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CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA NA ASSISTÊNCIA ÀS FAMILIAS AFETADAS NA PANDEMIA DO COVID-19

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Academic year: 2022

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CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA NA ASSISTÊNCIA ÀS FAMILIAS AFETADAS NA PANDEMIA DO COVID-19

CONTRIBUTION OF PSYCHOLOGY IN THE ASSISTANCE TO FAMILIES AFFECTED IN THE COVID-19 PANDEMIC

Andrea Barbosa Ferreira

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CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA NA ASSISTÊNCIA ÀS FAMILIAS AFETADAS NA PANDEMIA DO COVID-19

ANDREA BARBOSA FERREIRA

Artigo apresentado ao Curso de Psicologia do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, como requisito parcial para a obtenção do título de Psicóloga, obtendo

Conceito

Data:

( ) Aprovada ( ) Reprovada

BANCA AVALIADORA

_____________________________________________

Profa. Dra. Charlene Nayana Nunes Alves Gouveia ( Orientadora – UNIPÊ)

_____________________________________________

Profa. Dra. Daniela Heitzmann Amaral V. De Souza (Membro- UNIPÊ)

____________________________________________

Profa. Ms. Jayana Ramalho Ventura ( Membro – UNIPÊ)

RESUMO

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Atualmente, a pandemia do covid-19 tem sido a maior preocupação independente do país, estado ou cidade. Ela interfere de forma impiedosa em todas as áreas da vida humana trazendo desorganização econômica, política, social, financeira e psíquica, afetando de forma incisiva o cotidiano das pessoas e sua relação consigo e com o mundo. Este trabalho objetivou compreender quais as contribuições da Psicologia para a saúde mental das famílias afetadas pela pandemia no município de João Pessoa. Realizou-se uma pesquisa prática descritiva, de natureza qualitativa. Participaram 10 psicólogos atuantes em psicologia clínica, selecionados por meio da técnica não probabilística por conveniência e que tenham atendido algum paciente que tenha sido acometido pela covid-19 de forma direta, ou indireta, por um familiar. Foram excluídos os participantes que não completaram a entrevista. Foram utilizados um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada baseada nos objetivos e hipótese deste estudo. Após a aprovação do comitê de ética, iniciou-se a coleta de dados, a pesquisa foi respondida de forma individual em local e hora escolhido pelo participante, respeitando os aspectos éticos. Os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo, conforme a técnica de Bardin. Como resultado, identificou que ocorreram algumas transformações no comportamento como consequencia da doença e das restrinções governamentais, gerando assim, alguns adoecimentos psiquico. Esta pesquisa evidencia a compreenção de como a Psicologia pode contribuir para a manutenção da saúde mental das pessoas no contexto da pandemia do covid-19 no município de João Pessoa.

Palavras-chave: Covid-19. Saúde mental. Psicologia. Pandemia.

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ABSTRACT

Currently, the covid-19 pandemic has been a major concern regardless of country, state or city. It ruthlessly interferes in all areas of human life, bringing economic, political, social, financial and psychological disorganization, affecting people's daily lives and their relationship with themselves and the world. The present work sought, through its research, to understand which are the contributions of Psychology to the mental health of families affected by the pandemic in the city of João Pessoa and identified that some transformations in behavior occurred as a consequence of the disease and government restrictions, thus generating, some psychic illnesses. The work was done through a descriptive practical research, of qualitative nature. Participated 10 psychologists working in clinical psychology, selected by means of the non-probabilistic technique for convenience and who have treated a patient who has been directly or indirectly affected by covid-19, by a family member.

Participants who did not complete the interview were excluded. As for the instruments, a sociodemographic questionnaire and a semi-structured interview based on the objectives and hypothesis of this study were used. After the approval of the ethics committee, data collection started, the survey was answered individually in a place and time chosen by the participant, respecting ethical aspects. The data were analyzed through content analysis, according to the Bardin technique. This research sought to understand how psychology contributed to mental health in the face of the covid-19 pandemic in the city of João Pessoa.

Keywords: Covid-19. Mental health. Psychology. Pandemic .

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INTRODUÇÃO

Há algum tempo, muitas pessoas viam a Psicologia representada por uma caricatura de uma pessoa vestida com um jaleco branco cuidando de doentes mentais em instituições. É fato que em pleno século vinte um ainda há pessoas que pensam assim. Contudo, também é fato que a Psicologia tem alcançado muitos avanços científicos como é o caso da neurociência, que vem para ajudar a desvendar os grandes questionamentos sobre o funcionamento da mente humana, como também, a intervenção psicológica em emergências e desastres que contribui para o enfrentamento de perdas importantes e propicia o reestabelecimento da saúde mental. Desta forma, este trabalhot objetivou compreender quais as contribuição da Psicologia para a saúde mental das famílias afetadas pela pandemia no município de João Pessoa. Será analisado dentro deste desastre ocorrido a influência dos fatores que possam impactar a saúde mental das pessoas.

A Pandemia do covid-19 começou no final do ano de 2019, com seu primeiro caso detectado na China e rapidamente atingiu mais de 188 países em todos os continentes. O primeiro caso no Brasil foi registrado pelo Ministério da Saúde no dia 26 de fevereiro no Estado de São Paulo, através de um homem de 61 anos que deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, com histórico de viagem pela Itália. Na Paraíba, o primeiro foi registrado na cidade de João Pessoa, no dia 18 de março e também com um homem de 60 anos, com histórico de viagem pela Europa ( FIOCRUZ 2000a).

Com o aumento populacional e as más condições de vida, a humanidade tem enfrentado desde a antiguidade, surtos, epidemias e pandemias causadas por bactérias e vírus, associados a péssimas condições de higiene, falta de saneamento e a hábitos alimentares relacionados à criação e consumo de proteína animal. Contudo, não deixando de lado também o fato de que o aumento populacional, bem como a industrialização, as desigualdades sociais, a falta de políticas públicas e tantos outros fatores, contribuem para que cada vez mais a população esteja propícia a novas pandemias. Para Cogo et al. (2015), desastres são um fenômeno universal, cujos efeitos podem ter impacto sobre indivíduos, comunidades, nações. Eles roubam das pessoas e das comunidades suas concepções anteriormente estabelecidas sobre si e seu mundo, causando medo, insegurança e desequilíbrio. Integrar o desastre à experiência de vida pode proporcionar meios para que novos significados sejam construídos, bem como uma nova visão do mundo. E é assim, diante desta pandemia, que trouxe medo, insegurança, desespero, luto, vulnerabilidade, perdas materiais e afetivas, que a Psicologia vem dispor de apoio psicológico e social aos que sobrevivem e às suas famílias, ajudando-os a enfrentar os problemas psicológicos que afetam a sua saúde mental. Em face disto, torna-se pertinente

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questionar sobre a forma como a psicologia está contribuindo para a saúde mental das famílias afetadas pela pandemia do covid-19.

