• Nenhum resultado encontrado

CONSELHO DE CLASSE COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONSELHO DE CLASSE COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

CONSELHO DE CLASSE COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

CLASS COUNCIL AS AN INSTRUMENT FOR EVALUATION OF THE TEACHING- LEARNING PROCESS

Michele Ceccato Cunha

*

Gladston Pereira da Cunha

**

RESUMO

O presente artigo trata do conselho de classe como um instrumento para a avaliação do processo ensino-aprendizagem. A abordagem parte da leitura da legislação educacional brasileira sobre a avaliação no contexto escolar. E, apresenta a relação entre o conselho de classe e a avaliação escolar.

PALAVRAS-CHAVES: conselho de classe, avaliação, ensino-aprendizagem, educação, escola.

ABSTRACT

This article is about class council like a tool to teach-learn process evaluation. The approach is about evaluate from Brazilian educational law in the school context. In addition, demonstrate a relationship between class council and school evaluation.

KEYWORDS: class council, evaluation, teach-learn process, education, school

* Especialista em Psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco. Graduada em Pedagogia com especialização em Educação Infantil e Supervisão Escolar pela Universidade Vale do Rio Doce. Pedagoga na Rede Municipal de Educação de Guarapari.

E-mail: michelecunhaped@gmail.com

** Doutor em Ministério (D.Min.) pelo Reformed Theological Seminary/Centro de Presbiteriano de Pós- graduação Andrew Jumper. Mestrado em Teologia (Th.M) pelo Centro de Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper. Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de Tecnologia Cachoeiro de Itapemirim (FACI). Graduado em Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

E-mail: gcunha@ipb.org.br

(2)

INTRODUÇÃO

No contexto da pedagogia contemporânea, há vários instrumentos de avaliação que podem ser utilizados com o objetivo de fundamentar as análises do processo de ensino-aprendizagem. Tais instrumentos são utilizados para investigar aspectos do processo, detectar falhas e apontar possíveis correções. Apesar desta variedade de instrumentos, percebe-se que alguns profissionais não possuem conhecimento adequado sobre a funcionalidade e a utilização dos mesmos. Desta maneira, enfrentam dificuldades na implementação de processo avaliativo no âmbito escolar. O conselho de classe é um destes instrumentos

Alguns questionamentos devem ser feitos sobre o conselho de classe, enquanto método avaliativo. Em primeiro lugar, o que propriamente é o conselho de classe? Em segundo lugar, como uma reunião periódica de professores e profissionais da educação pode de maneira efetiva apresentar uma análise significativa do processo de ensino- aprendizagem? Por último, que tipo de análise pode este instrumento realizar?

O presente estudo se propõe a analisar o conselho de classe como instrumento de avaliação. Tal análise abordará as características fundamentais, os propósitos principais e a estrutura organizacional, investigando as repercussões do conselho de classe para a efetividade da avaliação do processo de ensino-aprendizagem. E ainda verifica na prática a aplicação do conselho de classe como instrumento de avaliação.

A fim de alcançar o objetivo proposto, o presente estudo se desenvolverá como uma pesquisa qualitativa. Tal pesquisa se fundamentará na análise de fontes bibliográficas pertinentes no assunto, tendo como principais referenciais teóricos os escritos de Phillipe Perrenoud, Ilza Martins Sant’anna, Jussara Hoffmann, José Eustáquio Romão, dentre outros.

O estudo foi estruturado em quatro partes. Na primeira parte, serão abordadas

algumas características fundamentais e propósitos básicos do conselho de classe. O

objetivo é demostrar em linhas gerais o que é o conselho de classe. Deve-se dizer que,

dadas as dimensões deste trabalho, não se pretende apresentar uma descrição exaustiva

sobre os aspectos elencados. A segunda parte apresentará algumas considerações básicas

sobre a avaliação do processo de ensino-aprendizagem. Esta parte apresentará o viés

através do qual o tema avaliação é compreendido neste trabalho. A terceira parte

considerará as concepções básicas quanto a avaliação do processo educacional no

(3)

contexto da educação brasileira. Isto é fundamental para que o profissional da educação saiba construir e aplicar o seu processo avaliativo, minimizando os riscos e os eventuais erros na análise da dinâmica educacional. Para isso, serão considerados textos que expressam os conceitos básicos para a educação brasileira: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Por fim, a quarta parte fará considerações acerca do conselho de classe como um instrumento de avaliação.

O estudo não possui a pretensão de esgotar a reflexão sobre o tema, dada a sua tamanha complexidade. Contudo, é sua intenção contribuir para a devida reflexão sobre o tema, principalmente quanto a validade deste importante instrumento de avaliação do processo educacional, orientando e subsidiando ações práticas, que impliquem na mudança de atitude tanto do professor quanto dos demais profissionais da educação quanto ao real sentido do conselho de classe.

