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B.Indústr. anim.•Nova Odessa, SP,

43(1):109-24, jan./jun. 1986

COMPETiÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS NO ESTADO DE SÃO PAULO. V.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO P)

(Forage plants competition in São Paulo State V. São José do Rio Preto)

VALDINEI TADEU PAULlNO (2), PAULO GASTÃO DA CUNHA (3). GILBERTO BUFARAH (4), LEOPOLDO ANDRADE DE FIGUEIREDO (5) e ROBERTO MOLlNARI PERES (3)

RESUMO: O presente trabalho foi conduzido no período de dezembro de 1978 a abril de 1981, na Estação Experimental de Zootecnia de São José do Rio Preto, município de Mirassol, Estado de São Paulo, com o intuito de determinar a adaptação de seis gramí- neas eseis leguminosas forrageiras, com e sem adubação. Oscapins testados foram: Pani- cum maximum Jacq. (cotoníâo). Panicum msximum Jacq. varoTrichoglume cv. Petrie

(green paníc). Panicum maximum Jacq. cv. Gatton panic (gatton panic) ,Setaria anceps Stapf. ex Massey cv. Kazungula (setárial , 8rachiaria decumbensStapf. CV. Australiano (braquiária australiana) eHvperrhenie rufa (Ness) Stapf. (jaraquá). As leguminosas testa- das foram: Macroptilium atropurpureum DCCV. Siratro (siratro), Centrosema pubescens Benth (centroserna}, Stvtossnthes hamata (L.) Taub. cv.Verano (estilosantesl ,Calopogo- nium mucunoides Desv. (calopoqôniol, Glvcine wightii Verdc. (soja-perene) e õesmo- dium subsericeum Malme (desmódio). Os parâmetros avaliados foram os rendimentos de produção de matéria seca e de proteína bruta, em kg/ha/ano, efetuando-se cinco cortes anuais. Após dois anos deavaliação, os capins colonião e braquiária eas leguminosas sira- tro, estilosantes e centrosema destacaram-se em relação aos demais. Verificaram-se efei- tos significativos da adubação em quase todas as forrageiras estudadas, com destaques pa- raogatton panic e soja-perene.

INTRODUÇÃO

Os capins e as leguminosas

forrageiras for- mam a dieta e

a combinação adequadas como fonte de pastos para os' animais domésticos. Entretanto,

para

que essas forrageiras possam ser implantadas de maneira mais

segura,

são necessários estudos vi- sando a avaliar qual

ou quais

melhor se adaptam

às

condições locais. Isso

é

fundamental em virtude

das diferentes exigências quanto ao

clima,

solos e nutrientes pelas diversas

espécies

forrageiras.

O êxito de uma

exploração

pecuária

pode

depender qrandernente da escolha das espécies de forrageiras a serem utilizadas. Tal'

aspecto tem

sido um dos principais

obstáculos

para aumentos

das

produções de carne e de leite.

(1) Parte do Projeto IZ-014178, realizado com recursos parciais do convênio IZ/Embrapa. Recebido para publica- ção em março de 1986.

(2) Da Seção de Nutrição de Plantas Forrageiras, Divisão de Nutrição Animal ePastagens. Bolsista do CNPq.

(3) Da Estação Experimental de Zootecnia de São José do Rio Preto.

(4) Da Divisão de Nutrição Animal e Pastagens. Bolsista do CNPq.

(5) Da Estação Experimental de Zootecnia de Sertãozinho.

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B.Indústr. anim., Nova Odessa, SP,

43(1):109-24,

jan./jun. 1986

JONES (1974) propôs a distribuição das plantas forrageiras para o Estado de São Paulo em seis zonas, sugerindo para a de São José do Rio Preto, pertencente a zona V - Noroeste, as seguin- tes forrageiras: colonião, qreen panic, gatton panic, makueni, braquiária, siratro, centrosema, soja-pere- ne e galáxia.

CARRIEL et alii (1979). em levantamento de ocorrência dos principais capins nas pastagens do Estado de São Paulo, verificaram que o colo- nião dominava nas DI RAs de São José do R io Pre- to, R ibeirão Preto, Araçatuba e Presidente Pruden- te, enquanto as setárias e braquiárias constituíam sempre menos do que 10o/Qo Entretanto, a impres- são que se tem, com apoio de informações de téc- nicos e pecuaristas, é de redução drástica das áreas de capins tradicionais e crescente interesse pelas braquiárias, sendo possível que atualmente elas ocupem posição de grande destaque (ROCHA, 1985).

PEDREIRA (1973), em trabalho de cinco anos sobre o crescimento estacional de capins, apresenta rendimentos de matéria seca, em kg/ha/

/ano, variando entre 8.800 e 13.400 para o colo- nião, e entre 4.000 a·13.900 para o jaraguá. PE- DREIRA et alii (1975) encontraram rendimentos de 12.556 kg/ha/ano de matéria seca para a setá- ria cv. Kazungula.

PEDREIRA & MATTOS (1981). testando a capacidade de produção de diversos capins em Nova Odessa, SP, obtiveram níveis de matéria seca, em kg/ha/ano, de 14.500 para a braquiária cv. Aus- traliano, 11.170 para o colonião, 19.920 para o green panic e 8.940 o gatton panic.

DIAS FILHO & SERRÃO (1981). avalian- do gramíneas forrageiras com e sem adubaçãotos- fatada, na região de Paragominas, PA, conseguiram rendimentos de matéria seca, em kg/ha/ano, de 7.045 e 8.382 para 8rachiaria decumbens cv, Aus- traliano sem e com adubação, respectivamente.

SIMÃO NETO et alii (1973) alcançaram rendimentos de proteína bruta, em kg/ha/ano, pa- ra o primeiro e segundo anos, de 2.309 e 968 para a braquiária, de 2.209 e 1.312 para o colonião e de 1.105 e 507 para o jaraguá.

PAULlNO et alii (1983). em colonião adu- bado com 150 kg/ha/ano de N, na região de São José do R io Preto, obtiveram produções de maté- ria seca e de proteína bruta, em kg/ha/ano, de 20.700 e 1.345, respectivamente.

Quanto às leguminosas, BULLER et alii (1970), em estudo sobre a produção de diversas le- guminosas de clima tropical e em dois níveis de fertilidade, obtiveram os seguintes valores, em t/ha /ano: estilosantes, 7,86; siratro, 6,29; soja-perene, 5,58;--e centroserna, 5,5 para o índice mais alto de fertil idade.

PEDREIRA (1973). medindo a estacionali- dade das leguminosas estilosantes, soja-perene e si- ratro, assinala produções de matéria seca, em t/ha/

/ano, de 5,5,6,9 e 8,1, respectivamente. Já em ter- mos de proteína bruta, em kq/ha/ano, obteve 1.883, 1.614 e 1.610, respectivamente para aque- las três leguminosas.

MATTàs

&

WERNER (1975). trabalhan- do com cinco leguminosas forrageiras, em ensaios de competição, encontram as seguintes produções, em kg/ha, de matéria seca para o primeiro e segun- do anos, respectivamente: soja-perene, 3.500 e 2.700; siratro, 4.100 e 3.200; centrosema, 4.220 e 4.568; e estilosantes, 5.800 e 2.900. Em termos de proteína bruta, em kg/ha, obtiveram, para o pri- meiro e segundo anos, respectivamente: soja-pere- ne, 802 e 590; siratro, 929 e 748; centrosema, 1.080 e 1.060; e estilosantes, 1.200 e 626.

ALCÃNTARA & PAULINO (1983). culti- vando cinco estilosantes, entre eles o S. hamata cv.

Verano. conseguiram rendimentos anuais de maté- ria seca de 8.665 kg/ha e de proteína bruta de 1.183 kg/ha.

ANDRADE (1981). determinando as produ- ções de matéria seca e de proteína bruta de legumi- nosas forrageiras, verificou que o siratro e o estilo- santes foram as mais produtivas, com os seguintes rendimentos, em kg/ha/ano: siratro, 6.440 e 942; e estilosantes, 8.700 e 1.205, respectivamente.

MATTOS

&

PEDREIRA (1984). estudan- do o crescimento estaciona I de diversas legumino- sas forrageiras, constataram que a soja-perene co- mum apresentou boas produções de matéria seca (5.260 kg/ha/ano). ao passo que o calopogônio (2.369 kg/ha/ano) e a centrosema (2.852 kg/ha/

/ano] mostraram baixos rendimentos.

Considerando-se o critério de "insumos mí- nimos" para elevar o nível de fertilidade do solo buscando assegurar o estabelecimento de pasta- gens mais produtivas, verifica-se que entre as le- guminosas forrageiras adaptadas às condições de baixa a média fertilidade são mais indicadas as dos gêneros Stylosanthes, Centrosema, Galactia e Calopogonium (ROCHA, 1985).

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E ntretanto, parece estar mais generalizado, no Estado de São Paulo, o uso das leguminosas soja-perene e siratro, que são mais exigentes em fertilidade do solo (Alcântara, in ROCHA, 1985).

O presente trabalho foi realizado com o in- tuito de oferecer alternativas de forrageiras adapta- das às condições locais e com maiores potenciais em termos de produção de matéria seca e de pro- teína bruta.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi conduzido a campo, em parcelas experimentais, na Estação Experimen- tal de Zootecnia de São José do R io Preto, do

I

ns- tituto de Zootecnia, localizada no município de Mirassol, SP, no período dezembro de 1978 a abril de 1981. O solo do local, classificado como Podzo- lizado Lins e Marília variação Lins, apresentou, no início, a seguinte composição química: pH = 6,6, matéria orgânica(%) = 1,6, Ca + + = 1,0 e Mg++

=

0,6 (equivalente miligrama/100 ml de TFSA), AI3 + nulo,

K

= 58 e P = 3 ppm.

