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BEING GLOBAL RELATÓRIO & CONTAS 2012

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BEING

GLOBAL

RELATÓRIO & CONTAS

(2)

ÍNDICE

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

05

01 | GRUPO MARTIFER 07

Mensagem do Conselho de Administração 08

Destaques 09

Principais Indicadores Financeiros 09

Principais Acontecimentos 11 02 | ENQUADRAMENTO 13 Atividade 14 Presença Internacional 17 Histórico 18 Envolvente de Mercado 19 03 | DESEMPENHO FINANCEIRO 31 Análise de Resultados 32 Proveitos Operacionais 33

EBITDA e Resultado Líquido 34

Investimento 35

Análise da Estrutura de Capital 36

04 | ANÁLISE POR SEGMENTO 39

Construção Metálica 40

Solar 43

Outras Áreas 46

05 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 47

06 | COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER 49

07 | PERSPETIVAS FUTURAS 53

08 | PRINCIPAIS RISCOS 55

Riscos Financeiros 56

Riscos Operacionais 57

Riscos Jurídicos 59

09 | PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 61

(3)

RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 3

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

65

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

71

11 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 73

12 | ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 79

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

155

13 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 157

14 | ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 163

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

187

(4)
(5)

RELATÓRIO ÚNICO

DE GESTÃO

(6)
(7)

01

GRUPO

MARTIFER

(8)

01 | GRUPO MARTIFER

MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Senhores acionistas,

Os últimos passos de restruturação e as nossas decisões estratégicas mostram que estamos no caminho certo. Os problemas do passado estão quase ultrapassados. Não há milagres, nós também estamos sujeitos às tendências de procura e mercado e, no que diz respeito à construção de infraestruturas em aço ou alumínio e projetos solares fotovoltaicos, a contração, principalmente na Europa, tem, obviamente, impactos profundos no nosso crescimento, produtividade e rentabilidade. Mudámos o nosso modelo de negócio em termos de reposicionamento geográfico. O crescimento da carteira de encomendas mostra que tomámos a decisão correta. Só com carteira de encomendas confortável podemos ambicionar melhores resultados.

Mas, para dizer a verdade, isso é o que nos distingue e faz parte do nosso ADN: a capacidade de adaptação aos desafios económicos e setoriais globais de forma rápida e flexível. Na nossa opinião, essa é a única forma de sobreviver atualmente, com tantos riscos para controlar. E acreditamos que esse é o único caminho a seguir se queremos garantir o melhor retorno para os nossos acionistas.

Recordamos que passaram apenas cinco anos desde a entrada em bolsa em 2007, o mundo mudou e tivemos de lidar com todas as adversidades e contratempos no meio da pior crise desde a Segunda Guerra Mundial.

Tentámos obter mais escala, ao mesmo tempo que nos tornamos mais competitivos. Agora, vemos claramente que temos uma palavra a dizer nos setores onde atuamos, tendo sido chamados a concorrer aos maiores projetos em todo o mundo relacionados com recintos desportivos, nomeadamente estádios, infraestruturas de transporte, tais como aeroportos, estações ferroviárias e pontes, edifícios em altura e centros comerciais. Assim como, nos projetos de energia PV, num total de mais de 300 MW já instalados em mais de vinte países.

Levamos a cabo a reestruturação da dívida e está em grande parte já concluído e contratado, alargando a maturidade da mesma, processo que será concluído já do decurso de 2013. Este processo, a par da venda de alguns ativos que esperamos concretizar durante 2013 e 2014, trará uma estrutura de capitais e balanço mais flexível e mais sólida.

Como nos parece, então, o futuro? Vemos o futuro com mais confiança:

No país – Portugal – que está a sofrer um ajustamento, até agora muito significativo

No sistema financeiro europeu, que está mais forte e a liquidez começa a ser visível

Nos drivers do setor, que continuam a existir, apesar dos mercados terem sido alterados tendo em conta as suas necessidades de infraestruturas

No futuro da empresa, com o reposicionamento internacional e a atual carteira de encomendas de 603 milhões de euros, que alavanca o crescimento de proveitos

Em suma, teremos sempre de lidar com riscos nos nossos negócios, mas estamos mais do que nunca, cientes deles e empenhados no retorno futuro para os nossos acionistas.

(9)

RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 9

DESTAQUES

Proveitos Operacionais de 491 M€, a registar um decréscimo de 10,7 % quando

comparado com o ano anterior

EBITDA de 3,9 M€ (compara com 8.9 M€ em 2011), que reflete em grande parte o

processo de reestruturação na área de construção metálica, com o encerramento da

unidade industrial na Polónia e de alguma da capacidade produtiva em Portugal

Resultado Líquido Consolidado de -54,4 M€ vs. -46,5 M€ em 2011, com impacto

negativo de 22,7 M€ das provisões e perdas de imparidade e de Encargos Financeiros

Líquidos de 36,3 M€

• Total de

Carteira de Encomendas de 603 M€ vs. 482 M€ em 2011: Construção Metálica

(373 M€) e Solar (230 M€)

Manutenção da Dívida Bruta ao nível de 2011

PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS

ANO ANO

€M – IFRS 2012 Margem 2011 R Margem Var. %

Proveitos Operacionais 491,4 550,1 -10,7%

EBITDA 3,9 0,8% 8,9 1,6% -55,9%

EBIT -15,8 -3,2% -19,4 -3,5% -18,9%

Resultado Financeiro -36,3 -26,4 37,6%

Resultado antes de imposto -52,0 -45,8 13,6%

Impostos 2,3 0,7 >100%

Resultados de ativos detidos para venda -0,1 0,0 s.s.

Resultado Líquido Consolidado -54,4 -11,1% -46,5 -8,5% 17,0%

Atribuível:

a interesses não controlados 1,4 2,1 -30,4%

ao Grupo -55,9 -48,6 15,0%

R = reexpresso de forma a ser comparável, após alterações no método de valorização dos terrenos e imóveis registados nos ativos fixos tangíveis, conforme explicado na Nota 1 do Anexo às Demonstrações Financeiras consolidadas.

(10)

PROVEITOS OPERACIONAIS – EVOLUÇÃO 2006-2012 (€M)

EBITDA – EVOLUÇÃO 2006-2012 (€M)

RESULTADO LÍQUIDO – EVOLUÇÃO 2006-2012 (€M)

275 397 635 606 592 550 491 0 100 200 300 400 500 600 700 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 29 37 62 67 57 9 4 0 10 20 30 40 50 60 70 80 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 14 26 8 100 -52 -47 -54 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 11

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

JANEIRO 2012

Martifer decide encerrar fábrica de Benavente

A administração da Martifer Metallic Constructions tomou a decisão de encerrar a fábrica de estruturas metálicas de Benavente. Este encerramento deve-se a um reajuste da capacidade de resposta ao nível industrial devido à quebra na procura no setor da construção em toda a Península Ibérica.

MARÇO 2012

Martifer vence adjudicação de dois navios-hotel

A Martifer venceu a adjudicação de dois navios-hotel da Douro Azul. Os navios vão ser construídos até 2013 na Navalria.

ABRIL 2012

Martifer vende projeto Silverton na Austrália

A Macquarie Capital Wind Fund Pty Limited assinou um acordo de compra de 3 240 001 ações ordinárias, que representam 50 % do capital da empresa Silverton Wind Farm holdings Pty e, consequentemente, os direitos do Silverton Wind Farm em New South Wales, Austrália, por aproximadamente 5,6 milhões de dólares australianos.

Martifer vende fábrica de torres nos EUA

A Martifer SGPS, SA vendeu 50 % do capital da Martifer-Hirschfeld Energy Systems LLC, a empresa detentora da fábrica de torres nos EUA, ao seu parceiro Hirschfeld Group, pelo equity value de 2,3 milhões de dólares. O impacto desta transação foi já refletido nos resultados anuais de 2011, através do reconhecimento de uma imparidade.

Martifer restabelece anterior participação de 55 % na Martifer Solar

A Martifer SGPS vendeu 20 % do capital social da Martifer Solar por 15,6 milhões de euros à HSF, repondo a estrutura de participação acionista detida pelos dois sócios no passado (55 % e 45 %, Martifer SGPS e HSF, respetivamente).

