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ESCOLA SECUNDÁRIA DO RESTELO

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Academic year: 2021

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(1)

2009-2010

Auto-avaliação

Plano de Melhoria

Equipa de trabalho

Ana Beatriz Ramalho Filomena Gamelas Maria Adelaide Pacheco

Marina Tavares

(2)

__________________________________________ 1 Quanto mais forem as posições que apresento ao espírito durante o tempo em que reflicto sobre uma questão dada, melhor posso pensar como sentiria e pensaria se estivesse no seu lugar, mais forte será a minha capacidade de pensamento representativo e mais válidas serão as minhas conclusões finais, a minha opinião. (…) O verdadeiro processo de formação da opinião é determinado por aqueles em lugar dos quais qualquer um pensa e usa o seu próprio espírito, e a única condição para este emprego da imaginação é a de ser desinteressado, estar liberto dos seus interesses privados

(3)

__________________________________________ 2

I

NTRODUÇÃO

A aprendizagem organizacional é a capacidade das organizações manterem ou melhorarem as suas performances com base na experiência e é uma temática que suscita crescente interesse, pelo facto das organizações operarem num mundo caracterizado pela crescente instabilidade e velocidade de transformação.

Esta aprendizagem organizacional não pode ser compreendida pelas teorias clássicas da aprendizagem que visam essencialmente explicar os processos de aprendizagem individual, e procura os seus próprios modelos teóricos, recorrendo a certas metáforas que permitem, por uma analogia com outros domínios da realidade, pensar a complexidade dos processos envolvidos.

A diversidade de metáforas usadas fundamenta-se em diferentes maneiras de entender as organizações, ou mesmo de entender toda a realidade, como podemos ver pela comparação entre a metáfora do “organismo”, muito frequente na literatura sobre a aprendizagem organizacional, da “máquina” que ocorre muito raramente nesta literatura e da “cultura”, sugerida como a metáfora mais potente em Aprendizagem organizacional e cultura: relações e Implicações1. De facto, se a metáfora da máquina procura pensar as organizações como algo de semelhante aos processos físicos, sujeitos à regularidade e à repetição das mesmas relações causa-efeito, a metáfora do organismo valoriza a adaptação das organizações ao meio como estratégia de sobrevivência; e a terceira metáfora pensa as organizações na sua natureza específica de criações humanas artificiais a que chamamos cultura, reclamando para estas uma certa autonomia e especificidade.

1

Defende-se a utilização de metáforas, de várias metáforas (até por um mesmo autor), enquanto formas potentes de sistematizar informação sobre um fenómeno de forma a compreendê-lo…No entanto queremos realçar que a metáfora cultural, para além de constituir uma das fontes de associação da cultura à aprendizagem organizacional, se revela igualmente potente, pois realça a singularidade de cada organização e desloca o nosso olhar para o nível Organizacional - in T. Rebelo et al. (2001), “Aprendizagem organizacional e cultura: relações e Implicações”, in Psycologica, nº27. Coimbra: Editora Gráfica Lda. p: 77.

(4)

__________________________________________ 3 Esta metáfora da cultura tem a vantagem sobre as outras de salvaguardar a especificidade do domínio da realidade que, por ser o das criações humanas, é essencialmente histórico e temporal. De facto, as organizações têm uma história e é essa história partilhada por todos os que participam numa mesma organização que constituiu um património comum de memórias, experiências, valores e saberes que identificam cada organização, dando-lhe uma identidade.

Se a cultura funciona como uma matriz interpretativa comum que unifica uma organização e a torna única, funcionando como um poderoso meio de integração dos seus membros, ela pode também ser vista segundo um paradigma de diferenciação, levando-nos a enfatizar a existência de várias subculturas numa organização, que podem ser mais ou menos convergentes.

Esta dialéctica integração-diferenciação que é exigida por esta metáfora da cultura evidencia a complexidade da vida duma organização e dos meios a que é necessário recorrer para coordenar, organizar e liderar.

De acordo com esta metáfora, somos levados a pensar a melhoria do desempenho de uma escola não de acordo com modelos gerais ou de prescrições externas, mas de acordo com uma aprendizagem que pode ser facilitada, tomando como eixo esse património comum de normas, valores e saberes partilhados pela organização.

