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11th International Conference on Information Systems and Technology Management CONTECSI May, 28 to 30, São Paulo, Brazil

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Academic year: 2021

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DOI: 10.5748/9788599693100-11CONTECSI/PS-539

ANALYSIS OF THE RELATIONSHIP BETWEEN HEDGE ACCOUNTING PRACTICES AND AUDITING: A STUDY WITH BRAZILIAN COMPANIES AUDITED BY BIG FOUR FIRMS

Francisco Carlos Fernandes (Universidade Regional de Blumenau, Santa Catarina, Brasil) - franciscofernandes@furb.br

Geovanne Dias de Moura (Universidade Regional de Blumenau, Santa Catarina, Brasil) - geomoura@terra.com.br

Rodrigo Barraco Marassi (Universidade Regional de Blumenau, Santa Catarina, Brasil) - rodrigomarassi_16@hotmail.com

This paper investigates the relation between hedge accounting adoption and the utilization of auditing services provided by a big four auditing firm in a set of Brazilian companies listed in BM&FBovespa. A descriptive research with documental analysis was conducted applying logistic regression. The sample includes the fiscal year of 2011 financial statements of 150 companies. The results show that 57% of the companies were using at list one of the three hedge accounting methods and that 119 companies were audited by a big four firm. The logistic regression model has demonstrated that the fact of being audited by a big four firm should not be considered a determinant factor for the hedge accounting adoption. It was also demonstrated that none of the big four firms had statistically significant relation with the hedge accounting adoption.

Keywords: Hedge accounting; Big four auditing firm; Public companies listed at BM&FBovespa.

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE HEDGEACCOUNTING E AUDITORIA: UM ESTUDO COM EMPRESAS BRASILEIRAS AUDITADAS POR BIG FOUR Este estudo investiga a relação entre utilização de hedge accounting e utilização de serviços de grandes empresas de auditoria (big four) em um conjunto de companhias abertas listadas na BM&FBovespa. Realizou-se pesquisa descritiva, conduzida por meio de análise documental e abordagem quantitativa, com emprego de regressão logística. A amostra foi composta por 150 companhias, com dados referentes ao ano de 2011, obtidos por meio dos relatórios de administração e relatórios de referência disponíveis no website da BM&FBovespa. Os resultados revelaram que, no período analisado, 57% das empresas possuíam algum dos três tipos de hedge e que 119 delas eram auditadas por alguma das big four. O modelo de regressão logística demonstrou que o fato das companhias serem auditadas por alguma das big four não poderia ser considerado um fator determinante para utilização do hedge. Também constatou-se que, individualmente, nenhuma das quatro big four possuía relação estatisticamente significante com a utilização ou não de hedge.

Palavras-chave: Hedge accounting; Auditoria por big four; Companhias abertas listadas na BM&FBovespa.

1. INTRODUÇÃO

O atual cenário econômico, cada vez mais desenvolvido e sofisticado, tem contribuído para o aparecimento de riscos internos e externos que comprometem os

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resultados e a continuidade dos negócios. Nesse cenário, os instrumentos financeiros derivativos têm se desenvolvido e, cada vez mais, auxiliado no gerenciamento dos riscos (DARÓS; BORBA, 2005; STROUHAL et al. 2011; MOURA; KLANN, 2013).

Instrumento financeiro derivativo, de acordo com Dodd e Griffith-Jones (2007, p.13), trata-se de “[...] um contrato financeiro, cujo valor deriva de um ativo subjacente, preço de commodity, índice, taxa ou evento. Eles comumente são designados por nomes, como termo, futuro, opção e swap, e frequentemente estão embutidos em títulos híbridos ou estruturados”. O principal objetivo de uma operação com derivativos é a proteção, que ocorre por meio do hedge. A BM&FBovespa (2013) descreve hedge como sendo um seguro de preço cujo objetivo é proteger um bem ou ativo, de um participante do mercado físico, contra variações adversas de taxas, moedas ou preços.

Quando uma empresa é auditada por alguma das big four, segundo Street e Gray (2002), passa a receber melhores indicações relacionadas à prevenção de riscos e maior acesso a serviços de consultoria e a criação de técnicas de hedge mais sofisticadas e eficazes. Iatridis (2012) também descreve em seu estudo que a auditoria por uma das empresas consideradas big four pode estar positivamente relacionada com a utilização de hedge e aponta justificativa semelhante à de Street e Gray (2002).

