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MESTRADO EM ODONTOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PERIODONTIA DAIANE FERMIANO

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MESTRADO EM ODONTOLOGIA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PERIODONTIA

DAIANE FERMIANO

MOMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE AMOXICILINA E METRONIDAZOL SISTÊMICOS ASSOCIADOS À RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR NO TRATAMENTO DE INDIVÍDUOS

COM PERIODONTITE – RESULTADOS CLÍNICOS

GUARULHOS 2013

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DAIANE FERMIANO

MOMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE AMOXICILINA E METRONIDAZOL SISTÊMICOS ASSOCIADOS A RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR NO TRATAMENTO DE INDIVÍDUOS

COM PERIODONTITE – RESULTADOS CLÍNICOS

Dissertação apresentada à Universidade Guarulhos

para obtenção do título de Mestre em Odontologia

Área de Concentração: Periodontia

Orientador : Prof. Dr. Marcelo de Faveri

Co-orientador: Profa. Dra. Luciene Cristina de Figueiredo

GUARULHOS 2013

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Dedico inteiramente este trabalho aos meus pais Laercio e Marliete, que no decorrer da minha vida sempre me proporcionaram amor, carinho, respeito e conforto. Ensinaram-me a sempre buscar meus objetivos com lealdade, honestidade e confiança, sempre me dando a força que eu preciso, os conselhos que tanto precisei e o amor que me sustenta. Me ensinam com suas experiências que a fé é o que temos de mais valioso quando queremos e almejamos alguma coisa. E se hoje eu cheguei até aqui, é porque eu tenho um alicerce inquebrável chamado: pai e mãe. Por essas e mais outras infinitas razões que eu gostaria de dedicar e homenagear às únicas pessoas eternas: MEU PAI E MINHA MÃE. Meu incansável agradecimento e meu infinito amor.

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Agradecimentos

Primeiramente à Deus, por me abençoar com mais essa conquista e iluminar meus caminhos.

Aos meus pais, eternos amigos e companheiros, que estão sempre ao meu lado. Que me aguentam nas horas de ‘stress’ e mesmo assim me tratam com carinho, amor e compreensão. Agradeço imensamente também toda a ajuda financeira.

Ao Fernando, pelo companheirismo e carinho de sempre. Pela paciência em toda essa minha trajetória profissional. Por me ajudar com artigos e me passar seus conhecimentos. Pela motivação e apoio que me dá de sempre continuar estudando e buscar novos conhecimentos. Foi extremamente fundamental para a realização desse mestrado.

Ao meu irmão Junior e minha cunhada Camila, por estarem sempre ao meu lado.

Ao meus primos Fabiana e Roberto, que de longe sempre torcem por mim, se preocupam comigo e estão sempre presentes quando eu preciso.

Ao meu sobrinho Erick, minha prima Lívia, meu primo Júlio César, e minhas afilhadas Maria Luíza e Manuella, meus amores, minha vida. Eu sempre precisarei do amor de vocês para realizar qualquer coisa na minha vida.

Ao meu orientador Marcelo de Faveri, exímio profissional o qual tento me espelhar. Agradeço a credibilidade, a paciência, o respeito e os conselhos que tanto precisei. Obrigada por toda ajuda na trajetória desse mestrado. Meu eterno agradecimento.

À Maria Josefa Mestnik, que entrou na minha vida do nada, e que hoje é mais do que uma companheira de pesquisa, é minha grande amiga. Jô, muito obrigada pelo carinho e principalmente pela paciência. Obrigada por me acolher nessa pesquisa. Tenho você como exemplo de profissional e pessoa.

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À professora Poliana Mendes Duarte, uma excelente profissional o qual tenho respeito e uma grande admiração. Competência em tudo o que faz, levo como um exemplo a ser seguido. Agradeço pela preocupação que tem comigo tanto no rendimento da faculdade como fora.

Aos professores Luciene, Chambrone, Jamil, Marta e Magda Feres por todos os ensinamentos, os quais foram fundamentais para a minha formação.

Ao Rafael Oliveira Dias, pela ajuda em toda a elaboração deste trabalho, pela ajuda nas triagens. Mas principalmente, agradeço pelo carinho e o companheirismo.

Aos meus amigos Tamires, Tiago, Felipe e Jadson por toda a ajuda na clínica e principalmente pela amizade.

Á Izilvânia, por todos os ensinamentos de laboratório.

À Fundação de Âmparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo auxílio financeiro desta pesquisa (processo: 2011/23034-2)

E à todos que direta ou indiretamente contribuíram para que esse trabalho pudesse dar certo.

O meu eterno agradecimento à todos.

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"Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais. Teus passos ficaram. Olhes para trás... mas vá em frente pois há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te."

Charles Chaplin

"Para sê grande, sê inteiro; nada teu exagera ou exclui; sê todo em cada coisa; põe quanto és no mínimo que fazes; assim em cada lago, a lua toda brilha porque alta vive.”

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RESUMO

O objetivo deste estudo clínico duplo-cego, placebo-controlado foi comparar os efeitos clínicos de diferentes momentos de administração de metronidazol (MTZ) e amoxicilina (AMX) no tratamento da periodontite. Foram selecionados 26 indivíduos com periodontite crônica generalizada (PCrG) e 26 com periodontite agressiva generalizada (PAgG), que foram randomizados em dois grupos terapêuticos (n=26 por grupo, sendo 13 PCrG e 13 PAgG): Teste 1: Raspagem e alisamento radicular (RAR) em 14 dias, associada à uso concomitante de amoxicilina (AMX, 500mg, 3x/dia) e metronidazol (MTZ, 400mg, 3x/dia) durante 14 dias e medicação placebo de AMX e MTZ nos 14 dias seguintes; e Teste 2: RAR em 14 dias, associada ao uso concomitante de medicação placebo de MTZ e AMX durante 14 dias e AMX (500mg, 3x/dia) e MTZ (400mg, 3x/dia) iniciada imediatamente após o término da RAR durante os 14 dias seguintes. Os sujeitos receberam monitoramento clínico no início do estudo e três meses após a terapia. Os parâmetros clínicos avaliados em 6 sítios por dente foram: profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção (NCI), índice de placa visível (IPV), índice de sangramento gengival (ISG), sangramento à sondagem (SS) e supuração (S). Ambos os grupos terapêuticos promovem melhoras em todos os parâmetros clínicos analisados 3 meses após a terapia periodontal (p<0,05), entretanto sem diferenças estatísticas entre eles (p>0,05). Embora sem diferença estatística, os indivíduos do grupo Teste 2 apresentaram uma média inferior de sítios com profundidade de sondagem (PS) ≥ 5mm em comparação ao grupo Teste 1 (5,50 ± 3,12 em versus 7,03 ± 4,87, respectivamente). Ambas terapias reduziram igualmente a média de PS (Teste 1: 3,76 ± 0,82 mm e Teste 2: 4,02 ± 0,81 mm) e ganho de NCI (Teste 1: 3,07 ± 1,00 mm e Teste 2: 3,23 ± 1,02 mm) em sítios inicialmente profundos (PS≥7 mm). A administração de MTZ+AMX durante ou logo após a terapia de RAR são igualmente efetivos no tratamento da periodontite.

