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SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S. A.

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Academic year: 2021

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(1)

RELATÓRIO

 

ANUAL 

DEMONSTRAÇÕES

 

FINANCEIRAS

 

SEPARADAS

 

E

 

CONSOLIDADAS 

EXERCÍCIO

 

DE

 

2015 

17 fevereiro 2016 

SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S. A. 

Sede social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia 

Matriculada na C.R.C. da Maia 

sob o nº Único de Matrícula e Identificação Fiscal 506 035 034 

Capital Social: 812 107 574,17 euros 

Sociedade Aberta

(2)

Índice

Relatório de Gestão

Anexos ao Relatório de Gestão e Participações Qualificadas

Anexo a que se refere o artº. 447 do Código das Sociedades Comerciais Anexo a que se refere o artº. 448 do Código das Sociedades Comerciais Participações qualificadas

Declaração emitida nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do nº. 1 do art. 245º do Código dos Valores Mobiliários

Relatório do Governo da Sociedade

Demonstrações Financeiras Separadas Demonstração de Posição Financeira Demonstração de Resultados

Demonstração do Rendimento Integral

Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios Demonstração dos Fluxos de Caixa

Notas anexas às Demonstrações Financeiras

Demonstrações Financeiras Consolidadas

Demonstração Consolidada de Posição Financeira Demonstração Consolidada de Resultados

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral

Demonstração Consolidada de Alterações nos Capitais Próprios Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa

Notas anexas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria e do Conselho Fiscal

Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada e individual

(3)

SONAE INDÚSTRIA

Relatório de

Gestão

2015

17 fevereiro 2016

Sonae Indústria, SGPS, SA Sociedade Aberta Capital Social € 812 107 574.17 Matriculada na C.R.C. da Maia sob o nº Único de Matrícula e Identificação Fiscal 506 035 034

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RELATÓRIO DE GESTÃO

ÍNDICE

PRINCIPAIS INDICADORES ... 3

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ... 4

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA ... 5

1. ASONAEINDÚSTRIA ... 6

1.1. NEGÓCIO ... 6

1.2. HISTÓRIA ... 7

1.3. PRODUTOS ... 10

1.4. ESTRATÉGIA ... 11

1.5. INICIATIVA IMPROVING OUR WORK (IOW) ... 13

1.6. PRINCIPAIS EVENTOS EM 2015 ... 15

2. ANÁLISE SETORIAL... 16

3. ANÁLISE DE ATIVIDADE ... 20

3.1. VOLUME DE NEGÓCIOS E EBITDARECORRENTE ... 20

3.1.1.Consolidado Sonae Indústria ... 20

3.1.2.Europa do Sul ... 22

3.1.3.Europa do Norte ... 23

3.1.4.Resto do Mundo (Canadá e África do Sul) ... 24

3.2. ANÁLISE FINANCEIRA CONSOLIDADA ... 25

3.2.1.Demonstração consolidada de resultados ... 25

3.2.2.Investimento ... 26

3.2.3.Demonstração consolidada de posição financeira ... 27

3.3. RESULTADOS INDIVIDUAIS DA SONAEINDÚSTRIA,SGPS ... 28

3.4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ... 28

3.5. PERSPETIVAS FUTURAS PARA 2016 ... 28

3.6. INFORMAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÕES E EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO ... 29

3.7. TRANSAÇÕES COM AÇÕES PRÓPRIAS ... 30

3.8. POLÍTICA DE DIVIDENDOS... 30

4. GESTÃO DE RISCOS ... 31

4.1. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DE CRÉDITO ... 31

4.2. RISCOS DE MERCADO ... 31 4.3. RISCOS LEGAIS ... 33 4.4. RISCOS OPERACIONAIS ... 33 5. RESPONSABILIDADE CORPORATIVA ... 34 5.1. RELATÓRIO SOCIAL ... 34 5.2. RELATÓRIO AMBIENTAL ... 41

6. NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS ... 46

ANEXOS AO RELATÓRIO DE GESTÃO E PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS ... 47

ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS... 47

ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS... 48

PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS ... 48

DECLARAÇÃO EMITIDA NOS TERMOS E PARA OS EFEITOS DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO Nº1 DO ARTIGO 245º DO CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS ... 49

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2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 3 de 50

P

RINCIPAIS

I

NDICADORES

Volume de negócios por mercado

Operações continuadas, 2015

Vendas por produto

Operações continuadas, 2015

Volume de Negócios

Milhões de Euros

EBITDA recorrente

Milhões de Euros e margem

Fundo de Maneio

Milhões de Euros

Dívida líquida e Dívida

líquida/EBITDA recorrente

Milhões de Euros 1 .3 5 2 1 .3 2 1 1 .0 5 1 1 .0 1 5 1 .0 2 7 2011 2012 2013 R 2014 2015 107 99 87 96 107 7,9% 7,5% 8,3% 9,4% 10,4% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 20,0% 0 20 40 60 80 100 120 2011 2012 2013 R 2014 2015 134 93 82 41 44 2011 2012 2013 R 2014 2015

715

665

675

564

570

6,7 x 6,7 x 7,8 x 5,9 x 5,3 x 0,0 x 2,0 x 4,0 x 6,0 x 8,0 x 10,0 x 12,0 x 14,0 x 16,0 x 18,0 x 20,0 x 0 100 200 300 400 500 600 700 800 2011 2012 2013 R 2014 2015

(6)

RELATÓRIO DE GESTÃO

M

ENSAGEM DO

P

RESIDENTE DO

C

ONSELHO DE

A

DMINISTRAÇÃO

Durante 2015, o recém-eleito Conselho de Administração teve a oportunidade de beneficiar do importante trabalho de reestruturação financeira e industrial implementado pelo anterior Conselho. Beneficiando da experiência dos novos membros, fomos capazes de apoiar e desafiar mais ainda a equipa de gestão, no sentido de construir um negócio de elevado desempenho, mais sustentável e rentável. De realçar que a Sonae Indústria concluiu o processo de reorganização do seu portfolio industrial, assinou um acordo de parceria estratégica para as operações da Europa e de África do Sul, investiu em linhas de produto, nas equipas e nas unidades industriais, tendo, em paralelo, registado melhores resultados.

Empenhámo-nos em assegurar que detemos a combinação certa de ativos, com unidades mais desenvolvidas e eficientes; as pessoas certas, promovendo de modo contínuo as suas competências chave e a partilha das melhores práticas; os melhores processos, alavancando na iniciativa “Improving our Work”, baseada na metodologia “lean”; e os parceiros certos, com os quais podemos criar valor para todos os “stakeholders”. Estes são alguns dos passos mais críticos e fundamentais para que possamos construir uma empresa mais sustentável e competitiva na indústria dos painéis derivados de madeira.

Um marco importante foi a anunciada parceria com a Arauco. A combinação de duas empresas sólidas, conceituadas e com vasta experiência no sector dos painéis derivados de madeira irá permitir construir uma operação mais robusta nos mercados Europeu e Sul-Africano, com um nível mais elevado de conhecimento e partilha das melhores práticas. Esta parceria irá também contribuir para reforçar e fortalecer o nosso balanço, posicionando o negócio de modo a melhor poder capturar as oportunidades futuras de crescimento e de melhoria de rentabilidade.

Como parte da nossa estratégia, continuamos a investir de modo a aumentar a eficiência e competitividade das nossas unidades industriais, tendo sido iniciado o investimento numa quinta linha de revestimento a melamina, com novas capacidades decorativas, na unidade industrial da América do Norte. Este passo vem no seguimento dos investimentos efetuados em 2014 em capacidade adicional de revestimento a melamina em duas das nossas unidades industriais da Europa e no lançamento da nova coleção “Innovus”®. Estes investimentos são uma clara demonstração do nosso compromisso em melhorar os nossos produtos, proporcionando melhores níveis de serviço, de modo a ficarmos mais próximos do mercado e das necessidades dos nossos clientes, reforçando o compromisso de nos transformarmos numa empresa verdadeiramente focada no cliente.

