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Composição florística de lianas em quatro áreas de restinga do Estado de São Paulo

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UNISANTA BioScience – p. 52 - 65; Vol. 3 nº 2, (2014) Página 52

Composição florística de lianas em quatro áreas de restinga do

Estado de São Paulo

Janaina Nóbrega Moraes1; Paulo de Salles Penteado Sampaio2; Mara Angelina Galvão Magenta3

1

Mestranda do PPG-ECOMAR/UNISANTA Bolsista CAPES;

2

Docente do Curso de Ciências Biológicas da UNISANTA;

3

Docente do PPG-ECOMAR/UNISANTA

Resumo

Foi realizado um estudo comparativo dos táxons de lianas encontrados em levantamentos florísticos feitos em quatro áreas diferentes de restinga (Bertioga, Ilha do Cardoso, Peruíbe e Picinguaba); sendo encontradas 159 espécies reunidas em 84 gêneros e 34 famílias. Para a restinga de Bertioga, existem 26 famílias com 92 espécies de lianas, em Ubatuba, 25 famílias e 100 espécies; na Ilha do Cardoso, 16 famílias e 33 espécies e, em Peruíbe, 16 famílias e 34 espécies. As duas famílias mais ricas em número de espécies são Asteraceae e Apocynaceae. Em Bertioga, Ubatuba e Peruíbe, Asteraceae lidera o ranking e na Ilha do Cardoso as posições se invertem. O principal gênero foi Mikania, com 18 espécies; em segundo lugar surgiu Dioscorea, com oito espécies. Somente seis das 159 espécies apareceram em todas as localidades; Condylocarpon isthmicum, Mandevilla funiformis, Mikania trinervis, Ipomoea cairica, Marcgravia polyantha e Cissus verticillata. O maior índice de similaridade florística de lianas entre as áreas foi obtido entre Bertioga e Picinguaba (50 %), seguido por Bertioga e Peruíbe com índices acima dos 40%; a Ilha do Cardoso mostrou a flora com menor índice de similaridade em relação aos outros locais do litoral do estado de São Paulo, com taxas abaixo dos 30%. Tais índices parecem estar diretamente relacionados à distância entre as áreas, com as distâncias maiores apresentando menor similaridade, como podemos perceber entre Peruíbe e Picinguaba, no município de Ubatuba, com uma taxa de somente 21,05%. A análise de variância ANOVA de fator único mostrou que existem diferenças significativas de riqueza de famílias entre as áreas estudadas (p = 0,006762).

Palavras-chave: Lianas, restinga, similaridade, Peruíbe.

__________________________________________________________________________

Floristic composition of lianas in four areas of restinga from

São Paulo state

Abstract

We conducted a comparative study of climbers taxa found in floristic surveys at four different areas of restinga forest (Bertioga, Ilha do Cardoso, Peruibe and Picinguaba). 159 species agruped in 84 genera and 34 families were found. In the Bertioga restinga forest, there are 26 families with 92 species of lianas in Ubatuba, 25 families and 100 species, in Ilha do Cardoso , 16 families and 33 species , and Peruibe , 16 families and 34 species. In Bertioga, Ubatuba and Peruibe, Asteraceae leads the ranking and at Ilha do Cardoso the positions are inverted. The main genus was Mikania, within 18 species, Dioscorea emerged secondly with eight species. Only six of the 159 species appeared in all locations:Condylocarpon isthmicum, Mandevilla funiformis, Mikania trinervis, Ipomoea cairica, Marcgravia polyantha and Cissus verticillata. The highest floristic similarity of lianas was obtained between the areas of Bertioga and Picinguaba (50%), followed by Bertioga and Peruíbe with rates above 40%; Ilha do Cardoso flora has shown the lower rate of similarity to the other places from the littoral of the State of São Paulo, with rates below 30%. These indices appear to be directly related to the distance between the areas with the greatest

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distances exhibited low similarity, as we can see from Peruíbe and Picinguaba, in Ubatuba, with a rate of just 21.05%. The ANOVA one-way analysis has shown there are significant differences of the richness of families between the studied areas (p = 0.006762).

Kew words: Lianas, restinga, similarity, Peruibe.

__________________________________________________________________________ Introdução

Lianas são plantas herbáceas ou lenhosas, autotróficas, que germinam no solo, crescem escalando ou apoiando-se em um suporte, e mantém sempre seu contato com o solo (MULLER-DOMBOIS & ELLEMBERG 1974). Podemos classificar as lianas em quatro grandes grupos que incluem as lianas volúveis, as lianas com gavinha, as lianas com raízes adventícias fixadoras, e as lianas escandentes que espalham seus ramos apoiando-se em outras plantas ou outros tipos de suportes sem nenhum mecanismo especializado, sendo que, algumas espécies combinam alguns destes mecanismos tornando-se difícil às vezes, classificá-las (HEGARTY, 1991).

