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CURSO DE CAPACITAÇÃO A DISTÂNCIA EM GESTÃO DE INADIMPLÊNCIA EDUCACIONAL

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Academic year: 2021

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CURSO DE CAPACITAÇÃO

A DISTÂNCIA EM

GESTÃO DE INADIMPLÊNCIA

EDUCACIONAL

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Índice

1. Objetivo...04

2. Cenário Econômico Brasileiro...05

2.1. Taxa de Juros – Selic...06

2.2. PIB...10 2.3. Desemprego...13 2.4. IPCA...15 2.5. Dólar...18 2.6. Inadimplência Educacional...20 2.7. Conclusão...23 3. Setor Educacional...27

3.1. 1o Grupo: Educação Infantil...30

3.2. 2o Grupo: Ensino Fundamental e Médio...31

3.3. 3o Grupo: Ensino Superior...32

3.3.1. Previsão de pagamento médio de U$S 200 por mês...34

4. Inadimplência...37 4.1. Causas da Inadimplência...42 4.1.1. Desemprego...43 4.1.2. Endividamento...44 4.1.3. Fiança ou Avalista...45 4.1.4. Empréstimo de Documentos...46 4.1.5. Saúde e Outros...47 4.1.6. Conclusão...47

4.2. Prioridades dos Devedores...50

4.2.1. Financiamento de Imóvel...51

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4.2.3. Despesas Básicas (água, energia elétrica, telefone)...53

4.2.4. Cartão de Crédito e Comércio...53

4.2.5. Saúde...54

4.2.6. Educação...55

4.2.7. Pesquisa com Educadores...56

5. Requisitos para Cobrança Eficaz...57

5.1. Contrato de Prestação de Serviços Educacionais...57

5.2. Cláusula de Inadimplência...62

5.2.1. Multa, Juros e Correção Monetária...62

5.2.2. Duplicata de Serviços...64

5.2.3. SCPC / SERASA / CINEB...65

5.2.4. Encargos Extrajudiciais e Judiciais...68

5.3. Conclusão...69

6. Legislação Educacional Geral...70

6.1. Constituição Federal...71

6.2. Código Civil...76

6.3. Código de Defesa do Consumidor...85

7. Legislação Específica ...92

7.1. Portaria nº 3, de 19 de março de 1999...92

7.2. Lei 9.870/99...94

7.3. Medida Provisória nº. 2.173-24, de 23 de agosto de 2001 ...98

8. Política de Cobrança...100

8.1. 1a Fase: Matrícula...102

8.2. 2a Fase: Cobrança Interna...110

8.3. 3a Fase: Cobrança Externa...112

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9. Conclusão...116 10. Anexos

10.1. Portaria no. 03/99...117 10.2. Lei 9.870/99...121 10.3. Medida Provisória nº. 2.173-24, de 23 de agosto de 2001...129

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1. Objetivo

O objetivo deste curso é oferecer ferramentas de trabalho e planejamento aos profissionais da cobrança que trabalham para Instituições de Ensino, visando a redução da inadimplência, a viabilização do aluno na escola e a continuidade da parceria aluno/instituição.

Através do modelo de cobrança apresentado, será possível negociar com os alunos de forma mais simples, pois o profissional estará bem instruído quanto à legislação, quanto aos procedimentos e quanto à gestão da inadimplência.

Verificaremos que a metodologia apresentada facilitará a abordagem, aumentando as chances de o aluno pagar sua dívida e concluir o seu curso. Como todos sabemos, a educação é a grande saída para que o país volte a crescer, erradicando problemas como o da violência e da fome.

O grande problema da inadimplência é que boa parte das instituições não conhece ou não tem domínio de metodologias de cobrança, sendo assim, ela passa essa responsabilidade para pessoas preparadas para a função. E por quê? Porque cobrança não é o negócio da escola, o seu “core business”.

Pretendemos, portanto, oferecer conhecimentos que poderão ser usados pelos profissionais que trabalham nos departamentos de

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cobrança ou de tesouraria das instituições de ensino, nos escritórios de cobrança ou nos escritórios de advocacia, a fim de que possam atuar com mais segurança no que estão fazendo, com mais eficácia, gerando os resultados esperados, pois, finalmente terão o suporte de uma metodologia.

Este modelo de cobrança vem sendo desenvolvido desde 1996, com base em pesquisas e estudos sobre legislação, negociação e tratamento de inadimplentes.

