ENG. QUÍMICA
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
(Introdução às Operações de Transferência de Massa)
ENG 524
Discente: Murilo Fontes C. Santos Docente: Édler Lins de Albuquerque
1
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Exemplo: Preparo de café
O fenômeno da ida do soluto de uma fase a outra
caracteriza a transferência de massa entre fases.
Fonte: http://www.meridiano.com.br/blog/tag/onde-guardar-o-cafe/
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
O que foi estudado até o momento?
Transporte do soluto ocorrendo em apenas uma fase.
Do seio dessa fase até uma dada fronteira com outra
fase, ou no sentido inverso.
A relação entre as duas fases limitava-se a uma relação
de equilíbrio na interface.
3
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Objetivo do capítulo
Avaliar de maneira simplificada como ocorre e como
pode ser feito o transporte do soluto de uma fase para
outra.
Cada fase apresenta uma resistência associada ao
movimento do soluto, que numericamente relaciona-se
com o inverso do coeficiente de transferência de
massa.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Equilíbrio Termodinâmico
Governa a interface entre duas fases;
Delimita as regiões de transporte.
Ex.: Lei de Henry
– Válida para sistemas diluídos e
consequentemente isotérmicos.
H
x
P
S S A A
5UMA REVISÃO SOBRE km E AS SUAS FORMAS
Coeficientes de Transferência de Massa
C
C
k
N
k
n
A A m A A A m A p p
Para misturas gasosas, admitindo o meio como um gás ideal:
m A A A A m A A m y , Ap
p
RT
k
y
y
RT
p
k
C
C
k
N
p p pPara soluções líquidas:
A A L L m A A m A A m y , Ax
x
M
k
x
x
C
k
C
C
k
N
p p p 6Coeficientes de Transferência de Massa em meios
estagnados
B,médio A A 1 AB médio , B A A 1 AB 2 1 i i A A AB y , A y y -y RT p y D y y -y y CD N y dy dy C -D N p pPara misturas gasosas binárias e meio como um gás ideal:
m A A A A m A A m y , Ap
p
RT
k
y
y
RT
p
k
C
C
k
N
p p p
médio , B 1 AB m y A A y y , Ay
1
RT
p
y
D
RT
p
k
k
:
sendo
y
-y
k
N
pky – Coeficiente de transferência de massa da fase gasosa,
qdo. a força motriz é a diferença de fração molar.
Quando a Força Motriz for a Diferença de fração molar:
7
Coeficientes de Transferência de Massa em meios
estagnados
B,médio A A 1 AB médio , B A A 1 AB 2 1 i i A A AB y , A y p -p RT 1 y D y y -y y CD N y dy dy C -D N p pPara misturas gasosas binárias e meio como um gás ideal:
m A A A A m A A m y , Ap
p
RT
k
y
y
RT
p
k
C
C
k
N
p p p
médio , B 1 AB m G A A G y , Ay
1
RT
1
y
D
RT
1
k
k
:
sendo
p
-p
k
N
pkG – Coeficiente de transferência de massa da fase gasosa,
Quando a Força Motriz for a Diferença de pressão parcial
do soluto:
Coeficientes de Transferência de Massa em meios
estagnados
B,médio A A L L 1 AB 2 1 i i A A AB y , A x x -x M y D N x dy dx C -D N pPara misturas líquidas binárias :
A A L L m A A m A A m y , Ax
x
M
k
x
x
C
k
C
C
k
N
p p p
médio , B L L 1 AB L L m x A A x y , Ax
1
M
y
D
M
k
k
:
sendo
x
-x
k
N
pkx – Coeficiente de transferência de massa da fase líquida,
qdo. a força motriz é a diferença de fração molar do soluto.
Quando a Força Motriz for a Diferença de fração molar:
9
Coeficientes de Transferência de Massa em meios
estagnados
B,médio A A 1 AB 2 1 i i A A AB y , A x C -C y D N x dy dx C -D N pPara misturas líquidas binárias :
m A A m A A m A A y , Ak
C
C
k
C
x
x
k
C
C
N
p p p
médio , B 1 AB m L A A L y , Ax
1
y
D
k
k
:
sendo
C
-C
k
N
pkL – Coeficiente de transferência de massa da fase líquida,
qdo. a força motriz é a diferença de concentração molar do soluto.