A forma como enxergamos um fato pode nos gerar pensamentos funcionais ou disfuncionais que influenciarão de forma direta nossas emoções, ações e comportamentos, podendo assim gerar um bem-estar ou adoecimento físico ou psíquico, (BECK, 2014). É nesta relação mente, corpo e ambiente que afirmamos o nosso comportamento, o que somos, o que escolhemos fazer e o que queremos; o cuidado com a saúde mental não envolve só controlar os sintomas físicos de um adoecimento, ele também está relacionado a questões pessoais, sociais, emocionais e financeiras. Quando ocorre um desastre, como uma pandemia, ocorrem vários processos que podem compreender tanto perdas tangíveis como a perda do emprego, ou ter que vender um carro para sobreviver, como podem ocorrer perdas intangíveis, como o medo, o estresse, a insegurança, perda da dignidade, o luto, as perdas de concepções estabelecidas e tantas outras coisas que geram muito sofrimento tanto físico quanto psicológico.

Alguns problemas psicológicos, que ocorrem nesta situação, são a confusão mental, o pânico, o estresse pós-traumático, entre outros. A atuação do psicólogo frente a um desastre como a pandemia não é fácil devido à responsabilidade de oferecer acolhimento, experiência e comprometimento diante de uma situação muitas vezes de desespero, com demorada perspectiva de reparação e na qual o próprio psicólogo também vive a experiência, não ficando excludente ao acontecimento. Nesse contexto, é de suma importância que estudos sejam desenvolvidos sobre a contribuição psicológica no processo de pandemia do Covid-19 em função do entendimento das reais necessidades desta assistência às pessoas afetadas, possibilitando identificar características que possam contribuir para determinação de um melhor tratamento e suporte profissional no cuidado desses pacientes, podendo subsidiar informações que possam ser aproveitadas no processo de planejamento de políticas públicas, durante e pós pandemia.

CONSIDERAÇÕES SOBRE SAÚDE MENTAL

A humanidade sempre teve muita dificuldade em conviver com as diferenças e por preconceito ou ignorância do que é saúde mental, muitas vezes, sob a desculpa de proteger- se dos perigos que um doente mental pudesse provocar, a sociedade limitava-se apenas à preocupação de minimizar os riscos para a população ou de controlar os sintomas com medicação. Definir saúde é um grande desafio, pois levando-se em consideração a conceituação instituída pela Organização Mundial de Saúde, que a define como sendo “o

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estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas o estado de ausência de doença [...]” (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1948), percebe-se a distorção entre conceito e realidade.

Ter saúde mental, portanto, é quando o que se sente, pensa e faz decompõe uma conjuntura compreensiva frente à vida. Quando o contrário acontece, quando os sentimentos, pensamentos e comportamentos causam sofrimento diante das demandas do dia a dia, diz então que se tem um transtorno mental que precisa de tratamento. Segundo o DSM-5, Um transtorno mental é uma síndrome caracterizada por perturbações clinicamente significativas na cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo, que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. Transtornos mentais estão frequentemente associados a sofrimento ou incapacidades significativas que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014.p.20).

Muitos são os fatores de risco para um transtorno mental, partindo do princípio que cada ser é único no universo, não existe fatores pré-estabelecidos para todas as pessoas e é por isso que há tanta dificuldade em um diagnóstico preciso. Cada ser carrega consigo sua carga genética, sua forma de lidar com os problemas e com seus determinantes sociais. Toda alteração do funcionamento mental é influenciada por fatores, biológicos, psicológicos e sociais.

Segundo Ormel e Jong (2001), em todos os modelos de vulnerabilidade ao estresse, é conferida uma posição central à alegação de que os agentes de stress (acontecimentos de vida negativos, dificuldades, pequenas discussões diárias) podem ter efeitos patogênicos, especialmente em indivíduos vulneráveis. Entenda- se aqui por indivíduos vulneráveis, todas as pessoas que se encontram num estado de fraqueza material, moral, econômico, psicossocial, por uma questão de restrição social, econômica e ambiental para fazer escolhas.

No Brasil, ainda se percebe muito o estigma de que quem tem problemas mentais é louco. Isso é um problema cultural advindo do início da história da psiquiatra do Brasil, com seus hospitais colônia, onde as pessoas eram internadas sem um minucioso diagnóstico do sofrimento psíquico. Através da luta antimanicomial que iniciou nos anos 80, a concepção de tratamento para os transtornos começou a mudar para uma visão mais humanizada, de reinserção e não de exclusão das pessoas com transtornos. Hoje encontramos no país uma política de saúde mental apoiada na implementação da reforma sanitária brasileira, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e na Lei 10.216, de 6 de abril de 2001; que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

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INTERVENÇÃO PSICOLÓGICAS EM EMERGÊNCIAS

Vive-se uma época em que desastres naturais, guerras, acidentes, aumento da violência, terrorismo, aumento da pobreza e surgimento de novas doenças vêm causando graves sofrimentos psicológicos e sociais à população em vários continentes, inclusive no Brasil. É um tempo de globalização onde todos esses acontecimentos são informados de forma simultânea, gerando inúmeras respostas emocionais tanto para os que são atingidos por ela, como para os que tem conhecimento do fato. Em todas essas situações de guerras, desastres, acidentes, surge um fator determinante para a saúde mental que é o estresse, que surge a partir das ameaças físicas, emocionais e materiais, trazidas de forma imprevisível pelos desastres e emergências. Requerendo desta forma, ações imediatas que venham a aliviar o sofrimento e intervir na crise.

É neste momento que a intervenção psicológica em emergências e desastres desenvolve um papel fundamental na ressignificação da experiência vivenciada. Franco (2015) diz que: Não é possível datar o exato momento que se iniciaram as intervenções em crises na estrutura teórica e conceitual da denominada psicologia das emergências e desastre.

