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Estação de Avisos Agrícolas do Algarve

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Academic year: 2021

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DRAPALG Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve

Estação de Avisos Agrícolas do Algarve

Relatório de aplicação de modelos de previsão de ocorrência de inimigos das culturas. Caso do modelo para a cochonilha-pinta-vermelha (Aonidiella aurantii)

Celestino Soares

Patacão

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2 ÍNDICE

1. Introdução... 3

2. Breve revisão bibliográfica... 3

2.1. Introdução ... 3

2.2. Morfologia ... 4

2.3. Bioecologia ... 4

2.4. Sintomas ... 5

2.5. Meios de luta... 5

3. Cochonilha-pinta-vermelha – método das integrais térmicas... 6

3.1. Introdução ... 6 3.2. Objectivos ... 7 3.3. Material e métodos ... 8 3.4. Resultados e discussão ... 9 4. Considerações finais... 11 5. Bibliografia ... 11

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1. Introdução

A utilização de métodos de previsão de ataque dos inimigos das culturas, tem-se revelado um instrumento extremamente útil no apoio à tomada de decisão para o combate de diversos inimigos. Esta ferramenta permite definir a oportunidade de realização dos tratamentos fitossanitários, contribuindo assim para melhorar a sua eficácia, reduzindo tratamentos e consequentemente os impactes negativos decorrentes da sua realização.

Assim, considerando as referencias bibliográficas, existem dados provenientes de outras regiões citrícolas, como é o caso da vizinha Espanha, onde já foi comprovada a utilização de modelos de integrais térmicos para a cochonilha pinta vermelha (Aonidiella aurantii Maskell).

Deste modo, tirando partido dos dados meteorológicos obtidos através da rede de Estações Meteorológicas Automáticas da DRAPALG, bem como dos dados biológicos obtidos, procurou-se aplicar o referido método para A. aurantii na cultura dos citrinos, na Região do Algarve.

No presente relatório apresenta-se a síntese dos resultados obtidos, numa primeira aplicação do modelo na região Algarve, consistindo este documento numa breve revisão bibliográfica, material e métodos, resultados e sua discussão.

2. Breve revisão bibliográfica

2.1. Introdução

A cochonilha pinta-vermelha, Aonidiella aurantii (Maskell), é um hemíptero que pertence à família Diaspididae. É considerada como a praga mais importante da cultura dos citrinos a nível mundial e a sexta em termos de extensão. Na zona mediterrânica está presente na maioria dos países produtores de citrinos, tendo também o estatuto de praga com maior importância, originando no seu combate os principais desequilíbrios que se verificam ao nível na biocenose.

A. aurantii é originária do Sudeste Asiático, tendo sido assinalada em 1879. No Algarve foi assinalada em 1998, em Moncarapacho - Olhão. Encontra-se distribuída actualmente por todas as áreas produtoras de citrinos do Mundo. A sua área de distribuição inclui Oceânia, América do Sul, América Central e determinadas regiões da América do Norte, Sudeste Asiático, China, Japão, África do Sul, África Tropical e Países da Orla Mediterrânica.

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2.2. Morfologia

Esta espécie apresenta um dimorfismo sexual muito evidente, o qual se verifica a partir do segundo instar larvar. A fêmea passa pelos estados de larva (2 instares) e adulto, enquanto o macho passa por larva (2 instares), pré-pupa, pupa e adulto.

As larvas móveis são oblongas, de cor amarelada. A larva móvel, dá lugar a uma forma sésil, constituindo ambas as formas a primeira fase larvar.

As fêmeas adultas apresentam um escudo subcircular a circular, moderadamente convexo com 2 milímetros de diâmetro e uma coloração parda-avermelhada. Possuem um véu ventral que é visível ao levantar o escudo e que as protege do meio exterior. O corpo apresenta uma coloração amarelada.

Durante o segundo estado larvar os machos formam um escudo alongado, comprido e descentrado que servirá de pupário. O macho passa por esta fase, diferenciando posteriormente os estados de pré-pupa e pupa. Sofre grandes alterações morfológicas que lhe permite emergir como um insecto alado.

A pupa sofre a última metamorfose, onde são formadas as asas, antenas e estiletes. Posteriormente, emerge o macho adulto, com vida livre. O corpo apresenta uma coloração alaranjada.

2.3. Bioecologia

A velocidade de desenvolvimento, a fecundidade e o número de gerações anuais depende das condições climáticas de cada zona, sendo a temperatura o factor mais condicionante, seguido da humidade e outros factores ambientais.

