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Supletivo Tropical - Filosofia FILOSOFIA. Caderno do Estudante. Ensino Médio

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Academic year: 2021

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FILOSOFIA

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Roteiro de Estudos

Ensino Médio

Dados do Aluno

Nome: Matrícula: Email: Celular:

Grade Currícular

Área de Conhecimento

Matérias

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Português

Literatura

Inglês

Matemática e suas Tecnologias

Matemática

Ciências Humanas e suas Tecnologias

Geografia

História

Sociologia

filosofia

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Biologia

Química

Física

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Introdução

Este material foi desenvolvido por nossa equipe de professores com a finalidade de ajudá-lo a preparar-se para a avaliação necessária à obtenção do certificado de conclusão do Ensino Médio na modalidade à distância - denominado EAD e terá avaliação do aprendizado por prova composta das matérias que contemplam as 04 áreas do conhecimento, definidas na Base Nacional Comum curricular - BNCC.

São elas:

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 1.

Matemática e suas Tecnologias 2.

Ciências Humanas e suas Tecnologias 3.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias 4.

A apostila contém os assuntos necessárias para sua preparação para as provas presenciais, exigidas pelo MEC de acordo com a Lei 9394/96 - LDB - Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional, que tem como objetivo principal verificar se você é capaz de usar os conhecimentos em situações reais da sua vida em sociedade.

Você poderá, ainda, complementar seus estudos com outros materiais didáticos, como vídeos aulas e sites com conteúdo adicional, sugeridos em nosso site www.supletivotropical.com.br, onde também poderá ter acesso ao conteúdo oferecido aqui. No Ambiente Virtual de aprendizagem - AVA, oferecido pelo curso, você poderá auto avaliar-se praticando os simulados com as questões elaboradas para ajudá-lo em seu processo de aprovação.

Caro(a) estudante

É com grande satisfação que apresentamos este curso. A proposta é oferecer um material pedagógico de fácil compreensão, que favoreça seu retorno aos estudos.

Sabemos quanto é difícil para quem trabalha ou procura um emprego se dedicar aos estudos, principalmente quando se parou de estudar há algum tempo.

O Programa nasceu da constatação de que os estudantes jovens e adultos têm experiências pessoais que devem ser consideradas no processo de aprendizagem. Trata-se de um conjunto de experiências, conhecimentos e convicções que se formou ao longo da vida. Dessa forma, procuramos respeitar a trajetória daqueles que apostaram na educação como o caminho para a conquista de um futuro melhor.

Nos Cadernos e vídeos que fazem parte do seu material de estudo, você perceberá a nossa preocupação em estabelecer um diálogo com o mundo do trabalho e respeitar as especificidades da modalidade de ensino à distância praticada por nós. Esperamos que você conclua o Ensino Médio e, posteriormente, continue estudando e buscando conhecimentos importantes para seu desenvolvimento e sua participação na sociedade. Afinal, o conhecimento é o bem mais valioso que adquirimos na

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O que é a Filosofia?

Se deve filosofar, deve-se filosofar e, se não deve filosofar, deve-se filosofar, de todos os modos, portanto, se deve filosofar”

Aristóteles

O que pretendo sob o título de filosofia, como fim e campo das minhas elaborações, seio -o, naturalmente. E, contudo não o sei...

Qual o pensador para quem, na sua vida de filósofo, a filosofia deixou de ser um enigma? Só os pensadores secundários que, na verdade, não se podem chamar de filósofos, estão contentes sem as suas definições”.

Husserd

Platão, Sócrates e Aristóteles

A Filosofia de Vida

Na medida em que somos seres racionais e sensíveis, estamos sempre dando sentindo as coisas. Ao “filosofar” espontâneo de todos nós, costumamos chamar filosofia de vida. Segundo Gramsci, “Não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que não pense, precisamente, porque pensar é o próprio do homem como tal”. Isso significa que as questões filosóficas fazem parte do nosso cotidiano. Se o filósofo da educação investiga os fundamentos da pedagogia, qualquer pessoa também se preocupa a escolher critérios não que sejam pouco rigorosos, a fim de decidir sobre a educação de seus filhos, ou para os jovens do seu tempo. Estamos diante de diferentes filosofias de vida quando preferimos morar em casa e não em apartamento, quando deixamos o emprego bem pago por outro não tão bem remunerado, porém mais atraente, quando escolhemos alternar a jornada de trabalho com a prática de esporte ou com a decisão de ficar em casa assistindo a tevê. É preciso reconhecer que existem critérios bem diferentes fundamentando tais decisões: há valores que entram em jogo ai.