No entanto, data do início do século XX as primeiras aplicações da teoria de intervenção em crises, sendo relatadas pelo suíço Edward Stierlin. Em seu trabalho Psycho-neuropathology as result of a mining disaster, publicado em 1909, ele focou no atendimento dos envolvidos em uma explosão de uma mina de carvão do norte da França em 1906. Também nos dados históricos, relata a importância da intervenção frente às duas guerras mundiais, com o objetivo de auxiliar os combatentes a enfrentar e minimizar os sofrimentos psicológicos provocadas pela situação. Esse movimento de intervenção psicológica em emergências foi se espalhado por vários continentes, corroborando para a criação de vários modelos teóricos e práticos de intervenção e criação de várias entidades de apoio como, na França, a Organização médico-humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras e, na Europa, em 1980, o grupo Euro Act Dis, com o objetivo de reunir pessoas para desenvolver uma metodologia de ações de enfrentamento de desastres na Europa. O Brasil tem seu primeiro registro em 1987, com o acidente césio-137, em Goiânia, considerado o acidente mais radioativo do país (FRANCO, 2015).

O Comitê Permanente Interagências (IASC), que trabalha em cooperação com várias organizações humanitárias, tem como objetivo discutir e facilitar tomadas de decisões com relação a emergências e desastres naturais. Em suas diretrizes desenvolveram um sistema em níveis de apoio que atende às diferentes necessidades das pessoas afetadas, a

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pirâmide de intervenções para os serviços de saúde mental e apoio psicossocial em emergência, que pode ser utilizado na emergência pública. Ela é composta por quatro níveis, na sua base estão os serviços básicos e de segurança, que são ofertados às pessoas com sofrimento leve, em seguida, apoio às comunidades e famílias; logo após, apoios focados, não especializados e por fim, serviços especializados (FIOCRUZ, 2020b).

Determinar a função do psicólogo, dentro desse processo, é identificar uma variedade de procedimentos adequados para cada fase da contingência em função de uma reorganização psicossocial. Muitos são os desafios a serem enfrentados em relação a intervenção psicológica em emergências e desastres, pois se trata de uma ciência em construção com diversos aspectos que diferenciam a forma de assistência, sejam elas emergências ou desastres. Com o desastre da pandemia do Covid-19, houve um grande impacto abrangendo várias áreas da vida, provocando uma desestabilização não só pessoal, social, mas também política e financeira, provocando uma crise mundial. Acredita-se que esta será uma nova etapa na construção não só da psicologia, mas de toda uma mudança cultural, política, financeira e social.

QUAIS SÃO OS IMPACTOS DE UMA PANDEMIA

A história do homem e sua relação com a natureza é estudada e discutida desde a antiguidade. No início, como meio de sobrevivência e depois com a modernidade, como base para o atual capitalismo, onde não prevalece mais só a relação de dependência para o desenvolvimento físico e natural do ser humano, mas para uma relação de dependência econômico-financeira cada vez maior seja para obtenção de tecnologia ou para o enriquecimento financeiro. Desde o século passado, uma nova geração vem se preocupando com o meio ambiente e com o desenvolvimento humano. De acordo com Veiga (2020), ainda nos anos 1990, legitimou-se, sob a égide da Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde Pública, que envolve todos os fatores físicos, químicos, biológicos externos a uma pessoa, assim como todos os fatores relacionados que afetam o comportamento.

A Sars-CoV-2, desde a sua descoberta pela equipe de saúde pública da China, na cidade de Wuhan, em um mercado que vendia animais e subprodutos obtidos desses, provocou um impacto incalculável não só na economia, mas também na saúde, na política, na cultura, na relação social e familiar de forma global. Independente da cidade, Estado ou País, todos são vítimas e todos sofreram com pandemia. No Brasil em específico, passávamos por um período já econômico e político delicado e com o advento, piorou, adentrando em todas as outras esferas, impactando diretamente na qualidade de vida, saúde física, mental e

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espiritual.

A Fiocruz (2000a) nos relata que, durante a pandemia, é esperado que estejamos frequentemente em estado de alerta, preocupados confusos, estressados e com a sensação de falta de controle frente às incertezas do momento. Estima-se, que entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifestação psicopatológica caso não seja feita nenhuma intervenção de cuidado específico para as reações e sintomas manifestado. Ainda segundo a Fiocruz (2000b), as reações mais frequentes incluem: medo de adoecer e morrer; perder as pessoas que amamos; perder meios de subsistência ou não poder trabalhar durante o isolamento e ser demitido; ser excluído socialmente por estar associado à doença; ser separado de entes queridos e de cuidadores devido ao regime de quarentena; não receber um suporte financeiro; transmitir o vírus a outras pessoas; impotência perante os acontecimentos; irritabilidade; angústia e tristeza. Mesmo o vírus sendo o mesmo para todos os países, cada um tem diferentes formas de enfrentamento, isto está diretamente relacionado às condições culturais, econômicas, a administração política, aos serviços de saúde pública, de infraestrutura e tantos outros.

Porém uma coisa é comum a todos independente de nacionalidade, somos todos responsáveis pela atitude zelosa e prudente perante o meio ambiente e ao próximo.

O presente estudo visa identificar quais as contribuições da psicologia para a saúde mental das famílias afetadas pela pandemia do covid-19. Especificamente, esta investigação pretende verificar quais foram os procedimentos utilizados no atendimento dessas famílias;

bem como, analisar quais foram os estressores; examinar em que área da vida teve maior vulnerabilidade; avaliar quais foram as consequências psicológicas oriundas da pandemia e investigar como foi a continuidade, a longo prazo, da assistência psicológica às famílias afetadas. Para assim, verificar a hipóese de que ao deparar-se com esta nova experiêcia da pandemia a Psicologia encontrou formas de presatar uma contribuição significativa para um melhor cuidado dos apacientes afetados pela pandemia do covid-19.

METODOLOGIA

O presente trabalho se desenvolveu metodologicamente por uma pesquisa prática, descritiva de natureza qualitativa. A pesquisa foi realizada com psicólogos atuantes na cidade de João Pessoa. Foi realizado de forma presencial online, atraves de video chamada pelo aplicativo whatzap.

Participaram deste estudo dez psicólogos atuantes em psicologia clínica, selecionados

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por meio da técnica não probabilística por conveniência, utilizando-se a estratégia de “bola de neve”. Foram incluídos psicólogos que tenham atendido algum paciente que tenha sido acometido pela pandemia de forma direta ou de forma indireta, por um familiar acometido.

