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PREÇO CAI, MAS AINDA É SUPERIOR AOS VALORES DE JANEIRO/13

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dezembro/13. No atacado paulista, o leite UHT desvalorizou 8,13%, fechando janeiro em média a R$ 1,84/litro (cotação até o dia 29/01). Por sua vez, o queijo muçarela caiu 3,04%, negociado a média de R$ 11,95/kg neste mês (cotação até o dia 29/01). Alguns atacadistas afirmam estabilidade a partir da segunda quinzena deste mês. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

PREÇO CAI, MAS AINDA É SUPERIOR AOS VALORES DE JANEIRO/13

O fechamento de 2013 foi marcado pelo

aumento na captação, redução na demanda (pelo período de férias escolares principalmente) e, consequente queda dos preços do leite pago ao produtor em Janeiro/14 para praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Analisando-se a sazonalidade dos preços e a captação do leite, nesta época do ano é comum a redução e o aumento desses valores, respectivamente. Devido ao período de safra e de redução da demanda.

O preço do leite pago ao produtor em janeiro/14 registrou queda pelo quarto mês consecutivo. O preço bruto nacional (que inclui frete e impostos) ficou em R$ 0,9951/litro, redução de 4,46% ou R$ 0,046/litro. Apesar da redução, os preços praticados neste mês estiveram 7,3% acima da média verificada em janeiro de 2013, em valores reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de dezembro/13). Por sua vez, o preço líquido médio (sem frete e impostos) pago ao produtor foi de R$ 0,9180/litro em janeiro/14, queda de 4,39% ou R$ 0,042 centavos frente ao mês anterior. As médias calculadas pelo Cepea são ponderadas pelo volume captado em setembro nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA.

A queda nos preços não surpreenderam agentes do setor. Muitos já estavam atentos aos elevados estoques em razão da produção elevada de leite no campo e do enfraquecimento da demanda devido ao período de férias. Agentes do mercado afirmaram um “super abastecimento” nos laticínios e que o excedente do leite está sendo utilizado para a fabricação de leite UHT e em pó em algumas regiões do país.

A captação do leite pelos laticínios/cooperativas em dezembro/13 aumentou 1,53% em relação ao mês anterior de acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) que fechou o mês em 170,50, o maior valor da série iniciada em jul/04 (Base 100). Dentre os estados acompanhados todos tiveram aumento na captação, com exceção de São Paulo que reduziu 1,84% já que seus laticínios estavam com seus estoques elevados. Vale lembrar que esta região teve o maior aumento na captação de outubro para novembro, 8,15%.

As expectativas para os próximos meses são de queda e estabilidade de acordo com os

laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea. Entre os compradores entrevistados, pouco mais da metade dos agentes consultados (55,4%), que representam expressivos 74,9% do leite amostrado, acredita que haverá queda nos valores em fevereiro. Outros 41,3% dos agentes, que representam 21,7% do volume amostrado de leite neste mês, indicam estabilidade nos preços. Apenas 3,3% dos agentes têm expectativa de alta para o próximo mês.

O mercado de derivados também teve uma redução dos preços em relação à média de

ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - DEZEMBRO/13. (Base 100=Junho/2004) Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP | Ano 20 nº 226 | Fevereiro 2014

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP

Impulsionada por vendas de leite em pó, exportação de lácteos cresce 70%

SP: Seca reduz produção de leite, mas estoque elevado pressiona valor de derivado

Nacional: Estoques influenciam quedas nos preços dos derivados em dez/13

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MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA Necessidade de suplementação mineral