Através do programa de melhoria contínua, tem sido dado um importante destaque à melhoria do modo como trabalhamos e como gerimos os nossos processos. Estamos empenhados em uniformizar e otimizar todos os nossos processos, com a ambição de atingirmos os níveis de referência em termos de eficiência operacional e serviço ao cliente.

É também importante realçar a melhoria dos nossos resultados, com quatro trimestres consecutivos de incrementos da rentabilidade operacional das operações continuadas. Vamos ter de continuar a trabalhar no sentido de obter melhorias consistentes e sustentáveis dos resultados das operações continuadas, bem como de reduzir perdas das operações descontinuadas, de modo a obtermos resultados líquidos positivos e um retorno adequado do capital.

É evidente que 2016 será um ano excitante, desafiante e interessante, com novos parceiros, uma nova configuração do negócio e, mais importante ainda, novas oportunidades de desenvolvimento. A empresa teve de ultrapassar muitos obstáculos e terá de ultrapassar ainda mais alguns, mas tarefa é realizável, não só pelo trabalho que foi feito durante os últimos anos, mas também devido às forte raízes e conhecimento histórico que temos da indústria e dos nossos mercados. Acredito que todos os nossos parceiros de negócio irão beneficiar desta mudança transformacional, e continuo a contar com o empenho, espírito de equipa e dedicação de toda a equipa da Sonae Indústria, e a forte capacidade de liderança da equipa de gestão, já demonstrada ao longo de 2015.

(7)

2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 5 de 50

M

ENSAGEM DO

P

RESIDENTE DA

C

OMISSÃO

E

XECUTIVA

Em 2015, fizemos progressos significativos no sentido de alcançar os objetivos estratégicos que nos irão permitir ser uma empresa mais rentável e sustentável. Destacaria a concretização do acordo de parceria estratégica com a Arauco, envolvendo as nossas operações na Europa e África do Sul, e a conclusão do plano de otimização da nossa presença industrial, que passou pela alienação das nossas unidades industriais de Ussel e Linxe, em França, e de Betanzos, em Espanha, que vinham contribuindo negativamente para a nossa geração de cash-flow. Após a conclusão do redimensionamento industrial, pudemos concentrar os esforços e capacidades no aumento da nossa presença no mercado, com produtos de maior valor acrescentado e na melhoria dos nossos processos industriais e de gestão através do programa de melhoria contínua. Durante o ano, implementámos várias iniciativas destinadas a alinhar a nossa oferta de produtos e serviços com as necessidades dos clientes e com as tendências do mercado. Reforçámos o nosso portfolio de produtos decorativos com o lançamento da nova coleção Innovus® Coloured MDF e da nova coleção de produtos revestidos com papel melamínico Innovus® 2015. Esta coleção inclui um vasto leque de produtos e acabamentos, incluindo a nova gama Innovus Essence®, um produto de revestimento em papel melamínico que confere uma aparência de madeira sólida ou folheada, produzido na linha de revestimento “Embossed in Register”® da nossa unidade industrial de Oliveira do Hospital. De forma a apoiar o desenvolvimento e melhoria da nossa oferta de produtos, continuámos a investir em capacidade adicional de revestimento em papel melamínico, tendo arrancado com o projeto de investimento numa quinta linha de revestimento, com novas capacidades decorativas, na nossa unidade industrial em Lac-Mégantic, na América do Norte. Com este investimento, esperamos melhorar o nosso mix de produtos para o mercado norte-americano e aumentar as vendas de painéis revestidos, posicionando a nossa fábrica do Canadá como uma unidade industrial de referência no seu mercado.

É também de realçar que conseguimos melhorar os resultados operacionais ao longo do ano, tendo registado, durante mais quatro trimestres, uma melhoria do EBITDA Recorrente consolidado das nossas operações continuadas, atingindo 107 milhões de euros em 2015 (11 milhões de euros acima de 2014, numa base comparável). A margem EBITDA Recorrente atingiu 10,4%, mais 1 p.p. face a 2014, correspondendo ao melhor registo desde 2007. As perdas registadas pelas nossas operações continuadas foram significativamente atenuadas, o que nos aproxima do objetivo de alcançar resultados líquidos consolidados positivos. Em termos de alavancagem financeira, conseguimos registar uma nova descida do rácio de Dívida Líquida para EBITDA Recorrente, para 5,3x no final de 2015, mais uma vez o melhor nível desde 2008, graças ao referido aumento da rentabilidade operacional do negócio.

Continuámos a desenvolver e investir em boas práticas de Saúde & Segurança, tendo implementado novos procedimentos para minimizar acidentes nas nossas operações. Em 2015, conseguimos reduzir o número total de acidentes mas, infelizmente, o grau de gravidade dos mesmos aumentou, o que nos levou a rever os processos internos e a implementar campanhas e novas iniciativas em todas as nossas unidades industriais, reforçando o compromisso de incutir uma verdadeira cultura de segurança na empresa.

Esperamos, em 2016, concluir com sucesso a implementação da nossa parceria estratégica com a Arauco e avançar, de forma consistente, a execução das iniciativas destinadas a aumentar a orientação para o cliente e a melhorar a nossa eficiência industrial e os processos internos. Iremos ainda concluir, no primeiro semestre, o investimento na nova linha de revestimento a papel melamínico na nossa unidade industrial da América do Norte por forma a lançar os novos produtos no mercado durante o segundo semestre do ano.

Quero agradecer a todas as equipas pelo trabalho realizado e pelo empenho em atingir os objetivos da empresa em 2015 e pedir o seu compromisso continuado para 2016. Este empenho, conjuntamente com o apoio de todos os nossos stakeholders, foi fundamental para as melhorias conseguidas ao nível do desempenho operacional e de estrutura financeira.

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RELATÓRIO DE GESTÃO

1. A

SONAE

INDÚSTRIA

1.1.

N

EGÓCIO

A Sonae Indústria é um dos maiores produtores mundiais de painéis de madeira, com 17 fábricas localizadas em 5 países, distribuídos por 3 continentes. Em 2015, a nossa atividade englobava, a nível mundial, 3,245 colaboradores e gerou um volume de negócios de 1.027 milhões de Euros1.

Os painéis derivados de madeira são uma alternativa valiosa à madeira maciça, com algumas claras vantagens, nomeadamente porque permitem uma utilização mais eficiente das matérias-primas. Outra vantagem particular consiste na sua flexibilidade dimensional, que, em contraste com a madeira maciça, permite a produção de produtos de dimensões feitas-à-medida, as quais podem ser adaptadas aos requisitos das aplicações dos clientes. Assim, hoje em dia, assistimos à substituição da madeira maciça pelos painéis derivados de madeira num número crescente de aplicações.

Comparando com outros materiais de construção, tais como o aço e o betão armado, a madeira tem impactos ambientais adversos significativamente inferiores, quando utilizada como material de construção. Por conseguinte, os painéis derivados de madeira têm um efeito positivo no aquecimento global através da melhoria da eficiência energética, o que permite aos proprietários das habitações uma redução significativa da sua fatura de energia. Para além disso, quando utilizados para fins relacionados com a construção, estes materiais funcionam como armazenadores de carbono, ajudando, deste modo, a mitigar as emissões de CO2. No final da

sua vida útil, os painéis derivados de madeira podem ser reciclados e transformados em novos produtos, reentrando, assim, num ciclo contínuo de reciclagem. Por este motivo, é espectável que a procura de madeira e de produtos derivados de madeira para a indústria da construção tenha um crescimento sólido com o passar do tempo.

Em tempos em que os eventos climáticos extremos, como inundações e secas, sinalizam que a mudança climática é muito mais do que uma discussão científica teórica, as sociedades em geral – e as empresas em particular – estão constantemente à procura de formas alternativas que permitam combater estes novos cenários climáticos e estas novas realidades.

