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Universidade do Vale do Itajaí

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Academic year: 2022

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Universidade do Vale do Itajaí Universidade do Vale do Itajaí

JAQUELINE HELENA GONÇALVES MARTINS JAQUELINE HELENA GONÇALVES MARTINS

PARTE 1: Caso PARTE 1: Caso DONA MOÇA:

DONA MOÇA:

as finanças de uma empresa pequena e

as finanças de uma empresa pequena e familiarfamiliar

Caso apresentado como requisito parcial Caso apresentado como requisito parcial para a disciplina Oficina de Cases no para a disciplina Oficina de Cases no Curso de Pós-Graduação MBA em Curso de Pós-Graduação MBA em Finanças Empresariais, na Universidade Finanças Empresariais, na Universidade do Vale do Itajaí.

do Vale do Itajaí.

Orientador: Prof (a). Anete Alberton, Drª Orientador: Prof (a). Anete Alberton, Drª

São José São José

2013 2013

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Universidade do Vale do Itajaí

DONA MOÇA: as finanças de uma empresa pequena e familiar INTRODUÇÃO

A marca/empresa Dona Moça surgiu de um projeto de Patrícia que tinha a intenção de, junto com sua mãe, abrir seu próprio ateliê de costura com foco em um público mais seleto e exclusivo.

Com a idéia de exclusividade dos produtos comprados, e a volta dos ateliês no cenário mundial de moda, Patrícia e Roseli viram um nicho de mercado promissor. A empresa produziria em pequenas quantidades ou em peças únicas, sendo determinante a qualidade das peças e os melhores acabamentos, tinham como propósito a expansão para todo Brasil.

Enfim realizaram o sonho. A empresa surgiu, cresceu e atingido o sucesso esperado, as sócias se viram diante de questões envolvendo suas finanças e fluxo de caixa. Como empresa familiar e a entrada e saída de dinheiro sem datas e controles definidos, era necessário um planejamento para definir os novos rumos da empresa.

O INÍCIO

Campo Alegre, cidade situada no Planalto Norte do Estado de Santa Catarina, final do ano de 2008, Patrícia, formanda do curso de moda está pensativa com o fim da faculdade e o início na vida profissional. Como todo formando tem seus medos quanto ao ingresso no mercado de trabalho na carreira escolhida, assim como desejo de sucesso profissional e independência financeira.

Durante o curso de graduação Patrícia aprimorou os conhecimentos na área de modelagem, corte e costura, dando maior segurança para decisão de abrir o próprio negócio. Com o projeto final de sua graduação teve a oportunidade de criar uma marca.

Patrícia pensou por que não colocar em prática o projeto idealizado, onde além de executar os ensinamentos aprendidos, realizaria um sonho e teria sua independência financeira, sendo dona de seu próprio negócio.

Precisando de capital para investir e excluindo a possibilidade de utilizar capital de terceiros, viu em sua mãe Roseli a sócia. Patrícia expressou para mãe a vontade de abrir seu próprio ateliê de costura. Os ateliês atualmente vêm revelando cada vez mais, o desejo de compra nas mulheres, trazendo peças exclusivas e de maior valor agregado que caem perfeitamente no corpo. Que mulher não quer isso?

Nada seria mais certo para duas empreendedoras com visão de mercado e sempre atentas ao mundo da moda, pensou Patrícia.

Roseli deu apoio à filha, e gostou da idéia, pois já era um sonho seu.

Ressaltou que não só estariam abrindo um ateliê, mas uma empresa, onde é necessário pesquisa, análise e gerenciamento. Além do que exigiria muito tempo disponível, assumir riscos e ter a consciência que o salário não estaria garantido no final do mês.

