CAMILA DA SILVA RIBEIRO
TESTES UTILIZADOS PARA A AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA ESTABILIDADE DINÂMICA DO JOELHO E SUA CORRELAÇÃO À PRÁTICA DOS ESPORTES DE
LUTA: uma revisão narrativa
CAMILA DA SILVA RIBEIRO
TESTES UTILIZADOS PARA A AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA ESTABILIDADE DINÂMICA DO JOELHO E SUA CORRELAÇÃO À PRÁTICA DOS ESPORTES DE
LUTA: uma revisão narrativa
BELO HORIZONTE 2015
Monografia apresentada ao curso de Especialização em Fisioterapia Esportiva do Departamento de Fisioterapia do Centro de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Fisioterapia Esportiva.
RESUMO
As lesões de joelho correspondem a uma grande porcentagem das lesões ocorridas na prática esportiva e está entre as de maior incidência nos esportes de luta. Essas lesões podem afetar aspectos físicos e psicológicos do atleta resultando em uma diminuição de performance e qualidade de vida. Há na literaturauma carência de artigos científicos que abordem como tema o trabalho fisioterapêutico preventivo para lesões de joelho em esportes de luta, e que enumerem ou citem testes funcionais importantes a serem realizados como uma avaliação pré-temporada nesses esportes. O objetivo desta revisão narrativa é apresentar e discutir os principais testes utilizados para avaliação funcional da estabilidade dinâmica do joelho e suas possíveis aplicações e adaptações para os atletas praticantes de artes marciais. Com relação à metodologia, foram selecionados artigos com publicação até 2015, encontrados nos bancos de dados de artigos científicos da Medline, PubMed, Cochrane, e PeDro,que validam os testes funcionais que avaliam a estabilidade dinâmica do joelho,revisões sistemáticas com qualidade, ensaio controlado randomizado e ensaio clínico referentes ao mesmo assunto. Também foram selecionadosartigos sobre características dos esportes de luta a fim de enriquecer a discussão final. Os limites foram: idiomas (português e inglês) e humanos (masculino, feminino, adolescente e adulto). Os critérios de exclusão foram os estudos de caso único e estudos que não abordavam o assunto apesar do título favorável. Os principais testes apresentados e discutidos foram o Star Excursion
Balance test, Y test, JumpTestse Single LegSquat. Também foram apresentadas
ABSTRACT
The knee injuries correspond to a large percentage of injuries that occur in sports and is among the highest incidence in fighting sports. These injuries can affect physical and psychological aspects of the athlete resulting in a decrease in performance and quality of life.In the literature a shortage of scientific articles that address the theme preventive physical therapy treatment for knee injuries in combat sports, and that enumerate or cite important functional tests to be performed as a pre-season assessment in these sports.The objective of this narrative review is to present and discuss the main tests used for functional evaluation of the knee dynamic stability and its possible applications and adaptations for athletes practicing martial arts. Regarding the methodology, publication with articles were selected by 2015, found in scientific papers databases of Medline, PubMed, Cochrane, and PEDro, that validate the functional tests that evaluate the dynamic stability of the knee, systematic reviews with quality test controlled randomized clinical trial concerning the same subject.They were also selected articles about characteristics of combat sports in order to collaborate with the final discussion. The limits are: languages (Portuguese and English) and human (male, female, teen and adult).Exclusion criteria were the single case studies and studies that did not address the issue despite the favorable title. The main tests presented and discussed were
theStar Excursion Balance test, Y test, Jump Tests andSingle Leg Squat.Also
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO... 6
2 METODOLOGIA... 8
3 DESENVOLVIMENTO... 9
3.1 STAR EXCURSION BALANCE TEST……… 9
3.2 Y BALANCE TEST... 10
3.3 JUMP TESTS... 11
3.4 SINGLE LEG SQUAT... 12
3.5 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NOS ESPORTES DE LUTA... 13
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 17
1. INTRODUÇÃO
O joelhoé a maior articulação sinovial do corpo humano. É uma articulação em forma de dobradiça modificada que permite os movimentos de flexão e extensão e pequenos graus de rotação. Possui um complexo sistema anatômico e biomecânico, e é a mais frequente fonte de dor musculoesquelética (1, 2). Ocorrem aproximadamente 2,29 lesões de joelho a cada mil habitantes nos Estados Unidos (3). Essas lesõesapresentam um dos mais elevados encargos de saúde pública dado a sua alta incidência, frequente necessidade de reparo cirúrgico e reabilitação a longo prazo (3).