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2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 7 de 50 Os produtos derivados de madeira têm um papel importante a desempenhar nesta realidade. A Sonae Indústria acredita que utilizar mais madeira representa um forte contributo para combater as alterações climáticas, porque pode, por um lado, reduzir as fontes de CO2, e por outro lado, aumentar os sumidouros de CO2 e o

armazenamento de carbono. A redução das fontes de CO2 resulta da madeira ser um material que armazena

energia, podendo substituir, em diversas aplicações, outros materiais que usam mais energia – e geram mais emissões – durante a sua produção. A utilização da madeira pode também aumentar os sumidouros de CO2 e o

armazenamento de carbono, uma vez que a própria floresta tem um papel único no sequestro de carbono da atmosfera – as florestas ao crescer, absorvem mais CO2, e os produtos florestais mantêm o carbono armazenado

durante a sua vida útil. A utilização de produtos de madeira estimula um maior crescimento da floresta, e um mercado eficiente para produtos de madeira oferece um incentivo financeiro para investir na gestão ativa da floresta. Adicionalmente, quando os produtos de madeira são reutilizados ou reciclados, o armazenamento de carbono é prolongado numa nova vida útil, evitando emissões de CO2 para a atmosfera.

1.2.

H

ISTÓRIA

A Sonae Indústria é resultado de um processo de expansão que combinou crescimento orgânico com aquisições, e que foi iniciado em 1959. Durante a sua história, três períodos distintos podem ser identificados:

1. Desenvolvimento e expansão regional

Nos primeiros anos de existência, estes foram os principais acontecimentos que merecem destaque, marcados pelo processo de crescimento interno:

2. Internacionalização e expansão

Ao longo da década de 90 e até 2007, a Sonae Indústria realizou aquisições e efetuou investimentos significativos em projetos de raiz no Brasil, Canadá, África do Sul, Portugal, Espanha e Reino Unido. Importa também destacar o spin-off em 2005 da sua até então acionista Sonae SGPS, S.A.. Estes foram os principais eventos que marcaram o processo de internacionalização e expansão:

(10)

RELATÓRIO DE GESTÃO

3. Fase de reestruturação

Após 2007, e já num contexto de crise económica e financeira a nível mundial, a Sonae Indústria foi forçada a tomar medidas de reestruturação com o objetivo de aumentar a sua eficiência e flexibilidade, encerrando unidades fabris menos sustentáveis e desinvestindo em alguns ativos:

Globalmente, os encerramentos e as operações de alienação conduziram a uma redução da capacidade de produção instalada em 5 milhões de m3 quando comparada com o nível máximo, de 10,1 milhões de m3, atingido

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2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

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EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE, desde 1992 (milhões de m3)

Parceria estratégica com a Arauco

No final do mês de novembro de 2015, a Sonae Indústria, SGPS, S.A. informou que celebrou um acordo de parceria estratégica com a Inversiones Arauco Internacional, Limitada (Arauco), visando a criação de uma parceria 50/50 para as operações de painéis derivados de madeira e atividades relacionadas que a Sonae Indústria atualmente detém na Europa e África do Sul, nomeadamente todas as suas unidades de produção de painéis derivados de madeira, químicos e papel impregnado. A parceria será concretizada mediante a subscrição pela Arauco de um aumento de capital, no valor de 137,5 milhões de Euros, na subsidiária da Sonae Indústria, Tableros de Fibras, S.A., que alterará a sua denominação social para “Sonae Arauco, S.A.”.

A concretização desta transação está sujeita a determinadas condições, que se espera que sejam integralmente cumpridas durante o primeiro semestre de 2016, nomeadamente (i) obter a aprovação das autoridades da concorrência competentes na União Europeia e África do Sul; (ii) executar certas reorganizações internas, com o objetivo de atingir o perímetro relevante do negócio; e (iii) acordar determinadas alterações a contratos de financiamento do grupo Sonae Indústria e contrair novo financiamento no futuro perímetro Sonae Arauco, beneficiando da resultante melhor situação financeira.

Concretizando-se esta parceria, a Sonae Indústria espera criar uma empresa forte nos mercados Europeus e Sul-Africanos e reforçar o seu compromisso de longo prazo com a indústria de painéis derivados de madeira.

PRÉMIOS

PRÉMIO DE GESTÃO DE RISCO

A Sonae Indústria venceu a 3ª edição do Prémio Açoreana Risk Management Diário Económico (prémio português atribuído anualmente).

Este prémio tem como missão valorizar quem investe na competitividade através da segurança e destina-se a reconhecer e premiar empresas e respetivos gestores que se destaquem na proteção dos seus ativos, mais precisamente pela excelência na Gestão de Risco.

Na Sonae Indústria, a Gestão de Risco é fundamental, fazendo parte da cultura e estando presente nos processos de gestão da empresa, sendo uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores do Grupo, nos diferentes níveis da organização.

0 .8 1.7 6.7 7 .3 1 0 .1 7 .5 6.6 5 .8 5 .1 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 1992 1997 1999 2004 2007 2010 2013 2014 2015 2015 Venda das unidades de Ussel e Linxe (França) e Betanzos (Espanha) 1993 Aquisição da Tafisa, o segundo maior produtor em Espanha, com unidades fabris em Espanha e no Canadá 1997 Período de investimento em unidades contruídas de raiz no Brasil, África do Sul e Reino Unido 1998 Aquisição da Glunz, com operações na Alemanha, França e Reino Unido 1999-2004 Reestruturação da Gl unz. Período de i nvestimento em Portugal, Es pa nha, Ca na dá e Brasil.

Aqui sição das fá bri cas da Sa ppi na Áfri ca do Sul 2005 JV com a Tarkett (Alemanha) 2006 Aquisição da Hornitex (Alemanha) e da Darbo (França) 2008-2009 Fase de reestruturação 2009 Venda das operações do Brasil 2010 Venda da unidade de Lure (França) 2012-2013 Fase de Reestruturação 2014 Vendas das unidades de Auxerre e Le Creusot (França) e paragem definitiva das operações de produção de aglomerado em Horn (Alemanha)

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RELATÓRIO DE GESTÃO

A Gestão de Risco é desenvolvida tendo por objetivo a criação de valor, através da gestão e controlo das oportunidades e ameaças que podem afetar os objetivos e continuidade dos negócios. A Sonae Indústria procura em todas as suas áreas de atuação adotar as melhores práticas, que garantem a sustentabilidade do negócio.

CHAIRMAN’S AWARD

Todos os anos o universo das empresas Sonae reconhece internamente as suas maiores inovações, premiando a iniciativa, esforço e entrega dos seus colaboradores.

O Chairman’s Award é um prémio muito especial e carismático por ser o reconhecimento pessoal do Presidente das empresas Sonae.

Após serem recolhidas as propostas de todas as empresas Sonae, o vencedor é determinado tendo por base o nível de inovação e o impacto positivo que gera.

Em 2015, o prémio foi atribuído ao projeto “Improving Board Density by Weighting Batches” da Sonae Indústria, que foi desenvolvido por Ángel García, Luis Ferrari, Miguel García e Alberto Vicente da fábrica de Valladolid, em Espanha.

PRÉMIO DE SUSTENTABILIDADE

A Sonae Indústria também ganhou, em 2015, o Prémio de Sustentabilidade das Empresas Sonae com o projeto “Rewood”, desenvolvido pela Tafisa Canadá. O prémio reconhece a implementação de medidas para reforçar o desenvolvimento sustentável das Empresas Sonae e distingue os melhores projetos que conciliam as vertentes económica, ambiental e social.

Com este projeto foi possível reciclar 244 mil toneladas/ano de fibra de madeira, o equivalente a mais de dois milhões de árvores. Paralelamente, ajudou a preservar mais de 100 postos de trabalho indiretos e a criar 41 novos centros de reciclagem com 445 trabalhadores.