1. CONSELHO DE CLASSE: CARACTERÍSTICAS E PROPÓSITOS

Nessa seção o conselho de classe será considerado quanto a algumas características e quanto aos seus propósitos básicos. O objetivo é mais descritivo que discursivo, a fim de que haja uma familiarização com a temática.

1.1. Características

Historicamente, a ideia de conselho de classe como instrumento avaliativo surgiu na França (ROCHA, 1986). Seu objetivo inicial era “organizar um sistema escolar fundado na observação sistemática e contínua dos alunos com vistas a oferecer a cada um o ensino que corresponda a seus gostos e aptidões” (Institut de Recherche et Documentation Pédagogiques – INRDP. 1971, p.31 apud ROCHA, 1986, p.19). Tal objetivo tinha a ver com o trabalho interdisciplinar com classes experimentais, com o intuito de orientar os alunos ao ensino clássico ou técnico. Uma característica significativa do conselho de classe no contexto francês era o de estabelecer uma mediação, uma vez que “... no caso francês, o ambiente escolar é de ‘barricada’, sendo sempre iminente o conflito decorrente de uma escola que insiste em ignorar as singularidades de seu público”

(MOIGNARD apud BURGOS, 2014. p.2)

A educação brasileira recebeu a influência da escola francesa a partir da 1945, por

meio de intercâmbios de professores que trouxeram para o Colégio de Aplicação da

Universidade Federal do Rio de Janeiro a experiência de utilização deste instrumento

(4)

avaliativo (ROCHA, 1986).

A primeira LDB (LEI 4024/61) foi publicada em 20 de dezembro de 1961 pelo presidente João Goulart, quase trinta anos após ser prevista pela Constituição de 1934.

A partir de 1971, sem trazer em suas linhas algo especifico sobre o conselho de classe, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 5692/71, possibilitou um novo olhar, no âmbito da educação, sobre a avaliação.

A verificação do rendimento escolar ficará, na forma regimental, a cargo dos estabelecimentos, compreendendo a avaliação do aproveitamento e a apuração da assiduidade. Na avaliação do aproveitamento, a ser expressa em notas ou menções, preponderarão os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados obtidos durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta seja exigida. (LDB, 1971. Art.14 § 1º).

A LDB promulgada em 1996 (9394/96), traz uma visão voltada para fortalecer o exercício da cidadania, abrindo novos horizontes nos aspectos ligados a avaliação.

Entretanto, ainda mesmo diante da nova configuração, a realidade encontrada nas discussões presentes nesse instrumento, ainda se pautam em uma análise superficial e que indiretamente rotula o aluno.

Tendo compreendido suas raízes históricas deste instrumento avaliativo, torna-se necessário estabelecer uma definição que norteará a presente reflexão. Uma definição possível é apresentada por Lucila Conceição Pereira. Segundo ela:

O conselho de classe é a instância colegiada presente na estrutura organizacional da escola responsável pelos processos avaliativos. Como tal exerce funções consultiva e deliberativa possibilitando assim a avaliação do educando, do processo ensino-aprendizagem e da prática docente. Nessa perspectiva seus resultados permitem a análise dos avanços e dos obstáculos observados no processo de ensino e aprendizagem, assim como a retomada e a reorganização da ação educativa. 1

O que fica estabelecido como características do conselho de classe a partir desta definição? Primeiramente, trata-se de um colegiado. O conselho de classe como instrumento avaliativo é um ambiente de pares e não um espaço autocentrado, quer nos professores ou na equipe pedagógica, nem mesmo nos alunos.

Em segundo lugar, o conselho de classe é parte da estrutura da escola, o que implica que o instrumento deve ser compreendido como uma dinâmica normal e natural do processo educacional. Logo, não deve ser tratado pelos professores e pela equipe

1 PEREIRA, Lucila Conceição. Conselho de Classe. Disponível em: <https://infoescola.com/

educacao/conselho-de-classe/>. Acessado em 23 de junho de 2018

(5)

pedagógica como um adendo ou um evento esporádico. Assim, este instrumento precisa estar fundamentado no regimento interno da escola, estando devidamente incluído em seu projeto político-pedagógico.

Em terceiro lugar, o que está em questão é o processo ensino-aprendizagem como um todo. Isso quer dizer que tanto os alunos quanto os professores e toda a equipe pedagógica devem ser avaliados. Não basta verificar se os alunos compreenderam uma unidade disciplinar ou que assimilaram uma nova habilidade dentro do processo educacional, mas é necessário verificar se os professores foram hábeis na utilização dos recursos pedagógicos disponíveis ou se aplicaram corretamente os princípios educacionais e os métodos didáticos apoiados pela escola, enquanto instituição.