Foram testadas seis gramíneas e seis legumi- nosas, dispostas num delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. Cada par- cela media 2,5 m x 10,0 rn, sendo que metade (2,5 m x 5,0 m) foi submetida à calagem e aduba- ção, e metade mantida em condições naturais de fertilidade do solo.

Tomando-se como base a proposta feita por JONES (1974), estudaram-se as seguintes forragei- ras:

Gramíneas

1. Panícum

meximum Jacq. - colonião;

2. Panícum meximum

Jacq. varo

Tríchoglu-

(TIe

cv. Petrie - green panic;

3. Panícum

meximum Jacq, cv. Gatton pa- nic - gatton panic;

4. Seterieanceps

Stapf. ex Massey cv.Kazun- gula - setária kazungula;

5. 8rachíaríadecumbens

Stapf cv. Austra- liano - braquiária australiana;

6. Hyparrhenía rufa

(Ness) Stapf. -

[ara-

guá.

Leguminosas

1. Macroptílíum stropupureum

DC cv. Sira- tro - siratro;

2. Centrosema pubescens

Benth. - centro- sema;

3. Stylosanthes hamata

(L.) Taub. cv.

Vera-

no - estilosantes;

4. Calopogoníum mucunoídes

Desv. - ca- lopogônio;

5. Glycíne wíghtií

Verdc. - soja-perene;

6. Desmodíum subseríceum

Malme - dss- rnódio:

A semeadura foi realizada em 8 de dezem- bro de 1978, nas densidades de 3 kg/ha a 6 kg/ha de sementes com 30% a 40% de valor cultural para as gram íneas, e de 4 kg/ha a 6 kg/ha de sementes com valor cultural de 60% a 80% para as legumino- sas. Em virtude do ataque de pragas e vírus do mo- saico, a leguminosa

Galactía stríata

Jacq. Urb., inicialmente introduzida, foi substituída, em 29 de abril de 1979, pelo

Desmodíum subsericeum

Mal- rne., o qual foi submetido a sete cortes de aval ia- ção.

O espaçárnento adotado foi de 20 cm entre as linhas. Dispensou-se a correção de acidez pelo emprego de calagem, pois o pH do solo do local já se apresentava suficientemente elevado, com valor 6,6.

Nas parcelas fertilizadas, foi utilizada a adubação de plantio à base de 60 kg/ha de P

2

Os, na forma de superfosfato simples, e 45 kg/ha de

K2

O, na forma de cloreto de potássio. Anualmen·

te,

'em

cobertura, foram aplicados 450 kg/ha de superfosfato simples e 390 kg/ha de cloreto de

po-

tássio, sendo 1/3 em janeiro, 1/3 em março e 1/3 em outubro. Os micronutrientes molibdato de só- dio (0,25 kg/ha), sulfato de zinco (5,00 kg/ha) e sulfado de cobre (8,00 kg/ha) foram aplicados em janeiro. Somente nas parcelas de gram (neas aduba- das foi empregado, no plantio, o nitrogênio em co- bertura, na base de 150 kg/ha/ano na forma sulfato de amônio; após o primeiro ano foram apli- cados 150 kg/ha/ano de N, na forma de

nitrocál-

cio, sendo 1/3 em novembro e 2/3 em março.

Quando do estabelecimento total das parce- las, na primeira quinzena de março de 1979, foi

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realizado um corte geral de uniformização, após o qual efetivaram-se dez cortes de avaliação, con- forme o desenvolvimento das forrageiras, nas se- guintes datas: em 1979 = 17 de abril, 13 de se- tembro e 21 de novembro; em 1980

=

22 de' janei- ro, 7 de março, 19 de maio, 5 de novembro e 19 de dezembro; em 1981

=

6 de fevereiro e 29 de abril.

Os cortes foram executados inicialmente com moto-segadeiras dotadas de barra de corte com largura de 0,75 m e depois manualmente, despre-

zando-se as bordaduras, com uma área útil de corte, em cada parcela, de 2,625 m

2•

O material cortado foi seco em estufa à 65

0

C, determinan- do-se os teores de matéria seca e calculando-se as suas produções por hectare.

Em seguida, as amostras de forrageiras fo- ram anal isadas no Laboratório Central de Anál ises do Instituto de Zootecnia, em Nova Odessa, para determinação dos teores de proteína bruta e cálcu- lo das produções por hectare.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Produções de matéria seca e proteína bruta Capins

As produções de matéria seca e de proteína bruta dos capins, em kg/ha, médias dos tratamen- tos com e sem adubação, referentes ao primeiro e segundo anos, e médias dos dois anos, são mostra- das no quadro 1.