A presente avaliação parte do princípio de que a Escola é uma comunidade com a sua própria cultura, expressa não só nos documentos orientadores da sua acção como o Projecto Educativo, Regulamento Interno, Projectos Curriculares e Plano Anual de Escola, como na prática quotidiana de todos os membros da comunidade educativa.

Cada Escola tem uma identidade própria e a sua evolução e contínua melhoria não se alcançam tanto pelo cumprimento de normativos e receitas pedagógicas externas, como pela capacidade de aprender com o seu próprio percurso, mantendo um permanente equilíbrio entre o que se consolidou como património comum ou tradição e a necessidade de permanente inovação e adaptação à mudança.

De acordo com esta perspectiva, a formação deve ser uma componente essencial da gestão dos recursos humanos, planificada e gerida no interior da escola, de modo a que todos possam construir uma visão partilhada do futuro da instituição, das suas finalidades e dos seus problemas. A presente avaliação

(5)

__________________________________________ 4 do Plano Anual Escola procura constituir-se como um instrumento de reflexão dos órgãos da escola e contribuir para essa visão partilhada:

a optimização do potencial formativo dos contextos de trabalho passa, em termos de formação, pela criação de dispositivos e dinâmicas formativas que facilitem a transformação das experiências vividas no quotidiano profissional em aprendizagens a partir de um processo autoformativo, marcado pela reflexão e a pesquisa, a nível individual e colectivo. É esta articulação entre novos modos de organizar o trabalho e novos modos de organizar a formação (centrada no contexto organizacional) que facilita e torna possível a produção simultânea de mudanças individuais e colectivas. Os indivíduos mudam, mudando o próprio contexto em que trabalham. 2

C

ONCEPÇÃO CURRICULAR E APRENDIZAGENS

Tomando como eixo a metáfora da cultura, ou seja, o património comum de normas, valores e saberes partilhados pela escola, e entendendo-se o currículo como concretização da posição da escola perante a cultura3 pelo processo aberto e dinâmico que tem por finalidade primeira a transmissão e valorização do conhecimento no terceiro ciclo do ensino básico e secundário, e também a construção de um ambiente propício ao desenvolvimento integral e íntegro do aluno, a escola:

▪ Centra as suas actividades pedagógicas e didácticas no desenvolvimento progressivo da autonomia do aluno, pelo reconhecimento externo através dos resultados, e pela realização do projecto pessoal e colectivo dos que a integram;

▪ Projecta actividades de Complemento e Enriquecimento Curricular que permitem o diálogo multidisciplinar e formas de convivência alargada;

▪ Atende à integração dos que apresentam dificuldades na participação na vida escolar: Gabinete de Acompanhamento do Aluno, Serviço de Psicologia e Orientação, Educação Especial e Português para Estrangeiros;

2

R. Canário, Gestão da escola: Como elaborar o plano de formação?. Instituto de Inovação Educacional. p: 5. 3

(6)

__________________________________________ 5 ▪ Incentiva o trabalho colaborativo e criterioso dos Departamentos, da Comissão de Avaliação de Desempenho Docente, dos Coordenadores de Ciclo, das Secções do Conselho Pedagógico e de Directores de Turma que se pautam por critérios de exigência científica e pedagógica;

▪ A comunidade escolar evidencia o esforço profissional dispendido por todos na acção sistemática, que se cruza nas várias estruturas, no sentido da melhoria da qualidade do ensino desenvolvido por equipas disciplinares e multidisciplinares.

A articulação e desenvolvimento curricular nos Departamentos indica que os programas se cumprem, embora de modo distinto, como é instituído pelo sistema educativo: no Ensino Básico é realizada uma gestão integrada e no Ensino Secundário uma gestão por disciplina. Todavia, a interdisciplinaridade em diversas acções programadas no ensino secundário integra saberes, como indicam várias das actividades do Plano Anual 4.

P

LANO DE

A

CÇÃO

Atendendo à intervenção faseada da Parque Escolar, à pandemia e respectivo plano de contingência e à tradicional abertura do ano lectivo com alterações legais, a organização escolar deve ser prudente quanto aos objectivos do plano bianual, ou seja, primeira fase do projecto educativo.