Na prática esportiva, 40% das lesões ocorrem no joelho (4) e nos esportes de luta em específico, as lesões de joelho estão entre as de maior incidência estando relacionadas ao gesto esportivo das diferentes modalidades, o contato com o oponente e a superfície de apoio utilizada para a prática esportiva (5,6,7,8,9,10). Essas lesões podem afetar aspectos físicos e psicológicos do atleta resultando em uma diminuição de performance e qualidade de vida (11). Portanto, prevenir essas lesões é importante pois pode interferir decisivamente na carreira profissional de um atleta ou afetar permanentemente a capacidade física desses indivíduos. (3)
fornecer informações importantes para possíveis inferências e direcionamentos para os trabalhos preventivos na área esportiva (17).
Não foram encontrados na literatura artigos científicos que abordem como tema o trabalho fisioterapêutico preventivo para lesões de joelho em esportes de luta, tão pouco artigos que enumerem ou citem testes funcionais importantes a serem realizados como uma avaliação pré-temporada nesses esportes.
2. METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica foi realizada no mês de março de 2015, através dos bancos de dados de artigos científicos na Medline, PubMed, Cochrane, e PeDro. Foramutilizadososseguintesdescritores de texto: Knee Stability test, preseason
assessment, lower extremityfunctional tests, Star Excursion Balance Test, Single
legged squat, Y balance test, Drop Vertical Jump test.
3. DESENVOLVIMENTO
Os testes que avaliam a estabilidade dinâmica do joelho funcionalmente são em sua maioria claramente descritos em seus artigos de validação, e suas correlações e importâncias clínicas são discutidos em artigos publicados posteriormente. Porém, características como a confiabilidade e responsividade desses testes, bem como as implicações clínicas requerem de maiores estudos. São descritos a seguir alguns dos principais testes funcionais discutidos na literatura que avaliam a estabilidade dinâmica do joelho.
3.1. Star Excursion Balance Test
Entre os testes de avaliação funcional da estabilidade dinâmica do joelho, o
StartExcursion Balance Test (SEBT)é um dos mais estudados. O SEBT é um teste
que utiliza uma marcação no solo em formato de estrela composto por oito diagonais que saem de um ponto em comum mantendo uma angulação de 45º entre si. O participante é posicionado no centro de convergência dessas linhas mantendo-se em equilíbrio em apoio unipodal enquanto busca alcançar a maior distância possível em cada diagonal com o outro membro inferior. O objetivo do teste é realizar o alcance máximo em cada diagonal predeterminada, tocar o solo levemente e retornar com o membro de alcance à posição inicial próxima ao corpo. Tocar bruscamente o solo, descansar o membro inferior na posição de alcance, tirar alguma parte do pé do membro inferior de apoio do solo ou a perda de equilíbrio durante os movimentos invalidam o alcance, sendo necessária a repetição dessa etapa do teste. São realizados 3 alcances em cada diagonal efaz-se uma média dos valores das distancias alcançadas (18, 19).
são relatados valores normativos, mas procura-se observar simetria entre os membros, qualidade da execução do movimento e melhora ou declínio dos resultados em uma segunda participação de um mesmo indivíduo no teste, seja por retorno após alguma lesão ou retorno para uma nova temporada de competições (18, 19, 20).
