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Curso de Economia da Conservação

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Academic year: 2021

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1. Microeconomia 2. Análise econômica de políticas ambientais 3. Valoração econômica

ICMBio_ACADEBIO 7 a 11 de maio de 2012

(2)

Economia Ambiental,

Análise Econômica de Políticas Ambientais e

Valoração Ambiental

Jorge Madeira Nogueira Professor Titular Departamento de Economia

da Universidade de Brasília

(3)

Área de Concentração em Economia do Meio Ambiente do Doutorado em Economia,

pelo

Mestrado em Gestão Econômica do Meio Ambiente,

pelo

Centro de Estudos em Economia, Meio Ambiente e Agricultura CEEMA,

pelo

Centro Integrado de Ordenamento Territorial CIORD.

(4)

(Conceitos Básicos)

(5)

• Começo por noções de Microeconomia.

• Conhecer os conceitos básicos de Microeconomia é essencial para perceber o raciocínio econômico.

• Na verdade, antes mesmo da Microeconomia eu vou

apresentar a vocês aquilo que eu chamo de “princípios de Economia”.

(6)

• No primeiro capítulo do seu popular manual Mankiw (2005) afirma que existem alguns poucos princípios que guiam as decisões econômicas de indivíduos e de sociedades.

• Na verdade, o economista acredita que existam alguns poucos princípios que são capazes de explicar as decisões econômicas de indivíduos e de sociedades.

• Esses princípios deixam claro a peculiaridade da maneira de pensar, da visão de mundo, do economista.

(7)

• Nada mais adequado do que começarmos a nossa disciplina relembrando esses princípios.

• Vamos, também, aplicá-los imediatamente às atividades de vocês como gestores de políticas de meio ambiente no Brasil. • Quatro são os princípios de tomada de decisões individuais, a saber:

(8)

1. Pessoas enfrentam “trade-offs” (escolhas conflitantes): não

existe almoço grátis

• Tudo tem um custo, pois desejos são ilimitados, mas os

recursos disponíveis para o atendimento a esses desejos são (relativamente) limitados.

• Há escassez relativa de recursos e até para se fazer o “bem” teremos de incorrer em custos, quer explícitos quer implícitos. • Quais as relações desse princípio com a gestão e a

conservação da natureza, com a conservação da diversidade biológica?

(9)

2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obter essa coisa.

• Todas as escolhas humanas tem “custo de oportunidade”: para obter algo, você deixa de obter alguma (s) outra (s) coisa (s).

• A sua escolha precisa, então, ser “melhor” do que a “melhor” entre as não escolhidas.

• Você precisa ter certeza que os benefícios da sua escolha são maiores que os seus custos (incluindo os custos da

(10)

• E aí? Alguma consequência para a sua decisão de conservar a biodiversidade? E a manutenção da reserva legal?

• Temos certeza que os benefícios de nossas decisões são superiores aos seus custos, incluindo o custo de oportunidade (custo econômico)?

• Alguma diferença no custo de oportunidade da conservação

in situ em relação à conservação ex situ?

(11)

• 3. As pessoas racionais pensam na margem: pequenos

ajustes incrementais a um plano de ação existente.

• O prazer que mais um par de sapatos me dá depende de quantos pares de sapato eu já tenho.

• Ou, se eu já tenho muitos pares de sapatos, um novo par deve ter algo distinto daqueles que eu já tenho.

• Ou ainda, o quanto eu estou disposto a pagar por mais um par de sapatos decresce à medida que eu acumulo pares de sapatos.

• A escassez relativa de algo influencia o quanto que eu desejo e o quanto eu estou disposto a pagar por esse algo.

(12)

• Se pessoas racionais pensam na margem, como eu devo decidir o “quanto” de uma ação conservacionista uma

sociedade deseja e está disposta a pagar?

• Se muitos têm acesso a pouco, não seria natural que eles ou elas queiram mais de tudo?

• Como eles/elas definem a “quantidade” ou a “prioridade” de conservação que eles/elas desejam?

• Decisões conservacionistas também são influenciadas por reações na margem?

(13)

• 4. As pessoas reagem a incentivos.