Segundo Emmons & Gentry (1983), as lianas representam, em média, 21% das espécies de plantas utilizadas como alimento por uma ampla variedade de primatas tropicais, podendo chegar a 43% no caso dos elefantes nas florestas africanas. Na Reserva de Santa Genebra (Municípo de Campinas, SP) 40% da alimentação dos macacos Allouata fusca e Cebus apella, constituída de folhas, flores e frutos, também provém de lianas (MORELLATO & LEITÃO FILHO, 1996). As diferentes densidades de lianas lenhosas nos diferentes continentes foram responsáveis pelos diferentes modos de locomoção desenvolvidos por alguns vertebrados arbóreos, como mamíferos, anfíbios e répteis (EMMONS & GENTRY, 1983).

A generalização de que as florestas pluviais tropicais ao redor do mundo são estruturalmente similares é baseada principalmente em dados de biomassa, produtividade, tamanho e forma de folhas, altura do dossel, grau de estratificação e densidade arbórea; entretanto um importante componente estrutural das florestas tropicais, o qual têm sido pouco estudado e nunca comparado em termos intercontinentais são as lianas (EMMONS & GENTRY, 1983). Até hoje essas plantas costumam ser muito negligenciadas pelos coletores, sendo provavelmente o menos coletado de todos os maiores grupos, quanto ao hábito de plantas (PUTZ, 1984; GENTRY, 1991) devido à dificuldade de coleta em florestas densas e ricas em espécies e à altura em que se encontram nas copas das árvores (GENTRY, 1991).

As lianas apresentam rápido crescimento quando comparado com as espécies arbóreas, chegando a dominar a copa das árvores suportes e das árvores vizinhas. Para o estudo da dinâmica e manejo florestal, é fundamental o conhecimento deste grupo de vegetais, devido à sua diversidade e importância ecológica. Estruturalmente, fornecem estabilidade arquitetural à floresta, porque constituem uma rede natural entre as árvores, proporcionando caminhos entre as copas para muitos animais que vivem no dossel da floresta (PUTZ, 1984).

Na região litorânea do Estado de São Paulo destaca-se nas planícies a vegetação sobre Restinga; as áreas próximas às praias foram as primeiras a sofrer as consequências da

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ação humana. As dunas deram lugar ao pequeno comércio das praias ou aos calçadões, e as matas de restinga, às habitações e ruas (CAPELLARI JR & SOUZA, 2004). Nos últimos anos, o pouco que restou das vegetações de restinga vem sofrendo pressão da exploração imobiliária que cresce a cada ano, e o complexo ecossistema das restingas encontra -se cada vez mais ameaçado (SAMPAIO et al., 2005).

Quando se observa a representatividade das lianas nas floras das diferentes regiões, destaca-se sua importância para a vegetação da restinga; Sampaio (2004) encontrou uma importante contribuição dessas plantas na flora da restinga de Bertioga com 15% do total de espécies de angiospermas amostradas, ficando atrás das árvores (33%) e das ervas (26%) e empatando com as epífitas; tal porcentagem é semelhante à encontrada em Ubatuba e Ilha do Cardoso. Segundo Gentry (1991) as lianas dão sua maior contribuição na diversidade das florestas tropicais, constituindo por volta de 10% da flora neotropical, assumindo que esta flora possua 90.000 espécies. Gentry & Dodson (1987) obtiveram uma média de 19% para a contribuição das lianas em floras de sete diferentes regiões tropicais.

A maior diversidade de espécies ocorre nas fisionomias florestais das restingas, como foi observado por Sampaio (2004) na restinga de Itaguaré, onde a floresta alta úmida foi a fisionomia que se apresentou mais diversificada com 78,8% das espécies ocorrendo nesta fisionomia, seguida pela floresta alta de restinga (44,7%), pela floresta baixa de restinga (33%) e por último o escrube (31,7%). Outro fator a ser considerado é a proximidade da linha da praia das fisionomias do escrube e da floresta baixa de restinga, o que deixa a vegetação destes locais sob forte influência marinha, com plantas adaptadas à salinidade e ao substrato arenoso. Em direção ao interior há um aumento na densidade da vegetação, como reflexo da maior estabilidade do terreno e menor influência marinha, acarretando um aumento no número de espécies, sendo que em linhas gerais, a vegetação apresenta-se mais desenvolvida quanto mais próxima da Floresta Ombrófila Densa Submontana das encostas da Serra do Mar (MANTOVANI, 2000).