reduz poder de compra em janeiro pág. 04

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Sul / Sudoeste de Minas 1,0727 1,1291 1,0756 1,0868 1,0719 1,0820 1,1156 1,0456 1,3830 1,1132 1,0945 1,0251 1,1183 1,1366 1,0778 1,1077 1,0348 1,1497 1,1564 0,9961 1,0832 1,1000 1,0470 1,0564 1,0891 1,0672 1,1156 1,0790 1,1415 1,0424 1,1290 0,9061 1,1644 1,0912 1,1677 1,1212 1,2421 1,0411 1,0840 1,1092 0,7412 0,9799 0,8989 0,7109 0,7656 0,7084 1,0599 0,9435 1,0207 0,9085 0,8840 0,9261 0,9711 1,0205 1,0442 0,8527 0,9787 0,9220 1,1129 1,0294 1,1421 0,9487 0,9835 1,0175 1,0331 0,9755 1,0572 0,8125 1,0557 0,9742 1,0775 1,0431 1,1508 0,9814 1,0252 1,0286 0,6448 0,9143 0,8331 0,6218 0,6659 0,6000 0,9722 0,8695 0,9344 0,8499 0,8298 0,8481 0,8997 0,9540 0,9829 0,7604 0,8742 0,8088 1,0240 0,9503 1,0531 0,8911 0,9270 0,9382 -11,48% 0,47% -6,55% -7,24% -4,35% -6,69% -7,31% -5,53% 0,70% -0,03% 0,39% 0,58% -13,34% 0,46% -6,09% -7,11% -4,07% -7,61% -7,70% -5,93% 0,88% -0,03% 0,45% 0,55% 0,7919 0,7028 0,8001 0,8244 0,7394 0,8220 1,0048 0,9218 0,5208 0,8387 0,8861 0,7600 1,0326 1,0510 0,8740 0,9151 0,7973 0,9508 0,9281 0,7470 0,8629 0,9004 0,7829 0,8183 0,9090 0,9339 0,9110 0,8486 0,9567 1,0125 0,9707 0,9927 0,9689 0,9903 1,0967 1,0028 0,9833 0,9827 1,0083 0,9286 1,0950 1,1045 1,0150 1,0406 0,9202 1,0840 1,0765 0,9040 0,9967 1,0363 0,9617 0,9832 1,0073 1,0235 1,0408 0,9951 0,9856 1,0217 0,9902 1,0086 0,9696 0,9987 1,0551 1,0031 1,2389 1,0206 1,0215 0,9560 1,0291 1,0560 0,9999 1,0396 0,9578 1,0617 1,0660 0,9308 1,0098 1,0253 0,9809 0,9804 1,0122 0,9911 1,0476 1,0020 0,7112 0,6050 0,7210 0,7521 0,6447 0,7449 0,9467 0,8765 0,4335 0,7518 0,8185 0,6970 0,9453 0,9717 0,8007 0,8403 0,7349 0,8628 0,8364 0,6873 0,7923 0,8006 0,6914 0,7220 0,8359 0,8608 0,8475 0,7723 0,8722 0,9078 0,8877 0,9166 0,8690 0,9091 1,0366 0,9556 0,8568 0,8929 0,9361 0,8617 1,0063 1,0243 0,9403 0,9659 0,8556 0,9955 0,9852 0,8408 0,9244 0,9465 0,8825 0,8959 0,9328 0,9484 0,9747 0,9180 -3,02% -4,21% -2,91% -0,71% -3,86% -1,01% -2,64% -3,52% -2,63% -3,68% -3,34% -3,06% -1,42% -1,50% -3,10% -6,57% -7,97% -4,75% -7,52% -11,57% -6,28% -4,02% -7,09% -6,34% -0,77% -0,14% -1,12% -4,46% -3,19% -4,67% -3,07% -0,05% -4,65% -0,74% -2,77% -0,60% -7,01% -3,93% -2,67% -2,67% -1,53% -2,38% -2,86% -6,13% -8,35% -5,21% -8,17% -9,32% -6,14% -5,14% -6,55% -6,85% -0,87% 0,10% -1,13% -4,39% Dez/Jan Dez/Jan JANEIRO /14 DEZEMBRO /13 Flávia Romanelli - Mtb: 27540 Equipe Leite:

Daniel M. Velazco Bedoya - Pesquisador Projeto Leite Gressa Amanda Chinelato, Marcel Moscatelli de Souza, Renato Prodoximo, Natália Salaro Grigol e

Vitória Guereschi Lucas

Daniel M. Velazco Bedoya Pesquisador Projeto Leite

Equipe Grãos:

Lucilio Alves - Pesquisador Projeto Grãos Amanda G. Grippa, Ana Amélia Zinsly, Débora Kelen P. da Silva, Deise Soares de Souza, Raquel Rizziolli, Renata Maggian e

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Por Daniel M. Velazco-Bedoya, analista de mercado da equipe Leite Cepea

NECESSIDADE DE SUPLEMENTAÇÃO MINERAL REDUZ PODER DE COMPRA EM JANEIRO

O poder de compra do pecuarista de leite paulista frente ao sal mineral está menor em janeiro, na comparação com dezembro/13. Devido à falta de chuvas e à consequente degradação dos pastos no Centro-Sul, a produção de leite tem sido afetada em diversas propriedades. Com a finalidade de reduzir as perdas, produtores precisaram aumentar e/ou melhorar a suplementação e a alimentação dos animais, o que elevou os custos de produção. Além disso, alguns insumos têm se valorizado com o aumento da demanda.

