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Os efeitos de um programa de exercício combinado e restrição alimentar de 21 dias sobre fatores de risco da síndrome metabólica de mulheres idosas

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Escola de Medicina

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia

OS EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO

COMBINADO E RESTRIÇÃO ALIMENTAR DE 21 DIAS SOBRE

FATORES DE RISCO DA SÍNDROME METABÓLICA DE

MULHERES IDOSAS

Brasília - DF

2015

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AMANDA ALVES DA SILVA

OS EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO COMBINADO E

RESTRIÇÃO ALIMENTAR DE 21 DIAS SOBRE FATORES DE RISCO

DA SÍNDROME METABÓLICA DE MULHERES IDOSAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Gerontologia.

Orientadora: Profa. Dra. Gislane Ferreira de Melo

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7,5cm

Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

S586e Silva, Amanda Alves da.

Os efeitos de um programa de exercício combinado e restrição alimentar de 21 dias sobre fatores de risco da síndrome metabólica de mulheres idosas. / Amanda Alves da Silva – 2015.

55 f.; il.: 30 cm

Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2015. Orientação: Profa. Dra. Gislane Ferreira de Melo

1. Gerontologia. 2. Exercício físico. 3. Dieta. 4. Idosas. 5. Síndrome Metabólica. I. Melo, Gislane Ferreira de, orient. II. Título.

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente à Deus, por me abençoar durante toda minha vida e por me dar força, sabedoria, motivação e coragem para chegar até aqui, mesmo com todas as adversidades e obstáculos que apareceram em meu caminho e por colocar pessoas maravilhosas ao meu redor que contribuíram e continuam contribuindo para minha evolução.

Aos meus pais, Zequinha e Socorro, que me mostraram o que é o amor, a educação, sinceridade, cumplicidade e a força. Obrigada pela compreensão, ao serem privados muitas vezes da minha companhia e atenção e pelo apoio, sempre acreditando em mim e me dando forças para nunca desistir dos meus sonhos. Obrigada por tudo que fizeram por mim para que eu pudesse superar todos os obstáculos em meu caminho e chegar até aqui e principalmente, por todo amor que tem por mim. Vocês são minha vida! Amo-os demais.

Aos meus irmãos, Alan e Alex, pela parceria e carinho.

Aos meus sobrinhos, Gaby, Ryan, Thalissa, Victor, Jhulli, Mirella, Camilly e Yara pela alegria da existência de vocês. Obrigada por cada abraço, por cada “Eu te amo”, por cada “Tia, ‘tô’ com saudade” que fazem meus dias mais alegres.

Agradeço a minha orientadora, amiga e companheira, profa. Dra. Gislane Melo, pelas orientações, aprendizados, ajuda e apoio na realização deste trabalho, além da amizade, paciência, incentivo e por sua dedicação, que por muitas vezes deixou de lado seus momentos de descanso para me ajudar e orientar. E, principalmente, obrigada por sempre ter acreditado e depositado sua confiança em mim desde a licenciatura. Sem a sua orientação, apoio e confiança, todo esse caminho percorrido até aqui, nada disso seria possível. Agora eu entendo muito bem o significado da palavra orientadora, você é amiga, profissional, está sempre disposta a ouvir, a aconselhar e ajudar no que for preciso. Obrigada por tudo!

Aos colegas de Iniciação Científica, Juliane, Letícia Có e Éric, pois sem vocês o acompanhamento às idosas, nesse projeto, ficaria impossível. Obrigada pela amizade, pelas risadas e por todo aprendizado.

Aos meus colegas e amigos, em especial à Dani, Fátima, Ivan, Claudinha, Thaty, Gracindinha, Keila e Dinoré, por compreenderam minhas ausências e angústias. Obrigada pelo carinho de vocês. Vocês são muito especiais para mim.

Às idosas voluntárias, pela participação indispensável nesse estudo.

A todos os professores da UCB pelo aprendizado adquirido em nossas aulas. Ao PIBID/CAPES pela bolsa de estudos durante todo esse processo.

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RESUMO

A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada por um grupo de fatores de riscos metabólicos, tais como a obesidade abdominal, a hipertensão arterial sistêmica, as dislipidemias (triglicerídeos elevados e HDL reduzido) e a resistência à insulina ou o diabetes mellitus tipo 2, chegando a uma prevalência de 43% em indivíduos idosos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de um programa de 21 dias consecutivos de exercício físico combinado (treinamento resistido e aeróbio) e restrição alimentar sobre os fatores de risco da SM em mulheres idosas. O programa de treinamento foi realizado com duração de 2 horas, sendo 15 minutos de alongamento, 1 hora de exercício resistido (supino, leg press, mesa abdutora, mesa adutora, crucifixo, bíceps, tríceps e panturrilha sentada) – 3 séries de 8 a 12 repetições com descanso de 1’30”; meia hora de caminhada em intensidade que variou de 65 a 75% da frequência cardíaca e mais 15 minutos finais de alongamento. A restrição calórica foi de 30% da taxa metabólica. Para tanto, participaram da amostra 22 mulheres diagnosticadas com SM conforme critério de NCEP/ATP III, com idade média de 66,32±3,99 anos. Os resultados mostraram que houve uma redução significativa (p≤0,05) de todos os fatores da SM e melhora na composição corporal de mulheres idosas. Houve uma redução percentual de 2,9% na gordura corporal, 6,67% na circunferência abdominal, 21,97% nos triglicerídeos, 19,23% LDL e um aumento no HDL de 14,9%. Com estes resultados pode-se concluir que 21 dias de exercício físico combinado em intensidades moderadas em conjunto com uma restrição alimentar é capaz de alterar os fatores de risco da SM em mulheres idosas.

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ABSTRACT

The metabolic syndrome (MS) is characterized by a group of metabolic risk factors such as abdominal obesity, hypertension, dyslipidemia (high triglycerides and low HDL) and insulin resistance or type 2 diabetes mellitus, reaching a prevalence of 43% in the elderly. How to evaluate the effects of a consecutive 21-day program combined exercise (aerobic and resistance training) and feed restriction on the MS risk factors in older women. The training program was held lasting 2 hours and 15minutes of stretching, resistance exercise 1 hour (bench press, leg press, table abductor, adductor table, crucifix, biceps, triceps and calf sitting) - 3 sets of 8 to 12 repetitions with rest of 1'30"; half hour walk intensity ranging from 65 to 75% of the heart rate and 15 minutes of stretching. Caloric restriction has 30% of the metabolic rate. Therefore, part of the sample 22 women diagnosed with MS as criteria of NCEP / ATP III, mean age 66.32 ± 3.99 years. The results showed a significant reduction (p = 0.05) of all the factors of MS and improved body composition of elderly women. There was a 2.9% percent reduction in body fat, waist circumference 6.67%, 21.97% in triglycerides, LDL and 19.23% increase in HDL by 14.9%. With these results, we can conclude that 21 days combined in moderate exercise intensities in conjunction with a dietary restriction is able to change the MS risk factors in elderly women.