JULHO 2012

Nutre conclui uma Joint Venture com a Bunge na Roménia

A Nutre, detida a 49 % pela Martifer SGPS, e a Bunge concluíram um acordo que estabelece uma joint venture para a exploração das unidades industriais da Roménia. A participação da Nutre nesta joint venture, que é constituída pela fábrica de biodiesel (Prio Biocombustibil srl), pela fábrica de extração de óleos (Prio Extractie, srl) e pela fábrica de extração, refinamento e embalamento anteriormente detida pela Bunge, é de 45 %.

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SETEMBRO 2012

Martifer Solar assina um acordo para a construção de um projeto fotovoltaico de 20 MW

no México

A Martifer Solar assinou um acordo com o Consórcio Integrador Sonora80M para a construção de um projeto fotovoltaico de 20 MW em Hermosillo, Estado de Sonora, no norte do México. A empresa, que está no mercado mexicano desde 2011, será também responsável pelos serviços de operação e manutenção do projeto.

Martifer Solar conclui dois parques fotovoltaicos em Portugal com uma capacidade total

de 22,4 MWp

A Martifer Solar inaugurou dois parques fotovoltaicos no Algarve, com uma capacidade total de 22,4 MWp, desenvolvidos, construídos e operados para um fundo gerido pelo BNP Paribas Clean Energy Partners.

OUTUBRO 2012

Grupo Martifer participa no quarto “Portuguese Day” na Bolsa de Nova Iorque

A Martifer foi uma das 17 empresas portuguesas a participar no quarto “Portuguese Day” na Bolsa de Nova Iorque. A delegação portuguesa fez soar o “Opening Bell” no dia 15 de outubro em Wall Street. A Martifer teve reuniões com 14 investidores.

Martifer Solar assina um contrato para o primeiro projeto na Ucrânia com 4,5 MW de capacidade

A Martifer Solar assinou um contrato EPC para a construção de um projeto fotovoltaico de 4,5 MW na Ucrânia com a Green Agro Service LLC, uma empresa do grupo Rengy Development. O projeto marcou a entrada da Martifer Solar no país, onde já abriu uma nova subsidiária, reforçando a aposta da empresa na internacionalização.

Martifer Metallic Constructions conquista três novos projetos no Brasil com um valor total

de 322 milhões de reais

A Martifer Metallic Constructions conquistou três novos projetos no Brasil, no valor de cerca de 322 milhões de reais. No Rio de Janeiro, a empresa irá participar na construção do Museu do Amanhã e das pontes da Transcarioca e em Manaus irá participar no seu quarto estádio, assumindo uma posição de liderança na construção deste tipo de projetos no país.

DEZEMBRO 2012

Martifer Metallic Constructions conclui primeiro estádio para o Mundial do Brasil

A Martifer Construções Metálicas Ltda, subsidiária da Martifer Metallic Constructions no Brasil, concluiu a construção da cobertura do Estádio Castelão, um dos doze estádios do Mundial de Futebol de 2014, que se realizará no Brasil. A infraestrutura foi

inaugurada em dezembro pela Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. O Estádio do Grêmio, que também contou com a participação da Martifer, foi também inaugurado em dezembro.

(13)
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02 | ENQUADRAMENTO

ATIVIDADE

A Martifer iniciou a sua atividade em 1990, no setor das estruturas metálicas. Desde 2011, como consequência da focalização estratégica dos negócios, a Martifer concentrou a sua atividade em duas áreas principais – Construção Metálica e Solar, controladas a 100 % e 55 %, respetivamente.

O Grupo desenvolve também outras atividades e gere participações financeiras: RE Developer – promoção e desenvolvimento de parques eólicos (Martifer Renewables) e a participação financeira de 49 % na Prio Energy e na Nutre.

No final do ano 2012, a Martifer acumulava, através das suas subsidiárias, participação em mais de 100 MW de projetos renováveis em operação. Aproximadamente 64 MW tiveram contribuição ao nível dos Proveitos Operacionais.

HOLDING

A Martifer SGPS SA é a holding do Grupo. Com as adaptações ao modelo de governance incrementadas no decurso do ano de 2012, a Martifer SGPS SA posiciona-se como uma Sociedade Gestora de Participações Financeiras, estabelecendo e definindo regras e políticas de Grupo e monitorizando as atividades das Áreas de Negócio, às quais foi atribuído um maior grau de independência e poder de decisão.

As áreas de negócio atuam de forma autónoma, seguindo as orientações estratégicas aprovadas a nível da holding, com base em orçamentos e planos de negócio anuais aprovados pelos administradores executivos da Martifer.

No final do ano, a holding e os serviços de suporte contavam com 62 colaboradores.

CONSTRUÇÃO METÁLICA

A Martifer Metallic Constructions é um player reconhecido globalmente no setor. Tem unidades industriais em Portugal, na Roménia, na Austrália, em Angola e no Brasil.

A empresa centra a sua estratégia de desenvolvimento na diferenciação pela qualidade da engenharia e vocação para projetos de grande complexidade.

Fornece soluções globais e inovadoras de engenharia, nomeadamente em projetos com elevada incorporação de estrutura metálica em aço, fachadas de alumínio e vidro, e soluções em aço inox, atuando também na produção de equipamentos para o setor da energia, tais como componentes para energia eólica, petróleo e gás, e no setor de construção naval (através da Navalria). A Martifer Metallic Constructions centra a sua estratégia em mercados em crescimento em África e na América do Sul, e nos mercados consolidados na Europa, tais como a França e o Reino Unido.

Esta atividade (industrial e comercial) está presente em 16 países. Conta com uma capacidade de produção acima das 80 000 toneladas anuais e, no final de 2012, contava com 2 463 colaboradores.

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 15

SOLAR

A Martifer Solar desempenha atualmente um papel de liderança na indústria fotovoltaica, devido à sua capacidade de adaptação a um setor em constante mudança e uma experiência comprovada assente na utilização de tecnologia de vanguarda, em

qualificações técnicas avançadas e numa equipa competente e motivada.

As principais atividades da empresa são o desenvolvimento de projetos fotovoltaicos, a instalação de projetos EPC (Engenharia,

Procurement e Construção), serviços de O&M especializados e Distribuição de equipamentos PV, através da sua subsidiária MPrime.

A empresa atua em todos os segmentos de mercado: projetos em solo, coberturas, BIPV, micro e mini geração e off-grid. Em operação desde 2007, a empresa continua a expandir-se internacionalmente, iniciando atividade em novos países. A Martifer Solar está presente em mais de 20 países na Europa, em África, na Ásia & Médio Oriente, na América do Norte e na América do Sul. A Martifer Solar participou na implementação de mais de 300 MW de energia solar fotovoltaica em todo o mundo.

Esta área de negócio contava com 398 colaboradores, no final de 2012.

Em 2012, a Martifer SGPS, efetuou a venda de 20 % do capital social da Martifer Solar por 15,6 milhões de euros à HSF, repondo a estrutura de participação acionista detida pelos dois sócios no passado (55 % e 45 %, Martifer SGPS e HSF, respetivamente).

RE DEVELOPER

A Martifer Renewables atua como um developer de energias renováveis, principalmente no desenvolvimento de projetos eólicos. Mais do que acumular MWs em exploração, a estratégia da Martifer Renewables assenta numa rigorosa utilização de capitais no desenvolvimento e construção de projetos.

A empresa tem atualmente 64MW de parques solares e eólicos em operação e com contribuições para os Proveitos Operacionais localizados em Espanha, na Roménia e no Brasil. Em Portugal, a empresa tem uma participação de cerca de 50% em 31MW de parques eólicos em operação, que contribuem para os resultados através de equivalência patrimonial. Em 2011, os projetos em operação na Polónia – Leki Dukielskie (10 MW) e Bukowsko (18 MW) – foram alienados e a venda do projeto Rymanow ao Grupo Ikea (26 MW em construção) foi acordada. Em 2012, a empresa concluiu a construção do seu projeto eólico na Roménia

(Babadag), com uma capacidade total de 42 MW.

Esta área de negócio contava com 54 colaboradores no final do ano e está presente em cinco países: Portugal, Espanha, Roménia, Polónia e Brasil.

