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Unidade: Epidemiologia Descritiva Variáveis Relativas às Pessoas Unidade e Variáveis I: Relativas ao Lugar, Tempo.

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Unidade: Epidemiologia

Descritiva – Variáveis Relativas às

Pessoas e Variáveis Relativas ao

Lugar, Tempo.

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Unidade: Epidemiologia Descritiva Variáveis Relativas às Pessoas e Variáveis Relativas ao Lugar, Tempo.

Unidade: Epidemiologia Descritiva – Variáveis Relativas às Pessoas e Variáveis Relativas ao Lugar, Tempo.

Ao estudar qualquer agravo de saúde, a primeira organização de informações diz respeito às características das pessoas e para isso teremos numerosas variáveis, as mais utilizadas seriam o sexo e a idade. Visto que qualquer patologia geralmente varia bastante com relação ao sexo, por exemplo, as doenças coronárias, o câncer do aparelho respiratório, a próstata, a cirrose hepática, a acidente de trânsito, a violência e suicídios são as causas que mais acometem o homem.

As mulheres, de forma geral, utilizam mais os serviços preventivos (em taxa 20% maior) e diminui a ocorrência dessas patologias, porém são bastante acometidas de tireoidopatias, varizes, artrites, doenças reumáticas, lúpus heritematoso, depressão, câncer de mama e de útero.

Outra variável que devemos pensar é a localização geográfica que nos dá um ótimo entendimento sobre o aparecimento e o desenvolvimento de doenças. Geralmente, usaremos comparações regionais o que é bastante fácil de ser encontrado na literatura especializada. A análise dos agravos à saúde pelas diferenças geográficas é histórica na medicina. Muitos autores dão o nome de geográfica da saúde, geomedicina, medicina geográfica, patologia gráfica e epidemiologia geográfica.

Essas variáveis são usadas para indicar os riscos que as pessoas estão expostas em viver ou visitar certas regiões, por exemplo, casos de malária, doença bastante frequente na região da Amazônia. Poderemos também acompanhar a disseminação de doenças geograficamente, comparando regiões vizinhas em diferentes momentos.

Na comparação geográfica, permite as autoridades de saúde comparar os coeficientes, taxas e índices e direcionar uma política pública de saúde para uma região e por fim avaliar o impacto das intervenções.

Qualquer descrição epidemiológica só poderá estar completa, quando consideramos uma unidade de tempo, a exemplo do perfil dos acometidos por

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câncer bucal, além de obtermos a frequência desse evento entre uma parcela da população (por sexo e faixa etária, e entre regiões), será conveniente conferir como ele vem se desenvolvendo com o passar do tempo.

Variáveis e hipóteses epidemiológica

As variáveis, quanto a sua natureza, podem ser categorizadas como qualitativas e quantitativas. Consideramos qualitativas as que incluem diferenças radicais, por exemplo, sexo, ser homem ou mulher traz diferenças quantitativas. E as variáveis qualitativas que despertam interesses epidemiológicos são o local de residência, a ocupação, o local de trabalho.

De várias maneiras podemos classificar as características das pessoas.

A primeira seria segundo o seu nascimento (sexo e etnia) ou os que são adquiridos pós-nascimento (hábitos, estado civil e imunidade). Elas têm como finalidade expor a situação de saúde de subgrupos populacionais, também fornecerá dados para explicações causais ou levantamento de hipótese.

Outra função importante é definir a prioridade de intervenção, influenciar a direção das medidas preventivas e seu controle, visando a proteger grupos enfermos ou àqueles indivíduos que apresentam maior risco de ficar doente.

Variáveis Relativas ao Lugar e ao Tempo

1- SEXO.

O primeiro aspecto diz respeito a morbimortalidade, sabemos que a morte é maior no sexo masculino, de forma geral a mulher vive até dez anos mais que o homem, a mortalidade masculina estará presente em todas as faixas etárias.

Algumas condições afetam mais os homens, coronariopatias, câncer do aparelho respiratório, úlcera estomacal, cirrose hepática, gota, acidentes de trânsito e violência.

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As mulheres adoecem mais que os homens, porém utilizam mais os serviços médicos e os métodos preventivos, algumas patologias estão ligados mais ao feminino, varizes, tireoidopatias, cálculos biliares, lúpus, artrites, depressão e tentativas de suicídios.

Explicações para as diferenças de morbidade entre os sexos

Podemos aqui destacar alterações dos ciclos menstruais expondo-as as anemias, câncer de mama e útero, a gravidez altera a suscetibilidade do organismo às doenças, uso constante de contraceptivos, e os seus riscos.

Explicações biológicas

Biologicamente, parece que a mulher é mais forte que o homem, pois têm menores taxas de mortalidade fetal, perinatal e infantil; os homens são concebidos em maior número, porém falecem primeiro.

