• Nenhum resultado encontrado

Deslocamento da população em busca da vacina

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Deslocamento da população em busca da vacina"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

Nota Técnica 19, 22 de junho

MonitoraCovid-19 – ICICT / FIOCRUZ

Deslocamento da população em busca da vacina

Destaques

● Cerca de 23% do total de doses que são necessárias

completo de vacinação foram aplicadas. Dos 5.570 municípios do país, 2.886 (51%) aplicaram menos doses que a média nacional.

● 15% do total de doses foram aplicadas fora do município de residência, o que contabiliza mais de 11

uma pessoa que se deslocou a outro município para a vacinação.

● Os percentuais de vacinação fora do município de residência oscilam na faixa de 11% a 25%, considerando os principais grupos prioritá

da saúde.

● A distância média percorrida para a vacinação é de 3mil km em alguns casos.

● Um grande volume de doses é aplicado em municípios vizinhos, como é comum em regiões metropolitanas,

mesma maneira, alguns municípios da mesma região metropolitana podem ser sobrecarregados pela procura por vacinas originada de municípios vizinhos.

● Também são importantes os fluxos em busca de vacina as capitais e os deslocamentos interestaduais para imunização. ● A partir de maio, observa

por doses fora do município de residência, principalmente para a segunda dose. mesmo comportamento é observado, com maior intensidade, no grupo prioritário de faixa etária. Destacam

outras categorias de grupos prioritários. ho de 2021 ICICT / FIOCRUZ

Deslocamento da população em busca da vacina

Cerca de 23% do total de doses que são necessárias para imunização com esquema completo de vacinação foram aplicadas. Dos 5.570 municípios do país, 2.886 (51%) aplicaram menos doses que a média nacional.

15% do total de doses foram aplicadas fora do município de residência, o que contabiliza mais de 11,3 milhões de doses. A cada seis doses aplicadas

uma pessoa que se deslocou a outro município para a vacinação.

Os percentuais de vacinação fora do município de residência oscilam na faixa de 11% considerando os principais grupos prioritários, com destaque aos trabalhadores

percorrida para a vacinação é de 252 km, podendo alguns casos.

Um grande volume de doses é aplicado em municípios vizinhos, como é comum em regiões metropolitanas, o que evidencia a importância das redes municipais. Da mesma maneira, alguns municípios da mesma região metropolitana podem ser sobrecarregados pela procura por vacinas originada de municípios vizinhos.

Também são importantes os fluxos em busca de vacina de municípios do interior para as capitais e os deslocamentos interestaduais para imunização.

A partir de maio, observa-se uma tendência de crescimento no percentual de procura por doses fora do município de residência, principalmente para a segunda dose. mesmo comportamento é observado, com maior intensidade, no grupo prioritário de

m-se também as tendências de crescimento do percentual nas outras categorias de grupos prioritários.

para imunização com esquema completo de vacinação foram aplicadas. Dos 5.570 municípios do país, 2.886 (51%)

15% do total de doses foram aplicadas fora do município de residência, o que doses. A cada seis doses aplicadas, uma o foi em

Os percentuais de vacinação fora do município de residência oscilam na faixa de 11% com destaque aos trabalhadores

podendo se estender até

Um grande volume de doses é aplicado em municípios vizinhos, como é comum em o que evidencia a importância das redes municipais. Da mesma maneira, alguns municípios da mesma região metropolitana podem ser sobrecarregados pela procura por vacinas originada de municípios vizinhos.

de municípios do interior para

se uma tendência de crescimento no percentual de procura por doses fora do município de residência, principalmente para a segunda dose. Este mesmo comportamento é observado, com maior intensidade, no grupo prioritário de também as tendências de crescimento do percentual nas

(2)

Introdução

O Plano Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973, sendo responsável pela política nacional de imunizações. Ele tem como missão reduzir a morbimortalidade por doenças imunopreveníveis, com fortalecimento de ações integradas de vigilância para promoç proteção e prevenção em saúde da população brasileira (POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA, 2012).

Além de definir o calendário de imunizações de acordo com a situação epidemiológica, o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais de cada pú

(BRASIL, 2021) promove a distribuição de 300 milhões de doses de vacinas, soros e imunoglobinas nas 37 mil Unidades de Básicas de Saúde (UBS) distribuídas pelo país.

O PNI inaugurou um novo parâmetro na história das políticas

permitiu a manutenção da aquisição centralizada de vacinas, uma medida que constitui instrumento importante para a redução de casos e mortes derivadas de diversas doenças, além de colaborar para a promoção da equidade, possibilitan

pobres aos mais desenvolvidos, cumpram exatamente o mesmo calendário vacinal que os municípios mais ricos. (TEMPORÃO, 2003; SILVA JUNIOR, 2013).

A partir da construção do Sistema Único de Saúde (SUS), no final dos anos contribuição do PNI se fez ainda mais relevante e deu

descentralização que colocou o município como o executor primário e direto das ações de saúde, entre elas as atividades de vacinação (SILVA JUNIOR, 2013).

Nesse cenário, o PNI tem, ao longo dos mais de 40 anos, garantido a oferta de vacinas seguras e eficazes para todos os grupos populacionais que são alvo

(SILVA JUNIOR, 2013; DOMINGUES et al, 2019).

No Brasil, a imunização da população

regida por programas governamentais relacionados à atenção básica (MS, 2012; MS, 2021). O Plano Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973, sendo responsável pela política nacional de imunizações. Ele tem como missão reduzir a morbimortalidade por doenças imunopreveníveis, com fortalecimento de ações integradas de vigilância para promoç proteção e prevenção em saúde da população brasileira (POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA, 2012).

Além de definir o calendário de imunizações de acordo com a situação epidemiológica, o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais de cada público-alvo, anualmente o PNI (BRASIL, 2021) promove a distribuição de 300 milhões de doses de vacinas, soros e imunoglobinas nas 37 mil Unidades de Básicas de Saúde (UBS) distribuídas pelo país.

