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Exercícios Pronomes (Anglo) Profa. Iris Pires

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Academic year: 2021

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Exercícios – Pronomes (Anglo)

Profa. Iris Pires

1. O trecho a seguir é adaptação de uma dessas anedotas que costumam circular na internet.

— Sabem a diferença entre tu e você? Segue um pequeno exemplo que ilustra muito bem a diferença:

O diretor-geral de um banco estava preocupado com um jovem e brilhante diretor que, quando trabalhar com ele, não parava nem para almoçar, até que começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o diretor geral do banco chamou um detetive e disse-lhe:

– Siga o diretor Lopes durante uma semana, no horário de almoço. O detetive, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:

– O diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o seu carro, vai à sua casa almoçar, fica com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

Responde o diretor-geral:

– Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso. Logo em seguida o detetive pergunta:

– Desculpe. Posso tratá-lo por tu?

– Sim, claro!, respondeu o diretor, surpreendido.

– Bom, então vou repetir: O diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o teu carro, vai à tua casa almoçar, fica com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

A Língua Portuguesa é mesmo fascinante!

a) Explique por que o diretor-geral não se importou com o primeiro relato.

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ b) Houve algum erro gramatical no primeiro relato do detetive? Explique sua resposta.

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ c) Por que o último relato do detetive deve ter abalado o diretor-geral?

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 2. O trecho que segue foi extraído de um artigo do jornalista Roberto Pompeu de Toledo,

publicado na revista Veja (02.11.2005 – pág. 126). Uma pessoa humilde, ora pleiteando sua aposentadoria junto ao INSS, em São Paulo, recebeu a seguinte “carta de exigências” da instituição. Os nomes, tanto da pessoa que pleiteia a aposentadoria quanto de quem assina a carta, serão omitidos. O texto vai em sua conturbada e sofrida literalidade:

Para dar andamento ao processo do Benefício em referência, solicito-vos comparecer, no endereço: Av. Santa Marina 1217, no horário de 07:00 às 15:00, para que as seguintes exigências sejam cumpridas:

— retirar a carteira profissional que se encontra em seu processo para que empregador atualiza as alterações de salarios em vista da ultima anotação foi 1990 e o salario de contribuição esta divergente da ultima alteração

— recolher o 13 referente ao periodo de 1995 a 2004 que não foram recolhidos e 1 de ferias conforme consta os meses a serem recolhidos na carteira profissional

(2)

Comunico-vos que vosso pedido de Benefício sera indeferido por desinteresse, se não comparecerdes dentro de 10 dias a contar desta data. Deveis apresentar esta carta no ato do comparecimento.

Depois de comentar a má qualidade do texto, o jornalista enumera certas razões que, por hipótese, teriam levado o autor da carta a escolher o pronome vós para tratar um cidadão humilde, que não queria mais do que informações objetivas sobre a sua aposentadoria. Assinale a alternativa que contém a hipótese menos provável.

a) Suposição de que o vós é elegante e faz bonito num texto formal.

b) A intenção de demonstrar boa educação num comunicado que afinal é escrito em nome do Estado. c) O pronome vós dá mais solenidade e inspira mais respeito e formalidade do que tu, ou você e até mesmo senhor.

d) O pronome vós deve ser o tratamento que o autor da carta usa naturalmente para falar com a mulher em casa ou com o vendedor na feira.

e) A intenção do autor da carta é mostrar a autoridade do Estado e intimidar o cidadão: “se não comparecerdes” é mais assustador do que “se o senhor não comparecer”.

3. Sabe-se que os pronomes fazem referência às pessoas do discurso e que sua interpretação depende do contexto em que ocorrem. Observe como a piada abaixo faz um interessante uso do pronome para obter efeito de humor.

Conta o Barão de Itararé que, durante seu curso de medicina, que ele sabiamente abandonou em 1919, certa vez o professor lhe perguntou:

— Quantos testículos nós temos? — Quatro, professor.

— Quatro!??

— Bom, pelo menos dois eu garanto…

(Extraído de Possenti, Sírio. Os Humores da Língua — Análises Linguísticas de Piadas. Campinas: Mercado de Letras, 1996.) A respeito do uso do pronome nós na piada, pode-se dizer que:

a) está correto, mas o aluno equivocou-se na interpretação da pergunta, pois dá uma reposta sem cabimento.

b) está incorreto, pois o pronome nós não pode ser usado para referir-se ao conjunto de toda a humanidade.

c) está correto, mas o professor equivocou-se na formulação da pergunta, pois nós refere-se sempre ao conjunto de todas as pessoas presentes no ambiente em que ocorre um diálogo.

d) está correto, mas cria ambiguidade, pois dentro do contexto nós pode se referir a cada ser humano do sexo masculino ou ao falante e seu interlocutor.

e) está incorreto, pois nós sempre se refere a mais de uma pessoa e o professor pretende referir-se somente a si mesmo.

4. Os três trechos que seguem contêm considerações sobre um pronome de tratamento (senhor) em confronto com você ou tu. Compare-os e responda à questão proposta.