Palavras-chave: Periodontite crônica. Metronidazol. Amoxicilina. Terapia

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ABSTRACT

The aim of the present double-blinded, placebo-controlled clinical trial was to compare the clinical effects of different timing of administration of metronidazole (MTZ) and amoxicillin (AMX) in the treatment of generalized periodontitis. Twenty six subject with generalized chronic periodontitis (GChP) and 26 with generalized aggressive periodontitis (GArP), weew randomly distribute into two groups (n=26 per group, being 13 PCrG and 13 PAgG): Test 1: scaling and root planing (SRP) during 14 days, combined with MTZ (400mg/TID/14 days) and AMX (500 mg/TID/14 days) administered in the beginning of SRP and placebo medication of the AMX and MTZ 14 days after; test 2: SRP during 14 days, combined with placebo medication with AMX e MTZ during 14 days and AMX (500mg/TID) and MTZ(400mg/TID) administered immediately after SRP during 14 days. The subjects received clinical monitoring at baseline and three months post-therapy. The clinical parameters evaluated in 6 sites of tooth were: probing depth (PD), clinical attachment, plaque accumulation, gingival bleeding, bleeding on probing and suppuration. Both treatment groups led to clinical benefits in all clinical parameters at 3 months post-therapy (p<0.05), without statistical difference between them (p>0.05). Although without statistical difference, the subjects from Test 2 group presented a lower mean of the sites with PD ≥ 5 mm in comparison to Test 1 group (5.50 ± 3.12 versus 7.03 ± 4.87, respectively) (p>0.05). Both therapies presented a similar PD reduction (Test 1: 3.76 ± 0.82 mm and Test 2: 4.02 ± 0.81 mm) and gain in clinical attachment level (Test 1: 3.05 ± 1.00 mm and Test 2: 3.23 ± 1.02 mm) at initially deep sites (PD ≥ 7 mm). The administration of the MTZ and AMX during or immediately after SRP are same effective in the periodontitis treatment.

Key-words: Chronic Periodontal Disease, Metronidazole, Amoxicillin, Periodontal Therapy.

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Média (± DP) dos parâmetros clínicos, no exame

inicial e 3 meses pós terapia para os indivíduos nos 2 grupos terapêuticos...

TABELA 2 Média e percentual (±DP) do número de sítios com PS

> 5mm e > 6mm inicial e 3 meses pós terapia...

TABELA 3 Média das alterações de profundidade de sondagem e

nível clínico de inserção ocorridas entre a consulta inicial e 3 meses pós terapia nos dados de boca toda, bem como de sítios inicialmente moderados (PS 4-6mm) e profundos (PS >7mm) nos 2 grupos terapêuticos...

TABELA 4 Número (%) de indivíduos apresentando baixo (<4

sítios com PS>5mm), moderado (5-8 sítios com PS>5mm) e alto (>9 sítios com PS>5mm) risco para progressão de doença periodontal segundo Lang e Tonetti (2003), bem como apresentando 0, 1-2 ou >3 sítios com PS>6mm 3 meses pós terapia...

TABELA 5 Média e percentual (SD) de sítios com PS>5mm e

>6mm no início do estudo e aos 3 meses pós terapia em indivíduos com periodontite agressiva generalizada e periodontite crônica para ambos os grupos terapêuticos...

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13 1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

As periodontites são infecções que acometem as estruturas de proteção e sustentação dos dentes, levando à perda de inserção, de tecido ósseo, e eventualmente do elemento dentário (Socransky & Haffajee, 1994), sendo classificadas na forma crônica ou na forma agressiva (Armitage, 1999). A periodontite crônica, subdividida em localizada e generalizada, é mais prevalente em adultos, sua progressão pode variar de lenta a moderada e é normalmente consistente com a presença de fatores locais (ex.: biofilme, cálculo, iatrogenias). Já a periodontite agressiva, também subdividida em localizada e generalizada, apresenta características clínicas e laboratoriais claramente identificáveis, o que a torna suficientemente diferente da periodontite crônica (Lang et al., 1999). É uma infecção que acomete indivíduos sistemicamente saudáveis, caracterizada por uma grande perda de inserção clínica associada a uma rápida destruição óssea alveolar, atingindo normalmente indivíduos jovens (Tonetti E Mombeli, 1999; Armitage, 1999; Lang et al., 1999).

A raspagem e alisamento radicular (RAR) é a terapia periodontal mais comumente utilizada para o tratamento periodontal. Apesar de levar, na maioria das vezes, a uma melhora nos parâmetros clínicos periodontais, a RAR é muitas vezes insuficiente para modificar profundamente o perfil bacteriano patogênico para um perfil relacionado à saúde periodontal, principalmente em casos de doenças mais avançadas e generalizadas ou associadas a fatores de risco, como o fumo (Haffajee et al., 1997; Cugini et al., 2000; Carvalho et al., 2005; Matarazzo et al., 2008, Mestnik et al. 2010).

Os principais objetivos da terapia periodontal são: reduzir a profundidade de sondagem (PS), sangramento à sondagem (SS) e supuração, além de promover um ganho no nível de inserção clínica (NIC) e mantê-los estáveis a longo prazo. Esses objetivos clínicos são alcançados quando os níveis, proporções e percentual dos sítios colonizados por patógenos periodontais do complexo laranja e, principalmente, do complexo vermelho são efetivamente reduzidos após a terapia, e uma nova comunidade bacteriana com maiores

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14 proporções de bactérias compatíveis com saúde é estabelecida na cavidade oral (Socransky & Haffajee, 2005; Teles et al., 2006).

Sendo assim, outras terapias coadjuvantes à RAR, como os antibióticos sistêmicos, têm sido propostos com o objetivo de potencializar os efeitos clínicos e microbiológicos desta terapia (Herrera et al., 2002; Haffajee et al., 2003; Herrera et al., 2008, Mestnik et al., 2010, Sgolastra et al., 2012a, 2012b).