O PNI inaugurou um novo parâmetro na história das políticas públicas de prevenção e permitiu a manutenção da aquisição centralizada de vacinas, uma medida que constitui instrumento importante para a redução de casos e mortes derivadas de diversas doenças, além de colaborar para a promoção da equidade, possibilitando que todos os municípios, dos mais pobres aos mais desenvolvidos, cumpram exatamente o mesmo calendário vacinal que os municípios mais ricos. (TEMPORÃO, 2003; SILVA JUNIOR, 2013).

A partir da construção do Sistema Único de Saúde (SUS), no final dos anos

contribuição do PNI se fez ainda mais relevante e deu-se início a um movimento de descentralização que colocou o município como o executor primário e direto das ações de saúde, entre elas as atividades de vacinação (SILVA JUNIOR, 2013).

nário, o PNI tem, ao longo dos mais de 40 anos, garantido a oferta de vacinas seguras e eficazes para todos os grupos populacionais que são alvos de ações de imunização (SILVA JUNIOR, 2013; DOMINGUES et al, 2019).

No Brasil, a imunização da população-alvo se faz nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e é por programas governamentais relacionados à atenção básica (MS, 2012; MS, 2021). O Plano Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973, sendo responsável pela política nacional de imunizações. Ele tem como missão reduzir a morbimortalidade por doenças imunopreveníveis, com fortalecimento de ações integradas de vigilância para promoção, proteção e prevenção em saúde da população brasileira (POLÍTICA NACIONAL DE

Além de definir o calendário de imunizações de acordo com a situação epidemiológica, o alvo, anualmente o PNI (BRASIL, 2021) promove a distribuição de 300 milhões de doses de vacinas, soros e imunoglobinas nas 37 mil Unidades de Básicas de Saúde (UBS) distribuídas pelo país.

públicas de prevenção e permitiu a manutenção da aquisição centralizada de vacinas, uma medida que constitui instrumento importante para a redução de casos e mortes derivadas de diversas doenças, além do que todos os municípios, dos mais pobres aos mais desenvolvidos, cumpram exatamente o mesmo calendário vacinal que os

A partir da construção do Sistema Único de Saúde (SUS), no final dos anos 1980, a se início a um movimento de descentralização que colocou o município como o executor primário e direto das ações de

nário, o PNI tem, ao longo dos mais de 40 anos, garantido a oferta de vacinas de ações de imunização

se faz nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e é por programas governamentais relacionados à atenção básica (MS, 2012; MS, 2021).

(3)

Considerando esta descentralização, que também é influenciada pela grande extensão territorial, destaca-se a existênci

contribuir para a ocorrência de variações na cobertura vacinal. Isto pode ocorrer devido desigual disponibilização de vacinas entre estados e municípios, pelo fornecimento inadequado de vacinas, pela distância da residência do público

vacinação, pela dificuldade ou falta de acesso ao serviço de saúde, pelo medo das reações ou pelas

logísticos e culturais.

A vacinação é uma atividade prevista pela Atenção Básica, sendo normalmente realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e acompanhada pelas equipes de saúde da família. Desse modo, a vacinação é realizada normalmente no território de açã

população adscrita. Isto minimiza deslocamentos desnecessários e possíveis contágios e volta do paciente.

A importância dos territórios da atenção à saúde destaca provendo uma rede já estabelecida e

Busca-se nesta nota técnica verificar a observância mínima destes territórios de atenção à saúde, observando o município de residência do imunizado e o município do estabelecimento de saúde que aplicou a dose de im

fora do município de residência seja marginal e transitória.

Dados

O PNI passou a disponibilizar microdados sobre doses aplicadas de imunizantes contra o Covid-19 através de um site denominado

dados relacionadas à pandemia de

Os dados sobre imunizações disponíveis são de responsabilidade do Sistema de Informações do PNI (SI-PNI), que reúne os

"esus-ab" (atenção básica), a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e sistemas próprios de registros criados pelas secretarias de saúde.

Considerando esta descentralização, que também é influenciada pela grande extensão se a existência de uma cobertura vacinal heterogênea no país

contribuir para a ocorrência de variações na cobertura vacinal. Isto pode ocorrer devido desigual disponibilização de vacinas entre estados e municípios, pelo fornecimento

la distância da residência do público-alvo aos serviços de vacinação, pela dificuldade ou falta de acesso ao serviço de saúde, pela falta de informação, pelas contra-indicações vacinais, dentre outros fatores estruturais,

A vacinação é uma atividade prevista pela Atenção Básica, sendo normalmente realizada nas (UBS) e acompanhada pelas equipes de saúde da família. Desse modo, a vacinação é realizada normalmente no território de ação de cada UBS, em sua população adscrita. Isto minimiza deslocamentos desnecessários e possíveis contágios

A importância dos territórios da atenção à saúde destaca-se em situações epidêmicas, provendo uma rede já estabelecida e testada para a vacinação populacional.

se nesta nota técnica verificar a observância mínima destes territórios de atenção à o município de residência do imunizado e o município do estabelecimento de saúde que aplicou a dose de imunizante. Espera-se que a proporção de aplicação de doses fora do município de residência seja marginal e transitória.

O PNI passou a disponibilizar microdados sobre doses aplicadas de imunizantes contra o através de um site denominado OpenDataSUS, dedicado à divulgação de bases de dados relacionadas à pandemia de Covid-19 no Brasil.

Os dados sobre imunizações disponíveis são de responsabilidade do Sistema de Informações PNI), que reúne os registros de vacinação advindos de outros sistemas como o ab" (atenção básica), a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e sistemas próprios de registros criados pelas secretarias de saúde.

