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RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Contribuições do professor de educação infantil

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Academic year: 2021

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RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL:

Contribuições do professor de educação infantil

SILVA, Julmar Aparecido Gomes da PEREIRA, Queila Amanda Landi

SILVA, Reginaldo Chaves da SANTANA, Janaina de Jesus Lopes SANTOS, Eliana Cristina Pereira

“Se nossa sociedade é plural, étnica e culturalmente, desde os primórdios de sua invenção pela força colonial, só podemos

construí-la democraticamente respeitando a diversidade do nosso povo.” ( Kabengele Munanga).

INTRODUÇÃO

Esse artigo tem como objetivo se debruçar sobre as relações étnico-raciais na educação infantil, e, como o professor tem um papel de instruir um indivíduo, desde seus anos iniciais, através da prática pedagógica. Nesse contexto, as práticas do ensino étnico-racial se tornam uma ótima ferramenta, pois, a educação tem um alcance em todas as esferas, como: a social, política, cultural e econômica. A partir da Lei nº 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira, há a demanda do profissional da área da educação, em todas as etapas da educação básica, em que possa contribuir com propostas do ensino das culturas e histórias africanas e afro-brasileiras em sala de aula. Mesmo que, tenhamos diversos cursos de capacitações e as redes digitais para maiores aprofundamentos.

Contudo, os docentes deparam-se com diversos desafios, pois, as abordagens de temáticas

que envolvem o ensino étnico e racial, ainda, estão permeadas por estereótipos, preconceitos e

ideários sociais que dificultam o trabalho docente. Entretanto, esse tema é de extrema relevância

no desenvolvimento infantil e no processo de ensino e aprendizagem das crianças pequenas. Sendo,

assim, não deve ser tratado apenas em períodos sazonais ou esporádicos.

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Compreendendo a necessidade da incorporação das temáticas étnico-raciais nas práticas docentes, o trabalho propõe reflexões, contribuições teóricas e sugestões, objetivando contribuir para a correlação das temáticas e questões étnico-raciais e culturais na educação infantil, com a ludicidade, brincadeiras e jogos, que são essenciais no ensino das crianças pequenas que estão iniciando seus processos de ensino e aprendizagem, formação de suas personalidades, construindo sua autonomia e identidades, assim como, de socialização, construções de conhecimentos de mundo e sociedade.

CONSIDERAÇÕES RACIAIS E A LEI 10.639/03

O contexto histórico do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no Brasil sempre foi lembrado em aulas de História, referindo-se com o tema da escravização negra africana, sem abranger as contribuições do povo negro à sociedade brasileira, bem como sem explanar as histórias e culturas africanas e afro-brasileiras. Contudo, a implementação da Lei nº 10.639/03, alterada pela Lei nº 11.645/08, que se derivaram das lutas dos movimentos negro e indígena, modificando as percepções e ações sobre o ensino de tais temáticas; tornando obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígenas em todas as escolas, sejam elas, públicas ou particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.

Refletindo sobre abordagens históricas de ensino sobre o povo negro, nos debruçamos sobre a palavra escravo, historicamente atribuída às pessoas em determinadas condições de trabalho e que sempre foi ensinado, por isso: aprendemos e acabamos repetindo esses ensinamentos ensinamos sobre os sofrimentos e dores, contudo, tal nomenclatura não existiria sem o significado do que é o trabalho e das condições para o trabalho. Quando há uma referência em sala de aula ao escravo africano nos equivocamos, pois ninguém é escravo, mas pessoas tornaram- se escravizadas (CARVALHO, 2014). Ainda sobre o autor, o termo escravo, além de naturalizar essa condição às pessoas, podendo trazer tal ideia de que ser escravo é uma condição inerente aos seres humanos, também possui um significado preconceituoso e pejorativo, que foi sendo construído durante a história da humanidade, nessa mesma visão, o negro africano aparece na condição de escravo submisso e passivo.

A Lei nº 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana, a exemplo disso os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando a sua contribuição na construção da nação brasileira. Utilizar-se das ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, da cultura, da música, da culinária, da dança e das suas religiões de matrizes africanas. Em outras palavras, considerar tudo que foi construído com o processo diaspórico da população negra.