(16)

Em suma, atualmente o Grupo está organizado da seguinte forma:

Estruturas Metálicas

Fachadas em Alumínio e Vidro Inox

Engenharia

Eólico, Petróleo & Gás

Construção & Reparação Naval

EPC Soluções FV Distribuição O&M Desenvolvimento de projetos OUTRAS

(17)

RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 17

PRESENÇA INTERNACIONAL

PRINCIPAIS GEOGRAFIAS*:

Brasil | EUA | Angola | Arábia Saudita | Portugal | Espanha | Itália | França | Reino Unido |

Roménia | Irlanda | Polónia | Bélgica | Alemanha | República Checa | Eslováquia | Grécia |

Bulgária | Marrocos | Austrália | Canadá | Índia | México | Chile | Peru | Colômbia | Moçambique

(18)

HISTÓRIA

1990

Fundação da Martifer.

1998

Engil (Mota-Engil) passa a ser acionista.

Expo 98, com a participação da Martifer em várias obras (Ex. Torre Vasco da Gama).

1999 Início da internacionalização com a entrada em Espanha. 2002

Construção dos estádios para o Euro 2004 Segunda fábrica em Portugal, Benavente.

2005

Início de atividade nas áreas de Agricultura e Biocombustíveis e Desenvolvimento de Parques Eólicos. Aquisição de 25,4 % da REpower Systems AG.

2004 Início de atividade no setor de equipamentos para energia renovável – Eólica. 2003 Criação da fábrica de construções metálicas na Polónia, 1.ª fora de Portugal. 2006 Início de atividade no setor Solar Fotovoltaico. Criação do Consórcio Ventinveste para o Concurso Eólico Nacional, em parceria com a Galp. 2008

Início de operação das unidades industriais de componentes para parques eólicos, módulos fotovoltaicos e assemblagem de aerogeradores.

Aquisição da Navalria, especializada no negócio

da Construção e Reparação Naval.

2009

Criação de uma Joint Venture com a Hirschfeld para a produção de

componentes para energia eólica nos EUA Martifer Renewables ultrapassa 100 MW de capacidade instalada.

Martifer Renewables ganha 217 MW no primeiro Leilão eólico no Brasil.

Venda da participação detida na REpower Systems AG.

2007

OPA sobre a REpower Systems AG, conjuntamente com a Suzlon.

Consórcio Ventinveste vence Fase B do Concurso Eólico Nacional (400 MW). Entrada em bolsa (IPO).

2011

Início da construção da fábrica de estruturas metálicas

em Pindamonhangaba, São Paulo, Brasil. Adjudicação à Martifer Solar do primeiro projeto fotovoltaico na Índia.

Venda da participação na Repower Portugal.

2010

Alienação de 11 % na Prio e na Nutre, passando a deter 49 % do seu capital.

Construção dos dois maiores parques solares fotovoltaicos do continente africano, em Cabo Verde. 2012 Início de operação da fábrica de estruturas metálicas no Brasil.

Martifer Solar expande a sua atividade para a Ucrânia, a Roménia, o Mexico e o Brazil.

2013

(19)

RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 19

ENVOLVENTE DE MERCADO

CRESCIMENTO GLOBAL

Fazendo uma análise geral sobre o ambiente económico: Condições económicas gerais em 2012

O crescimento real da economia global deteriorou-se ao longo de 2012. A crise de dívida soberana na Europa, sem resolução durante vários meses, foi o principal motivo de preocupação. Mantiveram-se as dúvidas acerca da estabilidade política e financeira na Grécia e os problemas no sistema bancário espanhol foram especialmente preocupantes. Devido a estes fatores, o Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou repetidamente as suas previsões para o crescimento económico em 2012.

Na sua análise mais recente, na atualização de janeiro do relatório WEO, os especialistas do FMI apontam para um crescimento global da economia de apenas 3 % em 2012, que compara com a sua previsão de 3,3 % em outubro de 2012.

Devido à situação complexa do sul da Europa, espera-se que a economia da Zona Euro tenha um crescimento real negativo – e um crescimento nominal de -0,4 %, com inflação de 2,5 %.

A situação é aparentemente mais positiva nos EUA, que registará um crescimento de 2,3 % em 2012, de acordo com as previsões do FMI. Até os países emergentes foram afetados pelo abrandamento económico. A previsão de crescimento económico do FMI para estes mercados é de 5,1 % em 2012.

De onde pode vir o crescimento em 2013?

Esta é uma questão para a qual todos os agentes económicos querem encontrar uma resposta simples.

Hoje, é certo que o poder dos Bancos Centrais na liderança da economia mundial é mais forte do que nunca. Sendo assim, é crucial seguir todas as palavras e sinais destas entidades, de forma a interpretar as próximas tendências económicas e financeiras e o caminho para a recuperação económica.

Como exemplo, no final de 2012, quando Mario Draghi afirmou que faria “tudo o que fosse necessário para restaurar a Zona Euro”, o clima nos mercados financeiros começou a melhorar, os custos de empréstimo na Zona Euro desceram acentuadamente – as obrigações e as CDS’s dos países foram significativamente mais baixas, as taxas de juro das economias sob intervenção caíram; os mercados bolsistas melhoraram a sua performance e a volatilidade voltou para níveis mais baixos. As preocupações que afetaram 2/3 do ano de 2012, tais como a “sobrevivência do euro”, a “manutenção ou saída da Grécia” ou o contágio negativo no coração da Europa, quase desapareceram.

A 10 de janeiro de 2013, na sua primeira intervenção do ano, Mario Draghi afirmou que a economia da Zona Euro vai recuperar no final de 2013, e que se veem já alguns sinais de estabilização. Logo de seguida, o BCE manteve as taxas a 0,75 %, seguindo os primeiros sinais de fortalecimento na economia da Zona Euro e com a inflação ainda acima do objetivo. No mesmo dia, o Banco de Inglaterra manteve a sua taxa de juro padrão nos 0,5 %.

No entanto, os sinais de recuperação da procura na Zona Euro continuam muito fracos, e não há ainda indicação de que vá melhorar. É esperado que cresça apenas 0,5 % em 2013, quando o WEO do FMI indica que a economia mundial irá reforçar-se gradualmente em 2013 e terá um crescimento esperado de 3,5 % numa base anual em 2013, uma aceleração moderada relativamente aos 3 % em 2012, liderado pela China, pela Índia e pelo Brasil.

Os riscos à volta das perspetivas económicas mantêm-se negativos. A Zona Euro, em especial, continua a representar um risco para a economia global, maioritariamente relacionado com a lentidão na implementação de reformas estruturais na região, questões geopolíticas e desequilíbrios nos principais países industrializados. Os esforços de ajustamento nos países periféricos devem de ser sustentados e têm de ser apoiados, incluindo através da completa utilização dos mecanismos europeus de proteção, utilização da flexibilidade permitida pela convergência fiscal e novos passos em direção à união bancária total e maior integração fiscal.

(20)

CRESCIMENTO GLOBAL DA ECONOMIA EM 2013 Fonte: Thomson-Reuters 8,2% 0,5% 2,1% 1,2% 4,0% 3,8% 6,0% 5,6% China EU EUA Japão Brasil Russia India Resto do Mundo

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 21

INDICADORES GLOBAIS – (2007-2013e)

2007 2008 2009 2010 2011 2012f 2013e

PBI, Var. % anual

EUA 2,1% 0,4% -2,6% 2,6% 2,3% 2,3% 2,0%

Zona Euro 2,8% 0,5% -4,1% 1,7% 1,5% -0,4% -0,2%

Alemanha 2,5% 1,0% -4,7% 3,3% 2,0% 0,9% 0,6%

Portugal 1,9% 0,0% -2,6% 1,3% -1,3% -3,0% -1,6%

Inflação, Var. % anual

EUA 3,2% 2,9% 3,9% -0,4% 1,3% 1,6% 2,1%

Zona Euro 2,2% 2,1% 3,3% 0,3% 1,9% 2,0% 2,5%

Alemanha 1,8% 2,3% 2,8% 0,3% 1,3% 1,4% 2,0%

Portugal 2,7% 3,0% 2,4% -1,0% 1,4% 2,0% 2,8%

Taxa de Desemprego, Var. % anual

EUA 4,6% 4,6% 5,8% 9,3% 9,7% 9,6% 8,1%

Zona Euro 8,3% 7,5% 7,5% 9,5% 10,0% 9,9% 11,4%

Alemanha 9,8% 8,4% 7,3% 7,7% 7,6% 7,3% 7,1%

Portugal 7,7% 8,1% 7,7% 9,6% 10,8% 11,0% 15,5%

Peso do Défice, % PBI

EUA -2,0% -2,7% -4,8% -10,3% -9,2% -8,0% -7,0%

Zona Euro -1,3% -0,6% -2,0% -6,3% -6,5% -5,2% -3,4%

Alemanha -1,6% 0,30% 0,10% -3,0% -3,8% -3,0% -0,2%

Portugal -3,9% -2,6% -2,6% -9,3% -7,3% -4,6% -5,5%

Preço do Crude

USD por Barril 61,6 93,9 45,6 80,0 85,0 90,0 111,0

Taxas de Juro, Final do ano (%) Taxas de Juro

- Fed (Fed Funds) 5,25% 4,25% 0,75% 0,25% 0,25% 0,75% 0,25%

- BCE 3,50% 4,00% 2,50% 1,00% 1,00% 1,50% 0,75%

- BoE 5,00% 5,50% 2,00% 0,50% 0,50% 1,25% 0,50%

Taxas de Juro de longo prazo (10 y Bonds)