Quando a Força Motriz for a Diferença de concentração molar:
Coeficientes de Transferência de Massa em meios
com contradifusão equimolar
A A 1 AB A A 1 AB A A 1 AB A AB y , A p -p RT 1 y D y -y RT p y D C -C y D dy dy C -D N p p pPara misturas gasosas binárias e meio como um gás ideal:
m A A A A m A A m y , Ap
p
RT
k
y
y
RT
p
k
C
C
k
N
p p p
RT
p
y
D
RT
p
k
k'
:
sendo
y
-y
'
k
N
1 AB m y A A y y , A pk’y – Coeficiente de transferência de massa da fase gasosa,
qdo. a força motriz é a diferença de fração molar.
Quando a Força Motriz for a Diferença de fração molar:
11
Coeficientes de Transferência de Massa em meios
com contradifusão equimolar
A A 1 AB A A 1 AB A A 1 AB A AB y , A p -p RT 1 y D y -y RT p y D y -y y CD dy dy C -D N p p pPara misturas gasosas binárias e meio como um gás ideal:
m A A A A m A A m y , Ap
p
RT
k
y
y
RT
p
k
C
C
k
N
p p p
RT
1
y
D
RT
1
k
k'
:
sendo
p
-p
'
k
N
1 AB m G A A G y , A pk'G – Coeficiente de transferência de massa da fase gasosa,
qdo. a força motriz é a diferença de pressão parcial do
Quando a Força Motriz for a Diferença de pressão parcial
do soluto:
Coeficientes de Transferência de Massa em meios
com contradifusão equimolar
A A 1 AB A A L L 1 AB A AB y , A C -C y D x -x M y D dy dx C -D N p pPara misturas líquidas binárias :
A A L L m A A m A A m y , Ax
x
M
k
x
x
C
k
C
C
k
N
p p p
L L 1 AB L L m x A A x y , AM
y
D
M
k
k'
:
sendo
x
-x
'
k
N
pk'x – Coeficiente de transferência de massa da fase gasosa,
qdo. a força motriz é a diferença de fração molar.
Quando a Força Motriz for a Diferença de fração molar:
13
Coeficientes de Transferência de Massa em meios
com contradifusão equimolar
Para misturas líquidas binárias :
A A L L m A A m A A m y , Ax
x
M
k
x
x
C
k
C
C
k
N
p p p
1 AB m L A A L y , Ay
D
k
k'
:
sendo
C
-C
'
k
N
pk'L – Coeficiente de transferência de massa da fase gasosa,
qdo. a força motriz é a diferença de concentração molar.
Quando a Força Motriz for a Diferença de concentração molar:
A A 1 AB A A L L 1 AB A AB y , A C -C y D x -x M y D dy dx C -D N p p 14Coeficientes de Transferência de Massa
Ao comparar as abordagens meio estagnado e contradifusão
equimolar, tem-se:
médio , B L L médio , B x x médio , B G G médio , B y yx
'
k
k
;
x
'
k
k
;
y
'
k
k
;
y
'
k
k
Quando os meios podem ser considerados diluídos:
y
B, médio
1 e x
B, médio
1. Nesta condição:
L L x x G G y y
k
'
;
k
k
'
;
k
k
'
;
k
k
'
k
15TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Operações de transferência de massa
Conjunto de técnicas e de equipamentos destinados à separação de um ou mais componentes de uma mistura ou solução.
Foco do capítulo
Técnicas de separação baseadas na solubilização de um soluto por um agente extrator.
Fenomenologia básica
Balanços macroscópicos (altura efetiva da coluna e nº de estágios ideais para sistemas diluídos e isotérmicos).
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Técnicas de separação por solubilização
Ex.: Corrente de ar contaminada com amônia
– Separar
a amônia por absorção, através de contato com uma
corrente de água isenta de amônia.
