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Repositório Institucional UFC: Análise do comportamento dos preços agrícolas em Fortaleza-CE em 2015

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ  CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS  DEPARTAMENTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA   

       

LUANNA MELO FREITAS   

   

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS AGRÍCOLAS EM FORTALEZA­CE  EM 2015 

     

   

FORTALEZA­CE  2016 

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LUANNA MELO FREITAS   

   

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS AGRÍCOLAS EM FORTALEZA­CE  EM 2015 

   

 

Monografia apresentada ao Curso de Agronomia do        Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal        do Ceará, como parte das exigências da Atividade        AC0510 – Trabalho de Conclusão de Curso, como        requisito para a obtenção do título de Engenheira        Agrônoma.  

 

Orientador: Prof. Dr. Francisco José Silva Tabosa  

               

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

F936a Freitas, Luanna Melo.

Análise do comportamento dos preços agrícolas em Fortaleza-CE em 2015 / Luanna Melo Freitas. – 2016. 33 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Agronomia, Fortaleza, 2016.

Orientação: Prof. Dr. Francisco José Silva Tabosa.

1. Varejo . 2. Tendência de preços. 3. Estatística descritiva. I. Título.

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AGRADECIMENTOS 

Agradeço primeiramente a Deus pela graça de iniciar e concluir meus estudos em uma        Universidade Pública. 

A própria Universidade Federal do Ceará por ter me proporcionado tantos momentos bons,        momentos de aprendizagem e de amizades conquistadas ao longo da minha caminhada na        graduação e também ao professor Francisco José Tabosa que se dispôs a me orientar no momento        em que tudo parecia estar dando errado. 

Especialmente agradeço a minha avó Estela Sabino e minha mãe Lucileite por toda ajuda        compreensão, pelos esforços que fizeram para que eu pudesse me dedicar aos estudos e        especialmente por terem acreditado em mim e no meu sonho. 

Ao meu irmão pelas caronas que me deu e ao incentivo e apoio incondicional que sempre me        deu. 

Por fim agradeço ao Paulo Igo, meu esposo, pois sua ajuda foi fundamental em minha vida.        Mostrou­se compreensivo, companheiro, dedicado e não mediu esforços para me apoiar.  

 

 

     

     

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RESUMO 

A agricultura cearense tem passado por diversas transformações no decorrer dos anos e hoje        representa uma atividade econômica geradora de emprego e renda na região, além de contribuir        para o desenvolvimento no interior do estado. O reflexo do desenvolvimento da agricultura        cearense ganha destaque principalmente no setor de fruticultura, onde a produção,        comercialização e consumo são elevados e assim proporcionam um ambiente favorável ao        crescimento desta atividade. 

Além disso, o preço dos produtos agrícolas não possui estabilidade, principalmente se        comparados a produtos não agrícolas, e isso se deve a fatores como a dependência do clima e        especificidade dos produtos que acabam elevando o risco da atividade e consequentemente        contribuem para constantes flutuações nos preços dos produtos agrícolas. Com isso, conhecer a        tendência dos preços destes produtos é de fundamental importância para que haja um        planejamento agrícola. 

O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento dos preços das principais frutas e hortaliças        consumidas pela população da cidade de Fortaleza/CE. Para isso se fez necessário obter um        conhecimento prévio das frutas e hortaliças mais consumidas pela população brasileira, em        seguida filtrar pelas mais consumidas na cidade. O histórico dos preços de cada cultura analisada        durante o ano de 2015 foi obtido através de pesquisa de campo direta nos principais comércios        varejistas de Fortaleza e através do site oficial do Departamento municipal de proteção e defesa        dos direitos do consumidor (PROCON) de fortaleza.  

 

Palavras­chave:​ Varejo. Tendência de preços. Estatística descritiva   

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ABSTRACT 

 

The Ceará’s agriculture has undergone several transformations over the years and today is a        generating economic activity of employment and income in the region, and contribute to the        development in the state. The reflection of the development of agriculture Ceará is highlighted        especially in the fruit­growing sector, where production, marketing and consumption are high and        thus provide a favorable environment for the growth of this activity. 

However the price of agricultural products does not have stability especially when compared to        non­agricultural products, and this is due to factors such as climate dependence and specificity of        the products that end up increasing the risk of the activity and consequently contribute to constant        fluctuations in product prices agricultural. Thus, knowing the price trend of these products is of        paramount importance so that there is an agricultural planning. 

The objective of this study is to analyze the behavior of the prices of the main fruits and        vegetables consumed by the population of the city of Fortaleza / CE. For this it was necessary to        obtain a prior knowledge of fruits and vegetables most consumed by the Brazilian population,        then filter the most consumed in the city. The historical prices of each crop analyzed for the year        2015 was obtained through direct field research in major retailers trades fortress and through the        official website of the municipal Department of protection and defense of consumer rights        (PROCON) fortress. 

 

Keywords:​ Retail. Price trends. Descriptive statistics   

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1 INTRODUÇÃO

 

 

O brasileiro consome em média 27 quilos de hortaliças por ano, de acordo com uma        pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) de 2008, sendo responsável pelo        cultivo de culturas diversificadas, devido a fatores como clima, temperatura, solo e também        fatores culturais que favorecem o crescimento de unidades produtivas no país. Os destaques        dentre as culturas cultivadas são a batata, o tomate e a cebola, pois segundo a Empresa Brasileira        de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) lideram a preferência dos consumidores.  

