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CRÍTICA MACINTYRIANA À CORRENTE LIBERAL

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Academic year: 2021

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ASPECTOS DA

Introdução

A filosofia moral e p num debate, já enraizado, e repercussão a partir dos a revitalização da teoria liber Theory of Justice, consid “liberalismo”, ao lado de R Larmore. No contexto dess Michael Walzer, Will Kym expoentes da corrente den realizadas ao liberalismo, b liberais.

Enquanto os liberais Stuart Mill, Kant; os comu Hegel e na tradição repub discussão encontram-se du liberais/comunitaristas: a qu comunidade que implicam estado.

Percebe-se claramen liberais defendem o respe paternalista, cuja função pol de maneira equitativa, de li boa; os comunitaristas retom história das tradições é im

A CRÍTICA MACINTYRIANA À C

LIBERAL

Alexandrina P Mestrado – Universid São C B alexandrina_paiva

e política do escocês Alasdair MacIntyre enco o, entre liberalismo e comunitarismo, debate e

s anos 80 como uma perspectiva filosófica eral proposta por John Rawls, a partir dos ano siderado como integrante da corrente opos Ronald Dworkin, Thomas Nagel, Bruce Acke esse cenário, Alasdair MacIntyre, ao lado de

ymlicka e Michael Sandel, é considerado um denominada “comunitarismo”, tentando anal

, buscando oferecer uma alternativa viável às

rais se consideram herdeiros de autores como munitaristas possuem sua fundamentação no ar publicana da Renascença. Dentre os temas e duas questões que são fundamentais para q questão sobre justiça e o bem e a questão sobre m em questões contemporâneas como liberdad

ente que seus posicionamentos são distinto peito aos direitos dos indivíduos, opondo-se política deveria restringir à garantia concedida a e liberdade de escolha para perseguir uma conc tomam a ética das virtudes e uma concepção p imprescindível: o indivíduo é um membro in

CORRENTE

a Paiva da Rocha rsidade Federal de Carlos (UFSCar) Bolsista FAPESP iva@yahoo.com.br ncontra-se inserida esse que ganhou ca em resposta à nos 70, na obra A osta denominada ckerman e Charles e Charles Taylor, um dos principais nalisar as críticas às ordens sociais o Locke, Hobbes, aristotelismo, em s essenciais dessa que a discussão bre o indivíduo e a dade, autonomia e ntos, enquanto os se a um Estado a a cada indivíduo oncepção de “vida política em que a inserido em uma

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comunidade política de ig obrigações éticas com um f idéia de bem comum, ou homem bom se comportaria

Nessa ligação entre o os liberais defendem a prio que os comunitaristas de teleológica. Com base na podemos, como já vimos an com base na segunda, p antiperfeccionistas e teorias respe aque perfe epist 1. O bem e o justo

Essa oposição filosó justo e bem é um tema que nova afirmação pelos libera os pensamentos morais e po questão não era de quais c determinado que o bem po torno de qual bem consider vida, denominada pelos gre possuem uma preocupação devo agir? Essa questão de possibilitariam a procura d relação ao meu bem, minha implica, bem evidentement esfera da política.” 413 412 BERTE, A.,SILVEIRA, P da PUF, 1997.p.30. 413 Idem, p. 26.

iguais. Na democracia dessa vida política, o fim social, vivendo para a sua comunidade e u seja, indivíduos devem se comportar da m ria para enobrecer a vida comunitária.

re os conceitos de justo e de bem tornou-se com rioridade do "justo sobre o bem", uma posição defendem a prioridade do "bem sobre o a primeira interpretação da prioridade do jus antes, classificar as teorias em deontológicas e podemos chegar a uma outra classificaçã

ias perfeccionistas.