EUA 4,70% 4,00% 2,20% 3,80% 2,90% 3,50% 1,75%

Zona Euro 3,90% 4,30% 2,95% 3,40% 2,70% 3,30% 1,32%

Reino Unido 4,75% 4,50% 3,02% 4,00% 3,20% 3,75% 1,80%

Taxas de Câmbio, final do ano

EUR/USD 1,32 1,46 1,40 1,43 1,35 1,40 1,31

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O PULSO DE PORTUGAL

Apesar de cada vez menos estarmos expostos à economia portuguesa, sentimos que este ano seria crucial falar sobre a economia do país base da empresa, de forma a que muitos dos nossos stakeholders internacionais possam acompanhar a sua evolução e compreender que o caminho para a descida do risco soberano está a ser concretizado.

Em Portugal, o crescimento do PIB real caiu acentuadamente no último trimestre de 2012, com o PIB geral do ano a cair 3,2 %. É agora esperado que a atividade económica contraia 2,3 % em 2013, com a economia a voltar a crescer mais para o final do ano, e a registar um crescimento de 0,6 % em 2014. Como consequência do abrandamento da atividade, o desemprego deverá

ultrapassar os 18 %.

De acordo com o Economist Intelligence Unit, em 2013, Portugal é o 2.º país com maior redução prevista do PIB, logo a seguir à Grécia.

PREVISÃO DO PIB

2013, % alteração no ano anterior

(23)

RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 23

Implementação do programa mantém-se no bom caminho

A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, na sétima missão de revisão a Portugal, afirmaram que a implementação do programa de ajustamento continua no bom caminho, enfrentando o clima de condições económicas desfavoráveis. O défice orçamental previsto foi cumprido, a estabilidade do setor financeiro foi assegurada e várias reformas estruturais estão a evoluir. O ajustamento externo continua a exceder as expetativas, e o governo concluiu uma emissão no mercado obrigacionista, ao mesmo tempo que as condições de financiamento internas foram aliviadas. Ao mesmo tempo, a redução da procura por exportações, em especial na União Europeia, a baixa confiança e a elevada dívida do setor privado trazem mais contrariedades do que era esperado à atividade económica. Tal como nas previsões anteriores, as políticas escolhidas e a implementação do programa foram reavaliadas à luz das novas circunstâncias.

O défice orçamental atingiu os 4,9 % do PIB em 2012. No entanto, o tratamento estatístico de transações específicas, tais como a concessão aeroportuária (ANA) terá como resultado um aumento do défice. Com o comprometimento do Governo em manter um caminho de despesa consistente com o ajustamento do défice tal como planeado anteriormente, um menor crescimento e um aumento do desemprego vão reduzir os proveitos e aumentar os gastos com prestações sociais. Para permitir a operação de estabilizadores automáticos do défice, o Governo solicitou – e a equipa da CE, do BCE e do FMI apoiaram – uma revisão dos objetivos do défice de 4,5 % para 5,5 % do PIB em 2013, e de 2,5 % para 4 % do PIB em 2014. O target de défice para 2015, nos 2,5 % do PIB, estará abaixo do limiar máximo de 3 % do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Portugal tem demonstrado uma forte capacidade de ajustamento

Vejamos as coisas noutra perspetiva. Desde abril 2011, que progressos foram feitos em Portugal?

Todas as medidas tomadas desde o processo de resgate em abril de 2011 começam a mostrar resultados: o ajustamento externo é já uma realidade – os números das exportações são uma surpresa positiva, e é possível existir um equilíbrio na balança comercial, algo que não acontecia desde 1942. No entanto, mais importante do que os últimos números, o que realmente suporta a sua tendência a longo prazo é o facto de a indústria portuguesa estar integrada no meio da cadeia de valor, e não no fundo da cadeia de produção, como acontecia anteriormente.

Programa de ajustamento económico e financeiro | Principais componentes e objetivos

Fontes: FMI, CE, ES Research

PROGRAMA DE AJUSTAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 78 mil M€ OBJ E TIV O S Consolidação Fiscal Targets orçamentais

Estabilização da dívida pública

Sem acumulação de pagamentos em atraso

Fortalecimento da estabilidade do setor financeiro (rácios de capital mais elevados, redução de dívida) Melhoria da gestão das finanças públicas, reduzindo riscos de orçamento fiscal Mercado de trabalho, concorrência, saúde, educação, mercados de bens e serviços, mercado de habitação, sistema judicial, etc.

Reformas Estruturais Transformação estrutural Aumento da competitividade e crescimento potencial Correção dos desequilibrios orçamentais e externos Recuperação da confiança do mercado

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DÉFICE DO SETOR PÚBLICO ADMINISTRATIVO (% PIB)

Fontes: Ministério das Finanças, INE, ES Research

BALANÇA EXTERNA (% PIB)1

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 25

NÚMEROS DE EXPORTAÇÃO MAIS RELEVANTES

Fontes: INE, ES Research

CUSTOS HORÁRIOS DE MÃO DE OBRA (Crescimento real acumulado, 4T 2010 – 2T 2012)

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Os desafios da atitude certa em Portugal foram também muito importantes no processo de ajustamento. Três pontos que o justificam:

Custos com pessoal a diminuir substancialmente, acima da Alemanha, de Espanha e da Zona Euro (ver gráfico acima);

Aumento das poupanças em Portugal;

Confiança dos depositantes no sistema bancário português.

Finalmente, a reputação externa de Portugal melhorou. O enorme comprometimento de Portugal para resolver os seus problemas internos e ajustar as suas condições à Zona Euro foram reconhecidos. A perceção externa sobre Portugal mudou

significativamente nos últimos meses. Três aspetos que o comprovam:

Regresso aos mercados;

A Irlanda está alinhada com Portugal no pedido à UE para uma extensão do calendário de pagamento do empréstimo;

Os processos de privatização têm sido muito positivos, tendo permitido mostrar à comunidade de investidores as boas

empresas em Portugal. E, de facto, têm atraído mais investidores para Portugal.

Com todos os testes de stress ultrapassados, o sistema financeiro português também ajudou na construção da reputação do país. Três razões para tal:

Mais solvabilidade

Mais liquidez; depósitos mais elevados

Qualidade dos ativos

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 27

Matérias Primas

TENDÊNCIA NA EVOLUÇÂO DOS PREÇOS DO CRUDE

fonte: Reuters

Os preços do crude, em média, situaram-se no 94 $ por barril ao longo de 2012, o que compara com 99 $ por barril estimados no final de 2011. A estabilidade dos preços nesta matéria-prima foi importante para a atividade económica.

0 20 40 60 80 100 120 02 -0 1-09 02 -0 3-09 02 -0 5-09 02 -0 7-09 02 -0 9-09 02 -1 1-09 02 -0 1-10 02 -0 3-10 02 -0 5-10 02 -0 7-10 02 -0 9-10 02 -1 1-10 02 -0 1-11 02 -0 3-11 02 -0 5-11 02 -0 7-11 02 -0 9-11 02 -1 1-11 02 -0 1-12 02 -0 3-12 02 -0 5-12 02 -0 7-12 02 -0 9-12 02 -1 1-12

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Mercados financeiros e Volatilidade

O comportamento dos mercados acionistas em 2012 revela ainda grandes gaps nas praças europeia, o que demonstra ainda a insegurança relativamente aos riscos existentes nas economias periféricas, nomeadamente Portugal e Espanha. Os níveis de volatilidade dos mercados financeiros registados através do índice VIX, revelam dois picos durante o ano 2012: (1) em maio, devido a questões relacionadas com a sustentabilidade do Euro e a Grécia e ainda as eleições em França; (2) em dezembro, devido a questões relacionadas com o Fiscal Cliff nos EUA.