Considerando esta descentralização, que também é influenciada pela grande extensão a de uma cobertura vacinal heterogênea no país, que pode contribuir para a ocorrência de variações na cobertura vacinal. Isto pode ocorrer devido à desigual disponibilização de vacinas entre estados e municípios, pelo fornecimento alvo aos serviços de a falta de informação, indicações vacinais, dentre outros fatores estruturais,

A vacinação é uma atividade prevista pela Atenção Básica, sendo normalmente realizada nas (UBS) e acompanhada pelas equipes de saúde da família. Desse o de cada UBS, em sua população adscrita. Isto minimiza deslocamentos desnecessários e possíveis contágios na ida

se em situações epidêmicas, testada para a vacinação populacional.

se nesta nota técnica verificar a observância mínima destes territórios de atenção à o município de residência do imunizado e o município do estabelecimento se que a proporção de aplicação de doses

O PNI passou a disponibilizar microdados sobre doses aplicadas de imunizantes contra o dedicado à divulgação de bases de

Os dados sobre imunizações disponíveis são de responsabilidade do Sistema de Informações tros sistemas como o ab" (atenção básica), a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e sistemas próprios

(4)

Nesta nota técnica, foi utilizado o arquivo CSV ( dia 16 de junho de 2021. Ressalt

lançamento final na base de dados.

O arquivo disponibilizado foi processado através do software R e carregado no banco de dados PostgreSQL, para consultas. A base de dados conta com 73.828.821 registros e 34 campos, onde cada registro equivale a uma dose de imunizante aplicado.

A figura 1 apresenta o percentual de doses aplicadas considerando o total necessário para imunização da população co

utilizou-se a projeção de população acima dos 15 anos de 2020 elaborada pelo Ministério da Saúde/SVS/DASNT/CGIAE. Essa estimativa é uma fonte disponível para faixas etárias a nível municipal. Entretanto, traz grupos populacionais agregados em 5 anos, e devido a inserção da vacina da Pfizer com recomendação para vacinação acima de 16 anos essa pode ser uma estimativa mais próxima da população alvo. Contudo, estimativas populacionais em áreas pequenas podem ser menos confiáveis e nenhuma estimativa substitui o CENSO demográfico que infelizmente não foi realizado.

O Brasil tem uma população alvo para imunização contra a milhões de pessoas, o que demanda mais de 320 milhões de doses necessárias foram aplicadas. Na figura abaixo

apresentada segundo municípios. Dos 5.570 municípios do país menos doses que a média nacional de 23% necessárias

vacinal completo da população

Nesta nota técnica, foi utilizado o arquivo CSV (commaseparatedvalue) disponibilizado no Ressalta-se a possibilidade de atraso na digitação dos registros e lançamento final na base de dados.

O arquivo disponibilizado foi processado através do software R e carregado no banco de ara consultas. A base de dados conta com 73.828.821 registros e 34 campos, onde cada registro equivale a uma dose de imunizante aplicado.

A figura 1 apresenta o percentual de doses aplicadas considerando o total necessário para imunização da população com duas doses do imunizante. . Para o cálculo de percentual se a projeção de população acima dos 15 anos de 2020 elaborada pelo Ministério da Saúde/SVS/DASNT/CGIAE. Essa estimativa é uma fonte disponível para faixas etárias a tanto, traz grupos populacionais agregados em 5 anos, e devido a inserção da vacina da Pfizer com recomendação para vacinação acima de 16 anos essa pode ser uma estimativa mais próxima da população alvo. Contudo, estimativas populacionais em podem ser menos confiáveis e nenhuma estimativa substitui o CENSO demográfico que infelizmente não foi realizado.

O Brasil tem uma população alvo para imunização contra a Covid-19 de cerca

, o que demanda mais de 320 milhões de doses. Cerca de 23% do total de doses necessárias foram aplicadas. Na figura abaixo, essa distribuição

apresentada segundo municípios. Dos 5.570 municípios do país, 2.886 (51%) aplicaram média nacional de 23% necessárias para imunização com o esquema da população.

) disponibilizado no a possibilidade de atraso na digitação dos registros e

O arquivo disponibilizado foi processado através do software R e carregado no banco de ara consultas. A base de dados conta com 73.828.821 registros e 34

A figura 1 apresenta o percentual de doses aplicadas considerando o total necessário para . Para o cálculo de percentual se a projeção de população acima dos 15 anos de 2020 elaborada pelo Ministério da Saúde/SVS/DASNT/CGIAE. Essa estimativa é uma fonte disponível para faixas etárias a tanto, traz grupos populacionais agregados em 5 anos, e devido a inserção da vacina da Pfizer com recomendação para vacinação acima de 16 anos essa pode ser uma estimativa mais próxima da população alvo. Contudo, estimativas populacionais em podem ser menos confiáveis e nenhuma estimativa substitui o CENSO

19 de cerca de 160 doses. Cerca de 23% do total de essa distribuição percentual é 2.886 (51%) aplicaram imunização com o esquema

(5)

Figura 1: Percentual de doses de vacinas segundo a necessidade de doses para imunização da população adulta*.

*acima de 15 anos - projeção populacional http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/POPSVS/NT

Deslocamentos para vacinação por categoria e dose A tabela 1 evidencia a aplicação de

residência e categoria do grupo de aplicação. Observa

fora do município de residência oscilam na faixa de 11% a 25%. Das categorias os maiores percentuais são observados entre os

que os povos indígenas apresentam percentuais superiores às categorias de comorbidades e de faixa etária.

Figura 1: Percentual de doses de vacinas segundo a necessidade de doses para imunização da

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/POPSVS/NT-POPULACAO-RESIDENTE-2000-2020.PDF

Deslocamentos para vacinação por categoria e dose

A tabela 1 evidencia a aplicação de 1ª e 2ª doses de imunizante segundo o m

residência e categoria do grupo de aplicação. Observa-se que os percentuais de vacinação fora do município de residência oscilam na faixa de 11% a 25%. Das categorias

os maiores percentuais são observados entre os trabalhadores da Saúde. Interessante ressaltar que os povos indígenas apresentam percentuais superiores às categorias de comorbidades e de Figura 1: Percentual de doses de vacinas segundo a necessidade de doses para imunização da

2020.PDF

de imunizante segundo o município de se que os percentuais de vacinação fora do município de residência oscilam na faixa de 11% a 25%. Das categorias consideradas, Saúde. Interessante ressaltar que os povos indígenas apresentam percentuais superiores às categorias de comorbidades e de

(6)