Vale lembrar, ainda, que os preços do leite pago ao produtor estão em queda desde novembro/13, apesar de ainda apresentaram bons patamares em comparação com o mesmo período do ano anterior.

No estado de São Paulo, em janeiro, foram necessários 74,4 litros de leite para comprar um saco de 25 kg de sal mineral, enquanto que em dezembro/13 eram precisos 71,3 litros de leite, redução de 4,43% no poder de compra. Essa queda é resultado da demanda aquecida pelo produto e da elevação das cotações. Mesmo com essa diminuição, o poder de compra de janeiro é 7,71% superior ao mesmo período em 2013. O sal mineral é um dos principais insumos para suplementação da dieta dos bovinos e tem participação importante nos custos dos pecuaristas de leite. Ao longo de 2013, o grupo Suplementação Mineral respondeu em média por 3% do Custo Operacional Efetivo (COE) das propriedades de pecuária de leite na “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP).

Por outro lado, houve uma pequena elevação no poder de compra frente ao concentrado de 22% de proteína bruta. Em janeiro, foram necessários 717,8 litros de leite para a compra da tonelada do concentrado, um aumento mensal no poder de compra de 1,34% e de 14% em relação a janeiro/13. Esse aumento foi devido à desvalorização do farelo de soja, matéria-prima de grande parte dos concentrados/rações utilizados na pecuária, na média de janeiro. Na região de Campinas (SP), o preço caiu 8,15%. Em compensação, o milho, que também compõe as fórmulas das rações, registrou alta de 1,7%, na mesma região e período.

Médias de janeiro a dezembro de 2011, 2012 e 2013 no estado de São Paulo.

Insumo 2011 2012 2013 Var. 2013/2011 Var. 2013/2012

Conc. 22% PB (t) Uréia (t) Ant. Oxitetraciclina (50 ml) Antimastítico (10 ml) Sal Mineral 30P (25 kg) Herbicida 2,4D (litro) Mão-de-Obra (S.M) 677,6 litros 1.497,7 litros 16,1 litros 8,2 litros 77,3 litros 60,7 litros 730,7 litros 797,8 litros 1.631,0 litros 15,3 litros 7,9 litros 79,6 litros 56,6 litros 825,5 litros 674,0 litros 1.480,1 litros 13,0 litros 7,7 litros 71,6 litros 48,9 litros 792,9 litros -0,5% -1,2% -19,2% -5,7% -7,3% -19,4% 8,5% -15,5% -9,2% -15,0% -2,5% -10,1% -13,6% -3,9% (130g de Fósforo) 7,7 litros/frasco 10 ml 8,2 litros/frasco 10 ml 8,4 litros/frasco 10 ml 67,5 litros/sc 25 kg 71,3 litros/sc 25 kg 74,4 litros/sc 25 kg 45,1 litros/litro de herbicida 47,7 litros/litro de herbicida 51,3 litros/litro de herbicida Nov/13 Dez/13 Jan/14 Nov/13 Dez/13 Jan/14 Nov/13 Dez/13 Jan/14 Nov/13 Dez/13 Jan/14 Nov/13 Dez/13 Jan/14 Nov/13 Dez/13 Jan/14 671,4 litros/tonelada 727,5 litros/tonelada 717,8 litros/tonelada 1399,6 litros/tonelada 1441,8 litros/tonelada 1512,8 litros/tonelada 11,5 litros/frasco 50 ml 12,2 litros/frasco 50 ml 11,9 litros/frasco 50 ml Fonte: C epea/E salq-U SP e CN A