A análise de variância foi feita ano a ano e revelou valores de F altamente significativos tanto para a produção de matéria seca como de proteína bruta, para os diferentes capins nos dois anos e nas médias anuais.

Comparando-se os rendimentos de matéria seca, observa-se que no primeiro ano a braquiária cv. Australiano foi superior aos demais capins, com 26.167 kg/ha, vindo a seguir a setária cv. Kazungu- Ia, colonião e green panic, com 22.214 kg/ha, 22.183 kg/ha e 18.929 kg/ha, respectivamente, sendo semelhantes entre si. Os menos produtivos foram o gatton panic (17.956 kg/ha) e o jaraguá (12.678 kg/ha).

Embora, de modo geral, os rendimentos de matéria seca dos capins no segundo ano tenham si- do inferiores aos do primeiro ano, o colonião con- tinuou com produção elevada, de 16.803 kg/ha, que foi estatisticamente similar às obtidas pela bra- quiária cv. Australiano (14.964 kg/ha) e green pa- nic (12.686 kg/ha). Os capins gatton panic, kazun- gula e jaraguá tiveram rendimentos semelhantes entre si e inferiores aos dos anteriormente citados.

Destaca-se a grande redução na produção de matéria seca do primeiro parao segundo ano dos capins braquiária cv. Australiano e setária cv. Ka- zungula, de 43% e 50%, respectivamente.

Com relação aos rendimentos médios de ma- téria seca nos dois anos, a braquiária superou os demais capins, porém não diferiu do colonião. O green panic, kazungula e gatton panic, em posição intermediária, foram semelhantes entre si e ao co- lonião; o jaraguá apresentou a mais baixa produ- ção, com 11.474 kg/ha/ano. Relacionando esses dados com os da bibliografia consultada, nota-se que para o colonião, green panic, gatton panic e kazungula essas produções de matéria seca foram superiores às encontradas por PEDREI RA (1973) e PEDREIRA & MATTOS (1981);porém, para o colonião foram inferiores às alcançadas por PAU- UNO et alii (19831. trabalhando também na re- gião-de São José do Rio Preto e com a mesma adu- bação. Para a braquiária cv. Australiano, as produ- ções de matéria seca foram superiores às obtidas por DIAS FI LHO & SER RÃO (1981).

Considerando-se as produções de proteína bruta no primeiro ano, os capins braquiária e colo- nião não diferiram entre si, com índices de 1.987 kg/ha e 1.824 kg/ha, respectivamente.

Os capins kazungula, gatton panic e green panic apresentaram rendimentos semelhantes en- tre si e superiores estatisticamente ao jaraguá, que foi a menos produtiva de todas as gramíneas estu- dadas, com apenas 920 kg/ha de proteína bruta.

No segundo ano de avaliação, o comporta-

mento desses capins sofreu ligeira modificação em

termos de produção de proteína bruta. O colonião,

com 1.196 kq/ha, mostrou tendência em superar a

braquiária, com 1.028 kg/ha, embora quando com-

parados pelo teste de Tukey a 5% não diferissem

entre si. Isso se deve ao fato de o colonião apresen-

tar teores de proteína bruta mais elevados do que a

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braquiária. O green panic, gatton panic e kazungu- Ia tiveram rendimentos semelhantes entre

si e não

diferiram da braquiária. Na média dos dois anos e em termos de produção de proteína, apenas o co-

lonião e a braqu iária foram superiores ao jaraguá, que foi o menos produtivo entre todos; os demais foram estatisticamente iguais entre si.

Comparando os dados de produção de pro- terna dos capins obtidos nesse trabalho com os da literatura, observa-se que no primeiro ano os valo- res encontrados por SIMÃO NETO et alii (1973) para a braquiária, colonião e jaraguá foram supe- riores; porém, no segundo ano, para o colonião, fo- ram semelhantes, e para braquiária e jaraguá foram inferiores. A produção de protema bruta do colo- nião, média de dois anos, foi similar à observada durante três anos por PAULlNO et alii (1983).

Leguminosas

No quadro 2 são apresentados os dados de produções de matéria seca e de protema bruta, mé- dias dos tratamentos com e sem adubação, das le- guminosas forrageiras cultivadas durante dois anos.

As leguminosas mais produtivas em matéria seca no primeiro ano

foram

o siratro, estilosantes cv. Verano e centrosema, com índices, em kg/ha, de 8.729, 8.446 e 8.389, respectivamente. Em posição intermediária e também semelhantes entre si,se si- tuaram o calopogônio (5.712 kg/ha) e a soja-perene comum (4.976 kg/ha); o desmódio foi inferior às demais, com

rendimento

de 2.079

kg/ha.