1.3.

P

RODUTOS

Os nossos produtos base, denominados de “produtos crus e técnicos”, compreendem:

Aglomerado de partículas (PB), um produto muito versátil e indicado para a

generalidade das utilizações nas indústrias de mobiliário e construção;

Painéis de fibras de média densidade (MDF), um excelente substituto da

madeira maciça e ideal para o mobiliário, pavimentos e indústria da construção;

Painéis de fibras orientadas (OSB) um produto altamente resistente e indicado

para aplicações estruturais e não-estruturais na indústria da construção, tem vindo também a ser crescentemente utilizado em aplicações decorativas devido à sua natural aparência com a madeira, principalmente em espaços públicos e lojas.

Mais de 50% da nossa produção é transformada em produtos de valor acrescentado, tais como os pavimentos

laminados (laminate flooring) e os painéis revestidos a melamina (MFC). Estes, por sua vez, são utilizados numa

enorme variedade de aplicações, tais como: mobiliário de casa e escritório, armários de cozinha e de casa-de-banho, portas, embalagens e decoração de interiores.

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2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 11 de 50

UMA GAMA MAIS FORTE DE PRODUTOS DECORATIVOS: INNOVUS®

INNOVUS®, a marca europeia de produtos decorativos, está a ser reforçada com o desenvolvimento e lançamento de novos produtos e uma nova gama global de desenhos e acabamentos, em linha com as últimas tendências globais do design de interiores e de artigos mobiliários para a casa. A última coleção global do INNOVUS®, com mais de 250 possibilidades decorativas, oferece inspiração e soluções ilimitadas para todas as necessidades produtivas e criativas.

Uma das recentes novidades da marca foi o MDF Colorido INNOVUS® (INNOVUS® Coloured MDF), um produto que combina a força e as propriedades técnicas do Painel de Fibras de Média Densidade (MDF) com a atração visual de uma versátil gama de cores. O MDF Colorido INNOVUS® pode também ser combinado com as últimas tendências de melaminas decorativas do INNOVUS®, o que resulta numa solução decorativa única e verdadeiramente distinta.

Outro avanço recente da marca INNOVUS® foi o desenvolvimento de uma nova gama de produtos, usando tecnologia de dupla-face de motivos em relevo (EIR - embossed in register®), que oferece painéis decorativos que proporcionam o aspeto visual e o toque natural da madeira em painéis revestidos a melamina. O INNOVUS® ESSENCE com as suas duas estruturas – Rústica e Autêntica – e nove desenhos de madeira foi desenvolvido a pensar numa variedade de aplicações tais como portas, mobiliário de sala e painéis de parede, aplicações que realmente valorizam o efeito natural da madeira.

As novidades da gama de Laminados e Compactos, como Colour Boom ou Labgrade, vieram também fortalecer a carteira de produtos decorativos, posicionando assim a Sonae Indústria como um parceiro global para a produção de mobiliário e os projetos de design de interiores, em aplicações residenciais e comerciais (hotéis, lojas, hospitais e outros espaços públicos).

Mais informações em www.innovus.co.

1.4.

E

STRATÉGIA

O modo como nos vemos como empresa, como agimos e nos relacionamos uns com os outros e com o mundo à nossa volta, representa uma cultura corporativa de melhoria contínua – desafiamo-nos constantemente para termos um melhor desempenho – que é sustentada pela nossa Missão, Visão e Valores.

VISÃO:

Ser reconhecido como um líder mundial sustentável no sector dos painéis derivados de madeira, proporcionando de forma consistente, aos nossos clientes, os melhores produtos, mantendo os mais elevados níveis de serviço e promovendo práticas empresariais e ambientais responsáveis.

MISSÃO:

O nosso objetivo é retirar o máximo potencial dos painéis derivados de madeira para benefício dos nossos clientes, acionistas, colaboradores e da sociedade em geral .

(14)

RELATÓRIO DE GESTÃO

As nossas atividades estão assentes em boas práticas de governo de sociedades, na melhoria contínua da eficiência das operações e na promoção ativa de inovação, proporcionando um ambiente de trabalho motivador, seguro e justo.

VALORES E PRINCÍPIOS

Os nossos valores representam a pedra basilar sobre a qual o nosso negócio é construído e são os princípios orientadores do nosso comportamento. O nosso sistema de valores enfoca-se em quatro importantes princípios: Ambicioso, Inovador, Autêntico e Responsável, que podem depois ser subdivididos nos valores e aptidões ilustradas na figura abaixo.

DIRECÇÕES ESTRATÉGICAS:

Durante 2011 dedicamos especial atenção em definir e alinhar as quatro direções estratégicas que queremos prosseguir no médio a longo prazo, de modo a melhorar significativamente o nosso desempenho. Em 2015, estas direções estratégicas foram revistas e adaptadas, de modo a assegurar a sua adequação ao principal objetivo de construir um player sustentável, com uma posição competitiva em todos os mercados onde está presente:

1) Ser uma empresa com enfoque nos clientes, com uma oferta integrada e consistente

2) Construir uma equipa de elevada qualidade, com pessoas talentosas, capazes e comprometidas 3) Criar uma cultura de alta performance fomentando a excelência operacional e a inovação

4) Desenvolver fábricas integradas competitivas, geradoras de caixa, com fornecimento seguro de madeira e de químicos

5) Financiar adequadamente o negócio, com um balanço equilibrado

Sob o rumo estratégico definido, a Sonae Indústria continua a implementar as iniciativas necessárias, com a ambição de crescer e gerir um negócio rentável, assumindo um compromisso para com práticas de negócio responsáveis e uma sustentável criação de valor para os nossos acionistas.

AMBICIOSO • Ambição INOVADOR • Conhecimento/ Instrução • Assumir riscos • Inovação

• Pronto para a mudança

AUTÊNTICO • Autêntico • Abertura e tranparência • Cooperação RESPONSÁVEL • Comportamento ético • Consciência social • Não Discriminação

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2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 13 de 50

PLANO ESTRATÉGICO

Este Plano Estratégico, elaborado e iniciado em 2011 e ainda em curso, tem como objetivo último a melhoria do desempenho operacional e económico da Empresa no médio e longo prazo e incorpora as seguintes orientações estratégicas fundamentais:

 Focalização no mercado e clientes, com uma oferta integrada e consistente, baseada em produtos de maior valor acrescentado como forma de diferenciação, tendo sido para tal, desenvolvida uma coleção global europeia e norte-americana de produtos de valor acrescentado (sob as marcas Innovus® e Tafilam®, respetivamente) em substituição das várias marcas que existiam anteriormente nos diversos países onde a Sonae Indústria está presente industrialmente;

 Redução da capacidade instalada, através do fecho e/ou alienação das unidades menos rentáveis, e investimento e desenvolvimento das unidades mais competitivas e geradoras de valor, permitindo a melhoria dos índices de utilização de capacidade das várias unidades industriais (entre 2009 e 2015, a Sonae Indústria aumentou o índice de utilização de capacidade em cerca de 13 p.p.). Neste contexto, a Sonae Indústria já concluiu os processos de encerramento das unidades de Knowsley (UK) e Solsona (Espanha), em 2012, das operações de painéis crus em Horn (Alemanha), e a venda das unidades de Auxerre, Le Creusot, Ussel e Linxe (França) em 2014 e 2015 e Betanzos (Espanha). Em 2014, completou ainda o processo de encerramento da unidade de Pontecaldelas (Espanha);

 Otimização e redução de custos através do aumento do controlo sobre as matérias-primas permitindo um fornecimento seguro de madeira e de produtos químicos em condições competitivas;

 Redução da estrutura de custos fixos, adaptando as estruturas de suporte às necessidades dinâmicas do Grupo;

 Criação de uma cultura de alta performance fomentando a excelência operacional e a inovação, como forma de reforçar a competitividade e capitalizar a posição de referência no mercado mundial de painéis derivados de madeira. Para tal foram desenvolvidos fóruns industriais através dos quais são partilhadas as melhores práticas a nível técnico industrial entre os vários departamentos e países que compõem o Grupo Sonae Indústria. Estas atividades procuram desenvolver e implementar uma cultura focada na melhoria contínua, consubstanciada na iniciativa “Improving our Work”, que tem como objetivo homogeneizar e otimizar os processos e, em resultado aumentar os níveis de eficiência e de produtividade em todas as áreas do grupo.