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IMPULSIONADA POR VENDAS DE LEITE EM PÓ, EXPORTAÇÃO DE LÁCTEOS CRESCE 70%

Por Natália Salaro Grigol, analista de mercado da equipe Leite Cepea

O volume de lácteos exportado pelo Brasil em janeiro deste ano registrou alta significativa de 70% em relação a dezembro/13, atingindo 52,67 milhões de litros em equivalente leite, de acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Este cenário foi influenciado principalmente pelos embarques de leite em pó, que estiveram, em janeiro, aproximadamente 20 vezes acima do volume negociado no mesmo período de 2013 (2.024 toneladas). A maior oferta de leite neste início de ano, a taxa de câmbio favorável à exportação e os preços internos mais enfraquecidos resultaram no terceiro mês consecutivo de alta nos embarques. A alta nas exportações de leite em pó foi de fortes 84% entre dezembro/13 e janeiro/14, e o envio deste derivado teve participação de 78% no volume total embarcado pelo Brasil no mês. A Venezuela continuou sendo o principal destino do leite em pó brasileiro, mas, ao contrário do observado no encerramento de 2013, os embarques desse produto também foram feitos para Cuba, Egito, Guiné Equatorial, Bolívia, Angola e Paraguai. O valor obtido dessas vendas foi de US$ 21,7 milhões no primeiro mês deste ano, enquanto que, em jan/13, era de US$ 125,9 mil. Frente a dezembro/13, o leite em pó brasileiro no mercado internacional se valorizou 49,4%, negociado a US$ 4,55/kg em janeiro, de acordo com o Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L). Ainda assim, esse valor é 13% menor que o praticado no mercado

internacional (Tabela 1).

Com exceção dos embarques de queijos e manteiga, que tiveram reduções de 62% e 51%, respectivamente, entre dezembro e janeiro, todos os outros lácteos tiveram elevação nas exportações no primeiro mês de 2014, segundo a Secex. Os embarques brasileiros de lácteos tiveram como principais destinos Venezuela, Cuba e Arábia Saudita, cujos volumes tiveram participação de 64%, 15,6% e 3,5% no total exportado, respectivamente.

Já as importações de lácteos em janeiro recuaram 7 % fre n t e a o m ê s a n t e rio r, d evid o, principalmente, à queda de 23% nas compras de queijos. As quantidades de doce de leite, leite fluido, leite modificado e manteiga também recuaram. O único produto que registrou aumento nas importações foi o leite em pó (+6%), que representou 65,7% das aquisições brasileiras em jan/14.

– A demanda global por leite em pó continua forte, com a atividade comercial da China voltando ao ritmo considerado normal após o feriado do Ano Novo Chinês. Enquanto na Austrália o calor e o tempo seco limitaram a produção leiteira em janeiro/14, na Nova Zelândia, as condições climáticas estiveram favoráveis, especialmente no sul do país. Devido aos ganhos obtidos na temporada passada, produtores têm optado por PREÇOS INTERNACIONAIS

utilizar suplementação alimentar e manter estoques para a próxima entressafra. De acordo com o USDA, entre 30 de dezembro de 2013 e 31 de janeiro de 2014, o preço do leite em pó integral na Oceania registrou elevação de 3,4%, com média de US$ 5.142/tonelada no primeiro mês deste ano. O leite em pó desnatado teve valorização semelhante, 3,5%, negociado, em média, a US$ 4.892/t. No mesmo período, os preços do leite em pó na Europa também subiram, apesar do excesso de oferta – o limite da capacidade de produção daquele continente foi quase totalmente alcançado. As cotações médias foram de US$ 4.567/t para o produto desnatado e US$ 5.163/t para o integral – altas de 4,5% e 2,5%, respectivamente, entre dezembro e janeiro.

– O Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) registrou nova alta em janeiro, mantendo o movimento observado no mês anterior. Novamente, a valorização do dólar frente ao Real e a elevação dos preços dos derivados no mercado externo resultaram em alta de 20,4% no IPE-L em janeiro, fechando o mês a US$ 3,92/kg, em média. Em Real, o aumento foi de 22,3% na mesma comparação, com média de R$ 9,35/kg. Dentre os produtos acompanhados pelo Cepea, houve aumento de 49,4% nos preços do leite em pó e de 9,8% nos de queijos. Já as cotações de doce de leite recuaram 80,1% e as de leite fluido e iogurtes, 38% e 19,1% respectivamente, na mesma comparação. IPE-L/Cepea US$ 5.142 US$ 5.163 US$ 4.892 US$ 4.567 US$ 3.350 US$ 4.008 US$ 3.450 US$ 3.563 + 53% + 29% + 42% + 28% Os dados se referem à média entre 30 de dezembro/13 e 31 de janeiro/14; para 2013, foi considerado período semelhante.