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS ÍNDICES BOLSISTAS EM 2012

Fonte: Reuters

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE VIX – INDICADOR DE VOLATILIDADE 19% 3% -3% 31% 9% 9,00% 17,50% -2,90% França (CAC) Portugal (PSI20) Alemanha (DAX) Reino Unido (FTSE) EUA (Dow Jones Ind.) EUA (NASDAQ) Brasil (Bovesta) 20,89; Precipício Orçamental nos EUA 26,66; Muitas preocupações com a sustentabilidade do euro; Grécia; Eleições em França 0 5 10 15 20 25 30 Espanha (IBEX)

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 29

Downside Risks

No futuro próximo quais as principais preocupações?

Riscos Geopolíticos

“Guerras” no valor das moedas, como forma de ganhar competitividade

A situação Fiscal nos EUA ainda não está ultrapassada. Continuam por resolver as questões relacionadas com o “fiscal cliff/debt ceiling”.

A Europa tem ainda um caminho a percorrer no âmbito da união política, união bancária, e criação de uma entidade que regule o sistema bancário europeu.

Os BRICS e o seu crescimento podem ter efeitos de contágio às outras economias, se houver uma desaceleração,

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(31)

03

DESEMPENHO

FINANCEIRO

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03 | DESEMPENHO FINANCEIRO

ANÁLISE DE RESULTADOS

2012 Reexpresso 2011 2011 Var. %

M€ Reportado

Proveitos operacionais 491,4 550,1 550,1 -10,7%

Resultados operacionais antes de amortizações e provisões e perdas

de imparidade (EBITDA) 3,9 8,9 8,9 -55,9%

Margem EBITDA 0,8% 1,6% 1,6% -0,8 p.p.

Amortizações e depreciações 17,5 18,2 19,6 -4,3%

Provisões e perdas de imparidade 2,2 10,2 10,2 -77,9%

Resultados antes de impostos e encargos financeiros (EBIT) -15,8 -19,4 -20,8 -18,9%

Margem EBIT -3,2% -3,5% -3,8% 0,3 p.p.

Resultados financeiros -36,3 -26,4 -26,4 37,6%

Resultados antes de impostos -52,0 -45,8 -47,1 13,6%

Impostos 2,3 0,7 0,4 >100%

Resultados de ativos detidos para venda -0,1 0,0 0,0 s.s.

Resultado líquido do exercício -54,4 -46,5 -47,5 17,0%

Atribuível a interesses não controlados 1,4 2,1 2,1 -30,4%

Atribuível ao Grupo -55,9 -48,6 -49,6 15,0%

Resultado por ação -0,571 -0,492 -0,502

Nota: Os resultados apresentados correspondem a valores reportados auditados. Em 2012, o Grupo alterou o método de valorização dos terrenos e imóveis registados nos ativos fixos tangíveis, conforme explicado na Nota 1 do Anexo às Demonstrações Financeiras consolidadas, tendo sido reexpressas as demonstrações financeiras de 2011.

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 33

PROVEITOS OPERACIONAIS

Em 2012, os Proveitos Operacionais registaram um decréscimo de 10,7 %, relativamente a 2011, para os 491,4 milhões de euros. Contrariando a tendência nos últimos anos, a área de negócio de Construção Metálica apresentou em 2012 um crescimento das receitas de 4,2 %, acima da área de negócio Solar, e totalmente suportada pelos trabalhos internacionais, apesar do setor da construção atravessar uma crise sem precedentes, principalmente na Península Ibérica.

O Grupo deu mais um passo em frente, no que diz respeito ao seu processo de internacionalização em 2012, comparando com 2011. A contribuição de Portugal para o total de Proveitos Operacionais é de apenas 19 %, e os restantes 81 % vêm de quatro regiões diferentes: União Europeia 44 %, América Latina 14 %, América do Norte 8 % e África e Arábia Saudita 12 %.

A exposição internacional conquistada no último ano é notável e atribui ao Grupo um risco de negócio diferente, uma vez que é substancialmente reduzida a exposição à Península Ibérica. Adicionalmente, o Grupo tem agora condições para retirar vantagens do crescimento previsto nas economias em desenvolvimento, como América Latina e, ao mesmo tempo, colher também os benefícios da exposição a países com economias mais maduras, como é o caso do Reino Unido.

Na área de negócio de Construção Metálica, os principais mercados foram o Brasil, Angola e França, que compensaram totalmente o decréscimo acentuado no mercado da Península Ibérica. O Brasil, sem dúvida, continua a ser o mercado que atravessa um período mais positivo suportado pela forte procura de infraestruturas e com a aproximação de eventos muito importantes, como o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos.

O negócio Solar encerrou o ano 2012 com um decréscimo nos Proveitos Operacionais de 21,3 %, mas ainda ficando acima da média do setor, que aponta para uma queda superior a 30 %. Os mercados com contribuição mais elevada para os Proveitos Operacionais foram Portugal, Itália, EUA, França e Reino Unido.

PROVEITOS OPERACIONAIS FY 2012 FY 2011 REEXPRESSO

M€ PESO M€ PESO VAR. %

Martifer Consolidado 491,4 550,1 -10,7%

Construção Metálica 250,3 50,9% 240,2 43,7% 4,2%

Solar 230,8 47,0% 293,2 53,3% 21,3%

Outras 10,4 2,1% 16,7 3,0% -37,9%

Nota: Outras inclui a área de RE Developer, Holding e Serviços de Suporte BREAKDOWN DE PROVEITOS OPERACIONAIS

Portugal 19% União Europeia 44% América do Norte 8% África & Arábia

Saudita 12% América Latina 14% Outros 3%

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EBITDA E RESULTADO LÍQUIDO

Em 2012, o EBITDA Consolidado do Grupo sofreu uma queda de 55,9 % quando comparado com o ano 2011, para os 3,9 milhões de euros. Esta performance negativa reflete em grande parte o processo de reestruturação na construção metálica, maioritariamente com o encerramento da unidade na Polónia e de alguma da capacidade produtiva em Portugal. Os efeitos “one off” na área de Construção Metálica foram de 34,0 milhões de euros.

No segmento Solar, a margem EBITDA de 6,9 % registada em 2012 está em linha com a do ano 2011, apesar do ambiente competitivo no setor solar e ainda do esforço de internacionalização.

As empresas agrupadas em “outras” também tiveram uma contribuição positiva de 12,5 milhões de euros, atingindo uma melhoria anual de 39,4 %.

EBITDA ANO 2012 ANO 2011 Reexpresso

M€ Margem M€ Margem Var. %

Martifer Consolidado 3,9 0,8% 8,9 1,6% -55,9%

Construção Metálica -24,6 -9,8% -20,1 -8,4% 22,1%

Solar 16,0 6,9% 20,1 6,8% -20,3%

Outras 12,5 8,9 39,4%

Nota: Outras inclui a área de RE Developer, Holding e Serviços de Suporte

As amortizações e depreciações caíram 4,3 % de 18,2 para 17,5 milhões de euros. As Provisões e perdas de imparidade para ativos fixos registadas foram de 2,2 milhões de euros, o que compara com 10,2 milhões de euros.

Os resultados antes de encargos financeiros e impostos (EBIT) atingiram os -15,8 milhões de euros, o que compara com -19,4 milhões de euros em 2011, e que reflete uma ligeira melhoria.

Os Encargos Financeiros Líquidos totalizaram 36,3 milhões de euros, comparáveis com 26,4 milhões de euros no ano anterior. Os juros líquidos registados foram de 19,0 milhões de euros, as diferenças de câmbio foram desfavoráveis em 4,6 milhões de euros e outros custos financeiros de 12,6 milhões de euros.

O resultado das diferenças cambiais foi negativo em 2012, atingindo perdas líquidas de 4,6 milhões de euros, maioritariamente devido à desvalorização do Zloty (Polónia) e Real (Brasil) em relação ao Euro, de 1,6 % e 7,8 %, respetivamente.

A contribuição líquida da aplicação do método de equivalência patrimonial às subsidiárias Nutre e Prio Energy (detidas a 49 %) foi de 3,9 milhões de euros negativos.