As leguminosas, ao contrário do observado para as qrarníneas, revelaram, em geral, rnveis de matéria seca, no segundo ano, superiores aos obti- dos no primeiro ano. No segundo ano, o estilosan- tes e o siratro se destacaram com produções, em kg/ha, de 11.765 e 10.840, respectivamente. A cen- trosema, calopogônio, soja-perene comum e des- módio não diferiram entre si e tiveram produções

inferiores

ao estilosantes e

siratro,

O estilosantes e siratro, na média dos dois anos, foram semelhantes entre si e

superiores

às de- mais leguminosas. Em posição intermediária fica- ram a centrosema, calopogônio e soja-perene e, ao final, o desmódio, com baixo rendimento.

Quadro 1. Produções de matéria seca e de proteína bruta, médias dos tratamentos com e sem adubação, dos capins cultivados na região de São José do Rio Preto; médias de três repetições

Matéria seca (kq/ha) Prote (na bruta (kg/ha)

Capins 1? ano 2? ano Médias 1? ano 2? ano Médias

Colonião 22.183 16.803 19.493 1.824 1.196 1.510

Green panic 18.929 12.686 15.808 1.340 939 1.139

Gatton panic 17.956 11.414

14.685 1.393

888 1.140

Kazungula 22.214 11.089 16.652 1.500 829 1.165

B. decumbens

26.167 14.964 20.566

1.987

1.028 1.508

Jaraguá 12.678 10.270 11.474

920

741

831

DMS (Tukey. 5%) 3.504 2.719 3.476 384

246 417

CV (%) 11,3 11,7 13,0 14,3

14,6 19,6

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As produções de matéria seca do estilosan- tes, siratro e centrosema foram superiores às en- contradas por BULLER et alii (1970), ao passo que as da soja-perene foram praticamente iguais às obtidas por MATTOS & PEDREIRA (1984).

MATTOS & WERNER (1975) registraram níveis de matéria seca inferiores aos encontrados nesse trabalho para a soja-perene, siratro, centro- sema e estilosantes.

Os dados de produções de matéria seca do calopogônio e centrosema encontrados por MAT-

TOS & PEDREIRA (1984) também foram infe-

riores aos levantados no presente trabalho.

No que respeita às produções de proteína bruta, verifica-se que no primeiro e segundo anos o siratro, centrosemae estilosantes foram as que mais se destacaram, não diferindo entre si; as mé- dias dos dois anos, em kg/ha/ano, foram de 1.768,

1.496 e 1.473 respectivamente. O desmódio foi in- ferior às demais lequrninosas, enquanto o calopo-

gônio ocupou posição intermediári~. A ce~troserria apresentou' conteÚdo mais elevado de'

protejna

bruta do que o estilosantes, mostrando, na média, uma produção de proteína semelhante ao estilo- santes, embora esse último tenha produzido ~T1éiis matéria seca.

ALCÂNTARA & F'AULlNO (1983),

traba-

lhando com estilosantes

cv,

Verano, também obti- veram altos rendimentos de m'atéria seca~de pro- teína bruta, porém pouco inferiores'aos do presen- te trabalho.

Comparando-se os r~ndimimtos de proteína bruta do siratro e do estilosantes com os obtidos por ANDRADE (1981) e MATTOS &

'W~RNE;R

(1975), constata-se que foram superiores para arn- bas as leguminosas.

Ouadro 2. Produções de matéria seca e de proteína bruta, médias dos tratamentos com e sem adubação, das leguminosas cultivadas na região de São José do Rio Preto; médias de três repetições

Matéria seca (kg/ha) Prote

ína

bruta (kg/hã)

Leguminosas 1? ano 2? ano Médias 1? ano 2? ano Médias

Siratro 8.729 10.840 9.785 1.678 1.856 1.768

Centrosema 8.389 6.900 7.645 1.664 1.328 1.496

Estilosantes

cv. Verano 8.446 11.765 10.106 1.349 1.596 1.473

Calopogônio 5.712 6.805 6.259 1.075 1.063 1.069

Sojacperene' •

CV.

COmum 4.976 5.430 5.203 877 863 870

Desmódio 2.079 4.605 3.343 313 765 539

DMS (Tukey,'5%) 1.982 2.366 1.624 360 439 309

CV(%) 17,2 17,0 12,8 17,2 19,6 14,3

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Adaptação às condições de fertilidade natural e respostas à fertilização

Nos quadros 3 e 4 estão relacionadas as produções de matéria seca e de proteína bruta das forrageiras sem adubação (fertilidade natural) e com adubação, e os aumentos percentuais decor- rentes da fertil ização.

A anál ise de variância dos dados revelou va- lores de F altamente significativos para as forragei- ras e para as adubações. A adubação, como espera- do, teve efeito positivo marcante nas produções tanto no primeiro como no segundo anos. De mo- do geral, as forrageiras adubadas produziram mais do que as não adubadas. As interações espécies for- rageiras e adubação também foram significativas.

