• Nenhum resultado encontrado

As particularidades e dinâmica da Rede Bretas de Supermercados à luz do contexto da cidade de Uberlândia-MG

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "As particularidades e dinâmica da Rede Bretas de Supermercados à luz do contexto da cidade de Uberlândia-MG"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

As particularidades e dinâmica da Rede Bretas de Supermercados à

luz do contexto da cidade de Uberlândia-MG

Michelly de Lourdes Lopes – Estudante da UFU/michelly_geo@yahoo.com.br Lidiane Aparecida Alves – Estudante da UFU/lidianeaa@yahoo.com.br Vitor Ribeiro Filho – Prof. Dr. da UFU/vitor.f@terra.com.br

Introdução

São vários os autores que defendem a tese de que a origem das cidades está relacionada com o desenvolvimento do comércio de bens, especialmente em estradas, portos e pontos de passagem. Nesse sentido, Carlos (2005) parte do pressuposto de que a cidade nasce de condições históricas especificas, desenvolvendo e assumindo características próprias ao longo do tempo, não sendo o seu surgimento, simplesmente um processo de evolução de vila para cidade, através do aumento populacional. Para a autora “a cidade é uma realização humana, uma criação que vai se constituindo ao longo do processo histórico e que ganha materialização concreta, diferenciada, em função de determinações históricas específicas” (CARLOS, 2005, p.57). Assim, o desenvolvimento de atividades comerciais, especialmente numa sociedade regida pelo modo de produção capitalista, é fundamental, para a consolidação do desenvolvimento urbano das cidades, as quais, muitas vezes baseiam suas economias em atividades vinculadas ao comércio.

No âmbito da cidade de Uberlândia, originalmente localizada numa “Boca de Sertão” as atividades de comércio, realizadas com as metrópoles – especialmente São Paulo -, tiveram grande destaque no processo de desenvolvimento de seu núcleo urbano. Sendo que a correlação entre sua original tendência ao crescimento espacial e demográfico e sua vocação às trocas comerciais, propiciaram, sobretudo após a década de 1970 a expansão do número de estabelecimentos comerciais, dentre os quais, com vistas ao abastecimento da crescente população local, está o comércio varejista de alimentos (auto-serviço e tradicionais) representado pelos supermercados, hipermercados e lojas de conveniência.

A necessidade de adequação do comércio às exigências contemporâneas dos consumidores, aos novos padrões de consumo e às condições espaciais que cada lugar

(2)

apresenta num determinado momento foram os principais motivos que levaram ao surgimento de novas formas de comércio, como o Auto-Serviço, surgido no contexto norte americano na década de 1920. Sob a óptica da economia urbana este constitui um grande avanço histórico, sendo esse tipo de atividade um ponto importante a ser analisado no contexto urbano, especialmente no âmbito das cidades médias.

No âmbito das lojas de Auto-serviço presentes na cidade de Uberlândia, destacam-se os supermercados da Rede Bretas, a qual pelas suas particularidades, em meio século transformar-se de uma mercearia numa grande rede varejista com significativa representatividade e regional, cujas lojas encontram-se espacializadas estrategicamente em nível inter e intra urbano.

Diante do exposto o presente trabalho possui como objetivo tecer algumas considerações sobre a dinâmica da Rede Bretas de Supermercados no contexto da cidade Uberlândia, visto as particularidades do formato de cada lojas e da expansão das mesmas nessa cidade, frente as demais tipologias de empreendimentos de Auto-Serviços.

