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Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Agrupamento de Escolas Carnaxide-Portela OEIRAS

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Agrupamento de Escolas

Carnaxide-Portela

O

EIRAS

Delegação Regional de Lisboa da IGE

Datas da visita: 10 a 12 de Fevereiro de 2009

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

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Ag ru pa me nt o de Esc ola s Car na xi de-P ortela  1 0 a 12 de Feverei ro de 20 09 I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Carnaxide-Portela

realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada entre 10 e 12 de Fevereiro de 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização do Agrupamento, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

Escala de avaliação

Níveis de classificação dos cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos

fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos

resultados dos alunos.

BOM– A escola revela bastantes

pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa

individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE– Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE– Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A

capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm

proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Agrupamento, encontra-se no

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Ag rupa mento de Escola s de C arn axide-Port ela  10 a 12 de Fever eiro de 20 09 II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento Vertical de Escolas de Carnaxide-Portela integra o segundo Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP 2). Situa-se no concelho de Oeiras e engloba a EBI/JI, Sophia de Mello Breyner – escola-sede, a EB1/JI Amélia Vieira Luís e o Jardim-de-Infância Tomás Ribeiro. A escola-sede não dispõe de campos de jogos. Os espaços exteriores, de dimensão reduzida, apresentam-se em mau estado de conservação e não possuem zonas cobertas para recreio. Os espaços exteriores de recreio da EB1/JI Amélia Vieira Luís apresentam-se desadequados não garantindo condições de segurança.

O Agrupamento é frequentado por 710 crianças e alunos, distribuídos por 37 turmas, sendo 140 crianças da educação pré-escolar (sete grupos), 298 alunos do 1.º ciclo (15 turmas), 132 do 2.º ciclo (sete turmas) e 140 do 3.º ciclo (oito turmas). Apenas 14,6% dos alunos possuem computador com ligação à internet, em casa. Os auxílios económicos no âmbito da acção social escolar abrangem 91,8% dos alunos do ensino básico, a grande maioria integrados no escalão A (85,4%). A população escolar de nacionalidade portuguesa é maioritariamente de ascendência cabo-verdiana; 10,7% é oriunda dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e 1% de outras origens.

O corpo docente é constituído por 73 docentes, sendo 74% pertencentes aos quadros e 26% contratados. O nível etário destes profissionais situa-se maioritariamente entre os 30 e os 40 anos. O corpo não docente é constituído por sete assistentes técnicos e 29 assistentes operacionais, com idades compreendidas, sobretudo, entre os 40 e os 50 anos. Exercem também funções no Agrupamento um psicólogo, uma técnica de serviço social, uma técnica de educação especial, dois animadores socioeducativos e uma animadora sociocultural em artes plásticas, colocados ao abrigo do Programa TEIP 2.

As habilitações académicas dos pais e encarregados de educação situam-se maioritariamente ao nível da escolaridade básica (55,8%), existindo ainda uma percentagem significativa sem habilitações. As actividades profissionais enquadram-se essencialmente no âmbito dos serviços (15%), do operariado (18,8%) e do trabalho não qualificado (26,5%). Uma percentagem significativa de encarregados de educação (31,4%) tem outras situações, designadamente domésticas, reformados e pensionistas, desempregados e beneficiários de rendimento social de inserção.

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. RESULTADOS BOM

O Agrupamento analisa de forma sistemática os resultados e relaciona-os com o contexto social em que as escolas se inserem. Apesar dos progressos registados no triénio 2005/2006 a 2007/2008, os resultados académicos são inferiores à média nacional. O abandono escolar é residual no universo do Agrupamento.

As características multiculturais são importantes na acção pedagógica, incluindo a aquisição de competências sociais e cívicas. Os alunos identificam-se com o Agrupamento, são auscultados no âmbito da programação das actividades da turma, não foram, no entanto, envolvidos na identificação das prioridades do Projecto Educativo. O Agrupamento expõe, divulga e atribui prémios, como forma de reconhecer, valorizar e estimular os sucessos dos alunos, ao nível das aprendizagens e dos comportamentos.

A escola é um local de eclosão de conflitos projectados do exterior, que não assumem, presentemente, carácter de violência significativa. Para intervir de forma positiva, o Agrupamento mobiliza os seus próprios recursos, articulando-os com os que as várias parcerias proporcionam. A Equipa de Acompanhamento Disciplinar actua nos casos mais problemáticos, facilitando a integração dos alunos na comunidade escolar. O processo de monitorização sistemático permite conhecer as situações de indisciplina e actuar em conformidade.