O consumo de frutas entre os brasileiros também é significativo e dentre as variedades de        frutas existentes a banana é a mais consumida no Brasil e a segunda no mundo, atrás apenas da        laranja. Ela ocupa a primeira posição no ranking mundial de produção de frutas, com mais de 106        milhões de toneladas e o Brasil responde por 7 milhões de toneladas, com participação de 6,9%        desse total, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

No Ceará a agricultura é um dos setores mais importantes para a economia e ao longo do        tempo vem contribuindo favoravelmente para o desenvolvimento do estado, proporcionando a        geração de emprego e renda. Nos últimos anos, o Ceará demonstrou crescimento sucessivo do        PIB, com taxas superiores as do Nordeste e do Brasil, além de índices crescentes em suas        exportações (ROSA, ALVES, 2001). 

A fruticultura vem ganhando destaque no cenário econômico atual e é hoje um dos        expoentes do agronegócio cearense (ADECE). Conforme mostram os dados do IBGE em 2013        foram 545 mil hectares de frutas, com a produção de 1.650 mil toneladas, gerando um Valor        Bruto da Produção (VBP) de R$ 1.358 milhões. 

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ação de pragas e características como fertilidade natural, textura e profundidade do solo        interferem na adaptação de determinadas culturas. Com isso os preços dos produtos agrícolas        tornam­se altamente instáveis, principalmente se comparados aos produtos não agrícolas, pois        nem sempre a produção obtida é a produção planejada.  

O processo de formação de preços é complexo e por isso o que se observa nos        estabelecimentos comerciais são os preços finais. O comportamento dos preços dos produtos        agropecuários possuem movimentos característicos que são denominados de tendência, ciclo e        sazonalidade e o conhecimento destas ferramentas permitem caracterizar os movimentos de        oferta e demanda configurando importantes ferramentas de orientação para os consumidores        quanto a melhores épocas de compra e assim melhorar a eficiência da utilização da renda        (MARQUES E CAISEETA FILHO, 2002). 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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2 OBJETIVOS  

2.1 Objetivo geral  

Analisar o comportamento dos preços de 5 produtos agrícolas comercializados em        4(quatro) estabelecimentos varejistas situados em Fortaleza/CE.  

2.2 Objetivos específicos  

∙ Caracterizar os produtos hortigranjeiros mais consumidos pelos brasileiros e em seguida pelos        cearenses.  

∙​ Apresentar graficamente a evolução dos preços reais de todas as culturas analisadas.  

∙ Determinar estatisticamente a média, o desvio padrão, a variância e o coeficiente de variação e o        mínimo e máximo de cada cultura mensalmente. 

∙ Identificar a tendência de preços mensais, em termos monetários e percentuais, para cada uma        das culturas analisadas. 

 

 

 

 

 

 

 

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA  

3.1 O mercado varejista: 

O comércio é uma das atividades mais antigas praticadas pela sociedade. Segundo        (CLAUDIO DONATO, 2012) o ser humano está acostumado a negociar mercadorias há muito        tempo, primeiramente com a prática do escambo, evoluindo para o mercantilismo onde estavam        envolvidas as primeiras trocas monetárias, até atingir as formas de comercialização modernas,        com a utilização de dinheiro e cartões de créditos, por exemplo. 

O varejo pode ser definido como toda e qualquer atividade que englobe o processo de        venda de produtos e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor final, o        varejista é qualquer instituição cuja atividade principal consiste no varejo, isto é, na venda de        produtos e serviços para o consumidor final (PARENTE, 2000, p.22). 

Atualmente os equipamentos de varejos são as feiras livres, quitandas, sacolões, varejões e os        super/hipermercados (BARROS et al., 2007). 

No Brasil a comercialização de frutas se dava predominantemente através de feiras livres, mas        em razão do aumento de interesse do varejo moderno na comercialização de produtos frescos,        tem­se observado uma queda na participação das feiras como canal de comercialização        (AMARAL et al., 2007). 

 

3.2 Séries temporais: 

Uma série temporal é um conjunto de observações obtidas sequencialmente ao longo do        tempo (BOX et al. 1994). A maneira tradicional de analisar uma série temporal é através da sua        decomposição nas componentes de tendência, ciclo e sazonalidade. (MORETTIN, 1987). 

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A análise de séries temporais tem o objetivo de identificar padrões não aleatórios na série        temporal de uma variável de interesse, o conhecimento deste comportamento passado é        importante para o mercado futuro, orientando a tomada de decisões (MARCELO MENEZES,        2001). 

Movimento tendencial pode ser positivo (ascendente) ou negativo (descendente)        caracterizado ao longo tempo e que está associado a questões biológicas ou físicas. Segundo        Damodar Gujarati (2000) tendência é um movimento sustentado crescente, ou decrescente, no        comportamento de uma variável. Pode ser classificado como de longo prazo (quando são        superiores a 6 meses) ou de curto prazo, sendo estas reações da tendência de longo prazo        (MARQUES 2006). Daí a importância no estudo de analise de tendência, visando obter melhores        resultados econômicos tanto quanto à comercialização, como também uma medida de se prevenir        da tendência de queda e assim evitar prejuízos. 

Analisando uma série de preços, ao longo de um determinado período, é possível observar        a existência de uma trajetória de alta, queda ou estabilização dos preços e assim conhecer a        tendência que podem ser influenciadas por fatores como: inovações tecnológicas, mudanças de        hábitos e diferentes taxas de crescimento entre oferta e demanda são capazes de interferir na        variável tendência (MARQUES, 2011). 