Por fim, o conselho de classe tem como característica manter dinâmico o processo de ensino-aprendizagem. Afinal, a constante avaliação dos processos e métodos educacionais, bem como, o apontamento de falhas e sucessos, são capazes de dinamizar e potencializar a experiência escolar, a fim de beneficiar tanto os alunos quanto professores, pedagogos e afins.

1.2. Propósitos

O que se busca alcançar através do conselho de classe é algo que não se define em caráter individual, mas no coletivo. Análise em grupo, sob vários ângulos, de todos os aspectos que envolvem o ato de aprender e o de ensinar. Como define Sant’ana:

É a atividade que reúne um grupo de professores da mesma série, visando em conjunto chegar a um conhecimento mais sistemático da turma, bem como acompanhar e avaliar cada aluno individualmente, através de reuniões periódicas (SANT´ANNA, 1995. p.87,88).

O conselho de classe é uma reunião que acontece no ambiente escolar com objetivos bem definidos. É um momento de reflexão onde profissionais, docentes e discentes se reúnem para discutir a respeito do processo ensino-aprendizagem. Cada escola realiza o conselho de classe de acordo com sua própria realidade e necessidade.

Se este instrumento avaliativo for bem organizado poderá verificar se os objetivos

traçados para as turmas estão sendo alcançados. Torna-se necessária a preocupação de

que os Conselhos sejam estruturados e organizados dentro da realidade da escola com o

propósito de trabalhar em função desta realidade, se adequadamente organizado

proporcionará oportunidades de crescimento para todos os profissionais da escola, alunos

(6)

e família. Mas é importante lembrar que a comunidade escolar reconheça a importância do Conselho, o leve a sério e perceba o quanto ele pode auxiliar no processo avaliatório.

2. AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: CONCEPÇÕES BÁSICAS

Avaliação é um processo contínuo no qual alunos, professores e equipe pedagógica estão envolvidos durante todo esse ato de avaliar e ser avaliado. Segundo Perrenoud, “...

a avaliação contínua preenche uma função cumulativa, até mesmo certificativa, porque nada substitui a observação dos alunos no trabalho...” (2000:49). A avaliação é para dar oportunidade de se construir o que se sabe e não para medir o conhecimento. O professor precisa ter a consciência de que não é dono do saber e que o aluno é capaz de construir sua própria aprendizagem. Segundo Dalben, a avaliação é “...como um exercício de investigação e construção de conhecimento...” (1997. p.67). A avaliação é uma “via de mão dupla” onde o professor avalia e também é avaliado. O sentido é de ir e vir, onde haja troca e auto-avaliação. “Dizer que a avaliação se inscreve em uma relação social é uma maneira de dizer que não se pode abstrair o conjunto dos vínculos que existem entre avaliador e o avaliado e, através deles, entre seus respectivos grupos de pertencimento”.

(PERRENOUD, 1999. p.57).

Sabemos da importância de o aluno ser estimulado durante o processo de aprendizagem, pois com esse estímulo, os erros podem ser trabalhados de maneira produtiva. Segundo Perrenoud, “A didática das disciplinas interessa-se cada vez mais pelos erros e tenta compreendê-los, antes de combatê-los” (PERRENOUD, 2000. p.32), e ainda “...propõe que se considere o erro como uma ferramenta para ensinar...”

(ASTOLFI, 1997 apud PERRENOUD, 2000. p.32). No ambiente de sala de aula deve haver interação grupal, espaço para expor opiniões, fazer críticas e discussões e é necessário lembrar que o acerto é importante, mas que o aluno esteja livre para errar e a partir daí, trabalhar esses erros de maneira construtiva. O progresso do aluno virá no momento em que ele mesmo tiver a oportunidade de ver que é capaz de construir o seu conhecimento.

Conhecemos também que além da dificuldade do professor de trabalhar os "

erros", existe a dificuldade do aluno em conceber o momento avaliativo de maneira

tranqüila. Via de regra a maioria dos alunos apresentam medo na hora em que são

avaliados, independente do instrumento usado pelo professor. Isso pode ser decorrente de

timidez por não conseguirem expor opiniões durante as aulas, ou mesmo fazer perguntas

(7)

e/ou questionamentos, o que reflete na aprendizagem e consequentemente no momento em que são submetidos à avaliação, decorrentes desse clima em sala de aula.

Um ambiente favorável à aprendizagem surgirá quando o professor permitir que o aluno se sinta capaz e der-lhe a oportunidade de portar-se e sentir-se como um cidadão, portanto, com direito de falar, de ser respeitado e de ser ouvido. Esses momentos são trabalhados de maneira que o professor dê a liberdade ao aluno de pensar, expor esses pensamentos, falar, onde mesmo se a resposta for errada, ele terá a oportunidade de discutir a questão. Sala de aula que tem espaço para discussões, há espaço para construção do conhecimento. Se o aluno se sentir bem, ele irá vencer seus próprios medos e será capaz de avaliar e ser avaliado.