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O Agrupamento tem desenvolvido iniciativas para suprir carências básicas no âmbito da segurança e da subsistência, num meio social que pouco tem em conta as aprendizagens, apesar do trabalho desenvolvido no sentido da sua valorização. Os professores reconhecem e aceitam, de um modo geral, o desafio que é trabalhar neste contexto, diversificando, com sucesso limitado, estratégias de superação das dificuldades.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO BOM

A articulação intra e interdepartamental têm em conta os projectos curriculares de grupo e turma e a coerência com o Projecto Educativo. Nos diferentes níveis de educação e ensino, existe coordenação no trabalho de planeamento das actividades de ensino e de aprendizagem e avaliação. A sequencialidade entre os ciclos de ensino ministrados revela fragilidades na sua concretização.

Os docentes titulares de grupo e de turma e os directores de turma desempenham um papel fundamental no acompanhamento dos alunos ao longo do seu percurso escolar incluindo acções de orientação vocacional, em articulação com o serviço de psicologia e orientação.

O acompanhamento da prática lectiva realiza-se nos departamentos curriculares, através da aferição do cumprimento das planificações, sendo aí também que se analisam os resultados da avaliação dos alunos e se definem estratégias de intervenção.

O Agrupamento identifica os alunos com necessidades educativas e organiza, em articulação com os serviços especializados de apoio e instituições da comunidade, intervenções em cooperação com os pais e encarregados de educação. As dificuldades de aprendizagem são objecto de estratégias de diferenciação pedagógica adequadas. Os serviços especializados de apoio educativo procedem à elaboração de relatórios periódicos de avaliação das medidas implementadas.

De um modo geral, as práticas pedagógicas contemplam componentes activas e experimentais. O envolvimento dos alunos em clubes e projectos e a utilização das bibliotecas escolares/centros de recursos educativos concorrem para a ocupação plena e útil dos tempos de permanência na escola. A oferta educativa não disponibiliza cursos que assegurem aos jovens percursos formativos com componentes práticas e profissionais.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR MUITO BOM

O Projecto Educativo contempla áreas de intervenção prioritárias com as quais se articulam o Projecto Curricular do Agrupamento e os planos anuais de actividades.

Os órgãos de direcção e as estruturas de coordenação educativa participam na definição das prioridades educativas. Essa participação não é, contudo, extensiva de forma sistemática a toda a comunidade educativa.

A distribuição de actividades e tarefas obedece a critérios conhecidos. O Conselho Executivo estabelece tempos comuns de trabalho destinados à articulação das diferentes actividades pedagógicas e as áreas transversais beneficiam de tempos e recursos humanos suplementares.

O Conselho Executivo conhece muito bem as competências dos profissionais e segue critérios de natureza pedagógica na constituição das equipas pedagógicas e na atribuição das direcções de turma. O Projecto Educativo define objectivos e contempla estratégias e mecanismos de avaliação no âmbito da formação contínua do pessoal docente e não docente.

De um modo geral, os profissionais sentem-se bem no Agrupamento, desenvolvendo as suas tarefas de forma empenhada e consequente.

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As instalações das escolas do Agrupamento, apesar das insuficiências ao nível dos espaços cobertos e campos de jogos, de um modo geral são adequadas, o mesmo acontecendo com os respectivos equipamentos. Os responsáveis asseguram as condições de segurança e salubridade e procedem à manutenção e melhoria dos espaços e equipamentos. Os recursos financeiros estão ao serviço da concretização do Projecto Educativo.

O Agrupamento não conta com a participação dos pais e encarregados de educação através de associação constituída. Estes comparecem, quando convocados, às reuniões com os docentes titulares e directores de turma e cooperam em actividades educativas no âmbito de alguns projectos de turma e de Escola.

Os encarregados de educação reconhecem a qualidade dos serviços prestados, nas diferentes áreas, pelos intervenientes no processo educativo, quer ao nível dos responsáveis pelos órgãos de gestão, quer por parte dos profissionais que trabalham no Agrupamento. A autarquia e as associações da comunidade cooperam na resolução de problemas e no desenvolvimento de projectos e actividades. Os princípios da equidade e justiça estão subjacentes nos documentos orientadores e norteiam a actuação dos responsáveis na organização das actividades com vista à inclusão de todas as crianças e jovens.