Tabela 1: Deslocamentos para vacinação por categoria e dose Categoria No município Comorbidades 7.959.961 Faixa etária 24.738.280 Povos indígenas 4.595.486 Trabalhadores da saúde 234.283 Outros 6.191.703

A figura 2 ilustra, de forma geral, o fluxo de deslocamento para vacinação fora do município de residência. Cada linha representa 100 doses ou mais recebidas fora do município de residência e as cores das linhas representam a UF de origem do paciente imunizado. Pode observar, além do fluxo dentro dos próprios estados,

mesmo entre outras regiões diferentes do local de residência para vacinação. Tabela 1: Deslocamentos para vacinação por categoria e dose

1ª Dose 2ª Dose Fora do município % Fora do município No município Fora do município 1.263.990 13,7 173.700 26468 3.436.263 12,2 13.463.376 1735358 1.242.630 21,3 805.952 190983 76.281 24,6 183.495 56256 2.088.055 25,2 3.742.091 1248741

A figura 2 ilustra, de forma geral, o fluxo de deslocamento para vacinação fora do município representa 100 doses ou mais recebidas fora do município de as cores das linhas representam a UF de origem do paciente imunizado. Pode observar, além do fluxo dentro dos próprios estados, deslocamentos entre estados e até

outras regiões diferentes do local de residência para vacinação.

2ª Dose Fora do município % Fora do município 26468 13,2 1735358 11,4 190983 19,2 56256 23,5 1248741 25,0

A figura 2 ilustra, de forma geral, o fluxo de deslocamento para vacinação fora do município representa 100 doses ou mais recebidas fora do município de as cores das linhas representam a UF de origem do paciente imunizado. Pode-se entre estados e até outras regiões diferentes do local de residência para vacinação.

(7)

Figura 2: Fluxo dos deslocamentos para vacinação no Brasil.

A distância média percorrida para a vacinação é de 252 km, podendo se estender até 3 em alguns casos. As UFs que v

são o Distrito Federal (com distância média de 790 km), Amazonas (647 km), Roraima (506 km), Ceará (398 km) e Rio de Janeiro (362 km). Esse deslocamento, portanto, não depende das dimensões territoriais do estado, mas sim da sua capacidade de executar as ações de vacinação e de facilidades de acesso.

Segundo a figura 2, há uma diminuição do volume de doses aplicadas à medida que se aumentam as distâncias entre o município de residência e o municí

Há concentração de casos em que um pequeno número de doses de vacinação Figura 2: Fluxo dos deslocamentos para vacinação no Brasil.

A distância média percorrida para a vacinação é de 252 km, podendo se estender até 3

em alguns casos. As UFs que vacinaram pessoas com maior distância do local de residência são o Distrito Federal (com distância média de 790 km), Amazonas (647 km), Roraima (506 km), Ceará (398 km) e Rio de Janeiro (362 km). Esse deslocamento, portanto, não depende oriais do estado, mas sim da sua capacidade de executar as ações de vacinação e de facilidades de acesso.

Segundo a figura 2, há uma diminuição do volume de doses aplicadas à medida que se aumentam as distâncias entre o município de residência e o município de aplicação da vacina. Há concentração de casos em que um pequeno número de doses de vacinação

A distância média percorrida para a vacinação é de 252 km, podendo se estender até 3 mil km acinaram pessoas com maior distância do local de residência são o Distrito Federal (com distância média de 790 km), Amazonas (647 km), Roraima (506 km), Ceará (398 km) e Rio de Janeiro (362 km). Esse deslocamento, portanto, não depende oriais do estado, mas sim da sua capacidade de executar as ações de

Segundo a figura 2, há uma diminuição do volume de doses aplicadas à medida que se pio de aplicação da vacina. Há concentração de casos em que um pequeno número de doses de vacinação é aplicada a

(8)

pequenas distâncias. Por outro lado, um grande volume de doses é aplicado em municípios vizinhos, como é comum em regiões metropolitanas. Por

residentes no município de Lauro de Freitas se vacinaram em Salvador, e cerca de 20 residentes em Salvador se vacinaram em Lauro de Freitas, na mesma Região Metropolitana e distantes apenas 22 km. Da mesma maneira, cid

aplicar um pequeno volume de vacinas para moradores de municípios próximos. Nesse caso, pode-se considerar que há um equilíbrio entre oferta e demanda de doses de vacina e o planejamento da campanha de vacinação nã

se dão a uma longa distância e com um número alto de doses, o que pode ser resultado da incapacidade de atendimento da região de origem para a vacinação, ou a atração que alguns municípios, com calendário j

vacinas. Da mesma maneira, alguns municípios da mesma região metropolitana podem ser sobrecarregados pela procura por vacinas originada de municípios vizinhos.

município do Rio de Janeiro, que aplicou cerca de 47

Caxias. A diferença entre doses efetivamente aplicadas e alcance de metas e causar falhas no programa de vacinação.

pequenas distâncias. Por outro lado, um grande volume de doses é aplicado em municípios vizinhos, como é comum em regiões metropolitanas. Por exemplo, cerca de 16

residentes no município de Lauro de Freitas se vacinaram em Salvador, e cerca de 20 residentes em Salvador se vacinaram em Lauro de Freitas, na mesma Região Metropolitana e distantes apenas 22 km. Da mesma maneira, cidades de pequeno porte e próximas tendem a aplicar um pequeno volume de vacinas para moradores de municípios próximos. Nesse caso, se considerar que há um equilíbrio entre oferta e demanda de doses de vacina e o planejamento da campanha de vacinação não é prejudicado. No entanto, alguns desses fluxos se dão a uma longa distância e com um número alto de doses, o que pode ser resultado da incapacidade de atendimento da região de origem para a vacinação, ou a atração que alguns municípios, com calendário já avançado, exercem sobre moradores distantes em busca de vacinas. Da mesma maneira, alguns municípios da mesma região metropolitana podem ser sobrecarregados pela procura por vacinas originada de municípios vizinhos.