A. aurantii apresenta o desenvolvimento óptimo em condições de temperatura entre 23 e 27,5ºC e 70-80% de humidade relativa. Temperaturas superiores a 29 ºC são desfavoráveis. A humidade relativa não tem influência sobre a emergência, devido ao facto de debaixo do escudo a humidade ser de cerca de 100%. Nestas condições pode completar uma geração em 45 dias.

Na região mediterrânica, apresenta três gerações por ano: a primeira, em Maio-Junho; a segunda, em Agosto-Setembro, em que têm preferência pelos frutos; e, uma terceira no Outono, por vezes incompleta, em função das condições climáticas.

A sua fixação na parte interior ou exterior da árvore depende da época do ano e da climatologia do lugar. No Inverno e na Primavera tem maior tendência para situar-se na parte interior da copa. Durante o Verão e o Outono a preferência altera-se para a parte exterior.

As fêmeas depositam entre 100 a 150 ovos, num período de 24 dias a 2 meses, a uma média de 2-3 por dia, dependendo da temperatura. Os ovos eclodem no interior da fêmea e após um ou dois dias nascem as larvas móveis.

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5 A taxa de emergência eleva-se quando a temperatura e a intensidade de luz aumenta.

Os factores que influenciam a dispersão natural das larvas são a temperatura, velocidade do vento e a densidade da população. Através do vento podem percorrer uma distância mesmo superior a 300 m.

As larvas móveis são atraídas pela luz, apresentam portanto um fototropismo positivo, respondendo também a gradientes térmicos. Deste modo, a parte exterior da copa das árvores (frutos, folhas e ramos verdes), são os locais mais adequados para a sobrevivência, crescimento e fecundidade das fêmeas, sendo os outros ramos os menos preferidos.

As árvores jovens com menos folhagem são mais propícias a ter maiores infestações. Os troncos das plantas jovens podem apresentar grandes densidades populacionais.

As cochonilhas que crescem nos frutos apresentam maior tamanho, enquanto que nos ramos são mais pequenas e nas folhas são de tamanho intermédio.

2.4. Sintomas

A. aurantii ataca todas as partes aéreas da planta: frutos, folhas, ramos e troncos, no entanto, mostra preferência pelas folhas e frutos. Apresenta maior agressividade nas variedades de maturação tardia.

Os estragos que ocasiona podem subdividir-se em directos e indirectos: Estragos directos: causados pelo regime alimentar (digestão dos princípios nutritivos nos tecidos do hospedeiro) e pela consequente injecção de substâncias tóxicas pela saliva.

Infestações severas podem reduzir a produtividade, causar queda de frutos, amarelecimento e queda das folhas e morte de ramos finos. Em casos extremos pode causar a morte da árvore caso esta seja ainda jovem. A produção pode ser comprometida por um ano ou mais, mesmo quando a cochonilha é controlada eficazmente.

Estragos indirectos: causados pela depreciação do fruto, provocado por descolorações e depressões ou pela simples presença de cochonilhas sobre o fruto. Existe perda de valor do fruto com presença de, entre 3 e 10 indivíduos por fruto, situação que se pode verificar em cerca de 10 % dos frutos da plantação.

2.5. Meios de luta

Luta biológica: os ectoparasitóides são reconhecidos como os inimigos naturais mais eficázes na regulação das populações dos diaspidídeos e em particular de A. aurantii. Todos estão incluídos no género Aphytis (Hymenoptera: Chalcidoidea: Aphelinidae). Os predadores também são referidos como auxiliares efectivos.

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6 As espécies com maior distribuição geográfica são Aphytis melinus, A. lingnanensis e A. chrysomphali. Na Região do Algarve já foi identificado como parasitóide de A. aurantii, a espécie A. melinus.

Algumas espécies de endoparasitóides exercem parasitismo sobre A. aurantii, referindo no entanto uma menor eficácia que os ectoparasitóides. São exemplo as espécies Encarsia perniciosi, E. citrina, E. aurantii, entre outras.

Como predadores, são referenciados os coleópteros coccinelídeos Chilocorus bipustulatus, Rhizobius lophantae, o neuróptero chrysopidae Chrysoperla plorabunda, etc.

A. aurantii carece na actualidade, na nossa região de inimigos naturais capazes de realizar um controlo satisfatório da praga. Provavelmente, a redução dos tratamentos, acompanhado da criação e largada de parasitóides, permita alcançar um nível aceitável da praga no futuro, como tem vindo a ocorrer noutros países, caso da vizinha Espanha.

