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O JIU JITSU BRASILEIRO NAS TRÊS DIMENSÕES DOS CONTEÚDOS NAS AULAS DE EUDCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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O JIU JITSU BRASILEIRO NAS TRÊS DIMENSÕES DOS CONTEÚDOS NAS AULAS DE EUDCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Luiz Gustavo Bonatto Rufino (UNESP/Rio Claro) Suraya Cristina Darido (UNESP/Rio Claro)

RESUMO

O jiu jitsu é uma luta/ arte marcial com grande vínculo com a cultura brasileira e está em processo de ampliação de público e de praticantes. Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem a inclusão do tema lutas dentro das aulas de Educação Física na escola. Com isso, o objetivo do presente estudo foi discutir a inserção do jiu jitsu brasileiro como um possível conteúdo das aulas de Educação Física escolar, levando-se em conta as três dimensões dos conteúdos: atitudinal, conceitual e procedimental. O trabalho utiliza uma metodologia de revisão bibliográfica. O jiu jitsu brasileiro nas aulas de Educação Física torna possível a aprendizagem de uma série de práticas, conhecimentos e valores que forneçam aos alunos vivências significativas dentro do âmbito da cultura corporal de movimento.

Palavras-chave: jiu jitsu brasileiro, lutas, artes marciais.

Introdução

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da área da Educação Física, esse componente curricular pode ser entendido como uma área que trata de um tipo de conhecimento, denominado de cultura corporal de movimento e que tem como temas o jogo, a ginástica, o esporte, as lutas, a dança, a capoeira e outras temáticas que apresentarem relações com os principais problemas dessa cultura corporal de movimento e o contexto histórico-social dos alunos (BRASIL, 1998, p. 26).

Ainda segundo os PCNs (BRASIL, 1998, p.28) a Educação Física tem uma história de pelo menos um século e meio no mundo ocidental moderno. Possui uma tradição e um saber-fazer ligados ao jogo, ao esporte, à luta, à dança e à ginástica, e, a partir deles, tem buscado a formulação de um recorte epistemológico próprio.

No âmbito da escola, segundo os PCNs, a Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. (BRASIL, 1998, p.29).

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(...) a reflexão sobre a perspectiva da cultura corporal diferencia-se das tendências anteriores pois busca desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímica e outros que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas.

Ainda segundo Soares et al. (1992), a Educação Física escolar tem como objetivo a reflexão sobre essa cultura corporal, ou seja, o objeto de estudo da área da Educação Física é formular o recorte epistemológico próprio da área, tratando de conteúdos como as lutas, por exemplo.

Recentemente, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo lançou a Proposta Curricular do Estado de São Paulo: área da Educação Física. Nela, é proposto que a Educação Física trate da cultura relacionada aos aspectos corporais, que se expressam de diversas formas, dentre as quais os jogos, a ginástica, as danças e atividades rítmicas, as lutas e os esportes (SÃO PAULO, 2008, p.42).

Portanto observamos por essas definições que a palavra lutas aparece diversas vezes, inclusive em destaque em determinados momentos, pois constituiu uma das temáticas centrais da cultura corporal de movimento.

Entretanto, vários professores da área da Educação Física escolar têm demonstrado inúmeras dificuldades em tratar essa temática com os alunos. Dentre as principais queixas encontradas estão a dificuldade de aceitação dessa temática por parte dos alunos e a dificuldade dos professores que não são experientes em pelo menos algum tipo de luta/ arte marcial em aplicar esses conteúdos nas aulas.

Gonçalves Junior e Drigo (2001), afirmam que historicamente a Educação Física no Brasil sempre teve estreita ligação com o ambiente escolar já que até 1987 só se formavam licenciados. Porém, mesmo no ambiente escolar, era (e continua sendo) raro o professor de Educação Física que, além dos costumeiros esportes coletivos de quadra, apresentasse também aos educandos algum conteúdo relacionado às lutas/ artes marciais.

Os PCNs (BRASIL, 1998) afirmam que as lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa.

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Uma das características das lutas é que elas repudiam e vão contra qualquer atitude de violência e de deslealdade. Podem ser citados como exemplos de lutas desde as brincadeiras de cabo-de-guerra e braço-de-ferro até as práticas mais complexas da capoeira, do judô, do caratê e até mesmo o jiu jitsu.

Segundo o site da Confederação Brasileira de Jiu Jitsu (CBJJ, 2009), o jiu jitsu é uma arte marcial oriunda muito provavelmente da Índia mas que cresceu e se desenvolveu no Japão, sendo considerada até mesmo a arte de defesa dos samurais. Após quase desaparecer no Japão devido a inúmeros fatores como o alto nível de lesões dos praticantes, luta que considerava os seus praticantes como pessoas sem respeito às tradições e ainda o surgimento do judô, ela ressurgiu no Brasil com o nome de jiu jitsu brasileiro (CBJJ, 2009).

Com a chegada do lutador de judô japonês Mitsuyo Maeda, mais conhecido como Conde Koma, e, finalmente, com a família Gracie que na figura de Carlos Gracie (que teve como professor o próprio Mitsuyo Maeda) após pouco tempo de aprendizado dos golpes do jiu jitsu difundiu-o primeiro na família e depois para o país inteiro até chegar em todo o mundo, esse esporte vem crescendo consideravelmente ao longo dos anos, sendo intrinsecamente relacionado com a cultura brasileira (CBJJ, 2009).

Visando o processo educacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) propõem a inclusão desses conteúdos nas aulas de Educação Física escolar, dentro do tema das Lutas. As lutas correspondem a uma das manifestações da cultura corporal podendo ser reproduzidas, produzidas, transformadas e usufruídas, de acordo com cada sociedade e sendo um objeto de estudo nas aulas de Educação Física. Na verdade, há inúmeras formas de lutas que podem ser inseridas dentro desse tema e o jiu jitsu é apenas uma delas.

Já Zabala (1998) propõe a organização dos conteúdos em três diferentes dimensões, dentre elas a dimensão conceitual, a dimensão procedimental e a dimensão atitudinal.

Os PCNs da área da Educação Física utilizam-se das dimensões dos conteúdos na forma de organização dos conteúdos que são apresentados em três blocos: um para a categoria conceitual (fatos, princípios e conceitos), um para a categoria procedimental (ligados ao fazer), e o último ligado a categoria atitudinal (normas, valores e atitudes), o que permite a identificação mais precisa das intenções educativas (BRASIL, 1998).

Assim sendo, poderíamos nos perguntar como seria inserir a temática do jiu jitsu nas aulas de Educação Física na escola para as diferentes séries do ensino fundamental e médio de acordo

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com as três dimensões dos conteúdos: conceitual, atitudinal e procedimental? Seria essa temática de aplicação viável e condizente com a realidade atual das escolas? Seria possível aplicar o jiu jitsu como conteúdo? E, se possível, por que seria interessante aplicá-lo?

Com isso, o objetivo do presente estudo foi discutir a inserção do jiu jitsu brasileiro como um possível conteúdo das aulas de Educação Física escolar, levando-se em conta as três dimensões dos conteúdos: atitudinal, conceitual e procedimental.

O jiu jitsu

O jiu jitsu é conhecido como uma das artes marciais mais antigas da história. De acordo com o site oficial da Confederação Brasileira de Jiu Jitsu (CBJJ, 2009) o jiu jitsu nasceu na Índia, sendo praticado por monges budistas e o site da Confederação Brasileira de Jiu Jitsu Esportivo (CBJJE, 2009) relata que essa arte marcial tem mais de três mil anos a.C.

Esses monges precisavam fazer longas viagens a pé e eram constantemente saqueados e roubados e não por ser contra os princípios da religião budista da qual eles faziam parte, eles não podiam possuir porte de armas, muito menos utilizarem-se da violência para se defenderem. Por isso, eles teriam desenvolvido uma forma de lutar na qual baseava-se na defesa pessoal, não opondo resistência aos oponentes e sim usando a própria força dos oponentes contra eles mesmos (CBJJ, 2009).

Essa forma de lutar ficou conhecida como luta corpo a corpo na qual, segundo Gracie e Gracie (2003), favorece a pessoa mais fraca fisicamente pois ela pode utilizar-se de alavancas e da luta de solo para submeter os seus adversários.

Na luta corpo a corpo não há chutes, socos ou pontapés, por exemplo. Ela utiliza-se do contato direto entre os oponentes para que um ganhe superioridade em relação ao outro. Exemplos de luta corpo a corpo são: o wrestling (também conhecido apenas como luta e que na modalidade olímpica se divide em duas: luta estilo livre e luta estilo greco-romano), o judô, o sambo (luta popular na Rússia) e o jiu jitsu brasileiro.