Seriam excluídos os participantes que não completarem a entrevista.

Foram utilizados dois instrumentos, um questionário sociodemográfico e um roteiro de entrevista semiestruturado. O questionário sociodemográfico abordou questões como idade, sexo, estado civil, classe social, escolaridade, tempo de serviço, quantidade de dias trabalhados e horas trabalhadas. A entrevista semiestruturada, baseado nos objetivos e na hipótese deste estudo, abordou questões sobre como se deu o processo terapêutico no processo de pandemia, quantidade de pacientes atendidos, frequência e horário, bem como quais foram os estressores, consequências e dificuldades decorrente dela.

Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de João Pessoa- UNIPÊ, sob o CAAE 44355021.3.0000.5176, foi iniciada a coleta dos dados de forma individual, em local reservado a ser definido pelo participante, com duração de aproximadamente 15 minutos. Os dados foram obtidos após a informação de que a participação na pesquisa é de caráter voluntário, garantido o sigilo e o anonimato das respostas. Os participantes tomaram conhecimento dos objetivos da pesquisa, seus riscos e benefícios, bem como da possibilidade de publicação dos resultados. Foi solicitada autorização para a gravação da entrevista, deixando claro o descarte do registro após a transcrição do conteúdo, como também, foi assinado o termo de consentimento livre e esclarecido.

Os resultados do questionário sociodemográfico foram analisados por meio do pacote estatístico SPSS em sua versão 21.0, utilizando-se da estatística descritiva e inferencial. Os resultados das entrevistas foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo temática (BARDIN, 2010). No qual a técnica se aplica à análise de textos escritos ou de qualquer comunicação (oral, visual, gestual), reduzida a um texto ou documento.

Este estudo foi realizado considerando-se os aspectos éticos pertinentes a pesquisas envolvendo seres humanos, de acordo com a Resolução nº 466/12 do CNS/MS (BRASIL, 2012), no que tange aos parâmetros legais.

RESULTADOS

Com o objetivo de analisar o perfil sociodemográfico dos participantes, foram calculadas as frequências e percentuais das categorias das variáveis investigadas. Ao todo participaram dez psicólogos clínicos, em sua maioria mulheres (80,0%), na faixa etária entre

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30 e 50 anos (50,0%). Verificou-se também que 70,0% dos participantes eram casados e que moravam com cônjuge e filhos. Os resultados estão exibidos na Tabela 1.

Tabela 1 Perfil sociodemográfico dos participantes (n=10)

VARIÁVEL CATEGORIAS FREQUÊNCIA PORCENTAGEM

Idade Até 30 anos 1 10

De 30 a 50 anos 5 50

Acima de 50 anos 4 40

Sexo Masculino 2 20

Feminino 8 80

Estado Civil Solteiro 1 10

Casado 7 70

Divorciado 2 20

Com quem mora Sozinho 2 20

Cônjuge e filhos 7 70

Familiares e filhos 1 10

Classe Social Média 9 90

Média Baixa 1 10

Abordagem TCC 4 40

Psicanálise 4 40

Humanista 1 10

Sistêmica Familiar 1

Pós-graduação Especialização 9 90

Mestrado 1 10

Tempo CRP Até 5 anos 3 30

De 6 a 20 anos 4 40

Acima de 20 anos 3 30

Tabela 1 Perfil sociodemográfico dos participantes (n=10) Continuação

VARIÁVEL CATEGORIAS FREQUÊNCIA PORCENTAGEM

Tempo Clínica Até 5 anos 4 40

De 6 a 20 anos 3 30

Acima de 20 anos 3 30

Local de Trabalho Clínica alugada 6 60

Clínica particular 4 40

Dias trabalhados por semana

Até 3 dias 1 10

4 ou 5 dias 4 40

6 dias 5 50

Horas trabalhadas por dia

Até 6 horas 3 30

7 ou 8 horas 5 50

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Acima de 8 horas 2 20 Fonte: Produzida pelo autor

Conforme apresentado, a maioria dos participantes é de classe social média e com especialização (90,0%) cada. Os participantes de abordagem TCC e Psicanálise representaram 40,0% cada, sendo os 20,0% restantes da abordagem Humanista e Sistêmica familiar. Com relação a repercussão do tempo de serviço e ao tempo de clínica, observou-se que os participantes com até 5 anos de CRP teve uma repercussão de 30,0% e na relação do tempo de clínica (40,0%); essa diferença se deu devido a um dos participantes apesar de ter 18 anos de CRP, só começou atuar na clínica a 4 anos. A maioria, 60,0% trabalham na modalidade clínica alugada devido a sua praticidade.

Também conforme exposto pela tabela 1, com relação dos dias e horas trabalhados por semana. Foi possível perceber que 50,0% das pessoas trabalham de 6 a 8 horas por dia e 50,0%

confirmaram que trabalham até 6 dias por semana.

Alicerçado na análise de conteúdo realizada pelas entrevistas da amostra supracitada na Tabela 2, apresenta a percepção dos entrevistados, através de suas vivências clínicas, sobre os efeitos psicológicos oriundos da pandemia. Foram encontradas 346 unidades de conteúdo, distribuídas em 7 categorias e 32 subcategorias.

A primeira categoria, Procedimentos Utilizados, buscou verificar quais foram os procedimentos utilizados no atendimento aos pacientes que vivenciaram de forma direta a pandemia do covid-19. demonstrando uma das formas da contribuição da Psicologia. Essa categoria possui 48 (13,87%) unidades temáticas, divididas nas seguintes subcategorias:

Acolhimento (f=7, 2,02%); Orientação (f=3, 0,86%); Reelaboração (f=7, 2,02%); Trabalhar aspectos positivos (f=5, 1,44%); Atendimento remoto (f=17, 4,91%); Escuta (f=6, 1,73%);

Divulgação em mídias (f=3, 0,86%).