Com isso, não estamos confundindo a filosofia de vida com a reflexão do filósofo que, como vemos, tem suas exigências de rigor que o bom senso não preenche. O que percebemos, no entanto, ao verificar que filosofia interessa a todo ser humano, é que, ainda segundo Gramsci, o especialista filósofo é diferente dos outros especialistas (como o fisico ou o matemático). Por exemplo, podemos bem pensar que enquanto grande parte dos indivíduos não precisa se ocupar com assuntos como trigonometria, o mesmo não acontece com o_objeto de estudo do filósofo, cujo interesse se estende a qualquer um.

Por isso consideramos importante o ensino de filosofia nas escolas, não propriamente para despertar futuros filósofos especialistas, mas para aprimorar a reflexão crítica típica do filosofar e inerente a qualquer ser humano. Nesse sentido, o ensino da filosofia deveria se estender a todos os cursos e não só às classes de ciências humanas.

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O pensador

Entre os antigos gregos predominava inicialmente a consciência mística. Quando se dá a passagem da consciência mística para a racional, aparecem os primeiros sábios, sophos, como se diz em grego.

Pitágoras (séc. VI, a.C.) era um dos filósofos pré-socráticos e também matemático, teria usado pela primeira vez a palavra filosofia (plulos Sophia) que significa “amor à sabedoria”. Assim, com o auxílio da etimologia, podemos ver que a filosofia não é puro lagos, pura razão, ela é a procura amorosa a verdade.

Se a filosofia é essencialmente teórica, isso não significa que ela esteja à margem do mundo, nem que constitua um corpo de doutrina ou saber acabado, com determinado conteúdo, ou que seja um conjunto de conhecimentos estabelecidos de uma vez por todas. Ao contrário, a filosofia supõe uma onipresente disponibilidade para a indagação. Por isso, segundo Platão, a primeira virtude do filósofo é admirar-se. Essa é a condição para problematizar, o que marca a filosofia não como da verdade, mas como sua busca. Ou seja, se o filósofo é capaz de se surpreender com o óbvio e questionar as verdades dadas, aceita a dúvida como desencadeadora desse processo crítico.

O processo de filosofar

Para Kant, “não há filosofia que se possa aprender só se pode aprender a filosofar”. Isso significa que a filosofia é, sobretudo, uma atitude, um pensar permanente. É um conhecimento instituíste sentido de questionar o saber instituído. O próprio tecido do pensar do filósofo é a trama dos acontecimentos, é o cotidiano. Por isso a filosofia se encontra no seio mesmo da história. Está mergulhada no mundo e fora dele, eis o paradoxo enfrentado pelo filósofo, como explica Marleau-Ponty em elogio da filosofia. “Pois é impossível negar que a filosofia coxeia. Habita a história e a vida, mas quereria instalar-se no instalar-seu centro, naquele ponto em que são adventos, instalar-sentido nascente. Sente-instalar-se mal no já feito. Sentido expressão, só instalar-se realiza renunciando a coincidir com aquilo que exprime e afastando-se dele para lhe captar o sentido. E a utopia de uma posse a distância.”