Gradiente de concentração;
Alta solubilidade da amônia em água.
Fenomenologia básica da absorção
Informação de como ocorre o transporte do soluto do
seio da fase gasosa até a interface, e desta até o seio
da fase líquida.
17
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Técnicas de separação por solubilização
Fase G / fase leve: menor densidade.
Fase L / fase pesada: maior densidade.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Outras técnicas de separação
Mais utilizada no século XX: Destilação.
Princípio de separação baseia-se na vaporização a
partir de uma mistura de líquidos.
Agente separador: calor.
Umidificação, desumidificação e secagem.
19
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Considerações preliminares
1. Supõe-se que as fases estão situadas em filmes estagnados de espessuras indicadas.
2. Existem misturas binárias (soluto/inerte), em que o soluto é o mesmo em ambas as fases, enquanto os inertes são distintos entre si.
Absorção da amônia presente em corrente de ar por água.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Considerações preliminares
Fluxo global do soluto na fase leve (gás estagnado)
Na fase pesada (líquido estagnado)
Resistência específica de uma fase ao transporte do soluto
G i
AG Ai
G
AG Ai
m A A y z A P P k P P RT k y y k N ,
i L
Ai AL
m
Ai AL
L Ai AL
L L m A A x z A x x k C C k C C M k x x k N , L Fase k 1 e 1 G Fase k 1 e 1 L G x y k k 21TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Como fica a interface?
Equilíbrio termodinâmico das fases
Curva de equilíbrio ou solubilidade
AG Ai
y z Ak
y
y
N
,
L i A A x z Ak
x
x
N
,
22TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Como fica a interface?
Considerando soluções diluídas e operação isotérmica
P H m mx y i i A A 23
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Teoria das duas resistências
Proposta por Witman em 1923, que se baseou na absorção, sendo esta governada somente pela difusão do soluto nas duas fases, as quais foram supostas como filmes estagnados.
O soluto deve vencer a resistência ao seu movimento em ambas as fases para que ocorra a separação.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Teoria das duas resistências
Considera que a interface não oferece resistência ao
transporte do soluto.
Continuidade do fluxo de A na fronteira entre as fases:
i L i G L i i G A A A A y x A A x A A y z Ax
x
y
y
k
k
x
x
k
y
y
k
N
,Relação entre as resistências individuais da fase gasosa e líquida em função das forças motrizes em cada fase.
25
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Teoria das duas resistências
Representação da relação entre as resistências individuais junto à reta de equilíbrio
Útil para determinação dos coeficientes individuais envolvidos na operação de separação em um determinado ponto do equipamento de separação.
Precisa conhecer as composições do soluto na interface.
É constante para qualquer ponto ao longo da altura do equipamento, para soluções diluídas (op. isotérmica).
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
Como estimar os coeficientes de transferência de massa? Realizar experimentos nos quais é estabelecido
operacionalmente que a resistência oferecida ao transporte do soluto de uma das fases venha a ser desprezível em face da outra.
Quando isto não é feito: o coeficiente obtido engloba as
resistências das fases envolvidas no processo de separação.
27
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
São definidos para as fases G e L:
Fração molar de A na fase gasosa em equilíbrio com a fração molar de A no seio da fase líquida.
Fração molar de A na fase líquida em equilíbrio com a fração molar de A no seio da fase gasosa.
L
G A A x z A A A y z A x x K N y y K N , , L A A mx y A A mx y G 29TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
Relação entre os coeficientes individuais e globais de transferência de massa, referenciadas às fases correspondentes.
Fase G: Fase L:
G i
G A A y z A A A y z A y y k N y y K N , ,
L
L i A A x z A A A x z A x x K N x x k N , , G global i G G A A A A A A y y y y y y y y y y k K K k 1 1 L global L i L A A A A A A x x x x x x x x x x k K K k 1 1 30TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
Fase G Fase L G global i G G A A A A A A y y y y y y y y y y k K K k 1 1 L global L i L A A A A A A x x x x x x x x x x k K K k 1 1
Representação da relação entre as resistências globais junto à reta de equilíbrio.