Em cumprimento do Plano Estratégico, a Sonae Indústria tem vindo a concentrar-se em mercados/unidades fabris geradoras de valor, designadamente no Canadá, Alemanha e na Península Ibérica, com a instalação de uma nova linha de limpeza de madeira reciclada, e expansão da capacidade de revestimento a melamina na fábrica de Nettgau (Alemanha) e a substituição de uma linha antiga de revestimento a melamina na unidade de Oliveira do Hospital (Portugal). Já em 2015, a Sonae indústria iniciou a construção de uma quinta linha de melamina em Lac-Mégantic (Canadá), um investimento de 11 milhões de Euros, prevendo-se que fique concluído até ao final do primeiro semestre de 2016.

1.5.

I

NICIATIVA

I

MPROVING OUR

W

ORK

(I

O

W)

A iniciativa IoW (Improving our Work, Melhoria Contínua) é um pilar chave da cultura e do modo de trabalhar da cultura Sonae, como uma poderosa filosofia e metodologia de procura da produtividade e da qualidade, todos os dias, em qualquer lugar, por parte de todos, criando valor sustentável para os stakeholders da Sonae. Tendo por base o ciclo de melhoria, o modelo IoW contempla atualmente uma nova abordagem, incluindo um novo pilar – Líderes de IoW, com um objetivo especifico – obter o Compromisso da Gestão.

(16)

RELATÓRIO DE GESTÃO

O objetivo do modelo IoW é de desenvolver a capacidade de mudança na organização, fomentando alterações nos comportamentos e melhorias nos processos de negócio, ao mesmo tempo que procura assegurar a excelência operacional, através dos quatro pilares seguintes:

IoW Diário: Melhorar as Equipas Naturais e promover a cultura de melhoria contínua

IoW Projeto: Aperfeiçoar processo com equipas multidisciplinares

IoW Líderes: Desenvolver, acompanhar e apoiar a implementação da estratégia com as equipas de

gestão

IoW de suporte: Apoio a todas as atividades de IoW por equipas de IoW

A Sonae Indústria adotou o programa IoW de uma forma entusiástica, pois acredita ser o meio para “Melhorar a nossa organização”.

Atualmente, o IoW encontra-se presente em todas as equipas, sendo que mais de 70% dos colaboradores estão a ser treinados nos princípios de IoW por equipas internas, e 30 treinadores estão certificados por uma entidade externa para ensinar e promover a melhoria contínua.

A maioria das equipas encontra-se a implementar o IoW Diário, com mapas detalhados de todas as etapas. Este processo incluí uma auditoria em cada etapa para assegurar o cumprimento de todos os requisitos. Essas auditorias são realizadas por uma entidade externa ou por auditores internos, também eles certificados. Adicionalmente, no seguimento da implementação da estratégia definida, com o objetivo de alcançar níveis mais elevados de produtividade, redução de custos, melhorar o nível de serviço e criar valor para os nossos clientes, vários projetos estão considerados no âmbito do IoW. No âmbito de equipas multidisciplinares, diferentes membros de equipa estão a trabalhar em conjunto em projetos de IoW, empregando ferramentas de melhoria contínua, sempre com a visão de gerar um impacto positivo no crescimento da empresa.

1. GESTÃO VISUAL 2.COMPROMETIMENTO COM GEMBA 3. DESDOBRAMENTO ESTRATÉGICO 0. PLANEAMENTO IOW EQUIPAS GESTÃO

Desenvolver Pessoas das... MD: Managing Director, M: Managers

Equipas de Gestão

IOW EQUIPAS GESTÃO para comprometer o Topo NÍVEIS MATURIDADE 0.PLANEAMENTO IOW DIÁRIO 1.ORGANIZAÇÃO EQUIPAS 2. ORGANIZAÇÃO ESPAÇOS 3. NORMALIZAÇÃO SDCA 4. MELHORIA PDCA

IOW DIÁRIO para mudar comportamentos & cultura

NÍVEIS MATURIDADE

Desenvolver Pessoas das... Equipas Naturais de Gemba

TL: Team Leader, TM: Team Member

IOW PROJETO para alcançar resultados disruptivos

PM: Project Manager, ABDE: Cross Function Experts

Equipas Projeto Transformar Processos com...

0. PLANEAMENTO IOW PROJETO 3. IMPLEMENTAÇÃO EM SUB-PROJETOS 2. MISSION

CONTROL 4. ROLL OUT & FECHO

SPRINTS de 3 a 12 MESES 1. VALUE STREAM DESIGN

IOW SUPORTE para trazer orientação especializada

IoWC: IoW Coordinator, C: Coaches

Coach IOW Desenvolver Orientação com...

PLANO 6 a 12 MESES 2. GESTÃO CONHECIMENTO 3. TREINO & AWARENESS 6. COMUNICAÇÃO 4. COACHING 0. PLANEAMENTO IOW SUPORTE 1. GOVERNANCE 5. TRACKING RESULTS 7. AUDITORIA

MUDANÇA

(17)

2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 15 de 50

1.6.

P

RINCIPAIS EVENTOS EM

2015

26 fevereiro 2015 Comunicado dos resultados consolidados do exercício de 2014

10 março 2015

Comunicado relativo ao recebimento de comunicação da sociedade Efanor Investimentos, SGPS, SA, segundo a qual, o Sr. Eng. Belmiro de Azevedo deliberou que não será candidato a integrar o Conselho de Administração desta sociedade. Os restantes pontos da

comunicação estavam relacionados com a constituição do Conselho de Administração desta sociedade, proposta pela Efanor Investimentos, SGPS, S.A.

12 março 2015

Comunicado informando que a participada indireta Isoroy SAS celebrou um acordo relativo à alienação do negócio e dos ativos da unidade industrial de Ussel, localizada em França

18 março 2015

Comunicado informando que a participada indireta Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricos, S.L. celebrou um acordo relativo à alienação do negócio de hardboard desenvolvido na unidade de Betanzos, localizada em Espanha

31 março 2015

Comunicado sobre deliberações da Assembleia Geral Anual de Acionistas e do Conselho de Administração

Comunicado relativo à concretização da alienação da unidade de Ussel 30 abril 2015 Comunicado sobre a concretização da alienação do negócio de hardboard explorado na

unidade de Betanzos

7 maio 2015 Comunicado dos resultados consolidados do 1º trimestre de 2015

3 junho 2015 Comunicado relativo à assinatura de um novo contrato de financiamento bancário no montante de sessenta milhões de Euros, com maturidade em junho de 2016

3 julho 2015

Comunicado informando que as participadas, Tafisa France SAS e Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, SL, venderam 100% do capital social da Darbo SAS (proprietária da fábrica de Linxe, localizada em França)

29 julho 2015 Comunicado dos resultados consolidados do 1º semestre de 2015

11 novembro 2015 Comunicado dos resultados consolidados dos primeiros nove meses de 2015

30 novembro 2015

Comunicado de um acordo visando uma eventual parceria estratégica com a Arauco para os mercados Europeu e Sul-Africano. Este acordo visa a criação de uma parceria 50/50 para as operações de painéis derivados de madeira e atividades relacionadas que a Sonae indústria atualmente detém na Europa e África do Sul, nomeadamente todas as unidades de produção de painéis derivados de madeira, químicos e papel impregnado

(18)

RELATÓRIO DE GESTÃO

2. A

NÁLISE

S

ETORIAL

Contexto macroeconómico

Durante 2015, continuou a observar-se na Europa sinais de recuperação económica impulsionados, principalmente, por políticas monetárias acomodativas e pela (ligeira) depreciação do Euro, que permitiu suavizar a deterioração nos mercados de comércio internacional. A redução do desemprego, a maior acessibilidade no acesso ao crédito (as taxas de juro de curto-prazo na Zona Euro são negativas desde maio de 2015), o nível mais elevado de investimento e o crescimento do consumo privado (beneficiando de aumentos do rendimento nominal e de baixa inflação), também contribuíram para a recuperação económica. Em relação à economia norte-americana, esta encontra-se, gradualmente, a caminho de uma trajetória de crescimento sustentável, mais eficiente, conduzida pela procura interna, uma vez que as políticas monetárias permaneceram muito acomodativas.

