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DIREITO SOCIETÁRIO PARTE III: DA SOCIEDADE LIMITADA. Paula Freire 2012

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(1)

DIREITO SOCIETÁRIO – PARTE

III: DA SOCIEDADE LIMITADA

Paula Freire 2012

(2)

Sociedade por quotas de responsabilidade

limitada e o Decreto 3.708/19

 Antes da vigência do CC/2002 era regida pelo

Decreto 3.708/19 e era por este denominada “Sociedade por quotas de responsabilidade limitada”.

 O CC/2002 revogou o Dec 3.708/19 e deu novas

diretrizes e balizamentos consolidados pela doutrina e pela jurisprudência.

(3)

Sociedade limitada

 Disciplinada pelo Código Civil: arts. 1.052 a 1.087.  Ausência de tratamento de algumas questões pelo

Código Civil. Ex: distribuição de dividendos ou administrador com excesso de poderes.

administrador com excesso de poderes.

 Regência supletiva. Art. 1.053: Sociedade simples.  O contrato pode dispor que a regência supletiva

será pelas normas das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76). Art. 1.053, parágrafo único

(4)

Características:

 A responsabilidade do sócio se dá perante a

sociedade e perante terceiros.

 A responsabilidade do sócio quotista se limita ao

valor do capital social por ele subscrito (interna valor do capital social por ele subscrito (interna corpore) ou pelo total do capital social ainda não integralizado (perante terceiros).

 Então, a sociedade poderá cobrar do sócio apenas

o valor subscrito e não integralizado por ele. Não há solidariedade entre ele perante a sociedade.

(5)

Característica:

 A responsabilidade dos sócios, perante a

sociedade, é limitada ao valor subscrito e não solidária.

 E – perante terceiros – é limitada ao capital não

integralizado por qualquer ou quaisquer deles. E é integralizado por qualquer ou quaisquer deles. E é solidária, perante esses terceiros.

 Exceções: dívidas trabalhistas e previdenciárias

(INSS) podem ser cobradas diretamente dos sócios (teoria menor da desconsideração da personalidade jurídica).

(6)

Consequências distintas:

 Administrador que excede aos poderes. A

depender da disciplina supletiva, haverá consequências distintas para a sociedade, para o terceiro contratante e para o administrador.

 Sociedade simples: Teoria ultra vires (não vincula a

sociedade); Sociedade anônima: Teoria da aparência (a sociedade responde perante terceiro e tem regresso contra o administrador).

(7)

Aquisição de quotas e direito de

preferência

 Cessão de quotas e direito de preferência.

 Formas de ser sócio: subscrição ao capital ou

aquisição de quotas de outro sócio.

 Contrato social: determina o valor do capital social.  Contrato social: determina o valor do capital social.  Capital social: é o montante de recursos que os

sócios se obrigaram a transferir do seu patrimônio para o da sociedade. É diferente de patrimônio.

 Patrimônio: conjunto de bens, direitos e obrigações

(8)

Capital social:

 O sócio pode contribuir para formar o capital

social de várias formas:

 Com dinheiro;  Com bens;

 Com bens;

 Com créditos.

 Os sócios NUNCA poderão contribuir com serviços

para a sociedade limitada! Art. 1.055, § 2°, CC, salvo se for sociedade simples limitada.

(9)

Integralização com bens

 Deve-se fazer a avaliação dos bens de maneira

idônea.

 Art. 1.055, § 1°, CC: os sócios são responsáveis

solidariamente, por 5 anos, pela exata estimativa solidariamente, por 5 anos, pela exata estimativa dos bens.

 Se o credor provar que o valor do bem era inferior

ao declarado no momento da transferência, todos os sócios respondem, solidariamente, pela diferença.

(10)

SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO:

 Caso o sócio não efetue a transferência no prazo

ajustado, ele se torna um SÓCIOSÓCIO REMISSOREMISSO.

 SUBSCRIÇÃO: é o compromisso do sócio em

entregar, transferir um determinado valor para a entregar, transferir um determinado valor para a sociedade.

 INTEGRALIZAÇÃO: é a efetiva transferência do

valor para a sociedade.

 O sócio é aquele que titulariza quotas ou ações

(11)

Quotas:

 As quotas podem ser divididas igual ou

desigualmente.

 As quotas vão definir o comando da sociedade.

 Os sócios que detiverem maior quantidade de  Os sócios que detiverem maior quantidade de

quotas, tem maior participação no capital social e portanto têm mais poder decisório na sociedade.

(12)

Sociedade ltda: direito de preferência

 Sócio (aquisição do status socii) : subscreve o capital

em quotas ou ações ou adquire a quota ou ação.

 Na limitada, os sócios têm preferência na

subscrição de novas quotas emitidas pela subscrição de novas quotas emitidas pela sociedade.

 Art. 1.081, caput CC: direito de preferência,

aumento de capital.

 Art. 1.081, § 1°, CC: Esse direito deve ser exercido

(13)

Preferência:

 Função do direito de preferência: assegurar a

manutenção da proporção da participação de cada sócio no capital social.

 Somente há direito de preferência na subscrição de  Somente há direito de preferência na subscrição de

capital.

 Integralização: o CC não impõe prazo máximo

para integralização do capital social, na sociedade limitada. Não há previsão legal nem mesmo de um percentual mínimo no ato de constituição.

(14)

Sócio: constituição

 Pode-se tornar sócio pela aquisição de quotas,

além da subscrição.

 A aquisição pode-se dar a título gratuito: por

sucessão, doação, ou oneroso: compra e venda. sucessão, doação, ou oneroso: compra e venda.

 Se o contrato não dispuser em contrário, os sócios

são livres para transferir a outrem suas quotas.