Roseli, professora de curso de costura em um Centro de Aprendizado Profissional, aprendeu costura e modelagem sozinha, sempre fazendo muito sucesso com suas bolsas e vestidos exclusivos. Em festas e eventos era sempre

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filha também se aprimorou na área, pois sempre acompanhou e auxiliou Patrícia nos estudos. Há dez anos já vendia suas costuras de artesanatos e bolsas em tecido, de maneira informal para conhecidos. Muitas vezes usava de seu talento em roupas a pedido da família ou para presenteá-los; observava neles a satisfação em ter uma peça exclusiva. Aos poucos foi identificando uma oportunidade de profissionalizar suas peças como marca de destaque na região ao lado de sua filha, a qual conhecia o espírito empreendedor e paixão pelo mundo da moda e da costura.

Patrícia começou no mundo da costura ainda criança, sempre acompanhava a mãe para a pequena escolinha no bairro onde a mãe ensinava pessoas de baixa renda a costurar e assim adquirir uma nova forma de rendimento familiar. Foi onde aprendeu a costurar e criar roupas, primeiro para suas bonecas, com o passar dos anos para si, e depois auxiliando a mãe com costuras de assessórios para vender.

Quando iniciou a faculdade de moda viu que realmente essa área, na qual a mãe já atuava, era o que queria para sua vida profissional. Na graduação e nos estágios percebeu que trabalhar em empresas privadas não a satisfazia. Não se imaginava numa rotina, criando coleções que seriam vendidas em larga escala e a estilista não se destacaria. O que realmente Patrícia queria era ter seu negócio.

E HORA DA PESQUISA

Patrícia e Roseli tinham dúvidas se realmente a idéia de um ateliê com peças exclusivas seria bem aceito na região. A cidade é pequena, será que o valor das peças seria reconhecido pelos possíveis clientes?

Para o projeto da graduação Patrícia realizou uma pesquisa, já com o intuito de utilizá-la em seu negócio, para identificar se os consumidores da região aceitariam esse novo tipo de empreendimento, se comprariam peças exclusivas mesmo pagando um valor mais elevado por elas. Com ajuda da mãe, formulou cinco perguntas relacionadas ao assunto, saindo então às ruas, lojas e casas de conhecidos, entrevistando 60 pessoas, com idade de 16 a 60 anos e questionou o que realmente as pessoas buscavam.

Assim Patrícia e Roseli puderam avaliar a aceitação do público pela criação de uma nova marca de atelier de moda na região e saber se a população gosta de exclusividade ao adquirir novas peças na hora da compra. (Gráfico 01).

Gráfico 01 - Resumo de pesquisa para um ateliê de moda.

FONTE: TCC Patrícia Baptista - Centro Universitário Jaraguá do Sul (2008)

82,60% 100% 73,90% 76%

0%

20%40%

60%80%

100%120%

Público feminino Sabem o que é um Ateliê de Moda

Conhecem ateliês na região

Compram peças exclusivas

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Durante a pesquisa questionaram também a existência de ateliês na região, se os entrevistados tinham conhecimento desses e a que se destinavam. (Gráfico 02).

Gráfico 02- Segmento dos ateliês da região

FONTE: TCC Patrícia Baptista - Centro Universitário Jaraguá do Sul (2008)

- Patrícia, veja só como trabalham os ateliês da região, e como as pessoas os conhecem  - Disse Roseli para Patrícia com a pesquisa em mãos:

- É verdade, e veja como não temos muitos ateliês de acessórios e de roupa casual, acho que seria um segmento interessante para explorarmos   - Respondeu Patrícia.

Patrícia e Roseli concluíram que a maioria das pessoas gosta de exclusividade, de peças personalizadas, do diferencial proposto pela marca.

Decidiram pelo sonho: iam abrir um ateliê.

Passados seis meses, com Patrícia formada e lecionando em um centro de ensino profissionalizante ao lado de Roseli, e as sócias com a idéia de abrirem seu próprio negócio amadurecida, viram que havia chegado a hora de iniciarem sua empresa, seu ateliê de costura, utilizando como capital suas economias.

A ESCOLHA DA LOCALIZAÇÂO

Precisavam definir o local do novo ateliê, horários e formas de atendimento. A ideia era vender e produzir no mesmo local. Espaço amplo e bem articulado para maquinário e que proporcionasse também conforto na hora de receber suas clientes era essencial.