Cabe destacar que as empresas de auditorias nominadas como big four são as empresas PricewaterhouseCoopers, Deloitte Touche Tohmatsu, KPMG e Ernst & Young. Essas empresas são líderes mundiais no setor e são consideradas as quatro maiores empresas especializadas em auditoria e consultoria do mundo (STREET; GRAY, 2002; IATRIDIS, 2012).

Em virtude da importância do hedge, a empresa precisa disponibilizar, por meio de suas demonstrações contábeis, informações sobre tais operações para todos os

stakeholders. Para isso é necessário que as normas contábeis sejam cumpridas

corretamente, assim haverá uma contabilidade das operações de hedge (hedge

accounting) que proporcionará segurança para a tomada de decisões (FERNANDES et

al., 2012; MOURA; KLANN, 2013). Assim, além da proteção contra eventos negativos, as empresas proporcionarão maior confiabilidade, o que, consequentemente, representará um diferencial competitivo e agregará maior valor à empresa (BORELLA, 2004; ROCHA, 2007).

Diante disso, surge a pergunta de pesquisa que orienta esse estudo: qual a relação existente entre utilização de hedge e auditoria por big four em companhias brasileiras? Assim, o objetivo do estudo consiste em investigar a relação entre utilização de hedge e auditoria por big four em um conjunto de companhias abertas listadas na BM&FBovespa.

A maioria das pesquisas empíricas realizadas sobre hedge associam a sua utilização a fatores como, por exemplo, valor de mercado ou com a redução do custo de capital (SERAFINI, 2009; COUTINHO, 2010), tamanho da empresa (SAITO; SCHIOZER, 2007; COUTINHO, 2010; IATRIDIS, 2012), rentabilidade (HAGELIN; PRAMBORG, 2004; SERAFINI; SHENG, 2011), competitividade de mercado (MOURA; KLANN, 2013) governança corporativa (LEL, 2012; RAMLALL, 2009), receitas estrangeiras (KIM; MATHUR; NAM, 2006; IATRIDIS, 2012), negociação de ações em bolsas estrangeiras (JOSEPH, 2000; IATRIDIS, 2012).

Em virtude disso, a relevância do estudo está no fato dele buscar relacionar a utilização e contabilização de hedge com a auditoria por big four, um fator pouco explorado por pesquisadores brasileiros, mas apontado na literatura internacional. Dessa forma, o estudo justifica-se, pois contribui para fortalecer o entendimento sobre o tema no cenário brasileiro e estende a discussão relacionada aos fatores que podem influenciar na utilização e contabilização das operações de hedge. Também pela

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importância do tema frente o atual cenário econômico e pela necessidade de investigações no contexto do mercado brasileiro.

O estudo está estruturado em sete seções, iniciando com essa introdução. Em seguida, apresenta-se o referencial teórico, que aborda hedge e hedge accounting, auditoria e estudos nacionais sobre hedge e hedge accounting. Após, descreve-se a metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa. Consecutivamente, evidencia-se a descrição e a análise dos dados e, por último, apresentam-se as considerações finais do estudo.

2 HEDGE

As operações de hedge, de acordo com Araujo et al. (2011), visam reduzir incertezas em relação a fluxos de caixa futuros oriundos de alterações em variáveis que não podem ser controladas pela empresa. Como exemplo, os autores citam um produtor que consegue estimar com bom nível de precisão seus custos e não tão bem assim o preço futuro de seus produtos. Nesse caso, uma operação de hedge por meio da assunção de uma posição vendida no mercado futuro do produto que comercializa seria uma boa alternativa para reduzir a incerteza quanto ao fluxo de caixa futuro.

Nesse sentido, Mourad e Paraskevopoulos (2010) descrevem que as operações com hedge possibilitam inúmeros benefícios em relação ao risco, tais como a proteção contra risco de moeda estrangeira, risco de preço, risco de taxas de juros.

Em relação ao hedge, o CPC 38 (2009, p. 36) esclarece que o seu objeto pode ser:

“[...] um ativo ou passivo reconhecido, um compromisso firme não reconhecido, uma transação prevista altamente provável ou um investimento líquido em operação no exterior. O item coberto pode ser (a) um único ativo, passivo, compromisso firme, transação prevista altamente provável ou investimento líquido em operação no exterior, (b) um grupo de ativos, passivos, compromissos firmes, transações previstas altamente prováveis ou investimentos líquidos em operação no exterior com características de risco semelhantes, ou (c) apenas em hedge de carteira de risco de taxa de juros, parte da carteira de ativos financeiros ou passivos financeiros que partilham o risco que está sendo coberto”.