Capins

Nas condições de fertilidade natural, o com- portamento dos capins foi o seguinte: no primeiro ano, a braquiária cv. Australiano apresentou o maior rendimento de matéria seca, seguida pelo co- lonião.

Ô

gatton panic e jaraguá foram os menos produtivos, enquanto a setária cv. Kazungula e o green panic foram iguais entre si e ao

coloniâo.

Com adubação, todos os capins produziram significativamente mais, sendo o maior índice o da braquiária cv. Australiano e menor o do jaraguá; os demais não diferiram entre si.

Considerando-se as produções sem adubo (fertilidade natural) como 100%, as parcelas adu- badas tiveram os aumentos percentuais mostra- dos nos quadros 3 e 4. A ordem decrescente de res- postas à fertil ização para a produção de matéria se- ca no primeiro ano foi a seguinte: gatton panic, co- lonião, setária cv. Kazungula, braquiária, green pa- nic e jaraguá.

No segundo ano, com a diminuição da ferti- lidade natural, ocorreram acentuadas reduções nos rendimentos de matéria seca, com decréscimos porcentuáis nas parcelas não adubadas de 49,67, 72, 79, 72 e 24, para o colonião, green panic, gat- ton panic, setária, braquiária e jaraguá, respectiva- mente em relação ao primeiro ano. Porém, me- diante adubação os capins mantiveram altos ren- dimentos, sendo os melhores os do colonião e da

braquiária,

colocando-se o jaraguá como o menos produtivo.

No

segundo ano,

a setária cv. Kazungula e o gatton panic foram as gramíneas que mais respon- deram à fertilização, enquanto o green panic, bra-

quiária, colonião e jaraguá foram menos responsi- vos.

Verifica-se que na ausência de adubação as produções de matéria seca, médias de dois anos, do colonião, jaraguá e setária cv. Kazungula estão dentro da faixa apresentada por PE D R E IRA

(1973) e PEDREI RA et alii (1975).

Os ótimos rendimentos revelados pelos ca- pins tropicais evidenciaram seu elevado potencial forrageiro, onde a fertilidade não foi fator limitan- te e as condições cl imáticas regionais se mostraram favoráveis, com temperaturas anuais médias das máximas de 25,4°C e das mínimas de 19,90C, com geada praticamente ausente, temperatura mínima de 70C e precipitação pluvial média anual de 1.400 mm durante o período experimental.

A figura 1 mostra os índices médios de dois anos de aumentos de produção de matéria seca de- correntes da fertil ização, para os diversos capins.

Leguminosas

Sob condições de fertil

idade

natural e no primeiro ano, as leguminosas que mais se destaca- ram na produção de matéria seca, em kq/ha, foram as seguintes: siratro 7.834; estilosantes, 7.086; e centrosema, 7.022. Foram elas também que regis- traram as maiores produções de proteína bruta, com os segu intes índ ices, em kg/ha: si ratro, 1.507;

centrosema, 1.333; e estilosantes, 1.093. O calopo- gônio produziu 5.557 kg/ha de matéria seca e 1.027 kg/ha de proteína bruta. As menos produti- vas em matéria seca, em kg/ha, foram a soja-perene cv. Comum, com 2.652, e o desmódio, com 1.867.

As produções dessas duas últimas leguminosas em termos de proteína bruta, em kg/ha, foram de 472 e 265, respectivamente.

A adubação das leguminosas teve efeito de elevação na produção de matéria seca bastante va- riável. Para o siratro, calopogônio e desmódio, os incrementos durante o primeiro ano não foram significativos, enquanto para a soja-perene, legu- minosa mais exigente em fertilidade do solo, foram altamente significativos.

O siratro, estilosantes, calopogônio e desmó- dio, tanto nas condições de fertilidade natural do solo como com adubação, tiveram produções no segundo ano superiores às do primeiro. Semelhan- temente ao primeiro ano, destacaram-se no segun- do o siratro e o estilosantes. Nesse último ano, so- mente não responderam

significativamente

à adu- bação o estilosantes e o calopogônio.

115

(8)

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c- Quadro 3. Produções de matéria seca das forrageiras com e sem adubação, e aumentos percentuais decorrentes da fertílizaçã~; médias de três repetições (1)

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Green panic 16.681 21.1]6 74 •••• 5.482 19.890 263*" 11.082 20.553 85"*

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Gatton panic 14.812 21.100 147 •••• 18.714 355*" 9.453 19.907 110"*

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B.decumbens 22.876 29.458 81** 6.459 23.469 264** 14.668 26.463 80**

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Jaraguá 11.341 14.015 62** 8.568 11.971 40** 9.955 12.993 31*