A legislação instituiu o dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. O Dia da Consciência Negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil, dessa maneira, fomentar temáticas como essa em sala de aula, torna-se essencial para promoção da luta contra preconceitos e discriminações raciais. O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, após a aprovação da Lei nº 10.639/03, fez-se necessário para garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural e étnica brasileira. Os docentes da educação infantil, conscientes dessa demanda, atuando de maneira crítico e reflexiva, promovem a construção cidadãos conscientes e críticos de suas realidades, que saibam respeitar as diversidades e capazes de problematizar questões sociais e raciais, como o racismo, preconceito, discriminação.

Para que a formação com nossas crianças pequenas, não devemos nos limitar, segundo aos mesmos

conteúdos, às práticas historicamente engessadas ou a uma única metodologia, devemos propor

mediações que propiciem novos conhecimentos. “O diferencial seria dar oportunidades de novas

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discussões no ambiente escolar, [... ] discutir questões sobre os fatos reais que afetam as pessoas diretamente, todos os dias” (BOAKARI, 2012, p. 02),

POR QUE ENSINAR E APRENDER RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS?

Ao longo da história, percebemos a negação das contribuições históricas, sociais e culturais dos povos africanos e afrodescendentes à nossa cultura e sociedade. Podemos perceber, em discursos do povo brasileiro, o reconhecimento de suas diferenças. Porém, nos comportamos como um só povo sem diferenciar nossas matrizes raciais e culturais, ou quando há a abordagem de descendências, valorizam-se apenas as dos perfis imigrantes europeus. Há, ainda, um discurso excludente e que de forma oculta continua a provoca discriminações em vários setores da sociedade e que vêm sendo percebido desde a formação do povo brasileiro. Segundo Darcy Ribeiro (1995):

A façanha que representou o processo de fusão racial e cultural é negada [...], no nível aparentemente mais fluido das relações sociais, opondo à unidade de um denominador cultural comum, com que se identifica um povo [...], a dilaceração desse mesmo povo por uma estratificação classista de nítido colorido racial e do tipo mais cruamente desigualitário que se possa conceber. (RIBEIRO, 1995, p.3)

Portanto expõe-se o mito da democracia racial, desde a construção da identidade do povo brasileiro até as camadas sociais, econômicas, políticas, culturais e educacionais. Claramente podemos perceber a desigualdade em vários setores da sociedade e a educação, como reprodutora da sociedade, torna-se um fator que perpetua as condições de exclusões sociais, desigualdades, dentre tantos fatores que favorecem a negação e a discriminação das culturas africanas e afrodescendentes no contexto nacional. Outro fator que evidencia tais práticas citadas acima, podemos observar na fala de Kabengele Munanga (1986),

Negritude, foi nossa primeira tentativa para cercar as noções de alteridade e identidade em torno do conceito de negritude resultado do contexto colonial, tentei mostrar que um dos objetivos fundamentais da negritude era a afirmação e a reabilitação da identidade cultural, da personalidade própria dos povos negros.

Poetas, romancistas, etnólogos, filósofos e historiadores, etc. quiseram restituir à África o orgulho do seu passado, afirmar o valor de suas culturas, rejeitar uma assimilação que teria sufocado sua personalidade (MUNANGA, 1986, p.44)

Partindo da reflexão do autor, entendemos que ensinar e aprender relações étnico-raciais proporciona a restituição das contribuições para a sociedade brasileira dos povos africanos, afrodescendentes e aos demais que contribuíram e contribuem ainda para a construção de nossa identidade enquanto povo constituinte de uma nação. Além da restituição de diversas contribuições já citadas, tratar as relações étnico raciais na educação promove a valorização sociocultural desses povos, propicia a conscientização contra preconceitos e discriminações e torna compreensível e promovedora das lutas do Movimento Negro pelos direitos de reparação histórica.