Breve análise por região:

 A Europa do Sul evidenciou algumas melhorias em certos indicadores macroeconómicos: a taxa de crescimento do PIB2 aumentou, face ao ano anterior (com a

economia espanhola a registar uma importante taxa de crescimento de 3,2%), e a taxa de desemprego diminuiu em Portugal e em Espanha, mantendo-se estável na França. Não obstante, o desemprego continua a ser uma preocupação social e económica nestes países, especialmente na Península Ibéria. Todos os países registaram

um excedente na balança de transações correntes, o que é um indicador importante da “saúde” das economias, nomeadamente da competitividade internacional. A despesa em consumo privado manteve a tendência positiva, possivelmente correlacionada com as perspetivas otimistas do ciclo económico, como evidenciado pelos elevados níveis de confiança dos consumidores em 2015. Os mercados de

commodities e da construção beneficiaram dos desempenhos macroeconómicos positivos em Portugal

e Espanha como se pode observar pelo aumento, em ambos os países, do número licenças de habitação atribuídas face ao ano anterior (+15%3 em Portugal, tendo sido observado um crescimento ainda mais

substancial em Espanha, de 29%4).

 A Alemanha apresentou uma taxa de crescimento do PIB prevista de 1,5%, ao nível de 2014 (inferior em apenas 0,1 p.p.), continuando a observar-se melhorias ao nível da taxa de desemprego (a Alemanha é o único país da União Europeia a alcançar uma taxa de desemprego abaixo dos 5%). Em linha com a tendência histórica, a Alemanha regista um excedente na balança de transações correntes, motivado pela sua singular estrutura de exportações que impulsiona a economia – exporta, maioritariamente, produtos de elevado valor acrescentado, beneficiando de uma procura (quase) inelástica nos mercados europeus. O consumo privado manteve a tendência de crescimento, contribuindo para a recuperação

2 PIB: Produto Interno Bruto.

3 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, janeiro 2016 (“Nova habitação residencial”, evolução acumulada a outubro 2015 para o período de 10 meses). 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 Portugal Espanha França Alemanha Reino Unido Canadá Estados Unidos África do Sul

Taxas de crescimento do PIB (%)

(Fonte: OCDE, novembro 2015)

2014 2015

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2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 17 de 50 gradual do setor da construção na Europa do Norte, como indicado pelo ligeiro aumento do número das licenças de habitação atribuídas, face ao ano anterior (aumento de cerca de 3%5).

 Na América do Norte, espera-se que o Canadá e Estados Unidos apresentem taxas de crescimento positivas do PIB em 2015: as estimativas da OCDE apontam para um crescimento de 2,4% para a economia norte-americana (ao nível de 2014) e de 1,2% para a economia canadiana (inferior em 1,2 p.p. vs. 2014), representando a menor taxa de crescimento do PIB dos últimos cinco anos no Canadá. É também importante realçar que o PIB canadiano decresceu no primeiro semestre deste ano condicionado pela desaceleração do consumo privado, face a anos anteriores. O desemprego diminuiu e ambos os países continuam a exibir um défice recorrente na balança de transações correntes (desde 2009). O mercado da construção da América do Norte encontra-se em linha com as perspetivas macroeconómicas, tendo apresentado um desempenho misto. O fraco aumento do PIB canadiano afetou a procura no setor da construção, traduzindo-se na estagnação do número de novas construções (+0,1%6 face a 2014). Em contraste, a melhor dinâmica evidenciada pela economia norte-americana

explica a melhoria no mercado de habitação, demonstrado pelo aumento significativo do número de novas construções, face ao ano anterior (aumento de 11%7).

 Na África do Sul, o crescimento do PIB em 2014 foi pouco expressivo (cerca de 1,5%), quando comparado com o desempenho histórico, sendo prevista a mesma taxa de crescimento para 2015. Quando comparado com o desempenho das regiões mencionadas anteriormente, o nível de desemprego é mais elevado, e o saldo da balança de transações correntes continua deficitário, apesar da riqueza natural deste país. A economia sul-africana, tal como no passado, enfrenta uma série de obstáculos que a impedem de alcançar um desenvolvimento sustentável, que coincida com o seu potencial, nomeadamente: (i) – disputas laborais; (ii) – cortes de energia devido à incapacidade da oferta em satisfazer a crescente procura, o que penaliza importantes setores como as indústrias transformadoras; (iii) – desigualdades sociais. O desempenho imprevisível da economia sul-africana condiciona as decisões de consumo, afetando negativamente o setor da construção, não obstante o crescimento de 5%8 no número das licenças de habitação residenciais, face ao ano anterior.

Painéis derivados de madeira

Informação sobre a Oferta

Nos últimos anos, os investimentos no mercado dos painéis derivados de madeira foram residuais e maioritariamente por parte de fortes players que, não obstante a crise, foram capazes de se expandir globalmente através de aquisições e novos investimentos, tornando o setor mais concentrado, mas ainda bastante disseminado. O facto de que, em 2015, os 15 principais players representavam aproximadamente 40%, 22% e 76% da capacidade mundial de PB, MDF e OSB, respetivamente, é uma importante representação dos níveis de concentração testemunhados neste mercado.

Em 2015, estes foram os principais investimentos e operações publicamente comunicados:

 A Arauco irá investir 30 milhões de dólares em Bennettsville, Carolina do Sul (EUA), aumentado a capacidade instalada de produção de aglomerado em cerca de 100.000 m3/ano. (janeiro, 2015)

A Norbord e Ainsworth concluíram a fusão, que tem como objetivo a criação de um player líder no segmento de OSB na América do Norte, Europa e Ásia. (abril, 2015)

5 Fonte: German Federal Statistics Office, janeiro 2016 (“Licenças para nova construção, habitações”, evolução acumulada a outubro 2015 para o período de 10 meses).

6 Fonte: Canada Mortgage and Housing Corporation, janeiro 2016 (“Building permits (unidades)”, evolução acumulada a novembro 2015 para o período de 11 meses).

7 Fonte: United States Census Bureau, janeiro 2016 (“New housing units”, evolução acumulada a novembro 2015 para o período de 11 meses). 8 Fonte: Statistics South Africa, janeiro 2016 (“Building plans for residential buildings (número)”, evolução acumulada a outubro 2015 para o período de 10 meses).