Lameira, Figueiredo e Ness (2005) ressaltam que várias formas de proteção contra as variações de resultados são diligenciadas por meio das operações de hegde. Porém, Chiech e Rocha (2002) sustentam que o hegde não assegura totalmente a empresa dos riscos financeiros, mas, tal operação proporcionará maior estabilidade ou certeza de alguns fluxos de caixa.

O CPC 38 (2009, p. 39) diferencia os três tipos de hedge como: hedge de valor justo, hedge de fluxo de caixa e hedge de investimento líquido em operação no exterior. No quadro 1 essas nomenclaturas serão descritas de modo mais detalhado.

A contabilidade de hedge, segundo Araujo et al. (2011) é uma técnica que demanda, por parte da empresa, a observação de uma série de requisitos e documentação formal. Essas exigências, de acordo com os autores, podem aumentar a complexidade para a utilização e se constituir um fator restritivo à adesão de hedge

accounting.

De acordo com o CPC 38 (2009, p. 39, p. 26) “a contabilidade de hedge reconhece os efeitos de compensação no resultado das alterações nos valores justos do instrumento de hedge e do item protegido”. Estão sujeitos a mensuração segundo os

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requisitos da contabilidade de hedge conforme descrito no CPC 39 (2009 p. 26) “[...] os ativos e passivos financeiros que sejam designados como posições protegidas”.

TIPOS DE HEDGE DEFINIÇÃO

Hedge de

valor justo

hedge de exposição às alterações no valor justo de ativo ou passivo reconhecido ou de compromisso firme não reconhecido, ou de parte identificada de tal ativo, passivo ou compromisso firme, que seja atribuível a um risco particular e possa afetar o resultado.

Hedge de

fluxo de Caixa

hedge de exposição à variabilidade nos fluxos de caixa que (i) seja atribuível a um risco particular associado a um ativo ou passivo reconhecido (tal como todos ou alguns dos futuros pagamentos de juros sobre uma dívida de taxa variável) ou a uma transação prevista altamente provável e que (ii) possa afetar o resultado.

Hedge de investimento

líquido em operação

no exterior operações de hedge para itens em moeda estrangeira. Quadro 1 - Tipos de hedge

Fonte: CPC 38 (2009, p. 39).

O CPC 39 (2009, p. 37) informa ainda que “para a contabilidade de hedge, somente ativos, passivos, compromissos firmes ou transações altamente prováveis que envolvem uma parte externa à entidade podem ser designados como objetos de hedge e que a `contabilidade de hedge´ somente pode ser aplicada a transações entre entidades do mesmo grupo nas demonstrações contábeis individuais dessas entidades e não nas demonstrações consolidadas do grupo”.

3 AUDITORIA

A auditoria, conforme Mattos (2005), ocorre por meio de procedimentos peculiares, e é aplicada no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de informações, relacionadas com o controle do patrimônio da entidade. O objetivo de determinadas ações são os elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com Princípios Fundamentais e Normas de Contabilidade. Além disso, verificar se as demonstrações contábeis refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações neles demonstradas.

Segundo Peres Junior (1998, p. 13) a auditoria pode ser definida como:

“O levantamento, o estudo e a avaliação sistemática de transações, procedimentos, rotinas e demonstrações contábeis de uma entidade, com o objetivo de fornecer a seus usuários uma opinião imparcial e fundamentada em normas e princípios sobre sua adequação.”

Firmino, Damascena e Paulo (2010) enfatizam que a auditoria externa contribui para a redução da assimetria informacional, incorrida entre os usuários da informação. E através da crescente dinâmica por informações mais consistentes que vem, consequentemente, exigindo maior qualidade nos serviços realizados pelos auditores.

Oliveira et al. (2012) menciona que em virtude das companhias abertas serem obrigados a publicar uma opinião de auditoria independente junto ao contexto da globalização de mercados, acredita-se que as empresas listadas em níveis diferenciados de governança corporativa na BM&FBovespa tendem a contratar os serviços das empresas de auditoria denominadas big four. Integram esse grupo as empresas Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes, KPMG Auditores Independentes

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Financial Services, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes e Ernest & Young Auditores Independentes S/S.