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LISTA DE ABREVIATURAS

AF - Atividade física

CA - Circunferência Abdominal CC - Circunferência da Cintura CP – Circunferência do Pescoço

CCI - Centro de Convivência de Idosos CT - Colesterol total

DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis DM - Diabetes Mellitus

DM2 - Diabetes Mellitus Tipo 2

DMID - Diabetes Mellitus Insulinodependente DMNID - Diabetes Mellitus Não Insulinodependente EA - Exercícios Aeróbios

FC - Frequência Cardíaca

HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica HDL - Lipoproteínas de alta densidade

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDF - International Diabetes Federation

IMC - Índice de Massa Corpórea

LDL - Lipoproteínas de baixa densidade

LEFES - Laboratório de Fisiologia de Esforço e Treinamento

NCEP ATP III - National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III OMS - Organização Mundial da Saúde

PA - Pressão Arterial

PAD - Pressão Arterial Diastólica PAS - Pressão Arterial Sistólica RCQ - Relação Cintura Quadril RI - Resistência à Insulina RM - Repetição Máxima SM - Síndrome Metabólica

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TG - Triglicerídeos

TR - Treinamento resistido isolado

VLDL - Lipoproteínas de muito baixa densidade VO2máx. - Consumo máximo de oxigênio

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 11

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 14

2.1 ENVELHECIMENTO ... 14

2.2SÍNDROME METABÓLICA ... 15

2.2.1 Conceito e classificação ... 15

2.2.2 Componentes da Síndrome Metabólica ... 18

2.2.2.1 Obesidade ... 18

2.2.2.2 Hipertensão Arterial Sistêmica ... 19

2.2.2.3 Dislipidemia ... 20

2.2.2.4 Diabetes Mellitus ... 21

2.3 EXERCÍCIO FÍSICO E SÍNDROME METABÓLICA ... 22

3 OBJETIVOS ... 25

3.1 GERAL ... 25

3.2 ESPECÍFICOS ... 25

4 ARTIGO ... 26

5 CONCLUSÃO ... 44

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 45

7 APÊNDICES ... 52

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1 INTRODUÇÃO

A população brasileira está envelhecendo numa velocidade maior do que a das sociedades mais desenvolvidas, o que produzirá grande impacto nos sistemas de saúde. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011) o número de pessoas acima de 60 anos já soma 23,5 milhões, mais do que o dobro do registrado em 1991, quando contabilizava 10,7 milhões de idosos. O número de pessoas nesta faixa etária aumentou cerca de 7,6% em apenas dois anos – 2009 para 2011. Este crescimento do número de idosos brasileiros é o reflexo do baixo crescimento populacional aliado a menores taxas de natalidade e fecundidade (IBGE, 2011; LIMA; DUARTE, 2014).

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo que envolve uma sequência de alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas, psicológicas e sociais, as quais determinam perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente (PAPALÉO NETTO, 2007). Trata-se, então, de um processo individual em que cada ser humano envelhece em ritmo próprio (PAPALÉO NETTO, 2007; NORDON et al., 2009; TEIXEIRA; DONATTI; CANONICI, 2009; LIMA; DUARTE, 2014).

Apesar de haver essa variação, o processo de envelhecimento tem um limite entre senescência e senilidade, ou seja, há o envelhecimento resultante de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas próprias do envelhecimento normal – senescência; e o envelhecimento caracterizado pelas doenças comuns do idoso – senilidade (PAPALÉO NETTO, 2007).

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BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA et al., 2005; BASSAND, 2006; COELHO; BURINI, 2009; GLANER; PELEGRINI; NASCIMENTO, 2011).

Atualmente a SM é descrita por um conjunto de anormalidades metabólicas como obesidade abdominal definida pela circunferência da cintura (≥ 88 cm para mulheres e ≥ 102 cm para homens), altos níveis de triglicerídeo (≥150mg/dL), colesterol HDL baixo (< 50 mg/dL para mulheres e < 40 mg/dL em homens), hipertensão (pressão arterial sistólica - PAS ≥ 130mHg e pressão arterial diastólica - PAD ≥ 85 mmHg) e glicemia de jejum (˃ 110 mg/dL) ou DM2 (PAULI et al., 2006; CABRERA et al., 2007; TEIXEIRA; DONATTI; CANONICI, 2009; AKBARALY et al., 2010; BANKOSKI et al., 2011; CIUCUREL; ICONARU, 2012; COLOMBO et al., 2013; TSAI; WU, HSU, 2014; VALMORBIDA et al., 2013). Segundo o National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (EXPERT PANEL ON DETECTION, et al., 2001) para um indivíduo ser considerado sindrômico o mesmo precisa apresentar pelo menos três das cinco desordens citadas anteriormente.

A prevalência da SM aumenta com a idade, atingindo altos valores como 43,5% dos indivíduos com idade entre 60-69 anos e 42% entre os indivíduos com 70 anos ou mais (CHENG et al., 2012). Como se não bastasse à presença de alterações nestes cinco fatores de risco, Ciucurel e Iconaru (2012) inferem que mulheres idosas com SM apresentam maiores níveis de depressão que aquelas que não são sindrômicas, sendo que este percentual chega a ser três vezes maior nas sindrômicas. Corroborando com o estudo de (ARAÚJO, 2013), que relata que idosas com SM demonstraram ter baixo desempenho das funções cognitivas quando comparadas às idosas sem SM.

As recomendações para o tratamento da SM são as mais diversas e relacionam-se principalmente com as intervenções de mudança de estilo de vida, como dieta equilibrada, prática de exercício físico e, a intervenção medicamentosa para aqueles que estão em alto risco de doenças cardiovasculares (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2003; CIOLAC; GUIMARÃES, 2004; BASSAND, 2006; GRUNDY, 2007; DA SILVA ROCCA et al., 2008; COLOMBO et al., 2013).

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Apesar do grande número de estudos encontrados na literatura sobre exercício físico e dieta no controle a SM, ainda não há uma definição de qual o tempo mínimo necessário para que se observem alterações nos fatores de risco da SM. Estudos encontrados na literatura, relatam os efeitos de 8 semanas de exercício no tratamento da síndrome (TIBANA; PRESTES, 2013), 12 semanas (STENSVOLD et al., 2010; SELIGMAN et al., 2011; COLOMBO et al., 2013; VALMORBIDA et al., 2013), 14 semanas (FAGHERAZZI; DIAS; BORTOLON, 2008; GEISLER et al., 2011), 16 semanas (CASTANEDA et al., 2002; TJØNNA et al., 2008; WILLIAMS et al., 2011), seis meses (STRASSER et al., 2009), oito meses (BATEMAN et al., 2011), os quais em sua maioria trabalharam com exercício aeróbio em intensidade moderada (TJØNNA et al., 2008; STRASSER et al., 2009; GEISLER et al., 2011; SELIGMAN et al., 2011; COLOMBO et al. 2013). O mesmo acontece com artigos que estudam a influência do treinamento resistido acompanhados ou não de restrição calórica (STRASSER et al., 2009; TIBANA; PRESTES, 2013; TIBANA et al.; 2014).

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ENVELHECIMENTO

O envelhecimento da população brasileira vem crescendo de forma acelerada nas últimas décadas e isso se deve ao declínio das taxas de fecundidade e à diminuição das taxas de mortalidade (RAMOS et al., 1987; SILVA, 2005; IBGE, 2011; LIMA; DUARTE, 2014). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011) nos próximos 20 anos a população acima de 60 anos vai mais do que triplicar, passando dos atuais 23,5 milhões (11,5% da população) para 88,6 milhões (39,2%).

Em 1980 a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de 62,5 anos, uma diferença de 12,4 anos em relação a 2013, a qual registrou 74,9 anos (IBGE, 2011). Essa expectativa de vida aumenta a cada dia e de acordo com as projeções do IBGE (2011), em 2020, a média de vida do brasileiro alcançará 76,7 anos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera idoso todo indivíduo com 60 anos ou mais que reside em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais os residentes em países desenvolvidos (GONTIJO, 2005). Silva (2005) chama a atenção para não limitar o indivíduo como idoso levando em conta apenas a idade cronológica, mas também as idades biológica, psicológica e social, que não necessariamente coincidem com a cronológica, para assim compreender melhor a velhice.

A idade biológica se refere às modificações físicas e biológicas entre indivíduos de uma mesma sociedade que pode ocorrer de maneiras diferenciadas. A idade psicológica refere-se às modificações cognitivas e afetivas ocorridas ao longo da vida e a idade social diz respeito aos papéis que o indivíduo, pode, deve, pretende e deseja desempenhar na sociedade (SILVA, 2005).

Mediante essas observações, o envelhecimento é conceituado como um processo gradual, complexo, universal, dinâmico, progressivo e irreversível no qual ocorrem modificações morfológicas, funcionais, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, provocando uma perda da capacidade de adaptação do indivíduo com o meio ambiente (PAPALÉO NETTO, 2007; NORDON et al., 2009; TEIXEIRA; DONATTI; CANONICI, 2009; LEITE et al., 2012).

