HISTÓRIA
OS PODERES DO FARAÓ E A RELIGIÃO NO EGITO
ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
SUMÁRIO
• O poder do faraó.
• A religião no Egito: o politeísmo e o monoteísmo imposto por Akenaton.
• A crença na imortalidade e a
mumificação.
Situação-problema
• Os egípcios, politeístas, acreditavam que a vida para além da morte era um prolongamento da vida terrena?
Questões orientadoras
• O que é o politeísmo?
• Como eram representados os deuses no Egipto?
• Como explicas que os egípcios mumificassem os mortos e se fizessem sepultar com os seus objetos pessoais?
Palavras-Chave
Poder teocrático ou sacralizado; poder absoluto; politeísmo; monoteísmo;
embalsamamento ou mumificação
SITUAÇÃO-PROBLEMA / QUESTÕES ORIENTADORAS / PALAVRAS-CHAVE
AS COROAS DO EGITO
MAPA DE CLÁUDIA QUEIRÓS DESENHO DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
Inicialmente o
território do futuro Egito não conheceu unidade política.
Formado por
pequenas aldeias, depois por nomos, confederações de aldeias, evoluiu para pequenos
países que deram origem a dois
reinos: Alto Egito, situado no vale do Nilo e Baixo Egito situado no delta do Nilo.
OS PODERES DO FARAÓ
FOTOGRAFIAS DE MELANIE SILVEIRA
O faraó,
considerado filho de Osíris e Ísis e reencarnação de Hórus, tinha um poder sacralizado ou teocrático, do grego theos, deus + kratos, poder.
Era considerado um rei-deus, um deus vivo e era o sacerdote
supremo.
Hórus, deus da ressurreição
Em 3200 a. C. o faraó do Alto Egipto, Narmer ou Menés, unificou o
Egito.
OS PODERES DO FARAÓ
O faraó tinha um poder total e absoluto sobre tudo e sobre todas as pessoas e competia-lhe a administração da justiça.
Governava ajudado por uma espécie de primeiro-ministro, vizir, por altos funcionários.
Distribuía as terras e os cargos, recebia os impostos que asseguravam o funcionamento do reino.
Competia-lhe manter a ordem, a
estabilidade, o controlo da sociedade e a
união entre Alto e Baixo Egito.
AMON–RÉ, DEUS-SOL / HATHOR, DEUSA DO AMOR / ANÚBIS, DEUS DA
MUMIFICAÇÃO
In Rumos da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
Os egípcios eram politeístas.
Havia deuses locais, regionais e deuses cujo culto se estendia a todo o Egito.
FOTOGRAFIAS DE MELANIE SILVEIRA
OSÍRIS – DEUS DOS MORTOS
In Sinais da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
Exemplos de deuses venerados por todo o Egito:
Amón-Ré, deus-sol
Osíris, deus dos mortos
Hórus, deus
protetor dos faraós e da ressureição
Ísis, deusa da fertilidade
Hathor, deusa do
amor
O POLITEÍSMO EGÍPCIO
(do grego polys, vários + theos, deus) REPRESENTAÇÃO DE DEUSES
NO EGIPTO
Forma completamente humana
Forma mista (parte humana / parte animal)
Forma completamente animal
O MONOTEÍSMO NO EGIPTO
FOTOGRAFIA DE RENATO PINTO
O culto a Ámon, o deus sol, foi imposto ao Egito por Amenófis IV (c. 1377-1359 a. C.), que mudou o seu nome para Akenaton, o servo de Áton.
Após a sua morte, os egípcios regressaram ao politeísmo.
O CULTO DOS MORTOS
Os egípcios acreditavam na vida para além da morte e que essa vida, eterna, era um prolongamento da vida terrena.
Acreditavam que depois da morte a alma comparecia no tribunal de Osíris e que, se o defunto tivesse levado uma vida justa, acedia à vida eterna.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MAGALHÃES
OBJETOS E PEQUENAS ESCULTURAS QUE ACOMPANHAVAM O DEFUNTO
Acreditavam que, para continuarem a viver depois da morte, precisavam dos seus bens e do seu corpo bem conservado. Por isso mumificavam os mortos.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MAGALHÃES
OBJETOS E PEQUENAS ESCULTURAS QUE ACOMPANHAVAM O DEFUNTO
TÚMULO DE TUTANKAMON
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MAGALHÃES
ANÚBIS, DEUS DA MUMIFICAÇÃO
In Rumos da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
O embalsamamento ou mumificação estava reservado às classes privilegiadas pois era muito dispendioso e quanto mais importante era o defunto mais cuidada era a mumificação.
FOTOGRAFIA DE ANABELA MAGALHÃES
Os não privilegiados eram sepultados no deserto… curiosamente, e devido à secura extrema e altas temperaturas, muitos foram os que sofreram um processo de conservação natural.
MUMIFICAÇÃO NATURAL
In HISTÓRIA 7, Didáctica Editora
O PROCESSO DE MUMIFICAÇÃO
Retiravam o cérebro do defunto, com um gancho, através das narinas.
Através de uma incisão, do lado esquerdo do corpo, retiravam os orgãos que eram guardados nos vasos canópicos; o coração, necessário para a outra vida, voltava a ser colocado no seu lugar.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
O PROCESSO DE MUMIFICAÇÃO
O corpo era coberto de natrão (cristais de sal) e secava durante 40 dias.
FOTOGRAFIA DE ROSA MARIA FONSECA
O PROCESSO DE MUMIFICAÇÃO
MÚMIA DE RAMSÉS II - 1235 a. C.
In HISTÓRIA 7, Didáctica Editora
Depois enchiam o corpo com linho e substâncias aromáticas e enrolavam-no com ligaduras; enchiam os olhos com linho ou pedras pintadas.
FOTOGRAFIA DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
O PROCESSO DE MUMIFICAÇÃO
Posteriormente a múmia era depositada no sarcófago.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
MÚMIAS DE ANIMAIS
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
MÚMIAS DE ANIMAIS
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
METAS CURRICULARES
Objetivos
3 - Conhecer e compreender a complexificação da organização política (a partir de exemplos de uma civilização dos Grandes Rios)
4 - Conhecer e analisar a importância das vivências religiosas, culturais e artísticas (a partir de exemplos de uma civilização dos Grandes Rios)
Descritores de desempenho
3.1 – Relacionar a criação de Estados com a necessidade de manter infraestruturas hidráulicas e de defesa perante ameaças externas.
3.2 – Identificar a centralização do poder como forma de conter a conflitualidade social.
3.3 – Reconhecer o surgimento de poderes políticos absolutos e sacralizados.
3.4 – Justificar a função dos impostos como fator de sustentação dos aparelhos de estado e das elites.
3.5 – Relacionar a complexificação da organização política com a invenção da escrita.
4.1 – Referir a afirmação de religiões politeístas, salientando a relação dos deuses com as forças da Natureza.
AUTORIA
ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES