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Lesões Traumáticas da Coluna Cervical

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Academic year: 2021

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(1)

Lesões Traumáticas da Coluna

Cervical

André H. Silva Adriano S. Baran

Bruna Senhorinho

Mariana K. Salgado

Camila Bobatto

Pericles Marcondes

Fernando Klein Rafael M Mélo

Henrique B. Mamcarz

Rochelli Scalco

Hugo da Cunha Dias Silvia Hara

Maria Fernanda Avelar Vanessa Silveira

(2)

SUMÁRIO

• 1. Definição

• 2. Epidemiologia

• 3. Anatomia

• 4. Atendimento pré-hospitalar

• 5. Avaliação Clínica

• 6. Fraturas e Tratamento

• 7. Lesão por arma de fogo

(3)

Definição

• Lesão da coluna cervical por trauma é

uma afecção que pode envolver qualquer

estrutura da região cervical, como

vértebras, ligamentos, discos

intervertebrais, músculos, bulbo

respiratório, raízes nervosas e medula

espinhal; geralmente por quedas e

(4)

Epidemiologia Trauma

Coluna vertebral = 11000 a 12000 novos

casos/ano (EUA)

36% coluna cervical (~ 4300 casos)

85% (C5 e C6)

Incidência > ♂ (4:1)

20 a 40 anos (64% casos)

(5)

Epidemiologia

Principais causas de lesão traumática

• Quedas em geral 40%

• Acidentes automobilísticos 25%

• Quedas da laje 23%

• FAF 7%

• Mergulho em águas rasas 3%

• Agressões 2%.

(6)
(7)
(8)
(9)
(10)
(11)
(12)

Avaliação do Trauma Vertebral

• Cena do Acidente

• ATLS

• Exame físico

• Complementares

• Tratamento inicial

• Tratamento

(13)

Avaliação do Trauma Vertebral

• Cena do Acidente

– Avaliação

– Imobilização

– Transporte

(14)

Avaliação Primária

• Procurar lesões que comprometem a vida

do paciente

• Estabilização dos sinais vitais e

tratamento destas anormalidades.

(15)

ABCDE

• A - Abordagem das vias aéreas, com

imobilização de coluna cervical;

• B - Controle da respiração e ventilação;

• C - Circulação e controle de hemorragias;

• D - Avaliação neurológica;

• E - Exposição completa do paciente e

medidas para evitar hipotermia.

(16)

Atendimento Pré-Hospitalar

Controle Cervical

Inspeção

Colocação Colar

Checagem dos Sinais Vitais

RCP

Preparar para o Transporte

(17)

Regra

• Todo paciente com múltiplos

traumatismos, com lesões aparentes

acima das linhas claviculares e,

especialmente, com alteração do nível de

consciência, deve ser considerado como

portador de lesão em coluna cervical.

(18)

Colocação do colar:

• Técnica:

• Alinhar a coluna vertebral;

• Tração longitudinal;

• Uma mão atrás do pescoço e a outra no

mento;

(19)

Motociclistas

• Cuidados na retirada do capacete que

esteja obstruindo a ventilação;

(20)

Técnica de Transporte

• colocaçao de tábua longa, com auxílio de

4 pessoas e subsequente fixação do

paciente na maca com faixas transversais

e bolsas de areia e esparadrapo para a

cabeça e pescoço.

(21)
(22)

Destino depende:

• Estabilidade clínica do paciente;

• Distância do hospital adequado para aquele

tipo de atendimento;

• Condições do tempo e disponibilidade de

recursos;

• “Hora ouro”: hemopneumotórax, lesões de

fígado, de baço e fraturas pélvicas com

(23)

Importante!

• O colar cervical só deve ser retirado após

estudo radiográfico adequado, bem como a

utilização da tábua longa com estudo

radiográfico da coluna torácica e lombar e,

principalmente, com o paciente consciente.

(24)

• A avaliação do paciente compreende:

1.História;

2.Exame físico;

3.Exame neurológico;

(25)

1-História

Compreende:

• A história do trauma e informações acerca do estado

geral do paciente previamente ao trauma

* Essas informações são de grande utilidade para auxiliar

no esclarecimento do mecanismo de trauma e suas

possíveis lesões associadas.

