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DECRETO N.º DE 04 DE DEZEMBRO DE 2013

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DECRETO N.º 10.151 DE 04 DE DEZEMBRO DE 2013

Regulamenta os artigos 121 a 123 da Lei nº 1.517, de 23 de dezembro de 1965, alterado pelas Leis nº 2.193/74 e 5.304/01, que dispõem sobre as consignações em folha de pagamento dos servidores públicos civis, dos aposentados e dos pensionistas da Administração Direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo do Município do Natal; revoga o Decreto n° 6.939 de 18 de abril de 2002, o Decreto n° 7.794 de 05 de dezembro de 2005, o Decreto n° 9.286 de 22 de Dezembro de 2010 e o Decreto 9.596 de 19 de Dezembro de 2011, e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DO NATAL, no uso de suas atribuições e na conformidade do que dispõe o art. 55, inciso IV, da Lei Orgânica do Município de Natal, e tendo em vista o disposto nos artigos 121 a 123 da Lei nº 1.517, de 23 de dezembro de 1965, e modificações posteriores,

DECRETA:

Art. 1º. As consignações em folha de pagamento de servidores, ativos e inativos ou de seus pensionistas, integrantes dos órgãos da Administração direta ou das entidades da Administração indireta e fundacional do Poder Executivo Municipal, serão efetivadas de acordo com as normas determinadas neste Decreto.

§ 1º - Consignações, para os efeitos deste Decreto, são os descontos em folha de pagamento de importância destinada à satisfação de obrigações estabelecidas em lei ou decorrentes de Decisão Judicial e de compromissos assumidos, desde que expressamente autorizadas, mediante contrato ou outro instrumento firmados, com a entidade consignatária, para esse fim.

§ 2º - A SEGELM deverá observar, na elaboração da folha de pagamento, as regras estabelecidas neste Decreto, relativamente às consignações compulsória e facultativa.

Art. 2º. As consignações se classificam em compulsórias e facultativas

§ 1º – Consignação compulsória é o desconto efetuado em folha de pagamento de pessoal por força de lei, por determinação judicial ou por decisão administrativa em favor do Município do Natal, tais como:

a) contribuição para o Plano de Seguridade Social do Servidor Público; b) contribuição para a Previdência Social;

c) pensão alimentícia, decorrente de determinação judicial; d) imposto sobre rendimento de trabalho assalariado; e) reposição e indenização ao erário público;

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f) custeio parcial de benefício e auxílios concedidos pela Administração Municipal direta, autárquica e fundacional;

g) decisão judicial ou administrativa;

h) descontos compulsórios instituídos por lei.

§ 2º – Consignação facultativa é o desconto efetuado em folha de pagamento, não decorrente de Lei, mas de contrato ou de instrumento formal que comprove a prévia e expressa autorização do servidor ou pensionista, relativo à aquisição de bens, produtos ou serviços, observado o disposto no artigo 4º deste Decreto, tais como:

a) mensalidades e anuidades de entidade assistencial ou sindical, de classe, associações e clubes de servidores, instituídas em assembléia geral, para o seu respectivo custeio, na forma do art. 8º, inciso IV, da Constituição da República;

b) mensalidade em favor de cooperativa instituída de acordo com a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, destinada a atender servidor público da Administração Pública Municipal direta, autárquica e fundacional;

c) amortização de empréstimo concedido por estabelecimento de crédito oficial ou privado, autorizado pelo Banco Central do Brasil;

d) prestações e amortizações referentes a financiamento de imóvel residencial obtido em bancos públicos ou privados;

e) contribuições para planos de saúde e odontológico contratados em entidades instituidoras desses produtos ou, ainda, mediante a intermediação de associações e sindicatos;

f) amortização de empréstimos em geral concedidos por instituições financeiras e cooperativas de crédito autorizadas pelo Banco Central do Brasil e entidades abertas de Previdência complementar e seguradora do ramo de vida autorizadas pela SUSEP.