A Região Metropolitana da Baixada Santista também vem apresentando uma acelerada urbanização, influenciada por atividades turísticas, portuárias e industriais, que colocam em risco a sobrevivência das florestas de restinga e dos morros isolados, na planície litorânea (MARTINS et al. 2008). Da totalidade das florestas de restinga originalmente existente nesta região restam com estrutura fisionômica e composição florística preservadas, aproximadamente 22% (90 km2). Deste total, 88 km2 situam-se em mancha praticamente contínua na porção setentrional da Planície de Bertioga. O restante, que corresponde a 323 km2 (78%), está alterado por desmatamentos, extração de areia, influência da poluição industrial; sendo 162 km2 ocupados por estruturas urbanas, industriais e rurais (SILVA et al. 1993).

Foi salientada por Martins et al. (2008) a ocorrência de espécies com poucos materiais representativos nos herbários ou com distribuição restrita; citando para as lianas as espécies registradas Aegiphila fluminensis, Dalbergia sampaioana, Jobinia connivens, Mikania eriostrepta, Mikania hastato-cordata, Mikania ternata, Tetracera sellowiana e Wilbrandia ebracteata. Em Bertioga também estão registradas espécies de lianas com graus de ameaça de extinção, como Mikania hastato-cordata (Vulnerável pela Fundação Biodiversitas), Wilbrandia hibiscoides (risco crítico de extinção pela SMA de São Paulo) e Croton sphaerogynus (em perigo pela SMA de São Paulo).

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Dada a escassez de estudos envolvendo as lianas em restinga, à importância do conhecimento de sua dinâmica para um manejo bem sucedido, e ao alto grau de ameaça em que se encontra a vegetação de restinga no estado de São Paulo, este trabalho objetivou comparar os dados de levantamentos florísticos ou específicos para lianas, realizados em diferentes regiões do litoral do estado de São Paulo.

Material e métodos

Para a formação do banco de dados deste estudo foram selecionadas listagens florísticas que abrangessem todos os grupos de hábito ou especificamente as lianas em diferentes setores do litoral do estado de São Paulo e que tenham sido realizados na restinga (Figura 01). Foram selecionados seis trabalhos com estas características realizados em quatro diferentes regiões do litoral paulista: 1. Moraes e Sampaio (dados não publicados), que efetuaram um levantamento das espécies de lianas em 2007, num trecho de Floresta de Restinga Alta (CONAMA, 1996); Mirage e Sampaio (dados não publicados), em um levantamento florístico realizado em 2006 num trecho de restinga nas fisionomias de Vegetação de Praias e Dunas, Escrube, Entre-cordões Arenosos e Floresta Baixa de Restinga (CONAMA, 1996), ambos realizados na restinga da praia do Guaraú, no município de Peruíbe (área B - Figura 01); 2. Assis (1999), efetuado no núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, no município de Ubatuba, com diversas fisionomias vegetais em áreas alagadas periodicamente ou mais secas em direção ao continente, incluindo formações de mata com árvores chegando a 16 metros de altura (área D - Figura 01); 3. De Grande e Lopes (1981) desenvolvido na Ilha do Cardoso localizada no extremo sul do litoral de São Paulo, com Vegetação de Praias e Dunas, Escrube, Restinga de Mirtáceas, Restinga de Ericáceas, formações onde estas famílias predominam; inclusive semelhantes às formações citadas por Araújo e Henriques (1984) para a restinga do Rio de Janeiro; entre estas formações são encontrados campos inundáveis e formações com aspecto florestal alcançando os 15 metros de altura com bastante epífitas (BARROS et al., 1991) (área A - Figura 01); e 4. Sampaio (2004) e Martins et al., (2008) conduzido no município de Bertioga em uma região muito bem preservada e que hoje pertence ao Parque Estadual Restinga de Bertioga, com formações vegetais bem variadas que se interpenetram; Praia e Dunas, Escrube, Floresta Baixa de Restinga, estas em trechos pequenos e a Floresta Alta de Restinga e Floresta Alta de Restinga Úmida; duas formações florestais que ocupam extensas áreas, com dossel de fechado a aberto e altura em torno de 15 a 17 metros com algumas emergentes chegando a 25 metros sendo expressiva a ocorrência de epífitas e lianas (área C - Figura 01). Para esta última localidade e para o município de Peruíbe foi também consultado o acervo do herbário da Universidade Santa Cecília (HUSC) onde os exemplares destes estudos estão depositados.