31
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
Expressão do coeficiente global em função dos individuais.
Somando e diminuindo y
Aino numerador e denominador:
z A A A y A A y z A N y y K y y K N G G , , 1
x y y A A x z A A A y z A z A A A z A A A y A A z A A A z A A A y k m k K x x k N y y k N N x x m N y y K mx mx N y y N y y K L i i G L i i G L i i i G 1 1 1 y y 1 , , , , A A , , iTRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
Expressão do coeficiente global em função dos individuais.
Somando e diminuindo x
Aino numerador e denominador:
z A A A x A A x z A N x x K x x K N L L , , 1
y x x A A x z A A A y z A z A z A A A y A A z A A A z A A A x mk k K x x k N y y k N mN N x x K mx mx N x x N x x K L i i G L i i i L i 1 1 1 y y 1 y y 1 , , , A A , A A , , i G G i 33TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
CASO 1: Sistema envolvendo um gás altamente solúvel na fase líquida (absorção do NH3 por água).
y y x y y k K k m k K 1 1 0 m 1 1 Resistência da fase gasosa controla o processo de transferência de massa. 34
Coeficientes globais de transferência de massa
CASO 1: Sistema envolvendo um gás altamente solúvel na fase líquida. (Resistência da fase gasosa controla o processo de transferência de massa).
Utiliza-se torre de spray
• Fase gasosa: fase contínua
• Fase líquida: fase dispersa
Pequenas gotas proporcionam maior área interfacial de contato.
Cuidado: As gotas não devem ser demasiadamente pequenas, pois
correm risco de serem arrastadas pela corrente gasosa.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
35
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
CASO 2: Sistema envolvendo um gás pouco solúvel na fase líquida (ex.: absorção de CO2 por água).
x x y x x k K mk k K 1 1 0 m 1 1 1 1 Resistência da fase líquida controla o processo de transferência de massa.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
CASO 2: Sistema envolvendo um gás pouco solúvel na fase líquida. (Resistência da fase líquida controla o processo de transferência de massa).
Nesta situação, utiliza-se torre de borbulhamento.
O fenômeno de transporte de massa se dá na formação e movimento das bolhas.
37
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes globais de transferência de massa
CASO 3: Quando as duas fases controlam o processo de transferência de massa ou quando se opera com elevadas taxas de vapor em relação às de líquido, bem como o inverso.
Nestas situações utilizam-se as torres de recheio.
Configuração da coluna: Leito fixo
recheado com particulados de formas peculiares.
Aplicações: Absorção e dessorção,
podendo ser aplicadas na destilação extrativa bem como no caso da extração líquido-líquido.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Alguns tipos de recheios randômicos
39
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Recheios estruturados
Busca de maior eficiência de separação e menor perda de carga.
Desenvolvimento de novas configurações de recheios, cujas formas vão de placas perfuradas (recheio Mellapak) às telas metálicas (recheio de Sulzer – BX).
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Recheios estruturados de alta eficiência
41
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Recheios estruturados de alta eficiência
Sulzer – BX Mallapak 250Y
http://www.rubbersealing.com/TCI/goods-933-TCI+Structured+packing+250Y.html
http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-07642006000400014&lng=en&nrm=iso&ignore=.html
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Modos de disposição dos recheios no interior da coluna
Visa aumentar a superfície de contato entre as fases que escoam na coluna, elevando, com isso, as taxas de transferência de massa.
Aleatoriamente: Recheios randômicos (anel ou sela).
Ordenada: Recheios montados de forma a criar canais
preferenciais para o escoamento das fases (estruturados).
Recheios randômicos, cuja ordenação é estruturada (Ex.: Anéis
de Rasching com ds>75mm, os quais são empilhados sempre na vertical, possibilitando maior eficiência de separação e menor perda de carga).
43
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes volumétricos de transferência de massa para torre de recheios
Ao atuar sobre o valor da área de contato, a resistência que as fases oferecem ao transporte do soluto também é alterada, originando os coeficientes volumétricos ou de capacidade de transferência de massa.