Compreendendo a aplicabilidade da Lei nº 10639/03, que o ensino das culturas africanas e afro- brasileiras, deve se iniciar na educação básica, na educação infantil. Ali deve–se abarcar práticas pedagógicas que possam abranger esse ensino de maneira efetiva, cabendo ao professor, enquanto mediador do conhecimento, tornar sua prática consonante à Lei.

Desafios e estratégias da aplicabilidade da Lei nº 10639/03

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O professor de educação infantil, diante da responsabilidade de mediar o conhecimento aos alunos assume vários desafios, pois ainda existem tabus, crenças e preconceitos que as crianças trazem consigo de casa, desde pequenas, apesar de não terem a consciência do que é preconceito ou discriminação racial, elas podem repercutir falas, gestos, modos dos adultos que são preconceituosos e discriminatórios.

Alguns professores não recebem uma formação que possibilitem o entendimento das relações étnico raciais, nem em sua formação acadêmica, nem em sua vida profissional, e, enquanto cidadãos, não percebem a necessidade e importância de estar incluídos em uma sociedade diversa.

Não entendem a necessidade da luta por direitos que auxiliam na construção e constituição do sujeito, que possam contribuir nas mudanças sociais e na valorização dos povos. Portanto, é possível perceber um despreparo para lidar com o desafio de construir uma educação para as relações étnico raciais, e, assim, repensar as diversas formas de discriminação, preconceito e racismo presente no ambiente educacional.

Essa falta de preparo, pode ser considerada reflexo do mito da democracia racial e dos modelos eurocêntricos de sociedade, da falha na formação ou até de conceitos estabelecidos pelo próprio educador e que compromete o processo de ensino favorável na construção de cidadãos responsáveis e conscientes de suas práticas. Em outras palavras fruto de um racismo que está na estrutura da formação social.

Se houvesse essa compreensão da realidade, e desse racismo que é estrutural, poder-se-iam analisar as questões históricas que ressignificam os impactos “da memória coletiva, da história, da cultura e da identidade dos alunos afrodescendentes, apagadas no sistema educativo baseado no

modelo eurocêntrico” (MUNANGA, 2005, p.16). Sendo assim, mais uma vez a figura do professor

torna-se essencial na formação de todos os alunos, sejam negros ou brancos, de proporcionar a construção de identidade, valorização sócio cultural e principalmente na construção de indivíduos que saibam respeitar as diferenças e diversidades. Munanga (2005) afirma que

:

O resgate da memória coletiva e da história da comunidade negra não interessa apenas aos alunos de ascendência negra. Interessa também aos alunos de outras ascendências étnicas, principalmente branca, pois ao receber uma educação envenenada pelos preconceitos, eles também tiveram suas estruturas psíquicas afetadas. Além disso, essa memória não pertence somente aos negros. Ela pertence a todos, tendo em vista que a cultura da qual nos alimentamos quotidianamente é fruto de todos os segmentos étnicos que, apesar das condições desiguais nas quais se desenvolvem, contribuíram cada um de seu modo na formação da riqueza econômica e social e da identidade nacional. (MUNANGA, 2005, p. 16)

Sendo assim, cabe ao professor ir à busca de estratégias de ensino e de práticas pedagógicas que possibilitem contribuir para essa construção no ensino das culturas africanas e afro-brasileiras.

Partindo da necessidade de construir práticas pedagógicas significativas e efetivas citamos algumas estratégias que podem ser utilizadas pelo professor de educação infantil

Para trabalhar com a criança pequena, as questões étnicas raciais e culturais, pode trazer

muitos resultados positivos, fazendo-os perceberem as diferenças e promovendo a construção das

identidades individuais. Algumas das estratégias é partir da literatura, ou seja, o letramento racial

utilizado desde a primeira infância, como por exemplo: os contos afro-brasileiros ou africanos -

onde os personagens são protagonistas negros/africanos, retratados de forma positiva, que

auxiliem em uma construção identitária sólida das crianças pretas e não pretas. É importante

também fazer as releituras de contos que sejam do conhecimento dos alunos e tornar os

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personagens negros. Alguns exemplos de literatura infantil: O cabelo de Lelê da autora Valéria Belém

1

(2007), Bruna e a Galinha D’ Angola, da autora Gercilga de Almeida

2

(2000):

Figura 1: O cabelo de Lelê

Fonte: Site Amazon, 2019.

