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PROJETO DE LEI Nº /2020. CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

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PROJETO DE LEI Nº ___/2020.

Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano no Município de Gramado e dá outras Providências.

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Para fins administrativos, fiscais e urbanísticos, o território do Município de Gramado divide-se em zona urbana e zona rural, conforme Perímetro Urbano indicado no ANEXO II - Mapa de macrozoneamento urbano e rural da Lei do Plano Diretor, cujos limites estarão definidos por coordenadas georreferenciadas, bem como a identificação das divisas territoriais.

Art. 2º O parcelamento do solo urbano, somente será admitido nas macrozona urbana, na Macrozona Povoados autossustentáveis e na Macrozona industrial e será regido por esta Lei, bem como pelas legislações estaduais e federais, pertinentes ao assunto.

§ 1º As definições das macrozonas constam no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, ANEXO II.2.

§ 2º Os parcelamentos do solo no Município de Gramado deverão contar com a infraestrutura mínima previstas nesta Lei.

Art. 3º Considera-se parcelamento, a divisão da gleba, área ou lote, em unidades juridicamente independentes.

Art. 4º A critério do Município, com parecer favorável da Comissão

Técnica do C-PDDI - Conselho do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado,

e do CONDEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, poderão

ser criados "Povoados autossustentáveis", fora do perímetro urbano principal,

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além daqueles já previstos no PDDI. Para tanto, necessariamente, haverá lei específica, a qual deverá estabelecer os limites dos mesmos, representados graficamente, em planta georreferenciada, que fará parte da respectiva Lei.

Art. 5º O parcelamento do solo, para fins urbanos, será realizado sob a forma de loteamentos abertos ou fechados, desmembramento e condomínio de lotes por unidade autônoma, conforme segue.

§ 1º Considera-se loteamento aberto ou de acesso restrito a subdivisão de gleba em lotes, destinados à edificação, que implique na abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou o prolongamento, modificação e ampliação dos já existentes.

§ 2º Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes, destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário e da infraestrutura existente, desde que não implique na abertura de novas vias de logradouros públicos nem no prolongamento, modificação e ampliação dos já existentes.

§ 3º A abertura de via de circulação situada nas divisas da gleba a ser desmembrada, cuja execução seja exigida pelo Município nos termos do parágrafo 5º infra não configura loteamento.

§ 4º Considera-se condomínio de lotes por unidade imobiliária a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, composto por partes de uso exclusivo e por partes de uso comum de todos os condôminos.

§ 5º Nos condomínios de lotes e nos desmembramentos o Município

poderá exigir, quando necessário, a fim de evitar a impossibilidade de

expansão da malha viária, a doação ao Município de área externa, extra muros

do condomínio para futura expansão da malha viária, cuja implantação poderá

ser exigida do empreendedor como contrapartida.

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Art. 6º Todo o imóvel urbano de Gramado ou os localizados na Macrozona Povoados Autossustentáveis, para a aprovação de projeto de uso do solo, por qualquer uma de suas modalidades, que não se enquadrem no disposto nos Artigos 170 e 171 do Plano Diretor – PDDI (Lei nº____) deverão atender o estabelecido nesta Lei.

Parágrafo Único: No caso de existir linha de transmissão de energia, aqueduto, gasoduto, ou outro equipamento urbano, desta natureza ou assemelhado, deverá ser obedecida à regulamentação dos órgãos competentes, bem como as demais legislações, pertinentes ao assunto.

Art. 7º O parcelamento do solo não será permitido:

I - em áreas alagadiças, sem que antes tenham sido realizadas as obras necessárias para escoamento das águas do alagamento ou do seu represamento e decorrente transformação em lagos, com a garantia de escoamento de forma controlada e sem apresentar riscos às atividades a jusante;

II - em áreas com águas estagnadas ou aterradas com materiais nocivos à saúde pública, sem que tenham sido antecipadamente saneadas e aprovadas para uso urbano pelas autoridades Municipais, Estaduais e Federais competentes;

III - em áreas onde as condições geológicas não aconselhem a edificação, devidamente comprovadas por estudo técnico realizado por profissional da área;

IV - em áreas que possuam declividade superior a 30% (trinta por

cento), sem que tenham sido tomadas medidas de contenção ou tenham os

cuidados necessários à estabilidade do terreno, conforme determina a

autoridade Municipal, sendo vedado o parcelamento em áreas com declividade

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superior a 45º (quarenta e cinco graus), por serem enquadradas como áreas de APP - Área de Preservação Permanente;

V - em áreas definidas como APP - Área de Preservação Permanente, pela Lei Federal nº 12.651/2012, e Código Ambiental Estadual – Lei Estadual nº 15.434 de 9 de janeiro de 2020.

VI - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.

§ 1º É permitido o cruzamento do sistema viário sobre as APPs citadas no inciso "V" acima quando não for possível outra solução, devendo ser aprovado pelo órgão ambiental responsável.

§ 2º

O parcelamento do solo deverá observar o disposto Lei da Mata Atlântica (11.428/2006), esta lei regulamenta os percentuais de uso permitido da mata nativa segundo seu estágio e segundo o período em que o dito imóvel passou a integrar a zona urbana.

§ 3º

O parcelamento do solo deverá ter análise prévia com parecer favorável a serem emitidos pelo _Conselho do Plano Diretor e Conselho de Meio Ambiente, em áreas definidas pelo PDDI como sendo Áreas Públicas e de Interesse Público e comunitário institucional (AIP) - ANEXO XI.5 - Áreas Especiais de Intervenção - Áreas de Interesse Público e comunitário institucional (AIP) / Município de Gramado e ANEXO XI.6 - Áreas Especiais de Intervenção - Áreas de Interesse Público e comunitário institucional (AIP) / Cidade de Gramado e ANEXO XI.7 - Áreas Especiais de Intervenção - Áreas de Interesse Ambiental e Paisagístico (AIAP) / Município de Gramado e ANEXO XI.8 - Áreas Especiais de Intervenção - Áreas de Interesse Ambiental e Paisagístico (AIAP) / Cidade de Gramado do Plano Diretor

Art. 8º Da gleba a ser parcelada:

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(a) na forma de loteamento aberto ou de acesso restrito, deverão ser destinadas áreas para a implantação de logradouros ou vias de circulação, áreas para equipamentos urbanos e comunitários e áreas livres de uso público entre outras eventualmente existentes no loteamento, devendo as mesmas ser proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo PDDI, da zona em que se situem;

(b) na forma de desmembramento ou de condomínio de lotes, as áreas a serem doadas ao Município, se não forem oriundas de regular parcelamento no qual não tenha havido contribuição de áreas públicas, observação os percentuais definidos nesta Lei e/ou no Plano Diretor.

§ 1º As áreas de destinação pública nos loteamentos abertos ou de acesso restrito descritas no presente Artigo, passarão ao domínio público, automaticamente, por ocasião do registro do loteamento no Cartório do Registro de Imóveis.

§ 2º As áreas de destinação pública nos desmembramentos e condomínios de lotes, deverão ser objeto de escritura pública de doação a ser lavrada junto com o ato de aprovação do respectivo projeto e serem encaminhadas para o devido registro junto ao Cartório do Registro de Imóveis, juntamente com o desmembramento ou condomínio de lotes, conforme o caso.

§ 3º Em se tratando de condomínios de lotes, as áreas de destinação pública, se oriunda do mesmo imóvel onde será implantado o condomínio, deverão deste serem destacadas, através de desmembramento a ser aprovado em conjunto e, obrigatoriamente, localizar-se-ão fora dos limites do condomínio.