• “Cenouras” (incentivos positivos) e “chicotes” (incentivos negativos) não são apenas instrumentos hípicos.

• Ninguém suporta apenas “chicotes”; como ninguém merece apenas “cenouras”.

• O sucesso na vida parece depender de uma adequada combinação de incentivos positivos e incentivos negativos.

• Será que isso também é verdadeiro para alcançar o sucesso na gestão do meio ambiente?

(14)

• Existem ainda alguns outros princípios relacionados a como as pessoas interagem umas com as outras.

• Ou como os economistas acreditam que as pessoas interagem.

(15)

1. O comércio pode ser bom para todos.

• Isolamento, autarquia, autosuficiência, são formas de

organização pessoal, local, regional ou nacional que levam ao empobrecimento (relativo).

• Troca entre agentes permite, em geral, um melhor desempenho de todas as partes envolvidas.

• A troca e o mercado são criações humanas na busca de melhoria do seu bem-estar.

• “Comércio”, “mercado”, “troca” combinam com gestão da biodiversidade? E com o controle da poluição?

(16)

2. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica.

• Mercado é uma instituição resultante da criatividade humana. • Mercado nada mais é do que o encontro entre demandantes (os que desejam usufruir de algo) e ofertantes (os que desejam colocar esse algo à disposição).

• Desse encontro surge o preço desse algo, resultado do equilíbrio entre a disposição a pagar dos demandantes e a

disposição de aceitar um pagamento dos ofertantes por aquele algo negociado.

(17)

• Preço dá informação; preço fornece estímulo.

Mas será que todo e qualquer bem ou serviço demandado e

ofertado é negociado em mercado?

• Será que todo bem ou serviço possui um preço de mercado? • Se não, como fica a informação que deveria ser transmitida pelo preço?

• E como fica o estímulo à ação que seria fornecido pelo preço?

(18)

3. As vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados.

• Nós vamos ver que quando mercados não existem, ou existem mas são imperfeitos, recomenda-se a intervenção governamental por meio de política pública.

• Governos complementariam mercados no processo de tomada de decisões de agentes sociais.

• No entanto, muitas vezes governos falham ao intervir.

• Ao invés de melhorar os resultados dos mercados, governos podem piorá-los.

(19)

• Os sete princípios listados já são suficientes para despertar surpresa, curiosidade e/ou fúria em especialistas de outras áreas.

• Se houvesse tempo suficiente, nossa primeira tarefa seria

mostrar como esses princípios se consolidaram no pensamento econômico.

• Assim procedendo ficaria mais claro para todos vocês a diversidade daquilo que é chamado de Economia.

(20)

• Ficaria claro que, no caso da ciência econômica, há uma

“estrutura de idéias” distintas, grupadas em termos de “escolas de pensamento”:

a) Marxistas e Neo-Marxistas: P. Sweezy e E. Mandel

b) Institucionalistas e Neo-Institucionalistas: J.K. Galbraith, G. Myrdal , D. North e Ilinor Ostrom

c) Neo-Ricardianos: I. Steedman d) Pós-Keynesianos: A. Eichner

e) Síntese Neo-clássica-Keynesiana: P. Samuelson e J. Tobin

f) Chicago: M. Friedman e G. Becker g) Austríaca: F.A. Hayek

(21)

Não é esse o objetivo do Curso.

• Cabe destacar que aqueles princípios são a base dos instrumentos analíticos do mainstream econômico.

• Usando os tradicionais instrumentos analíticos, desenvolvem-se duas vertentes na tradição neoclássica de estudos sobre o uso e a conservação dos recursos naturais: a economia dos

recursos naturais (renováveis e não renováveis) e a economia

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• Juntas, essas vertentes compõem a “economia do meio ambiente” ou “economia ambiental”.

• Por outro lado, surge uma nova corrente – a “economia

ecológica” – que já nasce com a preocupação de compreender melhor as inter-relações entre economia e meio ambiente.

(23)

• Nosso tratamento aqui será o da “economia do meio

ambiente” ou “economia ambiental”.

• Vamos agora aprofundar nosso conhecimento de alguns

conceitos microeconômicos que estão na base da economia do meio ambiente.

Referências

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