Sunder (1997) sustenta sobre a competência na área de auditoria, e afirma que a mesma está diretamente relacionada com a independência dos auditores independentes, e são as empresas big four que possuem mais independência que as demais empresas, devido seu porte e uma influência menor da possível perda de um cliente.

Acredita-se que o conservadorismo é uma política que também tem relação ao fato da empresa ser auditada por uma das big four, e que esta seja ainda mais conservadora em relação ao oportunismo nas decisões contábeis. Isso ocorre pelos auditores de big four terem uma postura mais conservadora em relação ao tratamento contábil do que os executivos das empresas auditadas (ALMEIDA e ALMEIDA, 2009).

Brandt (2011) e Bartram e Bodnar (2009) sugerem que após a ocorrência da crise financeira de 2008 o mercado faz a pergunta se é possível prever um crise, apesar da resposta ser não, sua ocorrência se verifica que possivelmente alguns sinais são emitidos, porém, nem sempre de fácil compreensão. Em março de 2008 a Goldman Sachs, uma grande empresa no setor financeiro, teria informado clientes do fundo de

hedge que assumiria a Bear Stearns, porém, ao final do dia as declarações iam no

sentido contrário, gerando uma grande tensão no meio financeiro. São eventos como este que tornam as divulgações de hedge um sinal de segurança para as grandes empresas. O auditor independente deve certificar-se em sua opinião sobre a contabilização do hedge, pois tal evidenciação se tornou preferência para os gestores. Oliveira e Lemes (2011), ainda contribuem sobre o disclosure das empresas auditadas por big four, afirmando que experiência global do auditor pode exercer uma influência significativa na extensão da evidenciação de informações.

4 ESTUDOS NACIONAIS SOBRE HEDGE E HEDGE ACCOUNTING

Alguns estudos foram realizados sobre hedge, como por exemplo, Oliveira et al. (2004) que verificaram em seu estudo os aspectos envolvidos na conceituação, contabilização e na evidenciação de derivativos financeiros. Analisando as principais abordagens internacionais, fazendo uma comparação da americana e com a brasileira acerca da contabilização e da evidenciação das operações de hedge, verificando como as cinco maiores instituições financeiras brasileiras listadas na BOVESPA divulgavam as operações com derivativos em suas demonstrações contábeis. Realizaram pesquisa exploratória mediante a utilização de pesquisa bibliográfica, documental e estudo multicaso. O resultado do período e o conceito de hedge accounting, destacou os instrumentos qualificados como hedge contra risco de mercado ou fluxo de caixa dos outros derivativos. Concluíram que as informações apresentadas pelas empresas da amostra atendiam parcialmente as exigências, entretanto, algumas eram bastante simplificadas e com baixo grau de aprofundamento, prejudicando assim a realização de julgamentos pelos usuários.

Capelletto, Oliveira e Carvalho (2007) investigaram os aspectos relacionados ao

hedge accounting não implementados no Brasil. Verificaram que a implantação de

regras para o reconhecimento, a mensuração e a divulgação do hedge accounting no cenário internacional foi marcada pela edição do SFAS 133 (FASB, 1998), e do IAS 39, (IASB, 2001). Pelo estudo, constataram, na época, diferenças entre as normas brasileiras e as internacionais, em face da falta de previsão para o registro de determinados tipos de operações de hedge no Brasil.

A pesquisa de De Zen, Yatabe e Carvalho (2009) apresentou os aspectos da contabilização de operações de hedge, tendo como base para análise, dois instrumentos

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utilizados no agronegócio brasileiro com a finalidade de hedge: a Cédula de Produto Rural (CPR) e os contratos futuros agropecuários. Os autores afirmam que diversas empresas utilizam derivativos a fim de efetuarem hedging de suas operações no mercado físico, onde a finalidade é proteger o capital, fixar preços e amenizar os efeitos inesperados provenientes das oscilações de ativos e taxas. O estudo se deu de forma bibliográfica, onde foram estudados os procedimentos de hedge accounting, segundo a normatização do FASB, e da CVM. Os resultados mostraram que existiam divergências significativas na evidenciação destes instrumentos, principalmente dos contratos futuros, entre as normas analisadas. Para a CRP, a contabilização proposta foi de acordo com o conceito de “derivativo embutido”, que contemplado pelo próprio FASB para alguns contratos com características híbridas.