Estudos mostraram excelentes resultados clínicos e microbiológicos utilizando a associação de antibióticos sistêmicos, principalmente a associação do metronidazol (MTZ) e da amoxicilina (AMX) no tratamento das periodontites agressivas (Guerrero et al., 2005, Mestnik et al., 2010, Mestnik et al., 2012) e na periodontite crônica (Pavicic et al., 1994; López et al., 1998, 2000; Winkel et al., 2001; López et al., 2006; Dannewitz et al., 2007; Moeintaghavi et al., 2007; Matarazzo et al., 2008, Silva et al. 2011, Feres, et al., 2012). Em geral, os estudos mostram benefícios clínicos e microbiológicos com a utilização dos antibióticos sistêmicos; benefícios esses que variam de acordo com o tipo de droga administrada, com a população estudada e, principalmente, com a adesão dos pacientes ao protocolo terapêutico (Guerrero et al., 2007). Os antibióticos sistêmicos parecem ter um importante papel no tratamento das periodontites, principalmente nos casos mais avançados, pois muitos desses pacientes não respondem bem à terapia periodontal mecânica convencional (Califano et al., 2003; Slots et al., 2004). Revisões sistemáticas avaliaram estudos sobre a utilização de diferentes antibióticos sistêmicos em periodontia e sugerem que estes potencializam os efeitos clínicos da RAR, seja em indivíduos com periodontite agressiva (Herrera et al., 2002; Haffajee et al., 2003, Sgolastra et al., 2012a) ou com com periodontite crônica (Sgolastra et al., 2012b). Nove das 10 comparações realizadas na revisão de Haffajee et.al. (2003), mostraram que os indivíduos que tomaram um antibiótico sistêmico, em combinação com a RAR, tiveram um maior ganho na média de nível clínico de inserção em comparação àqueles indivíduos que receberam RAR somente. Em uma recente meta-análise sobre o uso de MTZ+AMX no tratamento das periodontites agressivas (Sgolastra et al., 2012a) e das periodontites crônicas (Sgolastra et al., 2012b) demonstraram que os indivíduos com periodontite agressiva e periodontite crônica que receberam MTZ+AMX apresentaram um

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15 significativo ganho de inserção clínica (MD: 0,42mm e 0,21mm, respectivamente), além de uma redução significativa de PS (MD: 0,58mm e 0,43mm, respectivamente). Os autores relatam que mais estudos bem conduzidos são necessários para corroborar com os resultados apresentados e que ainda existem dúvidas em que momento administrar o MTZ+AMX nestes indivíduos.

A questão de em que momento da terapia periodontal administrar MTZ+AMX foi sugerida por Herrera et al. (2008) durante o 6th European

Workshop of Periodontology. Os autores descrevem que os resultados de sua

revisão sistemática devem ser interpretados com cuidado, devido a falta de comparação direta destes diferentes protocolos. Entretanto, eles concluem que o momento de administração de MTZ+AMX podem influenciar nos resultados clínicos alcançados ao longo do tempo. Os autores sugerem que a administração da antibioticoterapia deva ser iniciada imediatamente após o término da RAR. Loesche & Giordano (1994) compararam os resultados clínicos e microbiológicos alcançados por dois estudos clínicos independentes que tiveram como objetivo avaliar a eficácia clínica do uso de MTZ administrado logo após o término da RAR (Loesche et al., 1992) e do uso de MTZ administrado no início da RAR (Loesche et al., 1991). Os autores relatam benefícios adicionais na redução da PS e no ganho de inserção clínica em sítios com PS>7mm para os indivíduos que receberam o MTZ imediatamente após a RAR (p<0,05). Loesche & Giordano (1994) e Herrera et al. (2008) justificam estes resultados devido a melhor eficácia dos antibióticos em um biofilme desorganizado. Desta forma, efetuada a RAR e com isso desorganizando o biofilme subgengival, os antibióticos sistêmicos teriam melhores efeitos no tratamento periodontal. Todavia, ainda faltam comparações diretas entre estes protocolos terapêuticos para confirmar tais achados.

Dentre os vários estudos clínicos randomizados e controlados que testaram a eficácia clínica da associação sistêmica de antibióticos no tratamento periodontal, alguns iniciaram o uso da antibioticoterapia ao mesmo tempo que a RAR (Feres et al., 2001, Guerrero et al., 2005, Haffajee et al., 2007, Haffajee et al., 2008, Dastoor et al., 2007, López et al., 2006, Hass et al., 2008, Matarazzo et al., 2008, Ribeiro et al., 2009, Mestnik et al., 2012, Silva et

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16 al., 2011, Feres et al., 2012, Casarin et al., 2012, Goodson et al., 2012, Yek et al. 2010), logo após a RAR (Sigusch et al., 2001, Rooney et al., 2002, Sampaio et al., 2011, Varella et al., 2011, Cionca et al., 2009, Oteo et al., 2010, Cionca et al., 2010, Ehmke et al., 2005, Mombelli et al., 2005, Xajigeorgiou et al., 2006, Baltacioglu et al., 2011) e ainda antes do início da RAR (Ramberg et al., 2001, Yashima et al., 2009, Gomi et al., 2007). Todavia, a maioria destes estudos, independentemente do momento de administração dos antibióticos sistêmicos (MTZ; MTZ+AMX e Azitromicina) apresentaram resultados clínicos e microbiológicos benéficos pela associação dos antibióticos. Entretanto, não existem até o presente momento, estudos clínicos controlados e randomizados que estudaram qual seria o momento ideal de administração destes agentes farmacológicos no tratamento periodontal.

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17 2. PROPOSIÇÃO

Comparar os efeitos clínicos de dois diferentes momentos de administração de MTZ e AMX sistêmicos (durante ou após a terapia de RAR) no tratamento da periodontite generalizada.

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18 3. MATERIAL E MÉTODO

3.1. Seleção da amostra

Cinquenta e dois indivíduos portadores de periodontite, sendo 26 indivíduos com periodontite agressiva generalizada e 26 indivíduos com periodontite crônica generalizada, que compareceram na Clínica Odontológica da Universidade Guarulhos no período correspondente de abril/2011 a setembro/2012, foram selecionados para a participação no estudo. Os participantes foram informados dos objetivos do estudo, de seus riscos e benefícios, incluindo os tipos de medições clínicas, coletas e terapias. Os pacientes que concordaram em participar do estudo assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, responderam a um questionário de saúde/anamnese e receberam a terapia periodontal gratuitamente, estando de acordo com as diretrizes e normas do Conselho Nacional de Saúde (Resolução n 196/96). O projeto foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Guarulhos(ANEXO A).