§ 4º Antes de serem oferecidas ao Município às áreas a que se refere

este artigo, deverá ser apresentado parecer da Secretaria Municipal do Meio

Ambiente quanto à existência de "passivo ambiental".

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Art. 9º Para efeitos desta Lei, considera-se:

I - áreas de Uso Comum quando se tratar de condomínio de lotes ou de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64: são as áreas destinadas à circulação interna de veículos, pedestres, de acesso aos lotes e as demais áreas de lazer, equipamentos urbanos e comunitários pertencentes a esta modalidade de parcelamento do solo, inclusive as Áreas de Preservação Permanente - APP, localizadas dentro dos limites das áreas de uso comum do condomínio, as redes internas de abastecimento de água, esgoto cloacal, telefonia, energia elétrica, redes de coletas de águas pluviais, gás canalizado, até a conexão com as redes exclusivas de cada unidade, ou seja tudo que sirva indistintamente à todos os condôminos;

II - áreas para Equipamentos Urbanos; são áreas dos Loteamentos e desmembramentos destinadas à implantação de equipamentos urbanos, como os de abastecimento de água, esgoto cloacal, telefone, energia elétrica, redes de coletas de águas pluviais, gás canalizado e outros previstos no parcelamento;

III - áreas para Equipamentos Comunitários; são áreas dos Loteamentos e desmembramentos destinadas à implantação de serviços de infraestrutura comunitária tais como, educação, segurança, saúde, transportes, lazer, cultura, entre outros;

IV - áreas Livres de Uso Público; são as áreas dos Loteamentos e desmembramentos destinadas a praças e/ou jardins, também definidas como sendo "áreas verdes". Estas áreas deverão ser compostas preferencialmente por áreas de vegetação nativa que ocorrer no imóvel objeto de parcelamento;

VI - lote Urbanizado; área resultante dos diversos tipos de

parcelamentos, previstos nesta Lei, devidamente individualizada, com a

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respectiva matrícula, dotada da infraestrutura, passível de comercialização e destinada à edificação;

VII - loteamentos Abertos; são aqueles que integram a malha viária urbana, sem guarita e muros de fechamento, sem controle de acesso de veículos e/ou pessoas, onde os serviços essenciais básicos são prestados e custeados pelo Município após a conclusão e entrega do mesmo;

VIII - loteamentos de acesso Restrito; são aqueles que possuem fechamento com muros e guaritas, mediante "Termo de Concessão Administrativa de Uso" a título oneroso ou gratuito, cujas concessões serão feitas entre o Loteador e o Município, ou entre este e a Associação dos Moradores, se por ocasião da assinatura do Termo de Concessão Administrativa de Uso, esta já estiver constituída, por tempo determinado; ficam isolados da malha viária urbana, com acesso restrito, sendo que os serviços básicos serão realizados e custeados pelos moradores, através da Associação de Moradores do Loteamento, de que trata o artigo 36-A da Lei 6.766/79, à quem o Loteador deverá os direitos e deveres do Termo de Concessão Administrativa de Uso, se este tiver sido firmado antes da constituição da Associação;

IX - condomínio de Lotes; são espécie de parcelamento do solo, criado

pelo artigo 1.358-A do Código Civil que possuem partes designadas de lotes

que são propriedade exclusiva e partes que são propriedade comum de todos

os condôminos, de acordo com a fração ideal atribuída à cada lote na sua

instituição. Os condomínios de lotes poderão ter regimento urbanístico e

construtivo próprios, desde que mais restritivos do que a legislação municipal, a

qual será registrada no Cartório de Imóveis juntamente com o registro do

respectivo memorial de incorporação ou com a instituição jurídico formal do

condomínio, em caso de não haver o prévio registro do memorial de

incorporação.

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X - Superfície mínima para novos parcelamentos: Dimensões mínimas necessárias para produzir um novo parcelamento em qualquer uma de suas formas deverá observar o disposto PDDI e seus anexos: ANEXO II - Mapa de macrozoneamento urbana e rural, ANEXO III.1 - Mapas de zoneamento do Município de Gramado e ANEXO III.2 - Mapas de zoneamento da Cidade de Gramado , e ANEXO IX – Tabelas de regime urbanístico.

XI - Superfície máxima da gleba para condomínios: Dimensões máximas de um condomínio.

XII - Dimensões máximas de quarteirão: Dimensões máximas do conjunto de parcelas de perímetro limitado em todas as dimensões por vias públicas de hierarquia mínima de subcoletora ou superior.

Parágrafo Único. Todo o imóvel urbano de Gramado que na sua origem não tenha contribuído com destinação de áreas públicas para aprovação de projeto de uso do solo, seja por parcelamento ou por qualquer outra modalidade de ocupação do solo, deverá destinar o mínimo de área pública, prevista nesta Lei e no artigo 171 do Plano Diretor.

SEÇÃO I - DOS LOGRADOUROS OU VIAS DE CIRCULAÇÃO

Art. 10. Os logradouros ou vias de circulação dos parcelamentos do

solo, na forma de loteamento aberto ou restrito, são regidas conforme disposto

no Capítulo VIII -DA CLASSIFICAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA

VIÁRIO, artigos 20 a 28, e pelas disposições do CAPÍTULO IX - DAS

INTERSEÇÕES E DOS PASSEIOS, artigos 29 a 35 do Plano de Mobilidade,

Lei 3.779/2019.

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SEÇÃO II - DOS LOTES, DIMENSÕES E ÁREAS

Art. 11. Os lotes urbanizados, dependendo do tipo de parcelamento pretendido e a localização dos mesmos, deverão necessariamente obedecer às dimensões mínimas de testadas e área, as dimensões máximas para quarteirões, as dimensões mínimas para parcelamento e as dimensões máximas para condomíniosestão conforme ANEXO IX – Tabelas de regime urbanístico do PDDI para cada zona.

Art. 12. Não serão permitidos lotes encravados, a não ser em casos especiais, apenas para desmembramentos, quando possuírem servidão de passagem, conforme disposto em legislação específica.

§ 1º Nos Loteamentos e desmembramentos, os lotes que possuam frente para dois ou mais logradouros ou vias de circulação, deverá ser observada uma testada mínima principal para a via de maior importância viária, sempre respeitando a área mínima do lote, conforme o tipo que se destina, sendo que as outras testadas deverão ser, no mínimo, 2/3 (dois terços) da principal.

§ 2º O comprimento dos quarteirões dos condomínios e dos loteamentos abertos ou de acesso restrito, serão aqueles estabelecidos no ANEXO V do PDDI para cada zona respeitando-se o previsto no art. 28, § 2º incisos I e II, desta Lei.

§ 3º Os lotes dos condomínios e dos loteamentos abertos ou de acesso

restrito, dependendo da topografia e/ou outros fatores de ordem técnica,

poderão ter suas testadas diferentes daquelas previstas para a zona para um

número de lotes não superior a 10% do número de unidades do

empreendimento, desde que sejam observadas as restrições construtivas

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impostas pelo PDDI e mantida a área mínima prevista no Anexo V do PDDI para cada zona.