O SEBT tem sido avaliado como um teste de boa confiabilidade e são necessárias pelo menos 6-8% de mudanças nos scores alcançados para que seja destacada uma alteração de performance no teste (21, 22, 23). Uma revisão sistemática foi publicada em 2012 que buscava elucidar a utilidade do SEBT em aplicações clínicas (20). Entre os assuntos abordados e revisados estava a habilidade do teste em predizer lesões de membro inferior. Os achados, mesmo que limitados, indicaram que esse teste pode ser útil na predição de futuras lesões em atletas uma vez que para a realização do SEBT são necessárias interações corporais como força, flexibilidade, equilíbrio e controle neuromuscular (20, 24).
Diversos autores sugeriram modificações e adaptações no SEBT a fim de facilitar a aplicação do teste na prática clínica e o tornar mais objetivo sem alterar a sua confiabilidade e qualidade dos resultados (24, 25, 26, 27, 30, 31). A principal sugestão é a diminuição do número das diagonais de alcance. Estudos demonstraram redundância nos resultados ao se aplicar as oito direções sendo que algumas direções seriam mais representativas da performance no teste (25, 26).
3.2. Y Balance Test
A partir dos estudos que buscavam aperfeiçoar o SEBT, foi desenvolvido e validado
o Y Balance Test(27). O intuito era de tornar o teste aplicável de forma mais rápida e
apuração da distância ou discriminação do que seria um toque leve ao solo. O Y
Balance Testé uma versão do SEBT que possuiuma instrumentação própria e utiliza
apenas 3 diagonais: anterior, posteromedial e posterolateral. A instrumentação necessária para a realização do teste é um Kit patenteado como “Y balance test kit”
que é composto por uma plataforma de apoio conectada a três tubos de PVC posicionados nas direções de avaliação. Acoplado a cada tubo há um indicador de alcance que deverá ser empurrado com o pé pelo participante a fim de determinar a distância alcançada (27). Assim como no SEBT, são realizados 3 alcances em cada direção, porém nesse teste é o maior alcance de cada direção que conta como valor final.Também se faz necessária a normalização dos valores de acordo com o comprimento do membro do indivíduo avaliado e são consideradas falhas no teste se o participante perder o equilíbrio, encostar o pé no solo ou chutar o indicador de alcance (27). Estudos indicam que o Y Balance Test tem uma boa confiabilidade e resultados assimétricos no teste podem ser indicativos do aumento de risco de lesão (28,29).
Embora o Y Balance test seja uma versão modificada do SEBT estudos tem demonstrado que essas modificações tambémalteraram as estratégias cinemáticas utilizadas para a realização dos testes e que os indivíduos avaliados alcançam uma maior distância na direção anterior quando avaliados pelo SEBT. Não há definições sobre qual teste seria o melhor ou preferencial, mas há uma orientação para que se escolha apenas um dos testes como forma avaliadora e que os valores obtidos emum dos testes podem não ser transferíveis para o outro (30, 31).
3.3. JumpTests
movimento, ou associada a recursos tecnológicos como a plataforma de forma e acelerômetros que permitem um maior número de informações, identificação e inferência de forças e velocidade.São comumente utilizados em avaliações em esportes como o basquete e o vôlei para avaliação de performance, altura e potência de salto(32, 33).
Entre esses testes o vertical dropjumpvem sendo comumente estudado como uma ferramenta de avaliação em que a presença de um valgo dinâmico pode estar relacionada a um maior risco de lesões ligamentares de joelho em esportes. Durante o teste, o participante realiza um salto com os dois pés de cima de uma caixa ou step de aproximadamente 30cm de altura, toca o solo e em seguida realiza um salto vertical máximo, sendo repetida essa tarefa 3 vezes. São observadas a qualidade da realização do movimento principalmente no momento de absorção do impacto e acumulo de energia notado entre o momento de aterrisagem e impulsão para o salto. É um teste de fácil realização na clínica, que não necessita de muitos recursos e que o fisioterapeuta é capaz obter resultados e análises confiáveis apenas com a observação visual(34, 35, 36).