2014 2013 2014 2013

Tabela 2 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹

Dez/13-Jan/14 (%) Participação no total exp. em Jan/14 Jan/13-Jan/14 (%) 52.673 41.312 9.329 1.284 411 70% 84% 126% -62% 20% -78% 18% 2% 1% 464,7% 1940% 75% -13% -6%

Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros.

Jan/14

Tabela 3 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹

Jan/14 Participação no total imp. em Jan/14

² 75.171 49.414 24.368 1.143 2.255 -7% 6% -23% -45% -1% -65,7% 32,4% 1,5% --31% -32% -27% -37% 26%

Total de janeiro a set/13 frente ao mesmo período de 2012: -7,7%

Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litro.

Dez/13-Jan/14 (%) Jan/13-Jan/14 (%)

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SP: SECA REDUZ PRODUÇÃO DE LEITE, MAS ESTOQUE ELEVADO PRESSIONA VALOR DE DERIVADO

NACIONAL: ESTOQUES INFLUENCIAM QUEDAS NOS PREÇOS DOS DERIVADOS EM DEZ/13

Por Marcel Moscatelli de Souza, graduando em Eng. Agronômica, e

Vitória Guereschi Lucas, graduanda em Gestão Ambiental – Esalq/USP; equipe Leite Cepea

O clima seco no Centro-Sul brasileiro durante janeiro prejudicou a produção de leite. Apesar disso, os estoques elevados da matéria-prima, devido à maior produção em meses anteriores, foram suficientes para suprir a demanda no correr de janeiro/14. Nesse cenário, mesmo com a menor produção de leite, os valores dos derivados lácteos caíram no correr do mês. O preço médio do leite UHT, negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo, foi de R$ 1,84/litro (inclui frete e impostos) em janeiro/14, 8,13% inferior à de dezembro/13 e 4,09% abaixo da média de janeiro/13, em termos nominais.

Quanto ao queijo muçarela, também no mercado paulista, a média de janeiro/14, de R$ 11,95/kg (inclui frete e impostos), foi 3,04% menor que a de dezembro/13 e 2,8% abaixo da de janeiro/13. Esta pesquisa é realizada com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e da CBCL (Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios).

Os elevados estoques de leite resultaram em queda, em dezembro, nos preços da maior parte dos derivados lácteos acompanhados pelo Cepea. Vale ressaltar, no entanto, que as baixas em dezembro ocorreram de forma menos intensa que as verificadas em meses anteriores.

Para o leite UHT, considerando-se a média nacional, que é calculada pelo Cepea com base em dados coletados nos estados de GO, MG, PR, RS e SP, o preço foi de R$ 1,75/litro, recuo de 8,5% de novembro para dezembro. Em

1,52 1,64 14,18 12,23 12,83 13,10 1,63 1,74 16,29 14,44 13,04 13,03 1,57 1,74 13,87 12,52 11,73 13,28 1,54 1,87 14,75 15,85 11,38 13,84 1,62 1,76 16,46 12,81 12,56 13,54 1,58 1,75 15,11 13,57 12,31 13,36 -5,8% -10,9% 2,1% -6,8% 0,5% 0,4% 1,7% -7,1% -1,4% -3,7% -3,5% -0,5% -1,9% -6,1% -4,2% -3,7% 1,6% -0,6% -4,3% -8,0% -0,3% 5,8% 0,0% 6,2% 1,6% -10,2% 8,5% -4,7% 1,2% 4,0% -1,8% -8,5% 0,9% -2,4% -0,1% 1,9% Fonte: C epea/E S ALQ-U SP

Preços médios dos derivados praticados em DEZEMBRO e as variações em relação ao mês anterior

em Jan/14 Dez/13 Jan/13

R$ 1,84/litro R$ 11,95/kg -8,13% -3,04% -4,09% -2,8% Fonte: Cepea – OCB/CBCL.