Luta cultural: nos pomares afectados por A. aurantii, é recomendável manter as árvores com uma arborescência que proporcione uma melhor entrada de luz e permita uma adequada distribuição e penetração das caldas insecticidas.

Recomenda-se de igual modo suprimir as pernadas das árvores muito infestadas por este inimigo.

Luta química: a utilização deste meio de luta afigura-se, neste momento, como o mais eficaz, devendo no entanto ser tidos em consideração vários aspectos para tirar o maior partido possível, uma vez que se trata de uma praga-técnica, em que se considera determinante a acção dos meios técnicos.

3. Cochonilha-pinta-vermelha – método das integrais térmicas

3.1. Introdução

O factor temperatura condiciona o desenvolvimento dos insectos, cuja biologia determina a existência de estados morfológicos distintos. A passagem de um estado para outro requer um quantitativo de calor, sendo esta medida de calor acumulado conhecida como o tempo fisiológico. É constante para um determinado organismo e é expressa em graus-dia (ºD).

O método das integrais térmicas baseia-se no somatório das temperaturas médias diárias, para determinar aproximadamente a data de eclosão das jovens larvas, da primeira e segunda gerações.

Existem vários métodos, todos eles lineares, pois pressupõem uma relação directa com a temperatura, para determinar a acumulação dos graus-dia, uns mais precisos que outros, pois existem flutuações diárias de temperatura o que não ocorre em condições de laboratório. Assim, o valor estimado é aproximado e não exacto, pois baseia-se em valores de temperatura média diária.

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7 Relativamente a esta temática, existem diferentes estudos realizados a nível mundial relativos a A. aurantii, baseando-se os mesmos nos mais diversos factores. Para efeitos de enquadramento deste trabalho, apresentam-se os principais resultados dos estudos levados a efeito, de acordo com Asplanato & Garcia-Mari (2001): Atkinson (1977) determinou o zero de desenvolvimento de 12ºC e uma constante térmica de 603 ºD em folhas de laranjeira; Yu (1986) e Yu & Luck (1988) determinaram em frutos de limão, para fêmeas e para machos, respectivamente 12,6ºC e 331ºD. Determinaram ainda que acima de 30ºC a duração de desenvolvimento aumenta para a maioria dos estádios.

Em condições de campo, Kennett & Hoffman (1985) utilizaram o zero de desenvolvimento de 11,7ºC, tendo determinado uma integral térmica média de 615ºD entre os máximos dos diferentes estádios de desenvolvimento em laranjeiras do grupo Navel; Grout et al. (1989) com o mesmo zero de desenvolvimento determinaram uma acumulação de 577 ºD para o voo de machos em laranjeira, 609 ºD em pomelos e 498 ºD em limoeiro; Também entre picos de voo de machos, Tumminelli et al. (1996) obtiveram uma constante térmica média de 603 ºD, com um zero de desenvolvimento de 12ºC, para diferentes cultivares (laranjeiras e pomelos); Rodrigo (1993) calculou sobre laranjas uma integral térmica de 753 ºC por cima do zero de desenvolvimento de 11,6 º C. Em alguns trabalhos, para o cálculo dos dias-grau foi utilizado o limite superior de desenvolvimento de 37,8 ºC.

García-Mari (2003) refere o zero de desenvolvimento de 11,6ºC. Utiliza a constante térmica de 650 ºD, para a ocorrência da primeira geração. Refere ainda um modelo baseado no “Biofix”, relacionado com o primeiro máximo de capturas de machos de 300 ºD para a primeira geração quando e de 600 ºD para a segunda geração.

De uma forma geral são referidos dois modelos distintos: um, baseado na soma das temperaturas médias diárias que excedam o zero de desenvolvimento, contabilizadas a partir de 1 de Janeiro; e, o outro, baseado no somatório das temperaturas médias diárias que excedam um determinado “biofix”.

3.2. Objectivos

Pretendeu-se com este estudo, validar o método das integrais térmicas, no POB utilizado pela Estação de Avisos do Algarve, situado no Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT). Para o efeito foi aplicado o modelo proposto por García-Mari (2003), baseado no “biofix” – somatório das temperaturas a partir do primeiro máximo de capturas de machos, comparativamente com o modelo genérico - somatório das temperaturas a partir do início de Janeiro.

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3.3. Material e métodos

As observações decorreram no primeiro semestre de 2008, no POB do CEAT, constituído por um pomar de citrinos da variedade D. João, plantado em 1976, consistindo no seguinte:

• Detecção da praga / Determinação do máximo de formas sensíveis de A. aurantii

Observação periódica do ponto de situação evolutiva da praga, através da determinação do estádio predominante. Para o efeito procedeu-se à recolha de frutos infestados, observando-os com recurso a lupa binocular.