Pelos motivos mencionados, recomenda-se que seja dada prioridade aos seguintes aspectos:

- Trabalho sistemático das competências transversais indicadas nos critérios gerais de avaliação de escola;

- Concentração de esforços em actividades de complemento curricular de modo a evitar a dispersão e a reforçar a multidisciplinaridade, tendo ainda em conta a calendarização das mesmas, de modo a evitar a sua realização no terceiro período;

4

(7)

__________________________________________ 6 - Organização da ocupação plena dos tempos livres escolares de modo a oferecer actividades lúdicas, culturais e de exercício da cidadania;

- Prevenção da indisciplina, que pode vir a aumentar devido às eventuais alterações provocadas pelos factores acima referidos;

- Formação contínua dos diferentes quadros da escola, de acordo com as necessidades e as parcerias;

- Reforço dos mecanismos de segurança e de controlo do espaço escolar num período previsível de dois anos;

- Atribuição de 45 minutos comuns à turma e Director de Turma (DT) do Ensino Secundário para resolução de problemas, aquisição de métodos de trabalho e desenvolvimento de competências cívicas;

- Optimização dos recursos informáticos e audiovisuais existentes para uso na sala de aula.

A

LIDERANÇA E OS NOVOS DESAFIOS

A escola está confrontada com importantes mudanças e novos desafios5 decorrentes:

- da necessidade de integrar uma população escolar mais diferenciada, os pais, a autarquia e outras instituições;

- do maior peso das tarefas de avaliação; - da pressão das novas tecnologias;

- das sucessivas mudanças legislativas.

Se a Escola Secundária Restelo está bem colocada para enfrentar estes desafios devido ao seu corpo docente qualificado, estável e capaz de organizar e gerar as aprendizagens curriculares e enriquecer o curriculum com numerosas actividades que envolvem os alunos e criam um contexto formativo, o qual é igualmente enriquecido com o contributo de personalidades e instituições

5

(8)

__________________________________________ 7 prestigiadas cuja colaboração é solicitada pela Escola, é preciso, no entanto, também identificar claramente as fraquezas e os riscos.

Há riscos evidentes relacionados com as mudanças estruturais do sistema de ensino, com as dificuldades de corresponder aos normativos e prazos legais e, sobretudo, com os elevados índices de falta de pontualidade e a indisciplina emergente, que poderão agravar-se se o cumprimento do Regulamento Interno (RI) e do Código de Conduta não for respeitado por todos os alunos, facto que poderá comprometer a qualidade das aprendizagens e o sucesso escolar.

Do mesmo modo, o não reconhecimento, por parte da tutela, da necessidade de tempo para o trabalho individual e de equipa dos docentes, o facto de o tempo previsto para acções de formação contínua estar confinado a um horário pós-lectivo, assim como a dificuldade em articular a acção correctiva e/ou disciplinar com os pais constituem pontos fracos que dificultam a oportuna acção pedagógica da escola e, a médio prazo, comprometem a plena concretização do seu Projecto Educativo.

Para enfrentar os novos desafios e integrar as diferentes instituições e a diversidade dos actores educativos, que são parte integrante da comunidade educativa, é necessário reforçar, a todos os níveis, a liderança dos professores, entendida como capacidade de definir a complexidade e especificidade da orgânica e finalidade escolares, assim como mobilizar as pessoas na concretização dos objectivos comuns do Projecto Educativo da Escola.

Uma boa liderança, no actual contexto da escola, deve afirmar-se, em primeiro lugar, na Direcção da Escola e seu Conselho Pedagógico e, em segundo, no espaço da sala de aula, onde é indispensável repor a autoridade do professor, mas também na liderança colectiva dos Conselhos de Turma e dos demais órgãos de gestão intermédia.

É preciso a todos estes níveis reforçar a liderança colectiva e partilhada através do trabalho colaborativo, assim como encontrar um novo estilo de liderança, que combine o poder “ duro” capaz de impor regras, com o poder “ brando”, capaz de mobilizar energias, de criar consensos e contratualizar soluções, para o que se torna imprescindível o entendimento de que à Escola cabe a decisão técnico-pedagógica e a supervisão do Projecto Educativo.

(9)

__________________________________________ 8 A capacidade de liderança requer uma visão ampla dos problemas, a nível científico e pedagógico, assim como capacidades interpessoais e organizacionais que podem ser adquiridas e aprofundadas simultaneamente pela experiência e pela formação que, no actual contexto, deve ser considerada uma das prioridades da Escola.

P

LANO DE

A

CÇÃO

1. Desenvolvimento da profissionalidade docente

Promover o desenvolvimento de competências, através de acções de formação externas, do trabalho de planificação e leccionação colaborativo, da pesquisa em comum de tópicos de interesse profissional.