Para as equações mostradas até o momento, os fluxos são obtidos pressupondo que se conhece a área onde está havendo o transporte do soluto.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes volumétricos de transferência de massa para torre de recheios
No caso das torres de spray e borbulhamento: as áreas
de transporte estão relacionadas às das gotas e das bolhas, respectivamente.
Para colunas de recheio: Dificuldade para fixar, sem
conhecimento empírico, a área interfacial de contato entre as fases, principalmente por haver inúmeros tipos de recheios.
45
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes volumétricos de transferência de massa para torre de recheios
Para considerar o efeito da presença de tais áreas na taxa ou no fluxo de transferência de massa, introduz-se um fator empírico a nas equações de fluxo de matéria.
torre da volume de Unidade massa de ncia transferê para específica l interfacia Área a 46
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes volumétricos de transferência de massa para torre de recheios
Para recheios randômicos: a área interfacial para
transferência de massa é diferente da área superficial do recheio (a≠as).
Para recheios estruturados de alta eficiência: essas áreas
são praticamente equivalentes.
47
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes volumétricos de transferência de
massa para torre de recheios
Processos de absorção física
A área interfacial efetiva para transferência de massa em recheio randômico é menor que a área molhada do recheio (aw).
Nem toda área molhada é efetiva para transferência de massa.
Processos de absorção com reação química: estas áreas são
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Área molhada do recheio randômico
Divide-se em duas regiões (a grosso modo):
Formada pelo filme líquido em movimento que recobre a superfície do recheio.
Relacionadas às zonas estagnadas.
Essas regiões tornam-se rapidamente saturadas de soluto, sendo renovadas lentamente pelo líquido absorvedor, fazendo com que a contribuição dessas regiões estagnadas ao transporte do soluto para a fase líquida seja insignificante.
49
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Área interfacial efetiva
Advém do movimento rápido do solvente.
Geralmente depende da molhabilidade da superfície do recheio.
Ex.:Leito fixo de anéis de Rasching de naftaleno.
Inicialmente a área interfacial efetiva para a transferência de massa é coincidente com a área superficial do recheio.
Borrifa-se água no leito: Haverá sublimação do naftaleno somente a partir das regiões secas dos anéis (redução da molhabilidade → redução da área interfacial efetiva).
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Correlações para estimativa da área interfacial
específica para transferência de massa (m
2/m
3).
51
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Correlações para estimativa dos coeficientes individuais de transferência de massa (kgmol/(m2s)).
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Correlações para estimativa dos coeficientes individuais de transferência de massa (kgmol/(m2s)). 3 2 G AB y D k 2 1 L AB x D k 3 2 G AB y D k 2 1 L AB x D k 53TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Correlações
para
estimativa
dos
coeficientes
individuais de transferência de massa.
3 2 G AB y D k 12 L AB x D k Melhor modelo para o escoamento em fase
gasosa é o da camada limite, já a teoria da
penetração (ou da renovação de superfícies)
é o que melhor descreve o coeficiente
individual da fase líquida.
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes volumétricos de transferência de massa para torre de recheios
Coeficientes volumétricos (individual ou global) de transferência de massa = coeficiente (individual ou global) de transferência de massa x área interfacial específica de transferência de massa
Para o problema G→L inicial:
y y
k a K a a K a N a k y y a k a N y y A A y z A y A A y z A G i G tempo Volume. mol , , 55TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes volumétricos de transferência de
massa para torre de recheios
As relações entre as resistências individuais e globais são reescritas como: Referenciado à fase G: Referenciado à fase L: a k m a k a Ky y x 1 1 a mk a k a Kx x y 1 1 1
TRANSFERÊNCIA DE MASSA ENTRE FASES
Coeficientes volumétricos de transferência de
massa para torre de recheios
Combinando as estimativas de a e kx ou ky para os mesmos
autores, obtém-se as estimativas dos coeficientes volumétricos individuais.
Na impossibilidade prática de determinar os coeficientes individuais e a área interfacial específica para transferência de massa ou na hipótese de não se dispor de informações, para uma situações particular sobre esses parâmetro.
57