* A presença de TCE, intoxicação alcoólica, lesões

múltiplas, traumas da face e acima da clavícula

aumentam a probabilidade da ocorrência de fratura da

coluna vertebral.

(26)

• Na avaliação hospitalar: mobilização do pcte

em bloco:

-1 responsável pela coluna cervical;

-1 responsável por estabilizar o tronco e a bacia;

- Enquanto um medico faz a palpação dos

processos espinhosos de toda a coluna,

procurando por crepitações e flutuações, assim

como por processos espinhosos com dor;

(27)

2-Exame físico

a) Os pacientes com fratura da coluna

vertebral sem lesão neurológica:

- dor local, que pode irradiar-se para os

membros,

- incapacidade funcional, acompanhada de

espasmo da musculatura adjacente.

(28)

2-Exame físico

b) Nos pacientes com lesão medular, podem ser observadas:

b.1) Em individuos conscientes:

-dor na coluna;

-insensibilidade (perda da resposta ao estímulo doloroso)

-paralisia dos membros

b.2) Em individuos inconscientes, são indicativos de dano

neurológico:

- Déficits neurológicos;

- Respiração paradoxal;

- Ausencia bilateral de reflexos em membros flácidos e não

responsivos a estímulos dolorosos;

- Priapismo

- Presença de reflexos patológicos (Babinski, Oppenheim)

- Retenção urinária (alterações do controle dos esfíncteres*)

(29)

3-Exame Neurológico

-AVALIAÇÃO DA ASIA (AMERICAN SPINE INJURY ASSOCIATION)

(Associação Americana de TRM)

• Exame motor, sensitivo e de reflexos profundos e

superficiais.

• Sendo mais usado o para o exame neurológico, o

protocolo da ASIA, que confere ao paciente um índice

motor e sensitivo (exame neurológico sistematizado em

dermatomos e miotomos-chave, atribuindo pontuações

para cada item, que, em conjunto, fornecem um escore).

• A outra etapa é opcional (avaliação da sensibilidade

profunda, propriocepção, dor profunda) e não participa

na formação do escore, mas acrescenta importantes

informações na avaliação clínica dos pacientes.

(30)

3-Exame Neurológico

- Força

Motora-Plastridge-• A avaliação da função motora é realizada por meio da avaliação de ambos os lados, de músculos denominados “músculos chaves” em 10 pares de

miótomos,e tem como objetivo a determinação do grau de movimento que o paciente possui. A força muscular é graduada por uma escala que varia de 0 a 5 pontos por grupo muscular:

0 – indica a paralisia total (nem mesmo fasciculação muscular) 1 – presença de contração muscular palpável ou visível;

2 – presença de movimento ativo, mas que não vence a gravidade;

3 – movimento ativo que vence a força da gravidade,mas não vence nenhuma resistência;

4 –movimento ativo que vence alguma resistência; 5 –movimento ativo normal;

NT (não testada);

Deve ser lembrado que as raízes inervam mais de um músculo e que os músculos, geralmente, recebem fibras nervosas de mais de uma raiz nervosa.

(31)

3-Exame Neurológico - Força Motora

Os músculos selecionados para a avaliação e os níveis neurológicos correspondentes são:

C5- flexão do cotovelo C6- extensão do punho C7- extensão do cotovelo

C8- flexão dos dedos (falanges média e distal) T1- abducão dos dedos (dedo mínimo)

L2- flexão do quadril/coxa (iliopsoas) L3- extensão da coxa/joelho (qudriceps) L4- dorsiflexão do pé

L5- extensão do hálux S1- flexão plantar

Esses musculos foram selecionados porque são inervados preferencialmente por determinados dermátomos, e de fácil avaliação.

Adicionalmente ao exame dos 10 pares de miótomos mencionados, o esfíncter anal externo deve ser também examinado para se avaliar a sua capacidade de

contração voluntária (sim ou não), que auxilia na diferenciação da lesão incompleta ou completa.

(32)

• Em alguns casos os pacientes podem apresentar discretos déficits motores, deixando a duvida de sua existencia. • p/ mmss: Manobra dos braços

estendidos (pcte na posição ereta ou sentado deverá estender os membros superiores deixando-os paralelos ao solo, permanecendo por 2 minutos. Caso apresente déficit motor, este se manifestará por queda de um dos segmentos.