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 35

INVESTIMENTO

O valor do investimento em ativos tangíveis e intangíveis no final de 2012 foi de 56,5 milhões de euros, maioritariamente aplicado em: (1) Desenvolvimento de parques na Martifer Solar (29 milhões de euros). Este valor não corresponde a investimento de longo prazo para a empresa, mas sim a ativos para vendas nos próximos meses.

(2) Finalização da construção da unidade de construção metálica no Brasil e investimento de manutenção diverso na construção metálica (10,1 milhões de euros).

(3) Da área de RE Developer, investimento de 17 milhões de euros no desenvolvimento e construção de parques eólicos. Dos 17 milhões de euros, 14 milhões de euros são correspondentes ao projeto Rymanow, já classificado como detido para venda. O investimento líquido total em ativos fixos em 2012 foi de 40,4 milhões de euros.

INVESTIMENTO EM ATIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS EVOLUÇÃO (2007 – 2012) - €M 122,4 213 102,4 46,3 61,3 56,6 0 50 100 150 200 250 2007 2008 2009 2010 2011 2012

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ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL

SITUAÇÃO FINANCEIRA

ANO 2012 ANO 2011 ANO 2011 Variação

€M Reexpresso

Ativos Fixos (incluindo Goodwill) 331,8 343,2 363,1 -3,3%

Outros Ativos não correntes 187,7 181,4 181,4 3,5%

Inventários e Devedores Correntes 383,8 415,5 415,5 -7,6%

Disponibilidades e equivalentes 38,0 77,9 77,9 -51,2%

Ativos detidos para venda 35,1 0,0 0,0 s.s.,

Ativo Total 976,4 1,018,0 1,037,8 -4,1%

Capital Próprio 176,3 235,9 251,5 -25,3%

Interesses não controlados 51,0 31,8 31,8 60,4%

Total do Capital Próprio 227,3 267,7 283,3 -15,1%

Dívida e leasings não correntes 177,1 233,3 233,3 -24,1%

Outros passivos não correntes 38,2 34,7 38,9 10,0%

Dívida e leasings correntes 238,1 174,9 174,9 36,2%

Outros passivos correntes 286,2 307,3 307,3 -6,9%

Passivos relacionados com ativos detidos para venda 9,5 0,0 0,0 s.s.

Passivo Total 749,1 750,3 754,5 -0,2%

O total de ativos a 31 de dezembro de 2012 atingiam os 976,4 milhões de euros, enquanto os ativos não correntes totalizavam 519,5 milhões de euros, comparados com 1 018,0 e 524,6 milhões de euros, respetivamente, no final de 2011.

O Capital Próprio decresceu 40,5 milhões de euros, para os 227,3 milhões de euros no final do ano 2012. A variação negativa deve-se, essencialmente, ao resultado líquido apresentado em 2012.

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 37

DÍVIDA LÍQUIDA

M€ Construção Metálica Solar RE Developer Holding Consolidado Martifer

Dívida Financeira alocada a áreas operacionais 93 25 26 155 299

Dívida Financeira alocada a áreas

não operacionais 27 37 64

Dívida Líquida sem Recurso 14 14

Total Dívida Líquida 120 62 40 155 377

Nota: Dívida Líquida = Empréstimos + Leasing Financeiro (+/-) Derivados – Disponibilidades e Equivalentes

A Dívida Líquida consolidada do Grupo a 31 de dezembro de 2012 totalizava 377,2 milhões de euros, um aumento de 46,8 milhões de euros comparativamente à dívida líquida de 330,4 milhões de euros, registada no final de 2011. Esta variação é totalmente justificada pelo valor do investimento, que não representa um investimento “core” de longo prazo, mas sim investimento em ativos renováveis realizáveis no médio prazo.

Determinante é mais uma vez sublinhar que é objetivo do grupo Martifer a obtenção de um nível de endividamento entre 230 a 250 milhões de euros até ao final de 2014. Considerando o nível de endividamento atual (377 milhões de euros), é objetivo do Grupo prosseguir com uma redução adicional de 127 a 147 milhões de euros nos próximos dois anos (2013 e 2014) através da venda de ativos não core, especialmente parques eólicos, projetos solares e, residualmente, pela venda de projetos imobiliários.

TENDÊNCIA DE DECRÉSCIMO DA DÍVIDA (08-12)

485 444 321 330 377 0 100 200 300 400 500 600 2008 2009 2010 2011 2012 €M

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ESTRUTURA DA DÍVIDA – Entre 2009 e 2012

No final do ano 2012 a estrutura da dívida de MLP e de Curto Prazo era de 78 % e 22 %, respetivamente, já considerando a reestruturação da dívida em curso, em que se prevê transferir para prazo mais longo parte da dívida apresentada como corrente no Balanço, e o que compara com uma estrutura de 71 % MLP e 29 % a Curto Prazo, no final do ano 2011. Ou seja, em 2012, 31 % da dívida corrente está em processo de Reestruturação/ Formalização para não corrente.

No que diz respeito ao tipo de taxa inerente à dívida do Grupo, no final de 2012 situava-se nos 17 % taxa fixa e 83 % taxa variável, exatamente ao nível de 2011.

ESTRUTURA DA DÍVIDA – TAXA FIXA VS VARIÁVEL - 2012

49% 38% 29% 51% 62% 71% 78% 2009 2010 2011 2012 22%

Fixa – M/L Prazo Variável - M/L Prazo

17%

83%

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04

ANÁLISE POR

SEGMENTO

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04 | ANÁLISE POR SEGMENTO

CONSTRUÇÃO METÁLICA

ANÁLISE SETORIAL

Destaques:

• Ambiente do setor da construção na Europa em depressão acentuada durante 2012:

A Euroconstruct aponta para uma queda de 4,7%; Com a construção cívil a cair 7,5%

• Condições de mercado foram-se deteriorando – anúncio de profit warnings por parte de diversas empresas do setor por toda a Europa

Medidas de austeridade intensificadas em diversos países adiam por vários anos qualquer oportunidade de investir em

projetos de infraestruturas

• Crescimento económico conduzido pelos mercados emergentes, principalmente na Ásia e na América do Sul, faz com que as oportunidades no setor, acabam por surgir nestes países

• No Brasil, o setor é alavancado por diversos projetos de infraestruturas; indústria de construção deverá ter um crescimento médio de 7,1 % por ano entre 2012 e 2016:

Preparação para a realização de dois grandes eventos desportivos: Mundial de Futebol de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016

Implementação da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) – investimento de mais de US$ 500 bn

entre 2011 e 2014

ATIVIDADE

A carteira de encomendas em 2012 registou o valor mais elevado de sempre nos 373 milhões de euros, mais 83 milhões de euros que em 2011, e distribuída principalmente por 11 países.

Da análise que podemos fazer da atual carteira de encomendas, e em perspetiva com o registado nos anos anteriores, será de destacar o peso do Brasil de 27 %, com aproximadamente 100 milhões de euros, seguido da França com 87 milhões de euros e da Arábia Saudita com 61 milhões de euros.

Os principais projetos em carteira são:

• No Brasil, as pontes da Transcarioca e o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e os estádios Arena Fonte Nova, em Salvador da Bahia e Arena Amazônia, em Manaus

• Em França, o Estádio do Lyon, a sede da EDF e os hangares da Airbus

• Na Arábia Saudita, a King Abdullah Financial City, em Riade e o Estádio do King Abdullah Sports City, em Jeddah • Em Portugal, destacam-se as embarcações em construção pela Navalria

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 41

CARTEIRA DE ENCOMENDAS POR GEOGRAFIA

GEOGRAFIA VALOR (M€) % Brasil 101,8 27% França 86,7 23% Arábia Saudita 61,4 17% Portugal 49,7 13% Reino Unido 22,4 6% Angola 16,9 5% Espanha 14,9 4% Roménia 8,8 2% Polónia 4,0 1% Austrália 3,4 1% Peru 3,0 1% TOTAL 373

RESULTADOS

Os Proveitos Operacionais da área de Construção Metálica aumentaram 4,2 % para os 250,3 milhões de euros em 2012. Apesar das dificuldades vividas no setor, principalmente na Europa. A mudança no peso dos Proveitos Operacionais, da Península Ibérica para o Brasil, foi a razão por detrás do facto do negócio ter contrariado a tendência negativa. Como é possível verificar nas tabelas abaixo, em 2012 o registo de atividade sofreu alterações significativas quando comparado com 2011.