4. LIDERANÇA MUITO BOM

Os responsáveis têm uma visão de escola, que se encontra expressa no Projecto Educativo para 2008-2011, e orientam a sua actividade para atingir as metas quantificadas em matéria de sucesso académico e de comportamentos disciplinares. O Agrupamento integra o segundo Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária e está em fase de alargamento da sua oferta formativa.

As lideranças fomentam os contributos individuais e de grupo, com vista à consecução dos objectivos e metas estabelecidos.

A inovação está patente na prática generalizada e consolidada das tecnologias de informação e comunicação, no desenvolvimento de actividades e de ocupação dos tempos escolares. No entanto, não está criada uma plataforma propiciadora da autonomia na aprendizagem e da comunicação à distância. O carácter inovador do Agrupamento é visível, também, na criação de condições para tratamento de casos problemáticos.

O contributo de parcerias com diferentes instituições da comunidade permite a resolução de problemas com que o Agrupamento se debate, do mesmo modo que um conjunto de projectos locais, nacionais e europeus contribui para a diversificação das experiências de aprendizagem. A comunidade valoriza os contributos das diferentes parcerias e projectos e a sua importância estratégica no desenvolvimento integral dos alunos.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO

[CLASSIFICAÇÃO]

SUFICIENTE

Existe uma equipa de auto-avaliação, criada recentemente, que integra representantes da comunidade educativa, cuja acção se tem restringido a dar respostas no âmbito da metodologia estabelecida por uma empresa, que está a proceder à avaliação interna do Agrupamento. Esta equipa não dispõe de metodologia e instrumentos que permitam desenvolver um processo estruturado e sistemático de auto-avaliação que permita identificar os pontos fortes e fracos em todas as dimensões do seu funcionamento, assim como reconhecer as oportunidades, de forma a garantir o progresso sustentado do Agrupamento.

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IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. RESULTADOS 1.1 SUCESSO ACADÉMICO

Na educação pré-escolar, existem registos individualizados da evolução das aprendizagens das crianças, que os educadores dão a conhecer aos respectivos encarregados de educação.

No 1.º. Ciclo, no triénio 2005/2006 a 2007/2008, as taxas de sucesso registaram progressos, (77,1%, 81,7% e 83,8%). O Agrupamento reconhece que são resultados inferiores à média nacional, mas destaca que o progresso assinalado se deve, em boa medida, à estabilidade do corpo docente, que facilita a continuidade pedagógica e tem repercussões positivas ao nível do comportamento dos alunos. Neste ciclo de ensino, em 2008, os resultados das provas de aferição registaram 61,2% de menções positivas em Língua Portuguesa e 48,3% em Matemática, inferiores aos valores nacionais. Nos 2.º e 3.º ciclos, assinala-se a melhoria global das taxas de transição no triénio em análise: 69,3%, 76,2% 72,4%, no 2.º ciclo; e 77%, 79,4% e 79,6%, no 3.º ciclo. Tendo em conta os resultados por disciplina, verifica-se que a Matemática se mantém com níveis de insucesso superiores a 50% nestes dois ciclos de ensino. Também se registam taxas de insucesso elevado nas disciplinas de Língua Portuguesa e Inglês. As classificações das provas de aferição do 6.º ano, em 2008, em Língua Portuguesa e Matemática, foram de 76,2% e 36,8% de níveis positivos, respectivamente. Nos exames nacionais do 9.ºano, em Matemática os resultados revelam taxas de insucesso muito significativas ao longo do triénio, (93,3%, 95% e 88%). Na disciplina de Língua Portuguesa, estes resultados, apesar das oscilações, melhoraram, registando 20%, 90% e 53,8% de classificações positivas, acima da média nacional em 2007.

O Agrupamento analisa de forma sistemática os resultados académicos dos alunos. Identifica como áreas de sucesso disciplinas da área das expressões, com destaque para a Educação Física. Por outro lado, explica as dificuldades encontradas pelas carências da sua envolvência social. As associações locais e a disponibilização de equipamentos da comunidade são elementos facilitadores do sucesso, do mesmo modo que as dificuldades encontram as suas raízes num contexto social desfavorecido, marcado por instabilidades de ordem familiar, cultural e económica.

O abandono escolar é residual, com um valor de 0,2% no universo do Agrupamento.