Bastos e Galdi (2010) investigaram a metodologia de hedge accounting aplicada aos derivativos exóticos swap com opção de arrependimento e zero costcollar, de acordo com os normativos contábeis SFAS nº 133, IAS 39, Circular Bacen 3.082 e Orientação CPC 14. As operações foram desenvolvidas e comparadas documentando gradativamente as diferenças nas características dos derivativos, testes de efetividade, marcação a valor justo, e as especificidades na contabilização desses instrumentos de acordo com a classificação do hedge: hedge de fluxo de caixa, hedge de valor justo e operação não designada como hedge accounting. Os autores concluíram que o entendimento das características do instrumento derivativo precedia a contabilização do

hedge, regendo, juntamente com a política e documentação formal do relacionamento

de hedge, as fases que antecediam o reconhecimento da operação. Não foi observada motivação para designar a operação como hedge de valor justo, uma vez que não se encontrou vantagens financeiras ou operacionais ao comparar com uma operação não designada.

Araujo et al. (2011) analisaram qual era o nível de adesão do hedge accounting pelas empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa, que integravam o IBrx-100. Para tal, realizaram uma análise de conteúdo nas notas explicativas consolidadas das companhias que possuíam ações na carteira teórica IBrx-100, que representa as 100 ações mais líquidas negociadas na BM&FBovespa, com o propósito de avaliar os seguintes aspectos: a) se a empresa informou ou não a utilização de hedge contábil; b) qual a natureza da operação que está sendo objeto de hedge; c) se a entidade designou, ou não, no período analisado pelo menos uma operação de hedge accounting; d) qual a relação de hedge; e) se foi ou não divulgada a efetividade das operações de hedge e; f) qual a metodologia de cálculo da efetividade.

Observaram que, das 81 companhias abertas analisadas, 71,60% declararam possuir operações de hedge. Dessas, apenas 29,31% divulgaram ter designado ao menos uma de suas operações com derivativos como hedge accounting, 94% evidenciaram informação de hedge da operação e 76% divulgaram informações sobre a efetividade desta operação. Ademais, apenas 2 empresas das 58 companhias que possuem operações de hedge evidenciaram informações sobre a metodologia de cálculo da efetividade do hedge. Os autores destacam que uma provável explicação para a reduzida opção por contabilidade de hedge pode estar nas dificuldades operacionais em cumprir todos os requisitos exigidos pelas normas em vigor e que o nível de adesão pode ter relação direta com o custo-benefício de se adotar essa metodologia de contabilização de operações com derivativos.

Moura e Klann (2013) analisaram a relação existente entre competitividade de mercado, utilização e contabilização de hedge em empresas listadas na BM&FBovespa, sob a ótica da Teoria da Contingência. Para tal, realizaram pesquisa descritiva e quantitativa em uma amostra composta por 182 companhias abertas participantes dos

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níveis diferenciados de governança corporativa. Os dados foram obtidos por meio das notas explicativas, relatórios da administração e do banco de dados Economática, referentes ao ano de 2011. Os resultados revelaram a existência de oligopólios nos setores de materiais básicos, petróleo, gás e biocombustíveis, tecnologia da informação e utilidade pública e uma estrutura de alta competitividade nos setores de bens industriais, construção e transporte, consumo cíclico, consumo não cíclico e financeiro.

Verificaram que aproximadamente 60% das companhias da amostra possuíam no mínimo um tipo de hedge, sendo que 70 dentre as 182 analisadas possuíam hedge de fluxo de caixa, 62 hedge de valor justo e apenas 11 possuíam hedge de investimento líquido no exterior. Verificaram ainda que apenas 36, ou seja, aproximadamente 20% dessas empresas utilizavam a metodologia de hedge accounting, sendo que os setores econômicos de bens industriais e de materiais básicos se destacaram, assim como se destacaram também pela utilização de hedge. Por fim, os resultados evidenciaram

relação estatisticamente significativa entre competitividade e uso do hedge e uma relação não significativa entre competitividade e hedge accounting. Concluíram que a competitividade poderia ser considerada um fator contingencial que influenciava na utilização de hedge, mas, não podia ser considerada um fator contingencial que influenciava para a contabilidade de hedge.