Foi produzida uma matriz de presença e ausência com todas as espécies de lianas presentes nas listagens dos trabalhos analisados, e realizada uma revisão nomenclatural para encontrar modificações e sinonímias consultando a listagem internacional The Plant List (2013). Para as famílias foi adotado o APG III (2009)

Para a similaridade florística entre as espécies de lianas presentes nos diferentes trechos de floresta de restinga no litoral do Estado de São Paulo, foi utilizado o índice de Sørensen (FELFILI & REZENDE, 2003). Este índice baseia-se na presença ou ausência de espécies sendo, portanto, um índice qualitativo. Na comparação entre duas áreas, dá um peso maior para as espécies em comum do que para as espécies exclusivas. Assim, de acordo com

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Müeller-Dombois & Ellenberg (1974) cada espécie tem a mesma chance de estar presente

em ambas às áreas. O índice tem a seguinte fórmula:

Os resultados foram submetidos a uma análise de variância simples (One way ANOVA) com nível de significância ≤0,05 usando o software estatístico PAST.

Figura 1: Localização das áreas de estudo (elaborado com uso de BatchGeo. Disponível em: http://batchgeo.com/br/) 100 . ) ( 2 b a c CCs

 onde: c = número de espécies comuns ás áreas a = número de espécies da área 1

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UNISANTA BioScience – p. 52 - 65; Vol. 3 nº 2, (2014) Página 57 Resultados e discussão

A matriz inicial contou com 166 espécies para as quatro localidades; após a revisão nomenclatural dos nomes científicos e famílias esse número caiu para 159 espécies reunidas em 84 gêneros e 34 famílias, o que evidencia a importância de uma revisão detalhada deste aspecto em trabalhos comparativos (Quadro 1).

As principais famílias em número de espécies de lianas foram Asteraceae (24 espécies), Apocynaceae (17 espécies), Fabaceae (15 espécies), Bignoniaceae (13 espécies), Sapindaceae e Malpighiaceae (ambas com 10 espécies); representando juntas 56% do total de espécies amostradas. Padrão semelhante foi encontrado por Sampaio (2004) em Bertioga com as seis famílias mais ricas contribuindo com 61,2% das espécies de lianas. O principal gênero com 18 espécies foi Mikania, em segundo lugar com oito espécies surge Dioscorea.

Os resultados mostram que na restinga de Bertioga, foram encontradas 26 famílias com 92 espécies de lianas; em Ubatuba (restinga de Picinguaba), há 25 famílias e 100 espécies; em Peruíbe, 16 famílias e 34 espécies e na Ilha do Cardoso 16 famílias e 33 espécies. O menor número de espécies encontrado em Peruíbe e na Ilha do Cardoso pode ocorrer devido às diferenças no tamanho da área amostrada, à quantidade de fisionomias onde foram efetuadas as coletas e à variação nos objetivos dos diferentes trabalhos, com uns visando o levantamento florístico de todos os grupos de hábito (DE GRANDE & LOPES, 1981; MARTINS et al., 2008) e outros direcionados especificamente para as lianas (SAMPAIO, 2004; MORAES & SAMPAIO, dados não publicados). Também é possível aventar que o baixo número de espécies existentes na Ilha do Cardoso pode estar relacionado ao fato de que, em ilhas, há tendência ao endemismo e o número de espécies está diretamente relacionado ao equilíbrio dinâmico entre migrações e extinções, além do tamanho da Ilha (MACARTHUR & WILSON, 1963). Deve-se também levar em conta que as florestas de restinga não são homogêneas; elas recebem influência fluvio-marinha e dependem da composição do solo e de sua permeabilidade, da proximidade com o mar e a encosta. Por exemplo, na área amostrada em Peruíbe, a Floresta Alta de Restinga da planície costeira encontra-se em contato direto com as encostas da Serra do Itatins (SOUZA, 2008) com grande similaridade florística entre os táxons de lianas presentes nesses ambientes. A restinga de Bertioga, por sua vez, não recebe influência direta das encostas da Serra do Mar em toda a extensão, pois há fisionomias de Floresta de Restinga Baixa e de Vegetação de Praias e Dunas. Assim, existe maior diversidade de lianas nessa localidade, já que ali existem muitas áreas abertas e as lianas são geralmente intolerantes à sombra (PEÑALOSA, 1985).

Analisando a distribuição das famílias mais ricas em espécies nas quatro regiões, notou-se que as mesmas famílias aparecem nas primeiras posições, com Asteraceae e Apocynaceae em primeiro e segundo lugares respectivamente em Bertioga (15 e 11 espécies), Ubatuba (21 e 12 espécies) e Peruíbe (6 e 5 espécies); na Ilha do Cardoso as posições se invertem (5 e 4 espécies). A família Fabaceae também ocupa uma posição relevante e vem em terceiro lugar em Bertioga (9 espécies) e Ubatuba (11 espécies), empatando com as Asteraceae em segundo lugar na Ilha do Cardoso (4 espécies).