Esse papel de permitir ao aluno ser sujeito no processo ensino aprendizagem não é só do professor, ele é também da escola. Como? Dando espaço para que o aluno participe de decisões relacionadas à mesma oportunidade para opinar em discussões que envolvam o próprio processo ensino-aprendizagem.

Profissionais da Educação e alunos reconhecem que a tarefa de avaliar é complexa, mas o sucesso da avaliação do processo ensino-aprendizagem depende de se ter critérios bem definidos no ato de avaliar. Não é apenas mudar a postura em sala de aula; é imprescindível que ocorram mudanças na escola e nos profissionais, para que instrumentos de avaliação sejam utilizados com sucesso visando tomada de decisão, correção de rumos. “A reconstrução da avaliação não acontecerá por experiências isoladas ou fragmentadas, mas por uma ação continuada e que ultrapasse os muros das instituições”. (HOFFMANN, 1995. p.114).

3. AVALIAÇÃO: POSTULADOS BÁSICOS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA A educação brasileira é regida por uma legislação específica. Tal legislação encontra expressão a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). A presente seção tratará o tema avalição a partir destes documentos.

3.1. A avaliação sob a ótica da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) é a lei 9394/96. Ela é responsável

por regulamentação nacional. A despeito de ser a lei que rege a educação no país, nada

há em seu texto que trate especificamente sobre o conselho de classe. O texto legal trata

(8)

da avaliação na educação básica (educação infantil, ensino fundamental de nove anos e médio) de maneira geral no artigo 24 inciso V, que regulamenta: “A verificação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

Avaliar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos é algo que requer uma análise criteriosa. Além disso, tal avaliação é em extremo abrangente, uma vez que deve considerar a dinâmica diária em sala de aula, o desenvolvimento pessoal do aluno, além de aspectos subjetivos relacionados à esfera escolar. Esta é uma tarefa que não depende do binômio professor-aluno. Ela requer o funcionamento de outros entes da vida escolar, como equipe pedagógica e a família. Logo, tal avaliação transcende a sala de aula. Nesse contexto, o conselho de classe surge como uma alternativa adequada às necessidades da dinâmica avaliativa.

Numa leitura mais contida da LDB, observa-se que há uma determinação específica quanto à avaliação na educação infantil. A LDB doutrina que “na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (Art. 31). Este artigo estabelece um modelo avaliativo específico para a educação infantil. Observa-se que tal modelo é peculiar, pois tal avaliação implica na confecção de um documento escolar que descreve o desenvolvimento do aluno. Tal avaliação não tem como objetivo aprovar ou reprovar o aluno, mas a demonstrar sua evolução durante o processo educacional. Em linhas gerais, a noção do qualitativo sobre o quantitativo é bem evidente neste contexto.

Quanto ao ensino fundamental, a preocupação é outra. Segundo a LDB:

O ensino fundamental... terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante... O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores (Art. 32, inciso III).

Observa-se que a preocupação do legislador é com a formação cidadã do sujeito,

bem como no desenvolvimento de seus valores e habilidades. Numa certa perspectiva, tal

objetivo é complexo, uma vez que evoca a necessidade de se refletir, discutir e encontrar

alternativas sobre como atingi-lo. Em outras palavras, há uma necessidade de avaliar de

forma mensurável se tal objetivo devidamente alcançados. Obviamente, tal avaliação

transcende o âmbito da sala de aula e, até mesmo, da própria escola. Novamente, requer

a participação de toda comunidade escolar.

(9)

Dando continuidade na discussão sobre as fases educacionais, a LDB arrazoa acerca do objetivo do ensino médio. A lei estabelece como uma das finalidade do ensino médio

“o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico” (art. 35, inciso III).

Percebe-se que há preocupação com o aluno como sujeito do processo ensino- aprendizagem além de sua formação de cidadão, quando aborda também a questão do desenvolvimento intelectual e pensamento crítico. Novamente, tal avaliação é abrangente e não pode ser mensurada simplesmente como instrumento avaliativo baseado em fornecimento de dados quantitativos.

Diante destes dados, há que se questionar: como avaliar de maneira tão abrangente e qualitativa o processo ensino-aprendizagem como determina a LDB? De maneira direta, nada há na LDB que estabelece o funcionamento de um conselho de classe que assuma a tarefa de realizar esta tarefa avaliativa. Contudo, conforme a própria LDB: “Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: ...elaborar e executar sua proposta pedagógica ...articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola”

(Art.12, incisos I, VI).