3.4. Single Leg Squat
O single legsquat(SLQ), conforme a tradução literal, é um teste funcional em que o
inferior, do quadril contralateral e compensações realizadas com a região superior do corpo (37). As análises podem ser realizadas por meio e filmagens e softwares, porém a análise observacional de um profissional capacitado tem se mostrado um dado válido (38, 39). Alguns trabalhos têm observado que a execução do teste em cima de um plano inclinado facilita a execução para os participantes e também pode resultar no aumento do momento do joelho, aumento da força imposta sobre o tendão patelar e maior utilização dos extensores de joelho, dados esses que devem considerados na prática clínica (40, 41).
O SLQé um teste de fácil e rápida aplicação, que traz informações quanto a qualidade do movimento e inferências quanto a força de músculos do quadril, do joelho e core (42,43). O padrão de movimento deadução e rotação interna do joelho durante a execução do teste tem sido encontrado em pacientes com síndrome da dor fêmoropatelar e pode estar associado a um potencial risco de lesões de membro inferior (44, 45, 46).
3.5. Avaliação Fisioterapêutica Preventiva em Esportes de Luta
Entre os esportes de luta, o Judô é o mais estudado e o número de publicações tem aumentado consideravelmente nos últimos 10 anos (49).A grande maioria das publicações são referentes a prevalência e incidência de lesões em que se pode ressaltar que as lesões de joelho estão entre as de maior ocorrência representando aproximadamente 30% entre todas as outras lesões (6, 50, 51). Há um teste descrito na literatura específico para judocas, no entanto, é utilizado para avaliação da aptidão física e não para avaliação funcional (52). Durante o teste o participante realiza a maior quantidade possível de uma técnica de queda específica do judô em dois colegas colaboradores de peso próximo ao dele, que estão posicionados a 6metros de distância um do outro durante um período específico de tempo. O teste é dividido em três fases de tempo sendo a fase A com 15 segundos e as fases B e C com 30 segundos. São observados a quantidade de quedas e a frequência cardíaca 1 minuto após a realização do teste. A partir desses dados foi proposto um método de análise e classificação desses atletas (52).
Com relação a prevenção, alguns artigos citam medidas preventivas gerais como avaliação das características musculares dos atletas e implantação de um programa de exercícios preventivos, aprimoramento das habilidades de como receber uma queda e realizar uma queda no oponente, treinos de equilíbrio, desenvolvimento de bilateralidade nos atletas, utilização de taping de tornozelo e ensino dos fatores de risco para lesões aos atletas e mestres das artes marcias (8, 50, 53, 54, 60).
As lesões de joelho e membro inferior também estão entre as de maior incidência noTaekwondo. Ele é considerado um dos esportes que mais tem relatos de lesões em competições em que o principal fator causal é o contato direto associado a baixa habilidade de defesa do oponente. Alguns estudos trazem como sugestões de medidas preventivas como a implantação de um sistema de vigilância de lesões a fim de determinar as causas e mecanismos de lesão para orientar trabalhos preventivos, o aprimoramento dos equipamentos de proteção e da habilidade de defesa dos atletas (5, 7, 57).
Para os esportes de combate como Boxe, Kick-boxing e Karate, as principais lesões descritas são fraturas ósseas, principalmente na face, e lesões ligamentares de joelho (9, 58). Para os o MMA (mixedmartialarts) as lesões de maior incidência são as lesões de face e na região da cabeça (62). Um trabalho recente relata o efeito da utilização do programa de avaliação functionalmovementscreen(FMS) associado a utilização dos resultados para a implantação de uma série de exercícios corretivos para o grupo de intervenção por 4 semanas, e puderam observar melhora nos scores pelo grupo que realizou os exercícios (63).
Os esportes de luta possuem características e demandas específicas, e dentro desse grupo maior, cada modalidade esportiva das artes marciais também tem as suas especificidades. Dessa forma, apesar de existirem métodos funcionais de avaliação da estabilidade dinâmica do joelho e trabalhos preventivos para lesões dessa articulação, não foram encontrados relatos na literatura da utilização deles como uma forma de avaliação em atletas lutadores. Por outro lado, talvez essas atividades não sejam totalmente adequadas às demandas dos esportes de luta e uma abordagem diferente seja necessária.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. GOLDBLATT, J. P.; RICHMOND, J. C.; Anatomy and Biomechanics Of The Knee. Operative Techniques in Sports Medicine, v. 11, n. 3, p. 172-186, 2003.