Após a sua origem na Índia, acredita-se que ele tenha passado para a China e, finalmente para o Japão, embora sem muitas evidências. Porém no Japão o jiu jitsu se desenvolveu e popularizou-se até que Jigoro Kano passou a institucionalizar vários golpes e fundamentos do jiu jitsu tradicional e também a eliminar certos golpes.

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Segundo Virgílio (1994), Jigoro Kano (1860 – 1938) estudou o jiu jitsu incessantemente, tendo tido vários mestres. Foi um estudioso, não só do jiu jitsu como de diversas outras áreas do conhecimento, tendo estudado e dado aulas de inglês e sendo formado em filosofia, economia e ciência política pela Universidade Imperial de Tóquio. Teve papel central na institucionalização das regras, modificação de condutas e incrementos de normas, fundando o judô, arte marcial que deriva do jiu jitsu.

Segundo Gracie e Gracie (2003) Jigoro Kano procurou “rejuvenescer” o jiu jitsu clássico japonês com uma reforma completa. Ele percebeu a necessidade de uma revisão radical no modo de treinar os alunos nas técnicas ensinadas. Assim, não criou muitas técnicas novas, mas usou as técnicas que ele já conhecia das antigas escolas de jiu jitsu, inovando na forma de ensinar essas técnicas.

Com o desenvolvimento do judô e a necessidade de divulgação dessa arte marcial, inúmeros lutadores formados pelo próprio Jigoro Kano passaram a divulgar o judô por todo o mundo. No Brasil, veio o lutador Mitsuyo Maeda, também conhecido pelo apelido de Conde Koma.

Não se sabe ao certo as razões para isto mas o fato é que, a partir de algum determinado momento da história, Maeda se intitulou um lutador de jiu jitsu e não mais de judô. Alguns acreditam que seja pelo fato dele, muitas vezes, ter proposto desafios à diversas pessoas em formas de lutas sem regras, chamadas de “vale tudo”, e isso ser contra a filosofia do judô de Jigoro Kano.

Maeda, como forma de gratidão pela ajuda que o empresário Gastão Gracie forneceu no processo de imigração na cidade de Belém, no estado do Pará, se ofereceu para dar aulas de jiu jitsu ao filho mais velho de Gastão: Carlos Gracie (GRACIE; GRACIE, 2003).

A partir daí, Carlos e seus irmãos, sobretudo o mais novo, Hélio Gracie, passaram a dedicar-se integralmente ao estudo e aprimoramento dessa forma de lutar. Mesmo com a mudança da família para o Rio de Janeiro eles continuaram investindo nas técnicas e fundamentos do jiu jitsu que já não era mais como aquele jiu jitsu antigo japonês (chamado de jiu jitsu clássico japonês), e sim era um “novo” denominado por eles mesmo de Gracie Jiu Jitsu ou Jiu Jitsu Brasileiro.

Ao longo dos anos o jiu jitsu foi desenvolvendo-se no Brasil, fato devido em grande parte aos desafios propostos pelos lutadores da família Gracie a lutadores de todas as outras

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modalidades. Mais recentemente, esses tipos de desafios passaram a ser denominados de eventos de mistura de artes marciais ou MMA (da sigla em inglês Mixed Martial Arts).

Atualmente, esses eventos passam por um processo de popularização muito grande, promovendo eventos gigantescos em diversas partes do mundo e fornecendo aos atletas grande quantidades de dinheiro. O evento mais popular do mundo é o Ultimate Fighting Championship, mais conhecido como UFC que surgiu com a idéia de um dos filhos de Hélio Gracie, Rorion Gracie.

Nesses eventos, o jiu jitsu tornou-se modalidade fundamental na qual os atletas precisam ter pelo menos um mínimo de conhecimento para que eles possam ser bem sucedidos. Desde os primeiros UFCs que contou com a vitória do lutador brasileiro Royce Gracie (irmão de Rorion e também filho de Hélio Gracie) que não era nem o lutador mais pesado e nem o lutador mais forte, o jiu jitsu vem se consolidando como um dos principais pilares do MMA ou Mistura de Artes Marciais, ou ainda Artes Marciais Mistas.

Por sua vez, o jiu jitsu brasileiro também vem crescendo (embora em proporção menor do que a dos eventos de MMA) e aumentando a popularização. Se outrora os lutadores de jiu jitsu foram estigmatizados pela conduta de algumas pessoas que se intitulavam lutadores (até mesmo com a popularização na mídia de termos como os “pit boys”), hoje o esporte vem aumento o número de praticantes e de consumidores de revistas, dvds, livros, etc.