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Leguminosas QO0'1

Siratro 7.834 9.623 23 ns 8.790 12.890 47** 8.312 11.257 35**

Centrosema 7.022 9.756 39** 5.940 7.860 32** 6.481 8.808 36**

Estilosantes CV.Verano 7.086 9.806 38** 10.650 12.880 21 ns 8.869 11.343 28**

Calopogônio 5.557 5.868 6 ns 6.530 7.080 8 ns 6.044 6.476 7 ns

Soja-perene cv.Comum 2.652 7.300 175** 3.230 7.630 136** 2.941 7.465 154**

Desmódio 1.867 2.293 22 ns 3.380 5.83(}' 72** 2.624 4.061 55*"

DMS (Tukey, 5%) para capins 4.955 3.845 4.915

cv

(%) para capins 1.1,3 11,7 13,0

DMS (Tukey, 5%) para leguminosas 2.804 2.370 2.290

CV (%) para leguminosas 17,2 17,0 12.8

(1) As comparações de médias são feitas em cada coluna entre capins de per si e leguminosas de per si.

(2) Aumentos: •••• = sign ificativos a 1%; •• = significltivos a 5%; ns = não significativos.

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(9)

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Quadro4. Produções deproteína bruta das forrageiras com esem adubação, eaumentos percentuais decorrentes da fertilização; médias de três repetições (1)

1?ano 2? ano Médias

Forrageiras Sem adubo Com adubo Aumentos (2) Semadubo Com adubo Aumentos

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Sem adubo Com adubo Aumentos (2)

(kg/ha) (kg/ha) (%) (kg!ha) (kg/ha) (%) (kg/ha) (kg/ha) (%)

Capins

Colonião 1.091 2.557 134** 614 1.777 189** 853 2.167 .154**

Greenpanic 1.034 1.646 59** 389 1.489 283** 711 1.567 120**

Gatton panic 769 2.016 162** 277 1.499 441** 523 1.758 236**

Kazungula 838 2.162 158** 229 1.429 524** 534 1.796 237**

B.decumbens 1.354 2.619 93** 340 1.715 404** 847 2.167 156**

Jaraguá 636 1.204 89** 507 976 92** 572 1.090 91**

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Leguminosas

Siratro 1.507 1.849 23* 1.440 2.273 58** 1.475 2.061 40**

Centrosema 1.333 1.995 50** 1.117 1.540 38 ns 1.225 1.768 44**

Estilosantes cv.Verano 1.093 1.606 47** 1.319 1.872 42 ns 1.206 1.741 44**

Calopogônio 1.027 1.124 9,5 ns 973 1.153 18 ns 1.000 1.138 14 ns

Soja-perene cv.Comum 472 1.282 172** 485 1.240 156 478 1.261 164**

Desmódio 265 360 36 557 973 75** 410 667 63**

DMS (Tl,Jkey, 5%) paracapins 543 347 590

CV (%) paracapins 14,2 14,5 13,6

DMS (Tukey, 5%) paraleguminosas 509 638 437

CV (%) para leguminosas 17,2 19,6 14,3

(1) As c.omparações de médias são feitas emcada coluna entre capins de per si e leguminosas de per si.

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Aumentos: ** = significativos a 1%; ,. = significativos a 5%; ns =não significativos.

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Figura 1 ~ Aumentos (%) de produção de matéria seco dos capins decorrentes da adubação, dados médios de 2_anas. Sem adubação = 100%

~.decumbens Kozungulo

(11)

B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP,

43(1):109-24,

jan.fjun. 1986

Os rendimentos do calopogônio e

da

centro- sema obtidos

nesse trabalho

foram

superiores

aos encontrados por

MATTOS &

PEDREIRA

(1984).

Isso se deve, possivelmente, ao fato de as condi- ções climáticas de São José do Rio Preto, sobretu- do na época fria do ano, serem mais favoráveis do que as de Nova Odessa (temperaturas mínimas mais baixas).

A figura 2 mostra os índices médios de dois anos de aumento de produção de matéria seca das leguminosas forrageiras devido à fertilização. Con- firma-se que a soja-perene foi realmente, entre as leguminosas estudadas, a mais exigente em fertili- dade, vindo a seguir, em ordem decrescente de res- posta à adubação, o desmódio, centrosema, siratro, estilosantes e calopogônio, em conformidade ao enunciado por ROCHA

(1985).

Capins

Os dados de produção de proteína bruta do primeiro ano apresentados no quadro 4 mostram que em condições de fertilidade natural, os capins menos produtivos foram o gatton panic e jaraguá, confirmando a maior exigência em fertil idade de solos dessas duas gramíneas, evidenciando também diferença intraespecífica dos Penicum msximum, uma vez que o coloniãoe green panic tiveram ren- dimentos mais elevados, possivelmente devido àca- racterísticas diferenciais morfológicas e/ou fisioló- gicas de seus sistemas radiculares. No primeiro ano, os maiores incrementos de produções de proteína bruta com a adubação foram obtidos para o gatton panic, setária cv. Kazungula e coloniâo, e os meno- res para o green panic. Sabe-se que a braquiária é conhecida como capim "vazio", que se adapta bem a solos de baixa fertil

idade; entretanto,

verificou-se que essa gramínea responde significativamente à

adubação, proporcionando

incrementos de

93%

já no primeiro ano.