Para comprovar o método, utilizou-se o valor de 60-70% de fêmeas adultas com jovens ninfas, como valor médio de início da primeira geração e simultaneamente, como momento ideal para a aplicação da luta química contra este inimigo.

• Determinação da curva de voo dos machos de A. aurantii

Para o efeito utilizaram-se os dados obtidos através da quantificação do número de indivíduos capturados em duas armadilhas sexuais, constituídas por placas acrílicas de cor branca (Foto 1). As armadilhas foram colocadas a uma altura de cerca 1,8 m, contendo cola tipo Napvis na face com feromona. Esta foi substituída de 6 em 6 semanas. Semanalmente procedeu-se à substituição das armadilhas e quantificação dos machos capturados.

Foto 1 – Armadilha sexual utilizada na captura de machos de Aonidiella aurantii

Na aplicação do método das integrais térmicas, procedeu-se ao somatório das temperaturas médias diárias, acima de 11,6ºC, a partir do início de Janeiro e a partir do primeiro pico de capturas de machos obtidos. Para o efeito recorreu-se aos dados meteorológicos obtidos a partir da EMA de Tavira, localizada no CEAT.

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3.4. Resultados e discussão

O estudo decorreu entre 1 de Janeiro e 1 de Julho de 2008, no POB de Tavira.

As armadilhas sexuais foram colocadas no início do ano, a cerca 1,8 m, tendo a mesma sido colocada no interior da copa das árvores. A feromona foi substituída de 6 em 6 semanas. 0 100 200 300 400 500 600 700 1 6 .0 1 3 1 .0 1 0 6 .0 3 1 7 .0 3 3 1 .0 3 1 4 .0 4 2 9 .0 4 0 9 .0 5 1 1 .0 6 1 7 .0 6 2 3 .0 6 3 0 .0 6 0 7 .0 7 1 4 .0 7 2 1 .0 7 2 8 .0 8 0 4 .0 8 1 1 .0 8 1 8 .0 8 N m é d io d e m ac h lo s ca p tu ra d o s

Fig. 1 – Dinâmica populacional dos machos de Aonidiella aurantii capturados no CEAT.

Pela observação da Fig. 1, referente à dinâmica populacional dos machos de A. aurantii, capturados no CEAT, é possível identificar que o primeiro máximo de capturas ocorreu a 6 de Março de 2008, data considerada neste trabalho para início da quantificação do somatório dos graus-dia para aplicação no método das integrais térmicas.

No quadro 1 apresenta-se o somatório dos graus dias obtidos na EMA do CEAT, relativo a A. aurantii, no qual é possível observar que o método das integrais térmicas aponta para a ocorrência do máximo de formas sensíveis a 13 de Maio para o caso do modelo baseado no primeiro máximo de capturas de machos e 13 de Junho, para o somatório a partir do início do ano.

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Quadro 1 – Dias grau obtidos pela EMA do CEAT, referente ao desenvolvimento de Aonidiella aurantii.

Data 1º geração 1º geração

Ano:2008 300ºC Dias - grau* 650º C Dias - grau* …… …… ….. 09-Maio 282 414 10-Maio 286 418 11-Maio 292 424 12-Maio 298 430 13-Maio 302 434 … - 11-Jun - 622 12-Jun - 635 13-Jun - 650

*somatório das temperaturas médias acima de 11,6ºC

Para validação dos dados obtidos a partir dos diferentes modelos, efectuaram-se observações laboratoriais de fêmeas adultas de A. aurantii, com vista a determinação da percentagem de fêmeas com saída de jovens ninfas (Fig 2).

0 2 7 8 9 16 11 20 33 72 94 100100100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1 6 .0 1 3 1 .0 1 1 1 .0 2 2 7 .0 2 0 6 .0 3 1 7 .0 3 3 1 .0 3 1 4 .0 4 2 9 .0 4 0 9 .0 5 1 1 .0 6 1 7 .0 6 2 3 .0 6 3 0 .0 6 m e as c o m j o ve n s n in fa s (% )

Fig. 2 – Evolução da percentagem de fêmeas adultas de Aonidiella aurantii com jovens ninfas obtidas no CEAT.

Dos resultados apurados pode verificar-se que o valor, dentro dos parâmetros considerados foi obtido a 9 de Maio, com 72 % de fêmeas adultas com jovens larvas.