Abordaremos a cobrança educacional sobre dois aspectos: o objetivo e o subjetivo. O objetivo corresponde à metodologia passo a passo, a fim de alcançar a redução da inadimplência de forma eficaz e com resultados positivos; o aspecto subjetivo corresponde ao tratamento dado à forma de negociar com pessoas inadimplentes, procurando oferecer uma cobrança com dignidade, tratando o devedor com ética e transparência.

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3. Setor Educacional

Com base na análise do cenário econômico brasileiro através dos indicadores financeiros de macro economia, passaremos a investigar o setor educacional. O Governo determinou através da Constituição Federal e do Plano Nacional de Educação que investirá mais recursos do Ensino Fundamental ao Médio, cabendo à iniciativa privada fazer os investimentos no Ensino Superior.

A Educação Nacional está passando por um processo de democratização que se iniciou em 1994, com a entrada do Governo de Fernando Henrique Cardoso, que através de seu Ministro da Educação, Paulo Roberto de Souza, procurou democratizar o ensino atuando em várias frentes.

Inicialmente, viabilizaram-se condições de acesso à Educação Básica Obrigatória, ou seja, criaram-se escolas públicas para atender à demanda do Ensino Fundamental e Médio.

No Ensino Médio, em 1994, havia 4,5 milhões de jovens matriculados, passando a 9 milhões em 2002. Na rede pública havia 3 milhões em 1994, passando a 7,7 milhões em 2002; e de 1 milhão em 1994 na rede particular, passou-se a 1,1 milhão em 2002. Houve expansão da rede particular em apenas 10%, enquanto que a rede pública praticamente dobrou.

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No Ensino Fundamental, havia 27 milhões de alunos atendidos na rede pública em 1994, passando a 32 milhões no ano de 2002. Na rede particular tínhamos 3,6 milhões em 1994 e apenas 3,2 milhões em 2002, ou seja, houve uma redução. Posteriormente, o Governo Brasileiro incentivou a abertura de Instituições de Ensino Superior pela iniciativa privada, abrindo caminho para autorização de novos cursos.

Para se ter uma idéia, no Plano Nacional de Educação de 2001, a meta era atingir 10 milhões de alunos matriculados em Instituições de Ensino Superior privadas até o ano de 2010.

O total de alunos matriculados no Ensino Superior, tanto em rede pública quanto privada, passou de 1,5 milhão para 3 milhões, entre 1994 e 2001. Segundo dados do MEC, 500 mil alunos estavam matriculados em 1994 na rede pública, passando para 1 milhão em 2001; e 1 milhão estava matriculado em 1994 na rede particular, passando a 2 milhões em 2001.

Em 2009 atingimos o número de 52 milhões de alunos freqüentando o ensino básico público e privado, lembrando que o ensino básico inclui o ensino fundamental e o ensino médio.

No ensino superior, atingimos a cifra de 5 milhões de alunos, sendo 1.500.000 em instituições públicas como universidades federais e 3.500.000 em instituições privadas.

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Com isso, comprova-se que realmente essa política de democratização do ensino está dando resultados. O Governo realmente está procurando atender, conforme previsto na constituição, aos estudantes até o Ensino Médio. Aumentou a rede de ensino público e está atendendo praticamente 90% da demanda, deixando para a iniciativa privada a responsabilidade de atender as necessidades do Ensino Superior. Dois terços dos alunos matriculados no Ensino Superior são atendidos pela iniciativa privada.

Houve uma queda de alunos matriculados no Ensino Fundamental na rede particular, também por causa da democratização de ensino. Houve uma migração da rede particular no Ensino Fundamental para a rede pública.

Temos, portanto, três grupos passando por realidades diferentes: o Ensino Infantil; o Ensino Fundamental e Médio; e o Ensino Superior. A seguir analisaremos cada um deles em separado.

3.1. 1o Grupo: Educação Infantil

A Educação Infantil está sendo menos afetada pelos problemas que atingem os outros segmentos da Educação Privada, por ser um pouco atípica. Esse setor quase não apresenta inadimplência: a rede pública tem a quem atender e a rede privada satisfaz plenamente o seu cliente.

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As redes públicas estão se mostrando eficazes no seu papel e não há previsão de aumento de alunos para os próximos anos, o que demonstra que a demanda permanecerá estável.

Existe concorrência na rede privada, sem dúvida alguma. Toda vez que uma escola é aberta, outra perde um pouco de espaço, porque o mercado está relativamente saturado.