CAPÍTULO II - DOS PROJETOS DE PARCELAMENTO E SUA APROVAÇÃO

SEÇÃO I - DOS LOTEAMENTOS ABERTOS E DE ACESSO RESTRITO

Art. 13. Nos parcelamentos do solo na forma de loteamento aberto ou de acesso restrito, o somatório das áreas públicas não deverá ser inferior a 40% (quarenta por cento) da área passível de ocupação, incluindo área dos lotes, dos logradouros, das vias de circulação, das áreas de destinação públicas, excluías apenas as APPs – Áreas de Preservação Permanente. Para a Macrozona 6 o percentual de área pública será de 50% da área passível de ocupação, quando a área de APP do total da gleba for inferior a 20%; Quando a área de APP for maior que 20% e menor que 30% da área total da gleba, a área pública será de 45% sobre a área passível de ocupação; Quando a área de APP sobre a gleba total for maior que 30% a área pública será de 40%

sobre a área passível de ocupação;

Art. 14. Para o cálculo do percentual previsto no artigo 13 supra,

inicialmente deve ser descontado todas as áreas consideradas como APPs -

Áreas de Preservação Permanente conforme artigo 7º, inciso V , para ser

apurarado o percentual mínimo estabelecido, ou seja os percentuais indicados

no caput não incidirão sobre as APPs - Áreas de Preservação Permanente . A

resultante da área total menos a área de APP denomina-se APO – Área

Passível de Ocupação.

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Art. 15 Do percentual previsto no artigo 13 supra, deverá ser respeitado o mínimo de 15% (quinze por cento) da área total loteada como

"área livre de uso comum do povo", descontadas aquelas mencionadas no Artigo 14 supra.

Art. 16. Preliminarmente à elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar através de requerimento encaminhado a Secretaria do Planejamento, a viabilidade do parcelamento pretendido, que deverá ter a viabilidade analisada em até 30 dias, acompanhado dos seguintes documentos:

I - matrícula(s) atualizada do imóvel; quando o interessado no parcelamento não for o proprietário do imóvel, anexar a devida autorização do mesmo, legalmente reconhecida;

II - levantamento planialtimétrico da gleba; georreferenciada com as coordenadas do Município e curvas de nível a cada 1m (um metro), em escala compatível, demonstrando o sistema viário existente e contíguo;

III - as divisas da gleba; suas dimensões e confrontações, medidas conforme matrícula e conforme levantamento no local (as quais, se forem diferentes, deverá haver a retificação da matrícula por ocasião da aprovação do projeto definitivo);

IV - localização de edificações existentes; levantamento das edificações existentes na área e, quando se tratar de prédios históricos ou de importância na colonização do Município, anexar um laudo do Conselho do patrimônio Histórico de Gramado.

V - levantamento da hidrografia; cursos d´água, rios, cascatas,

nascentes, demais áreas consideradas APP e outros.

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VI – No levantamento planialtimétrico deverá constar as manchas de vegetação nativa.

VII - o tipo de uso a que se destina parcelamento; bem como se será aberto ou de acesso restrito ou ainda de condomínio de lotes e estimativa de número de unidades;

Art. 17. Admitida a viabilidade do parcelamento na forma de loteamento, o interessado deverá ingressar com o pedido de LP – Licença Prévia na secretaria de Meio Ambiente, que no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, o Poder Público Municipal, através do órgão responsável, emitirá a Licença Prévia ou o "relatório de análise", onde constarão os pedidos de complementação em ato único, que sendo atendidos, não serão admitidos novos pedidos de complementação, e devendo em prazo de 60 dias do atendimento ser emitida a LP – Licença Prévia.

§ 1º Para ingresso do pedido de Licença Prévia deverá ser atendido o termo de referencia para aprovação de parcelamento do solo da SMMA, além dos seguintes documentos:

I - Viabilidade Prévia prevista do Art. 16 Lei;

II - o tipo de uso a que se destina o loteamento

III - se será aberto ou de acesso restrito e acompanhado de projeto básico do parcelamento pretendido.

§ 2º em caso de áreas que sejam, pelo porte, licenciadas pela FEPAM, será dispensado do tramite deste artigo na SMMA, devendo a SMMA atender o disposto no termo de referencia da FEPAM para o interessado ingressar com o pedido de LP na FEPAM.

Art. 18. As diretrizes a que se refere o artigo 16 terão validade pelo

prazo de 2 (dois) anos, a contar da data da expedição das mesmas.

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Art. 19. Obtida a LP o interessado deverá ingressar com pedido de análise do EIV e aprovação do projeto urbanístico, projeto este elaborado a partir das diretrizes expedidas conforme Art. 17 , e diretrizes estabelecidas na LP e será apresentado para análise na secretaria de Planejamento e Mobilidade Urbana do Município em 01 via física e cópia digital, mediante protocolo instruído com as seguintes peças obrigatórias, e devendo o município expedir a aprovação do projeto em 60 dias, ou solicitar em ato único as complementações necessárias, que uma vez atendidas deverá ser devolvido o projeto aprovado em 30 dias:

I - requerimento de solicitação de aprovação; endereçado à Secretaria do Planejamento;

II - levantamento planialtimétrico nos padrões estabelecidos para a obtenção da LP;

III - projeto da gleba; contendo as dimensões lineares e angulares e suas confrontações, sua posição em relação ao sistema viário, georreferenciada em relação às coordenadas do Município e eventuais construções existentes;

IV - projeto urbanístico do parcelamento; contendo os logradouros ou vias de circulação com os seus gabaritos e "grides", quarteirões identificados por letras maiúsculas do alfabeto, lotes identificados por numeração contínua no quarteirão com suas dimensões e áreas superficiais, identificação das áreas destinadas ao Município e, quando for o caso, das áreas não-edificáveis, de preservação permanente (APP) e outras que por ventura existirem;

V - quadro resumo de áreas; onde conste a área total da gleba a ser parcelada e as demais citadas no inciso IV, deste artigo;

VI - identificação hidrográfica; arroios, lagos, córregos, cascatas,

nascentes e outros elementos desta natureza;

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VII - quando se tratar de loteamento; deve ser anexado ao processo o

"Regime Urbanístico e de Edificações Próprio do Loteamento", se houver e minuta do "Termo de Concessão Administrativa de Uso", conforme Anexo I, parte integrante desta Lei, onde fique claro que não será cerceado o "direito de ir e vir" da população;

VIII - Licença Prévia - LP - do órgão ambiental responsável; onde constem as diretrizes básicas a serem seguidas para elaboração do projeto definitivo do parcelamento.

IX - Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV; dependendo do porte, conforme determina a legislação municipal específica.

Art. 20. Obtida a aprovação do projeto urbanístico o interessado deverá elaborar e aprovar os projetos de infraestrutura e ingressar com o pedido de LI – Licença de Instalação na secretaria de Meio Ambiente, que no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, emitirá a Licença de Instalação ou o

"relatório de análise", onde constarão os pedidos de complementação em ato único, que sendo atendidos, não serão admitidos novos pedidos de complementação, e devendo em prazo de 60 dias do atendimento ser emitida a LI – Licença de Instalação.

§ 1º Os projetos de infraestrutura de que trata o caput deste artigo são os seguintes:

I - Projeto de terraplenagem;

II - Projeto de pavimentação;

III - Projeto de drenagem urbana;

IV - Projeto de eletrificação e Iluminação Pública;

V - Projeto do sistema de abastecimento de água;

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VI - Projeto de sistema de esgotamento sanitário.

§ 2º Para ingresso do pedido de Licença de Instalação deverá ser atendido as exigências da LP – Licença Prévia , acompanhado do projeto urbanístico aprovado, que uma vez emitida a LI deverá carimbar o projeto urbanístico dando por concluída a etapa de Licenciamento.