3.3 Estatística descritiva 

Na antiguidade a estatística era utilizada para fins econômicos e administrativos, havia        coleta de dados populacionais, os registros das colheitas, e outros fatos ligados a fenômenos        naturais, ou seja, a estatística auxiliava na administração pública (CALVO, 2004).  

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A estatística é de grande proveito em pesquisas quantitativas (Gil, 1995), está presente        sempre que a coleta, o processamento e a interpretação de dados numéricos se fazem necessárias        (FREUND; SIMON, 2000, p. 14). Entretanto as pesquisas qualitativas não fazem o uso de        métodos e técnicas estatísticas. A fonte para coleta de dados é o ambiente natural, sendo o        pesquisador um instrumento, que faz uso de sua intuição para analisar os dados. Sendo o processo        e o seu significado os focos principais de abordagem (SILVA; MENEZES, 2001). 

As medidas de estatística descritiva, designadas por parâmetros quando se referem à        população e por estatísticas quando se referem às amostras, permitem sintetizar os dados da        população ou da amostra através de um só valor. Segundo o professor Victor Hugo da Unicamp,        as medidas descritivas mais utilizadas são medidas de posição (Moda, Média, Mediana,        Percentis, Quartis), medidas de dispersão (Amplitude, Intervalo­Interquartil, Variância, Desvio        Padrão, Coeficiente de Variação). 

3.4 Características gerais das culturas analisadas 

3.4.1 Cultura: banana  

A banana (​Paradisiaca L.

​       ) é também conhecida como figueiras­de­adão, pacobeiras ou       

pacoveiras.  Compõe o gênero Musa que é um dos três que compõem a família musaceae        (WIKIPEDIA). 

O termo banana, provavelmente, é originário da língua serra­leonesa (costa ocidental da

       

África), sendo simplesmente incorporada à língua portuguesa, como a outros idiomas.        Determinar sua origem é difícil, mas Admite­se ser do Sul da China ou Indochina (Ásia), Malásia        e Indonésia, com exceção da banana­da­terra que é nativa do Brasil (JOÂO PAULO, 2013). 

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Entre as fruteiras produzidas no Brasil, a cultura da bananeira ocupa lugar de expressão,        pela produção e pela importância socioeconômica. Embora no Nordeste encontrem­se boas        condições de clima e solo para a produção de banana com alto padrão de qualidade, verifica­se        baixa eficiência na produção e no manejo pós­colheita, principalmente nas áreas cultivadas em        sistema de sequeiro. Com regime de irrigação, principal forma de expansão dessa cultura nos        Tabuleiros Costeiros, tem­se obtido produtividade elevada, porém ainda incompatível com os        investimentos aplicados, devido a problemas relacionados ao manejo do solo, tratos culturais,        tratamento pós­colheita e comercialização, entre outros, mesmo assim o nordeste produz cerca de        34% de toda a banana do País, (EMBRAPA, 2003). 

3.4.2 Cultura: laranja  

A laranja, (​Citrus sinensis

​ ​        ​L. Osbeck  ), pertencente à família das Rutáceas (Rutaceae) e       

pertencem ao gênero Citrus. As espécies deste gênero são arbustos ou árvores de cor verde, com        folhas simples e coriáceas. São cultivos perenes, de crescimento ereto ramificado que cresce até        12 metros de altura e 25 centímetros de diâmetro dependendo da espécie, produção podendo        durar de 3 a 5 anos. É considerada uma das árvores frutíferas mais conhecidas, cultivadas e        estudadas em todo o mundo, acredita­se que seja nativa da Ásia (Indochina, Sul da China), mas a        região de origem é ainda motivo de controvérsia (ABECITRUS, 2001a). 

Os pomares mais produtivos atualmente estão nas regiões de clima tropical e subtropical,        destacando­se o Brasil, Estados Unidos, México, China e África do Sul (ABECITRUS, 2001a). 

Segundo o IBGE (2013) São Paulo é um dos principais estados produtores de laranja        sendo responsável por aproximadamente 74,18% da produção nacional, seguido de Minas Gerais,        Bahia, Paraná e Sergipe.  

A citricultura confira um dos setores mais competitivos de me maior potencial de        crescimento do agronegócio, sendo o Brasil responsável por cerca de 30% da produção mundial        de laranja e 59% do suco de laranja (FUNDACE, 2015).  

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3.4.3 Cultura: tomate  

O tomate (    ​Lycopersicon esculentum Mill)         é da família das solanáceas, da qual também        fazem parte a batata, a berinjela, a pimenta e o pimentão, entre outras hortaliças. Tem sua origem        nas regiões andinas do Peru, Bolívia e Equador e seu fruto era chamado pelos indígenas        mexicanos de “tomati” ou “jitomate” e é uma das principais hortaliças produzidas no Brasil,        chegando ao mercado todos os anos, 1,5 milhão de toneladas. Por suas origens, o tomateiro        cresce bem em condições de clima tropical de altitude e o subtropical, fresco e seco, com bastante        luminosidade, Contudo, a planta tolera bem as variações dos fatores climáticos (EMBRAPA,        1993). 