Figura 2 – Bruna e a Galinha D’ Angola

Fonte: Site Amazon, 2019.

Outra possibilidade, é confeccionar com os alunos bonecos de pano com diferentes características físicas, proporcionando através da ludicidade, a reflexão e levantamento de questionamentos sobre as diferenças e os papéis de superioridade ou inferioridade entre as etnias, à exemplo temos a Boneca Abayomi

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1 O cabelo de Lelê – De Valéria Belém -Lelê não gosta do que vê. “De onde vêm tantos cachinhos?” – ela vive a se perguntar. E essa resposta ela encontra num livro, em que descobre sua história e a beleza da herança africana.

Disponível em <https://www.amazon.com.br/> - Acesso em 01/12/2019.

2 Bruna e a Galinha D’ Angola - De Gercilga de Almeida -Primeiro livro infantil a retratar o universo mítico africano

representado pela Galinha d´angola e sua relação com a criação do universo de uma forma didática, lúdica e prazerosa.

Disponível em <https://www.amazon.com.br/> - Acesso em 01/12/2019.

3 Boneca Abayomi - A palavra abayomi tem origem iorubá, e costuma ser uma boneca negra, significado aquele que

traz felicidade ou alegria. (Abayomi quer dizer encontro precioso: abay=encontro e omi=precioso). As bonecas, símbolo de resistência, acalentavam as crianças durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros – navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção. Disponível

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Figura 3- Abayomi

Fonte: Google Imagens, 2019.

Levar referências de personalidades negras, utilizando os elementos da arte, como dança, teatro, música e artes visuais são instrumentos favoráveis que auxiliam na mediação e construção dos conhecimentos étnico – raciais. Construir instrumentos com os alunos é um excelente recurso, pois torna o processo de ensino aprendizagem mais interessante e proporciona a construção da valorização das músicas afro-brasileiras, como o Maracá

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Figura 4- Maracá

Fonte: Site: https://www.omo.com/, 2019.

Jogos e brincadeiras de matriz afro-brasileira e africana são outros recursos que podem promover a integração, socialização e construção de conhecimentos. Alguns jogos como, Acompanhe meus pés5. Com origem no Zaire, a brincadeira é uma ótima opção para trabalhar a memória das crianças. Para brincar elas devem formar um círculo enquanto o condutor canta e bate palma e em um determinado momento, ele para na frente de uma criança e faz um tipo de dança. Se ela conseguir imitar os passos será o próximo líder.

Se não, este escolherá outra pessoa e novamente faça a dança, até que o novo líder seja definido. A brincadeira dura o tempo estipulado pelo professor, ou até que as crianças se mostrem cansadas.

em: <https://www.geledes.org.br/bonecas-abayomi-simbolo-de-resistencia-tradicao-e-poder-feminino/> Acesso em out. 2019.

4 Maracá ou maraca– Instrumento indígena, seu nome é de origem tupi-guarani. É como um chocalho, preenchido por pedrinhas ou sementes. Pode ser feito com materiais reciclados. Fonte:

<https.//musicabrasilis.org.br/instrumentos/maraca> Acesso em 29 nov. 2019.