Chama-se habitualmente “teorias deontológicas” speitam a prioridade do justo no sentido moral e “teo uelas que não a fazem. Paralelamente, chama rfeccionista” aquelas que respeitam a prioridade do istemológico e “teorias perfeccionistas”, aquelas que não

osófica discutida pela as duas correntes sobre ue faz parte dos principais temas da tradição o erais da prioridade do justo sobre o bem traça um

políticos da antiguidade e da modernidade. Pa conceitos possuíam prioridade sobre o outro possuia prioridade sobre o justo, então a que erado objeto do meu desejo me conduziria a m gregos como eudaimonia. Como já mencionad ão com o justo que gira em torno das seguintes determinaria a minha ação em relação as con a do bem, por cada indivíduo através dos dev ha felicidade. “Esta nova maneira de colocar a ente, uma distinção de princípio entre a mor

da, POURTOIS, H. (Org.) Libéraux et communauta

, o indivíduo têm e em torno de uma maneira como o

omum afirmar que ção deontológica e o justo", posição justo sobre o bem s e teleológicas. E ção entre teorias

as”, as teorias que teorias teleológicas”, a-se “teorias anti-do justo no sentianti-do não o fazem.412

re os conceitos de o ocidental. E essa uma divisão entre Para os antigos, a tro, porque já era questão girava em a melhor forma de ado, os modernos tes questões: como condições que me deveres e não em r a questão moral oral pessoal e a

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Esse debate atual mencionado, um deslocame sobre esse deslocamento é Cada uma das correntes pos os liberais consideram-no, apenas uma série de atitud justo. Os liberais considera relação aos antigos livrou orientação para as ações mo determinou o bem como pr ações.

Essa bifurcação da m das sociedades modernas, oposição o individualismo lado defende a liberdade in dizer, a organização burocrá alternativos de vida social p livres e arbitrárias dos indi arbitrárias dos indivíduos e sociedades modernas oscila

essa moda conte mora ao m histó ganh histó 2. Individuo e Comunidad Após determinar individualismo, é essencia indivíduos determinam sua encontra à margem desta. E habitante não era entendi

414 Idem, p. 71.

al sobre os conceitos de bem e justo mos mento do interesse filosófico, em virtude dis é colocada: podemos considerá-lo como pro possuem respostas diferentes para esse deslocam

o, unimamente, um progresso, do lado dos co udes profundamente críticas em relação a essa eram que esse deslocamento dos conceitos j ou a ética de questões subjetivas, já que a f morais, em outras palavras, foi a noção moder

princípio formal, definindo um critério moral

a moral pessoal e a esfera da política é uma da s, em que os debates políticos são realizad o e o coletivismo. Apesar de discordarem, um e individual e o outro, o planejamento e a or

crática, entram em consenso quanto à limitação l possíveis para nós. O primeiro afirma a sober ndivíduos; o segundo defende a limitação das s em nome da soberania da organização. Assim

ila entre a liberdade e as formas de controle:

sa transformação do eu e de seu relacionamento com odalidades mais tradicionais de existência para as f

ntemporâneas, não poderia ter acontecido, é claro, se as oral, a linguagem da moralidade, não tivessem também mesmo tempo. De fato, é errado separar a história do e stória da linguagem que o eu especifica e por intermédi

nham expressão. O que descobrimos é uma única hi stórias paralelas.414

ade

r o espaço que o bem do homem pos cial entender sua principal categoria que é o

sua identidade anteriormente a qualquer ord . Essa concepção é distinta da visão na antigu ndido de maneira particularizada com acon

ostram, como já disso uma questão rogresso ou erro? camento, enquanto comunitaristas há ssa deslocação do s justo e bem em a felicidade era a erna de dever que al objetivo para as

das características ados tendo como uma vez que um organização, quer ção de dois modos berania das opções as opções livres e sim, a política das

om seus papéis, das s formas emotivistas as formas do discurso m sido transformadas o eu e seus papéis da dio da qual os papéis história, e não duas

ossui dentro do é o indivíduo. Os rdem social e se iguidade em que o ontece em nossa

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sociedade, não havia a noçã o seu rol social dentro da divina, que faz com que se a Continuando na soc indivíduo a realizar as ações desejos é o que determina afirmações de razões para a Essa passagem do desejo p concordância dos procedim em que os últimos dados sã de forma concreta e satisfa preferências.