3.2. Critérios de inclusão e exclusão

Critérios de inclusão

Para a inclusão no estudo, a seleção dos participantes respeitaram os seguintes critérios (AAP, 1999):

Periodontite agressiva generalizada (PAgG)

- Idade igual ou inferior a 30 anos;

- Mínimo 20 dentes, excluindo-se os terceiros molares;

- Mínimo de 6 dentes com pelo menos 1 sítio interproximal apresentando profundidade de sondagem > 5mm e nível clínico de inserção entre 5 e 10mm, não contíguos, localizados nas regiões de molares e incisivos; e mais 6 dentes com as mesmas características clÍnicas localizados em outros grupos dentários, além de 30% dos sítios com PS e NIC >4mm.

Periodontite crônica generalizada (PCrG)

- Idade superior a 30 anos;

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19 - Mínimo de 6 dentes não contíguos com pelo menos 1 sítio interproximal apresentando profundidade de sondagem (PS) e nível clínico de inserção (NIC) > 5mm e mais do que 30% dos sítios com PS e NIC >4mm.

Critérios de exclusão

Os critérios de exclusão foram os seguintes: - Fumantes;

- Pacientes grávidas ou lactantes;

- História de tratamento periodontal nos últimos seis meses; - História de antibioticoterapia nos últimos seis meses;

- História de uso de anti-sépticos bucais nos últimos seis meses;

História de doença sistêmica que comprometa a resposta do hospedeiro ou exija medicação profilática ao tratamento (exemplo: diabetes mellitus, obesidade mórbida, etc.);

- Relato de alergia à amoxicilina e metronidazol.

3.3. Delineamento do estudo

Os indivíduos selecionados para participar deste estudo duplo-cego, foram aleatoriamente distribuídos por meio de uma tabela de números equiprováveis gerada pelo site http://www.randomized.com em 2 grupos terapêuticos. Esta randomização foi realizada separadamente para os indivíduos com PAgG e PCrG. Assim sendo, cada grupo terapêutico apresentou 26 indivíduos, sendo 13 indivíduos com PAgG e 13 com PCrG. Para o cálculo dessa amostragem foi realizado cálculo de potência onde a variável de interesse foi a diferença no número de sítios residuais apresentando PS ≥ 5mm. Baseado em estudos prévios (Feres et al. 2012, Mestnik et.al. 2012) estipulou-se uma diferença de 4 sítios entre os grupos e um desvio padrão de 5 sítios. Baseado nestes valores, foi calculada uma potência de 80% para uma amostragem de 24 indivíduos por grupo. Considerando uma taxa de 10% de desistência durante o curso do estudo, optou-se por incluir 26 indivíduos por grupo. Os indivíduos foram distribuídos em dois grupos terapêuticos, sendo que ambos os grupos receberam 14 dias de medicação antibiótica e 14 dias de medicação placebo. Os grupos foram

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20 diferenciados em relação ao momento de início da terapia antibiótica e placebo, sendo distribuídos em:

Teste 1 (T1): Raspagem e alisamento radicular (RAR) em 14 dias, associada à

uso concomitante de amoxicilina (500mg, 3x/dia) e metronidazol (400mg, 3x/dia) durante 14 dias e medicação placebo de AMX e MTZ nos 14 dias subsequentes.

Teste 2 (T2): RAR em 14 dias, associada à uso concomitante de medicação

placebo de MTZ e AMX durante 14 dias e amoxicilina (500mg, 3x/dia) e metronidazol (400mg, 3x/dia) iniciada imediatamente após o término da RAR durante os 14 dias seguintes.

Inicialmente, todos os pacientes receberam monitoramento clínico, de acordo com o protocolo especificado na sessão seguinte (3.4. Monitoramento

clínico), seguido de raspagem supragengival (RSP) de todos os dentes e

instrução de higiene oral. Todos os voluntários foram orientados a utilizar o mesmo dentifrício contendo triclosan/gantrez (Colgate Total, Anakol Ind. Com. Ltda- Kolynos do Brasil - Colgate Palmolive Co, São Bernardo do Campo, SP, Brazil). A terapia básica de raspagem (RAR) foi realizada de 4 a 6 sessões e finalizada em 14 dias. Os indivíduos dos 2 grupos experimentais (Teste1 e Teste 2) receberam os medicamentos com orientação e acompanhamento da administração. Indivíduos do grupo Teste 1 receberam RAR combinado com 1,5g/dia de AMX (500mg de 8/8 horas) combinado com 1,2g/dia de MTZ (400 mg de 8/8hs) durante os primeiros 14 dias, seguidos de comprimidos placebo (MTZ e AMX) por mais 14 dias. Por outro lado, os indivíduos do grupo Teste 2 receberam RAR combinado com comprimidos placebo (AMX e MTZ) durante 14 dias seguidos de 1,5g/dia de AMX (500mg de 8/8 horas) combinado com 1,2g/dia de MTZ (400mg de 8/8hs) durante os próximos 14 dias. Os antibióticos e placebos foram manipulados especialmente para este estudo em uma Farmácia de Manipulação (Gallen Farmácia e Manipulação Ltda. Maringá/ PR). Todas as cápsulas apresentaram a mesma coloração e tamanho, e foram estocados em frascos plásticos leitosos com 21 unidades, devidamente codificados. Quanto ao controle da ingestão dos medicamentos nos intervalos pré-determinados, os indivíduos foram orientados a retornar na semana

(21)

21 seguinte à clínica trazendo o frasco antigo para depois receberem outro frasco contendo a medicação ou placebo. Assim foi possível realizar a contagem de conferência dos medicamentos ingeridos. Além disso, também foram monitorados pessoalmente durante os procedimentos de RAR ou via telefone para acompanhamento da adesão ao protocolo terapêutico. Após o término do período de administração da droga e/ou placebo, os indivíduos responderam a um questionário sobre possíveis reações adversas da medicação(ANEXO B).

Devido à característica duplo-cego do estudo os profissionais responsáveis pelo tratamento e os indivíduos participantes não tiveram conhecimento sobre a terapia periodontal recebida. Além disto, o profissional que realizou os exames clínicos não foi o mesmo que realizou os procedimentos terapêuticos.