Realizar parcerias com as Faculdades de Letras de Lisboa (FLUL), de Ciências e de Psicologia e Ciências Humanas a fim de obter a formação já requerida.

Orientar a avaliação de docentes a partir de uma estrutura de supervisão científica e pedagógica interna.

2. Reforço da liderança colectiva das estruturas de gestão intermédias Os órgãos de gestão pedagógica devem converter-se em eixos da formação em contexto, virada para a resolução dos problemas da escola e articulada com as modalidades tradicionais de formação.

É necessário regulamentar a duração máxima das reuniões de Conselho Pedagógico e de Departamentos Curriculares, assegurando a planificação e a análise prévias de documentos.

A Direcção Executiva deve acautelar a gestão equilibrada dos recursos humanos, orientada pelos princípios da não acumulação de cargos e da rotatividade das pessoas no seu exercício, salvaguardando as metas do Projecto Educativo (PE).

A Direcção Executiva, conhecendo a multiplicidade de funções desempenhadas pelos docentes (umas inerentes, outras advenientes de falta de pessoal administrativo) deve atender às necessidades temporais e espaciais

(10)

__________________________________________ 9 para que o trabalho colaborativo de planificação, análise, reflexão e reformulação das actividades pedagógicas decorra em tempo próprio.

É necessária a construção de Planos Formais de Melhoria em todas as estruturas de gestão intermédia. ( Cf., Relatório do ME - IGE, III , 5. )

É necessário prever o aumento da componente pedagógica do cargo de DT pela atribuição de mais 45 minutos destinados ao cumprimento das tarefas burocráticas exigidas pelo cargo.

3. Reforço das estruturas de apoio pedagógico especializado

Contratar mais um psicólogo educacional para o SPO e um professor de Educação Especial, a fim de:

- optimizar o apoio psico-pedagógico aos muitos alunos que o requisitam e alargar a resposta aos pedidos dos DT;

- permitir ao SPO um papel activo nos Gabinetes de Acompanhamento ao Aluno e Gabinete Disciplinar.

4. Redução e simplificação da carga burocrática do trabalho docente Transferir as tarefas burocráticas do DT para a Secretaria, a que devem ser afectados mais dois funcionários, a fim de substituir os que estão ausentes.

Facultar o acesso do programa de alunos aos computadores pessoais dos DT, mediante a criação de um utilizador/password pessoais, mantendo a segurança necessária.

Actualizar a página da escola e introduzir o hábito da sua consulta regular, evitando a circulação da informação em papel, utilizando-se a plataforma Moodle.

5. Organização da participação dos pais

A comunicação com os pais deve ser predominantemente organizada e institucional, conduzindo a uma participação efectiva nos órgãos da escola e ser orientada para a partilha dos valores e finalidade do Projecto Educativo e do Regulamento Interno.

(11)

__________________________________________ 10 Convocar e preparar cuidadosamente reuniões trimestrais de Encarregados de Educação (EE), para informações sobre o percurso escolar da turma, apresentação das estratégias pedagógicas e discussão dos documentos orientadores da Escola (PE e RI).

Simplificar e clarificar o atendimento individual pelos DT, institucionalizando a comunicação via e-mail, definindo prioridades na marcação de entrevistas e obrigatoriedade de agendamento prévio com uma semana de antecedência (prazo mínimo), devidamente registado.

E

SCOLA E EXERCÍCIO E CONSTRUÇÃO DA

C

IDADANIA

Cidadania e civismo são conceitos associáveis, embora distintos. A educação cívica é uma parte da educação para a cidadania. O civismo pode ser definido «como uma qualidade do cidadão que se expressa na inserção e participação na vida civil da sociedade e nos seus ditames jurídico-políticos.6

De acordo com a metáfora da cultura, a escola no exercício da cidadania deverá pautar-se por uma pedagogia cultural de valores, cujo apoio em documentos fundamentais garante um acordo universalizável. Da cultura decorre a substância do processo educativo em que a personalidade em desenvolvimento se conforma com a integralidade e integridade de cada ser humano irrepetível.