2. SAAVEDRA, M.A.; NAVARRO-ZARZA, J. E.; VILLASENIOR-OVIES, P. et al. Clinical Anatomy of the Knee. ReumatologíaClínica, v.8, n.2, p. 39-45, 2012. 3. GAGE, B. M.; MCILVAIN, N. M.; COLLINS, C. L., et al. Epidemiology of 6.6
Million Knee Injuries Presenting to United States Emergency Departments from 1999 through 2008. Academic Emergency Medicine, v. 19, p. 378-385, 2012.
4. MAJEWSKI, M.; SUSANNE, H.; KLAUS S. Epidemiology of Athletic Knee Injuries: A 10-year study. Knee, v. 13, p.184–188, 2006.
5. LYSTADA, R. P.; POLLARDA, H.; GRAHAM, B. P. et al.Epidemiology of injuries in competition taekwondo: a meta-analysis of observational studies.Journal of Science and Medicine in Sport. Australia, v. 12, p. 614-621, 2008.
6. NOH, J.W.;PARK,B. S.;KIM, M.Y.; et al.Analysis of combat sports players’ injuries according to playing style for sports physiotherapy research. Journal of Physical Therapy Science, v. 27, n. 8 p. 2425–2430, 2015.
7. ALTARRIBA-BARTES A, DROBNIC F, TIL L, et al.Epidemiology of Injuries in Elite Taekwondo Athletes:two Olympic periods cross-sectional retrospective study. BMJ Open, v. 14, p. 1-7, 2014.
8. KOSHIDA S.; DEGUCHI T.; MIYASHITA K.; IWAI K.; URABE Y. The common mechanisms of anterior cruciate ligament injuries in judo: a retrospective analysis. British Journal of Sports Medicine, v. 44, p. 856-861, 2010.
9. ZAZRYN, T. R.; FINCH, C. F.; MCCRORY, P. et al. A 16 Year Study of Injuries to Professional Kickboxers in the State of Victoria, A ustralia. British Journal of Sports Medicine, v. 37, p. 448–451, 2002.
10. KREISWIRTH E. M.; MYER G. D.; RAUL M. J.Incidence of Injury Among Male Brazilian Jiu-jitsu Fighters at the World Jiu-Jitsu No-Gi Championship 2009.
11. MOREIRA, N. B.; VAGETTI, G. C.; OLIVEIRA, V. et al.Association Between Injury and Quality of Life in Athletes: a systematic review, 1980-2013.
ApuntsMedicina D L’ Esport, v. 49, n. 184, p. 123-138, 2014.
12. MECHELEN, W. V.; HLOBIL, H.; KEMPER, H. C.G. Incidence, Severity, Etiology and Prevention of Sports Injuries.Sports Medicine, v. 14, n. 2, p.82-99, 1992.
13. WORP, H. V. D.; Ark, M. V. ROERINK, S. et al.Risk factors for patellar tendinopathy:a systematic review of the literature. British Journal of Sports Medicine, v. 45, p. 446-452, 2011.
14. HEGEDUS, E. J.; MCDONOUGH, S. M.; BLEAKLEY, C.Clinician-friendly Lower Extremity Physical Performance Tests in Athletes: a systematic review of measurement properties and correlation with injury. Part 2—the tests for the hip, thigh, foot and ankle including the star excursion balance test. British Journal of Sports Medicine, v. 0, p. 1-8, 2015.
15. POWERS, C. M. The influence of abnormal hip mechanics on knee injury: a biomechanical perspective. Journal of Orthopedic& Sports Physical Therapy, v. 40, n.2, p. 42-51, 2010.