Art. 3º. Considera-se instituição consignatária, para efeitos deste Decreto, o destinatário dos créditos resultantes das consignações compulsória e facultativa, e, consignado, o servidor ou pensionista.

Parágrafo único. Poderão ser consignatárias, em caráter facultativo:

a) Entidades representativas de classe e associações, inclusive as sindicais de qualquer grau, todas constituídas e integradas por servidores públicos municipais ou pensionistas nas condições estabelecidas neste Decreto;

b) Sociedades cooperativas de gêneros alimentícios, constituídas e integradas por servidores públicos ou pensionistas;

c) Sociedades cooperativas de crédito, constituídas e integradas, exclusivamente, por servidores públicos e pensionistas municipais, desde que em conformidade com as exigências da Lei Federal no 5.764 de 16 de Dezembro de 1971, e devidamente registradas no Banco Central do Brasil; d) Entidades instituidoras de plano de previdência complementar, planos de

seguros, planos de saúde e odontológico autorizadas a funcionar em acordo com a Agência Nacional de Saúde;

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e) Entidades bancárias públicas e privadas;

f) Órgãos da Administração pública direta e indireta instituídos pelo Poder Público de qualquer nível de governo.

Art. 4º. A consignação constitui mera sistemática de retenção autorizada de valor em folha de pagamento, colocada à disposição do servidor ou pensionista para facilitar os meios de pagamento de obrigações por estes assumidas, não implicando responsabilidade solidária ou subsidiária do Município de Natal por dívidas ou compromissos assumidos pelos consignados com as entidades consignatárias.

Art. 5º. O valor total do desconto referente à consignação facultativa não poderá exceder a 30% (trinta por cento) da remuneração ou provento mensal do servidor ou pensionista.

§ 1º. Este limite poderá ser elevado até 60% (sessenta por cento) quando se tratar de aquisição de casa própria.

§ 2º. As consignações compulsórias terão preferência sobre as facultativas. § 3º - quando se tratar de reposições ou indenizações devidas ao erário, o desconto mensal correspondente às mesmas, somado aos descontos existentes, não poderá exceder de 1/3 (um terço) da remuneração ou dos proventos do servidor ou do valor da pensão recebida;

§ 4º - quando sobrevier autorização de desconto de valor a título de pensão alimentícia, somado aos descontos existentes, ultrapassar o percentual de 60% (sessenta por cento) da remuneração ou dos proventos mensais do servidor, deverão ser canceladas tantas consignações facultativas quantas sejam suficientes para atender ao desconto mensal de alimentos determinado, observando a preferência da anterioridade dos contratos, notificando-se as partes envolvidas.

§ 5º. As consignações relativas a amortizações de empréstimos e parcelas de juros a ele relativos serão processados de acordo com o prazo do contrato de empréstimo firmado entre a instituição financeira e o servidor, não podendo exceder a 96 (noventa e seis) meses.

§ 6º. Os recursos decorrentes do empréstimo serão liberados pela instituição financeira exclusivamente ao servidor interessado, através de crédito em conta corrente de sua titularidade.

§ 7º. Na hipótese de liquidação antecipada do empréstimo, a instituição financeira deverá comunicar à Prefeitura Municipal de Natal, através do Sistema de Consignação protocolado na SEGELM, em até 72 horas após o término dos prazos de compensação bancária fixados pelo Banco Central do Brasil.

§ 8º. Ultrapassado o limite estabelecido neste artigo, o servidor ou pensionista terá as consignações facultativas por último averbadas suspensas, até que se restabeleça a margem consignável.

§ 9º. As parcelas referentes a empréstimo pessoal cujo valor não tenha sido consignado por insuficiência de margem, em mês ou meses determinados, poderão ser objeto de novo lançamento, a critério da entidade consignatária, a partir do mês

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subsequente à data prevista para o término do contrato, desde que sobre as parcelas não recaiam juros de mora e outros acréscimos pecuniários.

