torno das cabanas, fazendo um grande alarido, em sinal de alegria. Separam depois as costas, junto com as nádegas, da parte dianteira. Repartem isso entre eles. Fervem-nas e com o caldo fazem uma papa rala que se chama mingau, que elas e as crianças sorvem. Comem também a carne da cabeça. As crianças comem os miolos, a língua e tudo o que podem aproveitar. Quando tudo foi partilhado, voltam para a casa, levando cada um o seu quinhão. Aquele que matou ganha mais um nome, o chefe das cabanas lhe risca o braço com um dente de um animal feroz. Quando sara, fica a marca e isso é uma honra que tem. (...)

Tudo isso vi e presenciei.

(7)

Costumes do Tupinambás:

Quanto à caridade natural deles, direi que

diariamente distribuem entre si e dão de

presente veação, peixes, frutos e outros

bens existentes naquelas terras, e o fazem

de tal modo que um selvagem daria não

só a um parente ou vizinho seu (pois

morreria de vergonha se visse um deles

passar necessidade de algo que ele

possuísse) como também usaria da

mesma

liberalidade

para

com

os

estrangeiros seus aliados, como pude

verificar pessoalmente.

Ritual Antropofágico

É útil, entretanto, que ao ler sobre semelhantes

barbaridades, os leitores não se esqueçam do

que se pratica entre nós. Em boa e sã

consciência acho que excedem em crueldade

aos selvagens os nossos usurários (agiotas) que,

sugando o sangue e o tutano, comem vivos

órfãos, viúvas e outras criaturas miseráveis, que

prefeririam sem dúvida morrer de uma vez a

definhar assim lentamente.

(8)

Ignácio de Loyola

José de Anchieta

Ex soldado Poeta e dramaturgo: arte refinida Converteu-se e tronou-se

padre

Autos e hinos: didática católica

Criador da CIA de Jesus:

Regra dos Estudos

Autos: concilia valores católicos com código de conduta indígena (povo curumim)

Missão: destino missionário no novo mundo, as Américas

Linguagem: Jogo, lúdico, cor, som e coreografia

A CIA de Jesus foi diferente do Tribunal do Santo Ofício de Inquisição

Aculturação dos indígenas

Obrigação das Missas para marcar o novo território católico

Os autos eram considerados mais eficazes e fascinantes para a educação religiosa (catequese) do que os sermões

Texto bíblico em latim Pluralismo linguístico: língua indígenas, portuguesa e espanhola

Só a Igreja é o bem Maniqueísmo: o mal é o protestante A Bíblia é a inspiração Inspiração em Gil Vicente

Literatura Jesuítica

• Expansão ibérica: capitalismo-mercantil e ideal religioso (ambiguidade)

• Tribunal do Santo Ofício da Inquisição (1536)

• Retrocesso científico, opressão violenta • Crise econômica, pois a comunidade

empreendedora, os judeus, foram perseguidos e se refugiaram nos Países Baixos

• Contrarreforma Católica (1545) – Papa Paulo III

– Concílio de Trento

– Missão evangelizadora: CIA de Jesus – Ignácio de Loyola

– Governo Tomé de Sousa: primeiros colégios

– Jesuítas: luta contra a escravidão indígena; porém exigia sua catequização

(9)

Apresentação:

Após a cena do martírio de São Lourenço, Guaixará chama Aimbirê e Saravaia para ajudarem a perverter a aldeia. São Lourenço a defende, São Sebastião prende os demônios. Um anjo manda-os sufocarem Décio e Valeriano. Quatro companheiros acorrem para auxiliar os demônios. Os imperadores recordam façanhas, quando Aimbirê se aproxima. O calor que se desprende dele abrasa os imperadores, que suplicam a morte. O Anjo, o Temor de Deus, e o Amor de Deus aconselham a caridade, contrição e confiança em São Lourenço. Faz-se o enterro do santo. Meninos índios dançam.

(...)

xeraçi, xemaraa cobexerembiareta tameene amo endebo yacangaterejoca.

Eyerocmoxirece tandererapoangatu

Meu irmão, perdoa tu a mim; eu tenho dor, eu estou doente. Eis que também minhas presas hei de dar algumas para ti,

para que quebres suas cabeças

Arranca-te o nome por causa dos malditos Para que sejas muito famoso.

Auto na Festa de São Lourenço

José de Anchieta

Maniqueísmo: Bem versus Mal

• Bem: símbolos da Igreja

Referências

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