O tomate é uma das oleráceas mais difundidas tanto no Brasil e também em várias outras        partes do mundo, sendo de bastante interesse por possuir preços competitivos e uma boa        aceitação no mercado, sendo a segunda hortaliça em importância no Brasil. Em 2008 o país        produziu 3,9 milhões de toneladas em 62 mil hectares (IBGE, 2009), sendo, portanto o nono        maior produtor mundial. Os estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e o Rio de Janeiro são os        principais produtores nacionais, a maior parte da colheita se destina ao mercado       ​in natura,    contudo a produção para as indústrias vem crescendo nos últimos anos (MELO & VILELA,        2005). Nos últimos 30 anos as atividades da cadeia produtiva de tomate industrial consolidaram        notáveis investimentos, com crescente aumento na produção, adoção de novas variedades e        híbridos, além de técnicas modernas de cultivo (BRANDÂO E LOPES). 

3.4.4 Cultura: cebola  

A cebola é originária das regiões que compreendem o Afeganistão, o Irã e partes do sul da        Rússia. Pertence à família Alliaceae, juntamente com outras espécies de utilização condimentar, e        é classificada botanicamente como ​Allium cepa L

​             . Essa hortaliça, entre as várias espécies       

cultivadas pertencentes ao gênero Allium, é a mais importante sob o ponto de vista de volume de        consumo e de valor econômico (EMBRAPA). 

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oferta mundial de cebola (FAO, 1998). Segundo a Food Agriculture Organization ­ FAO, em        2004 foram produzidos no mundo 55,15 milhões de toneladas em 3,05 milhões de hectares,        resultando em uma produtividade média de 18,1 t/ha.  

O Brasil se classifica como o nono maior produtor mundial, com uma área de 57,03 mil        ha e uma produção de 1,12 milhão de toneladas, com uma produtividade média de 19,7 t/ha        (EMBRAPA). A sua produção ocorre nas regiões Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do        Sul), que contribui com 37,7% da produção nacional, Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), com        35,3% e Nordeste (Pernambuco e Bahia), com 27% (IBGE, 2008/2009 E EMBRAPA). O        consumo per capita brasileiro é de aproximadamente 4,7 kg por ano, (BOEING, 2002). 

3.4.5 Cultura: batata  

A batata (​Solanum tuberosum

​        L.), também conhecida como batatinha ou batata­inglesa, é       

proveniente da região que parte do sul do Peru ao norte da Bolívia, e a      ​ssim como o trigo, arroz e        milho é considerada uma importante fonte de alimento para a população. 

Após o século XVI, passou a ser conhecida na Europa, África e América do Norte, mas,        antes, na América do Sul, foi uma importante fonte de alimento para os povos andinos        (PEREIRA E DANIELS, 2003). Montaldo (1984) apud Pereira e Daniels (2003, p. 57), afirma        que “surgiu no Peru à primeira agroindústria americana: a fabricação da batata seca, o chuño, que        é uma maneira de conservar o tubérculo, ainda em uso nessas regiões”. 

Atualmente no Brasil, a cultura da batata ocupa uma área de 141.000 hectares, com        produção de 3.119.000 toneladas/ano, e produtividade média de 22 toneladas/hectare (MAPA,        2005) e o maior polo produtor de batatas se concentra na região Sudeste, sendo o Estado de        Minas Gerais, o campeão nacional de produção, pois é responsável por cerca de 31% do volume        total produzido no país. 

A disponibilidade hídrica no solo tem fundamental importância para o estabelecimento,

       

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4 METODOLOGIA  

4.1 Origem dos dados 

O trabalho foi realizado em Fortaleza/CE, cidade que       ​possui 314,930 km² de área e          2 591 188 habitantes estimados em 2015, além da maior       ​densidade demográfica  ​ entre as capitais      do país, com 7 786,4 hab/km². É a maior cidade do Ceará em população e a       ​quinta do Brasil    ​.  A ​Região Metropolitana de Fortaleza      ​ é a sexta mais populosa do Brasil e a primeira do Nordeste,        com 3 985 297 habitantes em 2015. É a cidade nordestina com a maior       ​área de influência      regional e possui a terceira maior ​         rede urbana​   ​ do Brasil em população, atrás apenas de       ​São  Paulo​ e do ​Rio de Janeiro​ (WIKIPEDIA, 2014). 

Os estabelecimentos em que foram levantados os dados de pesquisa de campo são os        centros de compras mais desenvolvidos da cidade, considerados os principais estabelecimentos        varejistas de grande porte (assim classificados pelo número de pessoas empregadas e pelo        faturamento anual, segundo o SEBRAE) e em paralelo foram coletados dados do site oficial do        PROCON fortaleza. 

Segundo a AGROW, 2015 as hortaliças mais consumidas no Brasil são a batata, o tomate,        e a cebola, merendo destaque o pimentão, a bata­doce e o alface. Já com relação às frutas mais        consumidas destaca­se a banana, a laranja e a maçã, sendo o mamão, a uva e o maracujá de        bastante relevância, segundo dados da pesquisa do Diário do nordeste em 2005. 

Para realizar a seleção das culturas a serem analisadas, aplicou­se primeiramente um questionário        de pesquisa a 50 consumidores, elaborado e aplicado pela autora deste trabalho contento os        principais produtos hortigranjeiros consumidos pela população Brasileira (citados anteriormente),        buscando­se com este procedimento filtrar as 5 culturas mais expressivas quanto ao consumo        diário desta parcela representativa de entrevistado. Destacaram­se a banana prata, a laranja, o        tomate, a cebola e a batata inglesa. 