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redução do número de células musculares, aumento na pressão arterial, aumento do colesterol, aumento de gordura corporal de um modo especial em torno da cintura pélvica, redução na produção hormonal, diminuição da produção de secreção salivar, diminuição na capacidade de absorção de nutrientes, entre outras (JANI; RAJKUMAR, 2006; FECHINE; TROMPIERI, 2012; LIMA; DUARTE, 2014). Diante de tantas alterações fisiológicas, bem como de uma ingesta calórica exacerbada e inadequada, pouca ou inexistência da prática de exercício físico, observa-se que estão cada vez mais presentes as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) na população idosa (LIMA; DUARTE, 2014).

As DCNT como as doenças cardiovasculares, diabetes, acidente vascular cerebral (AVC), obesidade, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, artrite, osteoporose, câncer, são hoje as principais causas de morbidade de idosos, incapacidade e mortalidade em todo mundo (WHO, 2012; IBGE, 2011; FARIAS et al., 2013). Dentre as DCNT cabe ressaltar o cuidado que o mundo está tendo com relação a obesidade, tratada como epidemia mundial, uma vez que esta apresenta alta relação com o diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, dislipidemias e, consequentemente com a síndrome metabólica (LIMA; DUARTE, 2014).

A síndrome metabólica (SM), por se associar a vários fatores de risco cardiovascular, constitui um grave problema de saúde pública no Brasil e ao redor do mundo (RIGO et al., 2009; MURUCI; FRANCISCO; RIBEIRO ALVES, 2015).

2.2 SÍNDROME METABÓLICA

2.2.1 Conceito e classificação

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Os primeiros relatos relacionados com a SM ocorreram na década de 20, embora tenha sido mais bem descrita a partir da década de 80. Em 1921, Karl Hitzenberger e Martin Richter-Quittner, em Viena, descreveram a SM pela primeira vez (PAULI et al., 2006; FERRARI, 2007). Em 1988, Gerard Reaven, do departamento de Medicina Cardiovascular da Universidade de Stanford, na Califórnia, denominou de “Síndrome X” seu achado de anormalidades metabólicas e hemodinâmicas em um mesmo indivíduo. Essas anormalidades eram: resistência insulínica; dislipidemia, com a presença de valores elevados de triglicerídeos combinados com baixas concentrações de HDL e elevação de Pressão arterial (REAVEN, 1988; LOPES, 2003). Em 1989, a obesidade abdominal foi incorporada como outro fator importante da SM, com isso Kaplan sugeriu que o nome passasse a ser “Quarteto Mortal” (KAPLAN, 1989).

Em 1998, um grupo de consultores da Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu como critério mais importante e indispensável, a hiperglicemia e mais duas alterações, conforme tabela 1, tornando-se previamente conhecida como “Síndrome de Resistência à Insulina” (GODOY-MATOS et al., 2009). Neste momento, optou-se por nomear a “Síndrome de Resistência à Insulina” de Síndrome Metabólica.

Tabela 1 – Componentes da SM segundo a OMS utilizada em 1998

OMS (1998)

Critério SM Diagnóstico se alteração de glicemia e mais dois critérios.

Glicose Intolerância à glicose, DM2 ou RI

Antropometria IMC ˃ 30Kg/m2 e RCQ ˃ 0,9 para Homens e ˃ 0,85 para

Mulheres

TG e HDL TG ≥ 150 mg/dL ou HDL ˂ 35 H para Homens e ≤ 39 para

Mulheres

Pressão Arterial

Outros

Uso de anti-hipertensivos ou PA ≥ 140 x 90 mmHg

Microalbuminúria (excreção de albumina em amostra noturna > 20 mcg/min) ou razão albumina/creatinina ≥ 30 mg/g

OMS = Organização Mundial de Saúde; SM = Síndrome Metabólica; DM2 = Diabetes Mellitus Tipo 2; RI = Resistência à Insulina; IMC = Índice de Massa Corpórea; RCQ = Relação Cintura Quadril; TG = triglicerídeos; HDL = Lipoproteínas de Alta Densidade; PA = Pressão Arterial.

Fonte: GODOY-MATOS et al. (2009)

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avaliação da SM, acompanhada por mais dois fatores, dentre eles, a hipertensão arterial, glicemia de jejum e triglicerídeos elevados ou HDL baixo. No NCEP-ATP III, o indivíduo deve apresentar três ou mais das alterações citadas para ser considerado portador da síndrome, conforme tabela 2.

Tabela 2 – Componentes da SM segundo a NCEP III

NCEP III (2001)

Critério SM Diagnóstico se, pelo menos, três dos cinco critérios.

Antropometria Homens: CA ≥ 102 cm Mulheres: CA ≥ 88 cm

Pressão Arterial PA ≥ 130 X 85 mmHg

Glicose Glicemia ≥110 mg/dL (modificado em 2005 para ≥

110mg/dL)

TG e HDL TG ≥ 150 mg/dL ou HDL ˂ 40 para Homens e ˂ 50 para

Mulheres

NCEP III = National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III; SM = Síndrome Metabólica;

CA = Circunferência Abdominal; TG = triglicerídeos; HDL = Lipoproteínas de Alta Densidade; PA = Pressão Arterial.

Fonte: EXPERT PANEL ON DETECTION (2001)

Em 2005, a International Diabetes Federation (IDF) redefiniu padrões para a SM, de acordo também com a obesidade central e com relação à circunferência da cintura, porém estas definições levam em conta as diferentes etnias, conforme tabela 3 (EXPERT PANEL ON DETECTION, 2001; MURUCI; FRANCISCO; RIBEIRO ALVES, 2015).

Tabela 3 - Componentes da SM segundo a Internacional Diabetes Federation (IDF)

Obesidade Central (CA), de acordo com os seguintes parâmetros étnicos: Europa ≥ 94 Homens ≥80 Mulheres

América do Sul e Central ≥ 90 Homens ≥80 Mulheres

China ≥ 90 Homens ≥ 80 Mulheres

Japão ≥ 85 Homens ≥ 90 Mulheres

África subssariana e Oriente Médio usam parâmetros europeus; América do Sul e Central seguem parâmetros do Sudoeste Asiático

Associado a dois ou mais dos seguintes fatores de risco:

Triglicerídeos ≥ 150mg/dl ou tratamento específico

HDL-Colesterol < 40 mg/dl Homens ou tratamento específico < 50 mg/dl Mulheres ou tratamento específico

PAS ≥ 130 mmHg

PAD ≥ 85 mmHg ou tratamento específico

Glicemia de jejum ≥ 100mg/dl ou DM2, previamente diagnosticado

SM = Síndrome Metabólica; CA = Circunferência Abdominal; HDL = Lipoproteínas de Alta Densidade; PAS = Pressão Arterial Sistólica; PAD = Pressão Arterial Diastólica; DM2 = Diabetes Mellitus Tipo 2.

Fonte: GODOY-MATOS et al. (2009)

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além de ser a proposta adotada pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, é a do NCEP ATP III (2001). Esta tem como norma para o diagnóstico ter, pelo menos, três alterações dos cinco fatores de risco da síndrome, tendo como base a circunferência abdominal (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010; MURUCI; FRANCISCO; RIBEIRO ALVES, 2015), a qual foi utilizada nesse estudo.

Segundo Cheng et al. (2012) a prevalência da SM em idosos chega a 43,5% em indivíduos com idade entre 60 e 69 anos e 42% entre indivíduos de 70 anos ou mais (TIBANA; PRESTES, 2013). Fatores genéticos, dieta rica em carboidratos, gorduras saturadas e pobres em fibras alimentares, sedentarismo e idade mais avançada contribuem e muito para seu desenvolvimento (BASSAND, 2006).