A dinâmica do setor de Auto-Serviços

A presença do Auto-Serviço começou a ser solidificada a partir da Grande Depressão, com seu êxito confirmado após o fim da 2ª Guerra Mundial, na década de 1950, quando o aumento do consumo gerado pelo fim da Guerra propiciou a concretização, do que podemos chamar de uma revolução no varejo na Europa, a partir da implantação dos Auto-Serviços, que segundo Rossoni (2002) incluem supermercados, hipermercados e lojas de conveniência. Em relação aos Auto-serviços representados pelos supermercados, em 1955 estes já haviam alcançado 52 países no mundo, expressando a imposição e consolidação do conceito, definido por Barata Salgueiro (1995) como

[...] uma forma de venda caracterizada pelo livre acesso dos clientes às mercadorias, que pagam nas caixas colocadas perto da saída dos estabelecimentos. (...) desaparece a divisão provocada pelo balcão entre o átrio, onde estão os clientes, e o espaço, onde se empilha a mercadoria, permitindo um maior aproveitamento do espaço, com a exposição de maior volume de artigos (BARATA SALGUEIRO, 1995, p.56).

No Brasil, os primeiros registros do surgimento do Auto-Serviço datam do final da década de 1940, quando em 1949, se deu a implantação da Sears. Essa loja tinha características do Auto-Serviço, com caixas registradoras modernas, assistência técnica na própria loja e um estacionamento próprio. Posteriormente, na década de 1950, foi inaugurado

(3)

o Sirva-se em São Paulo, no ano de 1953, considerado o primeiro Supermercado brasileiro. Após o surgimento dos primeiros supermercados no Brasil, a criação de novas unidades se acelerou, surgindo novas lojas por todas as regiões do Brasil. Desta forma, na década de 1970, os Supermercados brasileiros já somavam ao todo mais de 3 mil lojas e na década de 2000 chegando a cifra superior 35 mil pontos de venda. O desenvolvimento desse setor foi assegurado nas décadas seguintes por variáveis como crescimento populacional -especialmente urbano- elevação da renda e do consumo, dentre outras.

As condições socioeconômicas instaladas no pós-guerra viabilizaram o início do processo de reestruturação das atividades econômicas, cujo processo foi intensificado a partir das décadas de 1960 e 1970, na ocasião em que o governo incentivou a migração de capitais produtivos para fora das regiões já desenvolvidas. Neste contexto, as atividades anteriormente concentradas na região sudeste, sobretudo no Estado de São Paulo, começam a deslocar para as regiões interioranas deste estado, bem como outros estados, impulsionando o crescimento de atividades do setor terciário, dentre as quais destacam se as do setor varejista, que

[...] vai aos poucos se consolidando, principalmente através da expansão das redes de supermercados e hipermercados, shopping centers, lojas de departamento, lojas de conveniência e franquias. (CLEPS, 2003, p.80)

A partir disso, novas formas de comércio surgem com o novo ideal do Auto-Serviço, especialmente os supermercados, que passaram a se tornar a forma mais ágil e confortável de comercialização de bens de consumo, fundamentalmente os gêneros alimentícios, produtos de higiene e de limpeza e produtos de manutenção do lar. A respeito disso, Cleps (2005) propõe que

Gradativamente, o supermercado vai derrotando a “venda”, o armazém, o açougue, a quitanda ou a carrocinha e o caminhãozinho. Suas gôndolas passam a exibir uma imensa variedade de frutas, verduras, legumes que exibem cores e formatos, exalam diferentes aromas que formam um conjunto que tem como objetivo atrair o consumidor e, aos poucos, vai incorporando-se à dieta alimentar no dia-a-dia no brasileiro. (CLEPS, 2005, p.97).

Sob a perspectiva socioeconômica, é considerável a parcela de renda gerada pelo setor de serviços, cerca de 50% do PIB nacional, sendo que as atividades varejistas contribuem com aproximadamente 10% do PIB. Inerente às atividades varejistas, cerca de 6% advêm do Auto-Serviço, no qual o segmento supermercadista se destaca, conforme

(4)

afirma Rossoni (2002, p.17). A autora com base nos dados da revista SUPERHIPER, (2001) assegura ainda que

Nos últimos quarenta anos de existência, o setor supermercadista, “saltou de uma era de armazéns e feiras livres para a instalação de uma rede de aproximadamente 24 mil pontos-de-venda espalhados por todo o país, chegando a uma participação de 6,2% do PIB nacional e a geração de 536 mil empregos diretos, numa área de vendas equivalente a 11,4 milhões de metros quadrados”.