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da cidade para consultar os preços mensalmente. Todos os dados foram coletados e        posteriormente tabulados em tabelas e planilhas eletrônicas e os resultados apresentados por meio        de tabelas. 

As pesquisas se deram no período compreendido entre Janeiro e Dezembro de 2015.  4.2 Estatística descritiva 

A estatística pode ser definida como um conjunto de técnicas que permite, de forma        sistemática, organizar, descrever, analisar e interpretar dados oriundos de estudos ou        experimentos, realizados em qualquer área do conhecimento. Divide­se em Estatística Descritiva,        Probabilidade e Inferência estatística (APOSTILA IME/UNICAMP). 

A estatística descritiva objetiva sintetizar os dados coletados e assim permitir que haja        uma análise da variação que existe entre os dados (de mesma natureza). A estatística descritiva        configura a etapa inicial da análise utilizada para resumir, organizar e descrever os dados por        meio de tabelas, de gráficos e/ou de medidas descritivas. 

As principais medidas utilizadas para as variáveis quantitativas que são coletadas na        estatística descritiva são:  

● MEDIDAS DE POSIÇÃO: Moda, Média, Mediana, Percentis, Quartis.   ● MEDIDAS DE DISPERSÃO: Amplitude, Intervalo­Interquartil, Variância,        Desvio Padrão, Coeficiente de Variação. 

Para a construção da tabela deste trabalho foram usados:    

4.2.1 Média:​ É a medida de tendência central mais utilizada para representar a massa de dados.   

  (1)   

Ẋ: média 

(19)

 

4.2.2 Variância (Var):​ Considera­se o quadrado dos desvios em relação à média.  

  (2) 

 

4.2.3 Desvio Padrão:     Dada a dificuldade de interpretação da variância, uma vez que o resultado        é dado em unidades quadráticas, se faz necessário utilizar como medida de dispersão, a raiz        quadrada da variância, definindo­se assim, o desvio­padrão.  

  (3) 

 

4.2.4 Coeficiente de Variação:         É uma medida de dispersão relativa definida como a razão entre        o desvio padrão e a média. 

   

       (4)   

O coeficiente de variação permite avaliar a homogeneidade do conjunto de dados e, assim        opinar se a média é uma boa medida para representar estes dados.  

 

4.3 Análise de Tendência 

(20)

determinado período buscando prever um valor futuro e alcançar uma estabilidade, ou seja, um        planejamento mais seguro. Existem vários modelos matemáticos utilizados para realizar a        estimativa de tendência. O objetivo de trabalho foi obter a tendência anual dos preços das        culturas analisadas, utilizando­se assim o método linear. 

A análise foi realizada da seguinte forma:  

Tendência: por meio da função tendência, com os dados de preços reais de cada cultura        para Y e os valores de X codificados (sendo 1 para o mês de janeiro 2015, 2 para o mês de        fevereiro de 2015 e assim sucessivamente) determinou­se a tendência para cada cultura. 

● Tendência em termos monetários: Através da função inclinação, com os dados de preços        reais de cada cultura para Y e os valores de X codificados (sendo 1 para o mês de janeiro        2015, 2 para o mês de fevereiro de 2015 e assim sucessivamente) determinou­se a        tendência em termos monetários, para cada cultura.  

● Tendência em termos percentuais: Utilizando a função inclinação, com os dados de LN        (Logaritmo Natural) dos preços das culturas analisadas em Y e os valores de X        codificados (sendo 1 para o mês de janeiro 2015, 2 para o mês de fevereiro de 2015 e        assim sucessivamente) determinou­se a tendência em termos percentuais, para cada        cultura.  

(21)

     

5

 

 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Após conhecer os principais produtos hortigranjeiros consumidos pela população do        estado do Ceará, elaborou­se gráficos (gráficos 1 e 2 a seguir) objetivando destacar as frutas e        hortaliças mais consumidas em Fortaleza/CE. 

Figura 1 ­ Principais frutas consumidas em Fortaleza em 2015: banana pacovan, banana prata, laranja pêra, mamão        formosa. 

   Fonte: Elaborado pela autora. 

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   Fonte: Elaborado pela autora. 

O gráfico 2 mostrou que o tomate e a batata inglesa lideram a preferência dos        consumidores de forma geral, entretanto a cebola também se mostrou bastante significativa        representando 24% do consumo dos entrevistados.  

Embora o mamão formosa e o pimentão sejam menos representativos, não significa dizer        que são menos importantes, o que se conclui é que há como serem substituídos caso o preço ou a        qualidade, por exemplo, não estejam de acordo com o gosto do consumidor. 

5.1 Análise estatística anual 

A Tabela 1 apresenta a estatística descritiva dos preços para cada cultura analisada. Os        valores médios apresentados na primeira coluna da tabela 1 foram obtidos considerando toda a        série de preços em base mensal (preço real, ou seja, deflacionado), para isto somou­se todos os        meses do ano totalizando 12 meses no total, e dividiu­se o valor obtido por 12, obtendo­se, assim,        a média mensal para todo período analisado. 

Tabela 1 ­ Estatística descritiva de preços por cultura analisada durante o ano de 2015.  

