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Rua Quatro Jacós, 26. CEP: Porto Alegre - RS Fone: (051) Fax: (051)

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Buscando a origem

1

Como reconhecer

o assédio moral?

4

O que acontece com as

vítimas de assédio moral?

6

Quem são as vítimas mais

comuns do assediador

8

O que fazer?

10

Como se defender?

12

Índice

Fontes consultadas:

HIRIGOYEN, Marie-France. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. (3ª edição) Tradução de Rejane Janowitzer.

HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio Moral: A Violência perversa no cotidiano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. (10ª edição) Tradução de Maria Helena Kuhner.

www.assediomoral.org – acessada em 16 de Janeiro de 2009 BIRMAN, Joel. O assédio na atualidade e seus jogos de verdade. Revista do Departamento de Psicologia - UFF. Niterói. v. 17 - nº 1, p. 29-44, Jan./Jun. 2005 p. 43

Expediente:

Realização: Sindjus/RS - Sindicato dos Servidores da Justiça do RS. • Gestão Pra Somar 2007 - 2010

Rua Quatro Jacós,26 Fone: (051) 3224-2452 Fax: (051) 3224-3730 CEP 90.150-010 • Porto Alegre - RS • www.sindjus.com.br Elaboração de conteúdo: Jane Maria Reos Wolff

Médica do Trabalho - Sindjus/RS Diagramação: Interlig Propaganda Impressão: Papel reciclato 90g

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“Como a violência reaparece a cada época sob novas formas, é necessário retomar permanentemente a luta contra ela”.

Stephen Zweig

O conceito de assédio moral pode ser desdobrado: a palavra assédio no dicionário significa submeter sem tréguas a pequenos ataques repetidamente, insistentemente. E moral tem algo a ver com ética, bem e mal e envolve humilhação e desrespeito.

O assédio moral, então, é definido como “pequenos ataques, contí-nuos, que provocam intenso sofrimento mental, e que destroem as relações e o ambiente de trabalho.”

“É um processo real de destruição moral que pode levar à doença mental ou ao suicídio” (HIRIGOYEN, 2008: 16). O assédio nasce ino-fensivo, vai se propagando aos poucos, como quem não quer nada, então os ataques vão multiplicando-se até que tenham provocado uma devastação psíquica sem se perceber quando ou como começou. Alguns autores se referem ao Assédio Moral como um sofrimento denominado de psicoterror. Pois é um fenômeno assustador!

Diante disto precisamos transformar esta realidade. Mas para que ocorram mudanças, são necessários o desejo forte de mudar a reali-dade e o conhecimento desta realireali-dade. O objetivo desta cartilha é esclarecer sobre o assédio moral e sua ação devastadora, para que se possam construir ferramentas de intervenção e coibir o assédio moral.

(4)

O processo de assédio moral é gradual. O trabalhador não se dá conta no que está sendo envolvido. São pequenos ataques, repetidos, continuados, que causam intenso sofrimento mental e degradação do ambiente de trabalho.

No início o assediador busca captar o desejo do outro e leva o trabalhador a pensar, decidir ou comportar-se de maneira diferente do que faria nor-malmente, sem perceber. Aos poucos vai retirando a capacidade de deci-são da vítima. O objetivo é manter o trabalhador num estado de depen-dência e submissão, retirando dele a capacidade de decisão.

Depois, na fase seguinte, começa a distorção da informação, propositada. Há um blecaute na informação real. Deixando o trabalhador confuso em relação ao que está acontecendo. Não há comunicação direta: fala-se sem dizer, tudo é subentendido, são frases incompletas, falas que dizem algo objetivo, mas querem dizer outra coisa... Faz o outro sentir a tensão e a hostilidade sem que nada seja dito neste sentido. O trabalhador não recebe ordens diretas do assediador: recebe e-mails, recados, não é avisado de reuniões importantes, se estava responsável por um projeto, uma ativi-dade, é retirado do cenário sem ser avisado... Então chega o momento de desqualificar o trabalhador: nada do que ele faz é bom, o alvo é esvaziar o outro de suas qualidades, repetir que ele não vale nada (de várias formas) até ele mesmo acabar concordando. Além da submissão do trabalhador é preciso apropriar-se do seu próprio ser, sugar-lhe a própria vida. E no mo-mento que a vítima reage o assediador experimenta um sentimo-mento de pânico e de fúria. É ódio puro, golpes sujos e injúrias. Aparece muito MEDO, a vítima teme a violência física e psíquica. Apenas a presença do assediador já apavora...

O assédio moral ataca a integridade do trabalhador, o amor próprio, a con-fiança em si, sua auto-estima. Vem um sentimento de vazio, sem energia, não consegue mais realizar suas tarefas, e aparece assim a idéia de morte.

É PRECISO AGIR

,

(5)

EXISTEM INÚMERAS CONSEQUÊNCIAS, FÍSICAS E PSÍQUICAS DO ASSÉDIO MORAL

E Psicológicos: há uma destruição do ser, mas em geral a vítima não se dá conta.