5 Brincadeira retirada do site: <https://escolaeducacao.com.br/brincadeiras-africanas/> Acesso em 29 nov. 2019.

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Essas são algumas das diversas estratégias que o professor de educação infantil pode utilizar em sua prática docente. O que se visa neste artigo é o trabalho na educação infantil, um espaço onde o lúdico sempre é necessário. As práticas que sejam lúdicas tornam-se mais interessantes para os alunos, principalmente para os menores, além de as relações étnico raciais serem invisibilizadas ou tratadas com diversos tabus e mitos, que não se sustentam frente a uma abordagem mais investigativa do professor. Não se está aqui culpabilizando o professor por não ter esses conhecimentos, até porque a formação continuada na vida de um educador é fundamental. E nesse sentido auxiliará a sanar preconceitos, ou, apenas curiosidades que muitas crianças trazem consigo de suas casas, inclusive conceitos e modos preconceituosos que estão invisibilizados e silenciados presentes na escola e em muitas em sala de aula. Cabe ao professor conhecer seus alunos, suas realidades sociais, econômicas e culturais para que sua prática seja transformadora.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Partindo da compreensão da luta do Movimento Negro, contra a discriminação racial existente no país e o racismo que são reproduzidos e estão presentes nas escolas, a Lei nº10.639/03, torna-se uma conquista importante que fundamenta e dá suporte aos demais pareceres referentes à inclusão da história e cultura africana e afro-brasileira. Assim, destacamos a seriedade das relações étnico-raciais e do levantamento de reflexões a respeito. Um estudo do cotidiano de sala de aula no ensino infantil.

A mediação de conhecimentos através do trabalhado a der desenvolvido por meio da história e cultura africana e afro-brasileira, faz reconhecer os aspectos culturais, sua importância e contribuições para nossa sociedade, e o quanto esses conteúdos devem estar presentes desde os anos iniciais do ensino. Isso, para que, as crianças possam identificar tais aspectos e características, assim como perceberem-se parte de uma sociedade multicultural e multirracial.

Sendo assim, educadores e educadoras, professores e professoras, devem estar em constante processo de busca de conhecimentos africanos e afro-brasileiros, que permeiam nossa cultura e, por vezes, passam ou estão desapercebidos. Assim como, também é necessário buscar aprimorar outros conhecimentos e atuar na profissão de maneira crítico-reflexiva, para que possam desenvolver práticas significativas, tanto para o professor como para o aluno, além de, possibilitar maneira didática e lúdica, utilizando-se de diversos recursos que possam contribuir para a construção desses conhecimentos, dos contextos históricos, das artes e culturas objetivando a construção de uma sociedade mais justa e menos preconceituosa, mais equitativa e que supere o racismo, como Munanga (2005) nos propõe.

REFERÊNCIAS

BOAKARI, Francis Musa. Identidades, movimentos e territórios sociais. In: Anais do III Semana e IV Simpósio de História da UESPI-CCM, Teresina: UESPI, 2012.

CARVALHO, Leandro. Lei 10.639/03 e o Ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, 2014.

Disponível em <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/lei-10639-03- ensino-historia-cultura-afro-brasileira-africana.htm> Acesso em 17.nov.2019.

MUNANGA, Kabengele et al. Superando o Racismo na Escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Ensino Fundamental, 2005.

MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e sentidos. São Paulo: Ática, 1986.

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RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido de Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Informações do(a)(s) autor(a)(es) Julmar Aparecido Gomes da Silva

Graduando do Curso de Pedagogia da FAFIG – Faculdade de Foz do Iguaçu E-mail: julmarrj@hotmail.com

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Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/3089785123426262 Queila Amanda Landi Pereira

Graduanda do Curso de Pedagogia FAFIG – Faculdade de Foz do Iguaçu E-mail: queilaamanda@hotmail.com

ORCID:

Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/3089785123426262 Reginaldo Chaves da Silva

Graduando do Curso de Pedagogia da FAFIG – Faculdade de Foz do Iguaçu E-mail: regixaves@gmail.com

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Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/3089785123426262 Janaína de Jesus Lopes Santana

Mestra no Programa Interdisciplinar: Sociedade Cultura e Fronteira pela UNIOESTE- Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Foz do Iguaçu)

Professora do Curso de Pedagogia FAFIG – Faculdade de Foz do Iguaçu E-mail: ninahh93@gmail.com

ORCID:

Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/3089785123426262 Eliana Cristina Pereira Santos

Doutoranda e Mestra em Letras: Linguagem e Sociedade da UNIOESTE- Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Campus Cascavel)

Coordenadora e professora do Curso de Pedagogia FAFIG-Faculdade de Foz do Iguaçu Coordenadora Pedagógica SEED/PR – Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná E-mail: eliana.foz@gmail.com

ORCID: https://orcid.org.0000-0002-2952-3513 Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/9076626552542193

Coordenadora do EIXO 10: Educação para as relações étnico-raciais Eliana Cristina Pereira Santos

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