1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

O Agrupamento é marcado por características e vivências multiculturais, que estão presentes na concepção e elaboração de estratégias pedagógicas de intervenção, visando o desenvolvimento de atitudes e valores com repercussões na aquisição de competências sociais e cívicas.

Os alunos sentem-se identificados com o Agrupamento e reconhecem o acolhimento das suas sugestões e propostas, sendo auscultados através de questionários, nomeadamente no âmbito da programação de actividades das turmas. A participação dos alunos não chega, no entanto, ao seu envolvimento na identificação das prioridades educativas consignadas nos documentos estruturantes. Existem práticas de responsabilização dos alunos na execução de tarefas ao nível da turma, dos clubes e projectos, bem como da organização e gestão dos espaços escolares.

A aquisição de competências sociais e cívicas é uma linha privilegiada de actuação, visível ao nível das práticas e contemplada nos critérios de avaliação. As aulas de Formação Cívica, os projectos em desenvolvimento e as equipas multidisciplinares que cooperam com o Agrupamento são elementos fundamentais na prossecução dos seus objectivos, nesta área.

É prática a exposição, divulgação e atribuição de prémios, como forma de reconhecer, valorizar e estimular os sucessos dos alunos, ao nível das aprendizagens e dos comportamentos. A inscrição nos quadros de mérito constitui igualmente uma estratégia de valorização dos desempenhos dos alunos.

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Ag rupa mento de Escola s de C arn axide-Port ela  10 a 12 de Fever eiro de 20 09 1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

A escola é um local de eclosão de conflitos projectados do exterior, que não assumem, presentemente, carácter de violência significativa, nomeadamente devido à implementação de estratégias que a contrariam: o controlo sistemático dos espaços escolares e o desenvolvimento de actividades de ocupação pedagógica e cívica dos alunos. Daí que, das áreas de intervenção prioritária identificadas no Projecto Educativo, assuma papel relevante a dimensão relacional e a integração dos alunos na vida escolar. Para este trabalho, o Agrupamento mobiliza os seus próprios recursos, articulando-os com os que as várias parcerias proporcionam.

A sistemática divulgação do Regulamento Interno e o trabalho dos directores de turma, quer nas aulas de Formação Cívica, quer na articulação com os pais e outros técnicos, concorrem para a apropriação das regras de funcionamento e de conduta por parte dos alunos.

Os casos mais problemáticos são encaminhados para a Equipa de Acompanhamento Disciplinar que, em cooperação com os directores de turma, estabelecem as estratégias (reflexões e compromissos com os alunos, prémios às turmas sem participações disciplinares e ou com bom comportamento, apoio na definição de estratégias a docentes que apresentam mais participações) que, reduzindo e resolvendo progressivamente esses casos, contribuem para a integração dos alunos na comunidade escolar e favorecem a criação de um ambiente propício às aprendizagens.

As situações de disciplina são objecto de monitorização sistemática e tratamento estatístico, o que permite conhecer as situações de indisciplina, a sua evolução e actuar em conformidade. De acordo com os dados disponíveis, os anos iniciais do 2.º e 3.º ciclos são os que registam um maior número de incidentes. Verifica-se, também, que ao longo do triénio, 2005/2008, os comportamentos muito graves foram em menor número no último ano e globalmente o número de incidentes desceu ligeiramente. As atitudes e valores são aspectos considerados nos critérios de avaliação, que contribuem para fomentar a generalização de práticas de disciplina, assiduidade e pontualidade.

1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

O Agrupamento insere-se num meio social de fraca valorização das aprendizagens escolares. Tem desenvolvido iniciativas no sentido de dar resposta a carências básicas do meio envolvente, nomeadamente a segurança e a subsistência.

Apesar do trabalho desenvolvido com vista à criação de situações propiciadoras das aprendizagens, bem como de alguns progressos que se registam, é insuficiente a valorização dessas aprendizagens, quer por parte dos alunos quer por parte dos pais e encarregados de educação.

Os professores reconhecem e aceitam, de um modo geral, o desafio que é trabalhar neste contexto, diversificando, muitas vezes com sucesso limitado, estratégias de superação das dificuldades.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO 2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

As planificações, tanto de médio como de longo prazo, têm em conta o Projecto Curricular de Agrupamento e são coerentes com os documentos orientadores, nomeadamente com o Plano Anual de Actividades. A articulação intra e interdepartamental acontecem aquando da concepção, planificação e desenvolvimento das actividades e projectos.