• p/ mmii: Manobra de Mingazzini, colocando o paciente em posição supina e pedindo que flexione a coxa sobre o tronco e flexione o joelho, ficando cada segmento do membro inferior em 90º em relação ao outro. Caso apresente déficit motor este se manifestará por queda lenta de um dos segmentos

(33)

• O exame da sensibilidade do paciente é realizado por

meio da avaliação da sensibilidade tátil e dolorosa do

paciente, pesquisada nos 28 dermátomos de ambos

os lados atribuindo-se uma avaliação numérica de

acordo com o achado clínico:

0-Ausente ;

1-Presente, mas com sensação de formigamento;

2-Normal ou Completa;

NT (não testada), quando, por qualquer motivo, a

avaliação do dermátomo não puder ser realizada;

• A área de sensibilidade do paciente é examinada no

sentido craniocaudal;

(34)

Distribuição dos dermátomos do membro superior, membro inferior e região perineal

(35)

3-Exame Neurológico

- Reflexos profundos e superficiais

a) Os reflexos tendinosos profundos, de maior importância

clínica são os reflexos:

bicipital (C5),

estiloradial (C6),

tricipital (C7),

patelar (L4)

aquileo (S1).

b) Os reflexos tendinosos superficiais, de maior importância

clínica são os reflexos:

-abdominais(cutaneo-abdominal) e

-cremastéricos são testes do neurônio motor superior.

As lesões do neurônio motor superior podem também ser diagnosticadas pela presença de reflexos patológicos, evidenciados pelo teste de Babinski

(extensao do halux durante o reflexo cutaneo-plantar) ou Oppenheim

(dorsiflexao do halux provocada pela irritação descendente da tuberosidade da tíbia ).

(36)

Reflexo bulbocavernoso

Testado por meio de estimulo na

glande ou clitóris e pela

verificação da ocorrência de

contração do esfíncter anal.

-Reflexo bulbocavernoso pode estar

ausente nas primeiras 6 hras da

lesão, mas geralmente retorna nas

primeiras 24 hrs.(99% dos pctes)

-Quando a contração ocorre é sinal

que o paciente já saiu do choque

medular , permitindo, então, a

determinação do déficit

neurológico após a lesão.

-Mas na ausência do reflexo, o

paciente está em choque medular

e até o momento, a exatidão da

lesão neurológica não pode ser

confirmada;

(37)

“Choque” Medular :

-O choque medular pode ocorrer

imediatamente após o traumatismo da medula espinhal, mesmo que a lesão medular não seja completa e

permanente, e, nessa situação, o paciente apresenta ausência total da sensibilidade, dos seus movimentos e do reflexo bulbocarvenoso, que, normalmente, está presente

-Definido como uma interrupção

fisiológica da condução nervosa pela medula(como um “curto-circuito”); e cursa com um quadro de paralisia flácida, anestesia de todas as

modalidades, abolição dos reflexos profundos, com duração variável (1-2 semanas);

- Toda a medula pode estar paralisada. Não apenas o nível esperado

-’E um fenômeno neurológico, NÃO

HEMODINAMICO, que pode levar a choque neurogênico;

Choque Neurogênico

-Paralisia do simpático cervical, causando a perda do tônus simpático do organismo com queda da PA e choque.

-Essa lesão das vias eferentes do sistema nervoso simpático medular e

conseqüente vasodilatação dos vasos viscerais e das extremidades,

associadas à perda do tônus

simpático cardíaco, não permitem que o paciente consiga elevar a freqüência cardíaca.

-As características são: Hipotensão, bradicardia, diferente do choque hipovolêmico que o paciente

apresenta taquicardia. A pele do paciente também está quente, diferente do choque hipovolêmica que leva à pele fria e sudoreica. -Então a reposição de líquidos deve ser

evitada no choque neurogênico, para não sobrecarregar a volemia.

Choque medular X Choque neurogênico: são duas coisas completamente diferentes, podem coexistir e não devem ser confundidas

(38)

PROGNOSTICO

• O prognostico de um trauma Raqui-medular só pode ser

definido após as primeiras 24 horas, quando termina o

chamado “ choque medular” , o período de arreflexia, a

paralisia motora e a perda da sensibilidade.

• A responsabilidade inicial do medico-examinados ao

avaliar o paciente com um a lesao medular espinhal é

distinguir entre o deficit neurologico completo e o

incompleto.