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RELATÓRIO DE GESTÃO

 A Egger irá instalar uma unidade de produção de MDF na unidade de Gagarin (Rússia), prevendo-se o início das operações para o segundo semestre de 2016. A capacidade de produção de MDF durante a primeira etapa de desenvolvimento será de cerca de 350.000 m3/ano, e o investimento total planeado

é de cerca de 200 milhões de Euros. (julho, 2015)

 Homanit pretende expandir a sua unidade em Krosno (Polónia), aumentando a capacidade instalada de produção de MDF em cerca de 250.000 m3/ano. (agosto, 2015)

 Arauco anunciou um investimento de 325 milhões de dólares para a construção de uma nova unidade de aglomerado localizada em Grayling, Michigan (EUA), com uma previsão de capacidade de cerca de 750.000 m3/ano. (setembro, 2015)

 Sonae Indústria e Arauco celebraram um acordo de parceria estratégica com vista à criação de uma Joint-Venture, envolvendo as operações de painéis derivados de madeira e atividades relacionadas que a Sonae Indústria detém na Europa e África do Sul, nomeadamente todas as unidades de produção de painéis derivados de madeira, químicos e papel impregnado. (novembro, 2015)

Procura por produto

De acordo com as previsões anunciadas pela Federação Europeia de Painéis (EPF), espera-se que a procura de painéis de madeira na Europa continue, durante 2015, a evidenciar os sinais positivos dados em 2014, em linha com as melhorias macroeconómicas descritas anteriormente.

Analisando o desempenho por produto, a produção de painéis de aglomerado dos membros da EPF aumentou 2,5% em 2014, face ao ano anterior, representando uma produção total de 29 milhões de m3, excedendo em 1

p.p. a projeção realizada no ano anterior. Para 2015, as projeções apontam para um crescimento de 0,5% face a 2014, o que se deverá traduzir numa produção total de 29,2 milhões de m3. No segmento de painéis de

aglomerado, o ano de 2014 pode ser visto como o ano de viragem em termos de consumo, aumentando 5,3%, quando comparado com 2013. Para 2015, prevê-se um aumento de 0,5% nos níveis de consumo para os membros da EPF, alinhado com a previsão de crescimento da produção.

Relativamente ao segmento de MDF, a produção na Europa aumentou mais de 2% em 2014 face a 2013 (não considerando a Turquia e a Rússia), alcançando uma produção total de 11,5 milhões de m3, ainda abaixo do

registado no pico em 2007 com uma produção total de 13,3 milhões de m3. Por sua vez, os consumos de MDF na

Europa aumentaram 4,1% em 2014, reforçando a tendência de recuperação que teve início em 2013. Para 2015 e considerando o mercado europeu como um todo, estima-se que os consumos de MDF aumentem 0,8% face a 2014.

Em termos de produção europeia de OSB, estima-se que tenha aumentado cerca de 3% em 2014, excedendo os 4,8 milhões de m3 de produção total. O consumo de OSB na Europa melhorou em 1,1% em 2014, ficando 1,9 p.p.

abaixo do crescimento registado na produção de OSB, o que pode ser explicado pelas diferentes níveis de recuperações da atividade de construção da Europa, muito mais pronunciada em alguns países da Europa de Leste do que na região Oeste.

Na América do Norte, o comportamento dos mercados de habitação, em 2015, foi significativamente diferente no Canadá e nos EUA, naturalmente correlacionado com as condições macroeconómicas de cada país. No Canadá, o fraco crescimento do PIB afetou o setor da construção, com o nível de novas construções a permanecer estável, contrastando com o forte crescimento registado no mercado norte-americano, quando comparado com 2014. Não obstante estes diferentes padrões de procura, as estimativas disponibilizadas pela Forest Economic

Advisors (FEA) estimam que a procura por painéis de aglomerado na América do Norte aumente 6% em 2015

face a 2014, 1 p.p. acima do previsto para o crescimento da procura de MDF. O instituto FEA acredita que nos próximos anos se registem ligeiras melhorias nos mercados de painéis de aglomerado e de MDF na América do Norte, acompanhando a economia mundial e o comportamento dos mercados de habitação.

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2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 19 de 50 Na África do Sul, em linha com a performance de 2014, o segmento de painéis de aglomerado continuou a enfrentar condições difíceis, relacionado com as tendências do retalho do mobiliário, onde a procura permanece severamente deprimida como evidenciado pela redução do consumo de bens duradouros, face a 2014. Por sua vez, estima-se que o segmento de MDF, significativamente menos desenvolvido que o segmento de painéis de aglomerado, tenha registado melhorias de desempenho em termos do total de vendas e da capacidade total instalada.

Pavimentos Laminados

De acordo com as estimativas dos Produtores Europeus de Pavimentos Laminados (EPLF – European Producers

of Laminate Flooring), os membros da EPLF venderam, mundialmente, cerca de 467 milhões de m2 de

pavimentos laminados em 2014, o melhor desempenho desde 2011, o que representou um aumento de 1%, face a 2013.

Para 2015, as vendas totais de pavimentos laminados experimentaram uma redução média de cerca de 1,5% por trimestre, face a 2014, traduzindo-se numa diminuição de 4,3% nos primeiros nove meses do ano, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Se esta tendência negativa for mantida durante 2015, é esperado um valor de vendas totais de cerca de 450 milhões de m2, o valor mais baixo desde 2009.

Considerando apenas a evolução em termos de países da Europa Ocidental, as vendas totais encontram-se em linha com o desempenho global, exibindo uma redução trimestre a trimestre, face a 2014, e inferior em 9% nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado.

(22)

RELATÓRIO DE GESTÃO

3. A

NÁLISE DE

A

TIVIDADE

3.1.

V

OLUME DE

N

EGÓCIOS E

EBITDA

R

ECORRENTE

No final de 2014, a Sonae Indústria classificou como operações descontinuadas os resultados das unidades industriais em França, Auxerre e Le Creusot (alienadas em abril de 2014), Ussel (alienada em março de 2015) e Linxe (alienada em julho de 2015), de Pontecaldelas (em Espanha, cuja atividade de produção parou durante o primeiro semestre de 2014) e de Betanzos (em Espanha, alienada em abril de 2015). A análise apresentada neste capítulo exclui a contribuição das operações classificadas como operações descontinuadas.

3.1.1. Consolidado Sonae Indústria

O volume de negócios consolidado das operações continuadas da Sonae Indústria foi de 1.027 milhões de euros, em 2015, o que representa uma subida de 1,3% face ao ano anterior, numa base comparável. Este desempenho é o resultado das melhorias registadas nos preços médios de venda que aumentaram 1,5% face a 2014, ainda que os volumes de vendas se tenham mantido inalterados, face ao ano anterior. O contributo principal para o desempenho positivo dos preços médios de venda deriva das melhorias obtidas no mix de vendas, com uma subida da parcela de produtos de valor acrescentado, cujo contributo varia consoante a geografia, que compensou largamente a descida registada nos preços de OSB. Assim, devemos salientar que a percentagem de produtos revestidos a papel melamínico aumentou 1 p.p. no total dos volumes de vendas, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Numa base trimestral, o volume de negócios consolidado do 4T15 aumentou 4% face ao mesmo período do ano anterior.

Os custos variáveis unitários por m3 consolidados registaram uma redução, trimestre a trimestre, ao longo de 2015, o que resultou numa melhoria global dos custos variáveis unitários de 0,7% no ano, face a 2014. Esta redução deveu-se ao contributo positivo dos químicos (neste caso, relacionado com a descida dos preços de mercado e com melhorias operacionais em algumas operações) e dos custos de energia térmica, que compensaram amplamente o contributo negativo das restantes categorias de custos variáveis.

No que diz respeito aos custos fixos, e tendo em consideração exclusivamente a contribuição das operações continuadas, o total de custos fixos baixou cerca de 4,4 milhões de euros em 2015, face ao ano anterior. Esta melhoria é também o reflexo da simplificação das áreas de suporte que está em curso, adaptando as mesmas à redução da presença industrial. No final de 2015, os custos fixos recorrentes da Sonae Indústria representavam cerca de 19% do volume de negócios consolidado da empresa (aproximadamente o mesmo nível de 2014). O número total de colaboradores (considerando o contributo de todas as operações, incluindo as descontinuadas) era de 3.245 no final de dezembro 2015, uma redução de 351 colaboradores face ao mesmo período de 2014. Esta redução é explicada, na sua maioria, pelo impacto (i) das reduções na estrutura central

Sonae Indústria consolidado

Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros

1.015 1.027 9,4% 10,4% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 0 200 400 600 800 1.000 1.200 2014 2015 241 258 270 250 250 9,6% 9,6% 10,8% 10,8% 10,4% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 0 50 100 150 200 250 300 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 Volume de Negócios Margem EBITDA Recorrente

(23)

2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

Página 21 de 50 das operações em França e (ii) da alienação de unidades industriais, nomeadamente Ussel e Linxe9, em França,

e Betanzos, em Espanha.