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A fim de atender ao objetivo proposto no artigo, realizou-se pesquisa descritiva, conduzida por meio de análise documental e abordagem quantitativa. A população da pesquisa compreendeu todas as empresas listadas em todos os setores da BM&FBovespa que constavam na lista, consultada em 31 de maio de 2013, disponibilizada pela instituição, com exceção das empresas do setor financeiro e outros, que foram excluídas em virtude das peculiaridades do setor,

A amostra é considerada intencional e não probabilística, compreendendo 150 companhias abertas de diferentes setores econômicos participantes do nível 1, nível 2 e novo mercado da BM&FBovespa que, por participarem dos níveis de governança, estão sujeitas a um conjunto de práticas que visam ampliar os direitos dos acionistas, transmitir maior segurança e melhorar a qualidade das informações ao público.

Inicialmente foi verificado quais companhias da amostra possuíam algum tipo de

hedge e qual tipo era utilizado. Para isso, os dados foram coletados a partir das notas

explicativas e relatórios da administração disponibilizados no site da BM&FBovespa. Em seguida, foram identificadas as companhias da amostra que eram auditadas por alguma das big four (Pricewaterhousecoopers Auditores Independentes, KPMG Auditories Independentes Financial Services, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes e Ernest & Young Auditores Independentes S/S). As informações sobre a empresa de auditoria foram obtidas por meio dos Relatórios de Referência disponibilizados no site da BM&FBovespa

O período de análise correspondeu ao ano de 2011. A escolha desse período justifica-se porque os pronunciamentos Técnicos CPC 38 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, CPC 39 – Instrumentos financeiros: apresentação e CPC 40 – Instrumentos financeiros: evidenciação, entraram em vigor apenas para as demonstrações contábeis a partir do ano de 2010. Sendo assim, no ano de 2011 todas as companhias já estavam sujeitas as especificações dos novos pronunciamentos.

A análise dos dados foi realizada utilizando-se de estatística descritiva e regressão logística. A regressão logística, segundo Hair Jr et al. (2009, p. 34), “[...] é a técnica multivariada adequada quando a única variável dependente é dicotômica”, caso

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deste estudo, em que a variável dependente é representada pela utilização ou não de

hedge. Foi atribuído valor “0” para as empresas que não possuíam hedge e “1” para

aquelas que possuíam. Desta forma, buscou-se verificar a associação da variável dependente/binária “Utilização de hedge” com as variáveis independentes “auditoria por alguma das big four” e “empresa big four”, por isso, definiu-se a regressão logística como técnica estatística apropriada.

6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Esta seção contém a descrição e análise dos dados coletados. Primeiramente, apresentam-se as estatísticas descritivas sobre a utilização do hedge e empresas que possuíam auditoria por big four. Na sequência, demonstram-se os resultados da regressão logística que possibilitaram alcançar o objetivo do estudo.

Inicia-se pela Tabela 1, expondo o total de empresas que possuem cada um dos tipos de hedge no ano de 2011, entre as 150 que compõem a amostra.

Tabela 1 – Número de empresas que possuíam cada um dos tipos de hedge no ano de 2011

Utilização de hedge Total %

Total de empresas que possuem hedge de fluxo de caixa 57 38 Total de empresas que possuem hedge de valor justo 56 37 Total de empresas que possuem hedge de valor líquido de investimento 7 5

Total de empresas que possuem algum tipo de hedge 86 57

Fonte: dados da pesquisa.

Percebe-se na Tabela 1, que se destacaram no ano de 2011 o hedge de fluxo de caixa e o hedge de valor justo, pois foram utilizados por 57 e 56 empresas, respectivamente, das 150 analisadas. Por outro lado, o hedge de valor líquido de investimento foi utilizado por apenas 7 empresas.

Verifica-se que 57% das empresas da amostra possuíam algum dos três tipos de

hedge no período analisado. Portanto, mais da metade da amostra, assim como

verificado no estudo de Saito e Schiozer (2007), que realizaram comparações com os resultados de pesquisas semelhantes de outros países, concluindo que a proporção de empresas que usavam derivativos no Brasil não era significativamente diferente da observada em países como Estados Unidos, Reino Unido, Hong Kong, Cingapura e Suécia, mas era menor do que a observada na Alemanha.

Na Tabela 2 demonstra-se a quantidade de empresas listadas na BM&FBovespa que possuíam auditoria por big four no ano de 2011.

