A
Crefisa continua no embate com o BMG nos bastidores do dérbi entre Corinthians e Palmeiras. Um dia após a oficialização do acordo entre o banco e o time do Parque São Jorge, os palmeirenses receberam a notí-cia de renovação da principal parceira do time. Com direito a alfinetadas nos rivais. Em coletiva de imprensa, a presidente da Crefisa, Leila Pereira, exaltou os valores que serão investidos no Palmeiras. Lembrou que a quantia é fixa, em possível refe-rência às variações que apresentam Corinthians e BMG. E, assim como tem feito a Puma em campanha com o clube, falou de “inveja” em relação ao patrocínio.“É um valor real, está no contrato, está no balanço. É o maior patrocínio da his-tória do futebol. Não tenho dúvida de que é invejado no Brasil. Mas pertence ao
O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O
DO
POR REDAÇÃOCrefisa ostenta em
renovação ao Palmeiras
1N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1170 - QUINTA-FEIRA, 24 / JANEIRO / 2019
De espectadores teve a Fórmula 1 em 2018, na soma de transmissões feitas em todo o mundo na TV e no streaming.
maior campeão do Brasil”, falou a executiva na quarta-feira (23).
Para ostentar o que seria “o maior patrocínio da América Latina”, frase também usada pelo presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, Leila Pereira resolveu abrir os valores que envolvem a parceria com o clube. Nos anos anteriores, a dona da Crefisa e da FAM preferiu manter em sigilo os detalhes financeiros.
O novo acordo com o Palmeiras é valido até 2021. Por ano, a Crefisa pagará R$ 81 milhões, além de luvas de R$ 15 milhões pela assinatura do contrato. O time ainda poderá receber R$ 34 milhões ao ano por metas esportivas alcançadas. Se-gundo a executiva da empresa, o clube ajudou na exposição das marcas em todo o Brasil, e o aporte fez as “receitas subirem ainda mais”.
Sem especificar, Pereira ainda afirmou que pagará ao time R$ 6,8 milhões por “propriedades de marketing”. Nos últimos anos, a parceria teve alguns acordos à parte, caso da FAM que passou a patrocinar o canal do time no Youtube.
A ostentação palmeirense, no entanto, não teve ataques diretos. Perguntado sobre provocações feitas pelo diretor de marketing do Corinthians, Luís Paulo Ro-senberg, Pereira desconversou: “Aqui estamos conversando sobre o Palmeiras. O maior campeão do Brasil. Não gostaria de falar sobre outros clubes”.
As provocações entre BMG e Crefisa pelos patrocínios de Corinthians e Palmei-ras começaram no anúncio do banco ao time alvinegro, pelo Twitter. Na ocasião, a empresa pediu uma meta de seguidores na rede social para dar novidades; o número escolhido era exatamente o que tinha a conta da Crefisa. A concorrente respondeu com a frase “quem tem mais tem Crefisa”.
C L U B E FA Z
A Ç Ã O C O M ‘ H I T ’
M U S I C A L
F O R TA L E Z A F E C H A N O V O
PAT R O C Í N I O
Além do novo patrocínio, o
depar-tamento de marketing do Fortaleza
decidiu trabalhar em outra frente.
Aproveitando o grande sucesso do
mo-mento, o clube criou uma promoção.
Qualquer torcedora que se chamar
“Jenifer”, sem importar a grafia, terá
desconto de 50% na compra de
cami-sas oficiais de jogo do time.
A promoção é inspirada na música
“O nome dela é Jenifer”, do paraibano
Gabriel Diniz. A canção virou sucesso
nos meios digitais e é considerada o
hit do verão”. A ação do Fortaleza será
limitada a duas camisas por pessoa e
será válida até o dia 31 de janeiro, em
lojas e quiosques oficiais do time.