2012 2011

GEOGRAFIA VALOR (M€) GEOGRAFIA VALOR (M€)

Brasil 57,2 Península Ibérica 50,2

Angola 41,1 Angola 40,5

Península Ibérica 38,2 Polónia 28,5

Reino Unido 26,3 Reino Unido 22,9

França 19,0 Roménia 22,8

Roménia 18,5 Marrocos 14,7

Arábia Saudita 17,6 França 13,6

Polónia 14,0 Alemanha 13,0

Austrália 7,0 Austrália 10,4

Dinamarca 6,3 Dinamarca 10,4

EUA 3,4 Brasil 7,6

Eslovénia 0,7 Bélgica 3,6

Marrocos 0,5 Arábia Saudita 0,7

TOTAL 250,3 TOTAL 240,2

Como se pode verificar acima, o esforço nos últimos três anos, de focalização da atividade em países com crescimento económico e com plano de investimento em infraestruturas, começa a ser visível. Porém, os impactos negativos de todas estas mudanças estratégicas estão em parte refletidos na estrutura de custos.

(42)

Sendo assim, o EBITDA em 2012 reflete efeitos não correntes penalizadores, explicados por dois tipos de fatores: (1) os custos associados com o encerramento da atividade industrial na Polónia e o impacto da redução da capacidade produtiva em Portugal; (2) margens operacionais negativas em alguns projetos, principalmente na Polónia, Ibéria e Austrália que refletem o ambiente geral no setor, com margens muito reduzidas devido à falta de procura de grandes projetos, principalmente na Europa.

Os Encargos Financeiros Líquidos sofreram um aumento de 12,7 % para os 14,4 milhões de euros, devido ao aumento dos custos financeiros e de diferenças de câmbio desfavoráveis

O Resultado Líquido totalizou -46,1 milhões de euros, dos quais 0,3 milhões de euros são atribuíveis a interesses não controlados da Martifer Angola.

A Dívida Financeira Líquida da área de Construção Metálica a 31 de dezembro de 2012 atingiu 120 milhões de euros, mais 13 milhões de euros que no final do ano de 2011. Da dívida líquida total, 27 milhões de euros estão alocados a projetos na área de Retail, considerada como uma área não core.

O CAPEX total no período atingiu os 10,1 milhões de euros, valor que corresponde à finalização da construção da unidade de construção metálica no Brasil e investimento de manutenção diverso na construção metálica.

CONSTRUÇÃO METÁLICA 2012 2011 VAR. %

M€ REEXPRESSO Proveitos operacionais 250,3 240,2 4,2% EBITDA -24,6 -20,1 -22,1% Margem EBITDA -9,8% -8,4% -1,4 pp EBIT -31,9 -34,5 7,5% Margem EBIT -12,7% -14,3% 1,6 pp

Encargos financeiros líquidos 14,4 12,8 12,7%

Impostos -0,2 -5,3 s.s.

Resultados de ativos detidos para venda -0,3 0,0 94,6%

Resultado líquido do exercício -46,1 -42,0 -9,9%

Atribuível a interesses não controlados 0,3 0,6 -51,8%

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 43

SOLAR

ANÁLISE SETORIAL

Destaques:

• 2012 – em geral, o pior ano de sempre para as empresas do setor solar PV:

No entanto, o total de instalações cresce 3 % desde 2011, para uma capacidade mundial total a ultrapassar os 100GW • Fase de consolidação intensa do setor:

Capacidade produtiva instalada excedentária

Queda acentuada de preços, com efeitos negativos em toda a cadeia de valor • Situação agravada pela constante mudança nas políticas de apoio:

Aplicadas retroativamente em alguns países (Espanha e Bulgária)

Cria incerteza ao redor dos donos dos projetos e investidores – implicações na angariação de novos clientes e projetos • Ambiente misto no 2.º semestre, na Europa:

Espanha e Itália estagnadas devido ao agravamento das condições – corte dos subsídios no setor e bottlenecks de financiamento

• Bélgica e Bulgária com reduções drásticas nas suas condições

EUA aquém das expetativas, mas com performance superior à Europa

• Apesar de tudo, espera-se uma melhoria significativa para os próximos anos no setor

Quais são os desafios que se colocam?

(1) Descida do custo de capital (2) Novas formas de financiamento

TENDÊNCIA – ASSET FINANCE PROJETO SOLAR PV

Fonte:Bloomberg 7.244 20.078 7.495 27.257 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 2012 2011 -63% €M 54.212 70.571 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 2012 2011 -74% Fonte: Bloomberg

EUROPA E EUA TOTAL GLOBAL

Europa EUA

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CUSTO DOS PROJETOS PV – EM SOLO M€/MW

O custo dos projetos caiu ~40% de 2011 para 2012 TENDÊNCIA – INSTALAÇÔES SOLAR FV

A China, o Japão e a Índia irão ser os mercados com maior crescimento nos próximos anos. Fonte: NEF

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 45

ATIVIDADE

A carteira de contratos chave na mão (assinados) é de 230 milhões de euros; Portugal, América do Norte, México e Reino Unido com a contribuição mais significativa. Relembrando que o posicionamento estratégico da empresa passa pela focalização em mercados maduros com um enquadramento regulatório favorável e em países emergentes com bom potencial solar para a execução de soluções on e off-grid, é importante referir, no entanto, que as margens no segmento solar foram reduzidas ao longo da cadeia de valor, com cortes significativos nos apoios governamentais e um aumento da concorrência.

RESULTADOS

Os Proveitos Operacionais diminuíram 21,3 % face ao ano anterior, totalizando 230,8 milhões de euros. Esta performance é explicada pelo decréscimo dos preços e pelo arrastar de alguns projetos para o ano 2013. Os mercados com contribuição mais elevada foram: Portugal, Itália, EUA, França e Reino Unido.

O processo de internacionalização continua, e no ano 2012 destacam-se as entradas no Brasil com um pequeno projeto, no México, no Chile, na Ucrânia e na Roménia.

O EBITDA da área Solar foi de 16 milhões de euros, com a margem EBITDA estável nos 6,9 % em linha relativamente ao período homólogo.

Os Encargos Financeiros Líquidos registaram 7,4 milhões de euros, registando um aumento relativamente aos 3,1 milhões registados em 2011. O acréscimo dos Encargos Financeiros Líquidos face ao ano anterior é explicado fundamentalmente por uma menos valia de 2,3 milhões de euros na aquisição de uma sociedade veículo que foi entretanto vendida juntamente com outras sociedades a um grupo sul coreano, esperando-se que a margem operacional mais do que compense esta menos valia. Também o aumento dos custos de financiamento ajudam a explicar a evolução dos Encargos Financeiros Líquidos

O Investimento registado no final do ano 2012 foi de 31 milhões de euros. Este valor é explicado pelo investimento em desenvolvimento de projetos nos EUA e em França, cuja alienação está prevista para 2013.

A Dívida Líquida aumentou de 45,8 milhões de euros no final de 2011, para 61,5 milhões de euros. Este aumento é explicado principalmente pelo investimento realizado nos projetos solares PV que irão ser vendidos no decorrer de 2013.

SOLAR 2012 2011 VAR. % €M REEXPRESSO Proveitos operacionais 230,8 293,2 -21,3% EBITDA 16,0 20,1 -20,3% Margem EBITDA 6,9% 6,8% 0,1 pp EBIT 13,3 18,1 -26,2% Margem EBIT 5,8% 6,2% -0,4 pp

Encargos financeiros líquidos 7,4 3,1 >100%

Impostos 2,3 5,4 -57,1%

Resultado líquido do exercício 3,6 9,5 -62,1%

Atribuível a interesses não controlados -1,4 -0,9 62,9%

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OUTRAS ÁREAS

RESULTADOS

Os resultados das restantes áreas – “Outras” – incluem a atividade da RE Developer e as operações da Holding e dos Serviços de Suporte do Grupo.

Os Proveitos Operacionais da RE Developer atingiram 17,1 milhões de euros em 2012, o que corresponde a um crescimento de 17,8 %, justificado pela melhoria da performance dos parques solares em Espanha, dos parques eólicos no Brasil e do início de operação do parque eólico da Roménia, apesar da alienação dos parques eólicos na Polónia no 2.º Semestre de 2011.

