O quarto componente:
A relação médico-pessoa
Daniel Knupp
Médico de Família e Comunidade
diretor de pesquisa e pós-graduação lato sensu - SBMFC
“Insistiria com vocês... para que prestem mais atenção ao doente do que às características
especiais da doença... Lidando, como fazemos, com a pobre e sofredora humanidade, vemos o homem sem máscaras, exposto em toda sua
fragilidade e fraqueza, e vocês devem manter o coração aberto e maleável para que não
menosprezem essas criaturas, seus semelhantes.
A melhor maneira é manter um espelho em seu coração, e quanto mais vocês observarem suas próprias fraquezas, mais cuidadosos serão com seus semelhantes”
Harvey Cushing, em 1925, citando os dizeres de Sir Willian Osler
“Insistiria com vocês... para que prestem mais atenção ao doente do que às características
especiais da doença... Lidando, como fazemos, com a pobre e sofredora humanidade, vemos o homem sem máscaras, exposto em toda sua
fragilidade e fraqueza, e vocês devem manter o coração aberto e maleável para que não
menosprezem essas criaturas, seus semelhantes.
A melhor maneira é manter um espelho em seu coração, e quanto mais vocês observarem suas próprias fraquezas, mais cuidadosos serão com seus semelhantes”
Harvey Cushing, em 1925, citando os dizeres de Sir Willian Osler
“Insistiria com vocês... para que prestem mais atenção ao doente do que às características
especiais da doença... Lidando, como fazemos, com a pobre e sofredora humanidade, vemos o homem sem máscaras, exposto em toda sua
fragilidade e fraqueza, e vocês devem manter o coração aberto e maleável para que não
menosprezem essas criaturas, seus semelhantes.
A melhor maneira é manter um espelho em seu coração, e quanto mais vocês observarem suas próprias fraquezas, mais cuidadosos serão com seus semelhantes”
Harvey Cushing, em 1925, citando os dizeres de Sir Willian Osler
“Insistiria com vocês... para que prestem mais atenção ao doente do que às características
especiais da doença... Lidando, como fazemos, com a pobre e sofredora humanidade, vemos o homem sem máscaras, exposto em toda sua
fragilidade e fraqueza, e vocês devem manter o coração aberto e maleável para que não
menosprezem essas criaturas, seus semelhantes.
A melhor maneira é manter um espelho em seu coração, e quanto mais vocês observarem suas próprias fraquezas, mais cuidadosos serão com seus semelhantes”
Harvey Cushing, em 1925, citando os dizeres de Sir Willian Osler
“Não devemos nos envolver
demais com os pacientes”
“Não devemos nos envolver demais com os pacientes”
“O distanciamento nos permite
um melhor raciocínio clínico”
Empatia Compaixão
Respeito Envolvimento
Proximidade Reciprocidade
“Não devemos nos envolver demais com os pacientes”
“O distanciamento nos permite
um melhor raciocínio clínico”
Mas como fortalecer a
relação médico-pessoa?
O equilíbrio de poder
O equilíbrio de poder
O médico é especialista no problema que a pessoa possui, mas a pessoas é a especialista em si
mesma!
O equilíbrio de poder
O paradoxo do controle e
excesso de poder
O equilíbrio de poder
O controle como fragilidade
(insegurança)
O equilíbrio de poder
“O exercício consciente de compartilhar o
controle é a nova da medicina”
Candib, 1995Continuidade
Atributos da APS
Continuidade
Atributos da APS
Atributos essenciais à APS:
Acesso
Coordenação de cuidado Polivalência
Longitudinalidade
Continuidade
Atributos da APS
Atributos essenciais à APS:
Acesso
Coordenação de cuidado Polivalência
Longitudinalidade
Continuidade
Atributos da APS
Atributos essenciais à APS:
Acesso
Coordenação de cuidado Polivalência
Longitudinalidade
Transferência e contratransferência
Transferência e contratransferência
Inerentes às
relações humanas
Transferência e contratransferência
São a principal causa de conflitos na relação
médico-pessoa Inerentes às
relações humanas
Transferência e contratransferência
Tanto os sentimentos negativos como os
positivos podem ser prejudiciais
Transferência e contratransferência
Tanto os sentimentos negativos como os
positivos podem ser prejudiciais
Autoconhecimento
Por quê é importante?