Art. 21. Após obtida a LI – Licença de Instalação, o empreendedor deverá ingressar novamente na Secretaria de Planejamento com requerimento de solicitação dos seguintes documentos:

I – Portaria de Aprovação;

II - Alvará de Obras;

III - Liberação da minuta do Termo de Garantia de obras, nos casos dos Loteamentos;

§ 1º Devendo o interessado, no caso de loteamento, apresentar os seguintes documentos:

I – Planilha orçamentária do custo de obras do empreendimento;

II – Termo de garantia de execução de obras; podendo ser hipoteca de lotes ou de imóveis localizados fora do loteamento, garantia de fiança bancária ou seguro de conclusão de obras, de valor equivalente ao custo de execução de obra, sendo que nos dois primeiros casos a garantia deverá ser formalizada mediante Escritura Pública registrada no Cartório do Registro de Imóveis.

§ 2º No caso de ser oferecida garantia com imóveis não integrantes do

loteamento, deverá ser anexada a avaliação dos mesmos elaborada por

profissional legalmente habilitado, estando a avaliação sujeita à aceitação, ou

não, por parte do Município.

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§ 3º O Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da data de protocolo de todos os documentos mencionados no “caput” dest artigo , deverá emitir a documentação.

§ 4º A liberação das obras fica condicionada ao cumprimento do que determina o “caput” deste artigo.

§ 5º Nos desmembramentos e condomínios de lotes ou de conjunto de edificações de que trata o artigo, 8º da Lei 4.591/64, em que haja a obrigação do empreendedor de realizar contrapartidas, o município condicionará à emissão da LI a constituição da correspondente garantia, observando-se no que for compatível o disposto nos parágrafos anteriores.

§ 6º O trâmite do pedido de LO – Licença de Operação, quando for o caso, estará condicionado ao atendimento do estabelecido na LI – Licença de Instalação, devendo a LO - Licença de Operação ser expedida em prazo não superior a 30 (trinta) dias.

Art. 22. As áreas públicas constantes no projeto básico de urbanismo e no memorial descritivo, passarão para o domínio público na ocasião do registro do loteamento e não poderão ter sua destinação alterada após a aprovação deste, salvo nas hipóteses previstas em lei.

Art. 23. Fica autorizado o Município de Gramado a conceder, mediante

"Termo de Concessão Administrativa de Uso", a título precário que será outorgada por ocasião da aceitação do mesmo, devendo constar todos os encargos da "concessionária" relativa à destinação, ao uso, à ocupação, conservação e manutenção dos objetos da concessão, bem como as penalidades no caso do seu descumprimento e o prazo de concedido, conforme a "minuta" prevista nesta Lei (ANEXO I).

§ 1º Tem por objetivo a "concessão pública" acima referida, tornar os

parcelamentos na forma de loteamento, instituídos pela Lei federal 6.766/79,

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artigo 2º, parágrafo 8º, como sendo "loteamentos de acesso restrito" previsto no artigo 9º, inciso VIII, desta Lei.

§ 2º A concessão pública a que se refere o "caput" do presente Artigo será sempre em favor da "Associação de Moradores do Loteamento", instituída pelo Loteador, sem fins lucrativos, que tenha como associados os proprietários ou promitentes compradores dos lotes e deverá se encarregar da administração dos logradouros ou vias de circulação, áreas para equipamentos urbanos e comunitários com os respectivos equipamentos, as áreas livres de uso público, áreas não edificáveis, áreas de preservação permanente (APP) e outras que porventura existirem.

§ 3º Os loteamentos já concluídos e entregues à responsabilidade do Município, ou aqueles cujo projeto tenha sido aprovado e em fase de implantação, poderão enquadrar-se como "loteamentos e acesso restrito", mediante parecer favorável da Comissão Técnica do C-PDDI, cumpridas as exigências previstas deste Artigo.

§ 4º O "Termo de Concessão Administrativa de Uso" previsto no

"caput", não pode vedar ou impedir o acesso de pedestres ou a condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados, conforme disposto no parágrafo 8º do art. 2º da Lei 6.766/79, bem como não poderá haver obstrução da malha viária do Município.

Art. 24. A extinção ou dissolução da "entidade concessionária", a

alteração da destinação de uso de qualquer bem público concedido e o

descumprimento de qualquer uma das cláusulas estabelecidas no "Termo de

Concessão Administrativa de Uso", conforme minuta constante no Anexo I

desta Lei, implicará na automática extinção da concessão, revertendo, no

mesmo ato, ao Município, os bens públicos concedidos.

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§ 1º Sobre os bens públicos dados em concessão conforme artigo 23, desta Lei, poderão ser feitas benfeitorias e melhorias, sempre às expensas da

"concessionária" e mediante autorização por escrito da "concedente".

§ 2º Havendo sido realizadas melhorias ou benfeitorias nos bens

"concedidos", independentemente de autorização, estas melhorias serão incorporadas ao patrimônio público do Município, sem qualquer indenização à

"concessionária".

§ 3º Como contrapartida da concessão pública prevista no art. 23, os serviços públicos relativos ao loteamento que obtiverem a concessão deverão ser realizados pelos proprietários, sob responsabilidade da Associação de Moradores.

§ 4º Extinguir-se-á a concessão, total ou parcialmente, quando houver

"interesse público relevante" que determine a necessidade de liberação da via pública ao livre tráfego de veículos e pedestres, ou quando houver interesse da associação de moradores.

§ 5º Finda a concessão, conforme previsto no & anterior, deverá a associação de moradores remover as guaritas, portarias e demais elementos e obras necessárias, às suas expensas, sem que haja ressarcimento por parte do município.

SEÇÃO II - DOS DESMEMBRAMENTOS

Art. 25. Os desmembramentos são caracterizados pela divisão de

glebas, áreas ou lotes urbanos em lotes individualizados, com aproveitamento

do sistema viário e da infraestrutura existente, independentemente da

quantidade de lotes resultantes do mesmo. A abertura de via(s) de circulação

pública na(s) lateral(ais) situada(s) na divisa da gleba a ser desmembrada, a

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ser implantada por força do disposto no parágrafo 5º do artigo 5º supra, não descaracterizará o desmembramento.

§ 1º Nos desmembramentos de glebas com área igual ou superior a 10.000,00m² e menores que 25.000,00m², que não tenham sido objeto de anterior parcelamento regular do solo com a contribuição de áreas públicas previstas na época da sua aprovação, será obrigatória a doação ao município o percentual de 20% de área pública.

§ 2º Nas glebas iguais ou superiores a 25.000,00m², o município poderá exigir que o parcelamento seja realizado através de loteamento, de forma a não haver obstaculização da expansão urbana e da malha viária, porém deverá independente da forma de ocupação prever 40% de área pública exceto para áreas localizadas na Macrozona 6 que deverá destinar 50%

conforme regramento estabelecido no art.13 desta Lei.

§ 3º As áreas efetivamente registradas no Cartório do Registro de Imóveis com matrícula individual com área inferior a 10.000,00m² estarão dispensados do que prevê o § 1º do presente Artigo.

§ 4º Nos desmembramentos decorrentes de extinção de condomínio pro indiviso constituídos antes da entrada em vigor da Lei 6.766/79 ou de partilha em inventário por falecimento do proprietário da gleba original, também não haverá a incidência de qualquer doação de área pública, desde que o número dos lotes desmembrados seja igual ou inferior ao dos condôminos do condomínio pro indiviso ou dos herdeiros do falecido, conforme o caso.

§ 5º O disposto no parágrafo anterior não isenta os proprietários que

receberam as glebas a que dito parágrafo se refere de no futuro contribuírem

com áreas públicas caso venham a parcelar ou edificar sobre as glebas assim

recebidas.