A realização dessas também ocorre na instituiç mercado é através da expres e bens são manifestados. A está disposto a assumir e é possui meios para negoci barganhar e afirma que esse mercado, mas também na repercussão nas preferência de um indivíduo conduz a s que a realização de pref desinteressado, já que só desvantagem os que nada te

torna comp recon recon com artíst distin ele m 415 MACINTYRE, Alasdair. Ju 362. 416 Ibidem.

oção de indivíduo, mas de um habitante auto-id da polis ou de qualquer outra ordem seja ela

e aceite o que é imposto pela sua ordem. ociedade moderna liberal, deve-se determinar ões. Os desejos são os motivos dessa ação e a s na o bom. Assim, as expressões de desejo vã a a ação, ou seja, serão as premissas para o rac

para a ação, do pensamento para a ação acon imentos públicos do mercado e a política indiv são as de preferência.Ter preferências é o bas sfazê-las, no entanto não se pensa em como se

as preferências não acontece apenas na esfera s uição do mercado, que é dominante na econo ressão de preferências individuais que as neces . A preferência individual depende do custo q e é capaz de pagar, ou seja, na medida em q ciar, passa a ter uma voz eficaz. MacIntyr sse ato de negociação não é importante apenas na esfera social e política. As preferências d cias dos demais na medida que certa satisfação a satisfação de suas próprias preferências, e vice refrências na economia de mercado não

só os que tem algo a dar, recebem. Por tem a dar, e mesmo meios para negociar. 415

Nesse contexto, duas características do sistema l rnam-se inteligíveis. A primeira refere-se ao modo pelo mprometido com o fato de não haver um único conhecimento de uma série de bens faz-se conhecimento de uma dérie de esferas compartimenta

m o seu próprio bem a ser perseguido: político, ec tístico, atlético,cientifíco. Desse modo, é dentro de um stintos que cada indivíduo persegue seu próprio bem, e e manifesta expressam essa variedade de relações sociais

Justiça de Quem? Qual Racionalidade? São Paulo,

identificado com ela teleológica ou

ar o que leva cada a satisfação desses vão determinar as raciocínio prático. contece através da dividualista liberal bastante para atuar se chegou à essas a social e política, nomia liberal. No essidades, desejos o que o individuo que o indivíduo tyre usa o termo as na economia de s de um recebem o das preferências ice-versa. Conclui o é um processo r isso, estão em a liberal de avaliação elo qual o liberal está o bem supremo. O acompanhar pelo ntalizadas, cada qual econômico, familiar, uma série de grupos e as preferências que ais.416

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As teorias políticas moderno, valorizando o ind valorizando a pluralidade d politica. Idéia claramente o grupo social, não o indivíd entidades culturais. Para os sujeito atomizado e fragme atitude individualista e egoc individual quanto sobre o liberal:

Ser torna um a geral

Para os teóricos com realizar escolhas soberanam se a liberdade e a identidad Defendendo-se das criticas apesar de pertencerem a culturais, políticos ou religi ao contrário, são detentores participação em tais grup convicções.

O pressuposto comu indivíduo é a história de ca construído por sua imersão o resultado de uma escolha uma determinada situação s sujeito pré-social, mas um s

417 Ibidem. 418

Walzer, M. “The Communi WELLMER, A. “Conditions d’u cit., p.376.

as liberais possuem uma estreita ligação com o individuo em detrimento do grupo social, con de concepções de vida boa no interior da mes e oposta aos comunitaristas, para as quais se d

íduo, pois a atomização fragiliza o aspecto so os comunitaristas, a valorização do individuali mentado, induzindo os membros do corpo soci gocêntrica com efeitos desestruturantes tanto so o grupo. MacIntyre não vê com bons olhos

r educado na cultura de uma ordem social liberal, rnar-se o tipo de pessoa para quem parece normal busca

adequado a sua propria esfera, sem um bem supremo q ral a vida. 417

omunitaristas, como esse ser humano sem raíze amente acerca de fins e valores que orientam a ade do homem não são características ontologi icas comunitaristas, os liberais afirmam que

a diferentes grupos econômicos, sociais, ligiosos, não são determinados exclusivamente