Embora a intervenção farmacológica possa ser necessária no tratamento da SM, a base do tratamento deve ser redução de peso com dieta equilibrada e aumento da prática de exercício físico (BASSAND, 2006; GRUNDY, 2007; LUNA, 2007; DA SILVA ROCCA et al., 2008; COLOMBO et al., 2013; TIBANA; PRESTES, 2013).

2.2.2 Componentes da síndrome metabólica

A prevalência das comorbidades da SM tem aumentado cada vez mais o risco de doenças cardiovasculares e com isso o risco de morte causada por elas também (HUANG, 2009; ALMEIDA; DOS SANTOS, 2012; MARCHI-ALVES et al., 2012). Por isso, é fundamental conhecer cada fator de risco que a compõe, os quais segundo o NCEP (EXPERT PANEL ON DETECTION, 2001) são: obesidade abdominal, hipertensão arterial, dislipidemia e hiperglicemia (glicemia de jejum).

A seguir serão apresentadas as definições dos fatores de risco da SM e seus devidos tratamentos:

2.2.2.1 Obesidade

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desenvolvimento da SM (RODRÍGUEZ-HERNÁNDEZ et al., 2013; VALMORBIDA, et al., 2013).

Essa obesidade é crescente em todas as faixas etárias e em relação aos idosos, torna-se mais preocupante por tenderem a ter um aumento de tecido adiposo na região do abdômen, também conhecida como obesidade visceral, a qual envolve os órgãos do abdômen e está relacionada ao surgimento de outras DCNT (OMS, 2006; ZABAGLIA et al., 2011; ALMEIDA; DOS SANTOS, 2012; LIMA; DUARTE, 2014). Rigo et al. (2009) afirmam que mesmo entre aqueles com peso dentro da faixa de normalidade, a obesidade central pode elevar o risco de hipertensão, diabetes, aterosclerose e, entre as mulheres, também o câncer de mama.

A obesidade é o principal fator de risco para incapacidade funcional, baixa qualidade de vida, doenças crônicas, redução da expectativa de vida e maior mortalidade (WHO, 2013). Para tanto, a prática de exercício físico e as modificações dos hábitos alimentares, junto com o tratamento farmacológico, desempenham um papel fundamental no tratamento e na sua prevenção. A combinação de restrição calórica com exercício físico ajuda a manter a taxa metabólica de repouso, melhorando os resultados de redução de gordura corporal, aumento de força e resistência muscular (CIOLAC; GUIMARÃES, 2004; BASSAND, 2006; VALMORBIDA, et al., 2013).

2.2.2.2 Hipertensão Arterial Sistêmica

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). A PA é a força exercida pelo sangue sobre a parede do vaso, sofrendo mudanças contínuas durante todo o tempo, dependendo das atividades, da posição do indivíduo e das situações (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).

Os parâmetros para caracterização da HAS adotados são valores ≥ 130 mmHg para pressão arterial sistólica (PAS) e ≥ 85 mmHg para pressão arterial diastólica (PAD) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). Geralmente, a HAS é uma doença silenciosa apontada como um dos principais riscos para doenças cardiovasculares (CESARINO et al., 2008; HUANG, 2009; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).

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paralela à obesidade e estudos apontam prevalência de mais de 50% em pessoas entre 60 e 69 anos e 75% em pessoas acima de 70 anos (CESARINO et al., 2008; DO ROSÁRIO et al., 2009; RIGO et al., 2009).

Para o tratamento da HAS são recomendados o tratamento farmacológico, que muitas vezes é necessário, podendo ser com diuréticos, betabloqueadores ou inibidores de enzima de conversão da angiotensina, e o tratamento não farmacológico, como aumento da prática de exercício físico e dieta adequada com baixo teor de sódio (EXPERT PANEL ON DETECTION, 2001; BASSAND, 2006; HUANG, 2009; SBC, 2010).

2.2.2.3 Dislipidemia

Entende-se por dislipidemia, qualquer alteração nos níveis plasmáticos dos lipídios, tais como aumento nas concentrações de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), aumento do colesterol total (CT), aumento de triglicerídeos (TG) e diminuição de lipoproteína de alta densidade (HDL). A função das lipoproteínas é transportar os lipídeos e colesterol através da corrente sanguínea, e esse tipo de transporte é essencial à vida (FAGHERAZZI; DIAS; BORTOLON, 2008; XAVIER et al., 2013). Dentre estes parâmetros, o TG e o HDL são utilizados como critérios para diagnóstico da SM.

Na SM, a dislipidemia é considerada, também, um importante fator de risco cardiovascular, sendo caracterizada pela presença de níveis baixos de HDL e níveis elevados de TG. Embora a elevação do LDL não seja considerada um dos critérios da SM, os portadores dessa síndrome apresentam alteração da densidade e do tamanho das partículas dessa lipoproteína. Essa alteração é chamada de dislipidemia aterogênica. As concentrações excessivas no plasma de LDL contribuem significativamente para o surgimento de doenças ateroscleróticas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2005; FAGHERAZZI; DIAS; BORTOLON, 2008; XAVIER et al., 2013).

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hipercolesterolemia, as estatinas são a primeira escolha, por ter boa tolerância e poucos efeitos indesejáveis. Já as resinas, são utilizadas apenas eventualmente, por ter efeitos adversos mais frequentes. Na hipertrigliceridemia empregam-se os fibratos, se o indivíduo não tiver calculose biliar e insuficiência renal. Já o uso do ácido nicotínico é restrito devido à indução de hiperglicemia (excesso de glicose no sangue) e hiperuricemia (níveis altos de ácido úrico no sangue). E no tratamento não farmacológico, é necessária uma mudança nos hábitos de vida, como melhorar os hábitos alimentares e praticar exercício físico (RANG; DALE; RITTER, 2001; FAGHERAZZI; DIAS; BORTOLON, 2008; XAVIER et al., 2013).

2.2.2.4 Diabetes Mellitus

O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, caracterizada pela ausência ou insuficiência do hormônio insulina que é um hormônio produzido pelo pâncreas (PEREIRA et al., 2009; ZABAGLIA et al., 2011). De acordo com Fiocca et al. (2010) estimam-se existir mais de 171 milhões de pessoas no mundo com diabetes tipo 2, projetando-se que no ano de 2030, mais que dobrará este número, chegando a cerca de 360 milhões de diabéticos tipo 2. Diante disto, observa-se que a prevalência de SM está associada a um prognóstico sombrio, com aumento de 2 a 3 vezes o risco de infarto agudo do miocárdio.

Pode ser classificada como insulinodependente (DMID ou Tipo 1) e Não Insulinodependente (DMNID ou Tipo 2). A Diabetes Tipo 1 tem uma deficiência de insulina causada pela destruição autoimune, ou seja, não produzem insulina suficiente, por isso necessitam de insulina injetável. Já a Diabetes Tipo 2 é a mais comum e caracteriza-se por resistência à insulina (ZABAGLIA et al., 2011).

A resistência à insulina é a diminuição na capacidade de resposta dos tecidos periféricos (músculo esquelético, gordura e fígado), ou seja, a dificuldade de carregamento da insulina para dentro da célula (HUANG, 2009; ZABAGLIA et al., 2011).

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2.3 EXERCÍCIO FÍSICO E SÍNDROME METABÓLICA

O exercício físico regular juntamente com uma dieta equilibrada é considerado o tratamento não farmacológico de primeira escolha para pessoas com SM, por ser uma prática de natureza preventiva e que resulta em benefícios a curto e longo prazo (ZABAGLIA et al., 2011; DA SILVA et al., 2012). Segundo a OMS (2006) o exercício físico acarreta grandes benefícios, como redução do risco de obesidade, redução da hipertensão arterial, redução dos riscos de doenças cardiovasculares e de diabetes tipo 2, redução do estresse, melhoria do bem-estar, entre outros.

