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SINAIS DE RETOMA NÃO PARECEM SER SOLUÇÃO //P.2 E 3 SEM TRABALHO UÇENCIADOS HA MAIS DE UM ANO. Excesso de qualificações passou a ser um problema

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SINAIS DE

RETOMA

NÃO PARECEM

SER SOLUÇÃO //P.2

E

3

UÇENCIADOS

SEM

TRABALHO

HA

MAIS

DE

UM

ANO

(2)

licenciados

sem

emprego

mais

de

um

ano

crescem

até 81

mil

(3)

•Mais

de

metade

dos

146

mil

desempregados

com

curso

superior

são

de

longa

duração

(4)

Luís Reis Ribeiro luis.ribeiro@dinheirovivo.pt

Mais demetade dos licen-ciados édesempregado de longa duração. Apesar de o desemprego

total

dar si-nais dealívio, o investi-mento está estagnado e

existe uma

sobrequalifica-ção de quadros.

O

desemprego total

daeconomia por-tuguesa dá sinais dealívio há vários trimestres, mas onúmero de licenciados que não arranjam trabalho há mais deum ano

(longa duração) continua a

aumentar. Ofenómeno seria

pior não fosse avaga de

emi-gração qualificada (enão só)

para ospaíses doNorte da

Eu-ropa, deÁfrica epara oBrasil

registada nos últimos anos.

De acordo com dados do Instituto Nacional de

Estatís-tica (INE) divulgados pelo

Gabinete deEstratégia e

Es-tudos do Ministério da

Eco-nomia, no final do terceiro

trimestre, mais demetade (55%) dos desempregados

com curso superior estava

nessa situação há mais deum

ano. Ouseja, dos 146,5mil li-cenciados desempregados, mais de 81mil estão parados

há12meses ou mais. Sãomais

11mil face aomesmo período

de2012 emais cinco mil face

aotrimestre anterior.

Os dados doboletim do

em-prego doministério tutelado

por António Pires deLima mostram uma realidade

bas-tante adversa para os diplo-mados no terceiro trimestre

de2013, altura em que o

de-semprego de longa duração

total

parecia estar a"dar a

volta". No entanto, o grupo

dos licenciados não acompa-nhou atendência geral, jun-tamente com os

desempre-gados com oterceiro ciclo do

ensino básico concluído.

Houve uma melhoria no

se-gundo trimestre, mas no

se-guinte tornou apiorar, tendo

atingido asegunda marca mais elevada (81,1 mil) de que há registo. No 3.° trimes-tre de2003, eram 8300,

me-nos 72 800 do que em igual

trimestre de2013.

Acrise internacional

impli-couumforte ajustamento da

procura interna, com a rare-fação do crédito (que ainda persiste entre as pequenas

empresas), e aaplicação do

programa de ajustamento da troika teve etem como pilar

aredução dos desequilíbrios externos através do investi-mento público eprivado edo

consumo. A consequência vi-sível foi um aumento do

de-semprego "maior do que o

projetado".

Mas ser licenciado

revelou-seuma armadilha. "Em

Portu-gal, astaxas de desemprego e

de desemprego de longa dura-ção eram baixas antes da

cri-se",mas esta "acelerou o

declí-nio dataxadeemprego

relati-vamente alta dos jovens".

"Devemos agora ter atenção

aorisco deumageração

perdi-da", refere oestudo "Em-ployment and Social

Deve-lopments inEurope 2013",

elaborado por peritos da

Dire-ção-Geral doEmprego da CE.

Mais. Oestudo diz que

Por-tugal édos países europeus com maior índice de

"sobre-qualificação" no emprego. Maisdeumquinto (21%,

mé-dia de2001 a2011) dos

traba-lhadores temprofissões ou

ta-refas pouco exigentes ou "mo-nótonas" face àssuas

compe-tências formais. Portugal éo

quarto pior caso. Hoje, o INE

revela os dados do desempre-go detodo oano de 2013.

LICENCIATURA

PODE SER

UMA

ARMADILHA,

ALGO QUE

NÃO

ACONTECIA

ANTES DA

CRISE

Emiga

antes

são

"invisíveis"

Teixeira

Lopes

afirma

que Portugal

não

aproveita

jovens

dentro,

nem

fora

Helena Teixeira da Silva helenasilva@jn.pt

"HOUVE um tempo em que

regressar aPortugal eraa fan-tasia que animava os

emi-grantes portugueses em

França, o enorme desejo de voltar era o seu motor. Eos

que conseguiam regressar eram considerados heróis". Foiassim que orealizador do

filme "A gaiola dourada", o

luso-francês Rúben Alves, reagiu àapresentação do

es-tudo de João Teixeira Lopes sobre afuga dejovens licen-ciados entre os 20 e os 35

anos para França, recorda o

sociólogo ao JN. Hoje, con-cluiu no trabalho

encomen-dado pela Secretaria de Esta-dodasComunidades, "voltar

éum projeto adiado ou

con-siderado inexequível". Osociólogo, que investigou

operíodo entre 2008 e2012

apartir de "de uma amostra que não emigrou por

deses-pero", elenca três causas para

afuga da geração licenciada. "Está bloqueada profissio-nalmente: as suas

competên-cias não são reconhecidas e

nãotemmargem de progres-são na carreira. Eestá blo-queada também do ponto de

vista familiar: quer ser inde-pendente enão consegue sair

de casa dos pais. Lá fora, esta

geração é bem aceite e de-pressa adquire um nível de

vida que aqui lhe évedado". O ex-deputado do Bloco de

Esquerda considera que é o

país que fica aperder, quer pornão absorver osjovens no mercado interno, quer por não aproveitar oseu

poten-cial no mercado

externo.