§10º. Prevalecerá sempre o critério da antiguidade entre as consignações de igual classificação e natureza, de modo que a consignação posterior não cancela a anterior.

Art. 6o. A base consignável será calculada somente sobre os valores percebidos de natureza permanente do cargo, não incluindo os de caráter transitórios (ou sobre decisão judicial por força de liminar ou que não tenha sido transitado em julgado).

§ 1º - Consideram-se valores de natureza permanente: salário base, quinquênios, adicionais por tempo de serviço e vantagens incorporadas.

§ 2º - Não são considerados valores de natureza permanente: adicional de férias, funções gratificadas, adicional por periculosidade, adicional por insalubridade, adicional noturno, adicional de serviço extraordinário, adicional de atividades penosas, gratificações gerais e específicas e jetons.

Art. 7º. - As entidades referidas nos incisos “a” a “e” do parágrafo único do art. 3º, poderão serão admitidas como consignatárias desde que apresentem requerimento formal, devidamente acompanhado do Certificado de Registro Cadastral – CRC, expedido pela SEGELM, pertinente ao seu ramo de atividade, além de observadas as demais condições estabelecidas neste Decreto:

I - possuam escrituração e registro contábeis exigidos pela legislação específica e comprometam-se a franquear à Administração Pública o seu exame;

II - apresentem os seguintes documentos:

a) ato constitutivo, estatuto ou contrato social atualizado; b) ata da eleição e do termo de investidura dos diretores atuais; c) procuração estabelecendo poderes aos seus representantes legais;

d) comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; e) alvará de funcionamento com endereço completo da entidade;

f) certidão simplificada da Junta Comercial ou do Registro Civil;

g) certidões negativas do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, da Receita Federal e de débitos fiscais federais, estaduais e municipais;

h) certidão negativa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS; i) certidões dos distribuidores cíveis, criminais, trabalhistas e de cartórios de protesto em nome da entidade;

j) número de conta corrente em nome da entidade, na qual serão feitos os repasses.

§ 1º - A documentação prevista deverá ser apresentada no seu original, ou em cópia autenticada em cartório, devidamente preenchida.

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§ 2º - O credenciamento somente será deferido após o exame da documentação da instituição consignatária, se atendidos os requisitos exigidos.

§ 3º - As instituições de crédito tratadas no artigo 4º deverão possuir autorização de funcionamento expedida pelo Banco Central do Brasil e atender a outras exigências previstas na legislação federal aplicável à espécie.

§ 4º - Em se tratando de instituição financeira cuja matriz não esteja situada no Estado do Rio Grande do Norte, poderá ela apresentar o CRC referente à filial, sediada no Município de natal, cabendo tão somente a esta a representação perante aos servidores e pensionistas municipais.

§ 5º - A SEGELM poderá estabelecer, mediante Portaria, um valor mínimo para desconto decorrente de consignação facultativa, observando o princípio da economicidade.

§ 6º - O Certificado de Registro Cadastral – CRC, somente será expedido pela Secretaria Municipal de Administração e Gestão Estratégica, às entidades que recolherem ao FUNTRAM – Fundo de Treinamento, Manutenção e Pesquisa Administrativa do Município (Lei no 2137/1973) a quantia de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) pelo prazo de 48 meses.

§ 7º - A SEGELM poderá dispensar a exigência do § 6º nos casos de entidades previstas na alínea “a” do paragrafo único do artigo 3o.

§ 8º - Fica isenta de pagamento da taxa de que trata o caput deste artigo a instituição financeira que processar a folha de pagamentos da Prefeitura Municipal do Natal.

§ 9º - O prazo de duração do credenciamento será de 48 (quarenta e oito) meses, devendo as entidades consignatárias promover o seu recadastramento a cada 12 meses conforme o art. 7o desta Lei (decreto).

Art. 8º. O pedido de consignação de pensão alimentícia voluntária será instruído com a indicação do valor percentual de desconto sobre a remuneração, conta bancária para a qual será destinado o crédito e a autorização prévia e expressa do consignatário ou seu representante legal.