Em termos de competições, embora alguns campeonatos como o Campeonato Mundial de Jiu Jitsu promovido pela Confederação Brasileira de Jiu Jitsu (CBJJ) anualmente, ainda não forneçam auxílios em dinheiro aos lutadores (embora promovam a popularidade dos lutadores), alguns campeonatos já fornecem consideráveis quantidades de dinheiro aos lutadores como o Campeonato Mundial Profissional ou World Professional Jiu Jitsu Cup promovido pelo Sheik Tahnoon Bin Zayed Al Nayan, dos Emirados Árabes Unidos, além do ADCC, o Abu Dhabi Combat Club, promovido pelo mesmo Sheik.

Ou seja, atualmente o jiu jitsu está, devido a uma série de fatores como o apoio de determinados grupos de pessoas, a popularização através do MMA, a institucionalização de regras e ao trabalho da Confederação Brasileira, ganhando visibilidade e aumento de praticantes e, devido à esses e muitos outros fatores como os fatores provenientes da própria prática do jiu jitsu brasileiro, ele pode ser um conteúdo das aulas de Educação Física escolar.

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Sobretudo ressaltando o fato dessa intrincada relação que o jiu jitsu possui com a cultura brasileira, proveniente do desenvolvimento desse esporte pelo povo brasileiro. Claro que com influência de diversas outras culturas como a oriental, sobretudo do Japão, mas podendo ser considerado um patrimônio histórico do Brasil e que considera diversos aspectos heterogêneos da cultura brasileira em sua prática.

Lutas/ Artes Marciais

Não há um consenso na área da Educação Física sobre qual a nomenclatura é a mais correta ou “ideal” para ser usada e provavelmente ela nem exista. Cazetto (2009), comenta sobre a utilização do termo lutas e artes marciais juntas pois elas parecem não excluir nenhuma possibilidade seja oriental ou ocidental estando ou não ligada ao combate.

Ainda segundo o autor, o termo “lutas” refere-se às práticas ocidentais, ao combate em si e à evolução da prática, enquanto que artes marciais referem-se às práticas mais ligadas ao oriente e não são necessariamente ligadas ao combate, além de ressaltarem a importância da historicidade dos conteúdos (CAZETTO, 2009, p. 33).

Alguns autores ainda comentam que o fato de uma arte ser marcial é porque, em algum momento da história, ela fez parte ou esteve em contato com algum tipo de guerra ou combate. No casso do jiu jitsu, a participação que ele teve em guerras foram incontáveis já que essa prática foi utilizada pelo exército chinês e, posteriormente, pelo exército japonês, além de ter sido uma das práticas utilizadas pelos samurais (os guerreiros do Japão antigo).

Não podemos desconsiderar ainda o fato da palavra arte marcial estar relacionada (inclusive pelo próprio nome) à palavra arte. Segundo o dicionário Luft (2000), arte significa um conjunto de regras para bem fazer uma coisa; habilidade; perícia com que se faz algo; atividade criadora que expressa, de forma estética, sensações ou idéias. Ou seja, o nome arte marcial está relacionado com questões holísticas e filosóficas, por exemplo, abrangendo outras concepções de corpo e movimento.

O fato é que, em todas as definições encontradas como Soares et al. (1992), os PCNs (BRASIL, 1998), a Proposta do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2008), dentre outras, o termo mais comumente relacionado com a cultura corporal de movimento é a nomenclatura das lutas.

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Mais relevante ainda não é a discussão sobre qual terminologia está mais correta ou deve ser empregada em relação à outra e sim discutir sobre a inserção desses conteúdos, que fazem parte da cultura corporal, nas aulas de Educação Física, sobretudo dentro da escola. Por isso, foi utilizada a expressão luta/ arte marcial, muitas vezes sem diferenciar uma da outra.

O jiu jitsu nas três dimensões dos conteúdos

Retomando Zabala (1998), este autor propõe a organização dos conteúdos em três diferentes dimensões, dentre elas a dimensão conceitual, a dimensão procedimental e a dimensão atitudinal.

Ainda segundo o autor, os conteúdos das aulas devem ser trabalhados de acordo com as três dimensões, as três dimensões são importantes e se completam (ZABALA, 1998).