o, que aplicou cerca de 47 mil doses em moradores de Duque de Caxias. A diferença entre doses efetivamente aplicadas e as previstas pode prejudicar o alcance de metas e causar falhas no programa de vacinação.

pequenas distâncias. Por outro lado, um grande volume de doses é aplicado em municípios exemplo, cerca de 16 mil pessoas residentes no município de Lauro de Freitas se vacinaram em Salvador, e cerca de 20 mil residentes em Salvador se vacinaram em Lauro de Freitas, na mesma Região Metropolitana e ades de pequeno porte e próximas tendem a aplicar um pequeno volume de vacinas para moradores de municípios próximos. Nesse caso, se considerar que há um equilíbrio entre oferta e demanda de doses de vacina e o o é prejudicado. No entanto, alguns desses fluxos se dão a uma longa distância e com um número alto de doses, o que pode ser resultado da incapacidade de atendimento da região de origem para a vacinação, ou a atração que alguns á avançado, exercem sobre moradores distantes em busca de vacinas. Da mesma maneira, alguns municípios da mesma região metropolitana podem ser sobrecarregados pela procura por vacinas originada de municípios vizinhos. É o caso do doses em moradores de Duque de previstas pode prejudicar o

(9)

Figura 3: Relação entre o número de

A figura 4 apresenta o percentual de doses de vacinas aplicadas fora do município de residência das pessoas que receberam a dose. Considerando os dados até a elaboração documento, 15% do total de doses foram aplicadas fora do município de residência, o que contabiliza mais de 11,3 milhões

uma o foi em uma pessoa que se deslocou para outro município

municípios do Brasil, em 2.166 o percentual de doses fora do município de residência foi maior que 15%, a média nacional.

Figura 3: Relação entre o número de doses e a distância percorrida para vacinação nas UFs

A figura 4 apresenta o percentual de doses de vacinas aplicadas fora do município de residência das pessoas que receberam a dose. Considerando os dados até a elaboração

e doses foram aplicadas fora do município de residência, o que milhões de doses. Em outras palavras, de cada seis doses aplicadas foi em uma pessoa que se deslocou para outro município para se vacinar

Brasil, em 2.166 o percentual de doses fora do município de residência foi maior que 15%, a média nacional.

doses e a distância percorrida para vacinação nas UFs

A figura 4 apresenta o percentual de doses de vacinas aplicadas fora do município de residência das pessoas que receberam a dose. Considerando os dados até a elaboração deste e doses foram aplicadas fora do município de residência, o que doses. Em outras palavras, de cada seis doses aplicadas, se vacinar. Entre os Brasil, em 2.166 o percentual de doses fora do município de residência foi

(10)

Figura 4: Percentual de doses de vacinas aplicadas fora do município de residência no Brasil.

A tabela 2 apresenta a quantidade de doses aplica

aplicação diferentes. São apresentados os 25 maiores fluxos. Pode

primeiros registros, a predominância de um fluxo de municípios do interior para a capital de seus respectivos estados.

Tabela 2: Doses aplicadas segundo município de residência e aplicação

Pos Município de residência

1 Guarulhos SP

2 Duque De Caxias RJ

3 Contagem MG

Figura 4: Percentual de doses de vacinas aplicadas fora do município de residência no Brasil.

A tabela 2 apresenta a quantidade de doses aplicadas considerando municípios de residência e aplicação diferentes. São apresentados os 25 maiores fluxos. Pode-se observar

primeiros registros, a predominância de um fluxo de municípios do interior para a capital de

Tabela 2: Doses aplicadas segundo município de residência e aplicação

Município de aplicação Doses aplicadas

São Paulo SP Rio De Janeiro RJ Belo Horizonte MG

Figura 4: Percentual de doses de vacinas aplicadas fora do município de residência no Brasil.

das considerando municípios de residência e se observar, nesses 25 primeiros registros, a predominância de um fluxo de municípios do interior para a capital de

Doses aplicadas

101.681 47.507 39.443

(11)

4 Osasco SP

5 Olinda PE

6 Santo André SP

7 Jaboatão Dos Guararapes PE

8 Belém PA

9 São Gonçalo RJ

10 Nova Iguaçu RJ

11 Aparecida De Goiânia GO

12 São João De Meriti RJ

13 Ananindeua PA

14 Vila Velha ES

15 Diadema SP

16 Taboão Da Serra SP

17 São Bernardo Do Campo SP

18 São Paulo SP

19 Goiânia GO

20 Niterói RJ

21 Ribeirão Das Neves MG

22 Serra ES 23 Rio De Janeiro RJ 24 Belford Roxo RJ 25 Lauro De Freitas BA São Paulo SP Recife PE São Paulo SP

Jaboatão Dos Guararapes PE Recife PE

Ananindeua PA Niterói RJ Rio De Janeiro RJ Goiânia GO Rio De Janeiro RJ Belém PA Vitória ES São Paulo SP São Paulo SP

São Bernardo Do Campo SP São Paulo SP

Guarulhos SP Aparecida De Goiânia GO Rio De Janeiro RJ Belo Horizonte MG Vitória ES Duque De Caxias RJ Rio De Janeiro RJ Salvador BA 37.715 35.695 35.236 33.688 33.491 32.358 32.028 30.789 28.873 28.292 27.986 27.758 27.650 27.119 26.937 26.007 25.282 25.055 22.933 22.855 22.566 20.275

(12)

A tabela 3 apresenta a quantidade de doses aplicadas considerando municípios de residência e aplicação de UFs diferentes. Também são apresentados os 25 fluxos de maior intensidade. Pode-se notar o fluxo entre capitais, como o fluxo entre cidades do interior para capitais de outros estados.