De acordo com Garber et al. (2011) atividade física (AF) é todo e qualquer movimento produzido pela contração musculoesquelética que resulta em dispêndio energético acima do nível basal. Já o exercício físico é caracterizado pela execução de movimentos corporais com intensidades, frequências e durações programadas (MATSUDO; MATSUDO; BARROS NETO, 2001; GARBER et al., 2011).

Os exercícios mais utilizados com a população idosa e com sujeitos com SM são aqueles classificados como exercícios aeróbios e exercícios resistidos. Os exercícios aeróbios são definidos como aqueles que envolvem grandes grupos musculares, geralmente são contínuos, com intensidade baixa ou moderada e de longa duração, a qual pode ser manipulada para caracterizar a atividade como leve, moderada ou vigorosa e é efetivo para manter e melhorar as funções cardiovasculares. Já os exercícios resistidos são aqueles em que são utilizados grupamentos musculares localizados com aplicação de sobrecargas, podendo ser por pesos livres, uso de elásticos, máquinas específicas ou a própria massa corporal. Este tipo de exercício é um potente estímulo para o aumento da massa, da força e da potência muscular (MATSUDO; MATSUDO; BARROS NETO, 2001; CIOLAC; GUIMARÃES, 2004; ZABAGLIA et al., 2011; NOGUEIRA et al., 2013). Estudos encontrados na literatura mostram que não há uma determinação do tipo de treinamento, duração e frequência ideal no tratamento da SM.

Bateman et al. (2011) investigaram os efeitos do treinamento resistido isolado (TR), dos exercícios aeróbios (EA) e da combinação de ambos (TR-EA) nos componentes da SM. O grupo TR era realizado três vezes por semana em oito exercícios de força com oito a doze repetições e o EA era de 120 min por semana em 75% do consumo máximo de oxigênio (VO2máx.). Os autores observaram que após oito meses de treinamento, os grupos EA e

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foram observados apenas no grupo TR-EA e quanto ao grupo TR, não houve modificações em nenhum componente da SM.

Strasser et al. (2009) avaliaram o efeito do treinamento resistido, no aumento da força e na redução dos fatores de risco metabólicos em 42 idosos, num período de 6 meses, com frequência de 3 vezes por semana e intensidade de 60-80% de 1RM e observaram que o treinamento proposto foi efetivo na promoção de força muscular, contribuindo para a prevenção dos fatores de riscos metabólicos associados com a redução de massa muscular.

Com objetivo de investigar os efeitos do exercício físico após a redução de massa corporal e melhora do perfil metabólico de 102 indivíduos com SM, Thomas et al. (2010) propuseram um programa de exercício físico supervisionado associado a aconselhamento nutricional, num período de 4 a 6 meses, visando a redução de 10% na massa corporal e tiveram como resultado alterações importantes em todos os marcadores da SM. E na segunda fase com objetivo de auxiliar os sujeitos a recuperarem, parcialmente, a massa corporal de forma saudável e controlada, os indivíduos foram randomizados em dois grupos: a) grupo “sem exercício físico”, que recebeu somente acompanhamento nutricional; b) grupo “treinamento físico”, que praticaram exercício físico supervisionado em, no mínimo três vezes por semana. Apresentaram como resultado, uma melhora apenas no grupo que realizou treinamento físico. Contudo, esse estudo demonstrou que os benefícios metabólicos podem ser mantidos mesmo quando há recuperação de massa corporal perdida com dieta.

Fagherazzi, Dias e Bortolon (2008) realizaram um estudo com objetivo de verificar o impacto do exercício físico sobre o perfil lipídico e encontraram que o grupo que realizou o programa de exercício aeróbio, três vezes por semana numa intensidade de 70% a 80% da FCmáx durante 25 minutos e exercícios resistidos, duas séries com 12 repetições numa

intensidade 40% a 60% de 1RM, em um período de três e seis meses, teve redução significativa no LDL e no CT e o grupo que realizou o mesmo treinamento e fez dieta, além dessas reduções, teve também redução de peso corporal e aumento do HDL.

Valmorbida et al. (2013) avaliaram 08 voluntários com diagnóstico de SM submetidos, ao longo de três meses, à intervenção nutricional quinzenal e a um programa de exercício físico, realizado em esteira com intensidade de 65% a 75% da FCmáx, com duração

de 30 minutos, três vezes por semana, e observaram que houve redução significativa da PA, triglicerídeos e HDL e aumento do condicionamento físico e consumo de oxigênio.

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buscaram determinar a eficácia de 16 semanas de TR sobre alguns parâmetros da aptidão física e bioquímicos, em homens e mulheres saudáveis e idosos, e constataram que houve diminuição do CT, LDL, HDL, glicose e resistência à insulina, além de ter aumentado a força.

Seligman et al. (2011) fizeram um estudo com 75 portadores de SM e os colocaram aleatoriamente em três grupos: a) intervenção de 10.000 passos diários, contabilizados por pedômetro; b) exercício físico supervisionado, três vezes por semana, com intensidade vigorosa e aconselhamento para caminhada rápida nos outros dias; c) aconselhamento para prática de caminhada diária com duração de 1 hora, todos receberam orientações nutricionais. Após 12 semanas houve redução no perfil lipídico, PA, albumina e glicose em todos os grupos, porém os que realizaram exercícios supervisionados tiveram uma magnitude maior no resultado. Após 1 ano de acompanhamento, esses foram reavaliados e percebemos que 64 % dos participantes deixaram de ter SM.

Colombo et al. (2013) estudaram 16 idosos com SM e observaram que, em um programa de caminhada supervisionada por 12 semanas numa intensidade de 50 a 60% da FC, três vezes na semana, os mesmos apresentaram uma melhora significativa no perfil cardiometabólico.

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3 OBJETIVOS

3.1GERAL

Avaliar os efeitos de um programa de exercício físico combinado (treinamento resistido e aeróbio) e restrição alimentar de 21 dias consecutivos nos fatores de risco da Síndrome Metabólica em mulheres idosas.

3.2 ESPECÍFICOS

a. Avaliar a composição corporal (percentual de gordura, massa magra, circunferências) da amostra;

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4 ARTIGO

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO COMBINADO E RESTRIÇÃO ALIMENTAR DE 21 DIAS CONSECUTIVOS SOBRE FATORES DE RISCO DA SÍNDROME METABÓLICA EM IDOSAS

Amanda Alves da Silva1, Jonato Prestes2, Claudio Battaglini3, Robert G. McMurray3, Patrícia Fernanda4, Nanci Maria França2, Gislane Ferreira de Melo2

1 Mestranda do Programa de Gerontologia da Universidade Católica de Brasília.

2 Docentes do Mestrado em Gerontologia e Mestrado e Doutorado em Educação Física da Universidade Católica

de Brasília.

3Docentes da University of North Carolina at Chapel Hill

4 Doutoranda do Programa de Educação Física da Universidade Católica de Brasília

Resumo: A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada por um grupo de fatores de riscos metabólicos, tais como a obesidade abdominal, a hipertensão arterial sistêmica, as dislipidemias (triglicerídeos elevados e HDL reduzido) e a resistência à insulina ou o diabetes mellitus tipo 2, chegando a uma prevalência de 43% em indivíduos idosos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de um programa de 21 dias consecutivos de exercício físico combinado (treinamento resistido e aeróbio) e restrição alimentar sobre os fatores de risco da SM em mulheres idosas. O programa de treinamento foi realizado com duração de 2 horas, sendo 15 minutos de alongamento, 1 hora de exercício resistido (supino, leg press, mesa abdutora, mesa adutora, crucifixo, bíceps, tríceps e panturrilha sentada “burrinho”) – 3 séries de 8 a 12 repetições com descanso de 1’30”; meia hora de caminhada em intensidade que variou de 65 a 75% da frequência cardíaca e mais 15 minutos finais de alongamento. A restrição calórica foi de 30% da taxa metabólica. Para tanto, participaram da amostra 22 mulheres diagnosticadas com SM conforme critério de NCEP/ATP III, com idade média de 66,32±3,99 anos. Os resultados mostraram que houve uma redução significativa (p≤0,05) de todos os fatores da SM e melhora na composição corporal de mulheres idosas. Houve uma redução percentual de 2,9% na gordura corporal, 6,67% na circunferência abdominal, 21,97% nos triglicerídeos, 19,23% LDL e um aumento no HDL de 14,9%. Com estes resultados pode-se concluir que 21 dias de exercício físico combinado em intensidades moderadas em conjunto com uma restrição alimentar é capaz de alterar os fatores de risco da SM em mulheres idosas.