 

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Percebe­se que os valores de máximo e mínimo possuem uma variabilidade grande,        atingindo uma diferença de aproximadamente R$ 7,00 no caso da cebola e R$ 6,90 o caso do        tomate. Os valores máximos atingidos por estas culturas no decorrer no ano foram visualizados        em todos os estabelecimentos, mostrando que existe um motivo para esse aumento e que não é a        diferença de preços entre estabelecimentos, mas provavelmente sejam decorrentes de fatores        ambientais que acabam influenciando sobre o ciclo de determinadas culturas. As maiores        diferenças entre os valores máximo e mínimo obtido ao longo do ano correspondem exatamente        aos maiores índices de coeficiente de variação apresentados na tabela 1. 

O coeficiente de variação médio foi obtido por meio da divisão do desvio padrão pela        média mensal de preços de cada cultura analisada. É uma medida de dispersão que representa o        desvio­padrão expresso como porcentagem da média. A principal qualidade do coeficiente de        variação é a capacidade de analisar comparativamente a variabilidade das médias dos valores        analisados, dando ideia da oscilação dos preços ao longo do período analisado.       ​ Quanto menor for      o valor desse coeficiente, mais homogêneos serão os dados, ou seja, menor será a dispersão em        torno da média, como pode ser observado com a banana prata que teve um coeficiente de        variação menor que 9% significando uma baixa dispersão, ou seja, as médias foram mais        homogêneas, em contrapartida com os demais produtos       ​apresentaram índice de coeficiente de          variação elevado, destacando­se o tomate que apresentou um índice de 66,60%. 

O desvio padrão, uma das mais utilizadas medidas de variação de um grupo de dados,        permite saber   quanto varia um resultado em relação a sua média. Ele​      foi obtido pela raiz​         quadrada da variância. Pode­se observar grande variabilidade entre as culturas com destaque para        a cebola e o tomate, que apresentam desvio padrão de aproximadamente 2, já a laranja pêra        apresentou o menor valor de desvio padrão e uma menor variância dentre os produtos analisados.   5.2 Análise de Tendência 

Um dos conceitos mais importantes da análise técnica é o de tendência, pois através dela        pode­se definir o sentido dominante que os dados estão seguindo. 

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pode ser um período favorável havendo assim aumento de produtividade e de oferta da cultura da        banana prata. 

Atualmente existem novas formas de aproveitamento dos produtos hortigranjeiros que        permitem a comercialização em escala destes produtos e diminuem as perdas, favorecendo desta        forma a redução do preço unitário do produto. O consumo de bebidas não alcoólicas está        crescendo favoravelmente, e para a preparação destas bebidas é utilizado uma quantidade        relevante de frutas de clima tropical, o que indiretamente influencia na formação dos preços        destes produtos (CARDOSO et al. 2000) 

De acordo com a tabela 2 a tendência dos produtos analisados não apresentou uma        variação significativa. O produto que apresentou tendência de queda nos preços foi        principalmente a banana prata, isto significa que as alterações nos preços tendem a ser menores        em seus preços de comercialização. A cultura da batata se destaca com o maior valor de        tendência. Essa tendência de aumento nos preços pode ser justificada pelo aumento na demanda        no mercado interno, pois estes representam alguns dos produtos hortigranjeiros mais consumidos        segundo pesquisas da AGROW e do diário do nordeste. 

Tabela 2 ­ Tendência dos preços por cultura considerando o período de janeiro à Dezembro de 2015. 

Cultura  Tendência   Tendência (T. Monetários)  Tendência (T. percentuais) 

Banana prata  2,902  ­0,045  ­0,042 

Laranja pêra  1,446  0,021  ­0,002 

Tomate  2,632  0,043  ­0,004 

Cebola  2,852  0,039  ­0,008 

Batata  2,367  0,048  ­0,000 

Fonte: Elaborado pela autora. 

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A cultura da batata possui tendência de preço praticamente igual à zero em termos        percentuais, isto é, tende a ter alterações mínimas em seus preços de comercialização. 

5.3 Análise estatística mensal 

As Tabelas de 3 a 7 apresentadas a seguir correspondem à estatística descritiva dos preços        deflacionados para cada cultura analisada. Os valores médios mensais apresentados na primeira        coluna da análise descritiva nas tabelas abaixo foram obtidos usando os preços reais, ou seja,        deflacionados, de cada estabelecimento no referido mês, ao todo foram 4 valores pois são 4        estabelecimentos, em seguida dividiu­se por 4, obtendo­se, assim, a média mensal do mês        analisado para cada cultura. 

Pode­se observar que os preços máximos foram obtidos nos meses de maio, agosto e        dezembro para quase todas as culturas, com exceção da batata inglesa que apresentou elevação        nos preços nos meses de fevereiro e julho também.  

5.3.1 Banana prata 

Tabela 3 ­ Estatística descritiva para a cultura da banana da série mensal de preços analisada.  

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A banana é uma das frutas mais comum na mesa dos cearenses. Ela aparece no estado        principalmente nas versões pacovan e prata. Além da produção local, também há a importação de        outros estados. 

Apesar das pesquisas terem sido realizadas sempre nos mesmos dias em todos os        estabelecimentos é possível observar que há uma variação significa entre os preços de um        estabelecimento para o outro dentro do mesmo mês e uma estratégia dos consumidores é        pesquisar em mais de um estabelecimento para conseguir economizar e os folders são as        ferramentas para quem deseja economizar. Segundo a tabela 3 destaca­se o mês de dezembro,        que apresentou um desvio padrão de 1,01 o mais alto no decorrer do ano, onde o preço mínimo        foi de R$ 2,39 e o máximo R$ 4,48, ou seja, uma variação 206,9%. 