Nota: Variação em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação do período.

Variação dos preços do leite UHT, média São Paulo. Em valores reais, desde dezembro/12 (IPCA=dezembro/2013).

novembro, a queda havia sido de fortes 12,3%. No caso deste derivado, agentes consultados pelo Cepea indicam que, além do maior volume estocado, a forte baixa em dezembro também se deve ao fato de o leite UHT ter grande concorrência no mercado nacional. Muitas empresas brasileiras, temendo não conseguir negociar o produto devido às baixas cotações de seus concorrentes, se viram forçadas a acompanhar a diminuição dos valores.

Quanto ao queijo muçarela, se desvalorizou 2,4% em dezembro, sendo que, em novembro, a baixa havia sido de 3,4%. Quanto ao preço do queijo prato, que havia registrado queda de 1,5% em novembro, se recuperou parcialmente em dezembro, quando registrou alta de 0,9%. O preço da manteiga caiu 0,1% de novembro para dezembro/13, passando para R$ 12,31/kg na “média nacional”. Os leites pasteurizado e em pó se desvalorizaram 1,8% e 1,9%, nesta ordem.

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DEMANDA AQUECIDA DEVE FAVORECER ALTA NA PRODUÇÃO MUNDIAL DE LEITE

Por Natália Salaro Grigol, analista de mercado da equipe Leite Cepea

A demanda mundial de lácteos tem se elevado consideravelmente nos últimos anos e esse cenário, consequentemente, tem impulsionado a produção global de leite. Os últimos dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostram que a produção mundial de leite cresceu mais de 50% nas últimas três décadas, fechando 2011 com 745,5 milhões de toneladas. A estimativa é de que 2012 e 2013 também apresentem alta no volume produzido, totalizando, respectivamente, 767,4 milhões de toneladas e 784,4 milhões de toneladas. Projeções a longo prazo, também da FAO, apontam que, em 2022, a produção mundial pode chegar a 895 milhões de litros, expressivo aumento de 20% em relação ao volume de 2011.

A expansão na demanda mundial por lácteos é resultante do aumento na renda e do crescimento populacional, aliados à ocidentalização do hábito alimentar e ao maior acesso dos países em desenvolvimento às facilidades da cadeia do frio. O incremento da produção de leite tem ocorrido com mais intensidade no Sul da Ásia, pela elevação do consumo per capita em países altamente povoados naquela região. Entretanto, tais nações ainda são muito dependentes de compras externas para se abastecer. China, Emirados Árabes Unidos, República Islâmica do Irã, Arábia Saudita, Indonésia, República da Coreia, Japão, Malásia e Omã devem, assim, despontar como os principais destinos de lácteos no mercado internacional nos próximos anos. Os maiores vendedores de lácteos – Estados Unidos, União Europeia, Nova Zelândia, Austrália e Argentina – também devem aumentar suas

exportações, especialmente para manteiga, queijos e leite em pó desnatado.

Ainda segundo a FAO, a perspectiva é de que a produção leiteira mundial cresça a taxas de 1,8% ao ano nesta década – abaixo do praticado nos anos anteriores, de 2,3% a.a. Essa desaceleração é justificada pela escassez tanto de água e quanto de áreas de pastagens adequadas para as vacas p r o d u t o r a s d e l e i t e n o s p a í s e s e m desenvolvimento, os quais são responsáveis por mais de 70% da produção mundial de leite. Ainda assim, nestes países, o crescimento anual pode se manter acima da média mundial, em torno de 2,5% a.a., já que o aumento da demanda de seus mercados domésticos e as barreiras de importação favorecem a produção interna. Já nos países desenvolvidos, a previsão é de que o incremento na captação seja de 1% a.a. Deve-se ressaltar que o aumento da produção nos países em desenvolvimento está atrelado principalmente à expansão no número de animais, enquanto que, nos países desenvolvidos, o número de animais tem se reduzido. Portanto, o fator que tem propiciado a produção é o aumento da produtividade (leite/vaca).