Palavras-chave: Exercício Físico; Dieta; Idosas; Síndrome Metabólica.

THE EFFECTS OF AN EXERCISE TRAINING PROGRAM OF 21 DAYS IN THE FACTORS OF METABOLIC SYNDROME IN ELDERLY WOMEN

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metabolic rate. Therefore, part of the sample 22 women diagnosed with MS as criteria of NCEP / ATP III, mean age 66.32 ± 3.99 years. The results showed a significant reduction (p = 0.05) of all the factors of MS and improved body composition of elderly women. There was a 2.9% percent reduction in body fat, waist circumference 6.67%, 21.97% in triglycerides, LDL and 19.23% increase in HDL by 14.9%. With these results we can conclude that 21 days combined in moderate exercise intensities in conjunction with a dietary restriction is able to change the MS risk factors in elderly women.

Keywords: Exercise; Diet; Elderly; Metabolic Syndrome.

INTRODUÇÃO

A população brasileira está envelhecendo numa velocidade maior do que a das sociedades mais desenvolvidas, o que produzirá grande impacto nos sistemas de saúde. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011) o número de pessoas acima de 60 anos já soma 23,5 milhões, mais do que o dobro do registrado em 1991, quando contabilizava 10,7 milhões de idosos. O número de pessoas nesta faixa etária aumentou cerca de 7,6% em apenas dois anos – 2009 para 2011. Este crescimento do número de idosos brasileiros é o reflexo do baixo crescimento populacional aliado a menores taxas de natalidade e fecundidade (IBGE, 2011; LIMA; DUARTE, 2014).

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo que envolve uma sequência de alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas, psicológicas e sociais, as quais determinam perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente (PAPALÉO NETTO, 2007). Trata-se, então, de um processo individual em que cada ser humano envelhece em ritmo próprio (PAPALÉO NETTO, 2007; NORDON et al., 2009; TEIXEIRA; DONATTI; CANONICI, 2009; LIMA; DUARTE, 2014).

Apesar de haver essa variação, o processo de envelhecimento tem um limite entre senescência e senilidade, ou seja, há o envelhecimento resultante de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas próprias do envelhecimento normal – senescência; e o envelhecimento caracterizado pelas doenças comuns do idoso – senilidade (PAPALÉO NETTO, 2007).

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O conjunto de algumas destas doenças que aumentam o risco cardiovascular, como a obesidade abdominal, aumento da pressão arterial, concentrações elevadas de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e de muito baixa densidade (VLDL), concentrações elevadas de triglicerídeos (TG), baixas concentrações de lipoproteínas de alta densidade (HDL) e resistência à insulina ou DM tipo 2, levam a um transtorno conhecido como Síndrome Metabólica (SM), transtorno este que tem se tornado alvo de várias pesquisas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA et al., 2005; BASSAND, 2006; COELHO; BURINI, 2009; GLANER; PELEGRINI; NASCIMENTO, 2011).

Atualmente a SM é descrita por um conjunto de anormalidades metabólicas como obesidade abdominal definida pela circunferência da cintura (≥ 88 cm para mulheres e ≥ 102 cm para homens), altos níveis de triglicerídeo (≥150mg/dL), colesterol HDL baixo (< 50 mg/dL para mulheres e < 40 mg/dL em homens), hipertensão (pressão arterial sistólica - PAS ≥ 130mHg e pressão arterial diastólica - PAD ≥ 85 mmHg) e glicemia de jejum (˃ 110 mg/dL) ou DM2 (PAULI et al., 2006; CABRERA et al., 2007; TEIXEIRA; DONATTI; CANONICI, 2009; AKBARALY et al., 2010; BANKOSKI et al., 2011; CIUCUREL; ICONARU, 2012; COLOMBO et al., 2013; TSAI; WU, HSU, 2014; VALMORBIDA et al., 2013). Segundo o National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (EXPERT PANEL ON DETECTION, et al., 2001) para um indivíduo ser considerado sindrômico o mesmo precisa apresentar pelo menos três das cinco desordens citadas anteriormente.

A prevalência da SM aumenta com a idade, atingindo altos valores como 43,5% dos indivíduos com idade entre 60-69 anos e 42% entre os indivíduos com 70 anos ou mais (CHENG et al., 2012). Como se não bastasse à presença de alterações nestes cinco fatores de risco, Ciucurel e Iconaru (2012) inferem que mulheres idosas com SM apresentam maiores níveis de depressão que aquelas que não são sindrômicas, sendo que este percentual chega a ser três vezes maior nas sindrômicas.

As recomendações para o tratamento da SM são as mais diversas e relacionam-se principalmente com as intervenções de mudança de estilo de vida, como dieta equilibrada, prática de exercício físico e, a intervenção medicamentosa para aqueles que estão em alto risco de doenças cardiovasculares (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2003; CIOLAC; GUIMARÃES, 2004; BASSAND, 2006; GRUNDY, 2007; DA SILVA ROCCA et al., 2008; COLOMBO et al., 2013).

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(GRUNDY, 2007; DA SILVA ROCCA et al., 2008; COLOMBO et al., 2013). Estudos inferem que estas duas recomendações podem ser suficientes para controlar os componentes da SM e reduzir o risco de DM tipo 2 e de doenças cardiovasculares (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICA DA SAÚDE, 2003; BASSAND, 2006; VALMORBIDA et al., 2013).

Apesar do grande número de estudos encontrados na literatura sobre exercício físico e dieta no controle a SM, ainda não há uma definição de qual o tempo mínimo necessário para que se observem alterações nos fatores de risco da SM. Estudos encontrados na literatura, relatam os efeitos de 8 semanas de exercício no tratamento da síndrome (TIBANA; PRESTES, 2013), 12 semanas (STENSVOLD et al., 2010; SELIGMAN et al., 2011; COLOMBO et al. 2013; VALMORBIDA et al., 2013), 14 semanas (FAGHERAZZI; DIAS; BORTOLON, 2008; GEISLER et al., 2011), 16 semanas (CASTANEDA et al., 2002; TJØNNA et al., 2008; WILLIAMS et al., 2011), seis meses (STRASSER et al., 2009), oito meses (BATEMAN et al., 2011), os quais em sua maioria trabalharam com exercício aeróbio em intensidade moderada (TJØNNA et al., 2008; STRASSER et al., 2009; GEISLER et al., 2011; SELIGMAN et al., 2011; COLOMBO et al. 2013). O mesmo acontece com artigos que estudam a influência do treinamento resistido acompanhados ou não de restrição calórica (STRASSER et al., 2009; TIBANA; PRESTES, 2013; TIBANA et al.; 2014).

Sendo assim, o objetivo do presente estudo é avaliar o efeito de um programa de exercício físico combinado e restrição calórica de apenas 21 dias consecutivos sobre os fatores de risco da SM em mulheres idosas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Tipo de estudo

O estudo teve caráter quase experimental, a qual apresenta como finalidade a manipulação direta das variáveis do objeto de estudo, permitindo relação entre causa e efeito de um determinado fenômeno (THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2012).

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Amostra

Participaram da amostra 22 mulheres com média de idade de 66,32±3,99 anos (60-74 anos) com diagnóstico de SM, participantes do Centro de Convivência de Idosos (CCI) de uma Universidade particular do Distrito Federal conforme figura 1.