O índice médio de utilização de capacidade das operações continuadas da Sonae Indústria melhorou 0,6 p.p. para 78,5%, em 2015, relativamente ao mesmo período de 2014, na sua maioria devido aos níveis de utilização mais elevados nas unidades industriais de MDF por toda a Europa, e nas linhas de aglomerado de partículas, na Península Ibérica. É também de salientar que o desempenho deste índice, no 4T15, aumentou 1,9 p.p. face ao 4T14, não obstante a paragem sazonal para manutenção da linha 2 da unidade industrial da América do Norte (que ocorreu no 4T15 em vez do 3T15).

Em 2015, o EBITDA Recorrente da Sonae Indústria foi de 107 milhões de euros, o que representa uma subida de 11 milhões de euros em comparação com 2014, o que gerou uma margem EBITDA recorrente de 10,4% (1 p.p. acima do valor registado em 2014). A margem EBITDA recorrente no 4T15 foi de 10,4%, mais 0,87 p.p. relativamente ao valor registado no mesmo período do ano anterior. O valor dos itens não recorrentes foi de aproximadamente 14,5 milhões de euros no ano, e está relacionado essencialmente com custos de redução de pessoal (3,4 milhões de euros) e custos associados às unidades industriais inativas e a medidas de reestruturação (10 milhões de euros). O EBITDA total registado foi de 92 milhões de euros, mais 2,5 milhões de euros que em 2014. No entanto, devemos salientar que o resultado de 2014 foi afetado positivamente pelo pagamento de 13,2 milhões de euros pela companhia de seguros relativo ao incidente ocorrido no Reino Unido. Se excluirmos o contributo deste item, o EBITDA teria registado uma subida significativa de 21% ou 16 milhões de euros, numa base comparável.

9 Linxe é a unidade industrial da subsidiária Darbo que foi vendida.

Sonae Indústria consolidado

EBITDA recorrente (últimos doze meses, operações continuadas) Milhões de Euros

87 84 88 93 96 101 103 104 107 70 75 80 85 90 95 100 105 110

(24)

RELATÓRIO DE GESTÃO

3.1.2. Europa do Sul

A análise do desempenho da região da Europa do Sul considera os resultados das operações classificadas como “continuadas” na Península Ibérica, e as atividades de exportação da Europa ocidental e internacionais (ultramarinas), excluindo deste modo os contributos das operações francesas e das unidades de Pontecaldelas e Betanzos.

* Volume de negócios por região inclui vendas entre empresas do grupo(entre as diferentes regiões)

Em 2015, o ambiente macroeconómico na Europa do Sul mostrou sinais de melhoria, nomeadamente em termos de crescimento económico, consumo privado e acesso facilitado ao crédito, o que influenciou, de forma positiva, as decisões do consumidor quanto ao investimento em bens duradouros e que se traduziu num crescendo da procura no sector da construção na Europa do Sul. Em Portugal, o indicador de novas habitações registou uma subida de 15%10 face ao ano anterior e, em Espanha, a subida foi ainda mais substancial (+29%11 face a 2014).

Em termos de desempenho nesta região em 2015, face ao mesmo período de 2014, destacamos os seguintes pontos:

O volume de negócios baixou 5,6% e atingiu 339 milhões de euros em 2015, resultado da descida nos

volumes de vendas gerados na Península Ibérica. No entanto, de salientar que os volumes de vendas

aumentaram no 4T15, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, devido, em grande parte, ao aumento das vendas de produtos em MDF e a um maior volume de vendas para exportação;

Os preços médios de venda aumentaram ligeiramente, face ao desempenho do ano anterior, na sua maioria no segmento de painéis de aglomerado de partículas. De uma forma geral, os preços de venda registaram uma subida de 1,7%, em média, em 2015;

Os custos médios variáveis unitários (por m3) aumentaram 0,7%, sofrendo o impacto negativo dos custos da madeira e custos de manutenção, ainda que se tenham registado descidas nos custos médios dos químicos, energia térmica e eletricidade.

A combinação destes fatores gerou uma margem EBITDA Recorrente de 7,7%, em 2015, na região da Europa do Sul, mais 1,5 p.p. relativamente a 2014. Numa base trimestral, de notar a subida de 1,7 p.p. da margem EBITDA recorrente do 4T15 face trimestre anterior.

10 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, janeiro 2016 (“Nova habitação residencial”, evolução acumulada a outubro 2015 para o período de 10 meses).

Europa do Sul

Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros

360 339 6,2% 7,7% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 0 50 100 150 200 250 300 350 400 2014 2015 85 89 92 75 83 8,5% 7,6% 9,0% 6,1% 7,8% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 Volume de Negócios * Margem EBITDA Recorrente

(25)

2015 |

SONAE INDÚSTRIA

RELATÓRIO DE GESTÃO

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3.1.3. Europa do Norte

* Volume de negócios por região inclui vendas entre empresas do grupo(entre as diferentes regiões)

Em 2015, o setor da construção na Europa do Norte mostrou um desempenho geral mais favorável relativamente a 2014, tal como indicado pela evolução do número de novas licenças de construção na Alemanha que aumentou 3%12 face ao ano anterior. De salientar ainda que este resultado positivo reflete uma melhoria do desempenho

a partir de junho de 2015, que mais do que reverteu a tendência negativa registada nos primeiros meses do ano. Os destaques do desempenho desta região da Europa do Norte em 2015, em comparação com 2014, são os seguintes:

O volume de negócios baixou 5,6% devido à combinação da redução dos volumes de vendas (-2,8%) e dos

preços médios de venda (menos 3,7% face ao ano anterior) que, neste último caso reflete o desempenho

dos produtos OSB que foram afetados pela existência de nova capacidade e pelos problemas geopolíticos na Europa de Leste. A descida dos volumes de vendas nesta região explica-se pela descida na procura de produtos de aglomerado cru, já que as restantes categorias de produtos se mantiveram estáveis, por exemplo no caso do OSB, ou mesmo cresceram, como no caso do MDF, face a 2014;

Os custos médios variáveis unitários (por m3) beneficiaram das reduções nos custos da madeira que resulta, em parte, do aumento do consumo de madeira reciclada (concretizado através do investimento estratégico em equipamento de reciclagem efetuado na unidade industrial de Nettgau). Este fator, juntamente com a redução dos custos médios dos químicos e energia térmica, compensou largamente o contributo negativo dos custos de manutenção e eletricidade.

A combinação destes fatores gerou uma margem EBITDA Recorrente de 8,4% na região da Europa do Norte, em 2015, mais 0,1 p.p. que no mesmo período de 2014. Numa base trimestral, a margem EBITDA Recorrente de 9,3%, no 4T15, foi a melhor do ano, tendo aumentado 1,5 p.p. e 4,1 p.p. relativamente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2014, respetivamente.

12 Fonte: German Federal Statistics Office, janeiro 2016 (“Permits for new construction, dwelling”, evolução acumulada a outubro 2015 para o período de 10 meses).

Europa do Norte

Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros

448 423 8,3% 8,4% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 0 100 200 300 400 500 2014 2015 99 111 109 103 101 5,2% 8,1% 8,5% 7,8% 9,3% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 0 20 40 60 80 100 120 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 Volume de Negócios * Margem EBITDA Recorrente

Referências

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