Art. 9º. Compete ao titular da SEGELM desde que presente o interesse público, a conveniência e a oportunidade da medida e atendidas às condições exigidas por este decreto, declarar habilitada a consignatária.

Parágrafo único. Somente será habilitado como consignatário facultativo aquele que estiver cadastrado na SEGELM e o beneficiário de pensão alimentícia voluntária.

Art. 10o. Verificada a regularidade e o deferimento da solicitação, a SEGELM autorizará a averbação da consignação, mediante a concessão de código e sub-código de desconto específicos e individualizados, bem como será formalizado o termo de convênio com a entidade consignatária, oportunidade em que a SEGELM se comprometerá com a retenção e o respectivo repasse do valor consignado, a ser

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efetuado no prazo que espaça do quinto (5o) ao décimo quinto (15o) dia do mês subsequente àquele ao qual foram efetuados os respectivos descontos.

Parágrafo único. A verificação do atendimento das condições de que trata o caput deste artigo, bem como da regularidade documental será feita pela Secretaria Adjunta de Gestão de Pessoas – SAGP, da SEGELM.

Art. 11º. As consignações serão averbadas mediante solicitação do consignado, observados os seguintes procedimentos:

I. fornecimento de senha, individual e intransferível, de acesso ao Sistema de Consignação, hospedado no Portal do Servidor;

II. seleção da espécie de consignação desejada;

III. preenchimento do número de parcelas a serem descontadas; IV. seleção da entidade consignatária;

V. efetuação da averbação.

§ 1º. A senha de acesso de que trata o inciso I deste artigo será a mesma senha para a consulta de contracheque pela Internet, no Portal do Servidor.

§ 2º. É permitida a utilização do cartão magnético e senha da conta corrente recebedora dos proventos como substituta da senha de acesso para a instituição financeira que processar a folha de pagamentos.

§ 3º A averbação somente será efetuada, se existir margem consignável, ou seja, o valor a ser consignado, somado a outras consignações pré-existentes, não ultrapassar os limites estabelecidos neste Decreto.

Art. 12º. O servidor poderá renegociar seu empréstimo com consignatária, diversa daquela com a qual tem contrato, por intermédio do Sistema de Consignação, utilizando sua senha de acesso junto à consignatária compradora, desde que atenda as seguintes condições.

I – cumprimento de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) do prazo do contrato; e

II - indicação dos contratos que serão objeto da renegociação.

Art. 13º. A consignatária deve fornecer, em até quatro (04) dias úteis, contados a partir do dia seguinte à solicitação registrada no Sistema, o saldo devedor do contrato objeto de negociação para quitação antecipada, calculado nos termos da regulamentação expedida pelo Banco Central do Brasil, vedada a cobrança de taxa de liquidação antecipada.

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§1º - O saldo devedor fornecido deve ser quitado em até quatro (04) dias úteis, contados a partir do dia seguinte a informação registrada no Sistema Consignação.

§2º - Nos casos em que a consignatária substituída informar valor maior, em virtude de descompasso entre o desconto realizado na remuneração do servidor e o repasse dos recursos, caberá a ela ressarcir ao servidor o valor cobrado a maior, no prazo máximo de quatro (04) dias úteis após a comunicação do fato.

§3º - A liquidação antecipada só pode ser efetivada através de transferência eletrônica disponível (TED), nos termos regulamentados pelo Banco Central do Brasil.

Art. 14º. A consignatária substituída, após o recebimento do crédito específico, estará obrigada, no prazo máximo de quatro (04) dias úteis, contados a partir do dia seguinte ao da informação do pagamento do saldo devedor registrada no Sistema, liquidar o contrato com o servidor

Art. 15o. A SEGELM, para cobertura dos custos operacionais das consignações facultativas, cobrará dos consignatários facultativos, exceto os órgãos da Administração Municipal direta, autárquica e fundacional, e das entidades previstas na alínea “a” do parágrafo único do artigo 3o, a quantia de equivalente a um e meio por cento (1,5%) do valor bruto a serem repassados ou creditados às entidades consignatárias.