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Quadro 1 – Listagem de espécies amostradas em diferentes trabalhos de restinga do Estado de São Paulo. A

= Bertioga; B = Ubatuba; C = Ilha do Cardoso; D = Peruíbe. (continua)

FAMÍLIAS ESPÉCIES A B C D

ACANTHACEAE Mendoncia aspera (Ruiz & Pav.) Nees 0 1 0 0

Mendoncia velloziana Mart. 0 0 1 0

Thunbergia alata Bojer ex Sims 0 1 0 0

ALSTROEMERIACEAE Bomarea edulis (Tussac) Herb. 1 1 0 0

APOCYNACEAE

Condylocarpon isthmicum (Vell.) A.DC. 1 1 1 1

Fischeria stellata (Vell.) E.Fourn. 0 1 0 0

Forsteronia leptocarpa (Hook. & Arn.) A. DC. 1 1 0 1

Forsteronia pilosa Muell. Arg. 0 1 0 0

Forsteronia rufa Muell. Arg. 1 0 0 0

Gonioanthela axillaris (Vell.) Fontella & E.A. Schwarz 1 1 0 0

Jobinia connivens (Hook. & Arn.) Malme 1 0 0 0

Mandevilla funiformis (Vell.) K.Schum. 1 1 1 1

Mandevilla hirsuta (Rich.) K.Schum. 0 1 1 1

Mandevilla scabra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.)

K.Schum. 0 0 1 0

Matelea denticulata (Vahl) Fontella & E.A.Schwarz 1 1 0 0

Matelea marcoassisii Fontella 0 1 0 0

Oxypetalum alpinum (Vell.) Fontella & E.A. Schwarz 1 0 0 0

Oxypetalum banksii Schult. 1 1 0 1

Oxypetalum sublanatum Malme 0 0 1 0

Peltastes peltatus (Vell.) Woodson 1 1 0 0

Temnadenia odorifera (Vell.) J.F.Morales 1 1 0 0

ARISTOLOCHIACEAE Aristolochia macroura Ortega 0 1 0 0

ASTERACEAE

Baccharis conyzoides DC. 0 0 0 1

Mikania argyreiae DC. 1 1 0 0

Mikania banisteriae DC. 0 0 1 0

Mikania biformis DC. 1 1 0 1

Mikania cordifolia (L.f.) Willd. 1 1 0 1

Mikania eriostrepta B.L. Rob. 1 1 0 0

Mikania glomerata Spreng. 1 1 0 0

Mikania hastato-cordata Malme 1 1 0 0

Mikania involucrata Hook. & Arn. 1 0 0 1

Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker 1 1 0 0

Mikania lindbergii Baker 0 1 0 0

Mikania lundiana DC. 0 1 0 0

Mikania micrantha Kunth 1 1 1 0

Mikania microptera DC. 0 1 0 0

Mikania myriocephala DC. 0 1 0 0

Mikania rufescens Sch. Bip ex Baker 1 1 0 0

Mikania sericea Hook. & Arn. 0 1 0 0

Mikania ternata (Vell.) B.L. Rob. 1 1 0 0

Mikania trinervis Hook. & Arn. 1 1 1 1

Mutisia speciosa Aiton ex Hook. 0 1 0 0

Pentacalia desiderabilis (Vell.) Cuatrec. 1 1 1 0

Piptocarpha leprosa (Less.) Baker 1 1 0 0

Piptocarpha oblonga (Gardner) Baker 1 1 0 1

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Quadro 1 – Listagem de espécies amostradas em diferentes trabalhos de restinga do Estado de São Paulo. A

= Bertioga; B = Ubatuba; C = Ilha do Cardoso; D = Peruíbe. (continuação)