Darido (2003) ao discutir sobre as dimensões dos conteúdos nas aulas de Educação Física escolar, aponta que os PCNs fornecem uma abordagem eclética no sentido de abarcar as diferentes possibilidades da Educação Física na escola, ou seja, a saúde, o lazer e a reflexão crítica dos problemas envolvidos na cultura corporal de movimento.

Os PCNs abordam sobre a necessidade da reflexão dos grandes problemas da sociedade brasileira (os temas transversais) e o enfoque das dimensões atitudinais e conceituais , indo assim além do fazer (dimensão procedimental). Ou seja, as aulas de Educação Física deixam de ter um enfoque apenas no fazer (que também é importante), mas vão além, incluindo valores e atitudes envolvidos nas práticas da cultura corporal de movimento (DARIDO, 2003).

Recentemente, o site da revista Tatame (uma das revistas especializadas em jiu jitsu e lutas em geral) publicou a seguinte reportagem: “Abu Dhabi: Jiu Jitsu nas escolas para 20 mil crianças”. Essa reportagem, informa que o Sheik dos Emirados Árabes, Mohammad Bin Zayed Al Nahyan, filho de Tahnoon Bin Zayed Al Nahyan (que patrocina eventos profissionais para os lutadores de jiu jitsu), está engajado no projeto de levar o jiu jitsu para todas as escolas de Abu Dhabi (TATAME, 2009).

Ele convocou mais 56 professores de jiu jitsu de todo o mundo para dar aulas nas escolas. O projeto deve chegar a 42 escolas públicas dos Emirados Árabes Unidos e tem como nome “Escola-Jitsu”. Até 2010 a previsão é de que mais de vinte mil crianças treinem jiu jitsu nas escolas. Porém os planos do Sheik são ainda mais ambiciosos com pretensão de atingir mais de 500 escolas em todo os Emirados Árabes Unidos (TATAME, 2009).

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Há uma série de questionamentos que podemos fazer em relação às intenções dos Emirados Árabes Unidos em colocar o jiu jitsu nas escolas. Porém deve-se ressaltar que o Sheik e seu filho são lutadores de jiu jitsu e já relataram várias vezes o quanto eles apreciam e valorizam esse esporte.

Certamente há aí pretensões de transformar os Emirados Árabes em uma das principais potências do jiu jitsu competitivo no cenário internacional.

Porém, o mais pertinente é o questionamento em relação ao que os professores de jiu jitsu trabalharão nas aulas nas escolas. São 56 novos professores que se juntaram com os 10 professores que já estavam morando em Abu Dhabi, ou seja, mais de 60 professores e, certamente, nem todos (e talvez a minoria) tenha formação em Educação Física, o que no caso do Brasil poderia gerar problemas, inclusive de cunho legal, devido à regulamentação da profissão de Educação Física.

Não se sabe se o jiu jitsu já é disciplina do currículo básico dos Emirados Árabes Unidos ou se ele entra como algum projeto paralelo e fora do período de aula porém, o que se pode perguntar é: o que estes professores trabalharão em suas aulas?

Será que eles incluirão as diferentes dimensões dos conteúdos? Será que eles terão preocupações com as questões didático-pedagógicas do ensino do jiu jitsu? Será que eles não vão se preocupar apenas com questões relacionadas com a formação de atletas, sobretudo com as crianças? Ou será que eles irão visar a formação dos cidadãos e o contato dos alunos com os valores e conhecimentos do jiu jitsu?

É claro que esse projeto dos Emirados Árabes Unidos está apenas no início e não é possível afirmar sobre as reais intenções que estão envolvidas, porém é necessário enfatizar a necessidade de ter uma consciência crítica a respeito do jiu jitsu e aplicá-lo de forma sistematizada e de acordo com condutas pedagógico-educacionais que visem a formação de cidadãos críticos e com autonomia.

De qualquer forma é realmente um passo considerável para a expansão do esporte e ganho em credibilidade, respeito e número de praticantes, porém, o jiu jitsu deve ser visto como muito mais do que simplesmente a formação de lutadores competidores pois, embora a competição seja importante, ela não é tudo e, dentro da escola, é muito mais interessante que o aluno tenha contato com mais modalidades de forma mais lúdica e criativa do que tenha contato apenas com uma modalidade como forma de treinamento exaustivo e diário.

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O jiu jitsu na escola

Cazetto (2009) afirma que existem dois ambientes importantes que precisam ser conquistados para a difusão de uma prática: a escola e a olimpíada. Ele afirma que há um grande número de pessoas nas escolas, e esse público está em processo de formação, ou seja, podem ser observados como um investimento para o futuro.