De acordo com o programa de proteção e defesa do consumidor (PROCON) a prática de        preços diferentes não é ilegal e pode ocorrer até na mesma rede, o coordenador interino do órgão        afirma que há sim problema em anunciar um preço, mas cobrar outro. Deve­se levar em        consideração que os fornecedores nem sempre são os mesmos, que cada estabelecimento tem seu        poder de negociação e seus custos e isto pode justificar a variação nos preços. 

A escassez ou prolongamento de chuvas, o transporte e armazenamento dos produtos,        podem alterar o preço das frutas e das hortaliças.  

5.3.2 Laranja pêra 

 ​A laranja que é comercializada em Fortaleza­CE é proveniente de outros estados. Sergipe       

liderou com 43,3% o envio do fruto para Estado, Em segundo lugar na oferta do produto está São        Paulo, com 29,9% do total fornecido no mercado local é o que afirma o Analista de Mercado da        Ceasa­CE, Odálio Girão. 

Segundo o fundo de defesa da citricultura (FUNDECRITUS) os pomares de laranja        tingiram em 2014 a menor área de novos plantios nos últimos anos. Os preços considerados        baixo para a cultura e a incidência de doenças como greening (considerada a pior doença da        citricultura) acabam desestimulando os produtores e com isso o preço tende a ficar mais alto,        como em 2015. 

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de laranja pêra variou de R$ 0,66 a R$ 2,84, uma diferença de R$ 2,18, ou seja, mais de 300% de        diferença no decorrer do ano de 2015 (tabela 4). 

Tabela 4 ­ Estatística descritiva para a cultura da laranja pêra da série mensal de preços analisada.  

  Fonte: Elaborado pela autora. 

De acordo com a tabela 4 o primeiro semestre do ano se manteve praticamente estável        com exceção do mês de março que apresentou uma redução no preço real médio de R$ 0,83.        Períodos de safra, entressafra e as promoções ofertadas pelos estabelecimentos causam essas        quedas repentinas no preço dos produtos. 

O valor mínimo foi atingido nos meses de janeiro e outubro (R$ 0,59) e o valor máximo        foi registrado em agosto (R$ 3,60), uma variação que ultrapassa os 500%. 

O coeficiente de variação em janeiro apresentou seu maior resultado, 37,12%. Mas foi em        agosto que os dados se mostraram menos homogêneo, o desvio padrão registrou um índice de        0,62 e uma variância de 0,39. 

5.3.3 Tomate 

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próprio Ceará, mas o estado importa de São Paulo e Bahia, além de tomate cereja de Minas        Gerais (O POVO ONLINE, 2015). 

Tabela 5 ­ Estatística descritiva para a cultura do tomate da série mensal de preços analisada.  

  Fonte: Elaborado pela autora. 

O tomate é um dos produtos que mais sofre com o aumento nos preços, segundo o Índice        de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril de 2015, enquanto os preços na região tiveram        aumento médio de 0,66%, o tomate subiu 17,9%. 

De acordo com a tabela 5, no decorrer do ano atingiu o preço máximo e o maior índice de        desvio padrão em dezembro de R$ 6,59, nesta época a maioria dos produtos, principalmente os        alimentícios, tendem a sofrer um aumento devido às festas de fim de ano. O preço mínimo foi de        R$ 0,52 no mês de outubro, um aumento de R$ 6,07.       ​Esta variação pode ser um reflexo da seca,        pois é uma cultura sensível e as cidades que são responsáveis pela maior parte da produção de        tomate no Ceará sofrem crise hídrica.  

O preço real médio desta hortaliça­fruto variou entre R$ 0,81 e R$ 6,86 mostrando a        variabilidade deste produto no decorrer do ano (tabela 5). 

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A maior produção brasileira da cebola acontece entre julho e agosto, aumentando a oferta        da hortaliça e consequentemente a diminuição nos preços. Isto pode ser observado na tabela 6        onde o preço tende a diminuir a partir de setembro, atingindo a menor média em outubro com os        preços variando entre R$ 0,37 a R$ 1,49. 

5.3.4 Cebola 

Tabela 6 ­ Estatística descritiva para a cultura da cebola da série mensal de preços analisada.  

  Fonte: Elaborado pela autora.  

A cebola começa a apresentar alta a partir de dezembro e este aumento foi percebido pelos        consumidores (segundo a pesquisa realizada pela autora deste trabalho). O que impulsiona a alta        nos preços é uma maior oferta de cebola importada necessária para suprir a demanda na região        (CEASA/Fortaleza). 

O desvio padrão variou entre 0,30 e 1,14 se mostrando mais homogênea com relação às        demais culturas (tabela 6).  

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em torno da média, já no mês de junho o coeficiente de variação foi de 9,11% (o menor no ano) e        os preços oscilando entre R$ 3,23 e R$ 3,88 mínimo e máximo respectivamente. 

A menor média de preços foi registrada em outubro com R$ 0,92 e por consequência o        menor ​preço real mínimo do kg da cebola de R$ 0,37 e o máximo em maio atingindo R$ 7,42.        Esta diferença tão grande nos preços está fortemente relacionada à qualidade dos produtos que        varia de estabelecimento para estabelecimento e também as promoções que existem diariamente. 

5.3.5 Batata inglesa 

Tabela 7 ­ Estatística descritiva para a cultura da batata inglesa da série mensal de preços analisada​.  

  Fonte: Elaborado pela autora. 