16. REIMAN, M. P.; BOLGLA, L. A.; LORENZ, D. Hip function’s influence on knee
dysfunction: a proximal link to a distal problem. Journal of Sport Rehabilitation, v. 18, n.1, p. 33-46, 2009.
17. BRUMITT, J.; HEIDERSCHEIT, B.C.; MANSKE, R. C.; Lower Extremity Functional Tests and Risk of Injury In Division III Collegiate Athletes. The International Journal of Sports Physical Therapy, v. 8, n. 3, p. 216-227, 2013.
18. GRIBBLE P.A. The Star Excursion Balance Test as a measurement tool.
Athletic Therapy Today, v.8, n. 2, p. 46–47, 2003.
19. GRIBBLE P. A.; HERTEL J. Considerations for normalizing measures of the Star Excursion Balance Test. Measurement in Physical Education Exercise Science, v. 7, n. 2, p. 89–100, 2003.
20. GRIBBLE P. A.; HERTEL J.; PLISKY P. Using the Star Excursion Balance Test to Assess Dynamic Postural-Control Deficits and Outcomes in Lower Extremity Injury: a Literature and Systematic Review. Journal of Athletic Training, v. 47, n. 3, p. 339-357, 2012.
21. MUNRO A.G.; HERRINGTON L. C. Between-session reliability of the star excursion balance test. Physical Therapy in Sport, v. 11, p. 128-132, 2010. 22. GRIBBLE P. A.; KELLY S. E.; REFSHAUGE K. M.; HILLER C. E. Interrater
23. HYONG Y. H.; KIM J. H. Test of Intrarater and Interrater Reliability for the Star Excursion Balance Test. Journal of Physical Therapy Science, v. 26, n. 8, p. 1139-1141, 2014.
24. PLISKY P. J.; RAUH M. J.; KAMINSKI T. W.; UNDERWOOD F. B. Star Excursion Balance Test as a Predictor of Lower Extremity Injury in High School Basketball Players. Journal of Orthopaedic& Sports Physical Therapy, v. 36. n. 12, p. 911-919, 2006.
25. HERTEL J.; BRAHAM R. A.; HALE S. A.; OLMSTED-KRAMER L. C. Simplifying the Star Excursion Balance Test: Analyses of Subjects With and Without Chronic Ankle Instability. Journal of Orthopaedic& Sports Physical Therapy.v. 36. n. 3, p. 131-138, 2006.
26. ROBINSON R.H.; GRIBBLE P.A. Support for a reduction in the number of trials needed for the Star Excursion Balance Test. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. v. 89, p.364-370, 2008
27. PLISKY P. J.; GORMAN P. P.; BUTLER R. J.; KIESEL K. B.; UNDERWOOD F. B.; ELKINS B.The reliability of an instrumented device for measuring components of the Star Excursion Balance Test. North American Journal of Sports Physical Therapy, v. 4, n. 2, p. 92-99, 2009.
28. SHAFFER S. W.; TEYHEN D. S.; LORENSON C.L.; WARREN R. L. et al. Y-Balance Test: A Reliability Study Involving Multiple Raters.Military Medicine,
v. 178, n. 11, p. 1264-1270, 2013.
29. SMITH C. A.; CHIMERA N. J.; WARREN M. Association of Y Balance Test Reach Asymmetry and Injury in Division I Athletes. Medicine & Science In Sports & Exercise, p. 136-141, 2014.
30. COUGHLAN G. F.; FULLAM K.; DELAHUNT E.; GISSANE C.; CAULFIELD B. M. A Comparison Between Performance on Selected Directions of the Star Excursion Balance Test and the Y Balance Test. Journal of Athletic Training, v. 47, n. 4, p. 366-371, 2012.
31. FULLAM K.; CAULFIELD B.; COUGHLAN G. F.; DELAHUNT E. Kinematic Analysis of Selected Reach Directions of the Star Excursion Balance Test Compared With the Y-Balance Test. Journal of Sport Rehabilitation, v. 23, p. 27-35, 2014.