• O deficit incompleto tem um bom prognostico de

recuperar alguma funcao motora funcional, enquanto só

se observa recuperacao funcional em 3% dos casos,

nas primeiras 24 hrs apos a lesão.

(39)

3-Exame Neurológico- Nível neurológico

Após o fim do choque medular, faz-se o exame neurológico para determinar o nível neurológico da lesão.

A avaliação clínica dos pacientes determina o nível de lesão neurológica, que é considerada como sendo o último nível preservado/normal (tanto em

força muscular, quanto em sensibilidade) do paciente

Quando o termo nível sensitivo é utilizado, refere-se ao nível mais caudal da medula espinhal, que apresenta sensibilidade normal, podendo, do mesmo modo, ser definido o nível motor. O nível esquelético da lesão é

determinado por meio de radiografias e corresponde à vértebra lesionada Por exemplo: se ao exame, o paciente não tem sensibilidade da raiz C6, C7,

C8, etc., mas tem sensibilidade nos níveis de C5, C4 , C3, C2, C1, o último nível preserevado é C5. Então , diz-se que o paciente está com lesão

neurológica à nível de C5. O mesmo é feito para o nível motor.

Se abaixo desse nivel, não houver nenhuma função motora ou sensitiva, essa lesão é considerada COMPLETA

Caso haja preservação parcial abaixo do nível neurológico da função motora ou sensitiva, essa lesão é considerada INCOMPLETA

(40)

Lesões medulares:

1-Completa: comprometimento

total da motricidade e

sensibilidade abaixo do nível

lesional

É chamada síndrome medular

transversa ou secção

medular





 tetraplegia.

2-Incompleta:

-Mantém a função sacral e

apresenta prognóstico

(41)
(42)

EXAMES COMPLEMENTARES

• 1º: Raio-X da coluna cervical nas incidências

ântero-posterior e perfil

 É muito importante a visualização de todas as vértebras

da coluna cervical e a transição cervicotorácica

• Outras incidências:

- Incidência do nadador: quando C7 não é vista no perfil

- Transoral: avaliação de C1 e C2

- Perfil em flexão e extensão: são contra-indicadas em

pacientes com déficit neurológico ou inconscientes.

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(52)

• As radiografias detectam cerca de 90% das

lesões, deixando a preocupante incidência de

10% para as lesões que apresentam

radiografias normais.

• ATENÇÃO às transições occipito-cervical e

cervico-torácica, pois, não raramente, lesões

nessas regiões podem passar despercebidas

nas radiografias iniciais.

(53)

CRITÉRIOS DE INSTABILIDADE NO RAIO-X

1. Aumento Angulação > 11° entre corpos

vertebrais

Translação > 3,5mm (proximal a C4) e > 2mm

(distal a C4)

Aumento da distância entre os processos

espinhosos

Alargamento da superfície articular

Desalinhamento dos processos espinhosos

(54)
(55)

EXAMES COMPLEMENTARES

• Quando a clínica dolorosa é importante ou há

déficit neurológico com radiografia normal, é

necessário pedir:

- TC: melhor para identificar lesões ósseas,

rápida e mais barata que a RM

- RM: fornece imagens mais precisas e é

melhor para identificar lesões de partes moles

(como lesões ligamentares, hérnias discais

(56)

PROGNÓSTICO

1) A

taxa de mortalidade

encontrada nos pacientes com fratura da coluna

cervical, durante o período de internação, foi considerada

alta

, sendo

os primeiros 10 dias após a lesão o período crítico na incidência do

óbito neste estudo.

2) A lesão neurológica grave do tipo

paraplegia ou tetraplegia

foi o

principal

fator de risco

para a mortalidade dos pacientes com fratura

da coluna cervical.

3) A

fratura-luxação da coluna cervical

foi o principal

tipo de fratura

presente nos pacientes que morreram durante a hospitalização,

principalmente

entre a quinta e a sexta vértebras cervicais.

4) A

infecção respiratória

foi a

complicação

mais freqüente observada

nos pacientes que evoluíram para óbito com fratura cervical durante

a internação hospitalar.

* Estudo sobre a mortalidade de pacientes com fratura da coluna

cervical durante o período de hospitalização. (ARNÓBIO ROCHA

OLIVEIRA, OSMAR AVANZI)

(57)

Continua na aula:

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