Na educação pré-escolar existe um trabalho conjunto e articulado na gestão das orientações curriculares, na concepção de instrumentos para avaliação dos progressos das crianças e na reflexão conjunta do trabalho desenvolvido, alargada aos responsáveis pelas actividades de animação e de apoio à família. No termo da educação pré-escolar, faz-se um balanço do processo e dos resultados

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não se registando, no entanto, um trabalho de passagem dos registos dos progressos das crianças para o 1.º ciclo, excepto nos casos considerados especiais.

No 1.º ciclo, verifica-se que os docentes desenvolvem as suas actividades de forma coordenada quer na planificação e execução das actividades, quer na reflexão sobre o trabalho desenvolvido. A coordenação e a partilha de experiências e opiniões realizam-se no âmbito de reuniões e em situações informais. Também existe um trabalho conjunto com os docentes das Actividades de Enriquecimento Curricular ao nível de eventos relacionados com festas e celebrações.

Os coordenadores dos departamentos curriculares do 2.º e 3.ºciclos motivam os outros docentes para a organização conjunta das práticas pedagógicas, fomentando nomeadamente a utilização partilhada de materiais e a implementação de estratégias diversificadas de ensino, aprendizagem e avaliação. Existe articulação e sequencialidade entre a educação pré-escolar e o 1.º ciclo e entre o 2.º e 3.º ciclos. Detectam-se, no entanto, falhas na ligação entre o 1.º e o 2.º ciclo, incluindo nas Actividades de Enriquecimento Curricular (Actividades Físicas e Desportivas e do ensino do Inglês e da Música), para o que contribui a ausência de práticas habituais de trabalho conjunto e fragilidades no uso de um código linguístico comum na abordagem dos conteúdos.

O Director de Turma, em articulação com o Serviço de Psicologia e Orientação ajuda os seus alunos e as famílias nos processos de transição entre ciclos, divulgando regras de funcionamento e de conduta, esclarecendo dúvidas e dando o encaminhamento mais correcto em casos problemáticos. No 9.º ano realizam-se actividades de orientação vocacional dos alunos.

2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

O acompanhamento da prática lectiva realiza-se nos departamentos curriculares, através da aferição do cumprimento das planificações, não sendo prática a observação de aulas.

Na educação pré-escolar e no 1.º ciclo, a articulação dos docentes faz-se ao nível das coordenações de ano e de departamento curricular, no 2.º e 3.º ciclos, essa articulação concretiza-se nos conselhos de turma, pela via das dinâmicas dos projectos curriculares de turma. É nestas mesmas reuniões que se elaboram critérios e alguns instrumentos de avaliação. É esse também o local onde se analisam os resultados da avaliação contínua dos alunos e se definem as consequentes estratégias de intervenção.

2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

O Agrupamento identifica os alunos com necessidades educativas e organiza os respectivos processos, usando dispositivos de referenciação dos serviços especializados de apoio educativo. Em função das dificuldades referenciadas, e sem prejuízo da inclusão dos alunos nas turmas e nos projectos em curso, os serviços organizam intervenções centradas quer em gabinete próprio, quer na sala de aula, em cooperação com os pais e encarregados de educação.

Os alunos com necessidades educativas especiais beneficiam de um conjunto de apoios (estudo acompanhado e tutorias pedagógicas) bem como de acções de intervenção coordenadas com a comunidade, nomeadamente com os serviços de saúde, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Oeiras, Cooperativa de S. Pedro o Cuidador.

Para os alunos com dificuldades de aprendizagem, os conselhos de docentes e de turma, nos quais participam, para além dos professores titulares de turma e de disciplina, os técnicos especializados e os professores do ensino especial e de apoio sócioeducativo, estabelecem estratégias de diferenciação pedagógica adequadas a cada caso.

Os serviços especializados de apoio educativo procedem à elaboração de relatórios periódicos de avaliação das medidas implementadas.

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2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA APRENDIZAGEM

O envolvimento dos alunos em clubes e projectos é activo, designadamente nas áreas de desporto, do ambiente, da informática, da dança, e da música. Estas vão ao encontro das preferências dos alunos e evidenciam a diversidade cultural existente. Os referidos clubes, projectos e também as bibliotecas escolares/centros de recursos educativos fornecem um apoio acrescido para a ocupação plena e útil dos tempos de permanência dos alunos nas escolas.