32. BUCKTHORPE M.; MORRIS J.; FOLLAND J. P.Validity of vertical jump measurement devices.Journal of Sports Sciences, v. 30, n. 1, p. 63-69, 2012.
34. NOYES F. R.; BARBER-WESTIN S. D.; FLECKENSTEIN C.; WALSHY C.; WEST J. The Drop-Jump Screening Test: Difference in Lower Limb Control by Gender and Effect of Neuromuscular Training in Female Athletes. The American Journal of Sports Medicine, v. 33, n. 2, p. 197-207, 2005.
35. NILSTAD A.; ANDERSEN T. E.; KRISTIANSLUND E.; BAHR R.; MYKLEBUST G.; STEFFEN K.; KROSSAUGH T. Physiotherapists Can Identify Female Football Players with High Knee Valgus Angles During Vertical Drop Jumps Using Real-Time Observational Screening. Journal of Orthopaedic& Sports Physical Therapy, v. 44, n. 5, p. 358-365, 2014.
36. WHATMAN C.; HUME P.; HING W. The reliability and validity of physiotherapist visual rating of dynamic pelvis and knee alignment in young athletes. Physical Therapy in Sport, v. 14, p. 168-174, 2013.
37. WILLSON J. D.; IRELAND M. L.; DAVIS I.Core Strength and Lower Extremity Alignment during Single Leg Squats. Official Journal of the American College of Sports Medicine, v. 38, n. 5, p. 945–952, 2006.
38. WEEKS B. K.; CARTY C. P.; HORAN S. A.Kinematic predictors of single-leg squat performance: a comparison of experienced physiotherapists and student physiotherapists. BMC Musculoskeletal Disorders, v. 13, n. 207, p. 1-7, 2012.
39. AGEBERG E.; BENNELL K. K.; HUNT M. A.; SIMIC M.; ROOS E. M.; CREABY M.W. Validity and inter-rater reliability of medio-lateral knee motion observed during a single-limb mini squat. BMC Musculoskeletal Disorders,v. 11, n. 265, p. 1-8, 2010.
40. RICHARDS J.; THEWLIS D.; SELFE J.; CUNNINGHAM A.; HAYES C.A Biomechanical Investigation of a Single-Limb Squat: Implications for Lower Extremity Rehabilitation Exercise. Journal of Athletic Training, v. 43,n. 5, p.477-482, 2008.
41. ZWERVER J.; BREDEWEG S. W.; HOF A. L. Biomechanical analysis of the single-leg decline squat. British Journal of Sports Medicine, v. 41, p. 264-268, 2007.
42. CLAIBORNE L. T.; ARMSTRONG C. W.; GANDHI V.; PINCIVERO V. M. Relationship Between Hip and Knee Strength and Knee Valgus During a Single Leg Squat. Journal of Applied Biomechanics, v. 22, p. 41-50, 2006. 43. HOLLMAN J. H.; GALARDI C.M.; LIN. I.; VOTH B.C.; WHITMARSH C.L.
Frontal and transverse plane hip kinematics and gluteus maximus recruitment correlate with frontal plane knee kinematics during single-leg squat tests in women. Clinical Biomechanics, v. 29, p.468-474, 2014.
Screening. The journal of the American academy of Physical Medicine and Rehabilitation (PM &R), v. 5, p. 229-235, 2015.
45. HERRINGTON L. Knee valgus angle during single leg squat and landing in patellofemoral pain patients and controls. The Knee, v. 21, p. 514-517, 2014. 46. NAKAGAWA T. H.; MORIYA E. T. U.; MACIEL C. D.; SERRÃO F. V. Trunk,
Pelvis, Hip, and Knee Kinematics, Hip Strength, and Gluteal Muscle Activation During a Single-Leg Squat in Males and Females with and Without Patellofemoral Pain Syndrome. Journal of Orthopaedic& Sports Physical Therapy, v. 42, n. 6, p. 491-501, 2012.
47. WHATMAN C.; HUME P.; HING W.Kinematics during lower extremity functional screening tests in young athletes: Are they reliable and valid?Physical Therapy in Sport, v. 14, p. 87-93, 2013.