A filosofia surge no momento em que o pensar é posto em causa, tornando-se objeto de reflexão. Não se trata, porém, de qualquer reflexão. Quando vemos nossa imagem refletida no espelho, há um “desdobramento”, pois estamos aqui e estamos lá, no reflexo da luz, ela vai até o espelho e refletere, em latim, significa “fazer retroceder”, “voltar atrás'. Portanto, refletir é retornar o próprio pensamento, pensar o já pensado, voltar para si mesmo e colocar em questão o que já conhece. É ainda Gramsci quem diz: “o filósofo profissional ou técnico não só *pensa' com maior rigor lógico, com maior coerência, com maior espírito de sistema do que os outros homens, mas conhece toda a história do pensamento, sabe explicar o desenvolvimento que o pensamento teve até ele, é capaz de retomar os problemas a partir do ponto em que se encontram, depois de terem sofrido as mais variadas tentativas de solução”. O professor Dermeval Saviani conceitua a filosofia como uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta, lnterpretaremos esses tópicos. Radical: a palavra latina radis, raditis, significa “raiz”, e no sentido figurado, “fundamento base”. Portanto a filosofia radical não no sentido corriqueiro de ser inflexível (nesse caso seria a antifilosofia), mas na medida em que busca explicar os conceitos fundamentais usados em todos os campos do pensar e do agir. Por exemplo, a filosofia das ciências examina os pressupostos do saber cientifico, do mesmo modo que, diante da decisão de um vereador em aprovar determinado projeto, a filosofia política investiga as “raízes' (os princípios políticos) que orientam sua ação.

Rigorosa: enquanto “filosofia de vida” não leva as conclusões até as últimas consequências, nem sempre examinando os fundamentos delas, o filósofo deve dispor de um método claramente explicitado a fim de procedcr com rigor. E assim que os

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aspectos entre si. Nesse sentido, a filosofia visa ao todo, à totalidade. Mais ainda, o objeto da filosofia é tudo, porque nada escapa a seu interesse. Aí, sua função de interdisciplinaridade, ao estabelecer o elo entre as diversas formas de saber e agir humanos. Sob esse enfoque, a filosofia se distingue da ciência e de outras formas de conhecimento.

A Filosofia e a Ciência

Filosofia X Ciência

No século XVIII, a partir da revolução metodológica iniciada por Galileu, as ciências particulares começam a delimitar seu campo específico de pesquisa. Pouco a pouco, desde esse período até os dias atuais, ciências como fisica, astronomia, química, biologia, psicologia, sociologia, economia, etc., se especializam e investigam “recortes' do real. Apesar dessa separação entre o objeto da filosofia e das ciências, o filósofo continua tratando da mesma realidade apropriada pelas ciências, uma vez que jamais renuncia a considerar o seu objeto do ponto de vista da totalidade. Como vimos, a visão da filosofia é de conjunto, ou seja, o problema nunca é examinado de modo parcial. Se a ciência tende cada vez mais para a especialização, a filosofia, no sentindo inverso, quer superar a fragmentação do real, daí sua função interdisciplinar, que busca estabelece r o elo entre formas do saber e do agir.

A filosofia ainda se distingue da ciência pelo modo como aborda seu objeto: em todos os setores do conhecimento e da ação, a filosofia está presente como reflexão crítica a respeito dos fundamentos desse conhecimento e desse agir. Por exemplo, se a física ou a química se denominam ciência e usam determinado método, não é da alçada do próprio físico ou do químico saber o que é ciência, o eu distingue esse conhecimento de quando o fazem, estão colocando questões filosóficas. O mesmo acontece quando, por exemplo, o psicólogo define o conceito de liberdade, o que já significa fazer filosofia.

Mais uma diferença entre filosofia e ciência: os resultados das investigações científicas e a sua veraficabilidade permitem uniformidades de conclusões e, com isso, a ciência adquire maior objetividade. Nesse'sentido, a ciência trabalha com juízos de realidade, já que de uma forma ou de outra pretende mostrar como os fenômenos ocorrem, quais as suas relações e, consequentemente, como prevê-los. De modo diferente, a filosofia faz juízos de valor, porque o filósofo parte da experiência vivida e vai além dessa constatação, não vê apenas como é, mas como deveria ser. Por exemplo, discute qual o valor do método científico, ou quais as consequências éticas de um experimento. A filosofia julga o valor do conhecimento e da ação, sai em busca do significado: filosofar é dar sentido à experiência.

Qual é a utilidade da Filosofia?