No contexto da cidade de Uberlândia, as condições propícias para a instalação desses empreendimentos estavam materializadas após a década de 1950, porquanto de acordo com Soares (1995, p.150) foi inaugurado em 1964 o primeiro supermercado dessa cidade, o Bom Preço, e, seguidamente no ano de 1972, foi inaugurado o supermercado Alô Brasil, além de outros empreendimentos, cujo incremento na quantidade ocorreu, sobretudo após a década de 1970. Nos anos 2000 já eram mais de 50 supermercados, dentre os quais se destacam os supermercados da Rede Bretas.

A ATUAÇÃO DA REDE BRETAS DE SUPERMERCADOS NA CIDADE DE UBERLÂNDIA (MG): exemplos de localizações estratégicas

No que concerne à política econômica adotada por Uberlândia, esta foi voltada para assegurar os interesses da elite local, viabilizou a implantação de diversos projetos e investimentos, que possibilitaram o progresso e a modernização da cidade. De acordo com dados do Banco de Dados Integrados (BDI, 2008) do município de Uberlândia observa-se o predomínio de atividades ligadas ao setor terciário, onde está maior quantidade da população economicamente ativa – PEA -. De modo que as atividades de comércio e serviços juntas, no ano de 1991, ocupavam cerca de 70% (33.072 pessoas) e no ano de 2000 73,5% (52.280 pessoas) da PEA.

Tabela 1: Uberlândia-MG: Evolução dos Estabelecimentos por Atividade Econômica – 2001 – 2006.

Anos 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Setor Terciário 19.927 16.681 21.958 22.775 23.284 23.887

Fonte: BDI, 2008.

As atividades do comércio atacadista e varejista, bem como as atividades de prestação de serviços, compõem o setor terciário da economia. Setor que ocupa mais de

(5)

80% do total de estabelecimentos da cidade. Esta pujança das atividades do setor terciário em Uberlândia, deve-se a ampliação do consumo, tanto o material quanto o não material. A tabela 2, mostra o crescimento no número de estabelecimentos ligados ao comércio e a prestação de serviços. Verifica-se que no período de 2001 a 2006, o número de empresas formais do setor terciário saltou de 19.927 para 23.887, com um crescimento de 16,57% no referido período.

Tabela 2: Uberlândia – MG: Total de Empresas Formais por Subsetores do Setor Terciário de Atividade

Econômica - 2001/2006.

Subsetores de Atividade

Econômica do Setor Terciário 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Comércio varejista 9.111 5.235 9.914 10.181 10.397 10.418

Comércio atacadista 1.964 1.960 2.071 2.138 2.197 2.716

Total 11.075 7.195 11.985 12.319 12.594 13.134 Fonte: BDI, 2008.

Esta realidade materializada na cidade de Uberlândia, importante “nó” da rede urbana de “múltiplos circuitos no Triângulo Mineiro”, conforme afirma (Bessa, 2007), beneficiou a implantação dos supermercados Bretas, cujo surgimento remonta ao ano de 1954, quando os irmãos Bretas (José, Sebastião, Ildeu e Ézio) abriram uma mercearia na cidade de Santa Maria de Itabira, localizada na região centro-leste do Estado de Minas Gerais. Posteriormente, em 1987, foi adquirida em Timóteo (MG) uma loja que pertencera ao grupo Pão de açúcar, a qual marcou o pioneirismo dos “Bretas” e o início da diáspora dos mesmos por outras regiões do Estado de Minas Gerais e de Goiás.

O êxito de desenvolvimento da rede, que possui sede na cidade de Contagem (MG) e contava em 2008 com um total de 58 lojas, 1.385 checkouts e mais de 10.500 funcionários, segundo a visão dos sócios, deve-se a forma organizacional adotada, valorizando as particularidades de cada local em que atua.