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2012, a Índia foi o maior produtor de leite do mundo, seguido pelos Estados Unidos e China. Considerando-se os dados oficiais mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção brasileira, os 33 bilhões de litros de leite captados em 2012 colocam o Brasil em quarto lugar no ranking dos maiores produtores de leite do mundo daquele ano, na frente da Rússia e da

Nova Zelândia. Entretanto, a posição brasileira no ranking mundial pode mudar para os próximos anos. O IBGE prevê que a produção leiteira nacional de 2013 feche em 35 bilhões de litros, um salto de 6% em comparação ao ano anterior. De fato, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) registrou elevação de 5,7% no acumulado jan-dez/13 em comparação com o mesmo período de 2012. Vale lembrar que o ICAP-L registra as variações nos volumes captados nos estados de RS, PR, SP, MG, GO, BA e SC, regiões que representam 84% do volume captado no Brasil ao longo de 2013.

Com base nos elevados preços praticados na safra de 2013 no Brasil e na consequente maior capitalização de produtores, com possibilidades de investimento para expansão dos negócios, o IBGE estima que haja o incremento de mais 4,8% na produção nacional em 2014 atingindo 36,75 bilhões de litros. Tal resultado pode colocar o País em posição ainda mais alta no ranking mundial de produção leiteira. Contudo, muitos desafios em relação à remuneração do produtor e aos preços dos lácteos devem se impor neste ano, nacionalmente e internacionalmente – no Brasil, o clima adverso (seco e quente) nas primeiras semanas de 2014 é um fator prejudicou as pastagens, principalmente do Sul, Sudeste e do Centro-Oeste. Além disso, a FAO salienta o impacto que a alta mundial nos custos com grãos, oleaginosas, energia e mão de obra pode ter nos preços dos lácteos no mercado internacional – o que sugere cautela e planejamento em longo prazo para superar as oscilações de preços e garantir boa rentabilidade para 2014.

Figura 1 - Maiores exportadores e importadores de leite do mundo. Fonte: FAO, 2013.

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Na última semana de janeiro, os preços do milho no porto de Paranaguá (PR) – à vista e convertidos pela taxa de desconto CDI – voltaram a superar os do interior, especialmente em Campinas (SP), o que não a c o n t e ci a d e s d e a g o s t o / 1 3. S e g u n d o pesquisadores do Cepea, pode ser uma sinalização de que as desvalorizações no físico brasileiro podem perder força. As altas das cotações externas e a valorização do dólar frente ao Real deram sustentação nos portos, apesar da baixa liquidez para exportação.

Esse cenário é atípico nesta época do ano. No geral, a paridade é que deu sustentação aos valores no porto, mas praticamente não há mais negócios para embarque no curto prazo. Agentes estão focando na

soja e na comercialização antecipadas de milho para entrega no segundo semestre.

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), ficou praticamente estável em janeiro, subindo apenas 0,4%, a R$ 26,65/saca de 60 kg no dia 31. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 26,23/sc de 60 kg no último dia do mês, com pequeno aumento de 0,3%. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do milho reagiram 1% no mercado de balcão (ao produtor) e 0,5% no de lotes (negociação entre empresas).

MILHO: Valores no porto voltam a superar os do interior

FARELO DE SOJA: Preços cedem, mas ainda são

recordes para o período

As cotações do farelo de soja caíram em janeiro, influenciadas pela expectativa de safra recorde de soja no Brasil. Apesar da queda no mês, os valores ainda foram superiores quando comparados aos do mesmo período de anos anteriores.

Segundo pesquisadores do Cepea, os patamares elevados se devem ao menor processamento em 2013, que reduziu a oferta de farelo, e à demanda externa aquecida. Além disso, parte da indústria está em manutenção.

Em janeiro, o Brasil embarcou 901,7 mil toneladas de farelo de soja, pequena retração de 1,1% se comparado a dezembro/13, mas forte aumento de 46,3% em relação a janeiro/13, segundo dados da Secex. O preço médio em janeiro/14 foi de US$ 549,18/t.

De acordo com dados da Conab, a produção brasileira de soja em grão deve totalizar 90 milhões de toneladas na safra 2013/14 e consumo interno, 40,75 milhões de toneladas.

Por Ana Amélia Zinsly Trevizam e Débora Kelen Pereira da Silva

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MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA

SP

26,83 1.123,98

Janeiro

2014

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