3.4 Monitoramento clínico

O monitoramento clínico foi realizado no momento inicial (-14 dias) e 3 meses após o término da terapia de RAR por meio de sondas periodontais manuais (PCPUNC - BR15, HuFriedy do Brasil, RJ, Brasil). Um examinador foi treinado e calibrado com o objetivo de se conseguir a máxima reprodutibilidade nas medições realizadas. A metodologia utilizada para a calibração foi preconizada por Araujo et al. (2003) onde se avaliou o erro padrão da medida (e.p.m) para os parâmetros clínicos periodontais contínuos (profundidade de sondagem – PS e nível clínico de inserção- NCI). O e.p.m. intra-examinador demonstrou que o mesmo obteve 0,21mm e 0,24 mm para a PS e NCI, respectivamente. Para as variáveis categóricas (índice de placa visível e índice de sangramento gengival), considerando somente a presença ou a ausência do parâmetro clínico, foi realizada a média do nível de concordância entre o examinador. O examinador foi apresentado à uma concordância superior a 90% (Teste Kappa).

As mensurações clínicas foram realizadas em 6 sítios por dente (mesiovestibular, médio-vestibular, distovestibular, mesiolingual, médio-lingual, distolingual), em todos os dentes (exceto terceiros molares). Os seguintes parâmetros clínicos foram avaliados:

* Índice de Placa Visível – IPV (Ainamo e Bay, 1975): Observa-se a presença

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22 dos dentes. A ausência de placa recebe o escore 0 (não-visível) e a presença de placa recebe o escore 1 (visível).

* Índice de Sangramento Gengival – ISG (Ainamo e Bay, 1975): Observa-se a

presença ou ausência de sangramento na gengiva marginal após percorrer levemente com a sonda periodontal ao longo do sulco gengival. A ausência de sangramento recebe o escore 0 e a presença de sangramento recebe escore 1.

* Profundidade de Sondagem – PS: Distância, em milímetros, entre a margem

gengival livre e a porção mais apical sondável do sulco/bolsa periodontal.

* Nível Clínico de Inserção – NCI: Distância, em milímetros, entre a junção

esmalte-cemento e a porção mais apical sondável do sulco/bolsa periodontal.

* Sangramento à Sondagem – SS: Presença (escore 1) ou ausência (escore 0)

de sangramento até 20 segundos após a sondagem com sonda periodontal milimetrada.

* Supuração – SUP: Presença (escore 1) ou ausência (escore 0) de supuração

até 20 segundos após a sondagem com sonda periodontal milimetrada.

3.5 Procedimentos terapêuticos

Terapia periodontal básica

Após o exame clínico, os indivíduos foram submetidos à raspagem supragengival (RSP) e instruções de higiene oral (IHO). Em seguida, receberam de 4 a 6 sessões de raspagem e alisamento radiculares (RAR) com curetas Gracey, números 5/6, 7/8, 11/12 e 13/14 (Hu-Friedy, Chicago, EUA), sob anestesia local com BioPressin® - cloridrato de prilocaína a 3%, felipressina 0,03UI (Dentsply Ind. e Com. Ltda, Petrópolis, RJ, Brasil). Estas sessões de RAR tiveram uma duração de aproximadamente 1 hora e foram realizadas em 14 dias. O tratamento periodontal recebido foi gratuito durante toda a duração do estudo. As outras necessidades de tratamento odontológico, quando observadas, foram encaminhadas às demais disciplinas da Clínica de Odontologia da Universidade Guarulhos.

3.6 Variável primária e variáveis secundárias de avaliação

A variável primária de avaliação no presente estudo foi a diferença entre os grupos terapêuticos no número de sítios residuais com PS ≥ 5mm aos 3 meses pós-terapia. As variáveis secundárias foram a diferença entre os grupos

(23)

23 no ganho de inserção clínica e redução de PS entre o início e 3 meses pós-terapia na avaliação de boca-toda, em sítios inicialmente intermediários (PS 4-6mm) e profundos (PS≥ 7mm); alterações ocorridas no decorrer do estudo em todos os parâmetros clínicos, número de indivíduos apresentando risco baixo, moderado e alto para progressão de doença, e de indivíduos com 0, 1-2 ou ≥ 3 sítios com PS ≥ 6mm, aos 3 meses pós-terapia; e número de sítios com PS≥ 5mm ou ≥ 6 mm em indivíduos com PAgG e PCrG em ambos os grupos terapêuticos.

3.7 Análise estatística

A média das medidas clínicas de PS e NCI, assim como a média da porcentagem de sítios apresentando placa visível (PV), sangramento gengival (SG), sangramento à sondagem (SS) e supuração (SUP), PS ≥ 5mm e PS ≥ 6mm, foram computados para cada indivíduo e, posteriormente, dentro de cada grupo. O teste Shapiro–Wilk foi aplicado para verificar a normalidade da amostra. As diferenças dentro de cada grupo, entre o início do estudo e 3 meses após a terapia foram avaliadas utilizando o teste T de “Student” pareado. O teste T de “Student” não pareado foi utilizado para examinar diferenças entre os grupos terapêuticos nos diferentes tempos experimentais. O teste qui-quadrado foi utilizado para comparar as diferenças na frequência de gênero, de indivíduos apresentando diferentes categorias de sítios residuais aos 3 meses de acompanhamento e da auto-percepção de efeitos adversos. A significância estatística foi estabelecida em 5% (p<0,05).

(24)

24 4. RESULTADOS

A Figura 1 apresenta o fluxograma do estudo. Cinquenta e dois indivíduos foram incluídos nesse estudo, sendo que todos os indivíduos compareceram na consulta de 3 meses após a terapia. Assim sendo, cada grupo apresentou 26 indivíduos e os dados clínicos foram avaliados no início e 3 meses após a terapia. De uma maneira geral, efeitos adversos foram reportados (Anexo A) por 4 indivíduos do grupo Teste 1 e 5 indivíduos do grupo Teste 2. Tais efeitos incluíram: diarreia gosto metálico; vômito e irritabilidade. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos que ingeriram antibióticos no mesmo momento ou logo após a RAR em relação ao relatório individual de efeitos adversos (p >0,05). Todos os indivíduos relataram que caso seja necessário tomariam novamente os medicamentos. Dos 52 indivíduos que foram avaliados, todos relataram total aderência ao protocolo terapêutico empregado.

A tabela 1 apresenta as características demográficas e os parâmetros clínicos deboca toda no início do estudo e 3 meses após a terapia periodontal para ambos os grupos terapêuticos. No início do estudo não houve diferenças significativas entre os grupos para nenhum dos parâmetros avaliados (p>0,05). Ambos os grupos terapêuticos promovem melhoras em todos os parâmetros clínicos analisados em 3 meses após a terapia periodontal empregada (p<0,05, Tabela 1). Entretanto, não foram observadas diferenças estatísticas entre o grupo que utilizou AMX e MTZ durante ou após a terapia de raspagem e alisamento radicular (p>0,05).