De um modo geral, as práticas pedagógicas contemplam componentes activas e experimentais tais como, a utilização das tecnologias de informação e comunicação, experiências no âmbito dos conteúdos disciplinares e da Semana da Ciência, visitas de estudo e participação em concursos.

A oferta educativa não dá resposta às necessidades de formação de toda a população escolar. Existe um significativo número de alunos com idades superiores a quinze anos, a frequentar o 3.º ciclo, não dispondo o Agrupamento de oferta de cursos que assegurem percursos formativos com componentes práticas e profissionais aos jovens com insucesso repetido.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR 3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

O Projecto Educativo contempla áreas de intervenção prioritárias (ensino e aprendizagem, integração na vida escolar e relação com a comunidade) com as quais se articulam o Projecto Curricular do Agrupamento e o Plano Anual de Actividades. O Projecto Curricular de Agrupamento define orientações para a elaboração dos projectos curriculares de grupo e turma, para que estes sejam instrumentos de trabalho dinâmicos, propiciadores da diferenciação pedagógica.

Os órgãos de direcção e as estruturas de coordenação educativa participam na definição das prioridades educativas. Essa participação não é, contudo, extensiva de forma sistemática a toda a comunidade educativa, nomeadamente alunos, não docentes e pais e encarregados de educação. O Conselho Executivo estabeleceu tempos comuns de trabalho destinados à articulação das diferentes actividades pedagógicas. As áreas transversais, como a Área de Projecto e o Estudo Acompanhado, em coerência com as necessidades explicitadas nos documentos de planeamento, beneficiam de afectação suplementar de tempo e de recursos humanos.

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

O Conselho Executivo conhece muito bem as competências dos profissionais que exercem funções no Agrupamento e usa esse conhecimento na distribuição de serviço. Existem critérios de natureza pedagógica para a atribuição das direcções de turma e constituição das equipas pedagógicas, em consonância com as características e as necessidades da população escolar.

O Projecto Educativo define objectivos e contempla estratégias no âmbito da formação contínua do pessoal docente e não docente, embora a sua previsão não conste no Plano Anual de Actividades. Os profissionais dão conta de um bom acolhimento e manifestam, de um modo geral, um elevado grau de satisfação relativamente à sua integração.

Destaca-se o empenho com que as assistentes operacionais desempenham as suas tarefas, considerando tratar-se de um contexto escolar, em que por vezes é difícil gerir conflitos e comportamentos, evidenciando grande dedicação aos alunos, na vigilância e acompanhamento.

Os Serviços de Administração Escolar dão resposta atempada às necessidades da comunidade educativa, cuja qualidade dos serviços é reconhecida.

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3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

De um modo geral, as instalações dos jardins-de-infância e das escolas do Agrupamento são adequadas, o mesmo acontecendo com os respectivos equipamentos, incluindo as tecnologias da informação e comunicação.

As condições de segurança e de salubridade dos espaços e edifícios merecem uma atenção sistemática por parte dos responsáveis. A escola-sede tem plano de emergência, não se registando, apesar disso, a realização de simulacros.

A manutenção e a melhoria dos espaços constitui prática corrente quando depende da própria escola, e é motivo de diligências junto das entidades competentes, nos casos cuja solução é exterior ao Agrupamento (insuficiências ao nível de espaços de recreio cobertos e campos de jogos).

Os refeitórios e as bibliotecas escolares/centros de recursos educativos são espaços bem organizados, acessíveis, muito frequentados e utilizados pelos alunos.

O Agrupamento assegura a ligação à internet promovendo, em todos os níveis de educação e ensino, o conhecimento e a utilização das tecnologias da informação e comunicação nas actividades e projectos. Os recursos financeiros estão ao serviço das áreas prioritárias definidas no Projecto Educativo.

3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA

O Agrupamento comunica aos pais e encarregados de educação a informação essencial contida no Regulamento Interno. Os pais estão representados e participam nos órgãos de administração e gestão e integram a equipa de auto-avaliação. Estes comparecem, quando convocados, às reuniões com os docentes titulares de grupo e turma e directores de turma, registando-se um aumento da frequência dessa participação, no último triénio. Para além das reuniões, cooperam em actividades educativas no âmbito de alguns projectos de turma e de escola, correspondendo às solicitações dos professores. O Agrupamento não conta com a participação organizada dos pais e encarregados de educação, dado as duas associações legalmente existentes não se encontrarem activas, enfraquecendo, assim, a capacidade de influência nas decisões.