(20)

§ 6 Para cálculo dos percentuais previstos no "§ 1º " deste artigo, não incidirão sobre as APPs – Áreas de Preservação Permanente e, estas, quando viável tecnicamente passarem para o domínio público por meio de doação ao Município quando da aprovação do desmembramento. Não sendo viável doação das APPs deverão permanecer dentro do lote e ser objeto de averbação com descrição do seu perímetro na forma georreferenciada, e obrigatoriamente deve constar na matrícula que sobre a área de APP não computarão IA e TO do terreno na qual se localizam.

§ 7º É permitido o fracionamento ou desdobre de área ou lote urbano em duas ou mais partes, com quaisquer dimensões, sempre que essas frações desdobradas, na mesma oportunidade, sejam anexadas por fusão aos imóveis contíguos. Também é permitido o desdobre nas mesmas condições com a fusão de uma só parte, desde que a remanescente continue com as dimensões e área mínima estabelecidas nesta Lei, devendo em qualquer caso ter a aprovação dos órgãos responsáveis do Município, ficando dispensados do que prevê o § 1º, deste Artigo.

§ 8º Quando houver edificação sobre a área ou lote a ser desmembrado, deverá ser observado os requisitos urbanísticos previstos no PDDI (para recuos, Taxa de Ocupação - TO e Índice de Aproveitamento - IA e outros).

§ 9º Os desmembramentos também estão sujeitos às limitações impostas pelo artigo 7º, incisos I a VI, da presente Lei e outras pertinentes ao assunto.

Art. 26. O projeto de parcelamento na forma de desmembramento será

encaminhado para aprovação em meio digital e 01 via física e se constituirá

dos seguintes documentos obrigatórios:

(21)

I - requerimento de solicitação de aprovação; endereçado à Secretaria do Planejamento e Secretaria do Meio Ambiente;

II - matrícula atualizada; de propriedade da gleba ou lote, unificada quando for mais de uma e, obrigatoriamente, deve estar em nome do proprietário do desmembramento. A matrícula deve estar retificada se houver discrepância entre esta e as medidas no local;

III - levantamento planialtimétrico; da gleba ou lote com curvas de nível a cada 01(um metro), objeto de intervenção, em escala compatível, demonstrando o sistema viário existente e contíguo, georreferenciada em relação às coordenadas do Município;

IV - as divisas da gleba; suas dimensões e confrontantes e sua localização em relação à malha viária urbana, georreferenciada em relação as coordenadas do Município;

V - localização de edificações, cursos d´água e circulações existentes:

áreas definidas como APP e ainda eventuais vias de circulação existentes sobre a gleba ou lote;

VI - laudo de cobertura vegetal ; elaborado por profissional habilitado;

VII - projeto urbanístico do desmembramento; contendo os lotes, identificados por numeração contínua, com as dimensões e área superficial, as áreas livres de uso público, área para equipamentos urbanos e comunitários e, quando for o caso, as áreas não-edificáveis e de preservação permanente - APP;

VIII - quadro resumo de áreas; onde conste a área total da gleba ou lote a ser desmembrado, e as demais referidas no inciso VII, deste Artigo;

IX - memorial descritivo; com a descrição da finalidade do

desmembramento, seu uso predominante e eventuais limitações incidentes

(22)

sobre o uso dos lotes, descrição individual, dimensões, confrontações, posição no quarteirão e orientação magnética dos mesmos, bem como a descrição e a caracterização das áreas mencionadas no inciso VII, deste Artigo.

§ 1º Dispensar-se-á a apresentação dos documentos constantes nos incisos III,e VI mencionados no "caput" deste Artigo, quando se tratar de desmembramentos em áreas ou lotes, conforme artigo 25, § 4º, desta Lei.

§2º O Poder Público Municipal, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar da data de protocolo dos documentos mencionados no artigo 26, deverá aprovar o projeto, indeferir ou requerer alterações face às exigências desta lei ou outras pertinentes. Em caso de aprovação solicitará a entrega de mais vias do projeto para carimbo.

Art. 27. Em casos de desmembramento, o percentual de doação de área pública incidirá sobre toda a gleba, ficando gleba remanescente isenta de doações futuras, devendo fazer constar na matrícula que já houve a doação de área de destinação pública.

Parágrafo Único: O município terá a prerrogativa, após submetida a avaliação do CONSELHO DO PLANO DIRETOR E COMDEMA, de indicar a área pública em outro local desde que obedecidos os seguintes critérios:

I - Esteja localizada no mesmo Bairro;

II - Seja agregada a outra área pública existente ou com potencial de ampliação de área futura;

III - Tenha o mesmo valor comercial da área de origem, com avaliação a ser realizada pela equipe de avaliação do município, com no mínimo três avaliadores.

SEÇÃO III - DOS CONDOMÍNIOS

(23)

Art. 28. Fica autorizada a implantação de "condomínios de lotes", bem como condomínios previstos no artigo 8º da Lei 4.591/64, compostos por mais de uma edificação, seja casas térreas ou assobradadas, geminadas ou não, ou ainda por conjuntos de edificações de dois ou mais pavimentos, constituídos por unidades autônomas, quando localizados na Zona Urbana, observando o estabelecido nesta seção e demais limitações previstas nesta Lei, bem como na Lei federal 4.591 de 16 de dezembro de 1964, no decreto-lei nº 271/67, artigo 3º e outras pertinentes.

§ 1º Os condomínios, a que se refere o "caput" deste artigo, obrigatoriamente, deverão ser constituídos na forma da Lei citada, no Código Civil e são divididos em:

I - Condomínio de lotes: quando da gleba, objeto do parcelamento, resultam partes de uso exclusivo compostas por lotes, sem edificações e partes de uso comum de todos os condôminos;

II - Condomínio de edificações, quando compostos por mais de uma edificação, conforme previsto no artigo 8º da Lei 4.5.91/64.

§ 2º Os condomínios que trata o artigo 28 deverão respeitar os seguintes requisitos:

I - não poderão obstruir o sistema viário existente ou projetado do município, devendo ser previsto, se necessário, uma ligação com o mesmo a cada 400,00m (quatrocentos metros) de distância;

II - objetivando a não obstrução do sistema viário, existente ou

projetado, externamente aos muros dos condomínios, quando necessário,

deverá, conforme indicado no parágrafo 5º do artigo 5º, ser previsto e

executado pelo empreendedor um logradouro ou via de circulação,

respeitando-se a viabilidade topográfica;

(24)

III - quando os muros dos condomínios fizerem frente para os logradouros ou vias de circulação, com testada superior a 100,00 metros, inclusive aquela a que se refere o inciso acima, deverá ser prevista uma faixa de terras, condominial externa ao muro, "não-edificável" de no mínimo 5,00m (cinco metros) de largura, para arborização e ajardinamento, com objetivo de amenizar o impacto visual;

IV - o disposto no inciso anterior não incidirá nos casos em que os condomínios possuírem lotes com frente para os logradouros ali indicados;

V - quando os condomínios fizerem frente para rodovias estaduais, também deverão respeitar as exigências do órgão responsável.

§ 3º Na instituição de condomínios previstos no "caput", deverão ser observados os limites máximos indicados no ANEXO IX – Tabelas de regime urbanístico do PDDI.

§ 4º O município, mediante parecer da C-PDDI e do COMDEMA, poderá excepcionar o disposto no § 3º deste artigo para os condomínios a serem implantados em zonas já estruturadas urbanisticamente onde a rede viária existente tornar inadequadas as dimensões de testada e áreas máximas.

§ 5 Quando se tratar de condomínio de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, a fração ideal de terreno atribuída a cada edificação deverá ser fixada na instituição do condomínio ou no respectivo memorial de incorporação, se o empreendimento for objeto de incorporação imobiliária.