Logo, mesmo não especificando de maneira direta e incisiva quanto a existência e o funcionamento do conselho de classe, é possível afirmar que a LDB abre um precedente para que a escola possa estabelece-lo, a fim de cumprir aquilo que a lei preceitua quanto a avaliação do processo ensino-aprendizagem. Assim, há um entendimento que a legislação promove uma reflexão sobre as práticas pedagógicas, sobre a postura do professor com relação ao desenvolvimento do aluno como ente pensante, bem como sobre o envolvimento de toda a comunidade escolar no processo avaliativo como um todo.

Desta maneira, é possível afirmar que o conselho de classe é uma ferramenta avaliativa que captura em sua prática o espírito da LBD no que diz respeito à avaliação do processo de ensino aprendizagem, adequando-se aos anseios por uma educação de qualidade, capaz de transformar indivíduos e a sociedade.

3.2. A avaliação a partir da ótica dos Parâmetros Curriculares Nacionais

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) foram publicados em 1997 e são

diretrizes elaboradas pelo Governo Federal que objetiva orientar os educadores através

da normatização de fatores fundamentais concernentes a cada disciplina. Esse documento

abrange tanto a rede pública como a rede privada de ensino. Embora não sejam

(10)

obrigatórios, servem como norteadores para o corpo docente e para toda a equipe pedagógica, que podem adaptá-los às peculiaridades de seu contexto escolar. Em outras palavras, os PCNs não são propriamente uma legislação normativa, mas servem como referência para orientar os objetivos, os conteúdos e a didática do ensino.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais tratam a avaliação de uma maneira mais ampla. Segundo o PCN, a avaliação “vai além da visão tradicional, que focaliza o controle externo do aluno mediante notas ou conceitos, para ser compreendida como parte integrante e intrínseca ao processo educacional” (PCNs, 1997. p.81). Assim, a avaliação é compreendida como parte fundamental do processo ensino-aprendizagem. Este modo de compreensão retira a avaliação do campo da suspeição metodológica, dando a ela o seu lugar legítimo no processo educacional.

Há algo que precisa ser dito sobre a perspectiva dos PCNs quanto a avaliação. Ao descrever o conceito de avaliação e aplica-lo ao contexto escolar, é dito que:

... é necessário que se estabeleçam expectativas de aprendizagem dos alunos em consequência do ensino, que devem se expressar nos objetivos, nos critérios de avaliação propostos e na definição do que será considerado como testemunho das aprendizagens (PCNs, 1997. p.58).

Em linhas gerais, o que os PCNs postulam é a necessidade estrita de se estabelecer critérios mensuráveis de avaliação. A avaliação sem critérios é uma incoerência, mas é algo possível no contexto escolar. Daí, ser necessário que a comunidade escolar saiba descrever suas expectativas e seus objetivos quanto ao processo ensino-aprendizagem.

Seguindo este pressuposto, os PCNs abordam pontos importantes como a aprovação ou a reprovação, colocando-os como uma decisão pedagógica que tem o objetivo de garantir melhores condições de aprendizagem para os alunos. Para isso, o professor deve fazer uma análise global do aluno detectando suas diferentes capacidades.

A decisão de aprovar ou reprovar não sendo considerada castigo, nem um termômetro do quanto se aprendeu ou não. Para decidir o destino do aluno é importante definir os critérios de avaliação, os aspectos de sociabilidade e de ordem emocional, para que a decisão seja a mais sensata dando oportunidade de continuidade da escolaridade sem fracassos. “No caso de reprovação, a discussão nos conselhos de classe, assim como a consideração das questões trazidas pelos pais nesse processo decisório, podem subsidiar o professor para a tomada de decisão amadurecida e compartilhada pela equipe da escola”

(PCNs, 1997. p.59).

(11)

Percebe-se que os PCNs enfatizam a questão de o aluno ser parte que move o processo ensino-aprendizagem, e isto é muito importante. Esta postura leva o educador a entender esse sujeito do processo como um todo, avaliando-o além de notas ou conceitos.

Mas há uma questão que precisamos repensar, que é o caso de se tratar do conselho de classe somente em última instância quando há reprovação. Se o conselho de classe funcionar somente nesta etapa, não existirão mudanças no processo avaliatório. Nesta altura, o aluno já perdeu todas as oportunidades de crescer, de dar opiniões e de contribuir para o seu desenvolvimento e melhoria da escola. A sua aprendizagem ficará estagnada, sem perspectivas de ser algo realmente transformador e dinâmico. Portanto, é preciso haver busca grupal constante para que haja real transformação do processo avaliatório e é neste contexto que o conselho de classe surge como uma alternativa adequada às necessidades escolares.