Explicações por fatores intrínsecos implicados

Existe evidência da possibilidade que no cromossoma Y, sexo masculino, exista um gene desvantajoso. Na mulher, o estrogênio protege contra doenças cardíacas, reduz taxas LDL e mantêm elevadas HDL (colesterol bom). E, por sua vez, os hormônios androgênios têm efeito oposto.

Explicações sociais e comportamentais

Os papéis sociais entre o homem e a mulher são bem visíveis, profissão, hábitos, laser. Com a desigualdade de exposição a fatores de risco. De forma geral, o homem fuma, bebe e se droga mais que as mulheres, também têm ocupações mais arriscadas e frequentam ambientes mais perigosos.

Com a incorporação maior da mulher no mercado de trabalho, aumentou

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a competição por profissões tradicionalmente ocupada pelo homem, o mesmo tem ocorrido com adoção de hábitos vêm trazendo uma igualdade de exposição a fatores de risco.

2- Idade

Temos diversos exemplos da incidência de doenças em função da idade, já no início de vida, o bebê deverá vencer a desnutrição e a infecção. O Sarampo, por exemplo, é visto como próprio da infância, com a vacinação nessa faixa etária, mas o que vemos hoje o Sarampo ser mais frequentes nos idosos.

As doenças infecciosas tendem a mostrar um padrão bem variado com relação à idade.

Outro exemplo que podemos destacar é em relação a acidentes, eles surgem na primeira infância, aumentam na idade pré-escolar, onde a criança se movimenta mais, sendo comum acidentes nas residências, principalmente, quedas e queimaduras, logo mais se iniciam os acidentes pelo trânsito, escola, depois com relação ao trabalho os acidentes se tornam mais prevalentes e, na fase idosa, voltam a predominar os acidentes por queda nos lares.

3- Grupo Étnico

Definiremos grupo étnico para um grupo de pessoas que tem um maior grau de homogeneidade, com relação ao patrimônio genético. Também bastante usada é a palavra “raça”, para muitos tal definição pode ser considerada preconceituosa e discriminatória. Para a epidemiologia “raça” e

“cor” são tomados como sinônimos.

As doenças variam bastante com relação às raças, a anemia falciforme é comum em negros, assim como a formação de queloides (cicatrização defeituosa da pele), por sua vez, os melanomas são mais comuns em brancos.

4 – Estado Civil

Quando comparamos por estado civil, os viúvos são os que apresentam maiores taxas de mortalidade, viúvos que se casam novamente têm menor

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mortalidade, comparando-os com os que não se casaram. Logo, o início da viuvez é bastante desfavorável à saúde.

As diferenças de perfil de mortalidade e morbidade, por estado civil, podem ter duas explicações:

a- Seleção para o casamento - pessoas sadias tendem a se casar, enquanto que aquelas que apresentam algum problema físico, mental ou de relacionamento tem mais dificuldades de constituir família e solteiros tende ter mais riscos que os casados.

b- Proteção conferida pela família - é fato que o estilo de vida dos casados e não casados são bastante diferentes. A família confere proteção e segurança, com referência à saúde, casados tendem a ter uma vida sedentária, o que predispõe as doenças crônicas associadas à falta de atividades.

c- O padrão de sexo em solteiros tende aos riscos de doenças venéreas.

5- Renda

A associação entre saúde e renda é bastante clara, famílias com menor renda encontram-se com uma alta frequência de desnutrição, doenças transmissíveis e de condições ambientais deficitários.

6- Ocupação

A ocupação exerce influência direta na saúde do indivíduo, o ambiente de trabalho determina muito dos riscos aos quais o mesmo ficará exposto, e nem todas as ocupações oferecem os mesmos riscos.

7- Instrução

O grau de instrução está relacionado diretamente ao nível de saúde das pessoas, maior nível de escolaridade, maior qualidade de vida, maior esperança de vida e maior uso de vacinas.

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Referências

PEREIRA, M. G., Epidemiologia Teoria e Prática, São Paulo, Guanabara Koogan, 2005

ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia e Saúde, Rio de Janeiro, Ed. Médica e Científica, 2005.

http://bases.bireme.br/bvs/sp/P/pdf/saudcid/vol7_12.pdf http://www.cives.ufrj.br/dmp/disciplinas/sc/epi-fisio.pdf

http://extranet.saude.prefeitura.sp.gov.br/biblioteca/cursos/analise-de-dados-e- uso-da-informacao-no-sus/3a-turma/Epidemiologia_Descritiva_SMS_2008.pdf

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7 Responsável pelo Conteúdo:

Prof. Ms. José Fernandes

Revisão Textual:

Profª Drª Patrícia Silvestre Leite Di Iório

www.cruzeirodosul.edu.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 01506-000

São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000

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