Para responder à questão, precisamos saber primeiro o que entendemos por utilidade. Ora, vivemos em um mundo marcado pela busca dos resultados imediatos do conhecimento. Sob essa perspectiva, é considerada importante a pesquisa da cura do câncer, ou o estudo de matemática no ensino médio porque “entra no vestibular”, o u ainda a seleção de disciplinas que vão interessar o exercício de determinada atividade. Por isso, com frequência, o estudante se pergunta “Para que vou estudar filosofia, se não precisarei dela na minha profissão?”.

Seguindo essa linha de pensamento, a filosofia seria realmente “inútil”, não serve para nenhuma alteração imediata de ordem pragmática. Neste ponto, ela é semelhante à arte. Se perguntarmos qual é a finalidade de uma obra de arte, veremos que ela tem um fim em si mesma e, nesse sentido é “inútil”. Entretanto, não ter utilidade imediata não significa ser desnecessário. A filosofia é necessária.

Onde está a necessidade da filosofia? Está no fato de que, por meio de reflexão (aquele desdobramento, Iembra-se?), a filosofia nos permite ter mais de uma dimensão, além da que é dado pelo agir imediato no qual o “indivíduo prático” se encontra mergulhado. E a filosofia que dá o distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins a que eles se destinam, reúne o pensamento fragmentado da ciência e o reconstrói na sua unidade. Retorna a ação pulverizada no tempo e procura compreende-la.

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justamente o que provoca a nossa aproximação maior com a vida. Whitehead, lógico e matemático britânico, disse que “a função da razão é promover a arte da vida'. A filosofia recupera o processo perdido no imobilismo das coisas feitas (mortas porque já ultrapassadas), ela impede a estagnação.

Por isso, o filosofar, sempre se confronta com o poder, e sua investigação não fica alheia à ética e a política. E o que afirma o historiador da filosofia François Chatelet: “Desde que há Estado da cidade grega às burocracias contemporâneas, a ideia de verdade sempre se voltou, finalmente, para o lado dos poderes (ou foi recuperada por eles, como testemunha, por exemplo, a evolução do pensamento francês do século XVII ao século XIX).“ Por conseguinte, a contribuição específica da filosofia que se coloca ao serviço da liberdade, de todas as liberdades, é a de minar, pelas análises que ela opera e pelas ações que desencadeia as instituições repressivas e simplificadoras, que se trate de ciência, do ensino, da tradução, da pesquisa, da medicina, da família, da política, do fato carcerário, dos sistemas burocráticos, o que importa é fazer aparecer a máscara, deslocá-la, arranca-la.

A filosofia é, portanto, a crítica da ideologia, entendida como forma ilusória de conhecimento que visa a manutenção de privilégios. Atentando para a etimologia do vocábulo grego correspondente à vontade (a-létheia, a lethe-úein, “desnudar”), vemos que a verdade consiste em por a nu aquilo que está escondido. Eis a vocação do filósofo: o desvelamento do que está encoberto pelo costume, pelo convencional, pelo poder.

Finalmente, a filosofia exige coragem. Filosofia não é um exercício puramente intelectual, descobrir a verdade é ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas do poder que tentam manter o status quo, é aceitar o desafio da mudança. Saber para transformar. Lembremos que Sócrates foi aquele que enfrentou com coragem o desafio máximo da morte. E bem verdade, alguns dirão que sempre houve e haverá os pensadores bajuladores do poder, aqueles que estão a serviço da manutenção do status quo e que emprestam suas vozes e argumentos para defender tiranos. Mas, aí, estamos diante das fraquezas do ser humano, seja por estar sujeito a enganar-se, seja por sucumbir ao temos ou ao desejo de prestígio e glória. Segundo Karl Jaspers, “a antifilosofia é uma filosofia, embora pervertida, que, se aprofundada, engendraria sua própria aniquilação.”

Aprendendo à filosofar

Dúvida

A filosofia é um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações limites que exigem decisões cruciais. Por isso no encontro com a tradição filosófica não devemos nos restringir a recebe- la passivamente como um produtor, mas sermos capazes, cada um de nós, de nos aproximarmos da filosofia como processo, ou seja, como reflexão crítica e autônoma a respeito da realidade vivida.

Lembrando Jaspers mais uma vez, a filosofia é a procura da verdade, não a sua posse, porque “fazer filosofia é estar a caminho, as perguntas em filosofia são mais essenciais que as respostas transformam-se numa nova pergunta”.