A empresa tem atualmente 64MW de parques eólicos e solares em operação e com contribuições para os Proveitos Operacionais. O EBITDA atingiu os 9,9 milhões de euros em 2012, apresentando uma melhoria de 42,7 % face ao ano anterior;. A margem EBITDA em 2012 foi de 58 %, que compara com 48 % no ano anterior.

O Resultado Líquido no final de 2012 foi positivo em 0,3 milhões de euros, quando em 2011 a Martifer Renewables tinha registado um prejuízo de 13,3 milhões de euros.

O investimento total em 2012 foi de 17 milhões de euros, aplicado maioritariamente na finalização da construção do projeto eólico na Roménia (Babadag) e Polónia (Rymanow), o qual foi classificado como detido para venda, pelo que o investimento ajustado pelo ativo detido para venda foi de 3,5 milhões de euros.

A Dívida Líquida no final de 2012 foi de 40 M€. Continua a decorrer o processo de alienação de ativos renováveis que, face à atual conjuntura de mercado, apenas deve ter resultados mais visíveis em 2013 e 2014.

RE DEVELOPER 2012 2011 VAR. % €M REEXPRESSO Proveitos operacionais 17,1 14,5 17,8% EBITDA 9,9 7,0 42,7% Margem EBITDA 58,1% 48,0% 10,1 pp EBIT 2,1 -3,1 s.s. Margem EBIT 12,3% -21,4% s.s.

Encargos financeiros líquidos 1,7 10,9 -84,8%

Impostos 0,1 -0,7 s.s.

Resultado líquido do exercício 0,3 -13,3 s.s.

Atribuível a interesses não controlados 0,6 -0,2 s.s.

Atribuível ao Grupo -0,3 -13,0 97,8%

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05

DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

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05 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

Durante o exercício de 2012, o nível dos serviços de suporte que a Holding prestou às restantes empresas do Grupo diminuiu significativamente, devido ao facto de parte dos serviços que eram prestados pela sociedade terem sido transferidos para as Áreas de Negócio, na sequência da estratégia de atribuição de maior autonomia, com a consequente descentralização e maior

responsabilização daquelas.

O resultado líquido da Martifer, SGPS, SA, empresa holding do Grupo, foi negativo em 12 517 886 euros, face a um resultado líquido negativo de 21 227 710 euros no ano anterior.

Para o resultado líquido negativo de 2012, contribuiu, essencialmente, a redução dos rendimentos financeiros obtidos, devido ao facto de, no final de 2011, a Martifer SGPS ter procedido à conversão de suprimentos e outros empréstimos de curto prazo concedidos às participadas em prestações acessórias de capital, de forma não onerosa, face à necessidade de reforçar o capital próprio daquelas.

Adicionalmente foram reconhecidas perdas de imparidade na participação detida na Martifer Renewables, SGPS, SA, no valor de 4 milhões de euros. O reforço da perda de imparidade neste ativo financeiro deveu-se essencialmente à deterioração dos capitais próprios das participadas desta subholding.

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06

COMPORTAMENTO

DA AÇÃO

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06 | COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER

PERFORMANCE DA AÇÃO | 2011 - 2012

Fonte: Reuters

VOLUME TRANSACIONADO | 2012

Fonte: Reuters

Devido à baixa de liquidez dos títulos e falta de interesse dos investidores na bolsa portuguesa, principalmente até novembro, a

performance do preço da ação Martifer sofreu os mesmos efeitos que os seus pares e sofreu uma desvalorização de 48 % no final de

2012, com o PSI-20 a registar um ganho de 2,9 %, grande parte a partir de setembro, após a perceção do risco na Europa ter invertido. A cotação das ações da Martifer terminou o ano 2012 com o preço de 0,56 € por ação; a cotação mais alta atingida foi de 1,14 € por ação, enquanto a mínima foi de 0,50 € por ação. O volume médio de ações transacionadas durante o exercício foi 12 652 ações. A escalada de notícias negativas ao longo do ano 2012, o receio da sustentabilidade do “euro” associado ao agravamento da crise de dívida soberana, sem soluções à vista, afastaram os investidores que transferiram milhões dos países intervencionados, como Portugal, para outros ativos com perfil de risco diferente. A ação da Martifer foi penalizada por esta conjuntura e, no final do período em análise, a capitalização bolsista da Martifer situou-se nos 56 milhões de euros.

0 20 40 60 80 100 120 01 -2 01 1 02 -2 01 1 03 -2 01 1 04 -2 01 1 05 -2 01 1 06 -2 01 1 07 -2 01 1 08 -2 01 1 09 -2 01 1 10 -2 01 1 11 -2 01 1 12 -2 01 1 01 -2 01 2 02 -2 01 2 03 -2 01 2 04 -2 01 2 05 -2 01 2 06 -2 01 2 07 -2 01 2 08 -2 01 2 09 -2 01 2 10 -2 01 2 11 -2 01 2 12 -2 01 2

Martifer PSI20 Index

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Ja n-12 Ja n-12 Ja n-12 Fe v-12 Fe v-12 M ar -1 2 M ar -1 2 A br -1 2 A br -1 2 M ai-12 M ai-12 Ju n-12 Ju n-12 Ju l-1 2 Ju l-1 2 Ju l-1 2 A go -1 2 A go -1 2 S et -1 2 S et -1 2 Ou t-1 2 Ou t-1 2 No v-12 No v-12 De z-12 De z-12 De z-12 '00 0 a ções

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RELATÓRIO & CONTAS 2012 PÁGINA 51

AQUISIÇÃO DE AÇÕES PRÓPRIAS

Nos termos e para o efeito do disposto no Regulamento da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários nº 5/2008, designadamente os números 1 e 2 do Artigo 11º, a Martifer SGPS, SA adquiriu em bolsa as seguintes ações próprias:

DATA MERCADO / TRANSAÇÃO AÇÕES ADQUIRIDAS PREÇO (€) AÇÕES DETIDAS

02-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.555 1,09 5.555

04-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.950 1,08 11.505

05-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 19.580 1,08 31.085

09-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 7.430 1,08 38.515

10-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 2.300 1,11 40.815

11-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.600 1,12 42.415

12-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 16.380 1,09 58.795

13-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 150 1,09 58.945

16-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.350 1,11 64.295

17-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 380 1,13 64.675

18-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.340 1,11 70.015

19-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.900 1,13 75.915

20-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.120 1,10 77.035

23-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 8.195 1,10 85.230

24-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 9.160 1,10 94.390

25-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.000 1,09 95.390

26-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 12.000 1,08 107.390

27-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.589 1,08 110.979

30-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 14.974 1,07 125.953

31-Jan-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.204 1,07 129.157

01-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 7.350 1,08 136.507

02-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 2.750 1,08 139.257

03-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 2.150 1,07 141.407

06-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 11.800 1,07 153.207

07-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 21.700 1,07 174.907

08-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.914 1,09 178.821

13-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 4.090 1,06 182.911

14-Feb-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.000 1,08 183.911

02-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.700 1,06 190.611

05-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 7.475 1,04 198.086

06-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.230 1,02 204.316

07-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 7.438 1,01 211.754

08-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 25.500 1,00 237.254

09-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 35.344 0,96 272.598

12-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.489 0,98 279.087

13-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 18.340 0,96 297.427

14-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 37.594 0,92 335.021

15-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 22.559 0,85 357.580

16-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.270 0,93 363.850

19-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 150 0,95 364.000

20-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.110 0,93 367.110

21-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 241 0,93 367.351

22-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 6.000 0,93 373.351

23-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.248 0,93 374.599

26-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.620 0,92 380.219

27-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 17.000 0,92 397.219

28-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 250 0,92 397.469

29-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 300 0,93 397.769

30-Mar-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.050 0,90 402.819

02-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 210 0,89 403.029

03-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 360 0,90 403.389

04-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 3.650 0,91 407.039

05-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 5.780 0,92 412.819

10-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 4.185 0,90 417.004

11-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 2.100 0,92 419.104

13-Abr-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.500 0,93 420.604

25-Mai-12 Euronext Lisbon – Purchase 21.000 0,63 441.604

28-Mai-12 Euronext Lisbon – Purchase 20.755 0,62 462.359

21-Set-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.000 0,56 463.359

24-Set12 Euronext Lisbon – Purchase 100 0,57 463.459

26-Set-12 Euronext Lisbon – Purchase 1.700 0,56 465.159

23-Set-12 Euronext Lisbon – Purchase 3,100 0,60 468.259

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07

PERSPETIVAS

FUTURAS

Referências

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