Tabela 2 – Categorias e subcategorias de análise das entrevistas

CATEGORIAS SUBCATEGORIAS f %

Procedimentos Utilizados 48 (13,87%)

Acolhimento 7 2,02

Orientação 3 0,86

Reelaboração 7 2,02

Trabalhar aspectos positivos 5 1,44

Atendimento remoto 17 4,91

Escuta 6 1,73

Divulgação em mídias 3 0,86

Consequências Psicológicas 91 (26,30%)

Medo 43 12,42

Incerteza 10 2,89

Ansiedade 22 6,35

Luto 5 1,44

Valorização da vida 6 1,73

Pânico 5 1,44

Mudanças Comportamentais 74 (21,39%)

Isolamento 18 5,20

Relações familiares 13 3,76

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Insônia 5 1,44

Habitos alimentares 14 4,05

Rotina 11 3,18

Autopercepção 13 3,76

Áreas da vida vulneravel 33 (9,54%)

Emocional 18 5,20

Financeiro 13 3,76

Politica 2 0,57

Vivência Profissional 62 (17,92%)

Ajudar o outro 7 2,02

Reconhecimento profissional 11 3,18

Aumento da demanda 21 6,07

Autocuidado 14 4,05

Vivência do luto 9 2,60

Contribuição Psicológica 16 (4,62%)

Suporte Emocional 9 2,60

Valorização do cuidado com a saúde mental 7 2,02 Futuro da Psicologia pós

pandemia 22 (6,36%)

Crescimento 12 3,47

Mudanças na profição 6 1,73

Pessoas mais adoecidas 4 1,15

TOTAL 346 100,00

Fonte: Elaboração própria

No que se refere à subcategoria acolhimento, notou-se que a prática do acolhimento é uma importante estratégia para a busca da melhora do sofrimento humano, como pode ser verificado em suas fala: “A primeira ferramenta é o acolhimento, porque essas pessoas acometidas apresentam um quadro de ansiedade bem elevado e demonstrar a disponibilidade de estar para o outro é a todo o momento um diferencial muito grande” / “ Trabalhamos principalmente o acolhimento”.

A subcategoria orientação apontou que o objetivo era buscar estratégias para que essas pessoas mudassem o foco numa perspectiva de melhor aproveitar seu tempo e assim obter melhora sobre seu sofrimento, o que pode ser verificado nos seguintes discursos: “ Eles estavam ficando muito estressados com as notícias dos jornais, eu orientei para se afastarem das notícias e reservar só um tempinho durante o dia para se atualizar”, “ Orientei para buscarem estratégias para passar o tempo”.

No tocante a subcategoria reelaboração, mostrou nas citações a necessidade dessas pessoas para resignificar a vida dentro desse novo contexto apresentado pela pandemia, como por exemplo: “ Ninguem deixou de mudar em algum aspecto”, “ Isso tudo vai precisar ser reelaborado”.

Em relação a subcategoria Trabalhar aspectos Positivos, tem o objetivo de promover um ambiente saudável através da busca de sentimentos e atitudes positivas, mudando a perspectiva que se enxerga os acontecimentos. O que pode ser verificado nas sentenças recolhidas nas entrevistas: “ passei a trabalhar a questão da esperança”; “ resgate da esperança de dias melhores, das pessoas conseguirem enxergr isso como um processo de crescimento”.

No que se refere a subcategoria atendimento remoto, é um serviço de atendimento

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psicológico remoto autorizado pelos conselhos e que apesar de já existir, com o advento da pandemia tornou-se a principal ferramenta de trabalho dos psicólogos. Exposto nas seguinte falas: “ Através do atendimento remoto as famílias continuaram a trabalhar suas emoções”; “ A terapia online foi o grande bum, trazendo oportunidade de você atender pessoas de outros estados”.

Sobre a subcategoria escuta, a escuta terapeuta é um método utilizado para desenvolver a comunicação e a compreensão das preocupações pessoais vividas pelo locutor. Conforme expressões como: “ trabalhei a escuta mais passiva naquele momento”; “os procedimentos foram todos em virtude da escuta referente aos problemas decorrentes da pandemia”.

Sobre a subcategoria divulgação em mídias, foi o meio pelo qual alguns pscólogos utilizaram para expor suas atividades e seus conteúdos da ciência psicológica. O que pode ser verificado nos seguintes discursos: “ Eu vi que precisava colocar conteúdo para meus próprios pacientes no meu instagram de acordo com os conteúdos que eu achava necessário”; “ mostrar o nosso trabalho através das mídias”.

A segunda categoria, consequências psicológicas, buscou analisar quais foram as consequências psicológicas que foram mais associadas à vivência da pandemia através da percepção do profissional baseado na fala dos pacientes. Essa categoria possui 91 (26,30%) unidades temáticas, divididas nas seguintes subcategorias: medo (f=43, 12,42%); incerteza (f=

10, 2,89%); ansiedade (f= 22, 6,35%); Luto (f=5, 1,44%); valorização da vida (f=6, 1,73%);

pânico (f=5, 1,44%);

No que se refer a subcategoria Medo, para a Psicologia, o medo é definido como um estado emocional que se expressa no individuo perante uma situação de ameaça inesperada, ele é necessario para a moldagem das pessoas ao meio e para conservação das espécies. Com o advento da pandemia, Isso ficou evidente nas respostas dos entrevistados como: “ desde o começo da pandemia, alguns começaram a me procurar por causa do medo”; “ as pessoas também estão com medo da morte”; “ é como se o medo estivesse inserido no cotidiano das pessoas como algo mais concreto”.

A subcategoria Incerteza refere-se a dentro do contexto pandemia, como uma situação onde não se pode prever exatamente o efeito de uma condição, a condição de estar passando por um processo de pandemia. Representada nas seguintes declarações: “ se passou a viver o presente com uma incerteza do futuro”; “ como é que vou trabalhar?”, “ o que vai ser depois?”.

No tocante à subcategoria Ansiedade, é uma reação considerada normal diante de situações estressantes quando esta não interfere na funcionalidade das pessoas, quando ela se torna excessiva, pode causar adoecimento psicológico e na percepção dos entrevistado em detrerimento da pandemia, muitos sofreram com essa situações. Isso é identificado nas

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seguintes falas: “ A ansiedade foi e é a maior das demandas trazidas”; “ todos estavam muito ansiosos”.

Em relação à subcategoria Luto, luto significa um sentimento profundo de tristeza e pesar pela morte de alguem, que dentro desse processo de pandemia teve que ser trabalhado por envolver perdas em diversos contextos. Como nas seguintes falas: “ Era trabalhado mais o luto”;

“ muitos vivenciaram o luto mesmo não tendo covid”.