Art. 29. Nos condomínios citados no artigo 28, são considerados áreas

e edificações de propriedade comum dos condôminos as vias de acesso aos

lotes, as edificações condominiais e as demais áreas de uso comum, bem

como as áreas de lazer e recreação, as áreas destinadas a equipamentos

urbanos e comunitários com seus respectivos equipamentos, os muros e

cercas externas e as faixas "não-edificáveis" ao longo dos mesmos, as

(25)

guaritas, as obras de infraestrutura previstas nesta Lei e outras que porventura existirem e, ainda, todas as áreas e edificações, que por sua natureza, destinarem-se ao uso comum de todos os condôminos que constam na convenção do condomínio, demarcado em planta e memorial descritivo.

§ 1º As Áreas de Preservação Permanentes - APP - serão consideradas áreas de uso comum, devendo permanecer de propriedade de todos os condôminos na proporção de suas frações ideais ou, se houver interesse do condomínio e desde que estejam interligadas às áreas de uso público e que o município manifeste interesse, poderão ser desmembradas da matrícula original e passar para o domínio público, ficando a manutenção e a conservação destas áreas sob responsabilidade de quem as recebe.

§ 2º As Áreas condominiais como as vias de acesso aos lotes e as demais áreas de uso comum e outras áreas consideradas de preservação ambiental, bem como aquelas "não-edificáveis", excetuando-se as áreas de preservação permanente – APP, estão sujeitas a cobrança do IPTU ou qualquer outro tipo de imposto municipal, de acordo com o estabelecido no Código Tributário do Município.

Art. 30. Os "condomínios de lotes", ou os condomínios de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, deverão executar as obras de infraestrutura exigidas nesta Lei na sua totalidade e ainda o previsto no artigo 28, § 2º, incisos I, II, III V e V, bem como respeitar as demais exigências legais, estaduais e federais, pertinentes ao assunto.

Art. 31. Os condomínios, de qualquer modalidade, estão sujeitos a

apresentação dos documentos citados no artigo 16, incisos I a VII, por ocasião

do estudo de viabilidade e os previstos no artigo 19, incisos I a IX, quando da

apresentação do projeto definitivo.

(26)

§ 1º Os "condomínios de lotes", ou de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, por ocasião da aprovação deverão apresentar a descrição exata das áreas, bens e edificações de uso comum, áreas de uso privativo, APP, "áreas não - edificáveis" e outras se existirem e ainda, os quadros de I a VIII da Norma Brasileira - NBR - 12.721 e da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

§ 2º A tramitação dos processos de condomínios junto aos órgãos municipais será a mesma estabelecida para os parcelamentos na forma de loteamentos, conforme artigos 16, 17, 18, 19, 20 e 21 desta Lei. Excetuam-se aqui as garantias de obras das áreas condominiais, que não devemos prever, pois é uma relação totalmente privada.

Art. 32. Os critérios de uso e ocupação do solo dos "condomínios de lotes", ou de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, inclusive as obras de uso comum, deverão obedecer às limitações impostas pelo PDDI, Código de Obras e demais legislações pertinentes.

§ 1º A critério de cada condomínio, o seu memorial de incorporação e a sua instituição poderão estabelecer Regimento Interno de Edificações, com regras próprias sobre o uso e a ocupação do solo, desde que não transgridam o PDDI e as demais leis municipais, estaduais e federais pertinentes.

§ 2º O município respeitará o que determina a convenção e o Regimento interno dos condomínios desde que mais restritivos do que o PDDI e demais disposições legais.

§ 3º A responsabilidade pela observância da legislação em relação às

edificações e demais obras sobre as unidades privativas é exclusiva dos

respectivos proprietários, estando o mesmo sujeito diretamente às penalidades

que lhes couberem.

(27)

Art. 33. O município, através de seus órgãos competentes, poderá fiscalizar a execução das obras de implantação dos condomínios, para verificar o cumprimento das licenças concedidas.

Parágrafo único: Os proprietários e/ ou responsáveis pelos condomínios estão sujeitos às penalidades previstas nesta lei, conforme capítulo V.

Art. 34. As vias de acesso aos lotes, as edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64 e ainda, as áreas de uso comum internas dos condomínios, deverão observar os gabaritos mínimos abaixo:

I - de fluxo normal - são aquelas que dão acesso principal às quadras;

largura de 15,00m (quinze metros), dois passeios laterais de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) cada e 8,00m (oito metros) de pista de rolamento;

II - de fluxo pequeno - são aquelas de pequeno tráfego que dão acesso aos lotes, internamente das quadras; largura de 12,00m (doze metros), dois passeios laterais de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) cada e 7,00m (sete metros) de pista de rolamento;

III - de dois fluxos - havendo a necessidade de separação de fluxos em dois sentidos, cada uma das pistas deverá obedecer a largura mínima de 50%

(cinquenta por cento), do previsto nos incisos I e II, deste Artigo;

IV - passagem de pedestres - são aquelas de utilização exclusiva para pedestres, não podendo haver circulação de veículos através delas e terão largura de 6,00m (seis metros).

§ 1º Os gabaritos das vias acima referidas poderão ter um tratamento

especial quanto à largura dos passeios, das pistas de rolamento, bem como

(28)

suas pavimentações e, neste caso, deverá haver um parecer favorável da Comissão Técnica do C-PDDI e do COMDEMA.

§ 2º Nos condomínios com mais de 100 (cem) unidades, (lotes e/ou edificações) o município poderá exigir um gabarito maior do que os previstos nos incisos I e II do presente Artigo, observando as limitações previstas nesta Lei.

§ 3º É de responsabilidade do incorporador a execução, adaptação ou qualquer tipo de melhoria que se fizer necessária na malha urbana existente, de modo a permitir de forma satisfatória o fluxo de veículos originado pelo mesmo, ligando este às vias estruturais ou arteriais e outras, obedecendo às regulamentações específicas.

§ 4º Qualquer tipo de melhoria acima prevista terá sua necessidade avaliada pelo Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV.

Art. 35. Fica instituído para os "condomínios de lotes" ou de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, um percentual mínimo de áreas de uso comum de 30 % (trinta por cento) da área total do terreno onde o condomínio está implantado, e 15% (quinze por cento) de "área livre de uso comum do povo" (área verde), que deverá ser prevista fora dos limites do condomínio, conforme prevê o artigo 8º, § 3º, da presente Lei e que será de doada ao município, cuja escritura de doação deverá ser levada a registro junto com o memorial de incorporação do condomínio ou na falta desde quando for realizada a instituição jurídico e formal do mesmo junto ao Oficio Imobiliário.

§ 1º Quando sobre a gleba onde será implantada o condomínio existir área de APP ou outra que deva ser de preservação ambiental maior que 10%

(dez por cento) do total da área do empreendimento, o percentual de "áreas

livres de uso comum do povo" será reduzido para 12% (doze por cento) e

quando as áreas de preservação forem maiores que 20% (vinte por cento) da

(29)

área total do condomínio, o percentual de "áreas livres de uso comum do povo", será reduzido para 10% (dez por cento).

§ 2º Para cálculo dos percentuais previstos no "caput" deste artigo, deverão ser desconsideradas as áreas previstas no artigo 7º, inciso V.

§ 3º O percentual de área acima prevista poderá ser fracionado, no máximo, em 02 (dois) módulos, respeitando-se o mínimo de 30% (trinta por cento) do previsto para o menor deles e devendo tal fracionamento ser aprovado pelo município.

§ 4º Nas "áreas livres de uso comum do povo", originadas dos condomínios, deverá constar na matrícula o condomínio que a originou, e quando esta for em outro local sua área deverá inicialmente ser somada como se fosse parte da área a ser parcelada para efeito de se estabelecer o percentual de área livre total de uso público.