As estratégias expansionistas adotadas pelos empresários, os irmãos Bretas, lhes asseguraram alcançar índices de faturamento bruto, gráfico 1, que permitiu à Rede de supermercados, que na década de 1990 estava na 179ª posição ocupar entre os anos de 2005 a 2007 a 7ª lugar entre as maiores empresas do varejo brasileiro. Sendo que no âmbito regional estava no ano de 2007, na 5ª posição, e em nível do Estado de Minas Gerais na 2ª posição, perdendo apenas para o DMA distribuidora s/a - EPA com sede em Belo Horizonte, conforme a classificação geral da ABRAS.

(6)

Gráfico 1: Faturamento Bruto da Rede Bretas de Supermercados – 1996-2008.

Fonte: Revistas SUPERHIPER, diversas edições. Elaboração: Autores. 2010.

Esse processo ocorreu no contexto da década de 1990, quando a política econômica adotada pelo país possibilitou a entrada do capital internacional, ocasião em que parecia que as grandes redes iam dominar o mercado, pois inicialmente muitos dos pequenos e médios empreendimentos de auto-serviços foram adquiridos por estas. Porém, com o passar do tempo concretizou de outra realidade, em que chamados pequenos e médios de origem local e regional, acompanhando as exigências do mercado, e, por conhecer os consumidores, se consolidaram no mercado. Esse dinamismo no desempenho das pequenas e médias redes de supermercados, segundo Morita (2009, p.32) explica-se por seis motivos básicos, que são

1. Expansão – aberturas e aquisições em mercados estratégicos para o negócio;

2. Melhor definição dos espaços ocupados por cada item na gôndola; 3. Ampliação no sortimento de categorias do bazar;

4. Ampliação no prazo de pagamento; Cheque pré-datado, cartões de credito;

5. Introdução de correspondente bancário;

6. Vendas para clientes institucionais, como hotéis e restaurantes. Mesmo os consumidores das classes mais abastadas, buscam por bons preços e ofertas, mas não apenas isso, os consumidores também são atraídos por outras variáveis, dentre as quais o atendimento se destaca. Neste sentido, as lojas que se adaptam e buscam por um atendimento mais personalizado se destacam no mercado. No contexto da cidade de Uberlândia, nas lojas de Rede Bretas, verifica-se a busca por essa personalização, pois de

(7)

acordo com as características da população residente em cada setor, nos bairros do entorno, são oferecidos produtos diferenciados. Essa é uma característica típica do supermercado convencional, os quais compõem grande parte das Redes supermercadistas do país, e são caracterizadas por

[...] ter foco na área de alimentação, com seções de FLV, carnes e aves, peixaria. O foco pode ser em preço, em atendimento ou em variedade, além da sofisticação ou não da própria loja. Assim a mesma rede pode ter lojas com características e estilos distintos, conforme essas variedades e o público que pretende atingir (SUPERHIPER, 2007, p.59).

Outro ponto que assegura o crescimento da atuação dos supermercados é o fato de que os consumidores, de modo geral, estão mudando seus hábitos de compras, que passam a ser realizadas com maior freqüência de acordo com a necessidade. As lojas de grandes redes deparam com dificuldades em adequar suas estratégias para esse novo hábito, o que não ocorre com as lojas da Rede Bretas, ainda que em alguns casos, como em Goiânia, caracteriza-se como um hipermercado.

Em 2010 a Rede Bretas de supermercados conta com 9 lojas instaladas na cidade de Uberlândia, cada qual com uma numeração. A Loja 28 localiza-se na Avenida Afonso Pena, na área central; na Avenida João Pinheiro está a Loja 20, no centro; a Loja 42 está na Avenida Rondon Pacheco, no Bairro Vigilato Pereira nas antigas instalações do Hipermercado Sé; a Loja 44 localiza-se na Avenida Getúlio Vargas no Bairro Jaraguá; a Loja 50 situa na Avenida João Naves de Ávila, no Bairro Santa Mônica; a Loja 9 está instalada na Avenida Curitiba – prolongamento da Avenida Monsenhor Eduardo - no Bairro Roosevelt; a Loja 213 está na Avenida dos Eucaliptos no Bairro Jardim Patrícia; a Loja 214 encontra-se no Bairro São Jorge na Avenida Israel e a Loja 218 no Bairro Custodio Pereira na Avenida Floriano Peixoto, as quais foram respectivamente, instaladas nesta cidade. Além disso, tem-se a previsão de instalação de mais uma loja na Avenida Floriano Peixoto, onde outrora funcionou o Estádio Juca Ribeiro.