res de liberdade para questionar e rejeitar qua rupos, instituições ou atividades, incluindo

munitarista que fundamenta sua teoria e explica cada um inserido em comunidade, uma vez qu ão na comunidade. Os fins que conduzem a ex ha arbitrária, mas o resultado de uma vivência o sócio-cultural que nos precede: o sujeito lib m sujeito pós-social”.418

nitarian Critique of Liberalism”. Political Theory, 1 d’une culture d’emocratique”. In: Lib’eraux et comm

o individualismo consequentemente, esma comunidade e deve valorizar o social e destroi as alismo produz um ocial a terem uma sobre a identidade hos essa “atitude”

l, significa, portanto, scar vários bens, cada o que confira unidade

ízes seria capaz de a sua existência, gicamente inatas? ue os indivíduos, , éticos, sexuais, nte por estes, mas, qualquer forma de do suas próprias

ica a existência do que o individuo é existência não são ia comunitária em liberal, “não é um

18, pp. 6-23, apud

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CONSIDERAÇÕES FINA .

De acordo com a co interdependências económic Os indivíduos são livres participação em grupos, questionar as suas convicç comunitaristas, a atomizaç empobrece e enfraquece incompatíveis com o indivi necessária para que os indiv boa". Por outro lado, a ato social porque suscita um dé Em geral, os comun proporcionam recursos par significa que, na tese comu identidade é formada atravé impossível identificar o i comunidade. Não é possíve dela, dos seus membros – identidade.

Para essa corrente, comunidades orgânicas con compartilhados, porque ca autoritarismo ou a desinte opções, desses dois extrem maneira que propõem para autoritarismo quanto da de republicanismo cívico e as i

BIBLIOGRAFIA

BERTE, A., SILVEIRA, P. Paris: PUF, 1997.

NAIS:

corrente liberal, os indivíduos não são defin micas, sociais, éticas, sexuais, culturais, política

s para colocar em questão e rejeitar qual , instituições ou actividades particulares. S icções, mesmo as mais profundas. Em contrap zação do social tem consequências duplas. e o tecido cultural ao destruir as identi ividualismo liberal. E, a diversidade cultural é divíduos possam escolher livremente uma con tomização do social demonstra-se destruturant déficit de legitimidade.

unitaristas concordam que as comunidades co para que esse eu possa construir sua identidade

unitarista, o indivíduo é construído pela comu avés da narrativa da comunidade da qual faz pa

indivíduo independentemente dos papéis f vel existir um eu separado de sua comunidade p família, vizinhança, cidade, etc... –, que enc

te, a solução diante da desintegração libera onstituídas em torno da idéia de um bem comu

caso isso não possa ser feito, só há duas ntegração. E o comunitaristo tenta distanciar

remos, para os quais a sociedade contempor ara reconstruir essa sociedade orgânica e distan desintegração é revitalizar as tradições, os b

s idéias de reconhecimento e participação.

P. da, POURTOIS, H. (Org.) Libéraux et co

finidos pelas suas ticas ou religiosas. ualquer forma de São livres para raposição, para os as. Por um lado, ntidades culturais al é uma condição oncepção de "vida ante para a ordem

constituem o eu e ade narrativa. Isso munidade, que sua parte e por isso é s fornecidos pela e porque é através ncontramos nossa eral é a volta às mum e de valores as opções, ou o iar-se dessas duas porânea oscila. A tanciar-se tanto do bens públicos, o

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DÍAZ, Francisco Javier de Editorial Dykinson, 2006. MACINTYRE, Alasdair. 1991 (Ed. Original: Whos Notre Dame Press, 1988). ___________________. D Jussara Simões. Rev. Téc EDUSC, 2001

- 293 - PP de la Torre. Alasdair MacIntyre un critico d

. Justiça de Quem? Qual Racionalidade? São ose Justive? Which Rationality? Notre Dame

Depois da virtude: um estudo em teoria m écnica de Helder Buenos Aires de Carvalh

PPG-Fil - UFSCar del liberalismo?. ão Paulo, Loyola, me, University of

moral. Trad. de alho. 2ed. Bauru:

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