Tabela 3: Doses aplicadas segundo município de residên

Pos Município de residência

1 Rio De Janeiro RJ

2 Brasília DF

3 Valparaíso De Goiás GO

4 Teresina PI

5 São Paulo SP

6 Águas Lindas De Goiás GO

7 Brasília DF 8 Goiânia GO 9 Brasília DF 10 Luziânia GO 11 Salvador BA 12 Rio De Janeiro RJ 13 Brasília DF 14 Brasília DF 15 Juazeiro BA 16 Novo Gama GO 17 Brasília DF 18 Brasília DF 19 Timon MA 20 São Paulo SP 21 Belo Horizonte MG 22 Curitiba PR 23 Brasília DF

A tabela 3 apresenta a quantidade de doses aplicadas considerando municípios de residência e aplicação de UFs diferentes. Também são apresentados os 25 fluxos de maior intensidade. se notar o fluxo entre capitais, como o fluxo entre cidades do interior para capitais de

Tabela 3: Doses aplicadas segundo município de residência e aplicação em UFs diferentes

Município de aplicação Doses aplicadas

São Paulo SP

Águas Lindas de Goiás GO Brasília DF

Timon MA Rio De Janeiro RJ

Águas Lindas De Goiás GO Brasília DF

Planaltina GO Brasília DF Novo Gama GO Brasília DF São Paulo SP Brasília DF Luziânia GO Valparaíso De Goiás GO Petrolina PE Brasília DF Goiânia GO

Santo Antônio do Descoberto GO Teresina PI Salvador BA São Paulo SP São Paulo SP Rio de Janeiro RJ

A tabela 3 apresenta a quantidade de doses aplicadas considerando municípios de residência e aplicação de UFs diferentes. Também são apresentados os 25 fluxos de maior intensidade. se notar o fluxo entre capitais, como o fluxo entre cidades do interior para capitais de

cia e aplicação em UFs diferentes

Doses aplicadas 12.118 11.282 10.963 9.592 7.047 6.893 6.617 6.585 5.793 5.770 5.526 5.423 5.189 4.957 4.766 4.692 4.295 4.278 4.171 4.073 3.985 3.961 3.855

(13)

24 Brasília DF

25 São Paulo SP

No total, 899.926 doses foram aplicadas em residentes de estados diferentes do local de aplicação. Destaca-se que este fluxo interestadual chega a alcançar diferentes regiões do país.

Alguns exemplos: 187 doses de

em residentes de Salvador BA; 3.245 doses de imunizantes foram aplicadas na cidade de São Paulo SP em residentes de Recife PE. 2.977 doses de imunizantes foram aplicadas na cidade do Rio de Janeiro em residentes de Juiz de Fora MG.

A tabela completa de fluxos entre município de residência e município de aplicação diferentes pode ser acessada em:

https://drive.google.com/file/d/1BtvsfgJvuIsfYZ5RM4b

Evolução no tempo

A figura 5 ilustra o percentual de doses aplicadas em pessoas fora do município de residência, de fevereiro a julho de 2021, por categoria de grupo

de comorbidades inicia a campanha de vacinação com percentuais oscilando entre 20 a 30 nos mês de fevereiro, apresentando uma tendência de queda nos meses seguintes, para ambas as doses, até maio. A partir de maio,

de procura por doses fora do município de residência, principalmente para a segunda dose. Este mesmo comportamento é observado, com maior intensidade, no grupo prioritário de faixa etária. Destaca-se também as tendências de crescimento do percentual nas outras categorias de grupos prioritários.

São Paulo SP Brasília DF

No total, 899.926 doses foram aplicadas em residentes de estados diferentes do local de se que este fluxo interestadual chega a alcançar diferentes regiões do país.

Alguns exemplos: 187 doses de imunizantes foram aplicadas na cidade de Porto Alegre RS em residentes de Salvador BA; 3.245 doses de imunizantes foram aplicadas na cidade de São Paulo SP em residentes de Recife PE. 2.977 doses de imunizantes foram aplicadas na cidade

m residentes de Juiz de Fora MG.

A tabela completa de fluxos entre município de residência e município de aplicação diferentes pode ser acessada em:

s://drive.google.com/file/d/1BtvsfgJvuIsfYZ5RM4b-uQq2Dl0DobvB/view?usp=sharing

A figura 5 ilustra o percentual de doses aplicadas em pessoas fora do município de residência, de fevereiro a julho de 2021, por categoria de grupo prioritário. Pode-se observar que o grupo de comorbidades inicia a campanha de vacinação com percentuais oscilando entre 20 a 30 nos mês de fevereiro, apresentando uma tendência de queda nos meses seguintes, para ambas as doses, até maio. A partir de maio, observa-se uma tendência de crescimento no percentual de procura por doses fora do município de residência, principalmente para a segunda dose. Este mesmo comportamento é observado, com maior intensidade, no grupo prioritário de ambém as tendências de crescimento do percentual nas outras categorias de grupos prioritários.

3.802 3.536

No total, 899.926 doses foram aplicadas em residentes de estados diferentes do local de se que este fluxo interestadual chega a alcançar diferentes regiões do país.

imunizantes foram aplicadas na cidade de Porto Alegre RS em residentes de Salvador BA; 3.245 doses de imunizantes foram aplicadas na cidade de São Paulo SP em residentes de Recife PE. 2.977 doses de imunizantes foram aplicadas na cidade

A tabela completa de fluxos entre município de residência e município de aplicação

uQq2Dl0DobvB/view?usp=sharing

A figura 5 ilustra o percentual de doses aplicadas em pessoas fora do município de residência, se observar que o grupo de comorbidades inicia a campanha de vacinação com percentuais oscilando entre 20 a 30 nos mês de fevereiro, apresentando uma tendência de queda nos meses seguintes, para ambas se uma tendência de crescimento no percentual de procura por doses fora do município de residência, principalmente para a segunda dose. Este mesmo comportamento é observado, com maior intensidade, no grupo prioritário de ambém as tendências de crescimento do percentual nas outras

(14)

Figura 5 - Percentual de doses aplicadas em não residentes segundo grupos de vacinação.

Conclusões

Os percentuais de doses aplicadas recebidas fora do mun

a 25%, o que revela falhas do PNI em aplicar as doses de imunizantes no município de residência e a falta de critérios

vacinação é um procedimento de baixa complexid

básica de saúde, sendo dispensável o deslocamento de pessoas em busca da vacina. Longos deslocamentos devem ser evitados, bem como a sobrecarga de alguns municípios que vêm sendo procurados por anteciparem o calendár

a priorização de grupos vulneráveis.