A escola pode e deve permitir ao aluno um desenvolvimento pessoal e social que se cruza, inevitavelmente, com outros de gerações distintas e diversas concepções culturais, num espaço distinto do familiar nas finalidades e métodos. Esta nova experiência combina com a estruturação valorativa por assimilação crítica conduzida pelos agentes escolares, pelo confronto do aluno consigo próprio e com os seus pares. Esta estruturação valorativa gera crises, escolhas difíceis, responsabilidades e tensões para as quais a prescrição uniformizada

6

(12)

__________________________________________ 11 nem sempre produz o efeito desejado. Assim, e apesar das contrariedades previsíveis, consideramos que a estruturação valorativa do aluno em contexto escolar exige o desenvolvimento de hábitos de:

- respeito pelas normas ( Regulamento Interno e Código de Conduta na Sala de Aula), enquadradas pela explicitação e gradual compreensão das suas finalidades;

- trabalho em sala de aula, sem prejuízo do grupo-turma; - diálogo com os pares e com os diversos agentes educativos; - cumprimento de rotinas institucionais da escola;

- participação nas decisões relativas à comunidade escolar;

- participação nas actividades culturais, desportivas, cívicas e da comunidade educativa na escola ou em sua representação.

A escola desenvolve a Formação Cívica no Ensino Básico, comprometendo o Director de Turma nesta acção formadora pela inscrição desta área no seu horário e pela natureza transversal do Projecto Curricular de Turma. Como é do conhecimento geral, o Ensino Secundário só pode desenvolver a Educação para a Cidadania lançando e orientando interdisciplinarmente actividades pontuais que constem no Plano Anual. No entanto, a actual oferta da disciplina opcional de 12ºAno - Ciência Política, complementará a formação dos alunos em dois dos Cursos. Do mesmo modo, a Área de Projecto, no 12º ano, constitui um contributo valioso para o desenvolvimento desta componente formadora.

Atendendo ao currículo informal, e para que o formal se desenvolva integralmente, considera-se que a Comunidade Educativa pode e deve estar mais atenta e aprofundar as competências cívicas seguintes:

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__________________________________________ 12

Erros Opostos COMPETÊNCIAS CÍVICAS 7 Erros Opostos Cobardia CORAGEM - A força de sustentar convicções quando a

consciência assim o exigir. Sem coragem, o indivíduo torna-se muito mais sugestionável pelos líderes de opinião, pelos grupos de pressão e pela comunicação social.

Temeridade

Permissividade TOLERÂNCIA - A capacidade de aceitar posições diversas das nossas, desde que fundadas no respeito pela dignidade humana, exige convicções muito firmes. A tolerância distingue-se do dogmatismo, que recusa atitudes que se lhe oponham, e da permissividade, que é indiferente à dignidade da vida humana.

Fanatismo

Sentimento apátrida

PATRIOTISMO - A lealdade aos princípios e valores nacionais. O patriotismo é uma virtude central de qualquer democracia e que exige a recusa de atitudes como o nacionalismo xenófobo que ataca as outras nações e do cosmopolitismo desnacionalizado que não se identifica com nenhuma.

Nacionalismo xenófobo

Passividade COMPROMISSO - A capacidade de chegar a acordo com outros. Uma vez que a democracia defende predomínio do bem comum sobre os bens particulares, a cidadania deve preparar cada indivíduo para fazer cedências mútuas dentro da razoabilidade.

Autoritarismo

Subserviência LEGALIDADE - A supremacia do Direito tem duas consequências: o respeito pela norma legislada, mesmo quando com ela não concordamos inteiramente, e o esforço para modificar a legislação que consideramos injusta ou desapropriada.

Legalismo

Indiferença CONCERTAÇÃO SOCIAL - A participação na democracia exige tentativas renovadas para alcançar os fins públicos. A democracia é talvez o mais difícil dos regimes políticos porque exige uma concertação permanente de interesses.

Partidarismo

Corrupção passiva

TRANSPARÊNCIA - Expressão da verdade das condutas dos cidadãos e nos actos das instituições. A transparência ou honestidade é a fórmula para que a tomada de decisões em democracia não se apresente dominada por interesses ocultos que são outras tantas agressões ao bem comum.

Corrupção activa

Individualismo PLURALISMO - O respeito pelos outros que sustentam ideias diferentes das nossas é essencial numa sociedade pluralista, que se vê ameaçada pelos defensores do partido único, como pelos defensores do abstencionismo.

Totalitarismo

Servilismo CIVILIDADE - As normas de civilidade e cortesia envolvem um conjunto de práticas que se pautam pelo recurso à argumentação racional e pela recusa da força e da ameaça no relacionamento humano, no respeito pelo património público e pela propriedade privada.