(25)

25 450 indivíduos triados 398 excluídos 26 PAgG randomizados RAR+MTZ+AMX /ÍNICIO n=26 Indivíduos excluídos: n=0 n=26 completos n=26 analisados Distribuição 3-meses

Figura 1. Fluxograma do delineamento do estudo. RAR, raspagem e alisamento

radicular; AMX, amoxicilina; MTZ, metronidazol.

26 PCG randomizados Indivíduos excluídos n=0 n=26 completos n=26 analisados Indivíduos excluídos n=0 n=26 completos n=26 analisados Indivíduos excluídos n=0 n=26 completos n=26 analisados RAR+MTZ+AMX/FINAL n=26 RAR+MTZ+AMX /ÍNICIO n=26 RAR+MTZ+AMX/FINAL n=26

(26)

26

A Tabela 2 mostra as médias e o percentual do número de sítios com PS ≥ 5mm e ≥ 6mm, no início e 3 meses após a terapia. Não foram observadas diferenças em relação a estes parâmetros no início do estudo e 3 meses após a terapia. Apesar de não haver diferenças estatísticas, os indivíduos do grupo Teste 2 apresentaram uma média inferior de sítios com PS > 5mm em comparação ao grupo Teste 1 (5,50 ± 3,12 e 7,03 ± 4,87, respectivamente) (p>0,05).

Tabela 1. Média (± DP) dos parâmetros clínicos de boca toda, no exame inicial e 3 meses pós terapia para os indivíduos nos 2 grupos terapêuticos.

Grupos terapêuticos Variável Tempo Atb/durante n=26 Atb/após n=26 t-Student (p-valor) Gênero (M/F) Início 10/16 12/14 0,57450

Idade (anos) Início 35,66 ± 8,88 34,65 ± 12,32 0,61096

Início 3,98 ± 0,52A 4,10 ± 0,53 A 0,40874 PS (mm) 3 meses 2,65 ± 0,21 B 2,61 ± 0,17 B 0,46861 NCI (mm) Início 4,37 ± 0,82 A 4,42 ± 0,82 A 0,84659 3 meses 3,27 ± 0,71 B 3,16 ± 0,72 B 0,59152 % sítios com Início 61,5 ± 16,8 A 67,3 ± 14,3 A 0,19225 IPV 3 meses 31,2 ± 13,8 B 38,4 ± 17,5 B 0,10370 Início 17,4 ± 14,4 A 20,0 ± 20,8 A 0,14330 ISG 3 meses 5,0 ± 4,2 B 7,9 ± 8,8 B 0,14826 Início 48,9 ± 14,3 A 52,5 ± 15,5 A 0,38328 SS 3 meses 6,0 ± 6,9 B 6,3 ± 9,5 B 0,90584 Início 0,5 ± 1,0 A 0,2 ± 0,4 A 0,28431 Supuração 3 meses 0,0 ± 0,0 B 0,0 ± 0,0 B p>0,05

As diferenças significantes entre o início e 3 meses pós-terapia foram testadas pelo teste t-Student para amostras pareadas (letras maiúsculas indicam as diferenças existentes entre os tempos experimentais p<0,05). As diferenças estatísticas entre os grupos nos tempos experimentais foram testadas pelo teste t-Student . Diferenças na distribuição do gênero entre os grupos foi testada pelo teste Qui-quadrado (*). Atb, antibiótico sistêmico (metronidazol + amoxicilina); PS, profundidade de sondagem; NCI, nível clinico de inserção; SD, desvio padrão. Todos os indivíduos receberam raspagem e alisamento radicular.

(27)

27

A tabela 3 apresenta para ambos os grupos as reduções ocorridas entre a consulta inicial e 3 meses após a terapia, nas médias dos parâmetros de profundidade de sondagem e nível clínico de inserção, para a avaliação de boca toda, bem como para os sítios inicialmente moderados (PS 4-6mm) e profundos (PS≥ 7mm). Ambas as terapias proporcionaram reduções nas médias dos parâmetros avaliados, entretanto sem diferenças significantes entre os grupos terapêuticos (p>0,05)

O número e o percentual de indivíduos apresentando baixo (<4 sítios com PS ≥ 5mm), moderado (5-8 sítios com PS ≥ 5mm) e alto (≥ 9 sítios com PS > 5mm) risco para progressão de doença periodontal de acordo com Lang e Tonetti (2003), bem como apresentando 0, 1-2 ou ≥ 3 sítios com PS ≥ 6mm 3 meses após a terapia estão apresentados na tabela 4. Não foram observadas diferenças entre os grupos na distribuição de indivíduos nos diferentes níveis de risco para a progressão da doença periodontal. Observa-se que 46,1% (12 indivíduos) e 53,8% (14 indivíduos) do grupo teste 1 e teste 2, respectivamente, apresentam um perfil clínico de baixo risco para a progressão de doença 3 meses após a terapia periodontal. Por outro lado, apenas 6 (23.2%) e 4 indivíduos nos grupos Teste 1 e Teste 2, respectivamente permaneceram com um padrão de alto risco de progressão aos final do período experimental.

Tabela 2. Média ±DP (percentual ±DP) do número de sítios com PS > 5mm e

com PS ≥ 6mm no exame inicial e 3 meses após a terapia.

Grupos Terapêuticos t-Student

Variável Tempo Atb/durante

n=26 Atb/após n=26 (p-valor) PS≥ 5mm Início 52,88 ± 17,42a (35,9 ± 12,4) 53,73 ± 14,99 a (37,1 ± 11,8) 0,85198 3 meses 7,03 ± 4,87b (4,8 ± 3,3) 5,50 ± 3,12 b (2,7 ± 2,1) 0,14482 PS≥ 6mm Início 29,57 ± 15,23 (6,2 ± 6,1) 31,73 ± 14,92 (9,7 ± 7,8) 0,85198 3 meses 1,92 ± 2,71 (1,3 ± 1,8) 1,30 ± 1,54 (0,9 ± 1,1) 0,31942

As diferenças estatísticas entre os tempos foram testadas pelo teste t-Student para amostras pareadas (Diferenças nas letras indica significância entre os tempos). A significância da diferença entre os grupos em cada momento foi avaliada usando o teste t-Student.