Patrícia e Roseli não teriam como se dedicar integralmente ao ateliê durante o dia. As aulas que ministravam ainda seriam uma fonte de renda pessoal e fixa das sócias e que daria suporte inicialmente ao caixa do ateliê. Decidiram pela construção do ateliê no terreno da própria casa. Não teriam despesas com aluguel e poderiam fazer o projeto de acordo com suas necessidades e ainda teriam maior liberdade e flexibilidade de horário para trabalhar e atender suas clientes, à noite ou mesmo nos finais de semana. Tinham a expectativa que os investimentos realizados com a construção do espaço retornariam em meio ano, com base nas vendas que Roseli já fazia de maneira informal e na ampliação dessas.

Tipos de Atelier

11%

52.30% 50%

24%

52.30%

0%

10%

20%

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40%

50%

60%

A ces sór ios Noiv as Roupa Soc ial Roupa Cas ual Roupa de Festas

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tempo, como a parte de bordado e acabamentos de camisaria. Estes pagos por trabalho executado sem um gasto fixo mensal.

Patrícia e Roseli sabem da importância de se ter um bom controle financeiro.

Fazem um fundo de reserva, controlam os extratos bancários da conta pessoal que utilizam no ateliê, anotam todas as receitas e despesas separando as contas pessoais das empresariais, tudo em um único lugar, o caderninho. Com a correria do dia a dia e sem ter entrada e saída fixa de compra de matéria prima e venda de produto, acabaram por deixar de lado, durante grande parte do desenvolvimento e crescimento da empresa, o planejamento e o controle financeiro efetivo.

Pensativa com tantas anotações a fazer, com o folhear do caderninho para buscar pagamentos a serem feitos e contas a serem recebidas Patrícia diz para Roseli:

-Sabe mãe, estive pensando no dia que você me indagou sobre a forma que anotamos nossas receitas e despesas, se não deveríamos nos aprimorar, pois bem,  já estou mudando de idéia.

O “marcar no caderninho” mostra às sócias as receitas e despesas do ateliê e o que retiram para uso pessoal no mês vigente dando uma previsão muito superficial do que devem receber e pagar nos próximos meses, não mostrando uma projeção concreta das finanças da empresa e do pró-labore que deveriam receber, fazendo retiradas não controladas e fixas no mês.

Com o alavancar das vendas, e pensando no futuro, Patrícia e Roseli vêem a necessidade de aprimorar a maneira de administrar seu negócio e controlar suas finanças. Visualizam que quanto mais cedo tiverem controle de caixa e das ações necessárias para empresa, mais preparadas estarão para demandas adicionais de vendas e mais pontos de distribuição das mercadorias.

DECISÕES

Como toda empresa que nasce sem consultoria e planejamento das suas ações financeiras e que tem apenas os proprietários na administração, as dúvidas surgem no decorrer do desenvolvimento. Cabe aos sócios saberem o momento certo de aceitar novas sugestões e implantar novos mecanismos administrativos para que se tenha uma real visão da empresa e sua evolução.

Patrícia e Roseli tem consciência da importância de se controlar as finanças e gerir bem o caixa de uma empresa para atingir suas metas. E já começaram a questionar a necessidade de novas formas de administrar seu negócio. Como ambas tem aflorada mais a “veia” das artes acabaram por deixar de lado decisões administrativas e financeiras a serem tomadas durante a formação do ateliê.

O que devem fazer as sócias? Agora é o momento de Patrícia e Roseli abandonarem seu antigo caderninho de controle de caixa e buscarem uma nova forma de controlar e planejar suas finanças?

Sendo essa uma empresa pequena e informal, esse controle financeiro mais eficaz é mesmo necessário, visto que já separam, mesmo que de maneira amadora em suas anotações, as finanças pessoais das empresariais?

Para o crescimento da empresa, manter as formas de gestão irá suprir as sócias na administração do ateliê em um futuro próximo? A forma como as sócias estão gerindo as finanças será eficiente para o sucesso do ateliê Dona Moça?

Referências

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