§ 5º. Os condomínios de lotes ou de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, a serem implantados em terrenos resultantes de processo de parcelamento do solo regularmente aprovado e registrado no Ofício Imobiliário, em que já tenha havido contribuição de áreas de destinação pública, ficam dispensados das contribuições de áreas públicas e de uso comum previstas neste artigo.

Art. 36. Os condomínios poderão ser cercados com muros até uma altura máxima de 2,00 (dois metros) com elementos vazados, de acordo com aprovação pelo órgão responsável do município.

§ 1º Somente será autorizada altura superior à prevista neste artigo,

levando-se em consideração o Estudo de Impacto de Vizinhança-EIV, como

também a aprovação da Comissão Técnica do C-PDDI limitando-se a 3,00m

(três metros), sempre com elementos vazados.

(30)

§ 2º Adotada uma altura maior de que a de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), além do cumprimento acima exposto, a faixa "não - edificável"

externa aos muros deverá ser aumentada em 01m (um metro).

SEÇÃO IV - DOS LOTEAMENTOS POPULARES

Art. 37. Consideram-se loteamentos populares aqueles que apresentam características especiais por se destinarem especificamente à população de baixo poder aquisitivo, observando o que determina a presente Lei e as demais que regulamentam o assunto.

§ 1º O enquadramento dos interessados na aquisição de lotes neste tipo de parcelamento, será definido pela Lei Municipal nº 2.220 de 06 de Julho de 2004.

§ 2º Os loteamentos populares podem estar localizados nas As Áreas de Interesse Social – AIS (ANEXO XI.11 - Áreas Especiais de Intervenção - Áreas de Interesse Social (AIS) / Município de Gramado e ANEXO XI.12 - Áreas Especiais de Intervenção - Áreas de Interesse Social (AIS) / Cidade de Gramado do PDDI) e são regulados por os artigos 89 a 99 do PDDI.

Art. 38. Os loteamentos populares, como caracterizados nesta Lei, somente poderão ser de iniciativa dos Poderes Públicos, Municipal, Estadual ou Federal, podendo haver parceria com a iniciativa privada, através de

"operações urbanas consorciadas", conforme previsto no PDDI e amparada na Lei Federal nº 10.257/2001.

§ 1º Os loteamentos populares realizados pelo órgão público ou pela

iniciativa privada, serão regidos, integralmente, pelo que determina esta Lei e o

PDDI.

(31)

§ 2º É vedada a venda, doação ou cessão de lotes, de loteamentos populares, sem que os mesmos estejam registrados no Cartório de Imóveis, bem como sem que a infraestrutura esteja concluída conforme estabelecido nesta Lei, quando em parceria com a iniciativa privada, se instituídas garantias, poderão ser vendidos os lotes sem a infraestrutura concluída.

CAPÍTULO III - INFRAESTRUTURAS BÁSICAS - LOTEAMENTOS ABERTOS - FECHADOS E CONDOMÍNIO

Art. 39. Os parcelamentos do solo sob a forma de loteamentos, abertos ou de acesso restrito e condomínios de lotes ou de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, deverão obrigatoriamente ser providos de:

I - rede de distribuição de água potável , conforme projeto aprovado pela CONCESSIONÁRIA;

II - rede de distribuição de energia elétrica, conforme normas da CONCESSIONÁRIA, podendo ser "aérea" ou "subterrânea";

III - logradouros ou vias de circulações pavimentadas com asfalto Concreto Betuminoso Usinado a Quente - CBUQ - ou bloquetes de concreto fck 25, conforme normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e passeios pavimentados de acordo com as normas a serem especificadas pelo Município, por ocasião da aprovação do projeto. O pavimento poderá ainda ser de outro material, desde que apresentada a solução e resistência adequada e aprovado pela secretaria de Planejamento;

IV - rede de drenagem pluvial;

V - acesso ao parcelamento em perfeitas condições de trafegabilidade,

pavimentados, inclusive a execução das obras como; refúgios, rótulas e outras

(32)

que se fizerem necessárias ao escoamento do tráfego, conforme previsto no estudo de Impacto de Vizinhança - EIV;

VI – Sistema de esgotamento sanitário conforme projeto aprovado pela CORSAN e de acordo com o plano municipal de saneamento;

VII - recuperação de taludes e outras áreas, que por sua natureza exijam tratamento especial;

VIII - áreas livres de uso público, áreas de preservação permanente - APP- e outras, deverão ser de marcadas e identificadas, e em alguns casos cercadas com elementos que não prejudiquem a fauna aonde tiver corredor ecológico, conforme indicação da Secretaria do Meio Ambiente e ainda terem os passeios regularizados;

IX - rede de Iluminação dos logradouros ou vias de circulação com luminárias de acordo com o padrão do Município;

X - placas com a nomenclatura das ruas conforme padrão;

XI - placas indicando as áreas de preservação - APP-, áreas livres de uso público, áreas "não edificáveis" e outras áreas que por ventura existirem no parcelamento;

XII - os quarteirões e lotes devem ser demarcados com marcos de concreto;

Parágrafo único: Em se tratando de condomínio de lotes e

condomínio de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, as "áreas

livres de uso público" descritas no inciso VIII e XI do presente Artigo, devem

ser entregues ao Município cercadas e com o passeio público do qual fizer

limite com rua pavimentado.

(33)

Art. 40. Os projetos de equipamentos urbanos, tais como meio-fio, passeio, pavimentação, iluminação pública, rede de drenagem pluvial, entre outros e os equipamentos comunitários, como praças, lazer e outros, também deverão ser submetidos, previamente, à aprovação dos órgãos responsáveis da administração pública.

§ 1º A critério do órgão responsável, poderá ser exigida a adequação dos equipamentos projetados com aqueles de uso padrão do Município.

§ 2º Em loteamentos abertos ou de acesso restrito, o Município poderá exigir a implantação de equipamentos urbanos iguais aos existentes nos logradouros ou vias de circulação de que os mesmos serão continuidade.

§ 3º Nos condomínios de lotes ou de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, a pavimentação das vias condominiais, por ser obra particular, não haverá determinação do tipo de pavimento, devendo independente do piso escolhido – seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 41. As redes de distribuição de água potável deverão estar localizadas preferencialmente sob o passeio das ruas conforme determinação da CORSAN. Demais elementos, como reservatórios, recalques, hidrantes, dependerão das exigências da CONCESSIONÁRIA de abastecimento de água.

Parágrafo Único: Os projetos e todos os equipamentos relacionados no "caput" deste Artigo deverão ser aprovados pela concessionária do Município, CORSAN e, onde não existir pronto abastecimento por parte da companhia, ou projeto de ampliação do sistema pelo empreendedor e ou CONCESSIONÁRIA, não será permitida a aprovação do projeto.

Art. 42. O projeto do sistema de esgotamento sanitário, seus

equipamentos, bem como a Estação de Tratamento de Esgoto - ETE quando

(34)

houver, deverão ter a aprovação da concessionária dos serviços, CONCESSIONÁRIA, e o órgão ambiental responsável.

Art. 43. O projeto da rede de distribuição de energia elétrica deverá submeter-se à aprovação da concessionária de energia elétrica, que fornecerá a certidão de "pronto abastecimento".

Art. 44. O projeto de eletrificação, assim como o de iluminação pública, telefonia, tv a cabo e outros, poderão ser subterrâneos.