Atb, antibiótico sistêmico (metronidazol+amoxicilina); PS, profundidade de sondagem; DP, desvio padrão. Todos os indivíduos receberam raspagem e alisamento radicular

(28)

28

Tabela 4. Número (%) de indivíduos apresentando baixo (<4 sítios com

PS>5mm), moderado (5-8 sítios com PS>5mm) e alto (>9 sítios com PS>5mm) risco para progressão de doença periodontal segundo Lang e Tonetti (2003), bem como apresentando 0, 1-2 ou >3 sítios com PS>6mm aos 3 meses pós terapia.

Categoria Grupos terapêuticos

t-Student PS Variável Atb/durante n=26 Atb/após n=26 (p-valor) ≥4 12 (46,1%) 14 (53,8%) PS>5mm 5-8 8 (30,7%) 8 (30,7%) 0,7581 ≥9 6 (23,2%) 4 (15,5%) 0 11 (42,3%) 12 (46,1%) PS>6mm 1-2 8 (30,7%) 9 (34,6%) 0,6147 ≥3 7 (27,0%) 5 (19,3%)

As As diferenças entre os grupos foram testadas pelo teste Qui-Quadrado.

Atb, antibiótico sistêmico (metronidazol + amoxicilina), PS, profundidade de sondagem. Todos os indivíduos receberam raspagem e alisamento radicular.

Tabela 3. Média das reduções de profundidade de sondagem e nível clínico de

inserção ocorridas entre a consulta inicial e 3 meses pós terapia nos dados da avaliação de boca toda, bem como de sítios inicialmente moderados (PS 4-6mm) e profundos (PS >7mm) nos 2 grupos terapêuticos.

Grupos terapêuticos

t-Student

Variável Tempo Atb/durante

n=26

Atb/após n=26

(p-valor)

Boca PS (mm) 0-3 meses 1,31 ± 0,54 1,49 ± 0,48 0,22964

toda NCI (mm) 0-3 meses 1,10 ± 0,47 1,24 ± 0,43 0,16714

PSi PS (mm) 0-3 meses 1,81 ± 0,41 1,91 ± 0,33 0,31871

4-6mm NCI (mm) 0-3 meses 1,54 ± 0,42 1,59 ± 0,42 0,72566

PSi PS (mm) 0-3 meses 3,76 ± 0,82 4,02 ± 0,81 0,26439

≥7mm NCI (mm) 0-3 meses 3,07 ± 1,00 3,23 ± 1,02 0,57577

As diferenças estatísticas entre os grupos nos tempos experimentais foram testadas pelo t-test.

Atb, antibiótico sistêmico (metronidazol + amoxicilina) PSi, início profundidade de sondagem, PS, profundidade de sondagem; NCI, nível clinico de inserção; DP, desvio padrão. Todos os indivíduos receberam raspagem e alisamento radicular.

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29 A Tabela 5 mostra as médias e o percentual no número de sítios com PS ≥ 5mm e ≥ 6mm, no início e 3 meses pós-terapia nos indivíduos com periodontite crônica e agressiva. Independentemente do tipo de periodontite, não foram observadas diferenças em relação a estes parâmetros no início do estudo e 3 meses pós-terapia. Novamente, apesar de não haver diferenças estatísticas, os indivíduos do grupo Teste 2 apresentaram uma média inferior de sítios residuais com PS > 5mm em comparação ao grupo Teste 1 (p>0,05).

Tabela 5. Média (±SD) de sítios com PS>5mm e >6mm no início do estudo e aos 3 meses pós terapia

em indivíduos com periodontite agressiva generalizada e periodontite crônica para ambos os grupos terapêuticos.

Periodontite agressiva

t-Test

Periodontite crônica

t-Test

Variável Tempo Grupo de tratamento Grupo de tratamento

Atb/durante n=13 Atb/após n=13 Atb/durante n=13 Atb/após n=13 PS>5mm Início 50,0 ± 18,5A 52,9 ± 17,3 A 0,681 55,7 ± 16,4 A 54,5 ± 12,8 A 0,833 3 meses 6,0 ± 5,4 B 3,1 ± 2,4B 0,054 7,2 ± 4,4 B 4,8 ± 3,6 B 0,146 PS>6mm Início 27,9 ± 16,0 A 27,3 ± 15,6 A 0,990 31,2 ± 14,8 A 36,1 ± 13,2 A 0,380 3 meses 2,7 ± 3,6 B 1,0 ± 1,5 B 0,149 1,1 ± 1,0 B 1,5 ± 1,5 B 0,470

As diferenças estatísticas entre os tempos foram testadas pelo teste t-Student para amostras pareadas (Diferenças nas letras indica significância entre os tempos). A significância da diferença entre os grupos em cada momento foi avaliada usando o teste t-Student.

Atb, antibiótico sistêmico (metronidazol+amoxicilina); PS, profundidade de sondagem; DP, desvio padrão. Todos os indivíduos receberam raspagem e alisamento radicular.

(30)

30 5. DISCUSSÃO

O presente estudo clínico paralelo, duplo-cego, aleatorizado e placebo-controlado foi desenhado com o objetivo de testar o efeito do momento de administração MTZ e AMX para o tratamento da periodontite. Mais especificamente, foram testados dois momentos de administração das drogas: ao mesmo tempo e imediatamente após o término da RAR. De forma geral, os resultados sugeriram que o uso adjunto de AMX+MTZ por 14 dias, seja no mesmo momento ou logo após a RAR leva a efeitos clínicos similares. Entretanto, o uso desta terapia antibiótica após a RAR também parece ter um efeito benéfico adicional, uma vez que o grupo que recebeu esta terapia mostrou uma tendência a apresentar os maiores benefícios clínicos aos 3 meses após a terapia em comparação ao que recebeu MTZ+AMX durante a RAR.

Independentemente da seleção de indivíduos com periodontite crônica e periodontite agressiva, a subdivisão dos mesmos em dois grupos terapêuticos demonstrou que ambos os grupos eram clinicamente semelhantes no início do estudo. Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi observada entre eles para nenhum dos parâmetros clínicos (Tabela 1 e Tabela 3 e Tabela 5). Os parâmetros clínicos da população estudada sugerem que os critérios de inclusão utilizados caracterizaram de forma satisfatória os grupos de indivíduos com periodontite crônica e agressiva generalizada. A média de PS e de NCI variaram, respectivamente: 3,98±0,52mm a 4,10±0,53mm e 4,37±0,82mm a 4,42±0,82mm. A média do percentual de sítios no início do estudo apresentando PS inicial ≥ 5mm e ≥6mm também foi alta nos dois grupos terapêuticos, seja nos indivíduos com periodontite agressiva ou crônica (Tabela 5). No presente estudo, ambos os tipos de periodontite foram agrupados nos grupos Teste 1 e Teste 2, sendo que esta distribuição foi randomizada e pareada em cada um dos grupos terapêuticos. Rosalem et al. (2011) realizou um estudo no qual comparou a resposta clínica, imunológica e microbiológica de indivíduos com periodontite crônica e agressiva frente a raspagem e alisamento radicular isoladamente. Os autores observaram que não haviam diferenças significantes em todas as análises realizadas quando comparados

(31)

31 os dois tipos de periodontite. Desta forma, os resultados longitudinais do presente estudo poderão contribuir para avaliar se a periodontite crônica e agressiva respondem de forma similares a administração de MTZ+AMX em diferentes momentos da terapia mecânica.