FAMÍLIAS ESPÉCIES A B C D

BIGNONIACEAE

Adenocalymma comosum (Cham.) DC. 0 0 1 0

Adenocalymma trifoliatum (Vell.) R.C. Laroche 0 1 0 0

Adenocalymma ubatubense Assis & Semir 0 1 0 0

Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann 0 1 0 0

Anemopaegma chamberlaynii (Sims) Bureau & K. Schum. 1 0 0 1

Dolichandra unguiculata (Vell.) L.G.Lohmann 1 1 0 1

Fridericia conjugata (Vell.) L.G.Lohmann 0 1 0 0

Fridericia rego (Vell.) L.G.Lohmann 0 1 0 0

Lundia cordata (Vell.) A. DC. 0 1 0 0

Lundia virginalis (DC.) A.H. Gentry 1 0 0 0

Stizophyllum perforatum (Cham.) Miers 0 1 0 0

Tanaecium pyramidatum (Rich.) L.G.Lohmann 0 1 0 0

Tanaecium selloi (Spreng.) L.G.Lohmann 0 1 0 0

BORAGINACEAE Tournefortia bicolor Sw. 0 0 1 0

BORAGINACEAE Tournefortia gardneri A. DC. 1 0 0 0

CAMPANULACEAE Centropogon argutus E.Wimm. 0 0 1 0

CELASTRACEAE

Elachyptera micrantha (Cambess.) A.C. Sm. 1 1 0 0

Hippocratea volubilis L. 1 0 0 1

Peritassa hatschbachii Lombardi 1 0 0 0

Salacia mosenii A.C. Sm. 0 1 0 0

COMBRETACEAE Combretum fruticosum (Loefl.) Stuntz 1 0 0 0

Combretum laxum Jacq. 1 0 0 0

CONNARACEAE Connarus rostratus (Vell.) L.B.Sm. 1 0 0 0

CONVOLVULACEAE

Evolvulus pusillus Choisy 0 0 1 0

Ipomoea cairica (L.) Sweet. 1 1 1 1

Ipomoea phyllomega House 1 1 0 1

Ipomoea saopaulista O´Donell 0 1 0 0

Ipomoea tiliacea (Willd.) Choisy 1 1 0 1

Jacquemontia blanchetii Moric. 1 0 1 1

Jacquemontia ciliata Sandwith 0 1 0 0

Jacquemontia holosericea (Weinm.) O´Donnel 1 0 0 0

CUCURBITACEAE

Cayaponia cabocla (Vell.) Mart. 1 0 0 0

Melothria cucumis Vell. 1 0 0 0

Wilbrandia ebracteata Cogn. 1 0 0 0

Wilbrandia hibiscoides Manso 1 0 0 0

CYCLANTHACEAE Thoracocarpus bissectus (Vell.) Harling 1 0 0 1

DILLENIACEAE

Davilla rugosa Poir. 0 1 1 1

Doliocarpus glomeratus Eichler 1 1 0 0

Doliocarpus schottianus Eichler 0 0 1 1

Tetracera sellowiana Schltdl. 1 0 0 0

DIOSCOREACEAE

Dioscorea altissima Lam. 1 1 0 1

Dioscorea fodinarum Kunth 0 1 0 0

Dioscorea glandulosa Klotzsch ex Kunth 1 1 0 0

Dioscorea laxiflora Mart. ex Griseb. 0 1 0 0

Dioscorea marginata Griseb. 0 0 0 1

Dioscorea martiana Griseb. 0 1 0 0

Dioscorea monadelpha (Kunth) Griseb. 1 1 0 0

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Quadro 1 – Listagem de espécies amostradas em diferentes trabalhos de restinga do Estado de São Paulo. A

= Bertioga; B = Ubatuba; C = Ilha do Cardoso; D = Peruíbe. (continuação)