Sobre a subcategoria Valorização da Vida, na percepção dos entrevistados, essa categoria demonstrou como a pandemia modificou o sentido do valor da vida, através da experiência vivida como psicólogo. Como podemos ver nas seguintes falas: “ tudo isso veio para trazer um sentido diferente para a vida”; “de ser menos rigorosos com as coisas”; “ dar valor a sua familia”.

No que se refere a subcategoria Pânico, é uma crise psicológica caracterizada pelas repentinas crises de medo ou mal-estar intenso acompanhada de sintomas físicos e cognitivos e que nesse processo de pandemia foi identificado como uma das consequências psicológicas pelos entrevistados como: “ Crises de pânico”; “transtornos de pânico”.

A subcategoria Vulnerabilidade descreve a forma précaria da população sob a percepção dos entrevistados, no tocante a uma estabilidade emocional envolvida no processo de pandemia. Conforme as expresões como: “ A mudança em seu cotidiano agravaram muito as rotinas, os deixando muito mais vulneráveis”; “As pessoas estão muito fragilizadas”.

A terceira categoria é mudanças comportamentais, buscou analisar quais foram as mudanças comportamentais que foram mais associadas à vivencia da pandemia através da percepção do profissional baseado na fala dos pacientes. Essa categoria possui 74 (21,39%) unidades temáticas, divididas nas seguintes subcategorias: isolamento (f=18, 5,20%); relações familiares (f= 13, 3,76%); insônia (f= 5, 1,44%); habitos alimentares (f=14, 4,05%); rotina (f=11, 3,18%); autopercepção (f=13, 3,76%).

Na subcategoria Isolamento,devido a necessidade de afastamento social para evitação da propagação do virus, os governantes impuseram o isolamento como estratégia para contenção da circulação do vírus e isso impactou. Podemos ver nas declarações: “ o fato de estar isolado impactou demais o lado emocional das pessoas”; “ a covid faz você sentir mais dor por não poder estar com as pessoas queridas”.

Em relação à subcategoria Relações Familiares, está associada a mudanças comportamentais ocorridas dentro deste processo de pandemia e dentro deles ocorreram, de acordo com os entrevistados: “conflito nas relações entre casais”; “conflitos nas relações com o outro”; “mudanças na reorganização familiar”.

A subcategoria Insônia, foi uma das alterações percebidas pelos entrevistados que

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modificou o comportamento de seus pacientes. Significa uma alteração no sono e isso se comprova nas seguintes falas: “ querendo dormir demais para fugir do que estava vivendo”; “ quando o paciente tinha o sono irregular e precisava ir trabalhar, eu fazia indicação de psiquiatra.”

Sobre a subcategoria Hábitos Alimentares, relaciona-se sobre a percepção sobre a comida ou bebida em determinado contexto social, no contexto pandêmico, caracterizou como uma das mudanças comportamentais ocorridas, conforme podemos verificar nas frases: “ eu percebi que as pessoas começaram a comer mais e a beber mais como uma forma de compensar o sofrimento”; “ compulsão”; “aumento do apetite”.

No tocante à subcategoria Rotina, refere-se a toda a modificação sofrida durante a pandemia que influenciou de forma direta na modificação de todas as tividades importantes que antes era desenvolvida de uma forma e depois passou a ser desenvolvida de outra forma. Isso é identificado nas seguintes falas: “ ter que forçar-se a uma nova rotina foi um desafio muito grande”; “ muita gente teve que se reinventar”.

A subcategoria autopercepção, esta associada a como foi a compreensão das pessoas sobre suas atitudes e suas crenças tendo como base o seu comportamento dentro desse processo de pandemia de acordo com as sentenças recolhidas nas entrevistas: “as pessoas tiveram que lidar, entrar em contato com suas próprias emoções e não souberam fazer isso”; “ as pessoas tem se olhado mais”; “ estão mais atentas a si mesmo”.

A quarta categoria é Áreas da vida vulnerável, buscou analisar quais foram as àrea da vida quemais sofreram e se tornaram as mais vulneraveis associadas a vivencia da pandemia através da percepção do profissional baseado na fala dos pacientes. Essa categoria possui 33 (9,54%) unidades temáticas, divididas nas seguintes subcategorias: emocional (f=18, 5,20%);

financeiro( f= 13, 3,76%); politica (f=2, 0,57%).

Na subcategoria Emocional, relaciona-se com a situação de equilíbrio, risco, ou fragilidade emocional desenvolvida pelos diversos fatores da pandemia. Conforme justificado pelas falas: “ Um dos fatores mais evidenciados nos pacientes da covid-19 para a melhora de sua recuperação foi o equilibrio emocional”; “ A área psicológica, emocional teve um impacto maior e com ela abalada, desetrutura o restante”.

No tocante a subcategoria Financeiro, este concerne nas dificuldades financeiras declaradas nas falas dos entrevistados como um dos motivos de vulnerabilidade na vida das pessoa dentro desse processo de pandemia, como por exemplo: “ Eu acho também que a perca financeira esta acabando com algumas familias”.

A subcategoria Política, importa nos riscos vulnerabilidade decorrentes da política e sua assistência ou desassistência na vida das pessoas neste processo pandêmico. Conforme as

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declarações: “As questões politicas também foram um dos estressores”; “ a pandemia virou uma entidade polarizada”.

A quinta categoria é Vivência Profissional, buscou analisar quais foram as perepções das vivências profissionais que foram mais relatadas pelos entrevistados nesse contexto da pandemia. Essa categoria possui 62 (17,92%) unidades temáticas, divididas nas seguintes subcategorias: ajudar o outro (f=7, 2.02%); reconhecimento profissional (f= 11, 3,18%);

aumento da demanda (f= 21, 6,07%); autocuidado (f=14, 4,05%); vivência do luto (f=9, 2,60%).

Com relação à subcategoria Ajudar o outro, relaciona-se com a vivência da realização profissional associada à tarefa nobre e essencial de ajudar ao próximo, demonstrado nas falas dos entrevistados: “ Não tenho palavras para descrever como foi ter e dar esse amparo psicológico diante desta situação que estamos vivendo”; “ me senti muito útil”.

Na subcategoria Reconhecimento Profissional, notou-se que diante da necessidade do cuidado com a saúde mental nesse processo pandêmico, e na percepção dos entrevistado, houve uma valorização profissional que pode ser verificado nos seguintes discursos: “ as pessoas agora é que enxergaram o que é um profissional da psicologia, houve uma valorização do trabalho”;

“ Então, é de extrema importância e uma forma de ver esse reconhecimento é ver o aumento que teve de psicólogos contratados dentro de hospitais e outras instituições”.