• Aparece diminuição do prazer • Perda da vontade sexual • Isolamento

• Dificuldades com o cônjuge • Irritação com a família • Mais isolamento • Sentimentos de irritabilidade • Vazio • Revolta e fracasso • Depressão • Transtornos do pânico • Suicídio

Efeitos físicos: são os mais perceptíveis: • Crises de enxaqueca • Hipertensão • Emagrecimento • Diabetes • Palpitações • Tremores • Insônia ou hiperssonia • Dores de estômago • Dores generalizadas.

O que adoece as pessoas é viver uma vida no trabalho feitos

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• A maioria das vítimas do assediador são trabalhadores muito dedicados, que gostam do seu trabalho e o fazem com afinco. Mas acabam sendo vistos por seu superior como uma ameaça! • São mulheres, cumpridoras do seu dever, tímidas e dóceis,

cor-respondendo a 70% das vítimas assediadas;

• A faixa etária é de 40 a 50 anos, segundo alguns autores, e pode se estender a pessoas com mais de 50 anos;

• É o serviço público o setor que apresenta a maior taxa de ocor-rência;

• Os trabalhadores do setor terciário, de prestação de serviços são os mais assediados, pela pouca definição de tarefas;

• Os negros;

• Os portadores de necessidades especiais;

• Mulheres que estavam numa posição de coordenação, ou de confiança de seu chefe, e então engravidam. Sinônimo de Licen-ça Gestante, afastamentos por necessidades da crianLicen-ça, dimi-nuição da carga horária para amamentar... Já não se prestam mais para aquela função.

• Ou aqueles que se afastam por que tiveram um problema de saúde: um infarto, Acidente Vascular Cerebral, ou outras com-plicações, e a partir daí não se “encaixam” mais no que aquela coordenação necessita. São descartados! Apenas eram reco-nhecidos pela sua força de trabalho, como agora existe uma limitação, já não interessam mais.

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LUGAR DE TRABALHO É NO TRABALHO

Evite levar trabalho pra casa, trabalhar na hora do almoço, atender a pedidos de um superior fora do horário de trabalho, ser envolvido em questões privadas de um superior. Evite trabalhar até mais tarde sem registro do horário de trabalho. Pois estas são atitudes que abrem margem para o assédio moral.

A UNIÃO FAZ A FORÇA

Seja solidário; muitas vezes o grupo de trabalho é testemunha, ou até participa ativamente do assédio a um colega. A pretexto da tolerância nos tornamos complacentes. E somos tolerantes demais com aqueles que estão no poder... Fazemos concessões, buscamos justificá-los. Mas precisamos ser solidários, o efeito do assédio moral é tão destruidor que não podemos ficar INDIFERENTES, nem nos OMITIR.

ANTECIPE-SE HOJE. PARA NÃO SER A VÍTIMA DE AMANHÃ O grupo de trabalho precisa tomar consciência que, se tem um supe-rior que joga contra algum colega, ele vai destruir este colega, e de-pois disso precisará de outra pessoa que ocupe este lugar. Portanto a outra vítima pode ser você.

É MELHOR PREVENIR...

Organize-se no seu local de trabalho, antes mesmo de ocorrer o assédio, para que se possam construir estratégias conjuntas, onde se trabalhe com cooperação e consciência de grupo, assim será possí-vel enfrentar o assédio moral.

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• Procure ajuda, você precisa de apoio;

• Faça um diário com todos os detalhes dos fatos, datas, horário, assuntos (frases ditas pelo agressor, e-mails, ordens, falta de comunicação de situações para excluir o assediado), pessoas que presenciaram. Anote nome e telefone destas pessoas, pois pode ser uma pessoa de fora que testemunhou o ocorrido; • Se for necessário grave as conversas que tiver com o assediador,

precisa-se documentar o ocorrido sempre que possível;

• Evite conversar sozinho com o assediador, tenha sempre uma testemunha;

• Denuncie, não se isole, nem fique calado;

• Encaminhe a denúncia aos superiores hierárquicos, aos superio-res imediatos, aos superio-responsáveis pela gestão de recursos hu-manos, à biometria;

• Procure o sindicato para as denúncias, e encontre suporte jurí-dico e méjurí-dico.

Sindicato dos Servidores da Justiça do RS Rua Quatro Jacós, 26 • Fone: (051) 3224-2452 Fax: (051) 3224-3730 • CEP 90.150-010 Porto Alegre - RS

assediomoral@sindjus.com.br

ASSÉDIO

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NO RIO GRANDE DO SUL A PRÁTICA DO ASSÉDIO MORAL NO SERVIÇO PÚBLICO É PROIBIDA!!!

Lei Complementar nº 12.561, de 12 de julho de 2006. Dispõe sobre assédio moral na administração

estadual do Rio Grande do Sul.

ALERTA

Em um sistema que funciona com base na lei do mais forte, do mais astucioso, os assediadores são reis! (Hirigoyen, 2002)

Precisamos garantir que no judiciário: • A vítima seja escutada e apoiada;

• Seja oferecido o suporte necessário, se for preciso realocá-la de local de trabalho;

• Os fatos sejam investigados exaustivamente; • O assediador seja punido;

• Seja empreendida uma política de humanização das relações de trabalho. Que se recuse e condene a prática do assédio moral como prática de gestão, pois a melhor maneira de motivar uma pessoa para o trabalho é proporcionar um trabalho interessante num ambiente agradável.

Referências

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