4. CONSELHO DE CLASSE E AVALIAÇÃO: UMA APROXIMAÇÃO

O processo ensino-aprendizagem envolve toda a comunidade escolar. Tal processo nunca deve ser visto como algo que envolve apenas o binômio professor-aluno. Nas palavras de Perrenoud, “a mudança das práticas de avaliação num sentido mais formativo, qualitativo e interativo passa necessariamente por uma explicação paciente, por uma mudança de representações, por uma reconstrução de um contato tático entre a família e a escola”.

2

Logo, a comunidade escolar transcende os muros da própria escola, aglutinando alunos, professores, pais e responsáveis, bem como, toda a equipe educacional. Todos estão de maneira significativa neste processo, e isto deve ser visto como parte essencial do processo avaliativo. É através da interação entre as partes, que a avaliação no conselho de classe tende a ser mais objetiva e holística, uma vez que é possível a verificação das variáveis envolvidas no processo educacional, bem como, a proposição de alternativas que possam contribuir para maximizar as dinâmicas escolares.

Para que o processo avaliativo em conselho de classe seja eficaz e promova transformação positiva, é necessário que o mesmo seja constantemente avaliado e analisado. A ideia não é tornar o conselho de classe um instrumento volátil, mas dar a ele a flexibilidade e a adaptabilidade necessárias para que possa atender os objetivos

2 Perrenoud, Phillipe. "Não mexam na minha avaliação! Para uma abordagem sistêmica da mudança pedagógica". In: ESTRELA, Albano; NÓVOA, António (orgs.). Avaliações em educação: Novas perspectivas. Porto: Porto Editora.1993. p.177

(12)

específicos estabelecidos dentro de um determinado contexto escolar. Métodos tendem a se tornar um fim em si mesmos. O conselho de classe não é um fim em si mesmo, antes visa, em última análise, o bem do aluno, enquanto ente mais frágil dentro do processo ensino-aprendizagem. Portanto, especialmente, a equipe pedagógica deve manter um diálogo permanente com o corpo docente da unidade escolar, a fim de melhorar as dinâmicas do conselho de classe.

Nesta perspectiva, o que deve ser avaliado são os métodos utilizados no processo avaliativo propriamente dito, tendo sempre a compreensão que tais métodos estão diretamente associados com o processo de ensino-aprendizagem. Logo, é este processo que deverá estar sempre em voga para a equipe pedagógica, mantendo uma análise contínua do desenvolvimento do processo dentro do âmbito escolar. Neste sentido, o que será avaliado não é o produto final do processo, e sim, o processo em si. Mais propriamente, a maneira como os professores e demais envolvidos no processo garantem a correta aplicação dos métodos, princípios e conteúdos para tornar o ensino- aprendizagem uma realidade.

Aqui é preciso considerar o que é postulado por John Elliott. Ele afirma:

... a avaliação da compreensão (refere-se a um tipo de aprendizagem de qualidade) e o ensino para a mesma não são atividades separadas. O professor(a) fomenta a aprendizagem compreensiva dando acesso aos alunos(as) ao diálogo crítico sobre os problemas que encontram ao realizar suas tarefas. Este tipo de avaliação faz parte do processo de aprendizagem, e não é apenas uma atividade final, centrada nos resultados da aprendizagem"

(1990. p.224).

Por mais que a equipe pedagógica deva se esmerar para manter flexível e adaptável

o processo educacional, através de uma contínua análise do binômio ensino-

aprendizagem, é o conselho de classe propriamente dito que permitirá que a avaliação

final seja adequadamente alcançada. É o conselho de classe o ambiente apropriado para

finalizar a avaliação integral do processo ensino-aprendizagem e de todos os aspectos que

o envolvem: a prática pedagógica dos professores, a aprendizagem compreensiva dos

alunos, a relação simbiótica professor-aluno. Mas, também é possível avaliar outras

relações secundariamente associadas ao processo educacional, principalmente aquelas

que se relacionam com o aspecto externo da comunidade escolar: pais, responsáveis por

alunos e a sociedade de um modo geral. Afinal, tais relações devem ser vistas como

igualmente facilitadoras e promotoras do processo ensino-aprendizagem, ganhando um

status ativo no processo, que enriquece consideravelmente o prazer de aprender.

(13)

A avaliação é, acima de tudo, um processo integral. Há que se concordar como Raimunda Gebran, quando esta afirma:

Entendendo que não há separação entre metodologia e conteúdo, tendo em vista que esta se concretiza na aplicação do conteúdo, estamos convencidos de que a maneira como o professor, apoiado ou não por materiais didáticos (como ensina), explora e discute os conhecimentos geográficos (o que ensina) com os alunos, garantirá a sua participação crítica no ato do conhecimento do qual também é sujeito, permitindo sua identificação enquanto sujeito do processo de transformação, se constituirá qualitativamente de um avanço na ação educativa. Uma concepção que inclua o técnico-pedagógico e o político poderá favorecer o desenvolvimento de um trabalho em que teoria e prática se renovem no cotidiano da prática pedagógica, suscitando novas perspectivas ou opções (2004. p.25)