FAMÍLIAS ESPÉCIES A B C D

EUPHORBIACEAE

Croton sphaerogynus Baill. 1 0 0 0

Dalechampia ficifolia Lam. 0 0 1 0

Dalechampia leandrii Baill. 1 0 0 0

Plukenetia serrata (Vell.) L.J.Gillespie 0 1 0 0

FABACEAE

Calopogonium mucunoides Desv. 1 1 0 0

Canavalia rosea (Sw.) DC. 0 1 0 0

Centrosema virginianum (L.) Benth. 1 0 0 0

Dalbergia frutescens (Vell.) Britton 1 1 0 0

Dalbergia sampaioana Kuhlm. & Hoehne 1 0 0 0

Dioclea rufescens Benth. 0 1 0 0

Dioclea violacea Benth. 1 0 0 1

Dioclea wilsonii Standl. 0 1 0 0

Machaerium lanceolatum (Vell.) J.F.Macbr. 1 1 0 0

Machaerium uncinatum (Vell.) Benth. 1 1 1 0

Mimosa invisa Colla 0 1 0 0

Mucuna sloanei Fawc. & Rendle 1 1 1 0

Vigna adenantha (G.Mey.) Marechal & al. 1 0 1 0

Vigna caracalla (L.) Verdc. 0 1 0 0

Vigna luteola (Jacq.) Benth. 0 1 1 0

LAMIACEAE Aegiphila fluminensis Vell. 1 0 0 0

MALPIGHIACEAE

Heteropterys aenea Griseb. 1 1 0 0

Heteropterys intermedia (A. Juss.) Griseb. 1 1 0 0

Heteropterys nitida (Lam.) DC. 1 0 0 0

Heteropterys pauciflora (A.Juss.) A.Juss. 0 0 1 0

Niedenzuella acutifolia (Cav.) W.R.Anderson 1 0 0 1

Stigmaphyllon arenicola C.E. Anderson 1 1 0 1

Stigmaphyllon ciliatum (Lam.) A. Juss. 1 0 1 0

Stigmaphyllon puberulum Griseb. 0 0 1 0

Tetrapterys chalcophylla A.Juss. 1 0 0 0

Tetrapterys phlomoides (Spreng.) Nied. 1 0 0 0

MARCGRAVIACEAE Marcgravia polyantha Delpino 1 1 1 1

Schwartzia brasiliensis (Choisy) Bedell ex Gir.-Cañas 1 1 1 0

MENISPERMACEAE

Cissampelos andromorpha DC. 0 1 0 0

Cissampelos pareira L. 0 0 1 0

Hyperbaena domingensis (DC.) Benth. 0 1 0 0

ORCHIDACEAE

Vanilla angustipetala Schltr. 0 1 0 0

Vanilla chamissonis Klotzsch 0 1 0 0

Vanilla edwallii Hoehne 1 0 0 0

PASSIFLORACEAE

Passiflora edulis Sims 1 0 1 0

Passiflora jilekii Wawra 1 0 1 0

Passiflora organensis Gardner 1 0 0 1

POLYGALACEAE Securidaca lanceolata A.St.-Hil. 0 1 0 0

Securidaca macrocarpa A.W. Benn. 1 0 0 0

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Quadro 1 – Listagem de espécies amostradas em diferentes trabalhos de restinga do Estado de São Paulo. A

= Bertioga; B = Ubatuba; C = Ilha do Cardoso; D = Peruíbe. (conclusão)

O maior índice de similaridade de espécies de lianas entre as áreas comparadas (Tabela 1) foi obtido para Bertioga e Picinguaba seguidos por Bertioga e Peruíbe com índices acima dos 40%, colocando Bertioga como uma transição entre as floras de lianas de Peruíbe no litoral sul, e a flora de Picinguaba, no litoral norte; exatamente no trecho de Bertioga, as feições geomorfológicas começam a mudar de planícies litorâneas bem recortadas pelas escarpas da Serra do Mar que alcançam o oceano, para planícies mais extensas com o afastamento das escarpas da Serra do Mar. Em terceiro lugar, vem Peruíbe e Picinguaba com 31,34% de similaridade. A Ilha do Cardoso mostrou a flora com menor índice de similaridade em relação aos outros locais do litoral do estado de São Paulo, com taxas abaixo dos 30%; estes índices correspondem exatamente com as distâncias maiores, apresentando menor similaridade com Picinguaba, no município de Ubatuba (somente 21,05%).

A família Asteraceae, a mais rica em três das quatro regiões analisadas (embora com poucas espécies de lianas se levarmos em consideração o número de espécies da família) ocupa a quarta posição entre as famílias mais ricas em lianas dos Neotrópicos, devido principalmente ao gênero Mikania que contribui com 300 das 470 espécies de lianas estimadas para a família (GENTRY, 1991). Este padrão é marcante neste estudo, pois o gênero contribui com 16 espécies de um total das 21 pertencentes à família em Ubatuba, e com 12 espécies de um total de 15 em Bertioga. Segundo Ritter e Miotto (2005) o gênero Mikania conta com cerca de 430 espécies distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais da