Figura 1 - Distribuição da amostra

CCI = Centro de Convivência do Idoso; NCEP = National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III; SM = Síndrome Metabólica

Para o estudo foram estabelecidos os seguintes critérios:

Critérios de Inclusão

 Possuir idade igual ou superior a 60 anos, comprovados por documentação legal;  Possuir a combinação de pelo menos três componentes da SM de acordo com o

critério do NCEP-ATP III - National Cholesterol Education Program’s Adult

Treatment Panel III;

 Estar na menopausa e não utilizar reposição hormonal;  Estar apta para prática de exercício físico (atestado médico);

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 Aceitar participar da pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Critérios de Exclusão

 Apresentar contraindicação médica para prática de exercício físico;  Estiver em uso de medicamentos ou terapias para emagrecimento;  Sofrer insuficiência cardíaca ou ventilatória no esforço.

 Ter asma ou bronquite;  Se ausentar do programa.

Instrumentos Anamnese

A anamnese foi construída de um formulário que constava itens relacionados à antropometria, dislipidemias, pressão arterial, prática de atividade física, vida social, vida familiar, convívio familiar e possíveis doenças relacionadas.

Antropometria e composição corporal

A medida da massa corporal foi realizada com a idosa descalça, vestindo somente calcinha e sutiã. A balança utilizada foi a digital da marca Filizola modelo PL-150, com carga máxima de 150 kg e uma precisão de 0,1g. A estatura foi mensurada por um estadiômetro de parede padrão tipo trena da marca Seca com variação de 1mm, estando as avaliadas eretas, calcanhares juntos, panturrilhas, nádegas, coluna torácica e cabeça em contato com a parede, mãos ao lado do corpo e cabeça posicionada num ângulo de 90º. Além disso, os olhos fixos num eixo horizontal paralelo ao chão (Linha de Frankfurt). A circunferência abdominal (CA) foi avaliada por meio de uma fita métrica (Sanny, São Paulo, Brasil, modelo medical antropometria 2m sn-40’’ starrett) com a idosa na posição ereta e o mínimo de roupa possível, mensurada a partir da distância intermediária entre a porção inferior da última costela e a borda superior da crista ilíaca, no final de uma expiração normal.

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O percentual de gordura foi medido pelo método de impedância bioelétrica com o aparelho de bioimpedância tetrapolar (BIA) (Biodynamics Modelo 310 e®, Seattle, EUA) devidamente calibrada. Foi solicitado às voluntárias que já estavam instruídas dos procedimentos (não ingestão de álcool e cafeína, bem como a realização de exercício físico nas últimas 24h e jejum de pelo menos 4 horas) que retirassem todos adereços de metal que estivessem utilizando e ficassem em decúbito dorsal, em uma posição confortável e relaxada. Foram colocados dois eletrodos na mão direita (punho e dorso da mão) e dois eletrodos no pé direito (tornozelo e dorso do pé). Antes da colocação dos eletrodos, as áreas de contato foram limpas com álcool. Os dados das idosas (sexo, idade, massa corporal e estatura), solicitados pelo aparelho, foram digitados e a análise foi feita pela bioimpedância.

Análises bioquímicas

A coleta de sangue foi realizada após jejum de 12 horas, no período da manhã, entre 08:00 e 10:00. O sangue foi coletado na veia da fossa antecubital. As concentrações de TG, HDL e LDL foram analisadas pelo método enzimático CHOP-POD, HDL homogêneo e enzimático por hexoquinase. Os testes bioquímicos foram realizados na própria Universidade particular no Laboratório de Fisiologia de Esforço e Treinamento (LEFES) por uma técnica de enfermagem contratada pelas pesquisadoras, o sangue foi levado logo após a coleta, em um recipiente específico para transporte do mesmo, para o laboratório responsável pelos procedimentos técnicos de análise.

Teste de força muscular

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A força muscular relativa foi calculada por meio da seguinte fórmula: Força relativa = força absoluta (kg)/massa corporal (kg).

Procedimentos

Para melhor avaliação das voluntárias, este projeto teve a colaboração interdisciplinar de profissionais de Educação Física, Nutrição, Medicina e Biomedicina da Universidade Católica de Brasília (UCB), representados pelos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física, Gerontologia, Ciências Genômicas e Biotecnologia.

Após a seleção da amostra, as voluntárias foram convidadas a participar de palestra, na qual foram explicados os objetivos, a metodologia e a importância da pesquisa a ser realizada. Aqueles que aceitaram participar da intervenção de 21 dias assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sendo marcado também o horário individual para avaliação inicial (mensuração de circunferências abdominal, do pescoço e do quadril, massa corporal, estatura e bioimpedância tetra polar).

A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi avaliada de acordo com as recomendações da VI Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). Utilizou-se o Esfigmomanômetro automático de braço da marca Omron, modelo M3 Intellisense (HEM-7051-E, Kyoto, Japão) previamente calibrado, com a idosa na posição sentada após 10 minutos de repouso, braço direito apoiado e ao nível do coração foi colocada a braçadeira do aparelho 3 cm acima da fossa antecubital.

Após as avaliações iniciais - medidas antropométricas (massa corporal, estatura, circunferência abdominal, de quadril, do pescoço e percentual de gordura e massa magra); aferição da PA; avaliação nutricional; avaliação bioquímica (dosagens de frações de triglicérides e HDL) e teste de 10RM – as voluntárias deram início às atividades propostas na pesquisa. O protocolo foi constituído por um programa de exercício combinado (exercício aeróbio e resistido) e restrição alimentar, conforme descrito a seguir:

Programa de exercício combinado a) Exercício aeróbio

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b) Exercício resistido

Antes do início do programa de 21 dias, as voluntárias realizaram dois dias de familiarização dos aparelhos. Esta familiarização foi realizada com intuito de demonstrar o movimento correto a ser realizado em cada máquina. Cabe ressaltar que inclusive como deveria ser feito a respiração durante o exercício, foi demonstrada às mulheres idosas para que as mesmas não realizassem a Manobra de Valsalva. Todos os aparelhos eram da marca Johnson (Landmark Drive, Cottage Grove, USA).

Após a familiarização, deu-se início ao programa, o qual consistia dos seguintes exercícios: supino, leg press, mesa abdutora, mesa adutora, crucifixo, bíceps, tríceps e panturrilha sentada. Em todos estes exercícios foram realizadas 3 séries de 8-12 repetições com descanso de 1’30”, totalizando 1 hora de prática. Todas as voluntárias foram instruídas a realizar cada exercício em uma velocidade moderada (2” concêntrico, 2” excêntrico).

Na primeira semana, a intensidade foi de 50% de 10RM e nas segunda e terceira semanas estas intensidades aumentaram para 60% e 70% de 10RM respectivamente. Todos os exercícios resistidos eram realizados após o exercício aeróbio (caminhada). A pressão arterial das idosas era avaliada sempre ao início e final de cada sessão de exercício.

Assim, o treinamento combinado tinha duração diária de 2 horas, sendo 15’ de alongamento inicial, 30’ de EA, 60’ de TR e 15’ de alongamento final. As 21 sessões de treinamento foram cuidadosamente supervisionadas por dois profissionais de Educação Física e quatro estagiários devidamente treinados para a pesquisa.

Restrição alimentar

Houve o acompanhamento nutricional, por uma profissional especializada, a qual elaborou um plano alimentar individualizado. Para isso a nutricionista utilizou-se de recordatório alimentares para verificar o consumo alimentar, bem como do questionário de atribuição de preferência alimentar que avalia a importância de cada alimento na dieta da voluntária com objetivo de planejar uma restrição em que esteja presente alimentos preferidos da idosa (MEDEIROS, 2013). O plano alimentar (dieta) correspondeu aos 21 dias e foram prescritos individualmente com restrição calórica de 30% do total de calorias obtidos do consumo alimentar habitual com 1,2g de proteína/kg/dia, 20-35% da ingestão calórica de lipídeos e 45-65% da ingestão de carboidratos (MEDEIROS, 2013).