No que se refere a subcategoria aumento da demanda, detectou que diante da necessidade de traramento psicológico devido aos problemas originados pela pandemia, houve um aumento da demanda psicológica verificada nas seguintes declarações: “ Houve uma procura muito grande”; “ aumentou cerca de 60% a procura nesse momento”; “ a minha demanda dobrou”.

Sobre a subcategoria Autocuidado, abrange as ações que os entrevistados realizaram com o objetivo de preservar a saude e ou de prevenir o adoecimento diante da vivência na sua subjetividade, bem como no compromisso psicológico no cuidado psicológico com o proximo.

Conforme justifcado pelas falas: “ precisamos cuidar da gente para poder cuidar do outro”; “o fato de ser profissional e estar bem de saúde não me exclui de nenhum grupo de cuidados”;

“precisamos estar em terapia”.

Com relação à subcategoria Vivência do Luto, esta relacionado ao reconhecimento do luto que também foi vivenciado de forma pessoal, pelas perdas de pessoas queridas demonstrado nas segintes falas: “ eu fui vitima também, além de ter covid, eu perdi duas pessoas queridas”; “ a maioria das coisas eu também senti”; “ eu também passei por luto”.

A sexta categoria é Contribuição Psicológica, buscou analisar quais foram as contribuições psicológicas que foram mais associadas à vivência da pandemia através da percepção do profissional. Essa categoria possui 16 (4,62%) unidades temáticas, divididas nas

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seguintes subcategorias: suporte emocional (f=9, 2,6%); valorização do cuidado com a saúde mental (f=7, 2,02%).

No tocante a subcategoria Suporte Emocional, entende que na percepção dos entrevistados, a psicologia tem contribuído para a saúde mental das pessoas através de todo apoio psicológico. Representado nas seguintes declarações: “ A psicologia nesse momento vem dando suporte tanto para a população como para as equipes de saúde que estão à frente no cuidado da covid”; “ a psicologia tem trazido um grande apoio com relação ao emocional”; “ foi o pilar de sustentação”.

Na subcategoria Valorização do cuidado com a saúde mental, constatou que diante do processo pandemico, as pessoas vem reconhecendo a necessidade de cuidar da saúde mental.

Conforme elucidado nas exteriorizações como: “ os psicólogos foram de suma importância nesse processo, mostrando que sem saúde mental não há saude”; “ nunca foi tão importante para todos aqueles que, reconhecendo suas necessidades emocionais, procuram um psicólogo para tratamento”.

A sétima categoria e última, Futuro da Psicologia , buscou analisar quais foram as percepções dos entrevistados sobre o futuro da psicologia pós pandemia. Essa categoria possui 22 (6,36%) unidades temáticas, divididas nas seguintes subcategorias: crescimento (f=12, 3,47%); mudanças na profissão (f=6, 1,73%); pessoas mais adoecidas (f=4, 1,15%).

Com relação a subcategoria Crescimento, notou-se que com relação ao futuro da psiclogia, háuma oercepção de que a psicologia vem crescendo muito e isso fica claro nas falas:

“ o mercado de trabalho já estar bom para os que estão iniciando e ainda vai aumentar”; “ acho que a psicologia vai ser mais demandada do que qualquer outra fase vivida pela humanidade”.

Sobre a subcategoria Mudanças na profissão, apresentou concepções de que com todas essas mudanças sociais, psicologicas , econômicas e politicas, a psicologia também vem se transformando, é o que expõe as segintes falas dos entrevistados: “ O futuro da psicologia é o futuro da ciência de uma maneira geral, de investigar mais, de ouvir mais o ser humano, de compreender mais e de encontrar novas alternativas para esse ser humano novo que se insere nesse momento”; “ novas formas de atendimento e abordagens vão se desenvolver”.

Por fim, dentro da tabela de categorização de análise, temos a última subcategoria pessoas mais adoecidas, a qual declara na concepção dos entrevistados que pós pandemia havera um numero consideravel de pessoas adoecidas. Conforme expressões como: “ eu acho que pós pandemia vai se vivenciar um prejuizo emocional muito grandenas pessoas”; “ vai vir uma demanda de adoecimento da saude mental por conta dessas ansiedades, desses medos”.

DISCUSSÃO

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No que tange ao objetivo desse estudo caracterizar o perfil sociodemografico da amostra, verifica-se a predominância da atuação do gênero feminino, sendo essas casadas,com pós graduação em especialização. Os dados obtidos corroboram com os números demonstrados pelo site do Conselho Federal de Psicologia que demonstraram até o dia 20/05/21, como sendo 5.159 psicólogas do sexo feminino, 917 psicólogos do sexo masculino e 289 não informado, na Paraiba.

A análise de conteúdo das respostas dos psicólogos(as) busca identificar qual foi a percepção dos entrevistados sobre as contribuições da Psicologia para a saúde mental das famílias afetadas pelo covid-19, na cidade de João Pessoa, caracterizada com objetivos principais desta pesquisa.

É notório que a percepção de que todo esse processo pandêmico vivido de forma mundial trouxe complexas consequências psicológicas para a humanidade, pois mesmo acontecendo de forma simutânea em vários e diferentes países, estados e cidades, com suas variadas culturas, o processo de adoecimento mental está ocorrendo de forma universal. Nessa pespectiva, os desastres são produtos e processos decorrentes da transformação e do crescimento da sociedade, do modelo global de desenvolvimento adotado, dos fatores socioambientais relacionados ao modo de vida que produzem vulnerabilidades sociais, e portanto, vulnerabilidade a desastre (SANT’ANNA FILHO, 2017.p.12).

Os dados obtidos na categoria consequências psicológicas, evidenciam o medo, a incerteza e a ansiedade como principais características decorrentes do processo de adoecimento dentro deste processo de pandemia. Ainda conforme destaca Sant’anna Filho (2017.p.24), os desastres podem provocar medo, horror, sensação de impotência, confrontação com a destruição, com o caos, com a própria morte e/ou de outrem, bem como perturbação aguda em crenças, valores e significados. Para haver um desastre, é necessária a combinação de um conjunto de fatores, como ameaças, exposição, condições de vulnerabilidade e insuficiente gestão integral de riscos.

