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Apresentação de dados aos alunos (material complementar à atividade 12, Módulo 1-B do Curso Online A Escola no Combate ao Trabalho Infantil)

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Academic year: 2021

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Apresentação de dados aos alunos

(material complementar à atividade 12, Módulo 1-B do Curso Online A Escola no Combate ao Trabalho Infantil)

Relatório Resumido

Equipe: Sonia Aparecida Sette Masson Patrícia de Paiva Grillo

Marcos Ayres Barboza

Instituição: Escola Municipal Duque de Caxias – Ensino Fundamental – Flórida-PR

Neste relatório apresentam-se alguns resultados de uma pesquisa desenvolvida com os alunos das turmas do 5º Ano, do período matutino e vespertino, da Escola Municipal Duque de Caxias – Ensino Fundamental, da cidade de Flórida, Estado do Paraná. A pesquisa foi desenvolvida por alunos da Turma 1 do Curso Online “A Escola no Combate ao Trabalho Infantil”.

Essa proposta pedagógica tratou-se de uma sugestão de pesquisa para se desenvolver durante o curso como um dos requisitos para a sua conclusão. Ela objetivou estabelecer algum tipo de paralelo entre as questões históricas apresentadas no decorrer do módulo 1 e a opinião dos pais e/ou avós dos alunos.

A pesquisa consistiu na realização de uma entrevista com pais e/ou avós para se conhecer a idade em que eles começaram a trabalhar, buscando compreender o que acharam de começar a trabalhar nessa idade e com qual idade acham correto que crianças e adolescentes devem trabalhar.

Para se desenvolver a entrevista utilizou-se o modelo de perguntas sugerido. Em contato inicial, os alunos foram informados de que se tratava de uma pesquisa em que não haveria a necessidade de identificação dos respondentes para se preservar a sua imagem.

Eles foram convidados a desenvolverem uma entrevista com seus pais e avós, com apoio em algumas questões envolvendo o trabalho infantil. Além disso, foram esclarecidos de que as informações coletadas serviriam como base para discussão acerca desse problema.

Para a tabulação das informações utilizou-se um documento em Excel disponibilizado para desenvolver os gráficos conforme se pode observar abaixo. Os resultados da pesquisa desenvolvida com base em entrevista realizada com pais e avos das turmas do 5º Ano, da Escola Municipal Duque de Caxias – Ensino Fundamental indicam o quanto ainda é

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inquientante a contradição entre o princípio de igualdade que se encontra implictio na noção de direitos humanos e os contextos de desigualdades sociais e econômicas que marcam a vida de crianças e de adolescentes no Brasil.

Ainda existem muitos desafios para que as leis sejam devidamente aplicadas. No entanto, outro aspecto relevante refere-se as formas tradicionais de pensar e de agir em relação ao trabalho infantil. O percentual de pais e avós que trabalharam antes dos 16 anos de idade é muito significativo, indicando o quanto é marcante o trabalho de crianças e de jovens na cultura brasileira.

1 – Total de pessoas entrevistadas:

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5 – Considera que foi bom começar a trabalhar na idade em que começou? Resultados numéricos por faixa etária:

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Resultados percentuais por faixa etária:

Na discussão dos resultados com os alunos eles disseram que a situação de crianças e de adolescentes em idade escolar que ainda trabalham é preocupante. Muitos adolescentes trabalham para complementar a renda da família e, entre as crianças, muitas ajudam nas tarefas domésticas.

Essa característica de nossa cultura indica que muitas pessoas ainda não compreendem a necessidade de se garantir uma infância livre do trabalho infantil. Para tanto, quando se analisa a história do país entende-se que por muito tempo não existiam dispositivos legais para se proteger as crianças contra o trabalho infantil e que os dispositivos legais existentes são recentes.

Na legislação brasileira o primeiro documento legal que estabeleceu os primeiros dispositivos foi a Constituição Federal de 1934. Ela determinou idade mínima para o trabalho, proibindo qualquer forma de trabalho para menores de 14 anos. A partir de 1980, mesmo com a elaboração do “Código de Menores” ainda não se concebia as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos. Eles não possuíam proteção integral e prioridade absoluta, nem mesmo se respeitava a sua condição de pessoa em desenvolvimento.

Essa característica do “Código de Menores” evidencia a força dos aspectos tradicionais da cultura brasileira presente no processo de colonização portuguesa do Brasil em que as crianças, na maioria índios e negros, tinham que trabalhar em regime de escravidão.

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A naturalização do trabalho infantil indica a persistência dessa prática. É o que se observa na fala dos entrevistados. Segundo eles, o trabalho infantil realizado antes dos 10 anos de idade caracterizou-se como uma prática boa. Para a Professora Mary Del Priore os quinhentos anos de história do Brasil modeleram a nossa história de ver as crianças, “[...] fazendo com que nós ainda não olhemos as nossas crianças com o devido respeito” (DEL PRIORE, 2012, p. 11).

6 – Com qual idade você considera que uma pessoa deve começar a trabalhar? Resultados numéricos por faixa etária:

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Após os anos 1990, do século XX, com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a nossa visão da criança e do adolescente tem passado por enormes mudanças. O ECA contribuiu, segundo Miguel Arroyo, para reeducar o nosso olhar sobre a própria infância e adolescência.

A questão “Com que idade você considera que uma pessoa deve começar a trabalhar?” indica que a concepção da criança e do adolescente como sujeitos de direitos caracterizou-se como um marco fundamental para o estabelecimento desse novo olhar sobre a infância e adolescente.

Os resultados numéricos por faixa etária de pais e de avós sobre com que idade deve começar a trabalhar estabelecem que a visão naturalizada do trabalho infantil, aos poucos, tem sido quebrada pelo reconhecimento que a criança e o adolescente são sujeitos de direitos.

Apesar de avançarmos no que se refere à consciência de que o ser humano é um sujeito de direitos plenos como propõe Miguel Arroyo ainda temos muito o que avançar. O ECA marcou a história da infância e da adolescência no Brasil ao estabelecer novos fundamentos no que se refere aos direitos humanos no campo da infância. No entanto, ainda se observa uma triste realidade, isto é, quanto mais falamos sobre direitos humanos, mais esses direitos são negados, especialmente os direitos mais básicos.

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