Irresponsabilid ade

7

(14)

__________________________________________ 13

P

LANO DE

A

CÇÃO

1. O exercício das competências cívicas pode ser reforçado por medidas estratégicas que facilitem a comunicação, previnam situações de conflitualidade, de indisciplina, e favoreçam o bom clima de escola, tais como:

- informação veiculada pelo Director de Turma aos alunos acerca da legislação que permite a eleição do cargo de Delegado e Sub-delegado de Turma (direitos e deveres);

- informação veiculada pelo Director de Turma aos Pais/ Encarregados de Educação acerca da legislação que permite a eleição para o cargo de Representante dos Pais(direitos e deveres);

- reunião dos Delegados de Turma do Ensino Básico e Secundário e Representantes dos Pais/EE com a Direcção Executiva no primeiro período;

- reformulação do registo de ocorrências do Livro de Ponto para uso dos docentes da turma e informação do DT;

- realização de Reuniões do DT com Pais/EE do Ensino Secundário no início de cada período, com ordem de trabalhos, previamente definida;

- realização de Reuniões Intercalares com a presença do Delegado de Turma e Representante dos Pais do Ensino Secundário. ( Cf., Relatório do ME – IGE, V )

2. O exercício das competências cívicas implica, por parte dos actores educativos, cumprir e fazer cumprir:

- o Código de Conduta em Sala de Aula/ Regulamento Interno;

- as medidas correctivas e/ou sancionatórias com a celeridade necessária à sua eficácia;

- o dever de cooperação e de auxílio mútuo em situações de risco/segurança;

3. Todas as estruturas da Comunidade Educativa devem conhecer: - o Regulamento Interno, o Plano de Melhoria e o Projecto Educativo; - o Plano de Emergência – Segurança;

- o organigrama e atribuições dos órgãos; - plano de Contingência (Pandemia / Gripe A): - faseamento das obras da Parque Escolar.

(15)

__________________________________________ 14

Síntese dos relatórios finais

Departamentos Curriculares, Direcções de Turma e Complemento Curricular

Contexto interno/ externo

1.

C

ONCEPÇÃO

C

URRICULAR E

A

PRENDIZAGENS

Pontos Fortes Oportunidades

► Resultados escolares – tendência para o aumento das médias ao longo do ano lectivo e do ciclo de escolaridade;

► Cumprimento das planificações, na generalidade, embora com difícil gestão do tempo em algumas disciplinas;

► Estrutura organizacional e sua coordenação (calendarização de actividades

transdisciplinares, comunicabilidade, horários, visitas de estudo…);

► Actividades de complemento e de enriquecimento curricular –

multidisciplinaridade; Área de Projecto do 12º ano;

► Flexibilização nas áreas disciplinares não curriculares (Estudo Acompanhado, Área de Projecto e Formação Cívica) – Ensino Básico; ► Projectos Curriculares de Turma (Ensino Básico) – favorecimento de competências transversais;

► Valorização de recursos educativos: SPO, Educação Especial e Biblioteca Escolar; ► Apoio à integração linguística e cultural – Português Língua Não materna.

● Manutenção das horas semanais de apoio às turmas;

● Oferta curricular opcional no 12º ano; ● Plano Nacional de Leitura;

● Plano de Acção para a Matemática.

Pontos Fracos Riscos

► Incumprimento do dever de pontualidade; ► Insuficientes hábitos de leitura e de trabalho regular, metódico e autónomo; ► Ausência de uma visão de valorização das disciplinas da componente de Formação Geral;

► Ausência de trabalho sistemático das competências transversais no Ensino Secundário;

► Insuficiente articulação entre as várias actividades do Plano Anual;

► Insuficiência e degradação de

equipamentos nos laboratórios de Física e Química, em Artes Visuais e Tecnologias, em Matemática e em Línguas;

► Insuficiente material de didáctico de consulta e apoio nas salas de aula;

► Ausência de um técnico auxiliar laboratorial em Física e Química;

► Insuficiente material informático e audiovisual nas salas de aula.

● Incumprimento dos compromissos assumidos contratualmente por alunos e Encarregados de Educação;

● Componente do trabalho individual dos docentes sistematicamente preterida em função de uma multiplicidade de tarefas; ● Aplicação de testes intermédios do GAVE;

(16)

__________________________________________ 15

2.