 Porém, se houver oposição de mais de 25% do

capital social, a transferência não poderá se dar. Inteligência: Art. 1.057, CC.

(15)

Cessão de quotas.

 A cessão de quotas entre sócios é livre art. 1.057,

CC, se o contrato não dispuser em contrário.

 A cessão de quotas a terceiro também é livre.

Porém pode ser impedida por sócio que detenha pelo menos 25% do capital social.

pelo menos 25% do capital social.

 Não se trata de direito de preferência. Trata-se de

direito de oposição. O sócio oponente não é obrigado a adquirir as quotas.

 O direito de preferência, nas hipóteses de cessão

(16)

Exclusão de sócio, por justa causa

 Antes do CC/2002: somente por ação judicial,

disciplinada pelo CPC (ação judicial de dissolução parcial de sociedade).

 Art. 1.085, CC/2002: torna possível a exclusão  Art. 1.085, CC/2002: torna possível a exclusão

(17)

Requistos para a exclusão de sócio por

justa causa

 Requisitos essenciais (três):

 1) Aprovação de maioria dos sócios que detenham

a Maioria do Contrato Social;

 2) Prática de ato de inegável gravidade para a  2) Prática de ato de inegável gravidade para a

continuidade da atividade empresarial;

 3) O contrato deve prever a possibilidade da

exclusão por justa causa.

 Se faltar um dos 3 requisitos, a exclusão somente

(18)

Art. 1.085, CC:

 Caput: Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a

maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital social (1), entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de inegável gravidade (2), poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do excluí-los da sociedade, mediante alteração do contrato desde que prevista neste a exclusão por justa causa social, (3).

 Parágrafo único: A exclusão somente poderá ser

determinada em reunião ou assembleia especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa.

(19)

Exclusão de sócio:

 Maioria dos sócios não se conta por número de

pessoas (per capita) e sim pela participação no capital social.

 Problema: alteração do contrato social requer a  Problema: alteração do contrato social requer a

aprovação de no mínimo 75% do capital social (art. 1.076, I, CC). Pode-se alterar o contrato para inserir a cláusula de exclusão extrajudicial, por justa causa, de sócio?

(20)

Exclusão extrajudicial do sócio

 Majoritariamente, entende-se que sim.

 Porém, somente pode valer para atos (justa causa)

futuros, ainda não praticados. Não pode valer – a alteração contratual – para sancionar atos alteração contratual – para sancionar atos pretéritos.

 A possibilidade da exclusão extrajudicial tem um

corolário importante: a inversão do ônus da prova.

 O sócio excluído pode requerer sua reinclusão

(21)

Sociedade unipessoal

 É vedada a sociedade limitada de um único sócio.  Exceção: falecimento e retirada de sócios, restando

apenas um sócio. Porém, deverá regularizar sua situação em 180 dias (art. 1.033, IV).

situação em 180 dias (art. 1.033, IV).

 Poderá permanecer com apenas um sócio por esse

prazo de 180 dias. Após esse prazo, se não houver regularizado a situação, deverá se converter em EIRELI ou se desfazer.

(22)

Aumento de capital social

 É possível desde que haja a alteração do contrato

social e sua devida averbação na Junta Comercial.

 Se a limitada for simples, a averbação deve ser

feita no registro civil de pessoas jurídicas. feita no registro civil de pessoas jurídicas.

 Para que haja aumento no capital social, o capital

inicialmente subscrito deve estar totalmente integralizado e esse aumento também depende de deliberação dos sócios. Também deverá haver a correspondente alteração no contrato social.

(23)

Redução do capital social: Art. 1.082,

CC

 Inciso I: perdas irreparáveis. Acidentes por força

maior (enchentes, incêndios, etc.), crise econômica, etc., que causam prejuízos. Somente será possível a redução nesta hipótese, se o capital social estiver integralizado.

integralizado.

 Inciso II: o capital social se tornou excessivo para o

objeto. Se dá por meio de devolução dos valores já integralizados ou por dispensa das prestações

(24)

Redução do capital social: Art. 1.082,

CC

 Deve-se proceder à alteração do contrato e sua

averbação e publicação dessa redução, para que os credores possam se opor.

 Se, no prazo de 90 dias, contados da data da  Se, no prazo de 90 dias, contados da data da

publicação da ata da assembleia que deliberou a redução, não houver oposição dos credores quirografários, procede-se então à averbação do contrato social.

(25)

Capital social e suas peculiaridades

 O capital social é regido pelo princípio da

intangibilidade.

 Isso significa que é um bem intangível. É apenas

uma informação aposta no contrato social. uma informação aposta no contrato social.

 Outro corolário importante é que não pode ser

penhorado.

 O que se penhora são os bens, dinheiro, créditos da

(26)

Administração, fiscalização...

 Reunião ou assembleia. Art. 1.072.

 Se possuir mais de 10 sócios, deverá realizar

assembleia (art. 1.072, § 1°).

 Conselho fiscal é obrigatório na limitada? Não, é  Conselho fiscal é obrigatório na limitada? Não, é

facultativo. Inteligência do art. 1.066.

 Art. 1.066: conselho fiscal deve ter, no mínimo 3

membros.

 É necessário haver administrador, que não é

(27)

Requisitos para não-sócio

administrador:

 Art. 1.061, CC:

 Para que o administrador possa ser um não-sócio,

deverá haver previsão no contrato social.

 Os demais sócios devem aprovar aquele  Os demais sócios devem aprovar aquele

(28)

Herdeiro do sócio poderá ingressar na

sociedade?

 Se a regra supletiva for a das sociedades simples,

em face da morte de um dos sócios, deverá haver a liquidação das suas quotas, por meio de um balanço especial para esse fim.

 Porém, se o contrato dispuser de maneira diversa, o

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