De forma geral, os resultados de ambos os grupos terapêuticos, quando analisados individualmente corroboram com estudos prévios que demonstram a efetividade terapêutica do uso associado de MTZ+AMX a terapia básica de raspagem e alisamento radicular (Guerrero et. al., 2005, Ribeiro et al., 2009, Mestnik et al., 2010, Feres et. al., 2012). Estudos anteriores do nosso grupo de pesquisa já haviam demonstrado os benefícios da terapia de RAR+AMX+MTZ no ganho de inserção clinica, na redução de PS e na média de sítios residuais, tanto em periodontite crônica (Matarazzo et al., 2008, Silva et al., 2011, Feres et al., 2012) quanto em periodontite agressiva (Mestnik et al., 2010, 2012).

A variável primária de avaliação utilizada no presente estudo foi a diferença entre os grupos terapêuticos para o número de sítios residuais com PS ≥ 5mm aos 3 meses pós-terapia. Ambos os grupos apresentaram uma redução significativa no número destes sítios ao longo do estudo, sendo que o grupo Teste 1 apresentou uma média de 7,03 versus uma média de 5,50 sítios no grupo Teste 2 (p>0,05). Entretanto, a significância estatística não foi alcançada para a variável primária de avaliação, bem como para as várias variáveis secundárias, mesmo quando as categorias de periodontite foram analisadas separadamente (Tabela 5). Entretanto, vale destacar que este estudo foi delineado para verificar as diferenças ocorridas em 1 ano após a terapia periodontal. Assim sendo, conclusões mais definitivas devem ser realizadas após este período de avaliação.

De forma geral, observa-se uma tendência constante a melhores resultados clínicos no grupo que recebeu a antibioticoterapia sistêmica logo após o término da RAR dias. Essa inclinação pode ser claramente notada em todas as análises clínicas realizadas no presente estudo. Pode-se observar claramente que o grupo que recebeu o MTZ + AMX após a RAR apresenta uma menor média de sítios residuais para todas as categorias de bolsa estudadas, além de maiores médias de redução de PS e ganho de inserção clínica nos dados de boca toda, e sítios inicialmente moderados e profundos. As observações do presente estudo, mesmo com a ausência da significância

(32)

32 estatística, corrobora com a hipótese levantada por Herrera et al. (2008), onde durante o 6th European Workshop of Periodontology, os autores sugeriram que o momento de administração de MTZ+AMX poderia influenciar nos resultados clínicos a e que a mesma deveria ser iniciada imediatamente após o término da RAR. A hipótese sugerida é de que uma vez que a eficácia dos antibióticos é superior em um biofilme desorganizado, a RAR realizada primeiro seria a responsável por esta desorganização, com isso os antibióticos sistêmicos teriam melhores efeitos no tratamento periodontal. Além disso, nossos resultados corroboram com Loesche & Giordano (1994) no qual observaram benefícios adicionais na redução da PS e no ganho de inserção clínica em sítios com PS>7mm para os indivíduos que receberam apenas o MTZ imediatamente após a RAR (p<0,05) em comparação a quem recebeu no mesmo momento da RAR.

Devido a ausência de uma metodologia definida para os estudos in vivo de resistência bacteriana no biofilme subgengival, os dados presentes na literatura são decorrentes em sua grande maioria de estudos in vitro (Costerton & Lewandowski 1995, Darveau et al., 1997, Larsen 2002). Estes estudos demonstram um aumento da resistência bacteriana ao MTZ, AMX e doxiciclina quando submetidos ao biofilme de P. gingivalis, Streptococcus constellatus e

A.actinomycetemcomitans (Larsen 2002, Noiri et al., 2003). Assim sendo,

alguns autores sugerem que a concentração inibitória mínima de alguns antibióticos contra algumas espécies bacterianas podem diferir para alguns patógenos no ambiente de biofilme ao invés do ambiente planctônico. Desta forma, extrapolando estes dados para o ambiente in vivo, iniciando a antibioticoterapia sistêmica ao mesmo tempo que o debridamento mecânico subgengival, o efeito destes antimicrobianos poderiam ser influenciados em áreas onde o biofilme esteja ainda organizado devido ao fato da RAR ainda não ter sido realizada. Por outro lado, quando iniciamos o uso de MTZ+AMX após a RAR, todo o biofilme subgengival encontra-se desorganizado, o que possibilitaria talvez uma melhor atuação de suas ações antimicrobianas. Portanto, a tendência de melhores resultados clínicos encontrada no presente estudo para o uso de MTZ+AMX após a RAR ser finalizada poderia ser justificada por estas hipóteses. Os resultados microbiológicos do presente estudo irão contribuir para elucidar tais questões.

(33)

33 A avaliação global dos resultados clínicos do presente estudo demonstra que ambas as estratégias terapêuticas estudadas são eficazes no tratamento da periodontite crônica e agressiva generalizada. Praticamente todas as avaliações clínicas não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de tratamento. Apesar de uma propensão a melhores resultados clínicos pode ser notada para o grupo que utilizou AMX+MTZ após o término da RAR a avaliação longitudinal dos indivíduos desse estudo será fundamental para esclarecer melhor se o discreto benefício clínico observado no grupo Teste 2 sobre o grupo Teste 1 irá se manter, diminuir ou aumentar até 1 ano pós-terapia. Além disso, a avaliação microbiológica destas terapias também irá assistir a definir a melhor tática terapêutica. Assim sendo, esses dados serão importantes no sentido de definir melhor qual o melhor momento para a prescrição de MTZ e AMX para o tratamento da periodontite crônica/agressiva generalizada.

(34)

34 6. CONCLUSÃO

A administração de MTZ+AMX durante ou logo após a terapia de RAR são igualmente efetivos no tratamento da periodontite

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35 REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS

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41 ANEXO A

Referências

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