Isso tudo também corrobora com os dados obtidos na categoria áreas vulneráveis, onde se sobressaíram as subcategorias: emocional, financeira e política como sendo as áreas da vida mais afetadas nesse contexto vivenciado pelos pacientes. A definição da Nações Unidas para a Redução dos Riscos de Desastres (UNISDR) vem reforçar esse embasamento anterior com a sua definição sobre desastre, no qual diz ser: uma séria interrupção no funcionamento de uma comunidade ou sociedade que ocasiona uma grande quantidade de mortes e igual perda e impactos materiais, econômicos e ambientais que excedem a capacidade de uma comunidade ou da sociedade afetada para fazer frente a situação mediante o uso de seus proprios recursos

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(THE UNITED NATIONS INTERNATIONAL STRATEGY FOR DISASTER REDUCION, 2009.p.9 apud SANT’ANNA FILHO, 2017.p.23).

No que tange às categorias mudanças comportamentais; não é de hoje que a humanidade sofre com desastres, catastofres, guerras; embora o homem tenha passado por diversas crises desde a antiguidade, uma coisa é certa, ele nunca estará preparado para reagir ao imprevisto, ao inesperado, ao repentino, ao súbito. E mesmo tendo tantas pessoas, em tantas gerações, passado por crises assim, não há um padrão de comportamento pre-existente, cada pessoa reage de forma diferente as fases de choque e de recuperação. Estudos de laboratório mostram que os indivíduos tomados pela surpresa se assustam ou caem aturdidos. Produzem respostas falsas ou nenhuma resposta. Não há nada para o que os seres humanos estão mais mal preparados, ou o cérebro humano mais mal equipado, que a surpresa. (MORENO, 1975,p.97 apud SANT’

ANNA FILHO, 2017.p.22).

Por fim; as consequências psicológicas depois de uma pandemia são próvaveis, dada a situação de estresse, angústia , incerteza, medo e ansiedade. De acordo com o CFP, o papel do psicólogo é realizar pesquisa, diagnóstico e intervenção psicopedagógica individual ou em grupo. Participa também da elaboração de planos e políticas referentes ao Sistema Educacional, visando promover a qualidade, a valorização e a democratização do ensino. Porém , inclui também a prevenção e redução de desastres, bem como, o tratamento das consequências psicológicas oriundas de um evento adverso (MELO; SANTOS, 2011).

Mesmo sendo a psicologia de desastres e emergencias um ramo recém chegado da psicologia, e diante de uma realidade tão urgente de mudanças e crescimento por conta da pandemia, ela desenvolve um papel primordial no processo de reconstrução social e psicológica da sociedade. E isso significa também dizer que ela também vive o seu processo de transformação em seus processos de acolhimento, orientação, reeladoração e escuta, como é percebido na categoria procedimentos utilizados e nas subcategorias crescimento e mudanças na profissão da categoria futuro da psicologia pós pandemia.

Conforme o relato cronológico fornecido pelas resoluções no site do CFP, o atendimento online teve seu início no ano de 2012, a qual limitavasse apenas a 20 sessões para atendimento eventual de clientes em trânsito e/ou de clientes que momentaneamente se encontrassem impossibilitados de comparecer ao atendimento presencial. A partir da Resolução CRP n. 11/2018, o atendimento online é renovado e os profissionais da Psicologia podem oferecer consultas ou atendimentos por diferentes tipos de maneira síncrona ou assíncrona, desde que garanta o sigilo das informações; e atualmente, a partir do ano de 2020, houve uma nova atualização sobre a regulamentação dos serviços psicológicos por meio da tecnologia da informação e da comunicação durante a pandemia do covid-19 que condiciona

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a prestação de serviço a um cadastro prévio na plataforma e-Psi junto ao respectivo Conselho Regional de Psicologia. Confirmando desta maneira a hipotese de que, ao deparar-se com esta nova experiencia da pandemia do covid-19, a psicologia contribuiu na assintência às familias afetadas na pandemia do covid-19 no municipio de João Pessoa..

CONCLUSÃO

A presente análise não encerra em si o estudo sobre a contribuição da Psicologia na assistência às famílias afetadas pela pandemia do covid-19, visto que o tema possui nuances possíveis para pesquisas futuras, neste estudo buscou-se compreender qual foi a contribuição da psicologia no atendimento às famílias afetadas pela covid-19 no município de João Pessoa.

Verificou-se que a relação do homem com seu meio e os problemas emocionais são conhecidos há mais de três mil anos e isso não modifica a situação de vulnerabilidade psíquica diante de um evento inesperado e traumático. O homem na sua conjutura irá sempre ter adoecimento psíquico, o diferencial são as formas de tratamentos e de tecnologias que auxiliam nessa empreitada de tentar previnir e de tratar das consequências psicológicas advindas dos sofrimentos vividos.

A psicologia como um todo vem demonstrando sua grande relevância como ciência nesse processo de reconstrução psíquica e social, principalmente agora com o advento da pandemia do covid-19, que através da restrição social imposta pelos governantes, desencadeou experiências traumáticas nas pessoas, embora com intensidades diferentes, dependendo do grau de vulnerabilidade, modificou para todos. Em algum grau a maneira de viver e de exergar o mundo e todo o seu ecosistema. A humanidade já passou por várias epidemias e devido a globalização enfrentará tantas outras que necessitará de ajuda para a inabilidade de enfrentamento de situações imprevisíveis e previsíveis que tragam sofrimento psíquico, implementando meios para a regulação psíquica.

As limitações deste estudo recai sobre a dificuldade de entrevistar mais psicólogos do município de João Pessoa, em decorrência do decreto de isolmento e da disponibilidade dos profissionais, mesmo tendo ocorrido de forma virtual.

Recomenda-se mais pesquisas nessa área, visto a necessidade de conhecimento e aperfeiçoamento no que tange as práticas psicológicas no processo de emergência e desastres.

Sugere também maior aprofundamento no que tange às políticas públicas voltadas para a prevenção e tratamento do adoecimento psíquico.

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CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução n°04/2020. Dispõe sobre regulamentação de serviços psicologicos prestados por meio de tecnoogia da informação e da comunicação durante a pandemia do covid-19. Em http://site.cfp.org.br/nova-resolução- do-cfp-categoria-sobre-atendimento-on-line-durante-pandemia-covid-19/

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