Os encarregados de educação reconhecem a qualidade dos serviços prestados pelos diferentes intervenientes no processo educativo, quer ao nível dos responsáveis pelos órgãos de gestão, quer por parte dos docentes, não docentes e outros técnicos.

A autarquia e as associações da comunidade colaboram activamente com o Agrupamento, na resolução de problemas relacionados com espaços e equipamentos, e funcionam como recurso no desenvolvimento de projectos e apoio a dificuldades de vária ordem.

3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

O Agrupamento conhece muito bem o seu contexto sociocultural, articulando o seu trabalho com instituições locais no sentido da inclusão de todos os alunos.

Os documentos orientadores de acção educativa têm subjacentes os princípios da equidade e justiça. As evidências colhidas demonstram um acesso igualitário dos alunos às diferentes actividades. Esses princípios estão presentes na organização do ano escolar (constituição de turmas e elaboração dos horários) e na distribuição do serviço.

Regista-se o recurso a estratégias de superação de conflitos e procede-se a um atendimento de qualidade, generalizado aos diferentes sectores da comunidade escolar e educativa.

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Ag rupa mento de Escola s de C arn axide-Port ela  10 a 12 de Fever eiro de 20 09 4. LIDERANÇA 4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

Os documentos orientadores, nomeadamente o Projecto Educativo para 2008-2011, evidenciam com clareza uma ideia de escola, e correspondente desenvolvimento, que os responsáveis pela gestão assumem como a mais adequada ao contexto em que o Agrupamento se insere. Numa lógica de actuação coerente com as áreas de intervenção prioritária definidas, o Conselho Executivo orienta a sua actuação para atingir metas quantificadas de sucesso académico e de diminuição de incidentes de indisciplina escolar.

A candidatura já aceite ao segundo Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, a candidatura apresentada ao Programa Operacional Potencial Humano, bem como a organização em curso de ofertas educativas para os adultos da comunidade e para jovens com percursos educativos irregulares são expressão da coerência com a referida ideia de escola.

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

Os órgãos de administração e gestão, bem como as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica assumem as suas funções de forma empenhada, com vista à consecução dos objectivos e metas definidos. As diferentes lideranças mobilizam as articulações necessárias consoante as tarefas a desenvolver e os problemas a solucionar, conscientes da importância dos contributos de cada um. Os registos da assiduidade do pessoal docente e não docente mostram que a mesma tem vindo a melhorar.

4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

A utilização das tecnologias de informação e comunicação é uma prática generalizada e consolidada, desde a educação pré-escolar ao 3.º ciclo, envolvendo alunos e docentes. Essa prática ocorre em actividades lectivas e de ocupação de tempos escolares. No entanto, não está criada uma plataforma propiciadora da autonomia na aprendizagem e da comunicação à distância entre professores, alunos encarregados de educação e outros intervenientes.

A criação de um espaço para atendimento aos jovens, em condições de confidencialidade, no âmbito do Programa de Saúde Escolar, constitui uma inovação na procura de soluções para problemas inerentes ao contexto do Agrupamento, beneficiando das parcerias existentes.

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

A resolução das problemáticas identificadas no Projecto Educativo conta com contributo de parcerias activas estabelecidas com diferentes instituições da comunidade local, entre outras com o Centro de Saúde, a Câmara Municipal de Oeiras, a Junta de Freguesia de Carnaxide, Cooperativa de S. Pedro o Cuidador, Polícia de Segurança Pública, Equipa de Linda-a-Velha do Rendimento Social de Inserção, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens que permitem assegurar, entre outras: actividades de enriquecimento curricular, componente de apoio à família, actividades de educação ambiental, actividades de promoção da saúde (alimentação saudável, higiene, saúde, vacinação, educação sexual). Também permitem desenvolver actividades de integração social (mediação, segurança, apoio escolar, e acompanhamento de casos de alunos com necessidades educativas especiais) e múltiplas actividades no âmbito do desenvolvimento de competências sociais e cívicas. A parceria estabelecida com o Futebol “By Carlos Queirós” permite que alunos do Agrupamento, entre os 6 e 16 anos, tenham acesso a actividades de desenvolvimento das suas aptidões futebolísticas.