Logo, o corpo docente e a equipe pedagógica não devem ater-se apenas a aquisição de certos conhecimentos e conteúdos, mas, sobretudo, deve preocupar-se quanto a aplicabilidade de tais conhecimentos pelo aluno em sua vida. Tal preocupação está diretamente associada com o exercício pleno da cidadania por parte do aluno. Afinal, o aluno é um ente igualmente ativo no processo de ensino-aprendizagem, devendo ser considerado como parte da avaliação do processo. Assim, espera-se que o conselho de classe, em seu ato avaliativo propriamente dito, seja capaz de mensurar como o processo educacional em sua integralidade corroborou para o desenvolvimento do aluno enquanto pessoa e cidadão.

Contudo, espera-se também que a própria dinâmica educacional seja tratada de maneira crítica. Isso porque, o feedback dado pelo aluno como parte do processo avaliativo, deverá fazer com que a equipe pedagógica, juntamente com o corpo docente, encontre novos caminhos que tornam o ensino-aprendizagem um processo mais dinâmico, holístico, adaptável e mensurável. Tendo em vista, a multiplicidade de variáveis que podem depor contra a efetividade do processo. Em última análise, o conselho de classe será um instrumento avaliativo que permitirá uma constante autocrítica do modelo educacional utilizado por uma escola, possibilitando o estabelecimento de uma política educacional que favoreça o desenvolvimento de alunos, profissionais da educação e entes da comunidade escolar, afetando, por fim, a sociedade como um todo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como dito anteriormente, a proposta deste artigo era analisar o conselho de classe

como um instrumento avaliativo. Ao realizar tal análise, percebeu-se que o conselho de

classe pode ser eficaz no processo ensino aprendizagem. Em primeiro lugar, isso ocorre

(14)

por atender de modo prático aquilo que a legislação estabelece como aspectos a serem avaliados durante o processo educacional. Ainda que a LDB não estabeleça a metodologia específica para a avaliação de como se dá o ensino-aprendizagem no contexto escolar, a experiência escolar aponta para o conselho de classe com uma metodologia avaliativa válida e útil.

Em segundo lugar, o conselho de classe é eficaz na avaliação do processo educacional pela participação de todos os entes envolvidos. Nesta perspectiva,

O conselho de classe busca qualificar o processo avaliativo e legitimar esse espaço como locus privilegiado de aglutinar diferentes pontos de vista, comprometendo todo: professores, alunos, pais e equipe pedagógica, pois, através do diálogo, pode-se refletir sobre as diferentes concepções, buscando a convergência de um trabalho efetivamente coletivo (BACKES: FOCESI, 2010. p.22)

Esta ênfase na participação de toda a comunidade escolar parte da compreensão de que a participação e a pluralidade de experiências tendem a corroborar para o melhor entendimento de todas as variáveis contidas no processo avaliativo. Logo, o que está em perspectiva é o processo como um todo, no qual o aluno deve ser visto como o ente prioritário. Além disso, a avaliação deixa de ser apenas uma verificação de assimilação de conteúdo, passando a ser uma investigação sobre a transformação e desenvolvimento pessoal daquele que aprende.

Quanto ao conselho de classe, deve ser dito que, a equipe pedagógica precisa considera-lo não como uma reunião periódica e burocrática prevista no calendário letivo da escola. É necessário uma nova interpretação sobre o conselho de classe. Como afirma Dalben,

Sendo o Conselho de Classe uma instância integradora, pensar o seu papel diante de uma nova lógica, em que esteja presente o desvelamento das atuais formas de organização social e ainda das atuais condições de trabalho da escola, leva ao repensar de uma relação que deve ser estabelecida entre os profissionais e seu conteúdo de trabalho. (DALBEN, 2006. p.78)

Nesta perspectiva, o conselho de classe passa a ser considerada como uma oportunidade singular na dinâmica escolar. Assim, o conselho de classe passa a ser um momento valioso onde os profissionais podem verificar e analisar os resultados, buscando um diagnóstico para os aspectos que precisam ser melhorados. Uma análise da prática docente, do educando e de todo o processo de ensinar e aprender.

Avaliar é uma atitude de muita complexidade que envolve análise, investigação,

observação e permissão. Permitir avaliar e ser avaliado, valorizar os acertos e os erros,

(15)

considerando cada item como uma oportunidade de crescimento do aluno. Neste momento, faz-se necessária uma reunião onde todos os envolvidos nesse processo possam analisar os resultados positivos e negativos, os aspectos a serem mudados, melhorados ou aprimorados. Cada aluno, cada processo, cada método utilizado, cada recurso, todos os pontos precisam ser analisados.