§ 1º. O recolhimento dos valores previstos no caput deste artigo será processado, automaticamente, pela SEGELM, sob a forma de desconto, incidente sobre os valores brutos a serem repassados ou creditados às entidades consignatárias, e recolhidos mensalmente ao Tesouro Municipal, pela SEGELM, em conta específica do FUNTRAM – Fundo de Treinamento, Manutenção e Pesquisa Administrativa do Município (Lei no 2137/1973).

§ 2º. Fica isenta de pagamento da taxa de que trata o caput deste artigo a instituição financeira que processar a folha de pagamentos da Prefeitura Municipal do Natal.

Art. 16o. A consignatária que receber qualquer quantia indevida fica obrigada a devolvê-la diretamente ao servidor, em prazo não superior a 10 (dez) dias, a contar da data do repasse.

§ 1º. Decorrido o prazo previsto no caput sem que tenha havido o ressarcimento por parte da consignatária, será suspensa a concessão do seu código de consignação em folha de pagamento.

§ 2º. O ressarcimento do desconto indevido não isenta a consignatária da aplicação das penalidades previstas neste Decreto.

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Art. 17o. Independentemente de solicitação do servidor ou pensionista, uma vez quitado o compromisso assumido no contrato, cuja obrigação financeira foi consignada em folha de pagamento, deverá a entidade consignatária, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados a partir do seu adimplemento, solicitar, ao órgão gestor do sistema, a exclusão do respectivo valor consignado.

Art. 18o. As consignações facultativas poderão ser canceladas pela SEGELM, através da Secretaria Adjunta de Gestão de Pessoas - SAGP, nas seguintes hipóteses:

a) quando violar disposição de Lei; b) por determinação judicial;

c) por superveniência de determinação legal ou judicial que torne inexequível a prestação estipulada;

d) por vício insanável no processo de averbação.

Art. 19o. O prazo de duração do credenciamento será de 12 (doze) meses. Ao término de cada período, a contar da primeira data de credenciamento, as entidades consignatárias deverão promover o seu recadastramento, na forma e no prazo estabelecidos em portaria expedida pela SEGELM.

§ 1º. No caso de não prorrogação do credenciamento, o cancelamento do cadastro deverá ser formalizado em até 30 (trinta) dias, contados da data do seu vencimento.

§ 2º. Caso o Certificado de Registro Cadastral – CRC não seja expedido por não cumprimento do Art. 7o, Inciso II, Itens de “a” a “j”, não caberá o ressarcimento do todo, ou em parte, do pagamento realizado para obtenção do CRC, constante no art. 7o , Inciso II, § 8 o.

Art. 20o. A entidade consignatária deverá conservar em seu poder, pelo prazo de cinco anos, a contar da data do término da consignação, prova do ajuste celebrado com o servidor ou pensionista, bem como a prévia e expressa autorização firmada, por escrito ou por meio eletrônico, para o desconto em folha.

Art. 21o. Cabe, exclusivamente, ao servidor e à entidade consignatária avaliar a possibilidade de ajustar contrato com obrigação consignada, em face das regras contidas neste Decreto, ficando sob a inteira responsabilidade de ambos os riscos advindos da não efetivação dos descontos, sem prejuízo das sanções previstas neste Decreto.

Art. 22o. A SEGELM poderá operar o fornecimento da margem consignável por meio de sistema digital de consignação, a ser disponibilizado por ela à entidade consignatária credenciada.

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Parágrafo único. Nestes casos, a entidade consignatária fica ciente de que deverá operar com o sistema digital de consignação adotado pela SEGELM, responsabilizando-se pelas adequações necessárias à sua utilização.