Com isso, o fato social da modalidade ser aceita na escola é vital para a difusão dela. O ambiente escolar é um local específico de especial aceitação: estar dentro da escola significa ter certo grau diferenciado de respeito, aumento de popularidade, estar acima de “suspeitas”, ser aceito pelo corpo acadêmico, etc (CAZETTO, 2009, p.42).

Cazetto (2009) ainda afirma que uma modalidade ser aceita na escola é um fator simbólico, pois quer dizer que ela é tida como um possível conteúdo dentro do processo de formação educacional.

Agora, deve-se observar que não é porque determinada modalidade está na escola que ela está “acima de qualquer suspeita”. Porque se não, estaremos sendo condizentes com os inúmeros professores que apenas aplicam o futebol para os meninos nas aulas de Educação Física, o popular “rola a bola”, por exemplo.

Especificamente no caso do jiu jitsu brasileiro, é interessante trabalhá-lo nas três diferentes dimensões dos conteúdos assim, abrangendo muito mais vertentes do que se trabalharmos apenas na dimensão do “saber fazer”, a dimensão procedimental.

No caso da dimensão procedimental, pode-se trabalhar com o jiu jitsu na escola de diferentes formas tais como: aplicação dos exercícios de alongamento (flexibilidade) e aquecimento, brincadeiras pré-desportivas que envolvam questões de desequilíbrio, rolamentos, movimentações no solo, imitações de animais e movimentos básicos do esporte, aplicação de determinadas técnicas da luta de solo como algumas chaves, estrangulamentos e projeções, além de técnicas que envolvam o trabalho da guarda (que no jiu jitsu é representada pelas pernas), o trabalho de passagem de guarda, aquisição de posições de superioridade como a montada, a imobilização lateral (popularmente chamada de “cem quilos”) e a pegada pelas costas, por exemplo, estratégias de luta e diferenciações das formas de lutar (como o lutador que prefere “puxar para a guarda” e o lutador que prefere derrubar e trabalhar para “passar a guarda”), dentre muitas outras possibilidades.

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Já na dimensão conceitual, há um vasto campo de possibilidades de aplicação do jiu jitsu na escola. Esse trabalho esboçou, embora brevemente, uma introdução sobre a origem do jiu jitsu. Essa é uma das possibilidades que se pode trabalhar com os alunos. Além disso, pode-se discutir as regras do esporte que estão em constante evolução, a relação do jiu jitsu com o MMA (o antigo “vale tudo”), a questão de ser um esporte amador, as formas de treinamento dos atletas (ciclo de treinamento, principais competições, etc), a relação desse esporte com a cultura brasileira, a questão da família Gracie como principal difusora do esporte, a relação do esporte com a mídia, ou seja, será que o jiu jitsu aparece nos maiores veículos de comunicação do país?

Se aparece, é quando? Será que é somente quando algum praticante dessa modalidade briga e aparece na televisão e nos jornais? Será que o jiu jitsu não aparece na mídia por ser um esporte de menor número de praticantes em relação à outros esportes ou será que é justamente por não aparecer na mídia que há menos praticantes? Dentre muitos outros questionamentos.

Ainda em relação a mídia podemos discutir com os alunos questões relacionadas à parcialidade ou imparcialidade dos veículos de comunicação e o porquê disso. Pode-se discutir também a visibilidade que os veículos de comunicação relacionados ao jiu jitsu tem na sociedade e se a visibilidade é pequena porque há pouco número de praticantes ou se há pouco número de praticantes porque a visibilidade é pequena? Ainda há questões como se essa “restrição” de veículos de divulgação do jiu jitsu não afeta o desenvolvimento do esporte já que ele fica disponível apenas para uma parcela pequena da população. Como exemplo, há alguns canais de televisão especializados em lutas mas que só estão disponíveis pela forma de programas pagos para ver, da sigla em inglês “pay per view”.

Essas são algumas das possibilidades de trabalhar a questão conceitual do jiu jitsu com os alunos.

Por fim, há a dimensão atitudinal. Esse é também um campo muito fértil de inúmeras possibilidades para o professor. Alguns exemplos de como aplicar essa dimensão nas aulas: as atitudes que os alunos devem ter em relação uns ao outros durante as aulas na escola, as relações que os atletas devem ter em relação uns aos outros, aos árbitros, etc. Discutir questões com os alunos como, por exemplo, o respeito pelos limites do próprio corpo já que o jiu jitsu mostra constantemente os limites que a pessoa pode suportar e se ela não respeitar esses limites ela pode acabar se machucando.