O Fortaleza anunciou um acordo com a Alubar, empresa brasileira com sede no Pará que é a maior fabricante de cabos elétricos de alumínio da América Latina. Pelo contrato, que será válido até o final do ano, mas com possibilidade de prorrogação, a Alu-bar estampará as costas da camisa do clube cearen-se, logo abaixo do número. Agora, o próximo ob-jetivo do Fortaleza é trabalhar para fechar um novo patrocínio máster, após a saída da Caixa.
O P I N I Ã O
Esporte subestima
consumidor
É
curioso o quanto que algumas empresas rasgam os manuais de marketing
quando falam em esporte, para o bem ou para o mal. O discurso da
re-jeição de marca é um dos exemplos mais recorrentes. Na contramão de
qualquer pesquisa e qualquer conhecimento sobre a complexidade de uma decisão de
compra, ainda existem profissionais que usam publicamente o argumento.
Não precisa ser um especialista para saber que o consumidor vai muito além da
noção de patrocínio a uma equipe rival na hora de comprar o produto que ele
enten-de ser mais aenten-dequado. E o reverso é a mesma coisa. Ter a marca na camisa do time enten-de
coração jamais será a principal razão para adquirir um produto ou serviço.
Essa lógica é ainda mais válida quando se trata do que é chamado
comporta-mento complexo de compra, que envolve um maior valor a ser gasto e mais riscos ao
consumidor. O que, para a grande maioria
das pessoas, inclui um carro, um grande
eletrodoméstico ou um serviço bancário.
Quando o BMG pede um cliente em
troca do apoio ao clube, ele faz algo que
certamente não faz em outros momentos
da companhia: ele banaliza o consumidor.
E as empresas ainda cometem outro erro,
ao superestimar o alcance do clube, como
se o torcedor comum tivesse grande
inte-resse nas novidades do patrocinador.
Isso não significa, nem de perto, que
um patrocínio esportivo não seja útil a um comportamento de compra complexo. Ao
contrário. Além de gerar credibilidade de marca, o futebol e o esporte de forma geral
são excelentes plataformas de conteúdo. E essa conversa com o consumidor pode ser
fundamental na escolha do consumidor por um bem que exige dele uma decisão de
risco. Não é inventar a roda, é o básico da comunicação. Mas, novamente, quando se
trata de patrocínio esportivo, parece que os manuais são facilmente rasgados.
O processo para isso ser bem-sucedido não é simples, nem rápido. Exige
cria-tividade e bastante trabalho, mas o esporte dá uma enorme força para o alcance e a
atenção recebida. O que não existe é milagre. Se a conversão de torcedores para
con-sumidores fosse fácil de ser atingida, o futebol não seria um bom negócio, seria o
me-lhor negócio do mercado. Quem não quer facilmente 30 milhões de compradores?
É louvável o esforço de BMG e Crefisa em querer falar mais alto. Que bom que
foi percebido que o patrocínio vai além da mera exposição de marca. Mas é preciso
fazer melhor; o consumidor/torcedor não pode ser subestimado dessa maneira.
Patrocínio a time não gera rejeição e
muito menos faz milagre na hora de
influenciar uma decisão de compra
POR DUDA LOPES
Com Egito, Puma
amplia presença
na África
A Motorola deu mais um passo
em sua estratégia de voltar a apostar
na força do esporte, tanto no Brasil
como nos Estados Unidos, iniciada
no ano passado. A multinacional de
tecnologia anunciou nesta
quarta-feira (23) que é a nova
patrocina-dora máster do Chicago Fire, que
disputa a Major League Soccer
(MLS). O contrato foi assinado até
o final de 2021 e dará à empresa o
direito de aparecer no espaço
prin-cipal das camisas de jogo e de treino
da equipe americana. Além disso, a
parceria fará com que todos os
joga-dores e membros da comissão
téc-nica do time utilizem smartphones
e acessórios da Motorola, que
pro-duzirá conteúdo de mídia social.