48. HERBST E.; HOSER C.; HILDERBRANDT C.; RASCHNER C.; HEPPERGER C.; POINTNER H.; FINK C. Functional assessments for decision‑making regarding return to sports following ACL reconstruction. Part II: clinical application of a new test battery. Knee Surgery, Sports Traumatology, Arthroscopy, p. 1-9, 2015.
49. PESET F.; FERRER-SAPENA A.; VILLAMÓN M.; GONZÁLEZ L.; HERRERA J. L.; BENAVENT R. A. Scientific literature analysis of Judo in Web of Science. Archives of Judo, v. 9, n. 6, p. 81-91, 2013.
50. POCCECO E.; RUEDL G.; STANKOVIK N.; STERKOWICZ S.; DEL VECCHIO F. B.; GARCÍA C. G.; ROUSSEAUR.; WOLF M.; KOPP M.; MIARKA B.; MENZ V.; KRÜSMANN.; CALMET M.; MALLIALOPOULOS N,;BURTSCHER M. Injuries in Judo: a Systematic Literature Review Including Suggestions for Prevention. British Journal of Sports Medicine, v. 47, p. 1139-1143, 2013.
51. CARVALHO P. A.; HANNA S. J.; OHIRA M. M.; KOCH H.; REVITE L. R.; PINTO R. X.; CARDOSO D.; NETO R. C. Prevalence of injuries in high performance judo. RevistaBrasileira de Fisiologia do Exercício, v. 8, n. 1, p. 14-19, 2009.
52. FRANCHINI E.; DEL VECCHIO F. B.; STERKOWICZ S.A special judo fitness test classificatory table. ArchivesofJudo, v. 5, p.127-129, 2009. 53. SOÁRES S. T. M.Preventive Work for Shoulder and Scapular Waist Injuries in
Amateur Athletes of Judo. RevistaBrasileira de Ciências e Movimento, v. 11, n. 1, p. 29-34, 2003.
55. ZETARUK M. N.; VIOLÁN M. A.; ZURAKOWSKI D.; MICHELI L. J. Injuries in Martial Arts: a comparison of five styles., v. 39, p. 29-33, 2005.
56. SCOGGIN J. F.; BRUSOVANIK G.; IZUKA B. H.; RILLAND E. Z.; GELING O.; TOKUMURA C.Assessment of Injuries During Brazilian Jiu-Jitsu Competition.
The Orthopaedic Journal of Sports Medicine, v. 2, n. 2, p. 1-7, 2014. British Journal of Sports Medicine
57. PIETER W.; FIFE G. P.; O’SULLIVAN D. M. Competition injuries in
taekwondo: a literature review and suggestions for prevention and surveillance. British Journal of Sports Medicine, v. 46, p. 485-491, 2012. 58. CYNARSKI W. J.; KUDLACZ M. Injuries in martial arts and combat sports – a
comparative study. Archives of Budo, v. 4, p.91-97, 2008.
59. ABIDIN N. Z.; ADAM M. B. Prediction of Vertical Jump Height from Anthropometric Factors in Male and Female Martial Arts Athletes. Malaysian
Journal Medical Sciences, v. 20, n. 1, p. 39-45, 2013.
60. COVARRUBIAS N.; BHATIA S.; CAMPOS L. F.; NGUYEN D. V.; CHANG E. Y.The relationship between Taekwondo training habits and injury: a survey of a collegiate Taekwondo population.Journalof Sports Medicine, v. 6, p. 121- 127, 2015.
61. MCPHERSON M.; PICKETT W. Characteristics of martial art injuries in a defined Canadian population: a descriptive epidemiological study. BMC Public Health, v. 10, n.795, p. 1-7, 2010.
62. LYSTAD R. P.; GREGORY K.; WILSON J.The Epidemiology of Injuries in Mixed Martial Arts: A Systematic Review and Meta-analysis. The Orthopaedic Journal of Sports Medicine, v. 2, n. 1, p. 1-10, 2014.