- O médico como remédio
- As nossas reações
Autoconhecimento
Como desenvolver?
Autoconhecimento
Como desenvolver?
- Exercício consciente da prática
clínica diária
Parte 1:
Dona Hilda, 72 anos, viúva, sem filhos, comparece à recepção do Centro de Saúde solicitando seus resultados de exames,
reclamando: “vamos ver se desta vez este postinho vai me ajudar, porque toda vez que eu venho aqui as meninas me atendem muito mal, com pressa e não resolvem nada. Só tem incompetente neste lugar!”. Aborrecido com a ofensa gratuita, o auxiliar administrativo Luan, muito conhecido pelos colegas do Centro de Saúde por seu perfeccionismo em desempenhar suas tarefas, sempre
cantarolando, olhou rapidamente a caixa de exames na letra “I”, sem encontrar os resultados, comunicando o fato à usuária. A senhora saiu enfurecida, afirmando que iria reclamar na ouvidoria, e Luan Santana se sentiu aliviado e satisfeito pela mulher mal-educada ter ido embora. E continuou seu atendimento impecável das marcações no SISREG de todas os encaminhamentos das ESF, agora com fila de espera de zero pessoas.
Analise a cena sob o enfoque de ambos os envolvidos.
Parte 2:
No dia seguinte, Dona Hilda retorna passando mal. Após uma
primeira avaliação, notou-se que a pressão da senhora estava muito baixa. Inadvertidamente havia tomado uma quantidade maior dos anti-hipertensivos. Permaneceu em observação, sob hidratação oral oferecida pela enfermeira, até que seu médico chegasse. Algum
tempo depois, quando o médico chegou, Dona Hilda já havia melhorado. Aproveitando a oportunidade, o médico pegou os exames na caixa e observou que já datavam de 9 meses atrás.
Dona Hilda disse que estavam “vencidos” porque nunca os
encontravam e dificilmente “deixavam” que chegasse até o médico sem marcação de consulta. O médico procurou ouvir suas queixas e compreender suas insatisfações. Por fim, disse a ela que todas as vezes que necessitasse de algo, bastava pedir para conversar com alguém de sua própria equipe. O médico e a enfermeira ficaram
satisfeitos e entenderam qual era a dificuldade de Dona Hilda, e a senhora compreendeu que sua equipe estava disposta a ajudá-la, e que não precisava mais de “brigar” para ser atendida.
Analise agora a cena, sob o enfoque do 5o componente do MCCP.
Parte 2:
No dia seguinte, Dona Hilda retorna passando mal. Após uma
primeira avaliação, notou-se que a pressão da senhora estava muito baixa. Inadvertidamente havia tomado uma quantidade maior dos anti-hipertensivos. Permaneceu em observação, sob hidratação oral oferecida pela enfermeira, até que seu médico chegasse. Algum
tempo depois, quando o médico chegou, Dona Hilda já havia melhorado. Aproveitando a oportunidade, o médico pegou os exames na caixa e observou que já datavam de 9 meses atrás.
Dona Hilda disse que estavam “vencidos” porque nunca os
encontravam e dificilmente “deixavam” que chegasse até o médico sem marcação de consulta. O médico procurou ouvir suas queixas e compreender suas insatisfações. Por fim, disse a ela que todas as vezes que necessitasse de algo, bastava pedir para conversar com alguém de sua própria equipe. O médico e a enfermeira ficaram
satisfeitos e entenderam qual era a dificuldade de Dona Hilda, e a senhora compreendeu que sua equipe estava disposta a ajudá-la, e que não precisava mais de “brigar” para ser atendida.
Analise agora a cena, sob o enfoque do 4o componente do MCCP.