Tabela 2 – Número de empresas listadas que possuíam auditoria por big four no ano de 2011

Auditoria por big four SimNão 11931

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com os dados da Tabela 2, pode-se afirmar que, na amostra de empresas analisadas, é maior o número de empresas auditadas por big four, pois aproximadamente 80% do total eram auditadas por big four. Segundo Braunbeck (2008), os elevados padrões globalizados nos serviços de auditoria oferecidos por essas empresas e o alto controle de qualidade em seus trabalhos, fazem com que o mercado de capitais de preferência a investir em empresas que tem sua auditoria realizada por big

four. Fazendo com que a demanda de auditoria por big four tenha um nível bem elevado

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Na sequência, realizou-se a regressão logística, com o objetivo de identificar se auditoria por alguma das big four e também se a empresa de auditoria big four poderiam ser considerados fatores determinantes para utilização do hedge. O primeiro passo é demonstrar, por meio da Tabela 2, como seriam classificadas as empresas caso o modelo se deixasse guiar apenas em função dos enquadramentos observados.

Tabela 3 – Quadro de classificação anterior à análise de regressão logística Classification Table(a,b)

Observed HEDGEPredicted Percentage

Correct

Não possui Possui

Step 0 HEDGE Não possui 0 64 0

Possui 0 86 100

Overall Percentage 57

a. Constant is included in the model. b. The cut value is 0,500.

Fonte: dados da pesquisa.

Nota-se na Tabela 3, conforme resultados gerados pelo software estatístico SPSS, que a amostra composta por 64 empresas que não possuíam nenhum tipo de

hedge e 86 empresas que possuíam no mínimo um dos três tipos de hedge teria uma

pré-classificação em que todas as empresas estariam classificadas como possuindo algum tipo de hedge. Conforme descrevem Corrar, Paulo e Dias Filho (2009), significa que o modelo iria classificar corretamente as empresas que possuíam no mínimo um dos três tipos de hedge, mas incorretamente aquelas que não possuíam nenhum dos tipos.

Nessa pesquisa, o percentual geral de acertos nas classificações seria de apenas 57%. Essa análise é importante, segundo Corrar, Paulo e Dias Filho (2009), pois serve como referência para avaliar a eficácia do modelo a partir do momento que ele passar a operar com as variáveis independentes. Sendo assim, espera-se que tal percentual se eleve após a inclusão de tais variáveis.

Na Tabela 4 evidenciam-se as respectivas variáveis independentes com os respectivos scores e níveis de significância.

Tabela 4 – Variáveis independentes da regressão logística Variables in the Equation

Variables Wald Df Sig.

Big four 1,2390 1 0,2660

Empresa big four 0,3050 1 0,5810

**Estatisticamente significativa ao nível de significância de 0,05. *Estatisticamente significativa ao nível de significância de 0,10. Fonte: dados da pesquisa.

Por meio da Tabela 4, observa-se que nenhuma das duas variáveis demonstraram-se significantes para explicar a utilização do hedge das companhias da amostra. Sendo assim, o fato das companhias serem auditadas por alguma das big four não pode ser considerado um fator determinante para utilização do hedge. Também verifica-se que, individualmente, nenhuma das quatro big four possui relação estatisticamente significante com a utilização ou não de hedge.

Na sequência, por meio da Tabela 7, apresentam-se os testes Step, Block e Model, Hosmer & Lemeshow, e os indicadores -2LL, Cox-Snell R2 e Nagelkerke que possibilitam analisar, após a inclusão das variáveis independentes, se o modelo pode ser considerado capaz de realizar as predições com a acurácia desejada.

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Tabela 5 – Testes para validação do modelo de regressão logística Omnibus Tests of Model Coefficients

Chi-square df Sig.

Step 1 Step 2,8750 3 0,4110

Block 2,8750 3 0,4110

Model 2,8750 3 0,4110

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 201,8300 0,019 0,026

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 8,1750 6 0,226

*Estatisticamente significativa ao nível de significância de 0,01. Fonte: dados da pesquisa.

Os testes Step, Block e Model objetivam demonstrar a capacidade preditiva do modelo. Nesse caso, o resultado apresentado na Tabela 5 foi 2,875, não significativo estatisticamente, confirmando que as variáveis independentes não contribuem para melhorar a qualidade das predições.