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apropriada de consumo individual e oficina de culinária. Na segunda e terceira semana as idosas participaram de palestras com os seguintes temas: alimentação saudável, obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemias. Foram entregues às voluntárias, cadernos contendo orientações e receitas de preparações de pratos saudáveis, bem como para que elas anotassem quaisquer problemas físicos e nutricionais que estivessem sentindo durante todo o programa (MEDEIROS, 2013).

Um dia após a finalização do treinamento de intervenção, repetiu-se todos os testes do início da intervenção (medidas antropométricas - massa corporal, estatura, circunferência abdominal, de quadril, do pescoço e percentual de gordura), aferição da PA, avaliação bioquímica - dosagens de frações de triglicérides, HDL e LDL - e teste de 10RM. Conforme mostra a figura 2.

Figura 2 - Organograma dos procedimentos desenvolvidos

RM = Repetição Máxima; EA = Exercício aeróbio (caminhada); TR = Treinamento Resistido; PA = Pressão Arterial

Análise de dados

Foram realizadas as análises descritivas dos dados como médias, desvio-padrões e frequências. Para as análises inferenciais foram realizadas: normalidade dos dados que foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk. O teste t de Student pareado foi rodado para avaliar as possíveis alterações pré e pós-testes. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Todos os procedimentos foram realizados por meio do software Statistical Package for the

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RESULTADOS

O programa de intervenção de 21 dias consecutivos de exercício físico e restrição alimentar proposto neste estudo mostrou um efeito significativo sobre todas as variáveis estudadas, como apresentado nas Tabela 1 e 2.

Tabela 1 - Efeitos de um programa de 21 dias de exercício físico e restrição alimentar sobre os parâmetros antropométricos (dados de 22 idosas que completaram o programa)

ANTROPOMETRIA PRÉ-TESTE PÓS-TESTE %∆ p

MC 72,31±12,25 70,22±12,12 -2,90 0,0001 IMC 30,23±4,09 29,34±4,01 -2,94 0,0001 BIA %G 40,35±4,77 38,34±4,34 -4,98 0,0001 CA 102±10,56 95,20±8,14 -6,67 0,0001 CC 94,85±8,71 88,04±8,05 -7,18 0,0001 CQ 105,48±9,78 100,23±8,25 -4,98 0,0001 CP 35,39±2,20 34,75±2,13 -1,78 0,004

MC = Massa Corporal; IMC = Índice de Massa Corporal; BIA = Bioimpedância; CA = Circunferência Abdominal; CC = Circunferência da Cintura; CQ = Circunferência do Quadril; CP = Circunferência do Pescoço.

Figura 3 – Valores das médias das diferenças (Delta) das variáveis bioquímicas

Tabela 2 - Efeitos de um programa de 21 dias de exercício físico e restrição calórica sobre os Parâmetros Metabólicos (dados de 22 idosas que completaram o programa)

P. METABOLICOS PRÉ-TESTE PÓS-TESTE %∆ p

COLESTEROL 214,66 ± 50,02 180,63 ± 36,86 -15,85 0,0001 TRIGLICERÍDEOS 146,91 ± 58,20 114,64 ± 33,47 -21,97 0,003

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Figura 4 – Valores das médias das diferenças (Delta) dos parâmetros metabólicos

DISCUSSÃO

O objetivo deste estudo foi avaliar se um treinamento combinado (aeróbio e resistido) e a restrição alimentar durante 21 dias eram capazes de promover alterações nos fatores de risco da SM em mulheres idosas. Os resultados inferem que houve diferença estatística nas variáveis da composição corporal (massa corporal, percentual de gordura e circunferências) e nas concentrações de triglicerídeos, de lipoproteínas LDL, de colesterol total, bem como aumento do HDL.

A SM é caracterizada por vários fatores negativos e tende a influenciar a qualidade de vida de seus portadores. Segundo Farias et al. (2013) mulheres idosas com SM apresentam maior risco cardiovascular e menor força relativa, o que aumenta a preocupação com a saúde destas. Os efeitos de exercícios aeróbios, resistidos e a combinação dos dois com e sem restrição alimentar já estão relatados em diversos artigos, porém a relevância deste estudo está em avaliar as alterações nos fatores de risco em um curto período de tempo (21 dias consecutivos). A seguir apresentaremos os artigos conforme tempo de intervenção.

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Potteiger et al. (2012) investigaram a influência de 24 semanas (6 meses) de treinamento de força e modificação dietética sobre os fatores de risco cardiovascular em portadores de SM. Os autores mostraram que o TF em conjunto com a modificação dietética foi efetivo para diminuir a glicemia e a pressão arterial, além de aumentar a massa livre de gordura. Com o mesmo tempo de intervenção Fagherazzi, Dias e Bortolon (2008) e Strasser et al. (2009) avaliaram a eficácia do treinamento aeróbio e resistido na força muscular e performance em 42 idosos, observaram que o treinamento resistido aumentou força e o treinamento aeróbio resultou em redução significativa da gordura corporal, ao passo que apenas o treinamento resistido resultou em aumento da massa corporal magra.

Com os estudos citados pode-se perceber que tanto o exercício aeróbio quanto o exercício resistido e ainda, a combinação dos dois, influenciam consideravelmente na qualidade de vida dos pacientes sindrômicos, sejam eles jovens, adultos ou idosos. Porém, estes estudos utilizaram-se de um tempo entre 2 meses a 1 ano de intervenção. Não encontramos na literatura artigos que investigassem a influência destes treinamentos nos fatores da SM em um período menor de tempo.

O presente estudo demonstrou que é possível que alterações sejam observadas em uma intervenção de 21 dias, tanto na composição corporal quanto nos fatores bioquímicos. Estes resultados são significativos, tanto em suas facetas fisiológicas como psicológicas e sociais, uma vez que, ao se perceber resultados mais rápidos em uma intervenção a adesão, tanto ao exercício quanto à restrição alimentar, serão mais consistentes.

De acordo com Baker, Little e Brownell (2003) na prescrição de exercícios para a população obesa, além de todos os cuidados com as restrições fisiológicas e estruturais, deve se ater a função relacionada ao comportamento e as emoções. Emoções positivas em relação ao corpo promovem aderência e adesão a programas de exercício e dieta.

De acordo com Duhigg (2012) a prática determinada e constante durante este período pode levar ao hábito, principalmente se houver prazer nesta prática. Costa et al. (2011) realizaram uma revisão sobre adesão e motivação quanto à dietas e exercícios em pacientes portadores de diabetes. As autoras concluem que os fatores comportamentais e emocionais devem ser comtemplados em quaisquer ações de intervenção, pois quanto mais rápido nossas metas forem alcançadas haverá probabilidades maiores de uma adesão, tanto a dieta quanto ao exercício.

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por não perceber resultados mais expressivos são os fatores principais de desistência de qualquer programa de exercício físico e ou de dieta (ZANETTI et al., 2006).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se concluir que 21 dias de exercício físico (resistido e aeróbio) em intensidades moderadas em conjunto com uma restrição alimentar alteram os fatores de risco da síndrome metabólica em mulheres idosas. Os resultados indicam que a mudança de hábitos, prática regular de exercício e alimentação equilibrada, mesmo que em curto período de tempo já pode causar benefícios. Sendo assim, programas de saúde que visam a mudança do estilo de vida, que incluí a prática regular de exercício e controle alimentar devem ser incentivados para minimizar os efeitos deletérios do envelhecimento e da SM.

Sugere-se que sejam realizados estudos com homens sindrômicos e que outras variáveis fisiológicas (biomarcadores) e psicológicas (testes de depressão, imagem corporais e traços de personalidade) sejam inseridas nas análises.

AGRADECIMENTOS.

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Tabela 2 – Componentes da SM segundo a NCEP III
Figura 1 - Distribuição da amostra
Figura 2 - Organograma dos procedimentos desenvolvidos
Figura 3 – Valores das médias das diferenças (Delta) das variáveis bioquímicas
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