O processo de fusão entre as escolas de educação infantil é improvável (embora seja possível que ocorra), porque em maioria as instituições são pequenas (com 50, 100 alunos), e o setor é totalmente segmentado. Não se vê no mercado, por exemplo, uma escola infantil com 5 mil alunos , no máximo 500.

Assim, entendemos que o setor do Ensino Infantil está relativamente estável, podendo ser prejudicado somente pelo aumento da concorrência.

3.2. 2o Grupo: Ensino Fundamental e Médio

Este grupo está passando por uma crise e isto está ocorrendo porque o Estado tem feito investimentos na ampliação da rede pública, gerando uma migração da rede privada, fato este acentuado pela recessão econômica, o desemprego e a queda no crescimento da economia.

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Isso ocorre também porque a capacidade de pagamento do brasileiro é pequena, tornando difícil manter, por exemplo, três filhos na escola privada. Com certeza outro fator que ajudou ao processo de migração são as melhorias que gradativamente vêm sendo feitas na rede pública, agravando a situação das Instituições Privadas de Ensino Fundamental e Médio.

Nesse sentido, temos observado um movimento de fusões de escolas que compõem esse grupo, como forma de se manter no mercado.

Consultores e especialistas acreditam que 25% das escolas terão que se adaptar a essa nova realidade, com a rede pública se desenvolvendo, sendo forte e atuante, e talvez a fusão seja um caminho para evitar o fechamento das instituições.

O setor está passando uma situação delicada, ou seja, deve-se evitar ao máximo a perda de alunos, e, para isso, o controle eficaz da inadimplência pode cooperar para manter a capacidade de investimento na instituição a fim de que ela se torne cada vez mais atraente para seus estudantes.

Assim, entendemos que as instituições de Ensino Fundamental e Médio sofrerão processos de fusão e terão que fazer largos investimentos em infraestrutura para se manterem firmes e atuantes.

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3.3. 3o Grupo: Ensino Superior

Já o terceiro grupo, que são as Instituições de Ensino Superior, teve melhor sorte, porque o número de alunos na rede privada duplicou entre 1994 e 2001.

Havia 1 milhão de alunos matriculados em 1994, passando para 2 milhões em 2001. Em 2009, no Brasil, tínhamos perto de 2.200 Instituições de Ensino Superior, sendo que 2 mil dessas instituições são privadas, somente 200 são da rede pública.

Como vimos, a tendência é que haja uma retração do primeiro e segundo grupo e crescimento do terceiro, tanto em número de alunos quanto instituições.

Todavia, há de se considerar que o estudante que irá usufruir desses serviços deve ser originário das classes C e D, porque são esses segmentos que atualmente estão excluídos do Ensino Superior, ou seja, são os que concentram potencial de crescimento.

Provavelmente teremos uma reorganização do Ensino Superior no que diz respeito a suas mensalidades, porque, segundo especialistas, o brasileiro tem capacidade média de pagamento de U$S 200,00 por mês, uma tendência que, se observarmos a pouca independência financeira do brasileiro, se manterá provavelmente nos próximos 10 anos.

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Portanto, surgirão cursos mais baratos, sem, no entanto, haver perda de qualidade, atributo essencial ao seu funcionamento.

Desta forma, entendemos que as IES devem se preocupar em elevar a qualidade e diminuir o valor das mensalidades como condição para continuar a existir.

Com relação ao cenário educacional, ainda, observamos também o aumento da inadimplência, hoje uma realidade do setor educacional que, no passado, não se caracterizava como ameaça à sua sobrevivência.

Antes do plano de estabilização desencadeado em 1994, a inadimplência ficava camuflada pela aplicação dos recursos financeiros que a maioria das Instituições de Ensino gerava mensalmente. Tendo em vista que esses ganhos eram muito superiores aos índices de inadimplência, não havia grande preocupação com os alunos em débito.

A partir de 1994, com a estabilização da economia e do Plano Real, com a queda da inflação, houve uma queda da correção monetária aplicada sobre as aplicações de “over night”. Boa parte das aplicações passou a gerar ganhos menores comparados àqueles auferidos em tempos de inflação alta, e os índices de inadimplência começaram a ser notados pelos administradores.

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A inadimplência passou a ser um componente importante a ser estudado pelo setor educacional, tanto que há edição de leis específicas quanto ao tratamento que deveria ser aplicado aos inadimplentes, com interferência da Secretaria de Direito Econômico, do Poder Judiciário, do Legislativo e até do Executivo que já baixou medida provisória sobre o assunto, como veremos no capítulo sobre legislação.

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