Na Loja 213, localizada no bairro Jardim Patrícia, encontra-se a administração, o marketing, a gerência geral da Regional Triângulo Mineiro, responsáveis pelas atividades de compra e distribuição de mercadorias, que anteriormente ocorria na Loja 28, a primeira a ser instalada na cidade. Certamente a desconcentração das referidas atividades está associada à

(8)

demanda de espaço, que em decorrência de sua localização, são restritos na Loja 28. Além disso,

No aspecto da logística, o que se busca é a integração das principais atividades – compras, distribuição e comercialização –, por meio de parcerias entre fornecedores atacadistas, varejistas e distribuidores, procurando otimizar a operação total e construir uma vantagem competitiva. (ROSSONI, 2002, p.92).

Foto 1: Supermercado Bretas Loja 20, Av. Rondon Pacheco. Onde funcionava o hipermercado Sé, até o ano de 2002. Fonte: CLEPS, G. D. G, 2005.

Foto 2: Supermercado Bretas Loja 50, Av. João Naves de Ávila.

Fonte: CLEPS, G. D. G, 2005.

Inicialmente os supermercados instalavam-se na área central, contudo com o passar dos anos tal área deixou de ser viável à instalação de tais empreendimentos, os quais buscaram localizar-se em outras áreas da cidade, próximos aos consumidores, ainda que a percentagem do número de estabelecimentos presentes nos bairros do setor central seja relativamente alta, em decorrência do grau de adensamento apresentar-se alto nessa porção da cidade, figura 1. Em seu estudo sobre a cidade de Uberlândia, considerando os supermercados em rede, Oliveira (2008, p. 180) confirma esta difusão dos supermercados por todo o espaço urbano, cuja explicação,

[...] está relacionada à não expressiva atratividade que essa atividade econômica tem sobre a população, inserindo-se no grupo do comércio de consumo freqüente, conforme proposta de Duarte (1974) entretanto, por apresentarem maior diversidade de produtos comercializados e por estarem interligados em rede, os supermercados pesquisados criam uma área de polarização superior aos mercados de bairro, abarcando os bairros de seu entorno. (OLIVEIRA, 2008, p. 181).

Apesar da espacialização dos supermercados pelo tecido urbano, há que se ressaltar que nos bairros, onde condições infraestruturais são mais precárias, grosso modo não existem

(9)

supermercados de redes, mas “mercearias” que comercializam “gêneros de primeira necessidade”.

Imagem 1: Espacialização dos Supermercados em Uberlândia (MG). Fonte: OLIVEIRA, H.C.M, 2008.

Com uma política baseada no planejamento de estoque e organização logística de suas atividades, tal grupo que se mantém em constante expansão, mantendo filiais nos estados de Minas Gerais e Goiás. Em relação à localização de suas lojas, busca-se por áreas de fácil acesso e servidas por infra-estrutura adequada. Em Uberlândia, com exceção de duas lojas

localizadas na área central, os demais supermercados da Rede Bretas,estão estrategicamente localizados, conforme pode-se averiguar na imagem 2.

Em linhas gerais, os supermercados da Rede Bretas estão localizados nos eixos de estruturação, como nas Avenidas Rondon Pacheco, João Naves de Ávila, Floriano Peixoto, Avenida Getúlio Vargas e Avenida Curitiba – prolongamento da Avenida Monsenhor Eduardo, onde é intensa a concentração de atividades comerciais, bem como o fluxo.

(10)

Imagem 2: Espacialização dos Supermercados Bretas em Uberlândia (MG). Fonte: Autores.