As parcerias com instituições do ensino superior (Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Escola Superior de Educação João de Deus, Escola Superior de Educação de

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Ag ru pa me nt o de Esc ola s Car na xi de-P ortela  1 0 a 12 de Feverei ro de 20 09

Lisboa) proporcionam interacções entre profissionais, consideradas como mais-valias para a dinâmica educativa do Agrupamento.

Os projectos em desenvolvimento de âmbito nacional (Rede de Bibliotecas Escolares, Escolas Promotoras de Saúde, Plano Nacional de Leitura, Desporto Escolar, Plano de Acção para a Matemática) ou da iniciativa do Agrupamento possibilitam práticas pedagógicas mais activas e desenvolvimento de competências em diversos âmbitos. O Agrupamento desenvolve actividades culturais e ambientais no âmbito do Projecto Comenius “Sob o Azul do Céu” promovendo trocas, nestes âmbitos, com escolas da República Checa, Itália, Portugal e Espanha.

A avaliação das actividades é realizada através de relatórios periódicos e acompanhada pelo Conselho Pedagógico e Direcção Executiva.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO 5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

Existem práticas de auto-avaliação no Agrupamento, as quais consistem no tratamento e análise de dados estatísticos relativos ao sucesso académico e aos incidentes disciplinares. Existe uma equipa de auto-avaliação, criada recentemente, que integra representantes da comunidade educativa, cuja acção tem sido a de intermediária, no âmbito da metodologia estabelecida (selecção de itens, distribuição e recolha de questionários) por uma empresa, que está a proceder à avaliação interna do Agrupamento. De acordo com os dados que se conhecem, esta avaliação visa apenas conhecer o nível de satisfação da comunidade relativamente ao Agrupamento.

5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

As práticas de auto-avaliação existentes têm permitido identificar problemas ao nível dos resultados académicos e dos comportamentos. Tem igualmente possibilitado definir as áreas de intervenção prioritárias e delinear algumas estratégias de melhoria. No entanto, a inexistência de um processo estruturado e sistemático de auto-avaliação não tem permitido identificar os pontos fortes e fracos em todas as dimensões do seu funcionamento, assim como reconhecer as oportunidades, de forma a garantir o progresso sustentado do Agrupamento.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos Agrupamento de Escolas de Carnaxide-Portela(pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o Agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos; por constrangimento: condição ou possibilidade externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

 Articulação entre todos os intervenientes no processo educativo na definição e implementação de estratégias com repercussões na melhoria dos resultados académicos e no desenvolvimento de competências sociais e cívicas dos alunos;

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 Trabalho desenvolvido com os alunos com necessidades educativas especiais e dificuldades de aprendizagem, com impacto na sua inclusão escolar;

 Acção dos docentes titulares de grupo e turma e dos directores de turma, como mediadores no relacionamento com os pais e encarregados de educação e como dinamizadores da concretização dos projectos curriculares;

 Documentos estruturantes de acção educativa orientados para a intervenção nas áreas consideradas prioritárias;

 Lideranças empenhadas na procura de solução para dar resposta aos problemas existentes;

 Estabelecimento de parcerias e adesão a programas e projectos com repercussões na melhoria do serviço educativo.

Pontos fracos

 Resultados académicos dos alunos nos 2.º e 3.º ciclos, com percentagens de classificações negativas superiores a 50% na disciplina de Matemática e elevados níveis de insucesso nas disciplinares de Português e Inglês.

 Fragilidades na articulação curricular entre o 1.º e o 2.º ciclo ao nível das áreas curriculares e às actividades de enriquecimento curricular, com reflexos negativos na sequencialidade das aprendizagens;

 Escassa participação dos alunos na identificação das prioridades educativas do Agrupamento;  Falta de oferta de percursos formativos com componentes práticas e profissionais;

 Inexistência de uma metodologia consistente e sistemática de auto-avaliação que possa desencadear processos de desenvolvimento sustentado do Agrupamento.

Oportunidades

 Receptividade de instituições locais e autarquia às solicitações do Agrupamento;

 Existência de empresas e associações de âmbito diversificado na comunidade local, potenciadoras da ligação dos jovens às actividades profissionais e do desenvolvimento sociocultural e cívico.

Constrangimento

 Contexto sociocultural e económico desfavorecido da zona de influência do Agrupamento;  Inexistência de campos de jogos e existência de espaços de recreio reduzidos e inadequados

Referências

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