L

IDERANÇA E NOVOS DESAFIOS

Pontos Fortes Oportunidades

► Avaliação interna e externa da escola (CAF e IGE) e auto-avaliação;

► Fraco absentismo docente; ► Bom clima relacional;

► Conselho Geral: representantes de prestígio de instituições, organizações e actividades de carácter social, cultural e científico;

► Parcerias com instituições de Ensino Superior - FLUL e IST – e com a Junta de Freguesia de São Francisco Xavier, a Fundação D. João de Castro e empresas comerciais da zona;

► Plano de Ocupação Plena de Tempos Escolares.

● Formação: desenvolvimento da profissionalidade docente;

● Formação: capacitação dos operadores educativos para a monitorização dos espaços escolares;

● Reforço da liderança dos professores; ● Reorganização das meso-estruturas: supervisão pedagógico-científica interna; ● Optimização dos equipamentos e da rede informática;

● Regulamentação da duração máxima das reuniões;

● Cooptação de secretária executiva para apoio administrativo à Direcção;

● Optimização da plataforma Moodle. ● Centro de Saúde da Ajuda.

Pontos Fracos Riscos

► Fraco controlo no portão principal e fraca monitorização nos vários espaços escolares; ► Trabalho colaborativo aquém do desejado, por insuficiência de condições

espácio-temporais;

► Aposentações de professores sem colocação imediata, pela tutela, de substitutos;

► Insuficiência de pessoal administrativo para responder eficientemente a um público

alargado;

► Formação dirigida ao pessoal administrativo;

► Ausência de substituições atempadas de operadores educativos;

► Não concretização do Plano de Formação requerido, no ano transacto, ao Centro Calvet de Magalhães;

► Ausência de professor de Educação Especial;

► Insuficientes infra-estruturas,

nomeadamente sanitárias e espaços de trabalho.

● Processo de Avaliação de Desempenho Docente;

● Mudanças estruturais da carreira docente; ● Operacionalidade da escola decorrente da intervenção da Parque Escolar nos vários faseamentos.

(17)

__________________________________________ 16

3.

E

SCOLA E EXERCÍCIO DA

C

IDADANIA

Pontos Fortes Oportunidades

► Coordenadores de Ciclo experientes; ► Perfil de Directores de Turma; ► Prevenção da indisciplina – plano concertado;

► Gabinete de Acompanhamento do Aluno; ► Gabinete de Psicologia e Orientação; ► Núcleo de Educação para a Saúde;

► Atribuição da Formação Cívica ao Director de Turma no Ensino Básico.

● Formação na área da prevenção da indisciplina e direcção de turma (docentes e operadores educativos);

● Receptividade da maioria dos alunos aos conselhos e reprimendas;

● Conselho Geral/ Regulamento Interno; ● Associação de Pais - Equipa “ Protege o teu coração” – formação para alunos;

● Escola Segura;

● Meio sócio – económico dos alunos.

Pontos Fracos Riscos

► Incumprimento do Código de Conduta em sala de aula;

► Falta de quadros administrativos de apoio ao trabalho de secretariado do Director de Turma;

► Horário de DT reduzido perante as atribuições acrescidas ao cargo;

► Dificuldade em fazer cumprir o Código de Conduta e obter apoio dos EE;

► Aumento da (in)disciplina na sala de aula, em especial no Ensino Secundário: ordem de saída de sala de aula, actividades de

integração, contratos (assiduidade, pontualidade)

► Necessidade de mais um Psicólogo Educacional – SPO;

► Programa de alunos e comunicação rápida – ferramenta informática segura.

● Modernização da Escola – Parque Escolar ● Pandemia – Gripe A;

● Mudanças legislativas sem avaliação de consequências – ex: Estatuto do Aluno;

● Apelos excessivos e incontrolados das novas tecnologias;

● Crise económica e menor tempo de acompanhamento do aluno pela família – valorização do trabalho escolar;

● Inscrição de Educação Sexual no currículo formal – ausente a formação científica adaptada a grupos etários com menos de dezasseis ou dezoito anos.

Equipa de trabalho

Ana Beatriz Ramalho Filomena Gamelas Maria Adelaide Pacheco

Marina Tavares

Escola Secundária do Restelo, 20 de Julho de 2009 O Director: ____________________________ ( Júlio Dias dos Santos)

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