FAMÍLIAS ESPÉCIES A B C D

RANUNCULACEAE Clematis dioica L. 0 1 0 0

RUBIACEAE Chiococca alba (L.) Hitchc. 1 0 1 1

Emmeorhiza umbellata (Spreng.) K.Schum. 1 1 0 0

Sabicea villosa Willd. ex Roem. & Schult. 1 0 0 0

SAPINDACEAE

Paullinia carpopoda Cambess. 0 1 0 0

Paullinia coriacea Casar. 0 1 0 0

Paullinia micrantha Cambess. 1 1 0 1

Paullinia seminuda Radlk. 1 1 0 0

Serjania communis Cambess. 1 1 0 1

Serjania gracilis Radlk. 1 0 0 0

Serjania hebecarpa Benth. 0 1 0 0

Serjania meridionalis Cambess. 0 1 0 0

Urvillea glabra Cambess. 0 1 0 0

Urvillea laevis Radlk. 1 0 0 0

SMILACACEAE Smilax elastica Griseb. 1 1 0 1

Smilax quinquenervia Vell. 1 0 0 1

SOLANACEAE Solanum odoriferum Vell. 0 1 0 0

TRIGONIACEAE Trigonia nivea Cambess. 0 1 0 0

VIOLACEAE Anchietea pyrifolia (Mart.) G.Don 0 1 0 0

VITACEAE Cissus sulcicaulis (Baker) Planch. 1 0 0 0

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América, com somente nove no Velho Mundo. Para o Brasil são citadas cerca de 171 espécies. Há dois grandes centros de diversidade do gênero na América do Sul. O pr imeiro, com aproximadamente 170 espécies (cerca de 150 endêmicas), localiza -se desde Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Paraná e Santa Catarina, com muitos representantes estendendo sua distribuição até o Paraguai, o Uruguai e a Argentina. O segundo, com aproximadamente 150 espécies (cerca de 130 endêmicas), localiza-se nos países andinos, da Colômbia até a Bolívia (HOLMES, 1995). Fora destes centros de diversidade, o número de espécies é reduzido; a maioria dos táxons de Mikania encontra-se distribuída na América do Sul (RITTER & WAECHTER, 2004).

A família Apocynaceae, segunda mais rica nos locais analisados, ocupa a primeira posição entre as famílias mais ricas em lianas nos Neotrópicos, com 1.350 espécies (GENTRY, 1991).

A família Fabaceae, terceira mais rica da restinga de Itaguaré, apresenta ampla distribuição geográfica e ocupa a terceira posição entre as famílias mais ricas em lianas no Neotrópico com 350 espécies.

Somente seis espécies das 159 apareceram em todas as localidades; Condylocarpon isthmicum, Mandevilla funiformis, Mikania trinervis, Ipomoea cairica, Marcgravia polyantha e Cissus verticillata. Do total, 18 espécies aparecem em três das quatro localidades; 38 surgem em duas das localidades e 97 espécies são encontradas em apenas uma área. Trinta espécies são exclusivas de Bertioga e 49 ocorrem apenas em Ubatuba, regiões relativamente próximas geograficamente, o que mostra quão diversificado são os ambientes de restinga ao longo do litoral paulista.

A presença de valores de similaridade mais baixos entre a Ilha do Cardoso e as demais áreas pode estar relacionada a algumas características, como distância da encosta atlântica, idade geológica das restingas, grau de pluviosidade e inundação, nível de influência marinha, história de intervenção antrópica e tipo de amostragem (CARVALHAES 1997; SUGIYAMA, 1998, 2003). A diferença na composição florística das áreas também está ligada às distâncias latitudinais, diferenças no substrato, interferência de diferentes tipos vegetacionais em suas constituições, e tipo de clima de cada região (SUGIYAMA, 2003).

Tabela 1 – Porcentagem da similaridade florística para espécies amostradas em diferentes trabalhos de restinga do Estado de São Paulo através do uso do índice de Sørensen.

Picinguaba(2) Bertioga (3) Ilha do Cardoso(4)

Peruíbe(1) 31,34% 46,03% 29,85%

Ilha do Cardoso(4) 21,05% 27,2% Bertioga (3) 50%

(1 )

Moraes e Sampaio (dados não publicados) e Mirage e Sampaio (dados não publicados) ; (2)Assis (1999);

(3)

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A análise de variância ANOVA de fator único (Tabela 2) entre a constituição das famílias em cada área comprovou que as diferenças de composição florística já comentadas, são significativas (p = 0,006762, para um grau de liberdade de 131).

Tabela 2. Resultado da análise de variância ANOVA de fator único (número de famílias) para os quatro grupos estudados (restingas de Peruíbe, Ilha do Cardoso, Picinguaba e Bertioga).

Fonte da variação SQ gl MQ F Valor P Entre grupos 119,256 3 39,7854 4,246 0,006762 Dentro dos grupos 1199,45 128 9,37074 Total 1318,81 131

Tabela 3. Resultado da análise de variância ANOVA para a composição de famílias por área. As análises som significância estatística são destacadas com asterisco (*) (Peruíbe x Picinguaba; Ilha do Cardoso x Picinguaba).

Peruíbe Cardoso Picinguaba Bertioga

Peruíbe 1 0,03976(*) 0,09081

Cardoso 0,05687 0,033557(*) 0,08243

Picinguaba 2,753 3,81 0,9885

Bertioga 3,298 3,255 0,4549

É importante salientar que este estudo não pretende ser definitivo para este ecossistema associado à Mata Atlântica com tantas variações geomorfológicas, climáticas, com diversos fatores abióticos interagindo em diferentes intensidades; mas representa um primeiro panorama geral da distribuição das espécies de lianas presentes em quatro diferentes áreas na restinga paulista. Além disso, os resultados destas comparações devem ser vistos com cautela devido às diferenças no tamanho das áreas amostradas e nos critérios e esforços de coleta e amostragem.

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