Verifica-se ainda, na Tabela 5, um valor para -2Log likelihood correspondente a 201,83 que indica um mau ajuste. O teste Cox & Snelle Nagelkerke são considerados Pseudos-R-Quadrado e se assemelham ao coeficiente de determinação R2 utilizado no modelo linear conforme Corrar, Paulo e Dias Filho (2009). Portanto, o Cox & Snell, nessa pesquisa, indica que apenas 0,019% das variações ocorridas no log da razão da variável dependente (utilização de hedge) são explicadas pelo conjunto das variáveis independentes (auditoria por alguma das big four, empresa de auditoria). O Nagelkerke conforme descrevem Corrar, Paulo e Dias Filho (2009), trata-se de uma versão adaptada do Cox e Snell que fornece resultados entre zero e um e, nessa pesquisa, indica que o modelo é capaz de explicar apenas 0,26% das variações registradas na variável dependente.

Por último, o teste Hosmer e Lemesshow que visa, também segundo Corrar, Paulo e Dias Filho (2009), testar a hipótese de que não ocorrem diferenças significativas entre o que foi predito e observado pelo modelo, resultou em um valor de 8,1750 e não possui significância estatística. Esse resultado também indica que tais fatores analisados não podem ser considerados fatores determinantes para utilização do hedge, nas companhias da amostra analisada.

Na Tabela 6 demonstra-se o percentual de acertos nas classificações após a inclusão das variáveis independentes.

É possível perceber na Tabela 6 que após a inclusão das variáveis independentes o percentual de acerto do modelo, que antes era de 57% (apresentado na Tabela 3), subiu para apenas 59%. Ao analisar as 64 empresas que não possuíam nenhum tipo de

hedge, nota-se que apenas 14% estariam classificadas corretamente. Em relação as 86

empresas que possuíam no mínimo um dos três tipos de hedge, verifica-se que o percentual de acerto após a inclusão das variáveis independentes reduziu de 100% (apresentado na Tabela 3) para 92%.

Tabela 6 – Quadro de classificação final da análise de regressão logística Classification Table(a,b)

(11)

HEDGE Percentage Correct

Não possui Possui

Step 0 HEDGE Não possui 9 55 14

Possui 7 79 92

Overall Percentage 59

a. Constant is included in the model. b. The cut value is 0,500.

Fonte: dados da pesquisa.

Sendo assim, ao considerar mais esses resultados, é possível afirmar estatisticamente que o fato das companhias serem auditadas por alguma das big four não pode ser considerado um fator determinante para utilização do hedge, assim como, individualmente, nenhuma das quatro big four possui relação estatisticamente significante com a utilização ou não de hedge.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do estudo foi investigar a relação entre utilização de hedge e auditoria por big four em um conjunto de companhias abertas listadas na BM&FBovespa. Para tal, realizou-se pesquisa descritiva, conduzida por meio de análise documental e abordagem quantitativa, com emprego de regressão logística. A amostra foi composta por 150 companhias, com dados referentes ao ano de 2011, obtidos por meio dos relatórios de administração e relatórios de referência disponíveis no website da BM&FBovespa.

Os resultados demonstram que, no período analisado, 57% das empresas da amostra possuíam algum dos três tipos de hedge. Com destaque para o hedge de fluxo de caixa e o hedge de valor justo, pois foram utilizados por 57 e 56 companhias, respectivamente, das 150 analisadas. Também constatou-se que 119 delas, ou seja, aproximadamente 80% eram auditadas por alguma das big four.

O modelo de regressão logística revelou que nenhuma das variáveis demonstraram-se significantes para explicar a utilização do hedge nas companhias da amostra. Portanto, conclui-se que o fato das companhias serem auditadas por alguma das big four não pode ser considerado um fator determinante para utilização do hedge. Também é possível concluir que, individualmente, nenhuma das quatro big four possui associação estatisticamente significante com a utilização ou não de hedge nas companhias analisadas.

A pesquisa orientou-se no sentido de contribuir para os estudos teóricos e empíricos sobre hedge, em especial, sobre os fatores que influenciam para a sua utilização em companhias brasileiras. O tema é de grande importância e crescente discussão no meio acadêmico, merece destaque e os resultados encontrados provocaram interesse para futuras pesquisas. Assim, sugere-se acompanhar a utilização do hedge, não apenas nas empresas listadas nos níveis diferenciados de governança, mas também para as empresas do mercado tradicional. Também seria interessante verificar se o setor de atuação interfere nos resultados encontrados, além de outros períodos de tempo e outros fatores não utilizados neste estudo.

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