Sob esta ótica, a avaliação é de suma importância no sistema escolar, pois está inserida em todas as áreas, em todos os momentos da história do homem. É a concepção de processo que existe na relação professor/aluno, que necessita ser melhor dimensionada.

Nossa intenção neste estudo foi a de aprofundar a reflexão sobre o conselho de classe como instrumento de Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. No entardo sem a pretensão em esgotar o tema de tamanha complexidade, mas oferecer subsídios, principalmente a professores e especialistas para reflexões, questionamentos, análises, chegando a uma auto-avaliação. A nossa expectativa é que aconteçam mudanças no âmbito educacional, principalmente no aspecto avaliativo, onde exista compromisso num ensino de qualidade, permitindo aos alunos o exercício da cidadania.

A implantação de uma nova visão a respeito do conselho de classe permitirá a verdadeira construção do real sentido de ser cidadão, contribuindo para a implementação de uma nova cultura da avaliação: processo, meio, caminho. Fazendo o uso adequado dos aspectos quantitativos, ou seja, partindo deles para dar significado qualitativo e tomar decisões.

A tarefa da escola é de promover. Promover a educação através de uma cultura que valoriza o ser aprendiz, dando a ele a oportunidade de se desenvolver enquanto cidadão.

Esse desenvolvimento só pode se tornar efetivo, dentro de uma escola que está aberta a um compromisso com cada indivíduo, com o ensinar e o aprender, e com a avaliação transformadora, que busca novos direcionamentos periodicamente através de momentos oportunos de avaliação como o conselho de classe.

Cada escola é única, cada aluno e professor são únicos. O que promove a educação em sua plenitude é a ação desses agentes conformados a um propósito único de buscar avaliar em conjunto os aspectos que se formam no chão da escola.

(16)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AEC, Revista de Educação. Avaliação: Novos Paradigmas. Ano 24, 1995. AEC do Brasil, Nº 94 - Janeiro/Março.

BACKES, Dalila Inês Maldaner; FOCESI, Luciene Varisco. Processo de ensino e aprendizagem mediatizado pelo O.E e S.E. In: FRANCISCO Denise Arina, SCHNEIDER, Elaine Cristina Araújo (orgs.). Ações, reflexões e desafios na formação do pedagogo na contemporaneidade. Novo Hamburgo. Feevale. 2010.

BRASIL, Lei nº 9394/96 de Dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

BURGOS, Marcelo. A Escola e o mundo dos alunos: estudos sobre a construção social do aluno e o papel institucional da escola. Rio de Janeiro: Garamond, 2014.

DALBEN, Ângela Imaculada L. F. In Presença Pedagógica. A relação da Avaliação com o conhecimento. Nov/Dez. 1997. Vol. 3, nº 18.

ELLIOTT. John. La investigación-acción en educación. Madrid. Ediciones Morata. 1990.

GEBRAN, Raimunda Abou (org). Contexto escolar e processo ensino aprendizagem. São Paulo. Arte e Ciência. 2004.

HOFFMANN, Jussara M. L. Avaliação: Mito & Desafio: Uma Perspectiva construtivista. Porto Alegre. Educação e Realidade, 1995.

MEC, Conselho de classe. Recurso de Avaliação que reflete um Posicionamento diante da Educação. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Estado da Educação de MG. Diretoria Do Ensino de 1º Grau da Superintendência Educacional, 1978.

MEC, Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais/ Secretaria de Educação Fundamental- Brasília: MEC/ SEF, 1997.

PEREIRA, Lucila Conceição. Conselho de classe. Disponível em:

<https://infoescola.com/educacao/conselho-de-classe/>. Acessado em 23 de junho de 2018

PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das Aprendizagens- entre duas lógicas. Porto Alegre. Artes Médicas, 1999

____________. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre. Artes Médicas Sula, 2000.

ROCHA, Any Dutra Coelho da. Conselho de classe: burocratização ou participação?

Rio de Janeiro. Francisco Alves, 1986.

ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação Dialógica: desafios e Perspectivas. São Paulo.

Cortez, 1998.

SANT’ANNA, Flávia Maria, ENRICONE, Délcia, et alli. Planejamento de Ensino e Avaliação. 11ed., Porto Alegre. Sagra, 1992.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos/

Petrópolis. Vozes, 1995.

Referências

Documentos relacionados

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

psicológicos, sociais e ambientais. Assim podemos observar que é de extrema importância a QV e a PS andarem juntas, pois não adianta ter uma meta de promoção de saúde se

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

Então são coisas que a gente vai fazendo, mas vai conversando também, sobre a importância, a gente sempre tem conversas com o grupo, quando a gente sempre faz

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

Com a mudança de gestão da SRE Ubá em 2015, o presidente do CME de 2012 e também Analista Educacional foi nomeado Diretor Educacional da SRE Ubá e o projeto começou a ganhar