"Por um lado, estamos a

transferir recursos humanos qualificados para outros

paí-ses, quando fazem falta no

tecido empresarial

portu-guês. Poroutro lado, estamos

adesperdiçar ocapital de in-fluência queesses jovens, de

forma agregada, poderiam

ter no país de destino como embaixadores". "Éumduplo desperdício", critica.

Naverdade, diz, "os

emi-grantes portugueses

licen-ciados sãoinvisíveis perante

"Portugal

está

a

ser

espoliado

dos

seus

recursos

humanos

mais

qualificados"

João Teixeira Lopes

(5)

asinstituições, cá elá,porque não vão às autoridades, não

precisam de registo e

pla-neiam tudo, viagem, casa e

emprego, sozinhos".

Esses novos emigrantes, re-fere oprofessor da

Universi-dade do Porto, querem tudo menos ser considerados emi-grantes. "Não serelacionam

com aprimeira geração de emigrantes, nem com os

fi-lhos dessa geração, que

tam-bém são licenciados. Há

um preconceito grande de uns em relação aos outros,

uma barreira de classes que

poderia ser resolvida se

hou-vesse contacto

institucio-nal". Até porque, diz,

"tam-bém não serelacionam com

osfranceses".

Carlos Matias Ramos

Bastonário da Ordem dos Engenheiros

"INTERNACIONALIZAÇÃO

É

POSITIVA"

"Um país que não consegue empregar li-cenciados está a empobrecer. Se os

pro-fissionais encontram condições estáveis

na emigração, não voltam e isso compro-mete o futuro do país. A

internacionali-zação épositiva, a emigração nem tanto"

"Formação

em

Portugal

foi

apedra

basilar"

|

I | iago não é

emi-grante

da

última

vaga. Quando em

-L

1999saiu de Coim-bra para Madrid, para um

la-boratório

de ressonância

magnética biomédica, "ser português em Espanha ainda era considerado exótico". A

partir

de

2005,

recorda, "houve um boom de

portu-gueses graduados", que ha-veria de esbater-se naressaca

do Lehman Brothers, em

2008. Entretanto, o

investi-gador demetodologias paraa

deteção precoce detumores, esteve em Dálias, no Texas, fez curta escala em Portugal

erumou parao Reino Unido,

para Cambridge, de forma

mais ou menos definitiva.

Quando hoje, aos 36anos,

compara oseu percurso com

odos colegas que perderam o

financiamento

-

cenário que considera "arrepiante"

-,

há duas dúvidas que não tem:

por um lado, "sem as duas

bolsas atribuídas pela

Funda-ção para aCiência e a Tecno-logia (FCT) nunca

consegui-ria ter dado o salto lá para

fora"; por outro, "aformação obtida em Portugal foi a pe-dra basilar, porque émuito

boae isso éreconhecido". Regressar aPortugal, diz, "não éirrealista", mas tam-bém "não é

prioridade".

"Não tem aver com as

difi-culdades, reais e

conjuntu-rais. Simplesmente criei

raí-zes, costumes, mecanismos

detrabalho quesecoadunam com olugar onde estou". h.t.s.

(6)

"Emigração

será sempre

o

"último

recurso"

Vai

anos quepara

quatro

Vânia

não consegue en-contrar trabalho. Em

2008,

licenciou-se em

Engenharia

Alimentar,

no Politécnico deViana do

Cas-telo. Malacabou a

licenciatu-ra, abraçou uma

oportunida-de que lhe foi então

propos-ta, no ensino profissional. E

aí ficou, durante dois anos, a

trabalhar a tempo parcial.

Desde então, não mais con-seguiu encontrar trabalho,

apesar de ter batido avárias portas. Hoje, com 27 anos,

não exclui ahipótese de

dei-xar opaís. Porém, encara-a

como "o último recurso".

Concluídos osdois anos no

ensino profissional e sem

propostas àsquais seagarrar,

Vânia ensaia uma saída do

país, mas como estudante.

Fazum mestrado, naárea da

Educação, em Espanha,

re-gressando, depois, aViana do

Castelo. "Foi um teste", diz,

afiançando que otempo pas-sado no país vizinho serviu

para "tomar opulso à

realida-deláfora". Contudo,

asseve-ra, "adoro Portugal eavida

que, em parte, ainda tenho. Agora, tenho mesmo é

mui-ta pena de as coisas estarem como estão. Não ponho de

parte sair do país, mas não será, pelo menos, para já".

Parajá, Vânia frequenta uma especialização, em Portugal, naárea em que selicenciou. "Quando terminar, logo se

verá", assinala.

Referências

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