Art. 23o. A Prefeitura Municipal do Natal deve operar com Sistema de Consignações eletrônico, necessariamente precedido de Licitação, ao tipo adequado ao Município do Natal, considerando o menor valor por linha de inserção.

§ 1º. A empresa selecionada deve necessariamente possuir capacidade técnica para gestão da margem consignável.

§ 2º. A empresa de Portal deve atuar, exclusivamente, no âmbito da gestão de margens.

§ 3º. O sistema de consignações eletrônico não terá nenhum custo financeiro para o Município do Natal, quer seja pela implantação ou operação do sistema;

§ 4º. O sistema deverá manter total e absoluto sigilo das informações financeiras dos agentes envolvidos, servidores e da Prefeitura Municipal de Natal, conforme termo de compromisso a ser firmado.

Art. 24o. Serão aplicadas às consignatárias as seguintes penalidades:

I – advertência, quando a entidade não atender solicitações do órgão gestor do sistema, se do fato não resultar falta mais grave;

II - suspensão preventiva do código de consignação enquanto perdurar procedimento instaurado para verificação de utilização indevida da folha de pagamento ou quando;

a) Do não atendimento de quaisquer das obrigações regulamentadas neste Decreto, em especial os prazos a que se referem o Art. 13º e Art. 14º;

III - cassação do código de consignação, quando:

a) utilizar indevidamente as consignações em folha de pagamento ou processá-la em desacordo com o disposto neste decreto, mediante simulação, fraude, dolo, conluio ou culpa;

b) ceder, a qualquer título, códigos de consignação a terceiros ou permitir que, em seus códigos, sejam procedidas consignações por parte de terceiros;

c) utilizar códigos e subcódigos para descontos não previstos no artigo 2º deste decreto.

d) quando disponibilizar, de qualquer modo, informações financeiras e/ou cadastrais do banco de dados dos servidores da Prefeitura Municipal do Natal para outrem.

§ 1º. A entidade será notificada da infração a ela imputada para oferecimento de defesa no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

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§ 2º. O não acolhimento da defesa ou sua não apresentação no prazo previsto no § 1º deste artigo acarretará a aplicação da penalidade cabível, cuja decisão será publicada no Diário Oficial do Município.

§ 3º. Da decisão que aplicar a penalidade caberá recurso a autoridade imediatamente superior, no prazo de 15 (quinze) dias, mediante requerimento perante a autoridade prolatora da decisão impugnada.

§ 4º. A entidade consignatária apenada com cassação do código de consignação fica impedida de solicitar novo credenciamento pelo período de 5 (cinco) anos.

§ 5°. A aplicação das penalidades referidas nos incisos II e III deste artigo não alcançará situações pretéritas que forem julgadas regulares.

Art. 25. Estarão sujeitas ao descredenciamento as consignatárias que:

I - não utilizarem seus códigos ou subcódigos pelo período de 1 (um) ano; II - não comprovarem a manutenção das condições exigidas neste decreto por ocasião do recadastramento anual;

III - no decurso de um ano forem advertidas por 3 (três) vezes.

Parágrafo único. Na hipótese do inciso III deste artigo, a entidade deverá aguardar, no mínimo, um ano para novo credenciamento.

Art. 26. Para aplicação das penalidades previstas neste decreto, é competente o Secretário Municipal de Administração e Gestão Estratégica.

Parágrafo único. As entidades que não atenderem ao disposto neste artigo terão seus credenciamentos cassados, mantidas as situações pretéritas.

Art. 27. A SEGELM expedirá Portarias com as instruções complementares necessárias à execução deste Decreto.

Art. 28. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente o Decreto n° 6.939 de 18 de abril de 2002, o Decreto n° 7.794 de 05 de dezembro de 2005 e o Decreto 9.596 de 19 de Dezembro de 2011.

Palácio Felipe Camarão, em Natal, RN 04 de dezembro de 2013.

Carlos Eduardo Nunes Alves Prefeito

José Dionisio Gomes da Silva

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