A P Ó S N B A ,
M O T O R O L A
C H E G A À M L S
C O M C H I C A G O
A BV, marca de varejo do Banco
Votorantim, mantém o plano de
montar e reparar estruturas de pistas
de skate em cidades brasileiras, pela
Plataforma BV Esportes.. Após Rio de
Janeiro e Sapiranga, no Rio Grande
do Sul, agora será Florianópolis que
terá um espaço reformado entregue.
O Skate Park da Costeira foi
refor-mado pela empresa e, nesta
quinta-feira (24), já será palco da Oi STU
Qualifying Series, etapa do principal
circuito brasileiro da modalidade.
B V S E G U E
P L A N O E
E N T R E G A P I S TA
D E S K AT E E M
F L O R I A N Ó P O L I S
POR REDAÇÃOA Puma, que na última década apostou nas principais se-leções africanas, voltou a fornecer uniforme ao time de uma das maiores economias da região. A marca alemã assinou acordo para ser patrocinadora do Egito.
Pelo contrato, todas as seleções egípcias de futebol pas-sarão a usar uniformes fornecidos pela Puma. Isso porque o acordo inclui os times masculino e feminino, além das cate-gorias menores. Antes, o país vestia Adidas.
Em 2006, a Puma chegou a ser a marca com mais seleções na Copa do Mundo, e uma das principais apostas estava na África, com times como Gana e Costa do Marfim. Em 2018, a empresa teve apenas dois representantes, e nenhum do continente africano: Uruguai e Suíça.
A seleção egípcia teve o melhor momento de sua história no futebol em meio a uma parceria com a Puma. Com a mar-ca alemã, o país conquistou os títulos de 2006, 2008 e 2010 da Copa das Nações Africanas (Afcon).
Vale lembrar que, após uma série de confusões e polêmi-cas, o próprio Egito foi escolhido pela Confederação Africa-na de Futebol (CAF) para sediar o principal torneio de sele-ções do continente este ano. A princípio, a competição seria disputada em Camarões.
“Compartilhamos muitas lembranças felizes e bem-sucedi-das, e esperamos que isso permaneça no que será um ano muito importante para o futebol egípcio”, disse Hany Abo Rida, presidente da Associação Egípcia de Futebol (EFA).
POR ERICH BETING
O
aplicativo de delivery Rappi anunciou nesta quarta-feira (23), após fe-char um acordo com a Federação Paulista de Futebol (FPF), que será patrocinadora da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A partida entre São Paulo e Vasco está marcada para a próxima sexta-feira (25), às 15h30, no Estádio do Pacaembu, na capital paulista.Para ativar o patrocínio ao evento que encerrará a edição de número 50 da Co-pinha, a Rappi prometeu uma série de ativações na decisão. Uma delas será vestir os vendedores ambulantes e também os gandulas com uniformes do aplicativo. O objetivo é dar visibilidade à marca já que a partida será transmitida em TV aberta na Globo e na Rede Vida, além de SporTV e ESPN na TV fechada.
Além disso, para aumentar o engajamento dos torcedores, a startup lançou em sua plataforma um botão intitulado “Copinha”. Nele, é possível comprar produtos esportivos, como bolas, chuteiras e até mesmo as camisetas dos times finalistas.
Todos que fizerem compras nesse botão até o final desta quarta-feira (23) con-correrão a 50 pares de ingressos para assistir à partida. Alguns darão, inclusive, direito a acompanhar a premiação no gramado após o jogo. O aplicativo ainda premiará o jogador que mais se destacar com assistências durante a final.
“Queremos ser o assistente pessoal dos nossos usuários e estar presente em todos os momentos do dia a dia deles. Fechamos essa ação com a Copinha para facilitar a compra de produtos esportivos pelos fãs de futebol e possibilitar a al-guns deles uma experiência diferente que é assistir ao jogo do campo”, explicou Fernando Vilela, head de marketing da Rappi.
Aplicativo fecha com
final da Copa SP
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