A escassez de doses no início do processo de vacinação e os diferentes calendários vacinais e grupos prioritários entre os estados e municípios podem, parcialmente, exp

por doses em outros municípios. Contudo, observa

Percentual de doses aplicadas em não residentes segundo grupos de vacinação.

Os percentuais de doses aplicadas recebidas fora do município de residência oscilam de 11% a 25%, o que revela falhas do PNI em aplicar as doses de imunizantes no município de residência e a falta de critérios padronizados para a vacinação de grupos específicos. A vacinação é um procedimento de baixa complexidade e que deve ser realizado na atenção básica de saúde, sendo dispensável o deslocamento de pessoas em busca da vacina. Longos deslocamentos devem ser evitados, bem como a sobrecarga de alguns municípios que vêm sendo procurados por anteciparem o calendário por idade, ou adotarem critérios próprios para a priorização de grupos vulneráveis.

A escassez de doses no início do processo de vacinação e os diferentes calendários vacinais e grupos prioritários entre os estados e municípios podem, parcialmente, exp

por doses em outros municípios. Contudo, observa-se uma tendência preocupante de Percentual de doses aplicadas em não residentes segundo grupos de vacinação.

icípio de residência oscilam de 11% a 25%, o que revela falhas do PNI em aplicar as doses de imunizantes no município de para a vacinação de grupos específicos. A ade e que deve ser realizado na atenção básica de saúde, sendo dispensável o deslocamento de pessoas em busca da vacina. Longos deslocamentos devem ser evitados, bem como a sobrecarga de alguns municípios que vêm io por idade, ou adotarem critérios próprios para

A escassez de doses no início do processo de vacinação e os diferentes calendários vacinais e grupos prioritários entre os estados e municípios podem, parcialmente, explicar esta procura se uma tendência preocupante de

(15)

crescimento desta procura no mês de maio. Essa tendência pode apresentar um agravamento nos próximos meses à medida que ocorre uma antecipação de faixas etá

divergências nos calendários de vacinação, antecipando grupos populacionais e eventualmente trazendo risco para aplicação de segundas doses.

Também se destaca o fluxo de pessoas que buscam doses em municípios de outros estados e até mesmo de diferentes macrorregiões. O fluxo

preocupações diretas sobre as possibilidades de contágio delas mesmas e de outras pessoas durante o deslocamento de ida ao município de vacinação e volta

Provavelmente, uma parte das pessoas que aparecem nos fluxos apresentados faz parte da população que por conta da pandemia se mudou provisoriamente para outro município. Porém, certamente, esse fenômeno não contempla o número excessivo de deslocamentos, já que não é possível, por meio dos dados disponíveis examinar a causa do deslocamento

O sistema de Saúde brasileiro atua em diversas escalas, definid

que estabeleceu atribuições para os entes federados. Os serviços básicos são

Unidades Básicas de Saúde (UBS), enquanto os procedimentos de alta complexidade internação em UTI para tratamento de Covid

sua maioria em municípios de maior porte. Tanto a vacinação, seus contatos, são atribuições dos municípios, realizad federal, que deve prover insumos e estabelecer diretivas.

Essa complementaridade de serviços gera redes de atendimento e populacionais, direcionados e coordenados pelo governo nacional. A Atenção à Saúde para

Covid-Saúde e a curva que devemos ‘achatar’”

compartilhadas entre esferas de governo (https://bigdata

covid19.icict.fiocruz.br/nota_tecnica_17.pdf).

As medidas baseadas em tomada de decisão individualizada

coordenação e estratégias conjuntas falharam na contenção da doença e no tratamento de casos graves. Decisões que não considerem as redes de atenção em saúde podem colocar em crescimento desta procura no mês de maio. Essa tendência pode apresentar um agravamento nos próximos meses à medida que ocorre uma antecipação de faixas etá

divergências nos calendários de vacinação, antecipando grupos populacionais e eventualmente trazendo risco para aplicação de segundas doses.

Também se destaca o fluxo de pessoas que buscam doses em municípios de outros estados e de diferentes macrorregiões. O fluxo dessas pessoas para a vacinação traz preocupações diretas sobre as possibilidades de contágio delas mesmas e de outras pessoas durante o deslocamento de ida ao município de vacinação e volta à cidade de residência.

ovavelmente, uma parte das pessoas que aparecem nos fluxos apresentados faz parte da população que por conta da pandemia se mudou provisoriamente para outro município. Porém, certamente, esse fenômeno não contempla o número excessivo de deslocamentos, já

ue não é possível, por meio dos dados disponíveis examinar a causa do deslocamento

brasileiro atua em diversas escalas, definidas pela Lei Orgânica da Saúde, que estabeleceu atribuições para os entes federados. Os serviços básicos são

Unidades Básicas de Saúde (UBS), enquanto os procedimentos de alta complexidade

internação em UTI para tratamento de Covid-19) são realizados em hospitais localizados em sua maioria em municípios de maior porte. Tanto a vacinação, quanto a testagem de casos e seus contatos, são atribuições dos municípios, realizadas nas UBS e apoiad

nsumos e estabelecer diretivas.