Art. 45. Em qualquer tipo de parcelamento caberá ao Município fixar as diretrizes sobre o traçado, largura, declividade máxima, raios mínimos e demais especificações dos logradouros ou vias de circulação, nos trechos que os mesmos interfiram na malha urbana existente ou projetada.

Art. 46. Os logradouros ou vias de circulação terão dimensionamentos transversais mínimos, de acordo com gabaritos fixados no Capítulo VIII - DA CLASSIFICAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO, artigos 20 a 28, inclusive no CAPÍTULO IX - DAS INTERSEÇÕES E DOS PASSEIOS, artigos 29 a 35, inclusos no Plano de Mobilidade, Lei 3.779/2019.

Parágrafo Único: No caso de continuidade de logradouro ou via de circulação existente e com gabarito superior ao mínimo estabelecido para o parcelamento em questão, prevalecerá o maior dimensionamento, no caso o existente.

Art. 47. Nos projetos dos logradouros ou vias de circulação deverá ser observado, necessariamente, o que segue:

I - ângulo mínimo de 60º (sessenta graus) nas intersecções;

II - raios de curvatura mínima de 60,00 (sessenta metros), em vias

principais, e de 25,00 (vinte e cinco metros) nas vias secundárias;

(35)

III - raio de curvatura nos passeios públicos, nos cruzamentos, de 4,00 (quatro metros).

Art. 48. As vias de acesso local poderão terminar em praça de retorno denominada "cul-de-sac", não podendo as mesmas, ter comprimento superior a 200,00m (duzentos metros).

Parágrafo Único: A praça de retorno terá diâmetro mínimo de 15,00m (quinze metros), entre os meios fios, mais as dimensões fixadas para os passeios, em trechos de comprimento não superior a 100m e trechos maiores que 100m terá diâmetro mínimo de 18,00m (dezoito metros), entre os meios fios, mais as dimensões fixadas para os passeiosArt. 49. A arborização dos loteamentos ou condomínios será executada de acordo com as normas expedidas pela Secretaria do Meio Ambiente, respeitando as exigências do órgão ambiental competente.

Art. 50. As obras de infraestrutura prevista no artigo 39, incisos I a XII ou obras de contrapartidas externas aos condomínios deverão fazer parte do cronograma de execução, o qual obrigatoriamente deverá ser submetido à aprovação do Município.

§ 1º Todos os parcelamentos, inclusive os condomínios de lotes ou de

edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64, estarão sujeitos ao que

determina o presente Artigo, sendo que o prazo máximo para conclusão das

obras dos loteamentos e das eventuais obras de contrapartidas externas dos

condomínios de lotes ou de edificações de que trata o artigo 8º da Lei 4.591/64

será de 02 (dois) anos a contar da data da expedição do alvará de obras,

portaria de aprovação e termo de garantia de obras, valendo o que ocorrer por

último e cujo cronograma deverá ser físico – financeiro, podendo ser

prorrogado por mais um (02) anos mediante protocolo de pedido 60 dias antes

do vencimento do prazo.

(36)

§ 2º Em empreendimentos considerados de grande porte com mais de 200 (duzentos) lotes e com parecer favorável da Comissão Técnica do C-PDDI, poderá a execução ser feita em etapas, desde que:

I - as etapas estejam perfeitamente definidas no cronograma de obras o qual, necessariamente, deverá conter sua totalidade;

II - sejam executadas, em cada etapa, todas as obras previstas nesta Lei, assegurando-se aos adquirentes de lotes o pleno uso dos equipamentos urbanos e comunitários necessários para a condição de urbanização;

III - o prazo máximo para conclusão do cronograma não seja superior a 04 (quatro) anos.

§ 3º Somente será permitida a edificação em lotes oriundos de qualquer tipo de parcelamento, quando providos da infraestrutura exigida pela presente Lei, com exceção dos seguintes casos:

I - Permitir a tramitação e aprovação dos projetos quando o empreendedor tiver comprovado o registro do empreendimento junto ao Cartório do Registro de Imóveis, porém a emissão do alvará de obras somente será emitido após a data da expedição da LO – Licença de operação, observado o disposto no inciso II infra;

II – Sem prejuízo do disposto no inciso I é facultado ao empreendedor tramitar e aprovar os projetos e obter o respectivo alvará de obra de casas conceito e ou modelos (máximo 10% dos lotes), após concluídas as obras de terraplanagem do empreendimento, porém os respectivos habite-se só serão concedidos após a data da expedição da LO – Licença de operação.

Art. 51. Os parcelamentos do solo situados ao longo de rodovias

estaduais, quando necessário, deverão conter vias paralelas e contíguas à

(37)

faixa de domínio conforme estabelecido pelo órgão competente e com os gabaritos previstos nesta Lei.

§ 1º Os parcelamentos ao longo de rodovias, sejam estaduais ou municipais, quando exigido pelo órgão responsável do Município, deverão prever a travessia de animais silvestres com segurança.

§ 2º A exigência do previsto no § 1º do presente Artigo, estende-se a todos os parcelamentos quando necessário, inclusive passagens nos muros externos e/ou internos dos condomínios de lotes ou loteamentos fechados.

§ 3º Os parcelamentos ao longo de rodovias, deverão ter a anuência da Concessionária e ou do estado, para que possam ingressar com o projeto final.

CAPÍTULO IV - DAS GARANTIAS DA EXECUÇÃO DAS OBRAS

Art. 52. O loteamento uma vez aprovado pelo Município passa a ser de

"interesse público", eis que as áreas de destinação públicas, com o registro do empreendimento passam ao domínio do município, devendo o empreendedor garantir sua completa e efetiva conclusão nos prazos estabelecidos na presente Lei.

Art. 53. As obras de infraestrutura dos loteamentos somente poderão ter o Alvará de Obras para início das atividades após a assinatura do "termo de compromisso e garantia de execução de obras", onde o loteador se comprometa a executar todas as obras no prazo estabelecido no cronograma.

§ 1º A garantia da execução das obras poderá ser de hipoteca de lotes

do próprio loteamento ou de imóveis localizados fora do loteamento, garantia

de fiança bancária ou de seguro de conclusão de obras, de valor equivalente

(38)

ao custo de execução da obra, sendo que nos dois primeiros casos a garantia deverá ser formalizada mediante Escritura Pública registrada no Cartório do Registro de Imóveis.

§ 2º No caso de ser oferecida garantia com imóveis não integrantes do loteamento, deverá ser anexada a avaliação dos mesmos elaborada por profissional legalmente habilitado, estando sujeito à aceitação, ou não, por parte do Município.

§ 3º Nos loteamentos onde o empreendedor optar pelo registro do empreendimento com obra pronta, será dispensado do termo de garantia de obras. Não podendo comercializar os lotes enquanto não obter o registro.

Art. 54. Mediante o "termo de compromisso e garantia de execução de obras", o loteador ou o responsável estará obrigado:

I - a executar as suas expensas no prazo fixado no cronograma, todas as obras constantes dos projetos e memoriais descritivos aprovados, bem como cumprir fielmente as especificações constantes nos mesmos e de conformidade com o artigo 39, incisos I a XIII, desta Lei;

II - a colocar marcos de alinhamento em concreto, georreferenciados e de acordo com as coordenadas do Município;

III - a facilitar a fiscalização do Poder Público, em qualquer tempo, durante a execução das obras;

IV - a fazer constar nos compromissos de compra e venda ou outros atos de alienação dos lotes, a condição de que os mesmos somente poderão receber edificações depois de terem sido executadas todas as obras exigidas pelo Município por ocasião da aprovação do parcelamento;

V – entregar cópia da escritura pública de garantia de obras ou ou

comprovação do seguro bancário como garantia de execução do cronograma

Referências

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