Texto 1

A vítima desse esnobismo dos barões foi o filho. Que judiasse com os muleques e as negrinhas, estava direito; mas na sociedade dos mais velhos o judiado era ele. (…) Ele que ao pai devia chamar “senhor pai” e à mãe “senhora mãe”: a liberdade de chamar “papai” e “mamãe” era só na primeira infância. Este duro costume modificou-se, porém, no século XIX. Como modificou-se o das mulheres só chamarem o marido de “senhor”; as mais afoitas foram chamando-o de “tu”, as outras de “você”, acabando-se com o rígido tratamento colonial de “senhor” da parte das esposas e dos filhos. Até então, esposas e filhos se achavam quase no mesmo nível dos escravos.

Freire, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 2o Tomo. 9. ed. Rio de Janeiro; Livraria José Olympio Editora, 1958. pág. 586-587.

Texto 2

(3)

“Imagine que você foi chamada de ‘você’ a vida toda e, de uma hora para outra, passa a ser tratada por ‘senhora’. Parece que não é com você. Às vezes, até magoa ser chamada desse modo.”

M. E. P., 43, enfermeira, “Equilíbrio” – Folha de S.Paulo. Texto 3

O senhor

Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de “você”, se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”:

— Senhora

Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem de ninguém. Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condição e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis “você” escolhestes a mim para tratar de “senhor”, é bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de meus cabelos.

Braga, Rubem. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1963. pp. 90-92.

O confronto entre os três trechos só não permite uma das afirmações expostas a seguir.

a) Segundo o texto 1, o tratamento senhor, senhora já foi entre nós sinal de respeito e submissão. b) O mesmo texto 1 fornece pistas para concluir que o tratamento senhor, senhora era motivo de honra e não de mágoa.

c) Pelo depoimento publicado no caderno “Equilíbrio”, o tratamento senhora passou a ser depreciativo e incômodo.

d) Segundo o texto 3, o tratamento senhor, senhora foi honroso porque era sinal de nobreza e de riqueza, mas passou a ser incômodo porque hoje é sinal de velhice.

e) Tanto o autor do texto 3 quanto a declarante do texto 2, embora se digam merecedores do tratamento senhor, senhora, preferem você para não aparentar idade.

5. Leia o texto transcrito a seguir, que simula um diálogo entre uma aluna e seu professor de psicologia do comportamento.

(Aluna) — Professor, é possível uma pessoa adquirir, por meio de treinamento, absoluto controle sobre suas emoções e atitudes?

(Professor) — Claro que não! Há reações reflexas que fogem ao controle da vontade ou da razão. Quem não viveu uma experiência como esta: você está tranquilo, caminhando pela rua e, de repente, um cão, por trás do portão, investe furioso contra as grades, com um rugido assustador.

Leia os comentários que seguem:

I. O diálogo serve para demonstrar o uso do pronome você em sentido genérico, tendo como referência qualquer pessoa.

II. Se o professor respondesse de outro modo: Você mesma já deve ter passado por uma experiência como esta: está tranquila, caminhando pela rua… Nesse caso, você passa a ter como referência a pessoa do interlocutor (a aluna).

III. No texto dado como referência, o uso do adjetivo tranquilo (no masculino) é um erro de concordância. É(são) correto(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) I e II. e) I e III. 6. (FUVEST) O senão do livro

(4)

Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem…

(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)

O emprego dos pronomes este e esse, no início do texto,

a) tem a finalidade de distinguir entre o que já se mencionou (mundo) e o que se vai mencionar (livro). b) marca a oposição entre o concreto (mundo real) e o abstrato (mundo da ficção).

c) faz uma distinção decorrente da diferença entre a posição do narrador e a do leitor. d) é consequência da oposição entre passado (livro) e presente (mundo).

e) é indiferente; assim como hoje, esses pronomes não têm valor distintivo. 7. (UFES)

Frequentemente, nas redações escolares, usa-se inadequadamente onde em lugar de em que. Considere os fragmentos de redações escolares abaixo e assinale a alternativa que contém o emprego adequado.

a) O Brasil é um país onde ainda se registra a existência de milhões de pessoas na condição de iletrados.

b) Este milênio vem em boa hora, num momento onde todos os povos fortalecem sentimentos de esperança por dias melhores.

c) Em nossos dias, é difícil ter um amor verdadeiro onde a pessoa possa apoiar-se e se dar bem na vida.

d) A preservação do emprego tornou-se a maior preocupação do trabalhador neste início de século, onde a baixa qualificação profissional aumenta a exclusão social.

e) A criança começa a frequentar a escola com seis ou sete anos. É uma idade maravilhosa onde ela ainda está descobrindo a vida e necessita de uma orientação.

8. No dia seguinte fui à casa da vizinha (…). Capitu despedia-se de duas amigas que tinham ido visitá-la, Paula e Sancha, companheiras de colégio, aquela de quinze, esta de dezessete anos…

Machado de Assis. Dom Casmurro. a) Qual é a referência:

• do pronome relativo que?

___________________________________________________________________________________ • do pronome pessoal la?

(5)

1. a. Porque interpretou os pronomes (seu/sua/seus) como referentes a uma terceira pessoa, isto é, à pessoa de quem o detetive estava falando (no caso, o referido jovem diretor).

1. b. Não houve erro gramatical. Apenas o detetive estava tratando o diretor-geral por você e não por

tu.

1. c. Porque os pronomes teu/tua/teus não dão margem a ambiguidade. Referem-se sempre à pessoa com quem se fala. Seu/sua podem referir-se a você, pessoa com quem se fala, ou a ele/ela, pessoa de quem se fala. 2. D 3. D 4. E 5. D 6. C 7. A

Referências

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