Essa complementaridade de serviços gera redes de atendimento e demandam deslocame , direcionados e coordenados pelo governo nacional. A nota técnica

-19 e os desafios das esferas governamentais: Macrorregiões de Saúde e a curva que devemos ‘achatar’” exemplifica a importância de inte

compartilhadas entre esferas de governo (https://bigdata

covid19.icict.fiocruz.br/nota_tecnica_17.pdf).

tomada de decisão individualizada, em cada município

coordenação e estratégias conjuntas falharam na contenção da doença e no tratamento de que não considerem as redes de atenção em saúde podem colocar em crescimento desta procura no mês de maio. Essa tendência pode apresentar um agravamento nos próximos meses à medida que ocorre uma antecipação de faixas etárias e criam-se divergências nos calendários de vacinação, antecipando grupos populacionais e

Também se destaca o fluxo de pessoas que buscam doses em municípios de outros estados e pessoas para a vacinação traz preocupações diretas sobre as possibilidades de contágio delas mesmas e de outras pessoas

de residência.

ovavelmente, uma parte das pessoas que aparecem nos fluxos apresentados faz parte da população que por conta da pandemia se mudou provisoriamente para outro município. Porém, certamente, esse fenômeno não contempla o número excessivo de deslocamentos, já

ue não é possível, por meio dos dados disponíveis examinar a causa do deslocamento.

s pela Lei Orgânica da Saúde, que estabeleceu atribuições para os entes federados. Os serviços básicos são fornecidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), enquanto os procedimentos de alta complexidade (como a são realizados em hospitais localizados em quanto a testagem de casos e apoiadas pelo ente

demandam deslocamentos nota técnica “Redes de 19 e os desafios das esferas governamentais: Macrorregiões de exemplifica a importância de intervenções compartilhadas entre esferas de governo

(https://bigdata-em cada município, e s(https://bigdata-em coordenação e estratégias conjuntas falharam na contenção da doença e no tratamento de que não considerem as redes de atenção em saúde podem colocar em

(16)

risco a população, que, eventualmente

atendimento básico que todos os municípios do país têm capacidade de realizar nosso programa de imunização.

manter os princípios de orientação

todos os entes federados e a coordenação nacional, de modo a atender a todos de modo universal e equânime.

Referências

SILVA JUNIOR, Jarbas Barbosa da. 40 anos do Programa Nacional de Imunizações: uma Pública brasileira. Epidemiol. Serv.

<http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679 49742013000100001&lng=pt&nrm=iso>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério d

BRASIL. Programa Nacional de Imunizações. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/o

DOMINGUES, Carla Magda Allan Santos et al . Vacina Brasil e estratégias d imunizações. Epidemiol. Serv. Saúde,Brasília , v.

http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679 49742019000200001&lng=pt&nrm=iso>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministér

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano Nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Coord

do Programa Nacional de Imunizações

TEMPORÃO, José Gomes. O Programa Nacional de Imunizações (PNI): origens e desenvolvimento.

ciências, saúde-manguinhos, v. 10, p. 601

https://www.scielo.br/j/hcsm/a/XqLKLcj6NYjHdywSF6XPRZs/?lang=pt

eventualmente, tem que se deslocar sem necessidade em busca de um atendimento básico que todos os municípios do país têm capacidade de realizar

nosso programa de imunização. Esse programa, assim como outras ações de saúde

manter os princípios de orientação do SUS de descentralização com responsabilização de todos os entes federados e a coordenação nacional, de modo a atender a todos de modo

SILVA JUNIOR, Jarbas Barbosa da. 40 anos do Programa Nacional de Imunizações: uma

Pública brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde,Brasília , v. 22, n. 1, p. 7-8, mar. 2013 . Disponível em:

<http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742013000100001&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em:13 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 110 p. : il. – (Série E. Legislação em Saúde) BRASIL. Programa Nacional de Imunizações. Disponível em:

https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/o-que-e.html

DOMINGUES, Carla Magda Allan Santos et al . Vacina Brasil e estratégias de formação e desenvolvimento em Saúde,Brasília , v. 28, n. 2, e20190223, jun. 2019 . Disponível em:

http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742019000200001&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em:13 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 110 p. : il. – (Série E. Legislação em Saúde) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano Nacional de operacionalização da

19. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Coord do Programa Nacional de Imunizações - Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 102 p.

TEMPORÃO, José Gomes. O Programa Nacional de Imunizações (PNI): origens e desenvolvimento. , v. 10, p. 601-617, 2003. Disponível em:

https://www.scielo.br/j/hcsm/a/XqLKLcj6NYjHdywSF6XPRZs/?lang=pt Acesso: 16 junho 2021.

que se deslocar sem necessidade em busca de um atendimento básico que todos os municípios do país têm capacidade de realizar, graças ao Esse programa, assim como outras ações de saúde, deve do SUS de descentralização com responsabilização de todos os entes federados e a coordenação nacional, de modo a atender a todos de modo

SILVA JUNIOR, Jarbas Barbosa da. 40 anos do Programa Nacional de Imunizações: uma conquista da Saúde 8, mar. 2013 . Disponível em:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

(Série E. Legislação em Saúde)

e formação e desenvolvimento em 28, n. 2, e20190223, jun. 2019 . Disponível em:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

(Série E. Legislação em Saúde) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano Nacional de operacionalização da

19. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral

TEMPORÃO, José Gomes. O Programa Nacional de Imunizações (PNI): origens e desenvolvimento. História, Acesso: 16 junho 2021.

Referências

Documentos relacionados

Elaboração dos estudos hidrológicos, hidráulicos e estruturais, bem como elaboração do projeto executivo da Barragem de João Calmon, na Chapada Diamantina na Bahia,

b) Execução dos serviços em período a ser combinado com equipe técnica. c) Orientação para alocação do equipamento no local de instalação. d) Serviço de ligação das

A tendência manteve-se, tanto entre as estirpes provenientes da comunidade, isoladas de produtos biológicos de doentes da Consulta Externa, como entre estirpes encontradas

Para al´ em disso, quando se analisa a rentabilidade l´ıquida acumulada, ´ e preciso consid- erar adicionalmente o efeito das falˆ encias. Ou seja, quando o banco concede cr´ editos

jantar, onde pedi para cada um levar um convidado não crente, fui surpreendida, compareceram vários jovens sem ser evangélicos e que nunca nem entraram em Igreja

A combinação dessas dimensões resulta em quatro classes de abordagem comunicativa, que podem ser exemplificadas da seguinte forma: interativo/dialógico: professor e

MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO O atendimento de vazamento só deve ser efetuado por pessoal treinado em manuseio de hipoclorito de sódio;.. Precauções pessoais:

A elaboração do presente trabalho acadêmico tem como objetivo analisar e demonstrar a importância das Cooperativas de Crédito para o desenvolvimento econômico e