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Nesse ponto, há um fato ocorrido que pode ser de interessante discussão com os alunos. Na final do Campeonato Mundial de Jiu Jitsu de 2004 no Rio de Janeiro (quando o mundial ainda era realizado no Rio de Janeiro) na categoria absoluto (quando todos os pesos lutam juntos) faixa preta adulto masculino os lutadores Roger Gracie e Ronaldo Sousa (conhecido como “Jacaré”) lutaram e, em determinado momento da luta, o atleta Ronaldo “Jacaré” estava ganhando por uma diferença de pontos quando, subitamente, o atleta Roger Gracie encaixou uma chave de braço (hiper-extensão da articulação do cotovelo) e o atleta Ronaldo “Jacaré” decidiu não desistir e ter o braço quebrado! A luta continuou por mais alguns instantes mas o tempo acabou e Ronaldo “Jacaré” ganhou a luta, saindo ovacionado pela torcida. Isso repercutiu fortemente em termos de competição a ponto de haver uma revisão das regras e hoje o árbitro pode interromper a luta para preservar a integridade física do atleta ou então, chamar um médico para avaliar o caso.

Esse é um exemplo de possibilidade de aplicação da dimensão atitudinal já que poderia ser discutido com os alunos questões como: os lutadores tiveram uma atitude ética? Foi certo quebrar o braço? Ou ainda, foi certo deixar ter o braço quebrado por uma medalha? Mas quanta coisa estava envolvida como dinheiro, patrocínio, visibilidade? Qual é o limiar da dor de cada um? Até que ponto vale a pena penalizar o corpo por uma vitória? Qual a diferença entre praticar o jiu jitsu na escola e em uma competição? Dentre muitos outros questionamentos.

Somente para efeito de explicação, quando dois lutadores estão se enfrentando, a luta pode ser ganha por pontuação já que determinadas posições do jiu jitsu promovem pontos para os atletas. Essa pontuação é acumulativa. Além da pontuação existe a vantagem que é quando um lutador aplica determinadas posições mas não consegue efetivá-las, ganhando apenas vantagens (que são menores que os pontos e também acumulativas).

Porém, há também a possibilidade de finalização que é quando um dos lutadores encaixa algum tipo de chave em determinadas articulações ou estrangulamentos, submetendo o outro adversário à desistência com a luta sendo interrompida na hora. Com isso, a luta pode estar, por exemplo, 15 a 0 para um lutador e o outro encaixa alguma finalização e o atleta que estava ganhando a luta desiste, o atleta que finalizou (mesmo estando perdendo por pontos) ganha a luta. Caso não haja finalizações, a luta vai até o final do tempo estabelecido (que varia por faixa, sexo e idade) e há a contagem de pontos e vantagens e, em caso de empate, o árbitro decide quem ganha.

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Outra questão muito pertinente em relação ao jiu jitsu foi algo fortemente vinculado na mídia há algum tempo atrás em relação a uma série de eventos que ocorreram como brigas em boates, praias, academias, etc e que a mídia publicava (muitas vezes de forma sensacionalista) como sendo lutadores de jiu jitsu “arruaceiros”, “brigões” e “violentos”. Ficaram conhecidos pelo nome de “pit boys”. Pode-se discutir a função da mídia no trato dessas questões, a relação que essas pessoas realmente tinham com o jiu jitsu, se esses “lutadores” podem ser considerados expoentes dessa luta/ arte marcial ou se eles apenas são, quais valores são realmente empregados nas práticas das artes marciais, por que questões de violência estão relacionadas com as lutas/ artes marciais, enfim, dentre inúmeras possibilidades.

Fica evidente a relação que as três dimensões dos conteúdos têm entre si. É impossível desassociar questões da dimensão procedimental com questões da dimensão conceitual, por exemplo. Assim, ao mesmo tempo em que o professor pode mostrar determinado movimento (dimensão procedimental), ele pode falar sobre a pontuação dessa posição ou quem a inventou ou em que momento histórico ela foi criada (fatos da dimensão conceitual).

Da mesma forma que o professor pode demonstrar um movimento como uma chave de braço, por exemplo, (dimensão procedimental) e falar a respeito do fato ocorrido no Mundial de 2004 e discutir com os alunos a respeito das questões relacionadas aos limites do próprio corpo (dimensão atitudinal).