Os resultados obtidos permitem identificar o modelo baseado no somatório das temperaturas obtidas, a partir do primeiro máximo de machos de A. aurantii

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11 capturados, como o mais próximo da realidade ocorrida, atrasando-se 4 dias em relação ao máximo obtido em campo.

Analisando em função dos ºD pôde apurar-se que o máximo de formas sensíveis foi obtido com 282 ºD.

No caso do outro modelo, a diferença foi bastante significativa, tendo-se cifrado em mais de 30 dias de atraso (9 de Maio – 13 de Junho).

4. Considerações finais

A diferença encontrada, entre o método das integrais térmicas, baseado no somatório das temperaturas, a partir do primeiro máximo de adultos capturados, é considerada irrelevante, pois difere 4 dias em relação ao máximo de formas sensíveis obtido na realidade (9 de Maio – 13 de Maio). A comprovar este facto vem contribuir o facto de se considerar que o momento de combate da praga (1.ª geração), poderá atrasar-se até 14 dias sem afectar a eficácia dos tratamentos.

O método das integrais térmicas, baseado no somatório das temperaturas a partir do início do ano não se revelou prático, uma vez que atrasou 34 dias, em relação ao máximo de formas sensíveis obtido na realidade

Para consolidar os dados obtidos, torna-se necessário aplicar este método em diferentes POB e num maior número de anos.

A aplicação prática deste método, permitirá facilitar o combate a este importante inimigo, pois a determinação do momento de ocorrência do máximo de formas sensíveis à primeira geração é determinante para o sucesso na luta química contra A. aurantii.

Por fim, recomenda-se desde já, a aplicação deste modelo ao nível das Estações de Avisos Agrícolas do SNAA, que tenham este inimigo, pois irá contribuir para determinar a melhor oportunidade de tratamento.

5. Bibliografia

Asplanato, G. & Garcia-Mari, F. 2001. Aonidiella aurantii (Homoptera: Diaspididae). Piojo rojo de California, cochinilla roja Californiana, “poll roig” de California. Universidad Politécnica de Valencia: Enero de 2001 (http://www.seea.es/conlupa/Aonidiella/Aonidiella.htm).

Atkinson, P.R. 1977. Preliminary analysis of a field population of citrus red scale, Aonidiella aurantii (Maskell), and the measurement and expression of stage duration and reproduction for life tables. Bull. Ent. Res. 67: 65-87.

García-Mari, F. G. 2003. Biologia y control del “poll roig” de Califórnia en los cítricos valencianos. Phytoma Espana, 153. 14º Symposium Internacional, Noviembre 2003: 120-123.

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12 Grout, T.G.; W.J. Du Toit; J.H. Hofmeyer & G.I. Richards. 1989. California red scale (Homoptera: Diaspididae) phenology on citrus in South Africa. J. Econ. Entomol. 82: 793-798.

Kennett, C.E. & R.W. Hoffmann. 1985. Seasonal development of the California red scale (Homoptera: Diaspididae) in San Joaquin valley citrus based on degree-day accumulation. J. Econ. Entomol. 78: 73-79.

Mas, J. P. 2007. Estratégias de control del piojo rojo de Califórnia Aonidiella aurantii (Maskell). Levante Agricola. Ano XLVI. 386. 2.º Trimestre de 2007: 260-264.

Rodrigo, E. 1993. Ciclo biológico comparado de Aonidiella aurantii (Mask.), Lepidosaphes beckii (New.) y Parlatoria pergandii Comst. (Homoptera: Diaspididae) y sus parasitoides. Tesis Doctoral. Universidad Politécnica de Valencia. Escuela Técnica Superior de Ingenieros Agrónomos. España.

Tumminelli, R.; F. Conti; F. Sarraceno; E. Raciti & E. Schilirò. 1996. Seasonal development of Clifornia red scale (Homoptera: Diaspididae) and Aphytis melinus DeBach (Hymenoptera: Aphelinidae) on citrus in Eastern Sicily. Proc. Int. Soc. Citriculture 2: 493-498.

Yu, D.S. 1986. The interactions between California red scale, Aonidiella aurantii (Maskell), and its parasitoids in citrus groves of inland southern California. Ph.Thesis. Univ. California.

Yu, D.S. & R.F. Luck. 1988. Temperature-dependent size and development of California red scale (Homoptera: Diaspididae) and its effect on host availability for the ectoparasitoid, Aphytis melinus DeBach (Hymenoptera: Aphelinidae). Environ. Entomol. 17: 154-161.

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