Considerações Finais

A expansão do número de lojas da Rede de Supermercados Bretas na cidade de Uberlândia, em um período temporal relativamente curto, expressa a ampliação do montante das Lojas pertencentes a tal Rede no âmbito do Estado de Minas Gerais e de Goiás. Pode-se inferir ainda que, nesta cidade, o contexto de expansão demográfica e espacial, e, por conseguinte com o processo de descentralização das atividades de comércio e serviços em curso, mostrou-se propício para a instalação de novas lojas espacializadas estrategicamente.

A Rede Bretas de Supermercados apresenta grande representatividade no âmbito da cidade de Uberlândia, atendendo um público amplo, pertencente a várias classes socioeconômicas. O alcance aos consumidores é favorecido por sua localização estratégica, em vários setores da cidade, bem como pelo oferecimento de produtos diferenciados em cada loja, segundo a clientela atendida. Estes se destacam como fatores diferenciais auferidos por tal Rede de Supermercados, que possui destaque, em relação a abrangência espacial e tipologias de consumidores atendidos, maior que os hipermercados (Carrefour e Extra) presentes nesta cidade.

(11)

Referências

ABRAS: Associação Brasileira de Supermercados. Disponível em <www.abrasnet.com.br> Acesso em abril de 2010.

AMIS: Associação Mineira de Supermercados. Disponível em < www.amis.org.br >. Acesso em abril de 2010.

BARATA SALGUEIRO, T. Do comércio a distribuição: roteiro de uma mudança. Lisboa: Celta, 1995.

BESSA, K. A dinâmica da Rede Urbana no Triangulo Mineiro: convergências e divergências entre Uberaba e Uberlândia. Uberlândia: [s.n], 2007.

CARLOS, A. F. A. A cidade. São Paulo: Contexto, (Repensando a Geografia), 2005. CLEPS, G. D. G. Estratégias de Reprodução do Capital e as Novas Espacialidades

Urbanas: o comércio de auto-serviço em Uberlândia (MG). Tese (Doutorado em Geografia.

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Brasil, 2005.

GORENDER, J. Globalização, Tecnologia e Relações de Trabalho. In: Revista Scielo

Brazil – Estudos Avançados. Dossiê Globalização. Vol 11, número 29, São Paulo.

Janeiro-Abril de 1997. Disponível em <www.scielo.br > Acesso em abril de 2010.

OLIVEIRA, H. C. M. de. Em busca de uma proposição metodológica para os estudos

das cidades médias: reflexões a partir de Uberlândia (MG). Uberlândia, MG, 2008. 364 f.

Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Federal de Uberlândia, 2008.

Panorama SUPERHIPER 2007. Análises e Estatísticas. ABRAS: Associação Brasileira de Supermercado São Paulo, 2006.

Rossoni, E. P. Avaliação da qualidade dos serviços oferecidos em supermercados

segundo a percepção dos consumidores da cidade de Cacoal, RO. 204f. Dissertação

(Mestrado em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2002.

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO E MEIO AMBIENTE,

Banco de Dados Integrados – 2008, disponível em: www.uberlandia.mg.gov.br. Acesso

em 14 de Abril de 2010.

SOARES, B. R. Uberlândia: Da cidade Jardim ao Portal do Cerrado – Imagens e Representações no Triângulo Mineiro. Tese de Doutorado, USP, São Paulo, 1995

TAVARES, M. C. Instituições de comercialização de alimentos: o impacto do Auto-Serviço. 1984. 167f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de

(12)

Referências

Documentos relacionados

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Neste tipo de situações, os valores da propriedade cuisine da classe Restaurant deixam de ser apenas “valores” sem semântica a apresentar (possivelmente) numa caixa

Na animação dirigida por Luiz Bolognesi, há uma história de amor entre um herói imortal e Janaína, a mulher por quem é apaixonado há 600 anos.. O herói assume vários personagens,

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

8- Bruno não percebeu (verbo perceber, no Pretérito Perfeito do Indicativo) o que ela queria (verbo querer, no Pretérito Imperfeito do Indicativo) dizer e, por isso, fez

Este estudo apresenta como tema central a análise sobre os processos de inclusão social de jovens e adultos com deficiência, alunos da APAE , assim, percorrendo