Introdução à Filosofia Moral

Diante de pessoas e coisas, estamos constantemente fazendo avaliações. “Esta caneta é ruim, pois falha muito”; “Esta moça é atraente”; “Acho que João agiu mal não ajudando você”; “Prefiro comprar este, que é mais barato”. Essas afirmações se referem a juízos de realidade, quando partimos do fato de que a caneta e a moça existem, mas a juízos de valor, quando lhes atribuímos uma qualidade que mobiliza nossa atração ou repulsa. Nos exemplos, destacamos valores que se referem à

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Os valores

Diante dos seres (sejam eles coisa inertes, seres vivos ou ideias) somos mobilizados pela nossa afetividade, somos afetados de alguma forma por eles, porque nos atraem ou provocam nossa repulsa. Portanto, algo possui valor quando não permite que permaneçam indiferentes. É nesse sentido que Garcia Morente diz: “Os valores não são, mas valem. Uma coisa é valor e outra coisa é ser. Quando dizemr : de algo que vale, não dizemos nada do seu ser, mas dizemos que não é indiferente. A não indiferença constitui esta variedade ontológica que contrapõe O valor ao ser. A não indiferença é a essência dO valer”. Os valores são, num primeiro momento, herdados por nós. Ao nascermos, o mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos já estabelecido, de tal modo que aprendemos desde cedo como nos comportar à mesa, na rua, diante de estranhos, como, quando e quanto falar em determinadas circunstâncias, como andar, correr, brincar, como cobrir o corpo e quando desnudá-lo, qual o padrão de beleza, que direitos e deveres temos. Conforme atendemos ou transgredimos os padrões, os comportamentos são avaliados como bons ou maus.

A partir da valoração, as pessoas podem achar bonito ou feio o desenho que acabamos de fazer ou criticar-nos por não termos cedido lugar à pessoa mais velha nO metrô, ou acham bom O preço que pagamos pela bicicleta, ou nos elogiam por termos mantido a palavra dada, ou nos criticam por termos faltado com a verdade. Nós próprios nos alegramos ou nos arrependemos de nossas ações ou até sentimos remorsos dependendo do que praticamos. Isso quer dizer que O resultado de nossos atos está sujeito à sanção, ou seja, ao elogio ou à reprimenda, à recompensa ou à punição, nas mais diversas intensidades: a críticas de um amigo, “aquele” Olhar da mãe, a indignação ou até a coerção física (isto é, a repressão pelo uso da força, por exemplo, quando alguém é preso por assassinato).

Embora haja diversos tipos de valores, vamos considerar neste capítulo apenas os valores físicos ou morais.

A Moral

Os conceitos de moral e ética, ainda que diferentes, são com frequência usados como A sinônimos. Aliás, a etimologia dos termos é semelhante: moral vem do latim mos, moris, que significa “costume” , “maneira de se comportar regulada pelo uso', e de moralis, morale, adjetivo referente ao que é “relativo aos costumes”. Erica vem do grego ethos, que tem O mesmo significado: de “costume”.

No entanto, podemos estabelecer algumas diferenças entre esses dois conceitos. A moral é O conjuntos das regras de conduta admitidas em determinada época ou por um grupo de pessoas. Em um primeiro momento dessa discussão, podemos dizer de modo simplificado que o sujeito moral é aquele que age bem ou mal na medida em que acata ou transgride as regras morais. A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de ser humano tomada como ponto de partida.

A pergunta: “O que é o bem e o mal”? respondemos diferentemente, caso o fundamento da moral esteja na ordem cósmica, na vontade de Deus ou em nenhuma ordem exterior à própria consciência humana. Podemos perguntar ainda: Há uma hierarquia de valores a obedecer? Se houver, o bem supremo é a felicidade? E o prazer? E a utilidade? E o dever? E a justiça?

Por outro lado, é possível questionar. Os valores são essenciais? Têm conteúdo determinado, universal, válido em todos os tempos e lugares? Ou, ao contrário, são relativos: “verdade aquém, erro além dos Pirineus”, como dizia Pascal?

Referências

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