As possibilidades são inúmeras e cabe ao professor ter conhecimento do jiu jitsu nas três diferentes dimensões para que ele possa realizar um processo de ensino-aprendizagem da forma mais pedagógica possível.

Vale ressaltar que é necessário que o professor tenha conhecimentos sobre o jiu jitsu mas não necessariamente ele precisa ser um faixa preta nessa modalidade. Nem mesmo é necessário que ele seja um praticante, e sim que ele tenha conhecimentos suficientes para aplicar vivências com os alunos nas aulas de Educação Física dentro da escola.

Outro ponto muito relevante envolve questões de infra-estrutura já que a realidade de muitas escolas do Brasil não permite elevados custos com materiais para as aulas de Educação Física. Como exemplo podemos citar o alto custo do tatame, o local usado para a aplicação das técnicas do jiu jitsu. Esse é um ponto que deve ser considerado, entretanto deve ser visto como um obstáculo que pode ser superado ou, na linguagem do jiu jitsu, “finalizado”. Adequações

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como colchões, colchonetes e até mesmo no chão podem ser feitas. Como a ênfase não é a luta em si, é possível realizar alguns movimentos mesmo quando não há tatames, por exemplo.

Em relação as propostas discutidas, nenhuma explicita o jiu jitsu quanto um possível tema a ser abrangido em aulas de Educação Física na escola. A proposta do Estado de São Paulo, por exemplo, cita algumas lutas como o boxe e o judô (como conteúdos possíveis de serem discutidos) e a capoeira (como conteúdo que tem que se discutir com os alunos), entretanto ela não cita nada sobre o jiu jitsu brasileiro. Já para os PCNs, é importante contemplar a categoria das lutas, embora eles não especifiquem nenhuma modalidade de luta.

Considerações Finais

Cazetto (2009) afirma que ensinar luta/ arte marcial na escola não é ensinar simplesmente os movimentos da luta, mas sim as condutas necessárias para se aperfeiçoar. Existe uma diferença de valores em cada um dos modos de aprendizagem por isso é importante compreender os fatores culturais e sociais e suas implicações pedagógicas (CAZETTO, 2009, p. 156).

Com isso, torna-se evidente a diferenciação que deve existir entre o ensinar uma determinada modalidade em diversos contextos diferentes. Por isso, ensinar o jiu jitsu brasileiro em um clube ou uma academia é diferente do que ensinar o jiu jitsu brasileiro em uma escola.

Até mesmo dentro do clube ou da academia há diferenciações na forma de tratar pedagogicamente os conteúdos já que o enfoque para um lutador experiente e competidor deve ser diferente do enfoque dado nos conteúdos para uma criança na iniciação ao esporte.

No âmbito escolar Gonçalves Júnior e Drigo (2001), afirmam que a falta de vivência reflexiva dos profissionais de Educação Física com relação às artes marciais deve ser sanada. Isto pode acontecer por meio da busca de interação de conhecimento destes profissionais com os atletas/ praticantes de lutas, devendo observar as pessoas não formadas mas que são especialistas em artes marciais e também promover fóruns para a discussão conjunta da temática das artes marciais.

Ou seja, é de suma importância que o professor de Educação Física, tanto durante a sua formação, quanto naquela denominada de formação continuada tenha um contato estreito com as diversas temáticas da cultura corporal de movimento, dentre elas, as lutas.

Mais importante ainda é que o professor saiba aplicar os conteúdos das diversas temáticas, como as lutas, nas três diferentes dimensões dos conteúdos.

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Portanto, o jiu jitsu brasileiro torna-se então mais um conteúdo possível de ser aplicado nas aulas de Educação Física escolar, juntamente com outras tantas modalidades dentro do conteúdo das lutas, ressaltando os seus aspectos nas três dimensões dos conteúdos: atitudinal, conceitual e procedimental visando, com isso, a formação do aluno e sua autonomia.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física, 3o e 4o ciclos. Brasília, 1998. v.7.b.

CAZETTO, F. F. A influência do Esporte Espetáculo sobre o modelo de competição dos mais jovens no judô. 2009. 209f. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.

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DARIDO, S. C. Educação Física na Escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

GONÇALVES JUNIOR, L; DRIGO, A. J. A Já Regulamentada Profissão Educação Física e as Artes Marciais. Motriz, Rio Claro, v. 7, n. 2, p.131-132, jul-dez 2001.

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Referências

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