A batata inglesa comercializada dentro do estado é proveniente principalmente dos        estados de Piauí, Minas gerais, Bahia, Goiás, Sergipe, Pernambuco, Santa Catarina, Paraná, Rio        grande do sul e também do Ceará.       ​Ela está diariamente na mesa dos brasileiros, mas estava sendo        considerada como o vilão dos hortigranjeiros diante dos altos preços. Percebe­se que ao longo do        ano de 2015 houve uma estabilização no preço do quilo da cultura e isto pode estar relacionada à        boa safra nos estados fornecedores (CEASA/CE,2015). 

 

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foi observado no mês de julho alcançando um coeficiente de variação de 29,11% e os preços        oscilaram entre R$ 2,69 a R$ 4,87 (mínimo e máximo respectivamente), ou seja, uma variação de        81% entre os estabelecimentos no referido mês. O menor coeficiente de variação foi observado        no mês de fevereiro com apenas 4,54%, o preço mínimo foi de R$ 2,88 e o máximo R$ 3,23, uma        variação de apenas 12,15% entre os estabelecimentos. 

O desvio padrão não passou de 1 em nenhum mês em 2015 (igualmente a laranja pêra), e        isto mostra a homogeneidade dos dados com relação aos demais produtos analisados. Não        significa que há uma redução nos preços, mas que eles estão mais estáveis em quase todo o ano.        A variância chegou a 0,01, o preço mínimo de R$ 0,99 e o máximo R$ 1,27, uma diferença de R$        0,28 entre o estabelecimento mais caro e o mais barato (tabela 7). 

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6. CONCLUSÕES 

Todas as culturas analisadas apresentaram variabilidade em seus preços de

       

comercialização nos comércios varejista de Fortaleza­CE.  

Analisando a média de preços ao longo do ano percebe­se que há uma oscilação entre os        estabelecimentos e pode ser notado principalmente nas hortaliças cebola e tomate, que também        apresentaram os maiores índices de desvio padrão e coeficiente de variação. 

Dos cinco produtos analisados apenas a banana prata apresentou tendência negativa (em        termos monetários). O restante dos produtos: Laranja pêra, tomate, cebola e batata inglesa        apresentaram tendência positiva de crescimento dos preços.  

Os resultados obtidos permitem que haja um melhor planejamento de compra ente os        consumidores, pois as diferenças encontradas quanto aos preços dos mesmos produtos entre os        estabelecimentos é bastante significativa e este conhecimento se faz importante também para o        planejamento da produção por parte dos produtores. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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REFERÊNCIAS 

 

BENTO, Danillo Guerreiro Caetano; TELES, Fabio Luis.       ​A sazonalidade da produção agrícola          e seus impactos na comercialização de insumos            ​. ​Revista Científica do Centro de Ensino        Superior Almeida Rodrigues ­ ANO I ­ Edição I ­ Janeiro de 2013. ISSN 2317­7284. 

 

Site médico.    A importância das frutas, legumes e verduras.              ​Disponível em :      http://www.sitemedico.com.br/site/qualidade­de­vida/alimentacaosaudavel/6941­a­importancia­d as­frutas­legumes­e­verduras​.  ​Acessado em 23 de Março de 2015. 

 

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.      ​Índices nacionais de preços ao          consumidor.  Rio  de  Janeiro,  BRASIL,  2016.  Disponível  em​:  http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/ipca­inpc_201512comenta rios_20150108_093000.pdf.​ ​Acessado em 10 de Fevereiro de 2015​. 

 

SEBRAE­SC, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina      ​. Critérios de      classificação  de  empresas:  MEI  ­  ME  –  EPP​.  Disponível  em:  http://www.sebrae­sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=4154​. Acessado em: 21 de Janeiro de        2015​

 

WAQUIL, Paulo Dabdab; MIELE, Marcelo; SCHULTZ, Glauco.       ​Mercados e comercialização      de  produtos  agrícolas.  ​Porto  Alegre,  2010.  ​Disponível  em:  http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad016.pdf​. Acessado em 01 de Fevereiro de        2015. 

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EMBRAPA​,  Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária​         ​.  ​Citros​. Disponível em:      https://www.embrapa.br/mandioca­e­fruticultura/cultivos/citros. Acessado em 01 de Fevereiro de        2015. 

 

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PEDERIVA, Ana Carolina.     ​Mercados e canais de comercialização de produtos agrícolas no                  Rio Grande do Sul. ​Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2012. 

 

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AGUIAR, Danilo R. D.; FIGUEIREDO, Adelson Martins.       ​Poder de Mercado no Varejo          Alimentar: uma análise usando os preços do estado de São Paulo.                      Disponível em:    http://www.scielo.br/pdf/resr/v49n4/a07v49n4.pdf​.​ ​Acessado em: 21 de Janeiro de 2015. 

 

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ALVES, José Roberto​. A importância do vendedor frente à globalização. ​Disponível em:  http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/834​. Acessado em: 16 de  Fevereiro de 2015.

 

 

 

 

 

Imagem

Figura 1 ­ Principais frutas consumidas em Fortaleza em 2015: banana pacovan, banana prata, laranja pêra, mamão                                   formosa
Tabela 1 ­ Estatística descritiva de preços por cultura analisada durante o ano de 2015
Tabela 2 ­ Tendência dos preços por cultura considerando o período de janeiro à Dezembro de 2015. 
Tabela 3 ­ Estatística descritiva para a cultura da banana da série mensal de preços analisada
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