No segundo ano, na ausência de adubação, todos os capins mostraram baixos rendimentos de proteína bruta, sendo o da setária inferior aos de- mais. Com adubação, o colonião mostrou o mais elevado índice, ou seja,

1.777 kq/ha,

e o jaraguá o menor, com

976

kg/ha.

Para a média de dois anos e sem adubação, os capins não diferiram entre si. Porém, com

adu-

bação, as maiores médias foram para o colonião, braquiária e gatton panic, e a menor para o [ara- guá.

A figura 3 mostra que, em termos de produ- ção de proteína bruta, média de dois anos, os ca- pins colocaram-se na seguinte ordem decrescente de resposta: gatton panic, setária cv. Kazungula, colonião, braquiária, jaraguá e green panic.

Leguminosas

A adubação não teve efeito significativo no aumento das produções de proteína do calopogô- nio, durante os dois anos, e da centrosema e do estilosantes, no segundo ano.

Considerando-se a média dos dois anos, des- tacaram-se, sem ou com adubação: si ratro, centro- sema e estilosantes. Apresentou comportamento inferior, nas condições locais do experimento e com ou sem adubação, o desmódio, e, sem aduba- ção, a soja-perene.

A figura 4 evidencia os incrementos de pro- dução de proteína, média de dois anos, das legumi- nosas mediante a fertil ização. E mbora a soja-pere- ne tenha se destacado, o siratro e o estilosantes, com respostas menos acentuadas à adubação, mos- traram melhor adaptação em termos quantitativos e qual itativos de produção de forragem.

CONCLUSÕES

1. E'ntre os capins, as maiores produções de matéria seca e de proteína bruta, em kg/ha/ano, foram da braquiária cv. Australiano

(20.566

e

1:508)

e do

coloniâo (19.493

e

1.510);

o jaraguá foi o menos produtivo

(11.474

e

831).

2. Os capins setária cv. Kazungula, green pa- nic e gatton panic apresentaram boa adaptação, com produções

semelhantes.

3. O siratro, estirosantes cv. Verano e cen-

trosema destacaram-se como as leguminosas com

119

(12)

B.Indústr. anim., Nova Odessa, SP,43(1):109-24, jan./jun. 1986

maiores rendimentos de matéria seca e proteína bruta durante os dois anos de aval iação.

4. O calopoqõnloe asója-perene demonstra- -ramboa adaptação; o desmôdio mostrou-se infe-

rior às outraslecumtnosas.

5. De maneira geral, as forraqeiras responde- ram à adubação; principalmente os capins qatton panic, s~tárià cv. Kazunqula e coloniâo, e as legu- minosas soja-perene e desmódio. .

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dados médios de 2 anos. Sem odubocôo = 100%

(14)

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Calopogõnio Siratro Centrosema Estilosantes Desmódio Soja-perene

Figura 4. Aumentos (%) da produção de proteína bruta dasleguminosas decorrentes das adubações;

dados médios de 2 anos. Sem odubocôo = 100%

(15)

B. Indústr. anim., NovaOdessa,SP,43(1):109-24, jan./jun. 1986

SUMMARY: In a field experiment at the Estação Experimental de Zootecnia de São José do Rio Preto, in State of São Paulo, Brazil,was studied,during two years, theadap- tation of six grasses and sixforage legumes, with andwithout fertilization.The grasses testesd were:Panicum meximum, Jacq., Panicum maximum. Jacq.varoTrichoglume cv.

Petrie (green panic), Panicummaximum Jacq.CV. Gatton panic,Setaria ancepsStapf. ex Massey cv.Kazungula,Brechjerie decumbensStapf. cv.Australiano andHyparrhenia rufa (Ness)Stapf. The legumes were:Macroptilium atropurpureum DC cv. Siratro, Centrose- ma pubescensBenth, Stvlosentbes hamata (L.) Taub. cv.Verano, Calopogonium mucu- noidesDesv.,Glycine wightii Verde. andDesmodiumsubsericeumMalme. The resultsof dry matter yield and protein yield two years of evaluation showed that Panicum mexi- mum Jacq., Brachiaria decumbensStapf. CV. Australiano, Macroptilium atropurpureum DC cv.Siratro, Stvlosentbes hamata (L.) Taub. cv. Verano andCentrosema pubescens Benth. outstood. The significant effects of fertilization were observed in every forages studied,with especiallyto gatton panic and perennialsoybean.

AG RADECIMENTOS

to; àescriturária Arlete Duarte.

Ao pessoal deapoio da EstaçãoExperimental deZootecnia de São José do Rio PIe-

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124

Referências

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